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SOCIOANTROPOLOGIA UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 1 4.4.2 Contingentes de Violência Urbana A grande aglomeração de pessoas nas cidades, quando essas não disponibili- zam infraestrutura suficiente para a população, gera uma série de dificuldades de or- dem ambiental e social. Diante desse contexto, podem-se enumerar os problemas gerados pelo pro- cesso de urbanização ocorrido principalmente em países subdesenvolvidos, dentre muitos estão: Provoca um grande crescimento no número de pessoas que atuam no mercado informal, além de promover o aumento da violência, pois muitas pessoas, pela falta de oportunidades, optam pelo crime. Apresentam uma concentração de casebres e barracos em situação precária, desprovidos, em sua maioria, de serviços públicos básicos, geralmente estão situadas em áreas de risco e abrigam grandes grupos criminosos, como o tráfico de drogas. Corresponde à moradias que abrigam um grande número de famílias, quase sempre são cômodos alugados em antigas casas enormes situadas no centro, essas construções se encontram em condições deterioradas. Essa modalidade de moradia geralmente oferece péssimas condições sanitárias e de segurança aos seus moradores. Aulas 45 e 46 mailto:claudiobarros0108@gmail.com SOCIOANTROPOLOGIA UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 2 Ocorrem em áreas periféricas, a camada da população que habita esses lugares é de baixa renda, os lotes possuem preços acessí- veis e longos prazos para o pagamento. O maior problema desse tipo de habitação é que quase sempre os loteamentos são clandesti- nos. As casas são construídas pelo próprio morador ou em forma de mutirão. Os centros urbanos possuem extensas áreas cobertas por concreto e asfalto, dificultando a infiltração da água da chuva no solo. As chu- vas em grandes proporções ocasionam um acúmulo muito grande de água e as galerias pluviais não conseguem absorver toda enxurrada e essas invadem residên- cias, prédios públicos, túneis e comprometem o trânsito. Esses são alguns dos problemas vividos nas cidades brasileiras e que podem ser realidade também em outros países, pois todas as cidades possuem problemas, porém, os acima citados fazem parte de grandes aglomerações, e dificilmente serão solucionados. As autoridades não conseguem monitorar todos os problemas devido ao acelerado crescimento ocorrido no passado. Não é tão simples definir a palavra ‘violência’, segundo sociólogos e pesquisa- dores deste tema. As conotações deste conceito variam conforme suas fontes. Por exemplo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este termo significa impor um grau intenso de dor e sofrimento que não se pode evitar. Para os militantes dos direitos humanos, a “violência” é entendida como a violação dos direitos civis. Mas os estudiosos creem que seu significado é muito mais profundo. mailto:claudiobarros0108@gmail.com SOCIOANTROPOLOGIA UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 3 A violência tem várias faces. Na verdade, a violência urbana é apenas uma delas, entre guerras, miséria, discriminações, e tantas mais. O ângulo aqui abordado é um dos mais discuti- dos e controvertido de nossos tempos. Os atos transgressores ocorridos no âmago das grandes cidades, de caráter estritamente agressivo, fru- tos da vida em sociedade na esfera urbana, caracterizam, em parte, este fenômeno social que se convencionou chamar de violência urbana. Ela se expressa através dos níveis cada vez mais elevados de criminalidade, da sujeição fre- quente ao domínio dos instintos selvagens e bárba- ros, do crime organizado, principalmente em torno do tráfico de drogas, dos atos despidos de qualquer civilidade – aqui se compreendem também a cons- tituição de gangues, as pichações, a espoliação dos bens públicos, o caos do trânsito, os pontos abandonados da cidade, sem nenhuma preservação ou manutenção, entre outros. Infelizmente, a cultura de massa e um setor da mídia, irresponsável e sensaci- onalista, alimentam essas tendências explosivas das metrópoles, incentivando a vio- lência por meio de filmes, músicas, novelas, um jornalismo policial preocupado apenas com uma audiência crescente, entre outros. A violência está enraizada no próprio processo histórico brasileiro, desde os primórdios da colonização. Milhares de índios foram exterminados, culturas dizima- das, outros aborígenes escravizados, ao lado dos negros trazidos da África. Esse con- texto foi, ao longo do tempo, agravando-se ainda mais. Depois da libertação dos escravos, da importação de mão-de-obra de outros países, os imigrantes, o número de excluídos e marginalizados da nossa sociedade foi crescendo significativamente. Fonte:ttps://www.senado.gov.br/senado/datase- nado/print.asp?p=44 mailto:claudiobarros0108@gmail.com http://www.infoescola.com/direito/bens-publicos/ http://www.infoescola.com/sociedade/cultura-de-massa/ SOCIOANTROPOLOGIA UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 4 À medida que as cidades passaram a inchar de forma caótica, desordenada, sem nenhum plane- jamento, absorvendo também os trabalhadores do campo, principalmente após a mecanização rural, sua população foi dividindo os territórios – um centro ocupado pela elite, alguns círculos habitados pela classe média, e uma periferia crescente que cada vez mais se expande por todos os espaços desocupados que restam nas metrópoles urbanas. Tudo isso, somado a um sistema econômico que mais exclui do que inclui as pessoas, mecanismo cruel que, por um lado, explora os trabalhadores, aliena-os do produto de seu trabalho, e por outro estimula ao máximo o consumo, através dos ca- nais disponibilizados pela mídia e pela cultura de massa. Assim, a maior parte dos jovens, excitados pelo apelo ao consumismo, sem perspectivas materiais e sociais, abandonados pelo Poder Público, que não investe o suficiente em políticas educacio- nais e culturais, vê abrir-se diante de seus olhos o universo do crime organizado, que eles acreditam lhes proporcionar tudo o que mais desejam. Este mundo, a princípio fascinante, ocupa o vácuo dei- xado pelo Estado, mas depois trai cada um de seus segui- dores, oferecendo-lhes nada mais que uma vida perdida, sem dignidade, mergulhada nos vícios e em uma violência sem freios, que acaba ceifando suas próprias existências. Assim, em sociedades nas quais as instituições revelam-se fracas e corrompi- das, na qual a autoridade social encontra-se desacreditada, os valores morais atra- vessam uma fase de decadência e descrença, na qual até mesmo a família tem dei- xado de cumprir seu papel fundamental na esfera da educação e da concessão de limites, vemos a violência urbana ultrapassar inclusive as barreiras sociais, aliciando adeptos em todas as classes sociais, em qualquer faixa étnica, independente até mesmo de sexo, idade ou religião. A própria vida perdeu seu sentido, daí presenciarmos linchamentos, justiça re- alizada pelas próprias mãos, crimes passionais, assassinatos resultantes de brigas no mailto:claudiobarros0108@gmail.com SOCIOANTROPOLOGIA UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 5 trânsito, em casas noturnas, shows, bares, entre pessoas aparentemente honestas e até aquele momento completamente obedientes às normas sociais e legais. Hoje, em nosso país, a violência se dissemina também pelas cidades do interior, pois os grupos cri- minosos vão procurando novos territórios. Além disso, também essas pequenas cidades absorvem atualmente os problemas antes típicosdas grandes metrópoles, principalmente a degradação moral. Torna-se urgente uma profunda re- forma político-social, aliada a um resgate intenso dos valores esquecidos, perdidos pelo caminho. Esta ação depende do Estado, mas também de toda a sociedade orga- nizada. mailto:claudiobarros0108@gmail.com SOCIOANTROPOLOGIA UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 6 1) “[...] uma grande marca enaltece, acrescenta um maior sentido de propósito à ex- periência, seja o desafio de dar o melhor de si nos esportes e nos exercícios físicos ou a afirmação de que a xícara de café que você bebe realmente importa [...] Se- gundo o velho paradigma, tudo o que o marketing vendia era um produto. De acordo com o novo modelo, contudo, o produto sempre é secundário ao verdadeiro pro- duto, a marca, e a venda de uma marca adquire um componente adicional que só pode ser descrito como espiritual”. O efeito desse processo pode ser observado na fala de um empresário da Internet comentando sua decisão de tatuar o logo da Nike em seu umbigo: “Acordo toda manhã, pulo para o chuveiro, olho para o símbolo e ele me sacode para o dia. É para me lembrar a cada dia como tenho de agir, isto é, ‘just do it’.” (KLEIN, Naomi. Sem logo: a tirania das marcas em um planeta vendido. Rio de Janeiro: Record, 2002, p. 45-76.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre ideologia, é CORRETO afirmar: a) A atual tendência do capitalismo globalizado é produzir marcas que estimulam a conscientização em detrimento dos processos de alienação. b) O capitalismo globalizado, ao tornar o ser humano sem ideologia, aproximou-se dos ideais marxistas quanto ao ideal humano. c) Graças às marcas e à influência da mídia, em sua atuação educativa, as pessoas tornaram-se menos sujeitas ao consumo. d) Por meio da ideologia associada à mundialização do capital, ampliou-se o feti- chismo das mercadorias, o qual se reflete na resposta social às marcas. mailto:claudiobarros0108@gmail.com SOCIOANTROPOLOGIA UNEC NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 7 2) Quanto ao conceito de indústria cultural, é CORRETO afirmar que: I – A indústria cultural produz bens culturais como mercadorias. II – O objetivo da indústria cultural é estimular a capacidade crítica dos indivíduos. III – A indústria cultural cria a ilusão de felicidade no presente e elimina a dimensão crítica. IV – A indústria cultural ocupa o espaço de lazer do trabalhador sem lhe dar tempo para pensar sobre as condições de exploração em que vive. Assinale a alternativa CORRETA: a) II, III e IV estão corretas. b) I, II e III estão corretas. c) I, III e IV estão corretas. d) I, II e IV estão corretas. mailto:claudiobarros0108@gmail.com
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