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ESQUEMA PARA ELABORAÇÃO DE UMA HISTÓRIA CLÍNICA PSICOLÓGICA (ANAMNESE) Folheto de aplicação; Livro de instrução (manual). ESQUEMA PARA ELABORAÇÃO DE UMA HISTÓRIA CLÍNICA PSICOLÓGICA (ANAMNESE) O termo vem do grego ana (remontar) e mnesis (memória). A anamnese é a evocação voluntária do passado feita pelo paciente, sob a orientação do terapeuta. Tem por objetivo a exploração, a identificação e o planejamento de estratégias terapêuticas. Para reconhecimento e manejo das manifestações clínicas dos pacientes, recomendamos o emprego do seguinte esquema: I - Anamnese II- Exame psicológico III- Exames complementares IV- Plano de tratamento V- Evolução I – ANAMNESE É um estudo que compreende: A- Dados gerais B - Enfermidade atual C- História pessoal D- História familiar E- História socioeconômica e ocupacional A – DADOS GERAIS São agrupados em: Filiação: nome, idade, sexo, ocupação etc. Habitat: moradia do paciente e o número de pessoas que ali residem. Motivo(s) da consulta: identificar as queixas principal e secundárias. Referente (se houver): tipo de encaminhamento. FILIAÇÃO Devem registrar: nome, idade, sexo, ocupação, grau de instrução, lugar e data de nascimento, estado civil etc. certas perturbações têm maior incidência em determinadas etapas da vida. O meio social ou lugar determina padrões de comportamento que podem ser responsáveis (condicionantes) para a emergência de certas sintomatologias, assim como podem repercutir favorável ou desfavoravelmente para a evolução do quadro. HABITAT MOTIVO DA CONSULTA O que motivou o paciente a buscar o serviço. Atenção para identificar as queixas principal e secundárias. Nem sempre a queixa principal corresponde àquilo que o paciente verbaliza como motivo da busca por auxílio. Devem-se anotar aqui outros dados eventuais relacionados à identificação do tipo de cliente e/ou lugar (procedência); e o tipo de encaminhamento ( espontâneo ou por indicação). REFERENTE B – ENFERMIDADE ATUAL Subdivide-se em: Tempo da enfermidade Forma de início Relato Antecedentes clínicos Recursos utilizados anteriormente B – ENFERMIDADE ATUAL Subdivide-se em: Tempo da enfermidade – o examinador tenha uma ideia de urgência do caso. Forma de início – enfermidade que corresponde a um inicio brusco geralmente é aguda requer assistência urgente. ( ou um traço de personalidade, ansiosa) Relato – descrição dos sintomas, destacando as frequências e a intensidade. Antecedentes clínicos – no passado aconteceram problemas similares ao atual. Recursos utilizados anteriormente – saber se o cliente anteriormente buscou recursos para lidar com o problema. C- HISTÓRIA PESSOAL Coloca-se, de forma sucinta, separando-se cada tópico em parágrafos, dados sobre a gestação, infância, escolaridade, adolescência e juventude, vida sentimental, hábitos e costumes... D – HISTÓRIA FAMILIAR A historia familiar é importante porque nos possibilitará entender melhor os problemas que afligem o paciente, o modo como ele e a família poderão atuar, a fim de que seja possível uma solução para o caso. E – HISTÓRIA SOCIOECONÔMICA E OCUPACIONAL Deve-se questionar o lugar e o tipo de habitação. Você acha que conhecer o nível socioeconômico dará ideia da qualidade de vida do paciente? II – EXAME CLÍNICO PSICOLÓGICO Neste ponto da anamnese, cessa o relato do paciente e passa-se a ter o registro da observação do terapeuta, no momento da(s) entrevista(s). Observação das características gerais do comportamento Exploração dos processos cognitivos Exploração dos estados emocionais III – EXAMES COMPLEMENTARES E AUXILIARES Para corroborar o diagnostico clínico, deve se recorrer às provas psicológicas, a fim de que, contrastando os resultados de ambos os métodos de estudo, se encontre uma coincidência nos referidos resultados, se estes forem aplicados adequadamente. Qual instrumento? Existem perturbações “mascaradas” por outros sintomas, e que somente as observações clínicas podem não ser suficientes em avaliar. IV - PLANO DE TRATAMENTO É a programação de um conjunto de estratégias para abordar com êxito a solução do problema. Deve-se considerar o tipo de perturbação. Igualmente, deve-se ter em conta as características socioeconômicas, culturais e ocupacionais do sujeito. V – EVOLUÇÃO O curso de uma enfermidade, quando recebe o tratamento apropriado, nem sempre se encaminha para a “cura” definitiva e, entre os fatores que facilitam ou nela interferem, seguem sendo os: culturais; Econômicos; Pessoais; A própria natureza da enfermidade. Construção de Teste Psicológico PADRONIZAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS O Conselho Federal de Psicologia mantem uma Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica integrada por psicólogos, de reconhecido saber em testes psicológicos, com o objetivo de analisar e emitir parecer sobre os testes psicológicos encaminhados ao CFP, com base nos parâmetros definidos na Resolução 002/2003. RESOLUÇÃO CFP N.º 002/2003 Define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos e revoga a Resolução CFP n° 025/2001 REQUISITOS QUE OS INSTRUMENTOS DEVEM POSSUIR PARA SEREM RECONHECIDOS COMO TESTES PSICOLÓGICOS Utilizam questões de múltipla escolha e outros similares, tais como "acerto e erro", "inventários" e "escalas” Apresentação da fundamentação teórica do instrumento; Apresentação de evidências empíricas de validade e precisão das interpretações propostas para os escores do teste, Apresentação clara dos procedimentos de aplicação e correção, bem como as condições nas quais o teste deve ser aplicado, para que haja a garantia da uniformidade dos procedimentos envolvidos na sua aplicação ; Apresentação do sistema de correção e interpretação dos escores Também estão sujeitos aos requisitos estabelecidos na Resolução 002/2003 CFP os testes estrangeiros de qualquer natureza, traduzidos para o português, que devem ser adequados a partir de estudos realizados com amostras brasileiras. Os dados empíricos das propriedades de um teste psicológico devem ser revisados periodicamente, não podendo o intervalo entre um estudo e outro ultrapassar: 15 (quinze) anos, para os dados referentes à padronização, e 20 (vinte) anos, para os dados referentes a validade e precisão. Não sendo apresentada a revisão no prazo estabelecido, o teste psicológico perderá a condição de uso e será excluído da relação de testes em condições de comercialização e uso. Será considerada falta ética, conforme disposto na alínea c do Art. 1º e na alínea m do Art. 2º do Código de Ética Profissional do Psicólogo, a utilização de testes psicológicos que não constam na relação de testes aprovados pelo CFP, salvo os casos de pesquisa. Resolução do CFP nº 09/2018 – diretrizes para realização de AP/ regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI Resolução do CFP nº 02/2003 - define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos OBRIGADA! marcia.santana@unifg.edu.br mmarciasantana
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