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AULA 05

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CONTROLE TECNOLÓGICO DE
CONCRETO
AULA 5
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Fernanda dos Santos Gentil
CONVERSA INICIAL
ARTEFATOS À BASE DE CIMENTO PORTLAND
Nesta etapa, serão abordados alguns materiais produzidos com concreto, tendo como aglomerante
principal o cimento Portland. O segmento de artefatos de cimento é uma das indústrias que compõem o
macrossetor da construção civil, justificando a necessidade de aprofundamento e aperfeiçoamento destes
materiais.
Estudaremos, a seguir, características de alguns artefatos à base de cimento Portland, como blocos vazados
de concreto para alvenaria, granilitas, peças de concreto para pavimentação intertravada, tubos e dormentes de
concreto.
TEMA 1 – BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO PARA ALVENARIA
Os blocos vazados são categorizados, de acordo com o seu uso, em classes A, B ou C. São utilizados com
caráter estrutural e apresentam algumas restrições quanto ao seu uso. Por exemplo, blocos de classe B não são
indicados para serem utilizados em fundações, ou seja, não podem ser empregados em contato direto com o
solo. Os blocos de classe C devem seguir com as restrições estabelecidas para os blocos de classe B e, também,
seguir algumas condições em função da sua largura, como:
Blocos C, com largura de 90 mm, são aceitos para construções de, no máximo, 1 pavimento;
Blocos C, com largura de 115 mm, são aceitos para construções de, no máximo, 2 pavimentos;
Blocos C, com larguras de 140 mm e 190 mm, são aceitos para construções de até 5 pavimentos;
Blocos C, com largura de 65 mm, tem restrição de uso para alvenaria sem função estrutural.
Na NBR 6136 (ABNT, 2016), são estabelecidos os parâmetros de aceitação dos blocos vazados de concreto
simples para alvenaria, com ou sem função estrutural. Nessa norma, também se encontram as especificações
dos materiais a serem utilizados na produção destes materiais, condições de execução, dimensões e ensaios que
precisam ser realizados para a aprovação destes blocos. Os blocos vazados de concreto para alvenaria podem
ser visualizados na Figura 1.
Figura 1 – Blocos vazados de concreto para alvenaria
Créditos: Ryzhkov Oleksandr/shutterstock.
A utilização dos blocos vazados de concreto para alvenaria apresenta algumas vantagens, como a
possibilidade de modulação, evitando os desperdícios e perdas, e também, permitem a construção das
instalações de dutos praticamente sem a necessidade da realização de rasgos na alvenaria.
1.1 MATERIAIS
Os materiais utilizados para a produção de blocos vazados são cimento Portland, agregados e água.
Também podem ser empregados na composição aditivos, adições ou pigmentos desde que não prejudiquem a
qualidade dos blocos.
Segundo Guimarães, Recena e Pereira (2017), os materiais utilizados na fabricação dos blocos precisam
seguir as especificações brasileiras. Dentre as especificações, existem informações sobre a dimensão máxima
característica do agregado, que não deve ser maior que a metade da menor espessura da parede do bloco.
1.2 DIMENSÕES
Os blocos são denominados de M20, M15, M12,5, M10 e M7,5 com as respectivas larguras, 190 mm, 140
mm, 115 mm, 90 mm e 65 mm. Com base na norma NBR 15873 (ABNT, 2010), é possível saber as corretas
dimensões que permitem a realização da correta coordenação modular das paredes para evitar possíveis
desperdícios.
TEMA 2 – GRANILITAS
A granilita, também conhecida como granitina (Figura 2), é caracterizada como um tipo especial de
microconcreto utilizado em parapeitos, pisos, soleiras, bancadas, degraus de escada, dentre outros. De acordo
com Guimarães, Recena e Pereira (2017, p. 1013), “normalmente é fundido no local passando por um processo
de acabamento que inclui o polimento, tornando a superfície brilhante com a exposição do agregado
empregado, podendo ser empregada na forma de placas”.
Figura 2 – Granilitas
Créditos: Melissa Wiederrecht/Shutterstock.
2.1 MATERIAIS
A granilita é composta por grânulos de minerais (mármore, granito, quartzo e calcário, misturados ou não),
cimento (comum ou branco), areia e água.
Utiliza-se na composição da granilita agregados chamados de granilha. No entanto, agregados de qualquer
natureza mineralógica podem ser utilizados, desde que apresentem condições adequadas de serem
empregados como agregados para concreto. Como exemplos, temos o mármore e o basalto.
2.2 DIMENSÕES
Não há especificações de dimensões para a granilita, pois, como se trata de um material utilizado em
acabamentos, é possível encontrar diferentes tamanhos. Recomenda-se cuidado na aplicação com revestimento
em superfícies extensas, pois, nessas condições, é possível o aparecimento de fissuras. Recomenda-se, também,
organizar a região a ser revestida de forma compatível com a espessura do revestimento, formando juntas de
dilatação com distâncias inferiores a 2,0 m.  
TEMA 3 – PEÇAS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO INTERTRAVADA
Conforme especificado na NBR 9781 (ABNT, 2013), as peças de concreto para pavimentação intertravada
(Figura 3) são materiais pré-moldados com formato geométrico regular. Segundo Barbosa, Barbosa, Bassi (2021),
atualmente, as peças de concreto intertravadas são utilizadas em pavimentação, especialmente em logradouros
públicos e privados.
Figura 3 – Peças de concreto para pavimentação intertravada
Créditos: Palii Oleg/shutterstock.
A utilização deste material apresenta algumas vantagens. Dentre elas, estão o baixo custo de manutenção e
a facilidade de realizar a manutenção, pois é possível que apenas o bloco defeituoso seja removido,
proporcionando um reparo pontual e gerando ganho no tempo da obra, o que evita o desperdício de material e
amplia a produtividade. Como benefício da utilização das peças de concreto intertravado, temos a rápida
liberação do tráfego, a boa superfície de rolamento e suas variadas formas estéticas.
Existem vários formatos de peças de concreto para pavimentação, sendo muito utilizadas pela facilidade de
produção, transporte, montagem e por existirem em dimensões menores.
3.1 MATERIAIS
Os materiais a serem utilizados para a fabricação de peças de concreto para pavimentação intertravada
devem seguir as especificações estabelecidas na norma NBR 9781 (ABNT, 2013).
3.2 DIMENSÕES
De acordo com a NBR 9781 (ABNT, 2013), as dimensões das peças de concreto para pavimentação são:
comprimento máximo de 250 mm, largura mínima de 100 mm e altura mínima de 60 mm.
Recomenda-se que, para tráfego de veículos comerciais, a altura mínima da peça de concreto seja de 80
mm. Em contrapartida, em tráfego pesado, a altura das peças recomendada é de 100 mm (Guimarães; Recena;
Pereira, 2017).
TEMA 4 – TUBOS
Os tubos são caracterizados como cascas cilíndricas e, quando unidos, possibilitam a passagem de fluidos,
como pode ser visualizado na Figura 4. De acordo com a NBR 8890 (ABNT, 2020), os tubos de concreto são
peças circulares, armadas ou não, utilizadas para diversas finalidades dentro do setor de saneamento e
infraestrutura, como para condução de águas pluviais, condução de esgoto sanitário, poços de visita ou
inspeção, condução de efluentes industriais, galerias técnicas para passagem de pessoas e/ou infraestrutura de
cabos e redes de telecomunicação.
Figura 4 – Tubos de concreto
Créditos: Noppol Insuk/Shutterstock.
De acordo com a NBR 8890 (ABNT, 2020), pode-se produzir tubos de concreto com a utilização de cimento
Portland tanto para a passagem de água pluviais quanto para esgoto sanitário.
Os tubos para esgoto sanitário apresentam comprimento mínimo de 2 m, já os tubos destinados à
composição de redes pluviais têm comprimento mínimo de 1 m. Interessante compreender que um tubo
produzido para ser empregado em esgoto sanitário pode ser utilizado para atender as redes pluviais, no
entanto, o inverso não é permitido.
A norma estabelece as devidas especificações para utilização tanto de tubos de concreto armado quanto
tubos de concreto simples. Essa utilização está vinculada a vários fatores, como profundidade da rede, tipo e
altura do reaterroda cava sobre a tubulação, fluxo e tipo de tráfego sobre a rede, dentre outros (Guimarães;
Recena; Pereira, 2017).
4.1 MATERIAIS
Os materiais utilizados para a produção dos tubos de concreto são os mesmos empregados na produção
de qualquer concreto. Ambos precisam receber os mesmos cuidados em relação a qualidade do produto.
De acordo com Guimarães, Recena e Pereira (2017), a maior dimensão do agregado graúdo precisa ser
compatível com a espessura da parede do tubo. Dessa forma, a dimensão não ultrapassa os 19 mm.
Recomenda-se a utilização de cimentos de alta resistência inicial na produção dos tubos de concreto, pois
esse material necessita ser movimentado com a utilização de equipamentos em menos de 24 horas. Para isso,
precisa atingir resistências elevadas nas primeiras horas. Outro cuidado necessário se dá em relação ao tipo de
cimento empregado na produção de tubos que serão utilizados em ambientes mais agressivos, como tubos
para esgoto sanitário. A NBR 8890 (ABNT, 2020) estabelece que, para esses casos, deve ser usado cimento
Portland resistente a sulfatos. Nesses ambientes agressivos, é preciso verificar o tipo de aço a ser empregado –
recomenda-se o uso do aço tipo CA-60.
4.2 DIMENSÕES
Os diâmetros dos tubos tanto para a condução de águas pluviais quanto para esgoto sanitário podem ser
encontrados de 200 mm a 2.000 mm. A espessura dos tubos apresenta tamanhos diferentes em virtude de
variações dos diâmetros e da resistência a ser alcançada por eles. Essas especificações se encontram na norma
NBR 8890 (ABNT, 2020).
TEMA 5 – DORMENTES DE CONCRETO
Os dormentes possuem várias funções como componentes da superestrutura, sendo os responsáveis por
garantir um suporte adequado e seguro ao trilho e manter a geometria do lastro. Os dormentes contribuem
para manter a bitola, garantir a estabilidade global da via, amortecer as vibrações e transmitir os esforços da
forma mais homogênea para o lastro (Brina, 1988). Em virtude disso, a escolha do tipo de dormente é muito
importante, pois influencia na avaliação das cargas máximas permitidas, da velocidade de operação e
durabilidade da via férrea (Rezende, 2022).
Em comparação a outros materiais, os dormentes de concreto apresentam alta resistência mecânica e
possibilitam grande durabilidade e padronização das vias. Pode-se notar, também, alguns benefícios, como o
fato de serem mais estáveis devido ao maior peso (Brina, 1988). As especificações exigidas para os dormentes
de concreto são apresentadas na NBR 11709 (ABNT, 2015).
Os dormentes de concreto armado atuais podem ser divididos em duas categorias. A primeira é dos
biblocos, que apresentam concreto apenas nos apoios, de forma a absorver as tensões de compressão e
cisalhamento causadas pelos trilhos, enquanto a flexão do conjunto fica exclusivamente a cargo do aço. A outra
categoria refere-se aos monoblocos, ou seja, são uma única peça, e o concreto trabalha tanto a compressão e
cisalhamento dos trilhos, quanto a flexão do conjunto. Apresentam maior resistência mecânica e durabilidade
em comparação com os dormentes biblocos (Azevedo et al., 2019).
Figura 5 – Dormentes de concreto
Créditos: aviavlad/AdobeStock; EvGavrilov/Shuttertock.
5.1 MATERIAIS
O concreto utilizado para a produção de dormentes apresenta os mesmos materiais convencionais que são
empregados no concreto de cimento Portland. Os dormentes pertencentes à categoria bibloco de concreto
armado não podem ter resistência característica inferior a 40 Mpa. Já para os dormentes da categoria
monobloco de concreto protendido, essa resistência não poder ser menor que 45 MPa.  A NBR 11709 (ABNT,
2015) apresenta todas as especificações necessárias que os materiais – como cimento, agregado miúdo e
graúdo, água e aditivos – precisam ter para a produção com qualidade dos dormentes.
Em relação aos outros componentes dos dormentes, é interessante mencionar que, para as armaduras
passivas, recomenda-se a utilização do aço tipo CA-50 e, em casos de protensão emprega-se fios ou cordoalhas
CP-170 RB ou CP-175 RB com acabamento entalhado ou liso. Segundo Guimarães, Recena e Pereira (2017), as
vigas de interligação em dormentes biblocos devem ser fabricadas a partir de perfis estruturais laminados a
quente, em aço estrutural de baixa liga, e soldáveis. 
5.2 DIMENSÕES
A NBR 11709 (ABNT, 2015) estabelece os limites das dimensões para a produção dos dormentes
monobloco e bibloco, com a finalidade de possibilitar a utilização de equipamentos padronizados nas
operações de instalação e manutenção do lastro e outros componentes da superestrutura da via permanente.
FINALIZANDO
O concreto de cimento Portland foi considerado, por muito tempo, como um elemento frio, cinzento, sem
vida e utilizado apenas em estruturas de grande porte ou de pouca estética. No entanto, nas últimas décadas,
esse conceito vem se modificando devido à competência de profissionais do setor, que dão vida e beleza a este
produto por meio das variadas formas, cores e soluções para as construções. Com disso, estudamos novas
opções de utilização do cimento Portland, em artefatos à base de cimento que são altamente úteis no cotidiano.
REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 6136:Blocos vazados de concreto simples para alvenaria — Requisitos. Rio de Janeiro. 2016.
ABNT. NBR 15873: Coordenação modular para edificações. Rio de Janeiro. 2010.
ABNT. NBR 9781: Peças de concreto para pavimentação — Especificação e métodos de ensaio. Rio de
Janeiro. 2013.
ABNT. NBR 8890: Tubo de concreto de seção circular para água pluvial e esgoto sanitário - Requisitos
e métodos de ensaios. Rio de Janeiro. 2020.
ABNT. NBR 11709: Dormente de concreto - Projeto, materiais e componentes. Rio de Janeiro. 2015.
AZEVEDO, A. C. L. de et al. Comportamento à flexão de dormentes ferroviários híbridos de GFRP – Concreto.
Revista IBRACON de Estruturas e Materiais, v. 12, n.4, ago. 2019.
BARBOSA, E. S. da C.; BARBOSA, F. G. R.; BASSI, V. B. Pavimentação com blocos intertravados de
concreto: estudo de caso- comparativo de dimensionamento do pavimento na obra CLPA 02
empreendimentos imobiliários Ltda. 2021. Disponível em:
<https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/19269/1/Artigo%20-
%20Pavimenta%C3%A7%C3%A3o%20Intertravada%20%281%29.pdf>. Acesso em: 2 set. 2022.
BRINA, H. L. Estradas de Ferro I. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1988.
GUIMARÃES, A. T. C.; RECENA, F. A. P.; PEREIRA, F. M. Produtos de Cimento Portland. In: ISAIA, G. C.
Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais. São Paulo: IBRACON, 2017,
pg 1006- 1043.
REZENDE, L. K. P. Dimensionamento de dormente de concreto protendido utilizando método híbrido.
Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil. Faculdade de Engenharia Civil. Uberlândia. 2022.

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