Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2015.1 a 2020.2 Conhecimentos Gerais (Por assunto) Apresentação Prezado(a) Aluno(a), O Colégio Ari de Sá coloca à sua disposição esta compilação de questões, dos últimos exames vestibulares da Universidade Estadual do Ceará, selecionadas por assunto. Com o intuito de enriquecer sua capacidade intelectual, esta publicação espera fornecer-lhe uma visão ampla dos conteúdos mais exigidos por cada uma das disciplinas aqui apresentadas, pretendendo, assim, ser uma importante ferramenta que possibilitará a ampliação de seus conhecimentos e o êxito nos vestibulares da UECE. Direção de Ensino Sumário LÍNGUA PORTUGUESA Coesão textual / Estrutura textual.................................................................. 9 Compreensão / Interpretação textual ............................................................15 Estilística / Figuras / Vícios de linguagem .......................................................39 Funções da linguagem .................................................................................46 Gêneros textuais / Tipos textuais ..................................................................47 Intertextualidade / Interdiscursividade ..........................................................56 Literatura ..................................................................................................61 Morfologia .................................................................................................61 Pontuação .................................................................................................71 Semântica .................................................................................................72 Sintaxe .....................................................................................................80 Tipologia do discurso narrativo .....................................................................86 MATEMÁTICA Análise combinatória / Fatorial .....................................................................93 Conjuntos / Divisibilidade ............................................................................93 Função e Equação do 1º grau .......................................................................95 Função e Equação do 2º grau .......................................................................95 Função e Equação exponencial .....................................................................96 Função e Equação logarítmica ......................................................................97 Funções Modular, Composta e Inversa ...........................................................97 Geometria Analítica ....................................................................................98 Geometria Espacial .....................................................................................99 Geometria Plana .......................................................................................100 Matrizes / Determinantes / Sistemas ........................................................... 102 Números complexos .................................................................................. 103 Polinômios / Equações ............................................................................... 103 Porcentagem / Juros ................................................................................. 104 Produtos notáveis / Fatoração .................................................................... 105 Razão / Proporção / Regra de três............................................................... 105 Sequências / PA / PG ................................................................................ 105 Trigonometria ..........................................................................................107 HISTÓRIA A crise do Sistema Colonial / A indústria brasileira ........................................ 111 A Era Vargas ............................................................................................111 A Nova República ......................................................................................112 A Primeira República ................................................................................. 112 A República Civil-Militar ............................................................................. 114 A República Liberal-Populista ...................................................................... 115 Antiguidade Clássica ................................................................................. 116 Antiguidade Oriental ................................................................................. 117 Brasil Colônia ...........................................................................................117 História da América .................................................................................. 121 História do Ceará ......................................................................................121 Idade Contemporânea I (1789-1914) .......................................................... 123 Idade Contemporânea II (1914-1991) ......................................................... 124 Idade Média .............................................................................................127 Idade Moderna .........................................................................................128 Nova Ordem Mundial / Atualidades ............................................................. 128 O Primeiro Reinado ................................................................................... 130 O Segundo Reinado .................................................................................. 131 GEOGRAFIA Biomas e Domínios Morfoclimáticos ............................................................. 135 Cartografia ..............................................................................................136 Ciência geográfica ....................................................................................136 Climatologia ............................................................................................138 Demografia ..............................................................................................139 Economia / Comércio ................................................................................ 141 Fontes de energia .....................................................................................142 Geografia agrária .....................................................................................143 Geografia do Ceará ................................................................................... 144 Geografia urbana ......................................................................................145 Geopolítica ..............................................................................................146 Globalização ............................................................................................148 Hidrosfera ...............................................................................................149 Litosfera ..................................................................................................152 Meio ambiente .........................................................................................153 Pedologia ................................................................................................156 Regionalização .........................................................................................157 Transportes / Comunicações....................................................................... 158 FÍSICA Acústica ..................................................................................................161 Análise dimensional e de unidades / Classificação de grandezas ...................... 161 Calorimetria / Diagramas de fase / Propagação de calor / Termometria ............ 162 Cinemática (escalar e vetorial) ...................................................................164 Circuitos elétricos .....................................................................................164 Corrente elétrica / Resistores / Potência elétrica ........................................... 165 Dinâmica .................................................................................................166 Eletrostática ............................................................................................167 Espelhos (planos e esféricos) ..................................................................... 167 Estática ...................................................................................................167 Gases Ideais / Termodinâmica (1ª e 2ª Leis) ................................................ 168 Gravitação / Leis de Kepler ........................................................................ 168 Hidrostática .............................................................................................169 Impulso / Quantidade de movimento ........................................................... 171 Introdução à Óptica Geométrica ................................................................. 171 Lentes esféricas / Instrumentos ópticos ....................................................... 172 Matemática aplicada à Física ...................................................................... 172 MHS .......................................................................................................172 Ondas / Fenômenos ondulatórios ................................................................ 173 Refração luminosa .................................................................................... 173 Trabalho / Energia / Potência ..................................................................... 173 QUÍMICA Cadeias carbônicas / Hibridação ................................................................. 177 Cálculo estequiométrico ............................................................................. 178 Cálculos químicos .....................................................................................178 Cinética química .......................................................................................178 Classificação periódica dos elementos .......................................................... 179 Dispersões / Soluções ............................................................................... 180 Eletroquímica ...........................................................................................180 Equilíbrio químico .....................................................................................181 Equipamentos de laboratório ...................................................................... 181 Forças intermoleculares ............................................................................. 181 Funções / Nomenclatura orgânica ............................................................... 182 Funções inorgânicas .................................................................................. 184 Gases .....................................................................................................184 História da Química .................................................................................. 184 Isomeria .................................................................................................185 Leis ponderais ..........................................................................................186 Ligações químicas .....................................................................................186 Oxirredução .............................................................................................186 Polímeros / Bioquímica .............................................................................. 187 Propriedades coligativas ............................................................................ 188 Propriedades da matéria ............................................................................ 188 Propriedades dos compostos orgânicos ........................................................ 188 Química descritiva .................................................................................... 190 Química do cotidiano ................................................................................. 191 Reações inorgânicas .................................................................................. 191 Reações nucleares .................................................................................... 193 Separação de misturas .............................................................................. 193 Teorias ácido-base .................................................................................... 193 Termoquímica ..........................................................................................193 BIOLOGIA Bioquímica ..............................................................................................197 Biotecnologia ...........................................................................................198 Botânica ..................................................................................................198 Citologia ..................................................................................................200 Ecologia ..................................................................................................201 Embriologia .............................................................................................203 Evolução .................................................................................................204 Fisiologia animal .......................................................................................205 Genética .................................................................................................206 Histologia animal ......................................................................................208 Microbiologia............................................................................................208 Origem da vida ........................................................................................209 Parasitologia ............................................................................................209 Reprodução animal ................................................................................... 212 Taxonomia / Sistemática ............................................................................ 212 Zoologia ..................................................................................................213 FILOSOFIA Ética .......................................................................................................217 Filosofia Política ........................................................................................217 Lógica e teoria do conhecimento ................................................................. 220 O nascimento da Filosofia .......................................................................... 223 SOCIOLOGIA Classe, estratificação e desigualdade ........................................................... 227 Estado, poder e sociedade ......................................................................... 228 Gênero e sexualidade ................................................................................ 229 Globalização e cultura ............................................................................... 229 Juventude e violência ................................................................................ 230 Meio ambiente e desenvolvimento sustentável ............................................. 230 Meios de comunicação e indústria cultural .................................................... 230 Movimentos sociais e democracia ................................................................ 231 Relações étnico-raciais .............................................................................. 231 Trabalho e cidadania .................................................................................232 EDUCAÇÃO FÍSICA 2020.2 ....................................................................................................234 GABARITOS ...........................................................................................235 CONHECIMENTOS GERAIS OSG: 1036/21 UECE – 2015.1 A 2020.2 (POR ASSUNTO) 8 Estatística Compreensão / Interpretação textual 66 43,42% Morfologia 14 9,21% Gêneros textuais / Tipos textuais 14 9,21% Semântica 13 8,55% Coesão textual / Estrutura textual 11 7,24% Estilística / Figuras / Vícios de linguagem 10 6,58% Sintaxe 8 5,26% Intertextualidade / Interdiscursividade 5 3,29% Tipologia do discurso narrativo 5 3,29% Literatura 3 1,97% Pontuação 2 1,32% Funções da linguagem 1 0,66% TOTAL 152 100% Assuntos Nº de questões Percentual Resumo Gráfico 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 Compreensão/Interpretação textual Morfologia Gêneros textuais/Tipos textuais Semântica Coesão textual / Estrutura textual Estilística / Figuras / Vícios de linguagem Sintaxe Intertextualidade / Interdiscurividade Tipologia do discurso narrativo Literatura Pontuação Funções da linguagem A ss u n to s Total de questões CONHECIMENTOS GERAISOSG: 1036/21 UECE – 2015.1 A 2020.2 (POR ASSUNTO) 9 COESÃO TEXTUAL / ESTRUTURA TEXTUAL 2015.1 Texto para a próxima questão. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2015.1 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 16/11/2014. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 2 LÍNGUA PORTUGUESA Caro candidato, o texto que você lerá a seguir foi extraído do primeiro volume de uma série de cinco livros que reconstitui um período da história brasileira, o da ditadura militar. O primeiro volume cobre o período, que vai de março de 1964 (deposição do Presidente João Goulart) a março de 1979 (ano em que o Presidente General Ernesto Geisel entrega o poder ao General João Batista Figueiredo, último Presidente da era militar no Brasil). Texto 1 A dor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 O que torna a tortura atraente é o fato de que ela funciona. O preso não quer falar, apanha e fala. É sobre essa simples constatação que se edifica a complexa justificativa da tortura pela funcionalidade. O que há de terrível nela é sua verdade. O que há de perverso nessa verdade é o sistema lógico que nela se apoia valendo-se da compressão, num juízo aparentemente neutro do conflito entre dois mundos: o do torturador e o de sua vítima. Tudo se reduz à problemática da confissão. Assim, a tortura pressiona a confissão e triunfa em toda a sua funcionalidade quando submete a vítima. Essa é a hipérbole virtuosa do torturador. Assemelha-se ao ato cirúrgico, extraindo da vítima algo maligno que ela não expeliria sem agressão. A teoria da funcionalidade da tortura baseia-se numa confusão entre interrogatório e suplício. Num interrogatório há perguntas e respostas. No suplício, o que se busca é a submissão. O “supremo opróbrio” é cometido pelo torturador, não pelo preso. Quando a vítima fala, suas respostas são produto de sua dolorosa submissão à vontade do torturador, e não das perguntas que ele lhe fez. Prova disso está no fato de que nos cárceres soviéticos milhares de presos confessaram coisas que jamais lhes haviam passado pela cabeça, permitindo ao stalinismo construir suas catedrais conspiratórias. O poder absoluto que o torturador tem de infligir sofrimento à sua vítima transforma-se em elemento de controle sobre seu corpo. No meio da selva amazônica, espancando um caboclo analfabeto que pedia ajuda divina para sustar os padecimentos, um torturador resumiria sua onipotência embutida: “Que Deus que nada, porque Deus aqui é nós mesmo”. A mente insubmissa torna-se vítima de sua carcaça, que é, a um só tempo, repasto do sofrimento e presa do inimigo. “O preso só lastima uma coisa: o ‘diabo’ do corpo continua aguentando”, lembraria o dirigente comunista Marco Antônio Coelho. Ainda que a certa altura a mente prefira a morte à confissão, aquele corpo dolorido se mantém vivo, permitindo o suplício. (GASPARI, Hélio. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 37-41. Texto adaptado.) 01. Conservou-se no extrato transcrito o título do texto de onde ele foi extraído, “A dor”, mas, em nenhum momento, o vocábulo dor é empregado. Parece até que a ideia-núcleo do texto é a tortura de tanto que essa palavra aparece. O leitor, porém, deve estabelecer as relações que o levarão a justificar o título. Leia o que se diz sobre a questão. I. Há entre dor e tortura uma relação de semelhança que leva o leitor a associar as duas. II. Existe, no texto, uma retomada do título por meio de palavras ou expressões que remetem, indiretamente, à palavra “dor”, que, por sua vez, tem uma relação de contiguidade com o vocábulo “tortura”. III. Há, no texto, um jogo com o vocábulo “suplício” e as suas variadas acepções. “Suplício” (linha 21) tanto pode nomear a própria tortura como o que a tortura provoca. Está correto o que se diz em A) I, II e III. B) I e II apenas. C) I e III apenas. D) II e III apenas. 02. O primeiro parágrafo contém elementos que dão ao leitor condição de, partindo da perspectiva do torturador, tirar conclusões acerca da lógica do sistema que tortura e, consequentemente, dos torturadores. Marque V para o que for verdadeiro e F para o que for falso. ( ) Se o preso fala e diz o que o torturador quer saber, não há por que condenar a tortura. ( ) Na relação torturador/torturado, só interessa ao primeiro a confissão do segundo. ( ) A lógica da teoria da funcionalidade da tortura está resumida em uma frase atribuída a Maquiavel: Os fins justificam os meios. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: A) V, V, V. B) V, F, V. C) F, F, V. D) V, V, F. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2015.1 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 16/11/2014. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 2 LÍNGUA PORTUGUESA Caro candidato, o texto que você lerá a seguir foi extraído do primeiro volume de uma série de cinco livros que reconstitui um período da história brasileira, o da ditadura militar. O primeiro volume cobre o período, que vai de março de 1964 (deposição do Presidente João Goulart) a março de 1979 (ano em que o Presidente General Ernesto Geisel entrega o poder ao General João Batista Figueiredo, último Presidente da era militar no Brasil). Texto 1 A dor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 O que torna a tortura atraente é o fato de que ela funciona. O preso não quer falar, apanha e fala. É sobre essa simples constatação que se edifica a complexa justificativa da tortura pela funcionalidade. O que há de terrível nela é sua verdade. O que há de perverso nessa verdade é o sistema lógico que nela se apoia valendo-se da compressão, num juízo aparentemente neutro do conflito entre dois mundos: o do torturador e o de sua vítima. Tudo se reduz à problemática da confissão. Assim, a tortura pressiona a confissão e triunfa em toda a sua funcionalidade quando submete a vítima. Essa é a hipérbole virtuosa do torturador. Assemelha-se ao ato cirúrgico, extraindo da vítima algo maligno que ela não expeliria sem agressão. A teoria da funcionalidade da tortura baseia-se numa confusão entre interrogatório e suplício. Num interrogatório há perguntas e respostas. No suplício, o que se busca é a submissão. O “supremo opróbrio” é cometido pelo torturador, não pelo preso. Quando a vítima fala, suas respostas são produto de sua dolorosa submissão à vontadedo torturador, e não das perguntas que ele lhe fez. Prova disso está no fato de que nos cárceres soviéticos milhares de presos confessaram coisas que jamais lhes haviam passado pela cabeça, permitindo ao stalinismo construir suas catedrais conspiratórias. O poder absoluto que o torturador tem de infligir sofrimento à sua vítima transforma-se em elemento de controle sobre seu corpo. No meio da selva amazônica, espancando um caboclo analfabeto que pedia ajuda divina para sustar os padecimentos, um torturador resumiria sua onipotência embutida: “Que Deus que nada, porque Deus aqui é nós mesmo”. A mente insubmissa torna-se vítima de sua carcaça, que é, a um só tempo, repasto do sofrimento e presa do inimigo. “O preso só lastima uma coisa: o ‘diabo’ do corpo continua aguentando”, lembraria o dirigente comunista Marco Antônio Coelho. Ainda que a certa altura a mente prefira a morte à confissão, aquele corpo dolorido se mantém vivo, permitindo o suplício. (GASPARI, Hélio. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 37-41. Texto adaptado.) 01. Conservou-se no extrato transcrito o título do texto de onde ele foi extraído, “A dor”, mas, em nenhum momento, o vocábulo dor é empregado. Parece até que a ideia-núcleo do texto é a tortura de tanto que essa palavra aparece. O leitor, porém, deve estabelecer as relações que o levarão a justificar o título. Leia o que se diz sobre a questão. I. Há entre dor e tortura uma relação de semelhança que leva o leitor a associar as duas. II. Existe, no texto, uma retomada do título por meio de palavras ou expressões que remetem, indiretamente, à palavra “dor”, que, por sua vez, tem uma relação de contiguidade com o vocábulo “tortura”. III. Há, no texto, um jogo com o vocábulo “suplício” e as suas variadas acepções. “Suplício” (linha 21) tanto pode nomear a própria tortura como o que a tortura provoca. Está correto o que se diz em A) I, II e III. B) I e II apenas. C) I e III apenas. D) II e III apenas. 02. O primeiro parágrafo contém elementos que dão ao leitor condição de, partindo da perspectiva do torturador, tirar conclusões acerca da lógica do sistema que tortura e, consequentemente, dos torturadores. Marque V para o que for verdadeiro e F para o que for falso. ( ) Se o preso fala e diz o que o torturador quer saber, não há por que condenar a tortura. ( ) Na relação torturador/torturado, só interessa ao primeiro a confissão do segundo. ( ) A lógica da teoria da funcionalidade da tortura está resumida em uma frase atribuída a Maquiavel: Os fins justificam os meios. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: A) V, V, V. B) V, F, V. C) F, F, V. D) V, V, F. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2015.1 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 16/11/2014. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 3 03. Assinale a opção que NÃO expressa com clareza a funcionalidade da tortura. A) “O preso não quer falar, apanha e fala.” (linhas 2-3) B) “Quando a vítima fala, suas respostas são produto de sua dolorosa submissão à vontade do torturador, e não das perguntas que ele lhe fez.” (linhas 23-26) C) “A mente insubmissa torna-se vítima de sua carcaça, que é, a um só tempo, repasto do sofrimento e presa do inimigo.” (linhas 39-42) D) “nos cárceres soviéticos milhares de presos confessaram coisas que jamais lhes haviam passado pela cabeça.” (linhas 27-29) 04. Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma sobre os seguintes enunciados: “Essa é a hipérbole virtuosa do torturador. Assemelha-se ao ato cirúrgico, extraindo da vítima algo maligno que ela não expeliria sem agressão”. (linhas 14-17) ( ) O enunciado hiperbólico é aquele cuja ênfase expressiva resulta da suavização e da minimização da significação linguística. Registra-se, no excerto transcrito, um exemplo desse processo. ( ) O símile do enunciado em questão, como todos os outros símiles, traz explícitos os dois termos da comparação. Quando ele torna o texto mais expressivo, mais rico em significações, diz-se que ele é um elemento estilístico, tem funcionalidade textual. ( ) Com as comparações desse excerto, o enunciador consegue dar uma impressão viva da intensidade da dor. ( ) Assim como um médico extirpa um tumor maligno, em um processo extremamente doloroso, mas que salva a vida de uma pessoa, um torturador inflige ao preso uma enorme dor para lhe arrancar informações. Essa dor, no entanto, vai salvar-lhe a vida, porque porá fim à tortura. É essa a lógica da tortura. ( ) No excerto há duas comparações que trazem um dos termos fora desses enunciados: a primeira, entre o “ato cirúrgico” e a “tortura”; a segunda, entre o “algo maligno” e o que o torturado guarda para si e não quer revelar ao torturador. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: A) F, V, V, V, V. B) F, F, F, V, V. C) V, V, V, F, F. D) F, V, V, F, V. 05. Ao longo do texto, a palavra “tortura” é substituída por outras, em um processo que se conhece como anáfora. Nesta questão, lidamos com duas anáforas de tortura: “suplício” (linha 21); “supremo opróbrio” (linha 22). Atente ao que se diz a respeito dessas anáforas. I. O vocábulo “tortura” e suas anáforas – “suplício” e “opróbrio” – estão em uma ordem aleatória, casual. Poder-se-ia mudar a ordem em que foram distribuídos e o texto não seria prejudicado em nenhum nível. II. A ordem em que os três vocábulos – “tortura”, “suplício” e “opróbrio” – estão dispostos no texto indica uma intenção argumentativa do enunciador, isto é, uma intenção de convencer o leitor sobre as ideias que expressa. Esse cunho argumentativo intensifica-se com o adjetivo “supremo”. III. O vocábulo supremo significa “que está acima de qualquer coisa; que se encontra no limite máximo”. Assim, esse adjetivo modaliza o discurso do enunciador. Mostra a relação dele com o que está dizendo. No caso do texto, essa relação é de conteúdo assumido: o enunciador assume totalmente o conteúdo do que diz. Está correto o que se afirma em A) I, II e III. B) II e III apenas. C) I e III apenas. D) I e II apenas. 06. O dicionário Houaiss eletrônico dá para o vocábulo “suplício” acepções variadas quase todas relacionadas ao sofrimento físico. Já para o substantivo “opróbrio”, as acepções são ligadas ao sofrimento moral e psicológico. Diante do exposto sobre a significação desses dois vocábulos, assinale a assertiva verdadeira. A) A tortura pode ser somente física. O psicológico e o moral não podem sofrer o efeito da tortura física, uma vez que estão no patamar não material, libertos das amarras dos sentidos. B) O texto mostra que, na realidade, não há confusão entre interrogatório e suplício. C) Existe mais de um tipo de tortura, os quais não se associam. D) No texto, “supremo opróbrio” é o ponto máximo a que se pode chegar em tortura. Isso se dá quando a tortura física atinge os níveis psicológico e moral. 01. 2015.2 Texto para a próxima questão. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2015.2 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 14/06/2015. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 A própria menina se prende muito a ele, que ainda lhe trouxe a última boneca, embora agora ela se ponha mocinha: encolhese na poltrona da sala sob a luz do abajur e lê a revista de quadrinhos. Ele é alemão como o dono da casa. Tem apartamento no hotel da praia e joga tênis no clube, saltando com energia para dentro do campo, a raquete na mão. Assiste às partidas girando no copo de uísque os cubos de gelo. É o amigo da casa. Depois do jantar, passeia com a mãe da menina pelo caminho de pedra do jardim:as duas cabeças – a loira e a preta de cabelos aparados – vão e vêm, a dele já com entradas da calva. Ele chupa o cachimbo de fumo cheiroso, que o moço de bordo vai deixar no escritório. O dono da casa é Seu Feldmann. Dirige o seu pequeno automóvel e é muito delicado. Cumprimenta sempre todos os vizinhos, até mesmo os mais canalhas como Seu Deca, fiscal da Alfândega. Seu Feldmann cumprimenta. Bate com a cabeça. Compra marcos a bordo e no banco para a sua viagem regular à Alemanha. Viaja em companhia do comandante do cargueiro, em camarote especial. Então respira o ar marítimo no alto do convés, os braços muito brancos e descarnados, na camisa leve de mangas curtas. A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa, e da menina Saem os dois à noite e ele para o seu próprio automóvel sob os coqueiros na praia. Decerto brigaram mais uma vez, porque ela volta para casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o lencinho bordado. Recolhese a seu quarto (ela e seu Feldmann dormem em quartos separados). Trila o apito do guarda. Os faróis do automóvel na rua pincelam de luz as paredes, tiram reflexo do espelho. Ela permanece insone: o vidro de sua janela é um retângulo de luz na noite. (Moreira Campos. In – contos II. 1969. p. 120122. Originalmente publicado na obra . Texto adaptado.) Além de caracterizarse pela unidade dramática, o conto caracterizase pela unidade de tom, isto é, pela impressão única que ele deve deixar no leitor, impressão que pode ser de pavor, piedade, ódio, simpatia, antipatia, acordo, ternura, indiferença, dentre muitas outras. Assinale a impressão que o conto “O amigo da casa”, em função da própria relação entre as personagens, deve deixar no leitor. A) Terror. B) Desconsideração. C) Indiferença. D) Hipocrisia. O início e o final de um conto são importantíssimos: o início porque conquista e seduz, ou afasta o leitor; o final, porque, via de regra, corresponde ao clímax da história. O desfecho de um conto pode ser de duas ordens: enigmático, imprevisível, surpreendente (maior incidência no conto tradicional); destituído de enigma, surpresa ou imprevisto (maior incidência no conto moderno). Escreva ou , conforme seja verdadeiro ou falso o que se diz sobre o começo e o fim do texto 1. ( ) O início do conto (texto 1) peca literariamente por ser impreciso ao introduzir as personagens, pois não as nomeia; referese a elas usando pronome – “ele”, “ela” – e sintagmas nominais – “o amigo da casa”, “a menina”, o que as despersonaliza. ( ) A despersonalização dos actantes não é, em tese, a melhor técnica narrativa, uma vez que pode dificultar o entendimento do leitor. ( ) O epílogo do conto (texto 1) é destituído de enigma, surpresa ou mistério. A falta desse elemento de surpresa aproxima o conto em pauta do conto moderno. ( ) O emprego do vocábulo “própria” no início do texto sugere continuidade. Esse vocábulo, na posição em que se encontra parece exigir um pressuposto, no caso em foco, o pressuposto de que É como se o narrador estivesse retomando uma narrativa interrompida. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: A) V, F, V, F. B) F, F, V, V. C) V, V, F, F. D) F, V, F, V. CONHECIMENTOS GERAIS OSG: 1036/21 UECE – 2015.1 A 2020.2 (POR ASSUNTO) 10 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2015.2 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 14/06/2015. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 A própria menina se prende muito a ele, que ainda lhe trouxe a última boneca, embora agora ela se ponha mocinha: encolhese na poltrona da sala sob a luz do abajur e lê a revista de quadrinhos. Ele é alemão como o dono da casa. Tem apartamento no hotel da praia e joga tênis no clube, saltando com energia para dentro do campo, a raquete na mão. Assiste às partidas girando no copo de uísque os cubos de gelo. É o amigo da casa. Depois do jantar, passeia com a mãe da menina pelo caminho de pedra do jardim: as duas cabeças – a loira e a preta de cabelos aparados – vão e vêm, a dele já com entradas da calva. Ele chupa o cachimbo de fumo cheiroso, que o moço de bordo vai deixar no escritório. O dono da casa é Seu Feldmann. Dirige o seu pequeno automóvel e é muito delicado. Cumprimenta sempre todos os vizinhos, até mesmo os mais canalhas como Seu Deca, fiscal da Alfândega. Seu Feldmann cumprimenta. Bate com a cabeça. Compra marcos a bordo e no banco para a sua viagem regular à Alemanha. Viaja em companhia do comandante do cargueiro, em camarote especial. Então respira o ar marítimo no alto do convés, os braços muito brancos e descarnados, na camisa leve de mangas curtas. A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa, e da menina Saem os dois à noite e ele para o seu próprio automóvel sob os coqueiros na praia. Decerto brigaram mais uma vez, porque ela volta para casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o lencinho bordado. Recolhese a seu quarto (ela e seu Feldmann dormem em quartos separados). Trila o apito do guarda. Os faróis do automóvel na rua pincelam de luz as paredes, tiram reflexo do espelho. Ela permanece insone: o vidro de sua janela é um retângulo de luz na noite. (Moreira Campos. In – contos II. 1969. p. 120122. Originalmente publicado na obra . Texto adaptado.) Além de caracterizarse pela unidade dramática, o conto caracterizase pela unidade de tom, isto é, pela impressão única que ele deve deixar no leitor, impressão que pode ser de pavor, piedade, ódio, simpatia, antipatia, acordo, ternura, indiferença, dentre muitas outras. Assinale a impressão que o conto “O amigo da casa”, em função da própria relação entre as personagens, deve deixar no leitor. A) Terror. B) Desconsideração. C) Indiferença. D) Hipocrisia. O início e o final de um conto são importantíssimos: o início porque conquista e seduz, ou afasta o leitor; o final, porque, via de regra, corresponde ao clímax da história. O desfecho de um conto pode ser de duas ordens: enigmático, imprevisível, surpreendente (maior incidência no conto tradicional); destituído de enigma, surpresa ou imprevisto (maior incidência no conto moderno). Escreva ou , conforme seja verdadeiro ou falso o que se diz sobre o começo e o fim do texto 1. ( ) O início do conto (texto 1) peca literariamente por ser impreciso ao introduzir as personagens, pois não as nomeia; referese a elas usando pronome – “ele”, “ela” – e sintagmas nominais – “o amigo da casa”, “a menina”, o que as despersonaliza. ( ) A despersonalização dos actantes não é, em tese, a melhor técnica narrativa, uma vez que pode dificultar o entendimento do leitor. ( ) O epílogo do conto (texto 1) é destituído de enigma, surpresa ou mistério. A falta desse elemento de surpresa aproxima o conto em pauta do conto moderno. ( ) O emprego do vocábulo “própria” no início do texto sugere continuidade. Esse vocábulo, na posição em que se encontra parece exigir um pressuposto, no caso em foco, o pressuposto de que É como se o narrador estivesse retomando uma narrativa interrompida. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: A) V, F, V, F. B) F, F, V, V. C) V, V, F, F. D) F, V, F, V. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ– COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2015.2 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 14/06/2015. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 A própria menina se prende muito a ele, que ainda lhe trouxe a última boneca, embora agora ela se ponha mocinha: encolhese na poltrona da sala sob a luz do abajur e lê a revista de quadrinhos. Ele é alemão como o dono da casa. Tem apartamento no hotel da praia e joga tênis no clube, saltando com energia para dentro do campo, a raquete na mão. Assiste às partidas girando no copo de uísque os cubos de gelo. É o amigo da casa. Depois do jantar, passeia com a mãe da menina pelo caminho de pedra do jardim: as duas cabeças – a loira e a preta de cabelos aparados – vão e vêm, a dele já com entradas da calva. Ele chupa o cachimbo de fumo cheiroso, que o moço de bordo vai deixar no escritório. O dono da casa é Seu Feldmann. Dirige o seu pequeno automóvel e é muito delicado. Cumprimenta sempre todos os vizinhos, até mesmo os mais canalhas como Seu Deca, fiscal da Alfândega. Seu Feldmann cumprimenta. Bate com a cabeça. Compra marcos a bordo e no banco para a sua viagem regular à Alemanha. Viaja em companhia do comandante do cargueiro, em camarote especial. Então respira o ar marítimo no alto do convés, os braços muito brancos e descarnados, na camisa leve de mangas curtas. A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa, e da menina Saem os dois à noite e ele para o seu próprio automóvel sob os coqueiros na praia. Decerto brigaram mais uma vez, porque ela volta para casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o lencinho bordado. Recolhese a seu quarto (ela e seu Feldmann dormem em quartos separados). Trila o apito do guarda. Os faróis do automóvel na rua pincelam de luz as paredes, tiram reflexo do espelho. Ela permanece insone: o vidro de sua janela é um retângulo de luz na noite. (Moreira Campos. In – contos II. 1969. p. 120122. Originalmente publicado na obra . Texto adaptado.) Além de caracterizarse pela unidade dramática, o conto caracterizase pela unidade de tom, isto é, pela impressão única que ele deve deixar no leitor, impressão que pode ser de pavor, piedade, ódio, simpatia, antipatia, acordo, ternura, indiferença, dentre muitas outras. Assinale a impressão que o conto “O amigo da casa”, em função da própria relação entre as personagens, deve deixar no leitor. A) Terror. B) Desconsideração. C) Indiferença. D) Hipocrisia. O início e o final de um conto são importantíssimos: o início porque conquista e seduz, ou afasta o leitor; o final, porque, via de regra, corresponde ao clímax da história. O desfecho de um conto pode ser de duas ordens: enigmático, imprevisível, surpreendente (maior incidência no conto tradicional); destituído de enigma, surpresa ou imprevisto (maior incidência no conto moderno). Escreva ou , conforme seja verdadeiro ou falso o que se diz sobre o começo e o fim do texto 1. ( ) O início do conto (texto 1) peca literariamente por ser impreciso ao introduzir as personagens, pois não as nomeia; referese a elas usando pronome – “ele”, “ela” – e sintagmas nominais – “o amigo da casa”, “a menina”, o que as despersonaliza. ( ) A despersonalização dos actantes não é, em tese, a melhor técnica narrativa, uma vez que pode dificultar o entendimento do leitor. ( ) O epílogo do conto (texto 1) é destituído de enigma, surpresa ou mistério. A falta desse elemento de surpresa aproxima o conto em pauta do conto moderno. ( ) O emprego do vocábulo “própria” no início do texto sugere continuidade. Esse vocábulo, na posição em que se encontra parece exigir um pressuposto, no caso em foco, o pressuposto de que É como se o narrador estivesse retomando uma narrativa interrompida. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: A) V, F, V, F. B) F, F, V, V. C) V, V, F, F. D) F, V, F, V. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2015.2 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 14/06/2015. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 4 O conto apresenta quatro personagens, das quais somente uma é nomeada: Seu Feldmann, o dono da casa. Assinale a opção que expressa uma justificativa plausível para essa ocorrência no conto. A) O Senhor Feldmann é, afinal, a personagem mais importante do conto, por ser ele o dono da casa onde as outras personagens atuam. B) A menina, muito novinha, não tem importância no tipo de enredo que o conto apresenta. C) As personagens não nomeadas são tipos que se distinguem não pelo nome, mas pela função que exercem na sociedade e que a literatura explora. Dois desses tipos são o homem conquistador e a mulher conquistada. D) As três personagens não nomeadas formam um grupo de oposição ao Senhor Feldmann, cuja existência atrapalha a felicidade deles. Eles querem uma vida em família na qual nenhuma pessoa interfira. Reflita sobre a maneira como o “amigo da casa” é apresentado no conto. Leia o que se diz sobre essa apresentação. I. O “amigo da casa” é introduzido no texto pelo pronome “ele” (linha 1), que se repete anaforicamente nas linhas 5, 14 e 34. II. Ao longo da leitura do conto, o referente, expresso primeiramente pelo pronome “ele”, vaise delineando, ganhando contorno em nossa mente. Esses contornos fazemse e refazemse com o concurso de anáforas, mas também de expressões não anafóricas espalhadas pelo texto. III. Da linha 6 à 10 aparecem informações que não podem entrar no processo de construção do perfil da personagem, por serem frases construídas com verbos nocionais. Está correto o que se diz apenas em A) I e II. B) II e III. C) I. D) III. Atente ao que se diz sobre algumas ocorrências do texto e assinale com o que for verdadeiro e com o que for falso. ( ) O pronome “outro”, como todo vocábulo da língua portuguesa, pode substantivarse. Foi o que aconteceu com o pronome “outro” da linha 32. ( ) A expressão “(d)o outro” (linha 32) é ambígua. Ela significa “outra pessoa”. Em alguns estados brasileiros, entretanto, ela é usada também para fazer referência ao homem (o outro) e/ou à mulher (a outra) que protagonizam uma relação extraconjugal. Trabalhar essa ambiguidade no texto em estudo foi uma ideia feliz. ( ) Em “sua viagem regular à Alemanha” (linha 24), o adjetivo “regular” foi empregado no sentido de ”aquilo que se dá em conformidade com a lei, com as regras, com a praxe”. ( ) No enunciado: “Decerto brigaram mais uma vez, porque ela volta para casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o lencinho bordado” (linhas 3538), a conjunção “porque” empresta à oração que é iniciada por ela o valor semântico de explicação. ( ) A informação de que a mulher enrolava “nos dedos o lencinho bordado” (linhas 3738) não é gratuita no conto. Ao contrário, tem uma função: mostrar o estado da mulher, seu nervosismo, sua angústia. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: A) F, V, F, V, F. B) F, F, V, F, V. C) V, V, F, V, V. D) V, F, V, F, F. Atente ao trecho recortado do conto e marque a opção correta: “A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa, e da menina” (linhas 2933). A) Reescrito da seguinte maneira, isto é, eliminandose a vírgula que vem depois do vocábulo “casa”, o trecho não teria o mesmo sentido: A fortuna de origem é da mulher:as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa e da menina. B) As duas orações seguintes: “de onde ela desce aos domingos em companhia do outro” e “Que é o amigo da casa, e da menina” restringem o sentido de “o sítio da serra” e de “o outro”. C) O enunciado “A fortuna de origem é da mulher” tem o mesmo significado e as mesmas conotações deste outro enunciado: A origem da fortuna é a mulher. D) Incorreria em erro (pelos parâmetros da Gramática Normativa) a pessoa que pusesse uma vírgula depois de “domingos”, em “o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro”. 02. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2015.2 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 14/06/2015. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 4 O conto apresenta quatro personagens, das quais somente uma é nomeada: Seu Feldmann, o dono da casa. Assinale a opção que expressa uma justificativa plausível para essa ocorrência no conto. A) O Senhor Feldmann é, afinal, a personagem mais importante do conto, por ser ele o dono da casa onde as outras personagens atuam. B) A menina, muito novinha, não tem importância no tipo de enredo que o conto apresenta. C) As personagens não nomeadas são tipos que se distinguem não pelo nome, mas pela função que exercem na sociedade e que a literatura explora. Dois desses tipos são o homem conquistador e a mulher conquistada. D) As três personagens não nomeadas formam um grupo de oposição ao Senhor Feldmann, cuja existência atrapalha a felicidade deles. Eles querem uma vida em família na qual nenhuma pessoa interfira. Reflita sobre a maneira como o “amigo da casa” é apresentado no conto. Leia o que se diz sobre essa apresentação. I. O “amigo da casa” é introduzido no texto pelo pronome “ele” (linha 1), que se repete anaforicamente nas linhas 5, 14 e 34. II. Ao longo da leitura do conto, o referente, expresso primeiramente pelo pronome “ele”, vaise delineando, ganhando contorno em nossa mente. Esses contornos fazemse e refazemse com o concurso de anáforas, mas também de expressões não anafóricas espalhadas pelo texto. III. Da linha 6 à 10 aparecem informações que não podem entrar no processo de construção do perfil da personagem, por serem frases construídas com verbos nocionais. Está correto o que se diz apenas em A) I e II. B) II e III. C) I. D) III. Atente ao que se diz sobre algumas ocorrências do texto e assinale com o que for verdadeiro e com o que for falso. ( ) O pronome “outro”, como todo vocábulo da língua portuguesa, pode substantivarse. Foi o que aconteceu com o pronome “outro” da linha 32. ( ) A expressão “(d)o outro” (linha 32) é ambígua. Ela significa “outra pessoa”. Em alguns estados brasileiros, entretanto, ela é usada também para fazer referência ao homem (o outro) e/ou à mulher (a outra) que protagonizam uma relação extraconjugal. Trabalhar essa ambiguidade no texto em estudo foi uma ideia feliz. ( ) Em “sua viagem regular à Alemanha” (linha 24), o adjetivo “regular” foi empregado no sentido de ”aquilo que se dá em conformidade com a lei, com as regras, com a praxe”. ( ) No enunciado: “Decerto brigaram mais uma vez, porque ela volta para casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o lencinho bordado” (linhas 3538), a conjunção “porque” empresta à oração que é iniciada por ela o valor semântico de explicação. ( ) A informação de que a mulher enrolava “nos dedos o lencinho bordado” (linhas 3738) não é gratuita no conto. Ao contrário, tem uma função: mostrar o estado da mulher, seu nervosismo, sua angústia. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: A) F, V, F, V, F. B) F, F, V, F, V. C) V, V, F, V, V. D) V, F, V, F, F. Atente ao trecho recortado do conto e marque a opção correta: “A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa, e da menina” (linhas 2933). A) Reescrito da seguinte maneira, isto é, eliminandose a vírgula que vem depois do vocábulo “casa”, o trecho não teria o mesmo sentido: A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa e da menina. B) As duas orações seguintes: “de onde ela desce aos domingos em companhia do outro” e “Que é o amigo da casa, e da menina” restringem o sentido de “o sítio da serra” e de “o outro”. C) O enunciado “A fortuna de origem é da mulher” tem o mesmo significado e as mesmas conotações deste outro enunciado: A origem da fortuna é a mulher. D) Incorreria em erro (pelos parâmetros da Gramática Normativa) a pessoa que pusesse uma vírgula depois de “domingos”, em “o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro”. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2015.2 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 14/06/2015. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 4 O conto apresenta quatro personagens, das quais somente uma é nomeada: Seu Feldmann, o dono da casa. Assinale a opção que expressa uma justificativa plausível para essa ocorrência no conto. A) O Senhor Feldmann é, afinal, a personagem mais importante do conto, por ser ele o dono da casa onde as outras personagens atuam. B) A menina, muito novinha, não tem importância no tipo de enredo que o conto apresenta. C) As personagens não nomeadas são tipos que se distinguem não pelo nome, mas pela função que exercem na sociedade e que a literatura explora. Dois desses tipos são o homem conquistador e a mulher conquistada. D) As três personagens não nomeadas formam um grupo de oposição ao Senhor Feldmann, cuja existência atrapalha a felicidade deles. Eles querem uma vida em família na qual nenhuma pessoa interfira. Reflita sobre a maneira como o “amigo da casa” é apresentado no conto. Leia o que se diz sobre essa apresentação. I. O “amigo da casa” é introduzido no texto pelo pronome “ele” (linha 1), que se repete anaforicamente nas linhas 5, 14 e 34. II. Ao longo da leitura do conto, o referente, expresso primeiramente pelo pronome “ele”, vaise delineando, ganhando contorno em nossa mente. Esses contornos fazemse e refazemse com o concurso de anáforas, mas também de expressões não anafóricas espalhadas pelo texto. III. Da linha 6 à 10 aparecem informações que não podem entrar no processo de construção do perfil da personagem, por serem frases construídas com verbos nocionais. Está correto o que se diz apenas em A) I e II. B) II e III. C) I. D) III. Atente ao que se diz sobre algumas ocorrências do texto e assinale com o que for verdadeiro e com o que for falso. ( ) O pronome “outro”, como todo vocábulo da língua portuguesa, pode substantivarse. Foi o que aconteceu com o pronome “outro” da linha 32. ( ) A expressão “(d)o outro” (linha 32) é ambígua. Ela significa “outra pessoa”. Em alguns estados brasileiros, entretanto, ela é usada também para fazer referência ao homem (o outro) e/ou à mulher (a outra) que protagonizam uma relação extraconjugal. Trabalhar essa ambiguidade no texto em estudo foi uma ideia feliz. ( ) Em “sua viagem regular à Alemanha” (linha 24), o adjetivo “regular” foi empregado no sentido de ”aquilo que se dá em conformidade com a lei, com as regras, com a praxe”. ( ) No enunciado: “Decerto brigaram mais uma vez, porque ela volta para casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o lencinho bordado” (linhas 3538), a conjunção “porque” empresta à oração que é iniciada por ela o valor semântico de explicação. ( ) A informação de que a mulher enrolava “nos dedos o lencinho bordado” (linhas 3738) não é gratuita no conto. Ao contrário, tem uma função: mostrar oestado da mulher, seu nervosismo, sua angústia. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: A) F, V, F, V, F. B) F, F, V, F, V. C) V, V, F, V, V. D) V, F, V, F, F. Atente ao trecho recortado do conto e marque a opção correta: “A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa, e da menina” (linhas 2933). A) Reescrito da seguinte maneira, isto é, eliminandose a vírgula que vem depois do vocábulo “casa”, o trecho não teria o mesmo sentido: A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa e da menina. B) As duas orações seguintes: “de onde ela desce aos domingos em companhia do outro” e “Que é o amigo da casa, e da menina” restringem o sentido de “o sítio da serra” e de “o outro”. C) O enunciado “A fortuna de origem é da mulher” tem o mesmo significado e as mesmas conotações deste outro enunciado: A origem da fortuna é a mulher. D) Incorreria em erro (pelos parâmetros da Gramática Normativa) a pessoa que pusesse uma vírgula depois de “domingos”, em “o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro”. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2015.2 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 14/06/2015. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 4 O conto apresenta quatro personagens, das quais somente uma é nomeada: Seu Feldmann, o dono da casa. Assinale a opção que expressa uma justificativa plausível para essa ocorrência no conto. A) O Senhor Feldmann é, afinal, a personagem mais importante do conto, por ser ele o dono da casa onde as outras personagens atuam. B) A menina, muito novinha, não tem importância no tipo de enredo que o conto apresenta. C) As personagens não nomeadas são tipos que se distinguem não pelo nome, mas pela função que exercem na sociedade e que a literatura explora. Dois desses tipos são o homem conquistador e a mulher conquistada. D) As três personagens não nomeadas formam um grupo de oposição ao Senhor Feldmann, cuja existência atrapalha a felicidade deles. Eles querem uma vida em família na qual nenhuma pessoa interfira. Reflita sobre a maneira como o “amigo da casa” é apresentado no conto. Leia o que se diz sobre essa apresentação. I. O “amigo da casa” é introduzido no texto pelo pronome “ele” (linha 1), que se repete anaforicamente nas linhas 5, 14 e 34. II. Ao longo da leitura do conto, o referente, expresso primeiramente pelo pronome “ele”, vaise delineando, ganhando contorno em nossa mente. Esses contornos fazemse e refazemse com o concurso de anáforas, mas também de expressões não anafóricas espalhadas pelo texto. III. Da linha 6 à 10 aparecem informações que não podem entrar no processo de construção do perfil da personagem, por serem frases construídas com verbos nocionais. Está correto o que se diz apenas em A) I e II. B) II e III. C) I. D) III. Atente ao que se diz sobre algumas ocorrências do texto e assinale com o que for verdadeiro e com o que for falso. ( ) O pronome “outro”, como todo vocábulo da língua portuguesa, pode substantivarse. Foi o que aconteceu com o pronome “outro” da linha 32. ( ) A expressão “(d)o outro” (linha 32) é ambígua. Ela significa “outra pessoa”. Em alguns estados brasileiros, entretanto, ela é usada também para fazer referência ao homem (o outro) e/ou à mulher (a outra) que protagonizam uma relação extraconjugal. Trabalhar essa ambiguidade no texto em estudo foi uma ideia feliz. ( ) Em “sua viagem regular à Alemanha” (linha 24), o adjetivo “regular” foi empregado no sentido de ”aquilo que se dá em conformidade com a lei, com as regras, com a praxe”. ( ) No enunciado: “Decerto brigaram mais uma vez, porque ela volta para casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o lencinho bordado” (linhas 3538), a conjunção “porque” empresta à oração que é iniciada por ela o valor semântico de explicação. ( ) A informação de que a mulher enrolava “nos dedos o lencinho bordado” (linhas 3738) não é gratuita no conto. Ao contrário, tem uma função: mostrar o estado da mulher, seu nervosismo, sua angústia. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: A) F, V, F, V, F. B) F, F, V, F, V. C) V, V, F, V, V. D) V, F, V, F, F. Atente ao trecho recortado do conto e marque a opção correta: “A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa, e da menina” (linhas 2933). A) Reescrito da seguinte maneira, isto é, eliminandose a vírgula que vem depois do vocábulo “casa”, o trecho não teria o mesmo sentido: A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa e da menina. B) As duas orações seguintes: “de onde ela desce aos domingos em companhia do outro” e “Que é o amigo da casa, e da menina” restringem o sentido de “o sítio da serra” e de “o outro”. C) O enunciado “A fortuna de origem é da mulher” tem o mesmo significado e as mesmas conotações deste outro enunciado: A origem da fortuna é a mulher. D) Incorreria em erro (pelos parâmetros da Gramática Normativa) a pessoa que pusesse uma vírgula depois de “domingos”, em “o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro”. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2015.2 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 14/06/2015. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 4 O conto apresenta quatro personagens, das quais somente uma é nomeada: Seu Feldmann, o dono da casa. Assinale a opção que expressa uma justificativa plausível para essa ocorrência no conto. A) O Senhor Feldmann é, afinal, a personagem mais importante do conto, por ser ele o dono da casa onde as outras personagens atuam. B) A menina, muito novinha, não tem importância no tipo de enredo que o conto apresenta. C) As personagens não nomeadas são tipos que se distinguem não pelo nome, mas pela função que exercem na sociedade e que a literatura explora. Dois desses tipos são o homem conquistador e a mulher conquistada. D) As três personagens não nomeadas formam um grupo de oposição ao Senhor Feldmann, cuja existência atrapalha a felicidade deles. Eles querem uma vida em família na qual nenhuma pessoa interfira. Reflita sobre a maneira como o “amigo da casa” é apresentado no conto. Leia o que se diz sobre essa apresentação. I. O “amigo da casa” é introduzido no texto pelo pronome “ele” (linha 1), que se repete anaforicamente nas linhas 5, 14 e 34. II. Ao longo da leitura do conto, o referente, expresso primeiramente pelo pronome “ele”, vaise delineando, ganhando contorno em nossa mente. Esses contornos fazemse e refazemse com o concurso de anáforas, mas também de expressões não anafóricas espalhadas pelo texto. III. Da linha 6 à 10 aparecem informações que não podem entrar no processo de construção do perfil da personagem, por serem frases construídas com verbos nocionais. Está correto o que se diz apenas em A) I e II. B) II e III. C) I. D) III. Atente ao que se diz sobre algumas ocorrências do texto e assinale com o que for verdadeiro e com o que for falso. ( ) O pronome “outro”, como todo vocábulo da língua portuguesa, pode substantivarse. Foi o que aconteceu com o pronome “outro” da linha 32. ( ) A expressão “(d)o outro” (linha 32) é ambígua. Ela significa “outra pessoa”. Em alguns estados brasileiros, entretanto, ela é usada também para fazer referência ao homem (o outro) e/ou à mulher (a outra) que protagonizam uma relação extraconjugal. Trabalhar essa ambiguidade notexto em estudo foi uma ideia feliz. ( ) Em “sua viagem regular à Alemanha” (linha 24), o adjetivo “regular” foi empregado no sentido de ”aquilo que se dá em conformidade com a lei, com as regras, com a praxe”. ( ) No enunciado: “Decerto brigaram mais uma vez, porque ela volta para casa de olhos vermelhos, enrolando nos dedos o lencinho bordado” (linhas 3538), a conjunção “porque” empresta à oração que é iniciada por ela o valor semântico de explicação. ( ) A informação de que a mulher enrolava “nos dedos o lencinho bordado” (linhas 3738) não é gratuita no conto. Ao contrário, tem uma função: mostrar o estado da mulher, seu nervosismo, sua angústia. Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: A) F, V, F, V, F. B) F, F, V, F, V. C) V, V, F, V, V. D) V, F, V, F, F. Atente ao trecho recortado do conto e marque a opção correta: “A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa, e da menina” (linhas 2933). A) Reescrito da seguinte maneira, isto é, eliminandose a vírgula que vem depois do vocábulo “casa”, o trecho não teria o mesmo sentido: A fortuna de origem é da mulher: as velhas casas no centro da cidade, os antigos armazéns, o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro, que é o amigo da casa e da menina. B) As duas orações seguintes: “de onde ela desce aos domingos em companhia do outro” e “Que é o amigo da casa, e da menina” restringem o sentido de “o sítio da serra” e de “o outro”. C) O enunciado “A fortuna de origem é da mulher” tem o mesmo significado e as mesmas conotações deste outro enunciado: A origem da fortuna é a mulher. D) Incorreria em erro (pelos parâmetros da Gramática Normativa) a pessoa que pusesse uma vírgula depois de “domingos”, em “o sítio da serra, de onde ela desce aos domingos em companhia do outro”. 2016.1 Texto para a próxima questão. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2016.1 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 15/11/2015. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 3 LÍNGUA PORTUGUESA Texto 1 O texto é um excerto de Baú de Ossos (volume 1), do médico e escritor mineiro Pedro Nava. Inclui-se essa obra no gênero memorialístico, que é predominantemente narrativo. Nesse gênero, são contados episódios verídicos ou baseadas em fatos reais, que ficaram na memória do autor. Isso o distingue da biografia, que se propõe contar a história de uma pessoa específica. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 O meu amigo Rodrigo Melo Franco de Andrade é autor do conto “Quando minha avó morreu”. Sei por ele que é uma história autobiográfica. Aí Rodrigo confessa ter passado, aos 11 anos, por fase da vida em que se sentia profundamente corrupto. Violava as promessas feitas de noite a Nossa Senhora; mentia desabridamente; faltava às aulas para tomar banho no rio e pescar na Barroca com companheiros vadios; furtava pratinhas de dois mil-réis... Ai! de mim que mais cedo que o amigo também abracei a senda do crime e enveredei pela do furto... Amante das artes plásticas desde cedo, educado no culto do belo, eu não pude me conter. Eram duas coleções de postais pertencentes a minha prima Maria Luísa Palleta. Numa, toda a vida de Paulo e Virgínia – do idílio infantil ao navio desmantelado na procela. Pobre Virgínia, dos cabelos esvoaçantes! Noutra, a de Joana d’Arc, desde os tempos de pastora e das vozes ao da morte. Pobre Joana dos cabelos em chama! Não resisti. Furtei, escondi e depois de longos êxtases, com medo, joguei tudo fora. Terceiro roubo, terceira coleção de postais – a que um carcamano, chamado Adriano Merlo, escrevia a uma de minhas tias. Os cartões eram fabulosos. Novas contemplações solitárias e piquei tudo de latrina abaixo. Mas o mais grave foi o roubo de uma nota de cinco mil-réis, do patrimônio da própria Inhá Luísa. De posse dessa fortuna nababesca, comprei um livro e uma lâmpada elétrica de tamanho desmedido. Fui para o parque Halfeld com o butim de minha pirataria. Joguei o troco num bueiro. Como ainda não soubesse ler, rasguei o livro e atirei seus restos em um tanque. A lâmpada, enorme, esfregada, não fez aparecer nenhum gênio. Fui me desfazer de mais esse cadáver na escada da Igreja de São Sebastião. Lá a estourei, tendo a impressão de ouvir os trovões e o morro do Imperador desabando nas minhas costas. Depois dessa série de atos gratuitos e delitos inúteis, voltei para casa. Raskólnikov. O mais estranho é que houve crime, e não castigo. Crime perfeito. Ninguém desconfiou. Minha avó não deu por falta de sua cédula. Eu fiquei por conta das Fúrias de um remorso, que me perseguiu toda a infância, veio comigo pela vida afora, com a terrível impressão de que eu poderia reincidir 51 52 53 54 55 56 57 porque vocês sabem, cesteiro que faz um cesto... Só me tranquilizei anos depois, já médico, quando li num livro de Psicologia que só se deve considerar roubo o que a criança faz com proveito e dolo. O furto inútil é fisiológico e psicologicamente normal. Graças a Deus! Fiquei absolvido do meu ato gratuito... (Pedro Nava. Baú de ossos. Memórias 1. p. 308 a 310.) 01. O texto de Pedro Nava tem uma estrutura linguística que se pode demarcar com facilidade. Atente ao que se diz sobre essa estrutura. I. Uma das possíveis divisões dessa estrutura é a seguinte: a primeira parte, da linha 1 à linha 11 (“mil réis”); a segunda parte, da linha 11 (“Ai! de mim”) até a linha 47 (“cédula”); a terceira parte, da linha 47 (“Eu fiquei”) à linha 52 (“cesto”). II. Essa divisão apresenta uma lógica interna: o texto começa com a referência a um amigo do enunciador, cujos crimes serão comparados com os crimes desse enunciador; segue com a relação dos delitos cometidos pelo enunciador e termina com o relato da remissão desse enunciador pelas transgressões por ele praticadas quando criança. III. O emprego do pretérito imperfeito do indicativo, entre as linhas 5 e 10, indica que as ações expressas por esses verbos são ações que se repetem (aspecto iterativo ou frequentativo). Está correto o que se diz em A) II e III apenas. B) I e III apenas. C) I e II apenas. D) I, II e III. 02. O excerto que vai da linha 1 à linha 11 (“mil réis”) tem a seguinte função textual: A) Apresentar parâmetro para os crimes do enunciador. B) Diminuir o impacto causado pelas revelações do enunciador. C) Mostrar que é normal a criança ainda muito nova praticar crimes. D) Demonstrar, com fatos, a falta de caráter de crianças mimadas. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2016.1 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 15/11/2015. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 3 LÍNGUA PORTUGUESA Texto 1 O texto é um excerto de Baú de Ossos (volume 1), do médico e escritor mineiro Pedro Nava. Inclui-se essa obra no gênero memorialístico, que é predominantemente narrativo. Nesse gênero, são contados episódios verídicos ou baseadas em fatos reais, que ficaram na memória do autor. Isso o distingue da biografia, que se propõe contar a história de uma pessoa específica. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 O meu amigo Rodrigo Melo Franco de Andrade é autor do conto “Quando minha avó morreu”. Sei por ele que é uma história autobiográfica. Aí Rodrigo confessa ter passado, aos 11 anos, por fase da vida em que se sentia profundamente corrupto. Violava as promessas feitas de noite a Nossa Senhora; mentia desabridamente; faltava às aulas para tomar banho no rioe pescar na Barroca com companheiros vadios; furtava pratinhas de dois mil-réis... Ai! de mim que mais cedo que o amigo também abracei a senda do crime e enveredei pela do furto... Amante das artes plásticas desde cedo, educado no culto do belo, eu não pude me conter. Eram duas coleções de postais pertencentes a minha prima Maria Luísa Palleta. Numa, toda a vida de Paulo e Virgínia – do idílio infantil ao navio desmantelado na procela. Pobre Virgínia, dos cabelos esvoaçantes! Noutra, a de Joana d’Arc, desde os tempos de pastora e das vozes ao da morte. Pobre Joana dos cabelos em chama! Não resisti. Furtei, escondi e depois de longos êxtases, com medo, joguei tudo fora. Terceiro roubo, terceira coleção de postais – a que um carcamano, chamado Adriano Merlo, escrevia a uma de minhas tias. Os cartões eram fabulosos. Novas contemplações solitárias e piquei tudo de latrina abaixo. Mas o mais grave foi o roubo de uma nota de cinco mil-réis, do patrimônio da própria Inhá Luísa. De posse dessa fortuna nababesca, comprei um livro e uma lâmpada elétrica de tamanho desmedido. Fui para o parque Halfeld com o butim de minha pirataria. Joguei o troco num bueiro. Como ainda não soubesse ler, rasguei o livro e atirei seus restos em um tanque. A lâmpada, enorme, esfregada, não fez aparecer nenhum gênio. Fui me desfazer de mais esse cadáver na escada da Igreja de São Sebastião. Lá a estourei, tendo a impressão de ouvir os trovões e o morro do Imperador desabando nas minhas costas. Depois dessa série de atos gratuitos e delitos inúteis, voltei para casa. Raskólnikov. O mais estranho é que houve crime, e não castigo. Crime perfeito. Ninguém desconfiou. Minha avó não deu por falta de sua cédula. Eu fiquei por conta das Fúrias de um remorso, que me perseguiu toda a infância, veio comigo pela vida afora, com a terrível impressão de que eu poderia reincidir 51 52 53 54 55 56 57 porque vocês sabem, cesteiro que faz um cesto... Só me tranquilizei anos depois, já médico, quando li num livro de Psicologia que só se deve considerar roubo o que a criança faz com proveito e dolo. O furto inútil é fisiológico e psicologicamente normal. Graças a Deus! Fiquei absolvido do meu ato gratuito... (Pedro Nava. Baú de ossos. Memórias 1. p. 308 a 310.) 01. O texto de Pedro Nava tem uma estrutura linguística que se pode demarcar com facilidade. Atente ao que se diz sobre essa estrutura. I. Uma das possíveis divisões dessa estrutura é a seguinte: a primeira parte, da linha 1 à linha 11 (“mil réis”); a segunda parte, da linha 11 (“Ai! de mim”) até a linha 47 (“cédula”); a terceira parte, da linha 47 (“Eu fiquei”) à linha 52 (“cesto”). II. Essa divisão apresenta uma lógica interna: o texto começa com a referência a um amigo do enunciador, cujos crimes serão comparados com os crimes desse enunciador; segue com a relação dos delitos cometidos pelo enunciador e termina com o relato da remissão desse enunciador pelas transgressões por ele praticadas quando criança. III. O emprego do pretérito imperfeito do indicativo, entre as linhas 5 e 10, indica que as ações expressas por esses verbos são ações que se repetem (aspecto iterativo ou frequentativo). Está correto o que se diz em A) II e III apenas. B) I e III apenas. C) I e II apenas. D) I, II e III. 02. O excerto que vai da linha 1 à linha 11 (“mil réis”) tem a seguinte função textual: A) Apresentar parâmetro para os crimes do enunciador. B) Diminuir o impacto causado pelas revelações do enunciador. C) Mostrar que é normal a criança ainda muito nova praticar crimes. D) Demonstrar, com fatos, a falta de caráter de crianças mimadas. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR VESTIBULAR 2016.1 – PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – 1a FASE – APLICADA EM 15/11/2015. O número do gabarito deste caderno de prova é 1. Página 3 LÍNGUA PORTUGUESA Texto 1 O texto é um excerto de Baú de Ossos (volume 1), do médico e escritor mineiro Pedro Nava. Inclui-se essa obra no gênero memorialístico, que é predominantemente narrativo. Nesse gênero, são contados episódios verídicos ou baseadas em fatos reais, que ficaram na memória do autor. Isso o distingue da biografia, que se propõe contar a história de uma pessoa específica. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 O meu amigo Rodrigo Melo Franco de Andrade é autor do conto “Quando minha avó morreu”. Sei por ele que é uma história autobiográfica. Aí Rodrigo confessa ter passado, aos 11 anos, por fase da vida em que se sentia profundamente corrupto. Violava as promessas feitas de noite a Nossa Senhora; mentia desabridamente; faltava às aulas para tomar banho no rio e pescar na Barroca com companheiros vadios; furtava pratinhas de dois mil-réis... Ai! de mim que mais cedo que o amigo também abracei a senda do crime e enveredei pela do furto... Amante das artes plásticas desde cedo, educado no culto do belo, eu não pude me conter. Eram duas coleções de postais pertencentes a minha prima Maria Luísa Palleta. Numa, toda a vida de Paulo e Virgínia – do idílio infantil ao navio desmantelado na procela. Pobre Virgínia, dos cabelos esvoaçantes! Noutra, a de Joana d’Arc, desde os tempos de pastora e das vozes ao da morte. Pobre Joana dos cabelos em chama! Não resisti. Furtei, escondi e depois de longos êxtases, com medo, joguei tudo fora. Terceiro roubo, terceira coleção de postais – a que um carcamano, chamado Adriano Merlo, escrevia a uma de minhas tias. Os cartões eram fabulosos. Novas contemplações solitárias e piquei tudo de latrina abaixo. Mas o mais grave foi o roubo de uma nota de cinco mil-réis, do patrimônio da própria Inhá Luísa. De posse dessa fortuna nababesca, comprei um livro e uma lâmpada elétrica de tamanho desmedido. Fui para o parque Halfeld com o butim de minha pirataria. Joguei o troco num bueiro. Como ainda não soubesse ler, rasguei o livro e atirei seus restos em um tanque. A lâmpada, enorme, esfregada, não fez aparecer nenhum gênio. Fui me desfazer de mais esse cadáver na escada da Igreja de São Sebastião. Lá a estourei, tendo a impressão de ouvir os trovões e o morro do Imperador desabando nas minhas costas. Depois dessa série de atos gratuitos e delitos inúteis, voltei para casa. Raskólnikov. O mais estranho é que houve crime, e não castigo. Crime perfeito. Ninguém desconfiou. Minha avó não deu por falta de sua cédula. Eu fiquei por conta das Fúrias de um remorso, que me perseguiu toda a infância, veio comigo pela vida afora, com a terrível impressão de que eu poderia reincidir 51 52 53 54 55 56 57 porque vocês sabem, cesteiro que faz um cesto... Só me tranquilizei anos depois, já médico, quando li num livro de Psicologia que só se deve considerar roubo o que a criança faz com proveito e dolo. O furto inútil é fisiológico e psicologicamente normal. Graças a Deus! Fiquei absolvido do meu ato gratuito... (Pedro Nava. Baú de ossos. Memórias 1. p. 308 a 310.) 01. O texto de Pedro Nava tem uma estrutura linguística que se pode demarcar com facilidade. Atente ao que se diz sobre essa estrutura. I. Uma das possíveis divisões dessa estrutura é a seguinte: a primeira parte, da linha 1 à linha 11 (“mil réis”); a segunda parte, da linha 11 (“Ai! de mim”) até a linha 47 (“cédula”); a terceira parte, da linha 47 (“Eu fiquei”) à linha 52 (“cesto”). II. Essa divisão apresenta uma lógica interna: o texto começa com a referência a um amigo do enunciador, cujos crimes serão comparados com os crimes desse enunciador; segue com a relação dos delitos cometidos pelo enunciador e termina com o relato da remissão desse enunciador pelas transgressões por ele praticadas quando criança. III. O emprego do pretérito imperfeito do indicativo, entre as linhas 5 e 10, indica que as ações expressas por esses verbos são ações que se repetem (aspecto
Compartilhar