Buscar

CIÊNCIAS HUMANAS - SUSTENTABILIDADE EM AÇÃO SOCIEDADE E NATUREZA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 292 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 292 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 292 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SU
ST
EN
TA
BI
LI
DA
DE
 E
M
 A
ÇÃ
O:
 
SO
CI
ED
AD
E 
E 
NA
TU
RE
ZA
SUSTEN
TABILIDADE EM
 AÇÃO: SOCIEDADE E NATUREZA
>
EN
SIN
O M
ÉDIO
Área do conhecim
ento: 
Ciências H
um
anas e Sociais Aplicadas
Ciências H
um
anas
Angela Rama
Gislane Azevedo
Isabela Gorgatti
Leandro Calbente
Reinaldo Seriacopi
Ár
ea
 d
o 
co
nh
ec
im
en
to
: 
Ci
ên
ci
as
 H
um
an
as
 e
 S
oc
ia
is
 A
pl
ic
ad
as
>
EN
SI
N
O 
M
ÉD
IO
H
um
an
as
Ci
ên
ci
as
9 7 8 6 5 5 7 4 2 1 2 2 2
ISBN 978-65-5742-122-2
MANUAL DO 
PROFESSOR
SU
ST
EN
TA
BI
LI
DA
DE
 E
M
 A
ÇÃ
O:
 
SO
CI
ED
AD
E 
E 
NA
TU
RE
ZA
Ár
ea
 d
o 
co
nh
ec
im
en
to
: 
Ci
ên
ci
as
 H
um
an
as
 e
 S
oc
ia
is
 A
pl
ic
ad
as
EN
SI
N
O 
M
ÉD
IO
H
um
an
as
H
um
an
as
Ci
ên
ci
as
Angela RamaAngela RamaAngela RamaAngela RamaAngela RamaAngela RamaAngela Rama
Gislane AzevedoGislane AzevedoGislane Azevedo
Isabela GorgattiIsabela GorgattiIsabela Gorgatti
Leandro CalbenteLeandro CalbenteLeandro Calbente
Reinaldo Seriacopi
CÓ
DI
GO
 D
A 
CO
LE
ÇÃ
O
02
15
P2
12
04
CÓ
DI
GO
 D
O 
VO
LU
M
E
02
15
P2
12
04
13
7
PN
LD
 2
02
1
• 
Ob
je
to
 2
Ve
rs
ão
 su
bm
et
id
a 
à 
av
al
ia
çã
o
M
at
er
ia
l d
e 
di
vu
lg
aç
ão
DIV-PNLD_21_3075-PRISMA-HUM-GIRA-MP-V5-Capa.indd All PagesDIV-PNLD_21_3075-PRISMA-HUM-GIRA-MP-V5-Capa.indd All Pages 16/04/21 17:2316/04/21 17:23
PRISMA
1a edição
São Paulo – 2020
Ár
ea
 d
o 
co
nh
ec
im
en
to
: 
Ci
ên
ci
as
 H
um
an
as
 e
 S
oc
ia
is
 A
pl
ic
ad
as
>
EN
SI
N
O 
M
ÉD
IO
>
EN
SI
N
O 
M
ÉD
IO
H
um
an
as
Ci
ên
ci
as
Maria Angela Gomez Rama
• Mestra em Ciências (Geografia Humana) pela 
Universidade de São Paulo (USP).
• Bacharela e licenciada em Geografia pela 
Universidade de São Paulo (USP).
• Especialista em Ensino de Geografia pela Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
• Licenciada em Pedagogia pela Universidade de 
Franca (Unifran-SP).
• Formadora de professores. Atuou como professora 
no Ensino Fundamental e Médio das redes pública 
e privada e no Ensino Superior.
Gislane Campos Azevedo Seriacopi 
• Mestra em História Social pela Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
• Professora universitária, pesquisadora e 
ex-professora de História do Ensino Fundamental e 
Médio nas redes pública e privada.
Isabela Gorgatti Cruz
• Bacharela em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
• Especialista em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).
• Editora de livros didáticos.
Leandro Calbente Câmara
• Bacharel em História pela Universidade de São Paulo (USP).
• Bacharel em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP).
• Mestre em Ciências (História Econômica) pela Universidade
de São Paulo (USP).
• Editor de livros didáticos.
Reinaldo Seriacopi
• Bacharel em Letras pela Faculdade de Filosofia, 
Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). 
• Bacharel em Jornalismo pelo Instituto Metodista de Ensino 
Superior (IMS-SP).
• Editor especializado na área de História.
MANUAL DO 
PROFESSOR
SU
ST
EN
TA
BI
LI
DA
DE
 E
M
 A
ÇÃ
O:
 
SO
CI
ED
AD
E 
E 
NA
TU
RE
ZA
D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 1D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 1 20/09/2020 23:5320/09/2020 23:53
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 
de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
EDITORA FTD.
Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP
CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970
www.ftd.com.br
central.relacionamento@ftd.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Prisma : ciências humanas : sustentabilidade em 
ação : sociedade e natureza : ensino médio / 
Maria Angela Gomez Rama ... [et al.]. – 1. ed. – 
São Paulo : FTD, 2020.
Área do conhecimento : Ciências humanas e sociais 
aplicadas
Vários autores : Gislane Campos Azevedo 
Seriacopi, Isabela Gorgatti Cruz, Leandro Calbente 
Câmara, Reinaldo Seriacopi
Bibliografia
ISBN 978-65-5742-121-5 (Aluno)
ISBN 978-65-5742-122-2 (Professor)
1. Ciências (Ensino médio) 2. Tecnologia I. 
Seriacopi, Gislane Campos Azevedo II. Cruz, Isabela 
Gorgatti III. Câmara, Leandro Calbente IV. Seriacopi, 
Reinaldo
20-44112 CDD-372.7
Índices para catálogo sistemático:
1. Ciências : Ensino médio 372.7
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
 
Copyright © Maria Angela Gomez Rama, Gislane Campos Azevedo Seriacopi, Isabela 
Gorgatti Cruz, Leandro Calbente Câmara e Reinaldo Seriacopi, 2020
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção editorial adjunta Luiz Tonolli
Gerência editorial Flávia Renata Pereira de Almeida Fugita
Edição João Carlos Ribeiro Junior (coord.)
Bárbara Berges, Carolina Bussolaro, Maiza Garcia Barrientos Agunzi,
Siomara Sodré Spinola
Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (sup.)
Danielle Costa, Diogo Souza Santos, Eliana Vila Nova de Souza, 
Felipe Bio, Fernanda Rodrigues Baptista, Graziele Cristina Ribeiro, 
Jussara Rodrigues Gomes, Kátia Cardoso da Silva, 
Lívia Navarro de Mendonça, Rita Lopes, Thalita Martins da Silva Milczvski, 
Veridiana Maenaka
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Daniela Máximo (coord.), Sergio Cândido
Imagem de capa StephanKogelman/Shutterstock.com
Arte e Produção Vinicius Fernandes (sup.)
Ana Suely Silveira Dobon, Karina Monteiro Alvarenga, 
Jacqueline Nataly Ortolan, Marcelo Saccomann (assist.)
Diagramação C2 Artes 
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga
Licenciamento de textos Érica Brambila, Bárbara Clara (assist.)
Iconografia Priscilla Liberato Narciso, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens)
Ilustrações Davi Augusto, Erika Onodera, Lápis 13B, Nelson Provazi, Ricardo 
Sasaki, Sonia Vaz, Studio Caparroz
Em respeito ao meio ambiente, as folhas 
deste livro foram produzidas com fibras 
obtidas de árvores de florestas plantadas, 
com origem certificada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
CNPJ 61.186.490/0016-33
Avenida Antonio Bardella, 300
Guarulhos-SP – CEP 07220-020
Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 2D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 2 20/09/2020 23:5320/09/2020 23:53
APRESENTAÇÃO
Diariamente, somos bombardeados por notícias e informações na internet, 
na televisão, nos jornais, o que torna muito difícil entender o que acontece no 
mundo e identifi car aquilo que é signifi cativo para nós e que pode infl uenciar 
nosso cotidiano e impactar nossa comunidade. Se muitas vezes você tem a sen-
sação de que não consegue analisar satisfatoriamente esse imenso volume de 
informações, saiba que não está sozinho.
As Ciências Humanas e Sociais Aplicadas são uma ferramenta importante para 
nos ajudar a refl etir sobre o mundo em que vivemos. Os saberes desenvolvidos 
pela História, pela Geografi a, pela Sociologia e pela Filosofi a permitem mobilizar 
competências e habilidades fundamentais para o exercício do pensamento crítico, 
essencial para transformarmos as informações recebidas diariamente em conhe-
cimentos capazes de nos ajudar a modifi car a realidade que nos cerca.
Para auxiliá-lo nessa tarefa, selecionamos um conjunto de temas importan-
tes para a compreensão dos tempos atuais. Por meio de textos, mapas, gráfi cos, 
tabelas, fotografi as e muitos outros documentos, você terá condições de interpre-
tar e analisar criticamente não só a sua realidade, mas o mundo de uma maneira 
mais ampla. Com isso, esperamos ajudá-lo no exercício da cidadania e no desen-
volvimento de práticas colaborativas que contribuam para a construção de uma 
sociedade mais justa, em busca do bem-estar coletivo.
Esperamos oferecer o conhecimento necessário para você desenvolver uma 
visão crítica da realidade e se sentir seguro para adotar uma postura protagonista 
em seu dia a dia.
Os autores
D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 3D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd3 20/09/2020 23:5320/09/2020 23:53
Esta coleção é composta de seis volumes. A seguir, apresentaremos 
algumas das principais características das obras.
CONHEÇA
SEU LIVRO
©
 2
02
0 
- T
H
E 
AN
DY
 W
AR
H
O
L 
FO
U
N
D
AT
IO
N
 F
O
R 
TH
E 
VI
SU
AL
 A
RT
S,
 IN
C.
/ L
IC
EN
SE
D
 B
Y 
AU
TV
IS
, B
RA
SI
L.
10
©
 2
02
0 
- T
H
E 
AN
DY
 W
AR
H
O
L 
FO
U
N
D
AT
IO
N
 F
O
R 
TH
E 
VI
SU
AL
 A
RT
S,
 IN
C.
/ L
IC
EN
SE
D
 B
Y 
AU
TV
IS
, B
RA
SI
L.UNIDADE
10
1
■ Latas de sopa Campbell (1962), de Andy Warhol. Suas obras se 
particularizam pelo uso de cores brilhantes, pela representação de 
materiais industrializados e pelo exagero do efeito de simultaneidade, 
como se observa na repetição das telas na imagem ao lado.
Consumo responsável
Os artistas da pop art, movimento estético que teve 
seu auge na década de 1960, utilizavam em suas obras 
imagens de embalagens, propagandas, pop stars, perso-
nagens da televisão, cinema e quadrinhos e de outros 
aspectos da vida cotidiana e da chamada cultura de 
massa. Uma das possíveis intenções dos artistas era fazer 
uma crítica ao consumismo e à influência que os produ-
tos fabricados em massa exerciam na vida das pessoas.
Contraditoriamente, a exposição acabava populari-
zando ainda mais o produto, como no caso das sopas 
Campbell, que inspirou a obra do estadunidense Andy 
Warhol (1928-1987), na imagem ao lado. Enlatados, assim 
como outros tipos de alimentos processados, surgiram 
com a industrialização e foram, por muito tempo, asso-
ciados a uma vida moderna e urbanizada. Os alimentos 
industrializados continuam inspirando críticas, mas rela-
cionadas aos efeitos negativos na saúde das pessoas e a 
quantidade de uso de embalagens, por exemplo.
 1. Você acha que as embalagens de alimentos e as propa-
gandas o influenciam a consumir mais?
 2. Como as atitudes das pessoas em relação ao consumo 
influenciam a produção dos resíduos sólidos?
NÃO ESCREVA 
NO LIVRO
D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 10D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 10 20/09/20 14:0120/09/20 14:01
4
CAPÍTULO
Todos têm sede, mas 
nem todos têm água
Com grande parte do território banhado por caudalosos e extensos 
rios, além de contar com importantes reservas de água no subsolo, o Brasil 
sempre foi considerado uma potência hídrica. No entanto, fatores como a 
má gestão de governos e empresas, os impactos socioambientais, a intensa 
urbanização, a cultura do desperdício e as questões relacionadas ao clima 
geraram crises de abastecimento em muitos lugares do país.
Consultar as Orientações para o professor para obter mais informações sobre o capítulo 
e sobre o trabalho com as atividades.
Especialistas afirmam que a quantidade de água disponível no 
planeta Terra é a mesma desde sua origem, há 4,6 bilhões de anos. Se a 
quantidade permanece inalterada no planeta, por que ela desapareceu 
em alguns lugares ou está desaparecendo? As crises de abastecimento, 
acesso e consumo de água potável são fenômenos isolados ou mun-
diais? Por que aumentou o consumo de água no mundo? Por que o 
acesso à água se dá de maneira tão desigual? Como os recursos hídri-
cos estão distribuídos no espaço geográfico? Como você pode notar, o 
tema traz à discussão muitas questões, algumas das quais serão abor-
dadas neste capítulo.
■ A carcaça de um carro abandonado na represa de Atibainha, em Nazaré Paulista (SP), que faz parte do 
Sistema Cantareira responsável pelo abastecimento de parte da Região Metropolitana de São Paulo, tornou-
-se um dos símbolos da crise hídrica no estado de São Paulo, entre 2014 e 2016. À esquerda, a carcaça com a 
intervenção do artista Mundano, em dezembro de 2014. À direita, a mesma carcaça e o nível de água maior 
no reservatório, em fevereiro de 2015.
Recurso hídrico
Corresponde às águas 
disponíveis em rios, 
lagos, mares, oceanos, 
geleiras e aquíferos para 
o uso em atividades 
humanas.
TI
AG
O
 Q
U
EI
RO
Z/
ES
TA
D
ÃO
 C
O
N
TE
Ú
D
O
/A
E
CL
AY
TO
N
 D
E 
SO
U
ZA
/E
ST
AD
ÃO
 C
O
N
TE
Ú
D
O
/A
E
60
D3-CH-EM-3075-V5-U2-C4-060-077-LA-G21_AVU1.indd 60D3-CH-EM-3075-V5-U2-C4-060-077-LA-G21_AVU1.indd 60 20/09/20 15:4620/09/20 15:46
DIÁLOGOS> LINGUAGENS E LEITURAS>
■ OSO, O. M. Pachamama. 
2013. Acrílico em tela. 
61 cm x 76,2 cm. 
Representação de 
Pachamama, Mãe da Terra, 
divindade cultuada por 
povos indígenas que vivem 
na Cordilheira dos Andes, na 
América do Sul.
Para os povos indígenas que vivem na Cordilheira dos Andes, especialmente 
na Bolívia, no Peru e no Chile, Pachamama, que significa Mãe Terra, representa a 
divindade máxima.
Observe a representação de Pachamama e em seguida realize as atividades.
 1. Que aspectos da obra indicam que Pachamama é protetora da natureza?
 2. De acordo com a tradição dos povos indígenas da Cordilheira dos Andes, o ser humano 
deve utilizar os recursos naturais de maneira parcimoniosa, o suficiente para garantir 
a sua sobrevivência, respeitando a Pachamama. Quando isso não acontece, ocorrem 
secas, tempestades, terremotos, erupções vulcânicas, inundações, avalanches, desliza-
mentos de terra, doenças e escassez de alimentos. Em sua opinião, há correspondência 
entre esse entendimento, as questões ambientais do mundo atual e o conhecimento 
científico vigente?
 3. Dia 22 de abril é o Dia Internacional da Mãe Terra. Em grupo, criem um cartaz para o 
Dia Internacional da Mãe Terra utilizando materiais alternativos/reaproveitados. O objeti-
vo é conscientizar as pessoas, por meio da mensagem e dos materiais utilizados, de que 
a preocupação ambiental deve ser diária e envolver os diversos agentes da sociedade.
NÃO ESCREVA 
NO LIVRO
127
AC
ER
VO
 P
ES
SO
AL
D3-CH-EM-3075-V5-U4-C7-114-129-LA-G21.indd 127D3-CH-EM-3075-V5-U4-C7-114-129-LA-G21.indd 127 20/09/2020 20:5320/09/2020 20:53
Abertura dos 
capítulos
Todos os capítulos iniciam-se 
com algum assunto do presente, 
para que você possa começar 
a entender como as Ciências 
Humanas e Sociais Aplicadas se 
relacionam com o seu cotidiano.
Atividades
Conjunto de atividades que 
aparece ao final de muitos 
capítulos. É o momento em 
que você aplica os saberes 
apreendidos e exercita sua 
reflexão a respeito de diferentes 
temas estudados. 
Linguagens e leituras
Esta atividade trabalha habilidades de leitura e 
interpretação de diferentes tipos de documentos, 
como mapas, gráficos, tabelas, charges, fotografias, 
textos impressos etc. Muitas vezes, você será 
convidado a relacionar informações em documentos 
distintos. A seção encontra-se no meio dos capítulos, 
mas pode aparecer também ao final deles. 
NÃO ESCREVA 
NO LIVROATIVIDADES>
 1. Vimos que as dificuldades de abastecimento de água têm diversos motivos e consequências 
e que são especialmente comuns no continente africano. Em 2018, a Cidade do Cabo, capital 
da África do Sul, passou por uma seca severa em que foi necessário adotar restrições bas-
tante limitantes ao consumo de água da população. Foi previsto também o “Dia Zero”, no 
qual o abastecimento seria completamente interrompido. Leia o trecho da notícia a seguir:
No Dia Zero, toda a distribuição de água seria interrompida para casas e comércio, 
com exceção de hospitais, escolas e algumas poucas instituições fundamentais ao 
funcionamento da cidade. Depois, os habitantes teriam de buscar água, diariamente, 
em 200 postos espalhados pelo município, onde poderiam captar no máximo 25 litros.
O QUE salvou a Cidade do Cabo da falta de água em 2018? Juntos pela água, 2017. Disponível em: https://www.juntospelaagua.com.
br/2018/10/22/o-que-salvou-a-cidade-do-cabo-da-falta-de-agua-em-2018/. Acesso em: 23 ago. 2020.
Por causa da implementação de novas tecnologias, como dessalinização e perfura-
ção de poços em aquíferos, e à redução no consumo, a Cidade do Cabo conseguiu evitar 
o “Dia Zero” e adotou uma nova abordagem, buscando aplicar mudanças permanentes 
no abastecimento e no consumo da água.
 a) Em caso de necessidade, como poderiaser a adoção de uma política como a do “Dia Zero” 
em seu município?
 b) Como você imagina os impactos em seu bairro ou sua comunidade?
 2. O abastecimento de água em grandes cidades se apresenta como um desafio crescente, em 
razão da alta densidade populacional e da rápida urbanização. Observe o mapa a seguir, 
que mostra as cidades que, segundo projeções da Organização das Nações Unidas para a 
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), vão sofrer com a redução da disponibilidade de 
água doce até 2050. Em seguida, responda às questões.
Fonte: UNESCO-ONU. 
Agua y cambio climático: 
informe mundial de 
las Naciones Unidas 
sobre el desarrollo de 
los recursos hídricos 
2020. Unesco: París, 
2020. p. 23. Disponível 
em: https://unesdoc.
unesco.org/ark:/48223/
pf0000373611/
PDF/373611spa.pdf.
multi. Acesso em: 
23 ago. 2020.
Diminuição da disponibilidade da água urbana, 2050*
0º
0º
Círculo Polar Ártico
Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
Círculo Polar Antártico
Equador
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
M
er
id
ia
no
 d
e 
G
re
en
w
ic
h
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
0 2400
Maior que 10000000
De 5000001 a 10000000
De 1000001 a 5000000
De 500001 a 1000000
De 100001 a 500000
População urbana em risco, em 2050
*Projeção.
AL
LM
AP
S
72
D3-CH-EM-3075-V5-U2-C4-060-077-LA-G21_AVU1.indd 72D3-CH-EM-3075-V5-U2-C4-060-077-LA-G21_AVU1.indd 72 20/09/20 15:4620/09/20 15:46
Glossário
As palavras destacadas nos 
textos ganham uma explicação 
aprofundada no glossário.
111111
RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
Você se preocupa com a quantidade de lixo que produz ou com o destino dele? Um dos 
grandes problemas do consumo de produtos industrializados é a quantidade de resíduos sólidos 
gerada. No Brasil, desde 2010 está em vigor a lei no 12 305, que instituiu a Política Nacional dos 
Resíduos Sólidos. Essa lei estabelece a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos 
produtos, envolvendo fabricantes, cidadãos e governos. Diante dessa realidade, qual é o seu 
papel como cidadão? Ao longo deste projeto, você e seus colegas vão buscar respostas para 
essa pergunta e irão criar uma campanha para realização da coleta seletiva na comunidade.
RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 11D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 11 20/09/20 14:0120/09/20 14:01
Abertura das 
unidades
Texto e imagem apresentam 
o tema central da unidade. 
Também encontram-se 
perguntas que auxiliam na 
reflexão sobre o assunto. 
Muitas imagens presentes 
nas aberturas são trabalhos 
de artistas plásticos 
contemporâneos. Todos os 
volumes estão divididos 
em quatro unidades, e cada 
unidade tem dois capítulos.
Nossa comunidade
Por meio desta seção, você e seus colegas desenvolverão um projeto que impactará a 
comunidade em que vivem. É o momento de exercerem o protagonismo. São dois projetos 
por livro, cada um composto de quatro etapas que aparecem ao final de cada capítulo. 
D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21-AV.indd 4D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21-AV.indd 4 21/09/2020 00:5021/09/2020 00:50
INVESTIGAÇÃO>
Pegada ecológica
Você já parou para pensar que a forma como vivemos deixa marcas 
no meio ambiente?
Para descobrir quais são as marcas deixadas por sua comunidade, 
vamos utilizar a metodologia da pegada ecológica e a prática de pes-
quisa por amostragem.
A pegada ecológica é uma metodologia de contabi-
lidade ambiental que avalia a pressão do consumo das 
populações humanas sobre os recursos naturais, permi-
tindo verificar o impacto do padrão de consumo sobre 
a capacidade do planeta em fornecer recursos naturais 
biológicos renováveis (grãos e vegetais, carne, peixe, 
madeira e fibras, energia renovável etc.). Feita individual-
mente, fornece uma ideia de como o indivíduo utiliza os 
recursos naturais de acordo com os hábitos de consumo 
e o estilo de vida.
Para saber qual é sua pegada ecológica e a dos demais 
participantes da amostragem será preciso montar um 
questionário. Você e os colegas de grupo podem uti-
lizar como base a cartilha Pegada ecológica. Qual é 
a sua?, elaborada pelo Instituto Nacional de Pesquisas 
Espaciais (Inpe), <http://www.inpe.br/noticias/arquivos/
pdf/Cartilha%20-%20Pegada%20Ecologica%20-%20web.
pdf> (acesso em: 23 ago. 2020); ou o questionário eletrô-
nico Pegada ecológica <http://www.pegadaecologica.
org.br/2019/pegada.php> (acesso em: 23 ago. 2020). Veja a seguir um 
exemplo de questão.
• Que meio de transporte você utiliza com mais frequência?
 a) transporte público (ônibus, metrô, trem);
 b) carro;
 c) bicicleta ou me locomovo a pé;
 d) carro, mas procuro fazer os percursos curtos a pé ou de bicicleta.
Antes de aplicar o questionário é possível elaborar hipóteses sobre a pegada 
ecológica da comunidade e os possíveis limitadores de um bom resultado. Por 
exemplo, se sua comunidade não tem coleta seletiva, essa ausência é um limi-
tador para a população reciclar, aumentando os impactos no ambiente. Nesse 
caso, vocês poderiam, por exemplo, fazer um abaixo-assinado solicitando à 
prefeitura o oferecimento desse serviço para a comunidade.
■ Símbolo que 
representa diversas 
iniciativas para 
diminuir nossas 
pegadas no meio 
ambiente, como 
reciclagem e 
uso de fontes de 
energia renovável.
SIM
M
OSIM
OSA/
SHUTTERSTOCK.COM
74
D3-CH-EM-3075-V5-U2-C4-060-077-LA-G21_AVU1.indd 74D3-CH-EM-3075-V5-U2-C4-060-077-LA-G21_AVU1.indd 74 20/09/20 15:4620/09/20 15:46
As respostas do questionário devem contar com uma pontuação cuja soma-
tória leve a uma classificação, como a utilizada na publicação do Inpe, Pegada 
ecológica. Qual é a sua?: Pegada bacana; Pegada moderada (atenção); Pegada 
larga (mudanças de hábitos já).
A amostragem será representada por uma parcela selecionada da popula-
ção. Existem várias metodologias de amostragem; para esse estudo sugerimos 
a acidental. A amostragem acidental baseia-se em uma escolha aleatória dos 
pesquisados. Então, vocês devem 
entregar aleatoriamente o questio-
nário para preenchimento a diversas 
pessoas da comunidade. 
No entanto, é importante calcular 
a média da amostra que vai represen-
tar a população total da comunidade. 
Por exemplo, se a comunidade tem 
1 000 habitantes, pode-se entregar for-
mulários para 5% da população, que 
corresponde a cinquenta pessoas.
Uma vez que os pesquisados 
tenham respondido ao questionário e o 
devolvido a vocês, é preciso tabular os 
dados para verificar a classificação da 
pegada ecológica de cada um deles.
A importância da análise dos dados 
é a resposta às hipóteses iniciais, que podem ter questões como:
• Qual é a pegada ecológica média da amostra da população?
• Quais práticas da comunidade tornam a sua pegada ecológica mais impac-
tante para o meio ambiente?
• Que ações podem aumentar a conscientização da comunidade em relação 
ao meio ambiente, a fim de melhorar sua pegada ecológica?
A partir da análise dos resultados, é possível criar ações de conscientização 
para diminuir a pegada da comunidade, tais como:
• repensar hábitos de consumo;
• produzir menos lixo e reciclar;
• optar por meios de transporte que não utilizam combustíveis fósseis;
• desenvolver o consumo consciente.
	■ Uma amostra é uma parcela representativa da população 
selecionada para fins de estudo.
IA
M
N
EE
/S
H
U
TT
ER
ST
O
CK
.C
O
M
AMOSTRA
POPULAÇÃO
75
D3-CH-EM-3075-V5-U2-C4-060-077-LA-G21_AVU1.indd 75D3-CH-EM-3075-V5-U2-C4-060-077-LA-G21_AVU1.indd 75 20/09/20 15:4620/09/20 15:46
Mulheres, empoderamento e 
desenvolvimento sustentável
Uma das declarações feitas durante a Conferência da ONU sobre 
Desenvolvimento Sustentável em 212 (Rio+2) foi a de que as mulhe-
res têm funções centrais e transformadoras no desenvolvimento 
sustentável e que a igualdade de gênero deve ser prioridade das ações 
em áreas como participação e liderança econômica, social e política. 
A igualdade de direitos entre homens e mulheresé tratada em 
diversos documentos nacionais e internacionais, inclusive na Declaração 
Universal dos Direitos Humanos promulgada em 1948. Apesar disso, as 
mulheres continuam a enfrentar discriminação, marginalização, exclu-
são e violência. 
Nas últimas décadas, a maior participação feminina no mercado de 
trabalho, nas universidades e na liderança de diversas instituições trouxe 
à discussão a questão do empoderamento das mulheres em diferen-
tes setores, por exemplo o político e o científico. O empoderamento 
feminino fortalece a economia, promove a melhoria da qualidade de 
vida de todos e é uma garantia para o desenvolvimento sustentável. A 
sustentabilidade não é possível sem a participação efetiva das mulheres.
Ainda no Ensino Médio, Juliana Estradioto (2-) começou a desen-
volver uma pesquisa para transformar a casca da noz de macadâmia em 
um material sustentável que substitui, por exemplo, curativos e sacos 
plásticos produzidos principalmente a partir de material sintético.
■ Painel produzido pelo 
artista Adn, Adriano 
dos Santos Damasceno 
(1985-), com o tema 
“Mulher no Poder e 
na Liderança”, para a 
exposição itinerante 
Pequim+20 em Graffiti
(2014), iniciativa que 
faz parte do debate 
promovido pela 
ONU Mulheres sobre 
os avanços para a 
igualdade de gênero, 
desde o estabelecimento 
da Plataforma de Ação 
de Pequim, em 1995. 
CO
LE
ÇÃ
O
 P
AR
TI
CU
LA
R 
/ A
D
RI
AN
O
 D
O
S 
SA
N
TO
S 
D
AM
AS
CE
N
O
/A
D
N
40
DIÁLOGOS> EU TAMBÉM POSSO>
D3-CH-EM-3075-V5-U1-C2-024-043-LA-G21_AVU2.indd 40D3-CH-EM-3075-V5-U1-C2-024-043-LA-G21_AVU2.indd 40 23/09/20 23:2623/09/20 23:26
O trabalho de Juliana trouxe-lhe prêmios e reconhecimento inter-
nacional. No aspecto ambiental, a pesquisa de Juliana pode trazer ao 
menos dois tipos de benefício:
• diminuir os resíduos da macadâmia, que 
acabam sendo, na maior parte, jogados 
em aterros sanitários ou queimados para 
produzir energia;
• reduzir a produção e o uso de materiais 
plásticos e borrachas sintéticas que, em 
sua maioria, não são biodegradáveis e 
nem sempre são recicláveis.
 1. Como a fala de Juliana, apresentada a seguir, 
se relaciona com o empoderamento de mu-
lheres no Brasil? 
[...]
“Ter feito pesquisa no Ensino médio mudou minha vida comple-
tamente e eu acho que tem que dar essa oportunidade para cada vez 
mais jovens das mais diferentes realidades do país. Educação tem 
essa capacidade transformadora”.
[...]
ESTUDANTE gaúcha que ganhou o Prêmio Jovem Cientista é uma das vencedoras da maior feira de ciências do 
mundo. Clic Camaquã, 18 maio 2019. Disponível em: https://www.cliccamaqua.com.br/noticia/39944/estudante-. 
Acesso em: 26 ago. 2020.
 2. Se fossem fazer uma pesquisa relacionada a soluções sustentáveis para sua 
comunidade, o que vocês pesquisariam? Há produtos locais que podem 
ser reaproveitados? Há problemas ambientais que precisam de soluções?
 3. Pode ser que você ou alguém que conheça já tenha sonhado ou sonhe 
ser cientista. Muitas vezes, a visão que se tem de um cientista é daquele 
profissional que fica trancado em um laboratório fazendo experiências 
com tubos de ensaio e microscópios. Embora também possa fazer isso, 
esse profissional realiza muitas outras atividades, e em diferentes áreas, 
como Medicina, Comunicação, História, Sociologia e tantas outras. Além 
disso, qualquer pessoa pode se tornar cientista, desde que tenha uma 
grande vontade de contribuir na busca de soluções para os problemas 
enfrentados pela sociedade, além de estudar bastante e desenvolver 
habilidades. Na sua opinião, que habilidades socioemocionais são im-
portantes para a formação de um cientista? Como as políticas públicas e 
a iniciativa privada podem contribuir? Discuta essas questões com seus 
colegas e busquem informações para complementar a resposta. 
	■ Juliana Estradioto 
ganhou o Prêmio 
Jovem Cientista em 
2018 e foi uma das 
vencedoras da maior 
feira de ciências do 
mundo. Fotografia em 
Brasília (DF), 2018.
AC
ER
VO
 P
ES
SO
AL
NÃO ESCREVA 
NO LIVRO
41
D3-CH-EM-3075-V5-U1-C2-024-043-LA-G21_AVU2.indd 41D3-CH-EM-3075-V5-U1-C2-024-043-LA-G21_AVU2.indd 41 23/09/20 23:2623/09/20 23:26
Água como fonte de 
energia renovável
A energia hidrelétrica, gerada 
pela força do movimento de grandes 
massas de água, é uma importante 
fonte energética no Brasil, em razão da 
riqueza hidrográfica do país.
Essa é uma fonte renovável, pois 
depende de recursos não esgotáveis, 
e, em geral, considerada energia limpa, 
quando comparada aos combustíveis 
fósseis, como o petróleo e o carvão 
mineral, que são fontes não renováveis 
e causam sérios danos ao ambiente, 
em especial os relacionados ao clima.
A energia hidrelétrica, entretanto, 
provoca também impactos ambien-
tais e sociais significativos, pois, para a 
implantação das usinas geradoras, faz-se 
necessária a inundação de grandes 
áreas. Ação que resulta em perda do solo na região, alterações no clima e 
grandes prejuízos à flora e à fauna locais, inclusive com o desaparecimento 
de espécies, por exemplo, de peixes.
Além disso, as áreas alagadas causam decomposição de matéria orgâ-
nica, que libera dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4) na atmosfera, 
contribuindo assim para a intensificação do efeito estufa.
O alagamento do entorno força ainda o deslocamento de popu-
lações, geralmente de comunidades tradicionais, como indígenas e 
quilombolas, que têm fortes vínculos com o território e cujo modo de 
vida, em geral, depende da relação com o rio.
Por essa razão, no Brasil, foi criado o Movimento dos Atingidos 
por Barragens (MAB), organização autônoma que defende um projeto 
energético popular em todo o país. O MAB luta contra as desapropria-
ções e por reparação e melhores programas de reassentamento para 
os atingidos.
	■ Usina hidrelétrica na 
Rússia, 2020.
> DE MÃOS DADAS NÃO ESCREVA NO LIVRO
• Em grupos, discutam e identifiquem as possíveis consequências da implantação do novo marco 
legal de saneamento básico para a população de seu município.
ILYA TIMIN/TASS/GETTY IMAGES
69
D3-CH-EM-3075-V5-U2-C4-060-077-LA-G21_AVU1.indd 69D3-CH-EM-3075-V5-U2-C4-060-077-LA-G21_AVU1.indd 69 20/09/20 15:4620/09/20 15:46
controle dos resíduos dispostos. Dessa forma, mesmo 
com as atividades encerradas, o lixão de Gramacho 
continua poluindo o ambiente, pois a matéria orgâ-
nica em decomposição, despejada a céu aberto, gera 
gases, como o gás metano, e chorume. Resíduos 
vindos de hospitais e mesmo de processos indus-
triais também eram depositados em Gramacho, o que 
aumenta a preocupação com a contaminação.
O lixão de Gramacho também influenciou a vida 
de milhares de pessoas que viviam da coleta de mate-
riais recicláveis, em condições insalubres. Estima-se 
que cerca de cinco mil catadores viveram do local.
Em 2007, o artista plástico brasileiro Vik Muniz (1961-) 
iniciou um projeto para criar obras de arte com os cata-
dores de material reciclável do lixão de Gramacho, 
fotografando essas pessoas e, posteriormente, retra-
tando-as em painéis confeccionados com o próprio 
material coletado pelo grupo, resultando em uma série 
de obras denominada Retratos do lixo.
Os catadores que participaram do projeto relataram 
que o processo artístico modificou suas vidas e lhes trouxe 
autoestima, revelando o poder transformador da arte. 
Mas também a crueldade de suas realidades, ganhando projeção internacio-
nal e que de certa forma, ajudou no processo de encerramento do lixão de 
Gramacho.
Quase 10 anos depois, no entanto, o bairro Jardim Gramacho, no entorno 
do antigo lixão, ainda presencia caminhões de lixo entrando nos portões antes 
fechados: esses resíduos, de origem privada, são despejados ilegalmente. As 
quase 28 mil pessoas que moram no bairro são, em sua maioria ex-catadores 
e catadoras que já não vivem do lixão, mas continuam em situação de vulne-
rabilidade social.
O caso de Gramacho ajuda a ilustrar algumas das questões que vamos 
discutir neste capítulo: Para onde vão os resíduos que geramos diaria-mente? E qual é o impacto deles no meio ambiente e na vida das pessoas?
	■ Retratos do lixo, obra 
do artista Vik Muniz, 
cópia cromogênica 
digital de 2008, 
retratando um dos 
catadores de material 
reciclável do lixão de 
Gramacho.
Chorume 
Resíduo líquido resultante 
da decomposição do lixo 
orgânico.
@
M
U
N
IZ
, V
IK
/A
U
TV
IS
, B
RA
SI
L,
 2
02
0
NÃO ESCREVA 
NO LIVRO> LEITURA DE IMAGEM
 1. Em sua opinião, como a ideia de transformação aparece na arte produ-
zida por Vik Muniz?
 2. A que reflexões sobre a destinação do lixo no Brasil o trabalho do artista 
nos leva? 
25
D3-CH-EM-3075-V5-U1-C2-024-043-LA-G21.indd 25D3-CH-EM-3075-V5-U1-C2-024-043-LA-G21.indd 25 20/09/20 13:2720/09/20 13:27
> SAIBA MAIS
Entre rios 
Direção: Caio da Silva Ferraz. Brasil, 2009. Vídeo (25 min)
Disponível em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/educacaoambiental/
prateleira-ambiental/entre-rios/. Acesso em: 28 ago. 2020
O documentário trata sobre o processo de transformação sofrido pelos rios e córregos na cidade 
de São Paulo (SP) e as motivações sociais, políticas e econômicas que promoveram a supressão 
desses cursos de água na paisagem, que até o final século XIX abasteciam a população e hoje 
passam despercebidos pela maioria dos paulistanos.
A lei da água – Novo Código Florestal
Direção: André D’Elia. Brasil, 2014. Vídeo (80 min). Disponível em: https://vimeo.
com/123222594. Acesso em: 29 ago. 2020.
Patrocinado por ONG ambientalistas, como a WWF e a SOS Mata Atlântica, o documentário trata 
da importância das florestas para a conservação das águas e dos problemas do novo Código 
Florestal Brasileiro, aprovado em 2012.
Na natureza selvagem 
Direção: Sean Penn. Estados Unidos, 2007. DVD (87 min). 
O filme conta a história real de um jovem estadunidense que, na década de 1990, abandona 
todos os bens materiais e decide empreender uma jornada pelos Estados Unidos, buscando 
autoconhecimento e contato com a natureza.
The thirsty world
Direção: Yann Arthus-Bertrand. França, 2013. Vídeo (90 min).
“Nunca bebi água potável. Não sei que gosto tem”, diz uma mulher nesse documentário que 
mostra lugares na África e na Ásia em que não há água potável, e as pessoas só têm água 
contaminada disponível. Em tradução livre, “O mundo sedento”.
Observatório do clima 
Disponível em: http://www.observatoriodoclima.eco.br/. Acesso em: 28 ago. 2020
Esse site, criado por uma rede que reúne entidades da sociedade civil com o objetivo de discutir 
a questão das mudanças climáticas no contexto brasileiro, apresenta diversas informações, 
resultados de pesquisa, debates e estatísticas a respeito das questões que envolvem o clima, 
a exemplo dos cálculos de emissões de gases de efeito estufa. Há também informações 
detalhadas sobre compromissos que o Brasil precisa assumir para a criação de políticas 
públicas efetivas na mitigação e adaptação às mudanças climáticas. 
Glossário de doenças relacionadas à água
Disponível em: http://www.aguabrasil.icict.fiocruz.br/index.php?pag=doe. Acesso em: 23 ago. 2020.
O site Água Brasil: sistema de avaliação da qualidade da água, saúde e saneamento do 
Ministério da Saúde, disponibiliza um glossário que relaciona as principais doenças causadas 
direta e indiretamente pela água contaminada.
77
D3-CH-EM-3075-V5-U2-C4-060-077-LA-G21_AVU1.indd 77D3-CH-EM-3075-V5-U2-C4-060-077-LA-G21_AVU1.indd 77 20/09/20 15:4620/09/20 15:46
Verde, outro nome para 
o chamado ambientalismo 
de mercado
Alguns pensadores também criticam a ideia de que 
seja possível criar uma economia verde capaz de resolver 
os problemas ambientais em um mundo capitalista. Um 
exemplo é o sociólogo brasileiro Michael Löwy (1938-).
Em suas obras, Löwy faz uma análise crítica da possibi-
lidade de reformas no sentido de transformar o capitalismo 
em um sistema social menos predatório. A economia verde, 
para ele, seria uma nova forma de propor tais reformas, mas 
sem promover mudanças radicais no sistema social em que 
vivemos.
O problema, segundo Löwy, é que o sistema capitalista 
não pode ser transformado a ponto de garantir a equidade 
social e o equilíbrio ambiental, já que a estrutura do capi-
talismo é essencialmente predatória e visa à exploração 
constante dos recursos naturais do planeta. Desse modo, 
seria impossível a construção de uma economia verdadei-
ramente verde.
Para Löwy, sem uma mudança profunda no modo como as socie-
dades capitalistas estão organizadas, há o risco crescente de uma crise 
ambiental que ameaça a própria existência da vida humana no planeta 
e, por essa razão, defende um projeto político que ele chama ecosso-
cialismo. Esse modelo de sociedade seria baseado em uma organização 
democrática dos recursos econômicos do planeta de modo a conter o 
crescimento ilimitado da economia e assegurar a utilização não predató-
ria dos recursos naturais.
As ideias de Michael Löwy não são aceitas por todos os pensadores da 
área das Ciências Humanas. Há aqueles que defendem outros caminhos 
para a construção de uma sociedade capaz de encontrar equilíbrio entre 
desenvolvimento econômico e uso sustentável dos recursos naturais do 
planeta, o que demonstra diferentes visões sobre a questão ambiental.
	■ Vitrine de loja de 
roupas confeccionadas 
a partir de materiais 
reciclados, em 
Estocolmo (Suécia), 
2019. 
NÃO ESCREVA 
NO LIVRO> MEUS ARGUMENTOS
• Contraponha o conceito da ONU de economia verde e o de ecossocialis-
mo de Michael Löwy. Com qual dos conceitos você tende a concordar? 
Apresente argumentos para embasar sua resposta.
TA
TI
AN
A 
O
SI
PO
VA
/S
H
U
TT
ER
ST
O
CK
.C
O
M
 
125
D3-CH-EM-3075-V5-U4-C7-114-129-LA-G21.indd 125D3-CH-EM-3075-V5-U4-C7-114-129-LA-G21.indd 125 20/09/2020 20:5320/09/2020 20:53
De mãos dadas
Atividades que relacionam temas 
do capítulo com sua realidade, 
como seus amigos, sua escola, seu 
bairro, seu município etc. Aparece 
de forma aleatória nos capítulos.
Saiba mais
Aqui você encontra 
sugestões de 
filmes, sites, 
vídeos, podcasts, 
livros e outros 
materiais que 
ampliam os 
saberes explorados 
nas unidades. 
Leitura de 
imagem
Atividade de leitura 
e análise de mapas, 
gráficos, charges e 
outras linguagens 
imagéticas. Aparece 
de forma aleatória 
nos capítulos.
Meus argumentos
Momento em que você expõe 
suas ideias, pois esta seção 
explora sua capacidade de 
analisar, refletir e argumentar 
a respeito de determinado 
assunto. Aparece de forma 
aleatória nos capítulos.
Eu também posso
Esta seção apresenta exemplos de jovens que exerceram o 
protagonismo e promoveram mudanças na comunidade em que 
vivem. O texto vem acompanhado de atividades que exploram, 
entre outros itens, suas competências socioemocionais. Esta seção 
aparece duas vezes por volume.
InvestigAção
Esta seção estimula o pensamento crítico. Aliando criatividade com 
diferentes práticas de pesquisa, você será convidado a solucionar 
problemas e desafios relacionados ao seu cotidiano. Esta seção 
aparece duas vezes por volume.
Este ícone aparece 
junto das atividades 
em que é proposto o 
trabalho em grupo.
D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21-AV.indd 5D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21-AV.indd 5 24/09/20 00:2324/09/20 00:23
Consumo 
responsável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
UNIDADE
1
> CAPÍTULO 1 Consumir para viver 
ou viver para consumir? . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Natureza na sociedade urbano-industrial . . . . . . . 13
Da sociedade de consumo 
à sociedade de hiperconsumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Problemas do hiperconsumismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Muito para poucos: a distribuição desigual. . . . . 19
É possível criar outra relação 
com o consumo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
> CAPÍTULO 2 O que sobra depois do 
consumo: para onde vai meu lixo? . . . 24
Geração e destino dos resíduos 
sólidos no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Principais destinos do lixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Breve histórico da política de gestão 
dos resíduos sólidos no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
O que tem no meu lixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
E o lixo que vai para o mar? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Um caminho de oportunidades e práticas . . . . . 34
O que o mundo faz com os resíduos sólidos . . . 36
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Eu também posso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Saiba mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Recursos naturais: 
usos e abusos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
UNIDADE
2
> CAPÍTULO 3 Visões de natureza . . . . . . . . 46
As diferentes visões de natureza 
na evolução da humanidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
O dualismo no pensamento grego . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
O dualismo no pensamento moderno . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
A natureza vista pelas comunidades tradicionais . . 52
Crise ambiental, novas ideologias 
e a ética ecológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Antropocentrismo e biocentrismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
> CAPÍTULO 4 Todos têm sede, 
mas nem todos têm água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .60
Disponibilidade hídrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Demanda por água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Acesso e degradação dos recursos hídricos . . . . 64
Saneamento básico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Doenças transmitidas pela água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Gestão dos recursos hídricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Água como fonte de energia renovável . . . . . . . . . 69
Conflitos e gestão compartilhada . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
InvestigAção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .74
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Saiba mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
SUMÁRIO
D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21-AV.indd 6D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21-AV.indd 6 21/09/2020 00:5021/09/2020 00:50
Questões ambientais 
no mundo 
contemporâneo . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
UNIDADE
3
> CAPÍTULO 5 Mudanças climáticas e 
preservação das florestas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Mudanças climáticas e aquecimento global . . . 82
Aquecimento global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Consequências locais e globais 
das mudanças climáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Emissão de GEE no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
As queimadas como fonte de GEE . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
A importância das florestas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Brasil: vegetação nativa × vegetação atual . . . . . . . . . . 92
O Código Florestal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Crise ambiental e as comunidades 
tradicionais: outros caminhos são possíveis? ......94
Povos da floresta e Reservas Extrativistas . . . . . . . . . . . . 94
Povos e comunidades tradicionais no Cerrado . . . . . . 95
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
> CAPÍTULO 6 Desastres naturais 
ou humanos? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Desastres naturais no mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
População em risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Inundações e alagamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Movimentos de massa/deslizamentos . . . . . . . . . . . . . . . 103
Tempestades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Seca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Desertificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Gestão dos riscos ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
InvestigAção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
Saiba mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
Políticas ambientais e 
sociedade civil . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
UNIDADE
4
> CAPÍTULO 7 Políticas ambientais 
internacionais do século XXI . . . . . . . . . . . . 116
Conferências ambientais internacionais . . . . . . . 118
Maior atenção ao clima e à biodiversidade . . . 120
Interesses individuais em um mundo 
globalizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
Os Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável e a Agenda 2030 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Economia verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Verde, outro nome para o chamado 
ambientalismo de mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Organizações à frente das causas 
ambientais globais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Greenpeace .................................................................... 126
WWF ................................................................................ 126
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Nossacomunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
> CAPÍTULO 8 Políticas ambientais 
no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
A proteção na forma de lei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
Quem cria e executa as leis ambientais . . . . . . . . . 134
As formas de fiscalizar e controlar 
os impactos ambientais da ação humana . . . . . 136
Os casos de Mariana e Brumadinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140
Questões ambientais ou socioambientais? . . . 141
A longa duração dos problemas 
socioambientais no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
O Brasil na agenda internacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
Eu também posso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
Saiba mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
> FICHAS DE AUTOAVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
> BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
> BIBLIOGRAFIA COMENTADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
Orientações para o professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21-AV.indd 7D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21-AV.indd 7 21/09/2020 00:5021/09/2020 00:50
NESTE VOLUME
 Objetivos, justificativas, competências e habilidades
Você já parou para pensar por que e para que estuda os conteúdos escolares? Eles devem ter importância 
para sua vida, sendo uma ferramenta a mais para que você, com seus colegas e professores, pensem em solu-
ções para diferentes problemas do cotidiano, da sociedade brasileira e do mundo em geral.
Apresentamos, a seguir, as justifi cativas (importância) e os objetivos (para que) de cada unidade deste 
livro e também indicamos competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), cujos textos 
se encontram ao fi nal do livro.
UNIDADE 1 Consumo responsável
Justificativa • Por que é importante estudar este 
conteúdo?
Podemos dizer que a questão do consumo excessivo de bens 
industrializados e a do lixo são duas faces da mesma moeda. E, 
mesmo aquelas sociedades que não estão entre as que mais con-
somem, enfrentam problemas com a destinação do lixo, já que 
este é composto principalmente por resíduos que necessitam de 
destinação adequada e que não causem impactos ao ambiente. 
Daí a necessidade urgente de se discutir as reponsabilidades de 
cada um nessa questão, como governos, empresas e indivíduos.
Objetivos • Devo estudar este conteúdo para...
1. Entender a origem, o desenvolvimento e as características 
da chamada sociedade do consumo, reconhecendo que 
é um modelo insustentável para as próximas gerações.
2. Diferenciar os ciclos produtivos baseados na economia 
linear e circular, avaliando o risco do esgotamento dos 
recursos naturais.
3. Compreender que a sociedade do hiperconsumo prioriza 
a compra de bens que expressam a subjetividade e os 
valores de quem os compra.
4. Relacionar práticas de consumo às infl uências dos meios 
de comunicação e aos impactos ambientais que provocam.
5. Analisar ações de governos e empresas, e conhecer prá-
ticas, como a economia solidária e o comércio justo, que 
aliem desenvolvimento com preservação ambiental. 
6. Analisar a geração e o descarte do lixo, refl etindo sobre os 
impactos no ambiente e na vida das pessoas.
7. Relacionar produção de resíduos sólidos no mundo e 
no Brasil ao nível de renda e às práticas de consumo de 
países, grupos sociais e indivíduos. 
8. Utilizar coleta e análise de diversos tipos de informações 
em diferentes tipos de linguagens, como mapas e gráfi cos.
9. Conhecer e avaliar os avanços da Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS), assim como os obstáculos para 
sua implementação.
10. Investigar a gestão dos resíduos sólidos em seu municí-
pio, a fi m de refl etir sobre medidas que levem em conta 
a responsabilidade compartilhada.
Competências e habilidades
Competências gerais 1, 2, 3, 7 e 10
Competências específi cas 1, 3 e 6
Habilidades EM13CHS103, EM13CHS106, EM13CHS301, EM13CHS302, 
EM13CHS303, EM13CHS304, EM13CHS305, EM13CHS601
UNIDADE 2 Recursos naturais: 
usos e abusos
Justificativa • Por que é importante estudar este 
conteúdo?
Para muitos setores da sociedade urbano-industrial contempo-
rânea, a natureza está a serviço dos seres humanos. Esta visão levou, 
ao longo do tempo, a impactos socioambientais que passaram a 
colocar a biodiversidade mundial e vidas humanas em risco. Entre os 
recursos que foram “usados e abusados” está a água, necessária para 
existência da vida e inúmeras atividades econômicas. Assim, discutir 
o modo como nos relacionamos com a natureza, considerando a 
sustentabilidade econômica e socioambiental, se faz urgente. 
Objetivos • Devo estudar este conteúdo para...
1. Criticar a oposição entre natureza e cultura compreen-
dendo que as paisagens resultam da interação entre 
sociedade e natureza.
2. Compreender as diferentes visões da natureza ao longo 
da história, refl etindo sobre as relações entre os seres 
humanos e a natureza no mundo contemporâneo.
3. Contrapor a visão predatória da natureza com práticas 
sustentáveis utilizadas por comunidades tradicionais.
4. Conhecer diferentes ideologias ambientalistas, refl etindo 
sobre a ética ambiental na contemporaneidade.
5. Refl etir sobre a crescente demanda pela água no século 
XXI e a necessidade de adoção do uso responsável desse 
recurso natural.
6. Identifi car e compreender fatores da desigualdade no 
acesso à água, de modo a avaliar políticas públicas para 
minimizar esse problema. 
7. Identifi car doenças transmissíveis pela água e debater 
medidas para a diminuição da ocorrência delas. 
8. Reconhecer a importância de uma gestão efi ciente dos 
recursos hídricos e refl etir sobre ações para promover a 
educação ambiental da comunidade escolar.
9. Discutir o papel das hidrelétricas como fontes de energia 
renováveis no país, reconhecendo benefícios e impactos 
ambientais e sociais. 
10. Conhecer confl itos e exemplos de gestão compartilhada 
dos recursos hídricos no mundo e no Brasil, de modo.
11. Utilizar coleta e análise de dados em diferentes tipos de 
linguagens, como gráfi cos e mapas.
Competências e habilidades
Competências gerais 1, 2, 7 e 10
Competências específi cas 1, 2, 3, 5 e 6
Habilidades EM13CHS101, EM13CHS102, EM13CHS103, EM13CHS104, 
EM13CHS105, EM13CHS202, EM13CHS206, EM13CHS301, 
EM13CHS302, EM13CHS304, EM13CHS305, EM13CHS306, 
EM13CHS501, EM13CHS601, EM13CHS604
D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 8D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 8 20/09/2020 23:5320/09/2020 23:53
UNIDADE 3 Questões ambientais do 
mundo contemporâneo
Justificativa • Por que é importante estudar este 
conteúdo?
Os problemas ambientais do mundo atual, como o aqueci-
mento global e as secas, têm causas naturais ou humanas?Essa é 
uma discussão bastante atual e, embora, muitos eventos naturais 
sempre marcassem a história da Terra, pesquisas demonstram que 
a ação humana vem acelerando problemas ambientais globais e 
ampliando ou aprofundando outros, como a questão das inunda-
ções e dos deslizamentos em cidades, que fazem vítimas no Brasil 
e no mundo. Assim, refl etir sobre a ação de diferentes atores (indi-
víduos, governos, indústrias etc.) em diferentes escalas (do local ao 
global) se faz urgente.
Objetivos • Devo estudar este conteúdo para...
1. Reconhecer o processo natural da história evolutiva da 
Terra e as ações humanas nas mudanças climáticas.
2. Identifi car evidências científi cas das mudanças climáticas, 
refl etindo sobre ações para conter a aceleração das altera-
ções dos climas em escala mundial, regional e local.
3. Identifi car consequências locais e globais das mudanças cli-
máticas, propondo soluções que respeitem e promovam a 
consciência e a ética socioambiental.
4. Analisar emissões dos gases do efeito estufa (GEE) no Brasil, 
de modo a refl etir sobre ações que possam reduzi-las no 
município, na Unidade da Federação e no país.
5. Identifi car a cobertura vegetal do município e na Unidade da 
Federação da comunidade escolar, de modo a problematizar 
o desmatamento e a importância da preservação das fl orestas 
para a regulação das temperaturas médias do planeta.
6. Conhecer aspectos do Código Florestal brasileiro avaliando 
os diferentes pontos de vista sobre eles. 
7. Compreender o papel de comunidades e povos tradicionais 
refl etindo como o modo de vida desses grupos pode ser 
aliado ao conhecimento científi co sobre sustentabilidade.
8. Entender que eventos naturais são considerados desastres 
quando seres humanos vivem nas áreas onde ocorrem.
9. Classifi car a origem dos desastres naturais e identifi car 
perdas humanas e econômicas no mundo e no Brasil.
10. Relacionar desastres naturais a situações de vulnerabilidade, 
problematizando ações para evitar ou minimizar os impactos.
11. Utilizar coleta e análise de diversos tipos de informação em 
diferentes linguagens, como gráfi co, esquema, texto e tabela.
Competências e habilidades
Competências gerais 1, 5, 7 e 10
Competências especí� cas 1, 2, 3 e 6
Habilidades EM13CHS101, EM13CHS103, EM13CHS104, EM13CHS106, 
EM13CHS202, EM13CHS206, EM13CHS302, EM13CHS304, 
EM13CHS305, EM13CHS306, EM13CHS601
UNIDADE4 Políticas ambientais e 
sociedade civil 
Justificativa • Por que é importante estudar este 
conteúdo?
Acordos e políticas ambientais nos países e entre eles são fun-
damentais para regular as relações entre a sociedade e natureza. 
Afi nal, diferentes grupos têm visões diversas sobre a exploração 
dos recursos naturais e sobre impactos ambientais. Assim, valori-
zar as lutas em favor de comunidades tradicionais e do ambiente 
pelo cumprimento de acordos e leis, no Brasil e na comunidade 
internacional, se faz necessário para evitar retrocessos e promover 
a sustentabilidade socioambiental.
Objetivos • Devo estudar este conteúdo para...
1. Conhecer organizações e políticas internacionais do século 
XXI relacionadas à preservação ambiental, de modo a iden-
tifi car soluções inovadoras para o consumo e produção 
sustentáveis.
2. Discutir os limites dos esforços internacionais para a pre-
servação ambiental, de modo a perceber que é preciso 
assegurar a assinatura e o cumprimento dos acordos fi r-
mados pelos países e o envolvimento da sociedade civil.
3. Compreender que o alcance dos Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável (ODS) depende das ações de 
organismos globais, de governos locais e da sociedade civil.
4. Compreender os conceitos de economia verde e ecossocia-
lismo, a fi m de confrontar os argumentos que sustentam 
cada uma dessas propostas.
5. Conhecer organizações ambientalistas, a fi m de identifi car 
ações globais e locais dessas organizações.
6. Conhecer a legislação ambiental do Brasil e identifi car os 
órgãos responsáveis pela fi scalização e execução dessas 
leis, de modo a destacar a importância da participação da 
população na cobrança dos órgãos responsáveis, denúncias 
de crimes, entre outras formas.
7. Compreender que as questões ambientais estão relacio-
nadas às esferas política, econômica e social do país, de 
modo a avaliar as complexas relações entre a natureza e a 
sociedade a partir da realidade do município ou da Unidade 
da Federação da comunidade escolar.
Competências e habilidades
Competências gerais 1, 7, 9 e 10
Competências especí� cas 1, 3 e 6
Habilidades EM13CHS103, EM13CHS104, EM13CHS304, EM13CHS305, 
EM13CHS306, EM13CHS604, EM13CHS606
D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21-AV.indd 9D2-CH-EM-3075-V5-INICIAIS-001-009-LA-G21-AV.indd 9 21/09/2020 00:5121/09/2020 00:51
©
 2
02
0 
- T
H
E 
AN
DY
 W
AR
H
O
L 
FO
U
N
D
AT
IO
N
 F
O
R 
TH
E 
VI
SU
AL
 A
RT
S,
 IN
C.
/ L
IC
EN
SE
D
 B
Y 
AU
TV
IS
, B
RA
SI
L.
10
©
 2
02
0 
- T
H
E 
AN
DY
 W
AR
H
O
L 
FO
U
N
D
AT
IO
N
 F
O
R 
TH
E 
VI
SU
AL
 A
RT
S,
 IN
C.
/ L
IC
EN
SE
D
 B
Y 
AU
TV
IS
, B
RA
SI
L.UNIDADE
10
1
■ Latas de sopa Campbell (1962), de Andy Warhol. Suas obras se 
particularizam pelo uso de cores brilhantes, pela representação de 
materiais industrializados e pelo exagero do efeito de simultaneidade, 
como se observa na repetição das telas na imagem ao lado.
Consumo responsável
Os artistas da pop art, movimento estético que teve 
seu auge na década de 1960, utilizavam em suas obras 
imagens de embalagens, propagandas, pop stars, perso-
nagens da televisão, cinema e quadrinhos e de outros 
aspectos da vida cotidiana e da chamada cultura de 
massa. Uma das possíveis intenções dos artistas era fazer 
uma crítica ao consumismo e à influência que os produ-
tos fabricados em massa exerciam na vida das pessoas.
Contraditoriamente, a exposição acabava populari-
zando ainda mais o produto, como no caso das sopas 
Campbell, que inspirou a obra do estadunidense Andy 
Warhol (1928-1987), na imagem ao lado. Enlatados, assim 
como outros tipos de alimentos processados, surgiram 
com a industrialização e foram, por muito tempo, asso-
ciados a uma vida moderna e urbanizada. Os alimentos 
industrializados continuam inspirando críticas, mas rela-
cionadas aos efeitos negativos na saúde das pessoas e a 
quantidade de uso de embalagens, por exemplo.
 1. Você acha que as embalagens de alimentos e as propa-
gandas o influenciam a consumir mais?
 2. Como as atitudes das pessoas em relação ao consumo 
influenciam a produção dos resíduos sólidos?
NÃO ESCREVA 
NO LIVRO
D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 10D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 10 20/09/20 14:0120/09/20 14:01
111111
RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
Você se preocupa com a quantidade de lixo que produz ou com o destino dele? Um dos 
grandes problemas do consumo de produtos industrializados é a quantidade de resíduos sólidos 
gerada. No Brasil, desde 2010 está em vigor a lei no 12 305, que instituiu a Política Nacional dos 
Resíduos Sólidos. Essa lei estabelece a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos 
produtos, envolvendo fabricantes, cidadãos e governos. Diante dessa realidade, qual é o seu 
papel como cidadão? Ao longo deste projeto, você e seus colegas vão buscar respostas para 
essa pergunta e irão criar uma campanha para realização da coleta seletiva na comunidade.
RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 11D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 11 20/09/20 14:0120/09/20 14:01
1
CAPÍTULO
Você já parou para pensar quantos e quais produtos consome diaria-
mente? Todos eles são essenciais? O consumo faz parte do nosso cotidiano 
e é influenciado por uma série de fatores, como costumes, crenças, práti-
cas sociais, que vão desde necessidades básicas para nossa sobrevivência, 
como alimentos, até aquelas que são construídas de forma subjetiva, em 
que não ocorre uma reflexão sobre as razões pelasquais consumimos, 
por exemplo, a compra de celulares de última geração.
As sociedades pós-industriais estabeleceram padrões tão eleva-
dos de consumo, que, no futuro, os recursos naturais poderão não ser 
mais suficientes. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), esti-
ma-se que daqui a 50 anos sejam necessários dois planetas Terra para 
atender os patamares atuais de produção e de consumo de mercadorias 
do mundo. Diante desse panorama, torna-se fundamental pensar em 
mudanças no padrão de consumo da sociedade atual.
Além dos recursos naturais, a aquisição de um novo produto consome 
também horas de dedicação ao trabalho. Você imagina quantas horas de 
trabalho são necessárias para ganhar uma remuneração e ter dinheiro 
para comprar um par de tênis? E um aparelho celular? Considerando 
que a renda média mensal do brasileiro, de acordo com o IBGE, corres-
pondia, em 2019, a 2.308 reais e que a jornada de trabalho no mês era de 
176 horas, seriam necessárias aproximadamente 15 horas de trabalho para 
comprar um par de tênis no valor de R$ 200 reais. Para obter um celular 
no valor de 1.500 reais seria necessário trabalhar cerca de 114 horas.
A quantidade de horas de trabalho 
necessárias para obter um salário e comprar 
determinados produtos não essenciais é um 
dos aspectos que nos ajuda a refletir sobre 
a relação que construímos com os bens e os 
serviços divulgados diariamente nos meios de 
comunicação, como fundamentais para nossa 
vida. Em que medida nossa felicidade está con-
dicionada ao consumo, levando-nos ao ciclo 
vicioso relacionado à vontade de adquirir cada 
vez mais? Neste capítulo vamos discutir sobre 
esta e outras questões.
Consumir para viver ou 
viver para consumir?
Sociedade 
pós-industrial
Sociedade na qual se dá 
a ascensão das atividades 
econômicas relacionadas 
aos serviços e declínio 
das industriais.
■ Eletrodomésticos são 
itens desejados por 
consumidores. Na 
fotografia, pessoas 
disputam televisores 
em uma liquidação em 
São Paulo (SP), 2017.
AN
AN
D
A 
M
IG
LI
AN
O
/F
U
TU
RA
 P
RE
SS
Consultar as Orientações para o professor para obter mais informações sobre o capítulo 
e sobre o trabalho com as atividades.
12
D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 12D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 12 20/09/20 14:0120/09/20 14:01
Natureza na sociedade 
urbano-industrial
A consolidação do capitalismo como sistema econômico e social acon-
teceu principalmente com as Revoluções Industriais, que introduziram 
diversas inovações tecnológicas e possibilitaram, direta e indiretamente, 
o aumento da produção e do consumo de bens e serviços. 
O processo de industrialização, os avanços técnicos e tecnológicos, 
a redução dos custos de transporte, as propagandas e os preços rela-
tivamente acessíveis contribuíram para originar a chamada sociedade 
de consumo. Nesse tipo de sociedade, o processo de subjetivação 
dos indivíduos é marcado pelo ato de consumir.
Fundamental para o funcionamento do sistema produtivo capita-
lista, o ato do consumo é caracterizado, em geral, pela padronização, 
pois o mesmo produto de uma determinada marca é comercializado 
e comprado em diversas regiões do mundo. Além disso, as relações 
entre as pessoas passam a ser moldadas pelo consumo não somente 
de produtos, mas de informações, bens culturais etc.
Na sociedade de consumo, milhões de mercadorias são produzidas 
diariamente. Por isso, é fundamental que a compra de produtos seja 
incentivada, com o intuito de escoar a produção, assegurar a circulação 
de riquezas, gerar lucro e sustentar o ciclo produtivo (produzir, vender, 
comprar, consumir, descartar, produ-
zir, vender…). Se esse ciclo “emperra” 
por causa da redução no consumo, 
os estoques de mercadorias se acu-
mulam, fábricas são desativadas, 
trabalhadores perdem seus empre-
gos e a economia entra em crise.
O marketing é instrumento 
fundamental nesse ciclo produ-
tivo, pois incentiva o consumo, 
mantendo o capitalismo em pleno 
funcionamento. Propagandas e 
publicidades são constantemente 
veiculadas pelos meios de comuni-
cação de massa, como a televisão, o 
rádio, a internet e o cinema, com 
o objetivo de influenciar o consumi-
dor a adquirir os bens e serviços.
Processo de 
subjetivação 
Formação de um indiví-
duo a partir do contato 
com elementos externos, 
como informações e 
experiências, que são 
interiorizados e que 
transformam o sujeito. 
Esse processo contribui 
para a formação da iden-
tidade de uma pessoa.
Marketing 
Conjunto de atividades 
orientado a entender e 
atender as necessidades 
do consumidor, promo-
vendo o relacionamento 
entre cliente e marcas 
e gerando lucros para 
empresas por meio 
das vendas.
	■ A Times Square, na cidade de Nova York (Estados Unidos), 
é um local emblemático pela quantidade excessiva de 
anúncios e propagandas existentes nas fachadas dos edifícios. 
Fotografia de 2018.
BE
RN
AD
ET
T 
PO
G
ÁC
SÁ
S-
SI
M
O
N
/A
LA
M
Y/
FO
TO
AR
EN
A
13
D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 13D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 13 20/09/20 14:0120/09/20 14:01
Esse tipo de ciclo produtivo se baseia, em geral, em uma economia 
linear, caracterizada pela grande extração de recursos naturais, em um 
processo de extração-produção-descarte, sem o reaproveitamento de 
resíduos. Observe a figura a seguir. 
Economia linear
Fonte: ALLEN, A. Economia linear, economia circular e blockchain. A criação, 9 jul. 2018. Disponível em: 
http://www.acriacao.com/economia-linear-economia-circular-e-blockchain/. Acesso em: 29 jul. 2020.
SO
N
IA
 V
AZ
SO
N
IA
 V
AZ
Recursos
naturais
Matéria-
-prima Manufatura Distribuição
Uso/
consumo Descarte
	■ A economia linear é 
baseada no processo 
extração-produção- 
-descarte e provoca o 
risco do esgotamento 
dos recursos naturais.
Além de utilizar excessivamente os recursos naturais, os processos 
da economia linear geram grandes volumes de resíduos que impactam 
e degradam o ambiente. A degradação ambiental é uma das conse-
quências negativas do modo como ocorreu a industrialização, associada à 
expansão do modo de produção capitalista e das sociedades de consumo.
Até algumas décadas atrás, a degradação ambiental era entendida 
como consequência inevitável do processo industrial e do desenvolvi-
mento econômico, o que provocou grande deterioração dos recursos 
naturais, mais acentuada em algumas regiões do mundo.
Entre os impactos gerados pela atividade 
industrial estão: a liberação de gases que poluem 
o ar, prejudicando as condições de saúde da 
população; a poluição das águas superficiais por 
efluentes de indústrias (rejeitos líquidos), cau-
sando a mortandade de animais; a contaminação 
do solo e das águas subterrâneas em razão da dis-
posição inadequada de resíduos sólidos e líquidos 
da produção industrial.
Agora observe ao lado o ciclo produtivo pau-
tado na economia circular. Você consegue notar 
as diferenças? 
A economia circular é um modelo desenvol-
vido com base na ideia de sustentabilidade. Nele os 
materiais são utilizados ao máximo para reduzir o 
desperdício de recursos naturais e os produtos são 
projetados para que seus componentes sejam reu-
tilizados. Além disso, o ciclo produtivo é baseado 
em fontes renováveis de energia, substituição de 
produtos tóxicos e eliminação de resíduos indus-
triais, reduzindo os impactos ambientais.
Economia circular
Resíduos
Reciclagem
Design
Produção
re-transformação
Distribuição
Consumo, 
utilização
reutilização
reparação
Recolha
Matérias-
-primas
Economia
circular
	■ Na economia circular, a reutilização, a reparação 
de produtos e a reciclagem do material 
descartado são elementos inseridos no ciclo 
produtivo.
Fonte: ALLEN, A. Economia linear, economia circular e blockchain. 
A criação, 9 jul. 2018. Disponível em: http://www.acriacao.com/
economia-linear-economia-circular-e-blockchain/. 
Acesso em: 29 jul. 2020.
Degradação 
ambiental 
Alterações nas caracte-
rísticas do ambiente, por 
açõesantrópicas ou natu-
rais, que diminuem a sua 
capacidade de sustentar 
a vida e seu potencial de 
renovação de recursos 
naturais.
14
D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 14D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 14 20/09/20 14:0120/09/20 14:01
Da sociedade de consumo à 
sociedade de hiperconsumo
No início do século XX, alguns países alcança-
ram um estágio de desenvolvimento econômico, 
industrial e tecnológico avançado. Nos chamados 
países industrializados, o crescimento acelerado 
da população, especialmente nas áreas urbanas, 
e a ampliação das atividades, como o comércio 
e a prestação de serviços, contribuíram para as 
profundas transformações da força de trabalho e 
ampliação do poder de consumo dos indivíduos. 
Isso fez com que um número crescente de con-
sumidores tivesse acesso a bens variados, como 
alimentos industrializados, automóveis, eletrodo-
mésticos. Esse movimento teve início na década 
de 1920, mas foi especialmente forte no período 
pós-Segunda Guerra Mundial, nos Estados Unidos e em países euro-
peus. Nesse contexto, o ato de consumir deixou de ser um privilégio das 
camadas mais ricas da sociedade, disseminando-se entre a população de 
média e baixa renda.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o período após a Segunda Guerra 
Mundial apresentou um grande crescimento de produção e consumo, na 
medida em que o país despontava como uma nova liderança no cenário 
geopolítico internacional, enquanto as demais potências da Europa e o Japão 
se recuperavam economicamente das duas grandes guerras mundiais. 
Nesse contexto, o modelo de sociedade estadunidense passou a ser 
referência para diversos países. O American way of life, isto é, o estilo de 
vida americano, pautado em ideais e comportamentos liberais, estimu-
lava o consumo por meio das propagandas e publicidades veiculadas 
nos principais meios de comunicação, especialmente o cinema.
Esse modo de viver influenciou as sociedades de outros países, criando a 
ideia de que o exercício da cidadania, da felicidade e da liberdade estava asso-
ciado com a capacidade de consumir bens industriais. Durante a segunda 
metade do século XX, mesmo o grupo de países considerados em desen-
volvimento, como era o caso do Brasil, foi influenciado por esse modelo de 
comportamento baseado na valorização excessiva do consumo.
	■ O American way of life 
se tornou referência 
para diversos países 
em meados do século 
XX, contribuindo para 
o elevado crescimento 
da produção e do 
consumo de bens e 
serviços.
TH
E 
AD
VE
RT
IS
IN
G 
AR
CH
IV
ES
/B
RI
D
GE
M
AN
 IM
AG
ES
/F
O
TO
AR
EN
A
NÃO ESCREVA 
NO LIVRO> LEITURA DE IMAGEM
• Analise de que forma os elementos contidos na imagem acima revelam 
características do chamado American way of life.
15
D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 15D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 15 20/09/20 14:0120/09/20 14:01
Até o final do século XX a sociedade de consumo se disseminou 
por diversas regiões do mundo. Porém, na transição do século XX 
para o século XXI, esse tipo de sociedade começou a se transformar, 
surgindo, segundo o filósofo francês Gilles Lipovetsky (1944-), uma 
sociedade de hiperconsumo.
Enquanto a sociedade de consumo foi marcada pela expansão da 
produção de bens padronizados e semelhantes, sendo os eletrodo-
mésticos um símbolo importante, a sociedade de hiperconsumo foi 
marcada pela individualização do consumidor. 
Nesse contexto, as empresas passaram a investir na criação de 
bens personalizados e na venda das chamadas “experiências”. A lógica 
de consumo se fundamenta cada vez mais na compra de bens que 
expressariam a subjetividade e os valores do consumidor. Por isso, há 
um investimento crescente na construção de marcas e símbolos que 
representem as qualidades únicas das mercadorias de determinadas 
empresas. Nesse contexto, para o indivíduo não basta ser capaz de 
comprar um aparelho celular ou uma roupa, mas é importante adquirir 
bens que simbolizem ou expressem seus valores e visão de mundo. 
É por isso que Lipovetsky afirma que, na sociedade de hipercon-
sumo, o consumo passa a ter uma função subjetiva cada vez maior. 
Os indivíduos consomem bens não por sua utilidade genérica, mas 
pela forma como eles podem ajudá-lo a expressar sua personalidade 
e a vivenciar suas experiências no mundo. Um aparelho celular não 
é vendido apenas por ser um símbolo de distinção social, mas por 
expressar valores subjetivos, como ser descolado. 
Além disso, na sociedade de 
hiperconsumo, não há limite de 
espaço e tempo para consumir, pois 
com a internet podem-se obter 
produtos a qualquer hora e local. 
Muitas coisas se tornam consumí-
veis e as redes sociais intensificam 
essa experiência na medida em 
que os indivíduos podem exibir 
sua vida a todo momento. Uma 
viagem transforma-se em um 
bem de consumo no momento 
em que as pessoas publicam suas 
fotografias e vídeos para milhares 
de seguidores, com o objetivo de 
afirmar sua identidade e divulgar 
seu estilo de vida.
	■ Atualmente, a escolha 
de um modelo de 
smartphone ou outro 
dispositivo eletrônico 
pode representar 
determinado modo 
de se comunicar 
e relacionar com 
a sociedade. Na 
fotografia, lançamento 
de novo modelo 
de smartphone nos 
Estados Unidos, 
em 2018.
N
O
AH
 B
ER
G
ER
/A
FP
16
D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 16D3-CH-EM-3075-V5-U1-C1-010-023-LA-G21_AVU1.indd 16 20/09/20 14:0120/09/20 14:01
Problemas do hiperconsumismo
A sociedade de hiperconsumo 
pode ser pensada como uma radica-
lização do consumismo que marcou 
o século XX. O gráfico ao lado revela 
os dados da produção global de 
plástico de 1950 a 2016 e a projeção 
para o ano de 2030. O crescimento 
da produção desse material ajuda 
a demonstrar como o consumo de 
bens industrializados aumentou nas 
últimas décadas, já que muitos deles 
são constituídos ou possuem com-
ponentes plásticos.
Outros dados também ajudam 
a compreender como o consumo 
excessivo torna insustentável o atual 
modelo de produção, em função do 
esgotamento dos recursos naturais. 
De acordo com os dados publicados 
pela Organização das Nações Unidas (ONU), desde a década de 1970 
até o ano de 2017 a extração de recursos naturais (biomassa, com-
bustíveis fósseis, minerais metálicos e não metálicos, água e solo) 
mais do que triplicou. No caso dos combustíveis fósseis, houve um 
aumento de 45% no uso de petróleo, gás natural e carvão mineral. 
Acredita-se que até 2060 o uso de recursos extraídos da natureza irá 
dobrar e chegar a 190 bilhões de toneladas, ante os 92 bilhões regis-
trados em 2017. Esse panorama deverá contribuir para o aumento de 
43% das emissões de gases do efeito estufa.
NÃO ESCREVA 
NO LIVRO> MEUS ARGUMENTOS
• De acordo com o filósofo Gilles Lipovetsky, vivemos atualmente em 
uma sociedade na qual os hábitos de consumo estão associados ao 
processo de construção de nossas subjetividades. Por isso, há uma 
relação profunda entre consumir e a construção da autoestima. Para 
muitos, a individualidade e a personalidade são afirmadas por meio do 
consumo. E, quem não pode consumir, acaba tendo sua autoimagem 
afetada. Reflita sobre essa questão e elabore um texto argumentativo, 
pensando em ações que podem ajudar a fortalecer a autoestima sem 
associá-la ao consumo.
Produção global de plástico, 1950-2030
100
0
200
500
400
300
600
Ano
Milhões de 
toneladas
19701960 20001980 1990 2010 2016 20301950
Projeção
2 8
35
70
120
213
313
396
550
A produção de plástico 
virgem neste século 
equivale a tudo que 
foi produzido entre 
1950 e 2000.
	■ A produção global de 
plástico aumentou 
significativamente 
ao longo do período 
retratado. Esses dados 
estão relacionados 
ao crescimento do 
consumo de bens 
materiais.
Fonte: VASCONCELOS, Y. Planeta plástico. Pesquisa FAPESP, São Paulo, ano 20, 
n. 281, p. 22, jul. 2019. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/folheie-
a-edicao-281/. Acesso em: 6 jun. 2020.
Gases do efeito estufa

Outros materiais