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Pincel Atômico - 12/12/2022 14:55:29 1/4 Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 2 (16380) Atividade finalizada em 08/12/2022 13:43:03 (605037 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: HISTÓRIA DO BRASIL COLONIAL E IMPERIAL [772937] - Avaliação com 6 questões, com o peso total de 1,67 pontos [capítulos - 1] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-FEV2022 - SGegu0A011222 [79183] Aluno(a): 91381962 - ESTEVAM RAFAEL DE LIMA ANDRÉA - Respondeu 6 questões corretas, obtendo um total de 1,67 pontos como nota [354511_445 75] Questão 001 “A expansão ocidental caracterizou-se pela bifrontalidade: por um lado, incorporavam-se novas terras, sujeitando-as ao poder temporal dos monarcas europeus; por outro, ganhavam-se novas ovelhas para a religião e para o papa. De todos os frutos que poderia dar a terra recém-descoberta, pareceu a Caminha que o melhor seria salvar a gente indígena. ‘E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar’, permitia-se aconselhar, com grande naturalidade, o escrivão de Calicute”. (SOUZA, Laura de Mello e. O Diabo e a Terra de Santa Cruz. Feitiçaria e religiosidade popular no Brasil Colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1986. p. 32). O que seria a “bifrontalidade” da expansão ocidental de que trata a historiadora Laura de Mello e Souza? Laura de Mello e Souza, citando Pero Vaz de Caminha, entende que a expansão ocidental deveria plantar sementes, ou seja, fazer a agricultura, e catequizar os indígenas. Para Souza, salvar a gente indígena e ganhar novas ovelhas para o papa eram as duas frentes da expansão ocidental. Para a historiadora a expansão ocidental teria duas frentes: ampliar o poder religioso dos monarcas europeus e catequizar os indígenas da América. X A bifrontalidade da expansão se daria, segundo Laura de Mello e Souza, a partir da conquista de novos territórios e da catequização dos indígenas. A historiadora utiliza trecho da carta de Caminha para concluir que a bifrontalidade se dava por “salvar a gente indígena” da violência dos espanhóis e plantar sementes na nova colônia. [354511_445 74] Questão 002 Sobre a relação que os portugueses estabelecem com o Brasil após sua chegada, a historiadora Laura de Mello e Souza escreve que: “Descoberto, o Brasil ocupará no imaginário europeu posição análoga à ocupada anteriormente por terras longínquas e misteriosas que, uma vez conhecidas e devassadas, se desencantaram. Com o escravismo, este acervo imaginário seria refundido e reestruturado, mantendo, entretanto, profundas raízes europeias. Prolongamento modificado do imaginário europeu, o Brasil passava também a ser prolongamento da Metrópole, conforme avançava o processo colonizatório. Tudo que lá existe, existe aqui, mas de forma específica, colonial”. (SOUZA, Laura de Mello e. O Diabo e a Terra de Santa Cruz. Feitiçaria e religiosidade popular no Brasil Colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1986. p. 31). O que a historiadora Laura de Mello e Souza quer dizer ao afirmar que o Brasil era um “prolongamento modificado do imaginário europeu?” Quando ela diz que “tudo o que lá existe, existe aqui”, ela reafirma que os portugueses transferiram exatamente as mesmas instituições para sua colônia. Laura de Mello e Souza entende que os portugueses criaram no Brasil uma sociedade exatamente igual à que conheciam na Europa. Pincel Atômico - 12/12/2022 14:55:29 2/4 A historiadora argumenta que os portugueses não conseguiram instituir no Brasil as instituições e o imaginário europeu que gostariam. Laura de Mello e Souza infere que o escravismo ajudou a fortificar as raízes europeias do imaginário na América portuguesa. X Para Souza, o imaginário europeu foi transferido para o Brasil mas sofreu modificações a partir da vivência dos colonos. [354509_445 70] Questão 003 (ENADE 2017) Os movimentos indígenas da atualidade, somados aos novos pressupostos teóricos da História e da Antropologia, conduzem ao abandono de antigas concepções que contribuíram para excluir os índios de nossa história. (ALMEIDA, M. R. C. Os índios na História do Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010. Adaptado) A temática da história indígena passa, nas últimas décadas, por um processo de ressignificação sobre o lugar dos indígenas na história e no ensino de História, com o surgimento de novas abordagens e implementação da Lei n. 11.645/2008, que estabeleceu a obrigatoriedade do estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena no Brasil. A respeito dos estudos históricos sobre os indígenas e a efetivação da Lei nos currículos escolares, assinale a opção correta. A implementação da Lei n. 11.645/2008 permitiu uma reorganização do currículo do ensino de história, com a inserção de unidades separadas para o estudo das questões afro-brasileiras e indígenas no ensino básico e na educação superior. As novas abordagens dos estudos sobre os indígenas buscam reconhecer o papel desses ao longo da história por meio de sua aculturação, possibilitando sua inserção nas relações sociais que formaram a sociedade brasileira. A renovação dos estudos sobre a temática indígena aconteceu justamente com a implementação da Lei n. 11.645/2008, que possibilitou o alargamento dos temas, das fontes e da construção de abordagens que privilegiam a interdisciplinaridade no campo das ciências humanas. X Os estudos contemporâneos surgidos a partir de novas abordagens apresentam os indígenas como sujeitos ativos de sua própria história, reconhecendo a presença desses nos conflitos e nas negociações ao longo da formação da sociedade brasileira. A implementação da Lei n. 11.645/2008 tornou obrigatórios os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas na disciplina de História, em detrimento de outras áreas do currículo escolar, como literatura e artes. Pincel Atômico - 12/12/2022 14:55:29 3/4 [354510_445 73] Questão 004 (ENADE 2017 adaptada) Sobre a prestação de serviços dos vassalos à Coroa de Portugal, podemos ler no alvará publicado pelo Arquivo Nacional da Torre do Tombo que: “Jorge Correa da Silva filho de Manuel Correa da Silva natural da cidade de Évora [tinha serviços] feitos desde o ano de seiscentos e quarenta e cinco até o presente em praça de soldado, alferes, ajudante, capitão de infantaria de gente de guerra a princípio nas fronteiras do Alentejo e passando ao maranhão se achar em muitas entradas que se ofereceram pelo sertão e no que o Padre Antonio Vieira fez a Serra de Agrapeba [Ibiapaba] a dar forma aquela cristandade ser por cabo da tropa da missão voltando ao Reino se tornara a embarcar para o Brasil na armada a que o ano de seiscentos e sessenta e quatro (...) Hei por bem de lhe fazer mercê além de outras de promessas de um ofício de justiça ou fazenda que caiba em sua qualidade de que se passou alvará”. (Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Alvará. Lembrança da promessa de um ofício de Justiça ou Fazenda. Registo Geral de Mercês, Mercês (Chancelaria) de D. Afonso VI, liv. 13, fls 99-100, 11 jul, 1669. Adaptado). Sabendo que esse alvará representa a etapa final dos pedidos formais de mercês ao rei português, o registro da mercê, e considerando o problema da hierarquização social na época moderna, avalie as afirmações a seguir. I. Infere-se do documento que uma das formas de diferenciação social estava condicionada à prestação de serviços à Sua Majestade na defesa, conquista e propagação da fé cristã em seu império. II. O alvará de lembrança da promessa de mercê evidencia que a busca dos sujeitos históricos por patentes militares, títulos nobiliárquicos e cargos na governança era uma forma de mobilidade social. III. A procedência familiar, que é mencionada no alvará, apresentava-se como importante elemento no processo de avaliação da concessão de mercês aos sujeitos requerentes. É correto o que se afirma em III, apenas. X I, II e III. II e III,apenas. I, apenas. I e II, apenas. [354509_445 71] Questão 005 Leia o trecho abaixo para responder à questão. “Para começar, Portugal se afirmava no conjunto da Europa como um país autônomo, com tendência a voltar-se para fora. Os portugueses já tinham experiência, acumulada ao longo dos séculos XIII e XIV, no comércio de longa distância, embora não se comparassem ainda a venezianos e genoveses, a quem iriam ultrapassar. Aliás, antes de os portugueses assumirem o controle de seu comércio internacional, os genoveses investiram na sua expansão, transformando Lisboa em um grande centro mercantil sob sua hegemonia. A experiência comercial foi facilitada também pelo envolvimento econômico de Portugal com o mundo islâmico do Mediterrâneo, onde o avanço das trocas pode ser medido pela crescente utilização da moeda como meio de pagamento. Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela posição geográfica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa da África”. (FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015. p. 21). Os argumentos enumerados pelo historiador Boris Fausto tentam explicar qual atividade portuguesa que modificou a história mundial entre os séculos XV e XVI? A centralização da economia europeia na cidade de Lisboa e consequente enriquecimento da Península Ibérica. Pincel Atômico - 12/12/2022 14:55:29 4/4 A conquista do continente africano, iniciada nos primeiros anos do século XV e concluída com a tomada do atual Moçambique em meados do século XVI. X As Grandes Navegações, que culminaram na chegada à Índia e na conquista do continente americano por portugueses e espanhóis. A expulsão dos mouros do sul da Península Ibérica e a cristianização de todo o território. A derrota de venezianos e genoveses em uma guerra em seu próprio território, o que levou ao enfraquecimento das duas principais cidades da Itália . [354510_445 72] Questão 006 “A partir do século XV, a caravela navegava nas costas africanas (Cabo Branco), sendo usada em viagens de cabotagem e comércio entre a África, as ilhas atlânticas e o reino, além de servir no abastecimento das fortalezas africanas. (...) Servindo de ligação, correio e abastecimento nas armadas da Índia, as caravelas eram os navios que melhor podiam aproveitar os ventos contrários, ofereciam pequeno alvo aos inimigos, eram ligeiras e fáceis de manobrar, adaptando-se perfeitamente às viagens de descobrimento (...)”. MICELI, Paulo. O ponto onde estamos. Viagens e viajantes na História da Expansão e da Conquista. Portugal, séculos XV e XVI. 2ª edição. Campinas: Editora Unicamp, 1997. p. 72). O trecho acima, escrito pelo historiador Paulo Miceli, nos informa sobre um dos motivos pelos quais Portugal teve vantagem diante dos demais países europeus para chegar à locais distantes. Qual alternativa resume melhor a vantagem descrita por Miceli? O abastecimento nas fortalezas africanas, o que facilitava no deslocamento por grandes distâncias. X Vantagem tecnológica ao utilizar as caravelas em seus deslocamentos em alto-mar. A facilidade de manobrar as caravelas, o que trazia benefícios para os viajantes. A utilização dos correios e a fácil comunicação entre os portugueses de diferentes territórios. A vantagem das caravelas ao poderem utilizar os ventos contrários durante os trajetos, o que diminuía o tempo dos trajetos.
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