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Filosofia Contemporânea Schopenhauer Filosofo da representação e da vontade Mundo como Vontade e Interpretação c “Todo objeto, seja qual for sua origem, é, enquanto objeto, sempre condicionado pelo sujeito e, assim, essencialmente, apenas uma representação do sujeito” Tudo que eu percebo é apenas uma representação da realidade, uma interpretação, um significado que eu dou a aquilo devido minha consciência q nós damos significados emocionais as coisas. O mundo é um fenômeno; aquilo que aparece para nós a O mundo é a minha representação q não conhecemos o real de fato. Portanto não conhecemos as pessoas de verdade e nem a nós mesmo, podemos fazer várias representações de nós mesmos, mas o real é inalcançável q a gente só sabe uma parte do que a gente é. c “A vontade é um cego robusto que carrega um aleijado que enxerga” O aleijado é a nossa consciência a A vontade é a essência do “eu” q irracional, desprovida de conhecimento, causa em si mesma q instinto. Diferente dos outros animais, o Homem possui consciência da sua vontade. A vontade é o fundamento do querer viver q mobiliza qualquer ação c “O desejo por sua natureza é dor” a A arte e a experiência estética são uma maneira de mitigarmos a dor. q A arte suaviza a dor da existência humana a Paradoxo: estamos a todo tempo buscando realizar nossa vontade, que é insaciável qmas se saciássemos toda a nossa vontade a vida se tornaria um tédio. Em uma sociedade utópica onde todo mundo tem tudo a vida se tornaria um tédio pois não há nada para ser conquistado, nenhuma vontade, nenhuma razão (The good place). q A dor é essencial para o ser humano ser feliz q a felicidade depende da tristeza (Divertidamente) c “Imaginemos, por um instante, que a humanidade fosse transportada a um país utópico, onde os pombos voem já assados, onde todo o alimento cresça do solo espontaneamente, onde cada homem encontre sua amada ideal e a conquiste sem qualquer dificuldade. Ora, nesse país, muitos homens morreriam de tédio ou se enforcariam nos galhos das árvores, enquanto outros se dedicariam a lutar entre si e a se estrangular, a se assassinar uns aos outros.” c “Para a maioria dos homens, a vida não é outra coisa senão um combate perpétuo pela própria existência, que ao final será derrotada”. O Homem não está programado para ser feliz. Friedrich Nietzsche Vida → irracionalidade cruel e cega; dor e destruição; dois instintos → Dionisíaco e Apolíneo. Para Nietzsche, os maiores inimigo da filosofia é o pensamento platônico- socrático e o cristianismo → A filosofia representada por Sócrates instaura o predomínio da razão, da lógica, do conhecimento cientifico e do espirito apolíneo (derivado de Apolo, deus da ordem e equilíbrio). Assim perde-se a proximidade da natureza e suas forças vitais da alegria, excesso e do espirito dionisíaco (Dionísio deus dos vinhos e das festas). A história da filosofia é a história do triunfo da razão contra a afirmação da vida A nossa humanidade se preocupou mais com os conceitos apolíneos do que dionisíacos, nos levando ao caos, perdendo a humanidade. Nós precisamos procurar um equilíbrio entre esses dois deuses. • Entretanto, não foram apenas os filósofos que contribuíram para a decadência do homem e da cultura ocidental. Para Nietzsche, o cristianismo também teve o seu papel. Isso porque os cristãos defendem uma “moral dos escravos” ou do “rebanho” contra uma “moral dos senhores” ou dos “espíritos livres”. A “moral dos escravos” nega a vontade e o desejo, enquanto a “moral dos senhores” se relaciona com aqueles que afirmam a vida. Importante notar que o termo escravo deve ser entendido aqui não no sentido social, mas psicológico. • Devido à força do número, a mediocridade do rebanho venceu. A moral cristã é hostil à vida, uma forma de os fracos deterem os fortes. Os cristãos condenam os belos, os fortes e os poderosos a um inferno fictício, enquanto legaram aos escravos o céu. O cristianismo sufoca nosso impulso criativo, insaciável. Contra aquilo que pregam os cristãos e filósofos, é preciso ser fiel à vida: “Permanecei fiéis à Terra e não acrediteis nos que vos falam de esperanças supraterrestres! Envenenadores são eles”. Nietzsche propunha uma transvaloração de todos dos valores: por meio de seu método genealógico (A Genealogia da Moral), é preciso investigar a origem dos valores, em vez de simplesmente aceitá-los. • Ao falar da “morte de Deus”, Nietzsche, ao contrário do que se pensa, não se colocava como um “anticristo” no sentido evangélico do termo Nietzsche trabalha com a ideia de que nós matamos Deus. O que era de mais belo, mais sagrado de nossa humanidade nós matamos. O Deus que nós temos hoje não o mesmo Deus das origens dos tempos, pois aquele Deus era um Deus mais belo, mais puro, e nós simplesmente o destruímos com a inquisição, com as cruzadas... Matamos em nome de Deus em nome de uma razão falha. · • Para acalmarem a angústia da própria existência, os homens ocidentais sempre procuram inventar em sua vida uma finalidade (um sentido, um motivo, uma razão para sua existência e para os acontecimentos da vida), uma unidade (o conhecimento científico, garantindo que podemos entender o universo) e uma verdade (uma moral, uma razão filosófica). Para Nietzsche, esses três conceitos são ilusões, ídolos. • Queria a morte das “muletas metafísicas”, ou seja, dos “apoios” fora da vida, de viver baseado num mundo que não existe Assim, o filósofo alemão derrubava os três pilares da cultura ocidental. Para Nietzsche, os principais temas abordados por todos os filósofos até o século XIX, como Deus, Ser, Razão, Sentido, Verdade, Ciência, Produção, Beleza, Ordem, Justiça, Estado, Revolução, Família, Demonstração, Lógica, seriam construções, valores morais ocidentais, que domesticavam o homem e anulavam sua criatividade. Os valores do mundo estão, portanto, baseados em nada – a cultura que não supera isso é uma cultura niilista. • Niilismo é a inversão dos valores vitais pelo cristianismo, que transforma em afirmação de poder o sofrimento e a lassidão de uma vida diminuída. O niilismo, assim, é a doença dos tempos modernos, a vida depreciando a vida. Paradoxalmente, niilismo é também a denúncia desses valores. Em O Crepúsculo dos Ídolos, Nietzsche declara guerra a esses falsos deuses que criamos: o Estado, as instituições, as ilusões da filosofia, a verdade. Niilismo para ele é buscar valores novos Para Nietzsche o Niilismo é uma forma de se distanciar dos dogmas impostos pelo cristianismo, deixar de crer nessa verdade absoluta, desconstruindo-a e estabelecendo uma nova base moral. • Niilismo é uma palavra que deriva do latim nihil, que significa nada. É preciso notar que existem, na atualidade, vários tipos de niilismo. No caso de Nietzsche, o niilismo refere-se ao vazio de nossos valores e conceitos – nossos ídolos. Para o autor, nossa cultura seria decadente, posto que alicerçada em ídolos vazios tais como Deus, a Verdade, Progresso ou a Ciência. Acreditar no progresso, por exemplo, seria acreditar no nada. Para que o além-homem exista, é preciso, em vez de cultuar esses falsos ídolos, cultuar a própria vida é não procurar “além das estrelas uma razão para viver” • Apenas os espíritos mais refinados têm asco a essas normas, negando Deus, a ciência, a verdade. Superando essa cultura do medo e do ressentimento, nos tornamos o super-homem ou além-homem. Zaratustra – protagonista do livro Assim Falou Zaratustra – é o além do homem (Übermensch), pois ele viu muitas coisas, sofreu muito, amou, odiou, foi guerreiro, experimentou a morte, comemoroua vida. Em seu caminho cheio de pedras, ele superou a si mesmo. Zaratustra é o homem superior, cujo querer emancipado de todo ressentimento, de toda culpa, de toda negação, assume plenamente o sentido da vida em todas as suas formas e a justifica inclusive no que ela tem de mais ambíguo e de mais assustador. Livre de espírito e de coração, sua felicidade está em vencer a si mesmo. O super-homem não se pergunta “qual é a verdade? ”, e sim: “qual é o valor da verdade para a vida? ” Ou “o que é que o verdadeiro quer de nós? ”. Super-homem → indivíduo que vive para além do bem e do mal • O tempo é circular e infinito, o que está acontecendo agora já aconteceu outras vezes → eterno retorno – estamos sempre retornando e fazendo coisas que já foram feitas e que serão feitas daqui um tempo Se a quantidade de matéria disponíveis no universo é finita, então existe uma quantidade finita de possibilidades → esses arranjos devem se repetir em um determinado tempo, já que o tempo é infinito todas as possibilidades já aconteceram → então cada um de nós vai viver essa vida de novo exatamente igual daqui um tempo → tem uma visão pessimista disso porque para ele a vida é trágica
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