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VERSÃO PRELIMINAR_NOVA REDAÇÃO CÓDIGO POSTURAS_TRÊS LAGOAS

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TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I - DOS OBJETIVOS
CAPÍTULO II- DAS SIGLAS E ABREVIATURAS
CAPÍTULO III - DAS DEFINIÇÕES
TÍTULO II - DA ORDEM PÚBLICA 
CAPÍTULO I - DA MORALIDADE E DO SOSSEGO PÚBLICO
Seção I - Das Disposições Gerais
Seção II - Das Infrações e Penalidades
CAPÍTULO II - DAs VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS
Seção I - Das Disposições Gerais
Seção II - Do Trânsito nos Logradouros Públicos
Seção III - Das Obras em Vias e Logradouros Públicos
Seção IV - Da Padronização e Manutenção das Calçadas 
Seção V - Da Ocupação das Calçadas 
Seção VI - Do Rebaixamento da Guia 
Seção VII - Da Ocupação das Vias ou Logradouros Públicos
Subseção I - Dos Andaimes e Tapumes
Subseção II - Das Caçambas de Coleta de Resíduos e Congêneres
Subseção III - Da Instalação de Bancas e Barracas no Logradouro Público
Seção VIII - Dos Eventos Ocasionais nos Logradouros Públicos e Áreas Particulares de Livre Acesso ao Público
Acesso ao Público
Seção IX - Dos Circos e Parques de Diversão em Logradouros Públicos
Seção X - Das Infrações e Penalidades
TÍTULO III - DO BEM-ESTAR COLETIVO E ORDENAÇÃO PAISAGEM URBANA 
CAPÍTULO I - DOS CONCEITOS
CAPÍTULO II - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO III - DA ORDENAÇÃO DA PAISAGEM URBANA
Seção I - Do Anúncio Indicativo 
Seção II - Do Anúncio Publicitário
Seção III - Do Anúncio Especial
CAPÍTULO IV - DO LICENCIAMENTO DO ANÚNCIO
CAPÍTULO V - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
TÍTULO IV - DAS OBRIGAÇÕES DO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL
CAPÍTULO I - DA LIMPEZA DO IMÓVEL
CAPÍTULO II - DO CERCAMENTO DO IMÓVEL 
CAPÍTULO III - DA CONSTRUÇÃO, MANUTENÇÃO E LIMPEZA DA CALÇADA
CAPÍTULO IV - DA NUMERAÇÃO DO IMÓVEL 
CAPÍTULO V - DA ARBORIZAÇÃO URBANA
CAPÍTULO VI - DO SANEAMENTO
CAPÍTULO VII - DOS DISPOSITIVOS PARA PROTEÇÃO DO IMÓVEL
CAPÍTULO VIII - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
TÍTULO V - DO EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES OCASIONAIS
CAPÍTULO I - Do Vendedor Ambulante e do Comerciante Eventual
SeSubseção I - Do Horário de Funcionamento do Vendedor Ambulante e Comerciante Eventual
Subseção II - Das Infrações e Penalidades ao Vendedor Ambulante e Comerciante Eventual
CAPÍTULO II - DO COMÉRCIO ITINERANTE
Seção I - Do Horário de Funcionamento do Comércio Itinerante
Seção II - Das Infrações e Penalidades ao Comércio Itinerante
CAPÍTULO III - DAS FEIRAS-LIVRES
Seção I - Das Infrações e Penalidades aos Feirantes
CAPÍTULO IV - DAS BANCAS E QUIOSQUES
TÍTULO VI - DO LICENCIAMENTO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DE NATUREZA URBANA 
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II - DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO EM ESTABELECIMENTOS PERMANENTES
CAPÍTULO III - DO LICENCIAMENTO DOS ESTACIONAMENTOS DE VEÍCULOS
CAPÍTULO IV - DO LICENCIAMENTO DE OFICINA DE CONSERTO, LAVAGEM E PINTURA DE VEÍCULOS
CAPÍTULO V - DO LICENCIAMENTO DO COMÉRCIO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
CAPÍTULO VI - DO LICENCIAMENTO DE CLUBE, CHOPERIA, RESTAURANTE E ESPAÇOS COM MÚSICA
CAPÍTULO VII - DO LICENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTO BANCÁRIO
CAPÍTULO VIII - DO LICENCIAMENTO DE INFLAMÁVEL, EXPLOSIVO OU RADIOATIVO
CAPÍTULO IX - DO LICENCIAMENTO DE PEDREIRA, OLARIA E AREEIRO
CAPÍTULO X - DO LICENCIAMENTO DAS DIVERSÕES ELETRÔNICAS
CAPÍTULO XI - DO LICENCIAMENTO DE INDÚSTRIAS, COMÉRCIOS E PRESTADORES DE SERVIÇOS LOCALIZADOS NA ÁREA RURAL
CAPÍTULO XII - DO LICENCIAMENTO DE SERVIÇOS QUE TRANSPORTEM PACIENTES OU ANIMAIS
CAPÍTULO XIII - DOS ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
CAPÍTULO XIV - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES DOS ESTABELECIMENTOS PERMANENTES
TÍTULO V - FISCALIZAÇÃO, PROCEDIMENTOS E PENALIDADES
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA
CAPÍTULO III - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
CAPÍTULO IV - DA NOTIFICAÇÃO PRÉVIA 
CAPÍTULO V - DO AUTO DE INFRAÇÃO E NOTIFICAÇÃO DO LANÇAMENTO DA MULTA
CAPÍTULO VI - DAS MULTAS
CAPÍTULO VII - DA APREENSÃO DAS MERCADORIAS E PERDIMENTO
CAPÍTULO VIII - DA CASSAÇÃO DO LICENCIAMENTO
CAPÍTULO IX - DO EMBARGO ADMINISTRATIVO
CAPÍTULO X - DA INTERDIÇÃO
CAPÍTULO XI - DA DEFESA DO AUTUADO
CAPÍTULO XII - DO JULGAMENTO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA
CAPÍTULO XIII - DO RECURSO
CAPÍTULO XIV - DA SEGUNDA INSTÂNCIA
TÍTULO VI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
MINUTA DO ANTEPROJETO DE LEI Nº. ........, DE .......................................
"DÁ NOVA REDAÇÃO AO CÓDIGO DE POSTURAS DO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS - MS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".
Ângelo Guerreiro, Prefeito Municipal de Três Lagoas, Estado de Mato Grosso do Sul, no uso das atribuições legais, com fulcro na Lei Orgânica Municipal, faz saber que em Sessão Ordinária realizada no dia ..........., a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS
Art. 1º. Este Código de Postura dispõe sobre as medidas de Polícia Administrativa, a cargo da Administração Pública Municipal e sua relação com os munícipes, no que se refere ao bem-estar da população; aos costumes, segurança; ordem pública; o licenciamento das atividades de natureza urbana e demais posturas municipais.
§ 1º. Consideram-se atividades de natureza urbana para os efeitos desta Lei, aquelas realizadas em área urbana, podendo se estender às localizadas na área rural do Município, quando: 
I- destinadas às atividades comerciais, industriais ou prestadoras de serviço;
II- destinadas à prestação de serviço público essencial, nos termos da Constituição Federal ou da Lei Orgânica de Três Lagoas.
§ 2º. Entendem-se como área urbana para os efeitos desta Lei, aquela definida pelo Plano Diretor do Município de Três Lagoas-MS.
Art. 2º. Compete a Administração Pública Municipal zelar pelo bem-estar da coletividade, impedindo o uso inadequado da propriedade particular e o abuso no exercício dos direitos individuais que possam afetar à população.
Parágrafo único. Para assegurar, manter e proteger o bem-estar, o sossego, os bons costumes e a ordem pública no Município, compete a Administração Pública Municipal fiscalizar:
I- a ordem pública e a moralidade;
II- o respeito aos locais de culto e manifestações culturais;
III- a tranquilidade no lazer e festejos públicos;
IV- a utilização e o trânsito em via e logradouro público;
V- os meios de publicidade e propaganda e sua interferência na paisagem urbana;
VI- as atividades de natureza urbana.
Art. 3º. É de competência da Administração Pública Municipal, por meio de seus servidores, agentes municipais ou por convênios específicos, a responsabilidade por zelar pela aplicação dos dispositivos desta Lei, inclusive as sanções nela estabelecidas.
§ 1º. É obrigação de toda pessoa física ou jurídica que esteja sujeita às normas desta Lei apresentar as licenças, autorizações concedidas pelo Poder Público, projetos e outros documentos julgados essenciais à ação fiscalizadora.
§ 2º. A autoridade administrativa municipal poderá requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, quando vítima de embaraço à ação fiscal ou quando necessário para efetivação das medidas previstas nesta Lei.
CAPÍTULO II
DAS SIGLAS E ABREVIATURAS
Art. 4º. Para efeito desta Lei, as entidades ou expressões serão identificadas por siglas ou abreviaturas descritas a seguir:
I- Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;
II- Cadastro de Pessoa Física - CPF;
III-Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ
IV- Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA
V- Decibel - dB
VI- Junta de Recursos Fiscais JURISF
VII- Lei de Uso e Ocupação do Solo do Município de Três Lagoas - LUOS;
VIII- Microempreendedor Individual - MEI
IX- Nível Equivalente - LEQ
X- Norma Técnica Brasileira - NBR;
XI- Pessoas Com Deficiência ou Mobilidade Reduzida - PCDMR;
XII- Unidade Fiscal Municipal de Três Lagoas - UFIM;
CAPÍTULO III
DAS DEFINIÇÕES
Art. 5º. Para efeito desta Lei serão adotadas as seguintes definições:
I- ANÚNCIO: qualquer veículo de comunicação visual presente na paisagem visível do logradouro público, composto de área de exposição e estrutura;
II- ANÚNCIO INDICATIVO: aquele que visa apenas identificar, no próprio local da atividade, os estabelecimentos e/ou profissionais que dele fazem uso;
III- ANÚNCIO PUBLICITÁRIO:aquele destinado à veiculação de publicidade, instalado fora do local onde se exerce a atividade;
IV- ANÚNCIO ESPECIAL: aquele que possui características específicas, com finalidade cultural, educativa, institucional, informativa, de orientação social, religiosa ou ideológicos, turística, ambiental e eleitoral;
V- ÁREA DE EXPOSIÇÃO DO ANÚNCIO: a área que compõe cada face da mensagem do anúncio;
VI- ÁREA TOTAL DO ANÚNCIO: a soma das áreas de todas as superfícies de exposição do anúncio, expressa em metros quadrados;
VII- ÁRVORE: todo espécime representante do reino vegetal que possua sistema radicular, tronco, estipe ou caule lenhoso e sistema foliar, independentemente do diâmetro, da altura e idade.
VIII- BEM DE USO COMUM: aquele destinado à utilização do povo, tais como as áreas verdes e institucionais, as vias e logradouros públicos;
IX- VIII- ÁGUA SERVIDA: esgoto ou água residual que, após a utilização humana, apresenta suas características naturais alteradas;
X- IX- ALGIBE: reservatório de água edificado abaixo do nível do solo;
XI- X- ALINHAMENTO PREDIAL: linha que identifica o limite entre o lote ou gleba com vias de circulação existentes ou projetadas;
XII- XI- ÁREA URBANA: parte de um município, caracterizada pela existência de equipamentos sociais destinados às funções urbanas básicas, como habitação, trabalho, recreação e circulação e delimitada pelo Plano Diretor;
XIII- XII- BEM TOMBADO: edificação de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental ou afetivo para a população, preservado por legislação específica, impedindo que venha a ser destruído ou descaracterizado;
XIV- XIII- CALÇADA: parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins. É composta pela faixa de serviço, faixa livre e, algumas vezes pela faixa de faixa de acesso. 
XV- XIV- CHANFRO: recuo junto à edificação ou cercamento, nos lotes de esquina para aumentar a visibilidade do trânsito, , edificada unindo as duas divisas numa distância de 2,0 m (dois metros) do ponto de encontro dos alinhamentos prediais.
XVI- XV- CICLO: veículo de, pelo menos duas rodas a propulsão humana;
XVII- XVI- CICLO FAIXA: parte da pista de rolamento ou calçada destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica;
XVIII- XVII- CICLOVIA: pista exclusiva destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum;
XIX- XVIII- DECIBEL (dB): unidade de intensidade física relativa do som;
XX- XIX- DEFICIÊNCIA FÍSICA: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções motoras;
XXI- XX- GARAGEM: estabelecimento prestador de serviço, destinado exclusivamente à guarda ou estacionamento de veículos automotores;
XXII- XXI- ENGENHO PUBLICITÁRIO: o conjunto formado pela estrutura de fixação, pelo quadro próprio e pela publicidade ou propaganda nele contida; 
XXIII- XXII- FAIXA DE SERVIÇO: parte da calçada destinada à colocação de árvores, rampas de acesso para veículos ou PCDMR, ou mobiliário urbano;
XXIV- XXIII- FAIXA LIVRE: parte da calçada livre de qualquer obstáculo, destinada exclusivamente à circulação do pedestre, também conhecida como passeio;
XXV- XXIV- FAIXA DE ACESSO: parte da calçada destinada a acomodar a rampa de acesso ao lote fronteiriço, implantação de rede subterrânea de água ou esgoto, ou colocação de mesa e cadeira;
XXVI- XXV- FEIRA-LIVRE: local de exposição, produção e comercialização de produto alimentício, bebida, artesanato, obra de arte, livro, peças antigas e similares, realizadas em logradouro público;
XXVII- XXVI- FOSSA: câmara fechada, em geral subterrânea, destinada a receber esgoto sanitário em locais onde não há rede pública de esgotamento;
XXVIII- XXVII- FOSSA SÉPTICA: são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico, nas quais são feitas a separação e a transformação físico-química da matéria sólida contida no esgoto, sendo posteriormente encaminhados a um sumidouro;
XXIX- XXVIII- GLEBA: porção de terra rústica que ainda não foi objeto de arruamento ou parcelamento;
XXX- XXIX- GRADIL: Armação de ferro em forma de grades para proteção ou vedação de uma abertura;
XXXI- XXX- GUIA: dispositivo lateral nas vias pavimentadas, destinado a separar o plano da calçada e o da pista de rolamento de um logradouro;
XXXII- XXXI- HABITE-SE: documento expedido pelo órgão competente que certifica a possibilidade da edificação ser ocupada total ou parcialmente;
XXXIII- XXXII- INFRAESTRUTURA BÁSICA: conjunto de serviços mínimos indispensáveis a uma cidade ou sociedade, quais sejam: arruamento, abastecimento e distribuição de água, e energia elétrica;
XXXIV- XXXIII- LICENÇA: permissão outorgada pela Administração Pública Municipal para a realização de determinada atividade ou empreendimento previsto em lei;
XXXV- XXXIV- LOTE: É o terreno servido de infraestrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a localidade em que se situe;
XXXVI- XXXV- MARQUISE: Pequena cobertura que protege a porta de entrada, aberta lateralmente, que se projeta para além da parede da construção;
XXXVII- XXXVI- MOBILIÁRIO URBANO: elemento ou pequena construção integrante da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantada em vias e demais espaços públicos, tais como semáforos, postes de sinalização, terminais e pontos de acesso coletivo às telecomunicações, quiosques, lixeiras, bancos e similares;
XXXVIII- XXXVII- MURO: Maciço de alvenaria de pouca altura que serve de vedo ou de separação entre terrenos de proprietários diversos, entre edificações, ou entre pátios do mesmo terreno; 
XXXIX- XXXVIII- NÍVEIS DE SOM EM dB (A): intensidade do som, medido na curva de ponderação "A", definido na norma NBR 10.151 – ABNT;
XL- XXXIX- Nível Equivalente (LEQ): o nível médio de energia do ruído encontrado, integrando-se os níveis individuais de energia ao longo de determinado período de tempo e dividindo-se pelo período, medido em dB-A.
XLI- XL- OFENDÍCULOS: São aparatos visíveis que se destinam à defesa da propriedade ou de qualquer outro bem jurídico, como, por exemplo, lanças ou cacos de vidros afixados em portões e muros, e cercas elétricas; acompanhadas do respectivo aviso
XLII- XLI- PASSEIO OU FAIXA LIVRE parte da calçada livre de qualquer obstáculo, destinada exclusivamente à circulação do pedestre;
XLIII- XLII- PISTA DE ROLAMENTO: é o nome que se dá para as estradas e vias que servem para o tráfego de carros, motos e outros veículos terrestres;
XLIV- XLIII- POLUIÇÃO SONORA: toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade ou transgrida as disposições fixadas nesta Lei;
XLV- XLIV- PROPRIETÁRIO: pessoa física ou jurídica de direito, que detém a posse do imóvel e que tem a competência legal de determinar a realização de um empreendimento ou atividade, podendo ser delegada à terceiro por procuração;
XLVI- XLV- QUADRA: unidade básica de terreno urbano, loteada, pública ou privada, referenciada a logradouros que lhe são adjacentes, para efeito de controle e codificação em cadastro técnico e imobiliário;
XLVII- XLVI- RAMPA: parte inclinada de uma circulação destinada a unir dois locais em níveis distintos;
XLVIII- XLVII- REBAIXAMENTO DE GUIA: recurso junto à entrada de veículos utilizadoé a rampa realizada a fim de para concordar nivelar a calçadao interior do lote com a pista de rolamento, para acesso de veículo ao interior do lote, e/ou promover a acessibilidade à faixa livre, devendo estar contida nasem alterar a inclinação da faixa de serviço da na calçada;
XLIX- XLVIII- RECUO: distância mínima entre a projeção horizontal da edificação e a divisa do lote;
L- XLIX- RESÍDUO SÓLIDO: material, substância, objeto ou bem descartado resultante deatividades humanas em sociedade;
LI- L- RUÍDO: qualquer som que cause ou tenda causar perturbações ao sossego público ou produzir efeitos psicológicos e/ou fisiológicos negativos em seres humanos e animais;
LII- LI- SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS: aqueles indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, assim considerados aqueles que, se não atendidos, colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população, tais como: restabelecimento da energia elétrica, telefonia, água, esgoto e sistema viário. 
LIII- LII- SOM: toda e qualquer vibração acústica capaz de provocar sensações auditivas;
LIV- LIII- SUJEITO PASSIVO: é a pessoa obrigada ao pagamento do imposto ou penalidade pecuniária, na condição de Contribuinte ou Responsável;
LV- LIV- SUMIDOURO: poço em que é lançado o efluente líquido proveniente da fossa séptica, destinado a promover sua infiltração subterrânea;
LVI- LV- TESTADA: é a medida da divisa do lote com a via de circulação;
LVII- LVI- TOLDO: Cobertura de lona ou de outro material leve, removível, destinada a abrigar do sol e da chuva portas, janelas e áreas externas das construções;
LVIII- LVII- USO COLETIVO: espaço de uso comum e posse de todos onde são desenvolvidas atividades coletivas, como o convívio de diversos grupos sociais. 
quando destinado às atividades de natureza urbana, exceto residencial ou público, com afluência de pessoas de forma em geral;
LVIX- LVIII- USO PÚBLICO: edificação quando administrgeriadoa por entidade da administração pública, direta e indireta, ou por empresa prestadora de serviço público e destinado ao público em geral;
LX- LVIX- VIBRAÇÃO: movimento oscilatório, transmitido pelo solo ou uma estrutura qualquer.
LXI- LX- ZONA DE SILÊNCIO: é aquela que, para atingir seus propósitos, necessita que lhe seja assegurado um silêncio excepcional. Define-se como zona de silêncio a faixa determinada pelo raio de 200,00m (duzentos metros) de distância de asilos de idosos e hospitais e unidades de saúde com internação;
LXII- LXI- ZONA RESIDENCIAL (ZR): a área que, em um raio de 200 m, a partir da fonte poluidora, seja ocupada predominantemente por residências.
LXIII- LXII- ZONA COMERCIAL (ZC): a área que, em um raio de 200 m, a partir da fonte poluidora, seja ocupada predominantemente por estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço.
LXIV- LXIII- ZONA INDUSTRIAL (ZI): a área que, em um raio de 200 m, a partir da fonte poluidora, seja ocupada predominantemente por estabelecimentos industriais.
LXV- LXIV- ZONA MISTA (ZM): a área que, em um raio de 200 m, a partir da fonte poluidora, seja ocupada predominantemente por residências, comércios, prestadores de serviço e indústrias, sem que seja possível constatar a predominância de uma em relação às outras.
TÍTULO II
DA ORDEM PÚBLICA 
CAPÍTULO I
DA MORALIDADE E DO SOSSEGO PÚBLICO
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 7º. É proibido o comércio, exposição, venda ou distribuição de gravuras, livros, revistas, jornais, publicações ou objetos pornográficos ou obscenos, em discordância com as disposições legais pertinentes.
§ 1º. As mercadorias proibidas serão apreendidas e sujeitará o infrator à multa de 100 (cem) UFIMs, sem prejuízo das demais cominações legais.
§ 2º. Em caso de reincidência a esta infração, será aplicada, em dobro, a multa definida no parágrafo anterior e o infrator terá cassada sua licença de funcionamento.
Art. 8º. Os proprietários de estabelecimentos que vendam bebidas alcoólicas são responsáveis pela manutenção da ordem no recinto.
Parágrafo único. As desordens, algazarras ou barulhos que ocorrerem nos citados estabelecimentos, sujeitarão os proprietários à multa de 100 (cem) UFIMs e, em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro e a licença de funcionamento será cassada.
Art. 9º. É proibido perturbar o sossego e o bem-estar público com ruídos, vibrações, sons excessivos ou incômodos de qualquer natureza, produzidos por qualquer forma que contrarie os níveis máximos de intensidade, locais e horários aqui fixados, e assim consubstanciados:
I - Para fins de aplicação, nesta Lei, ficam definidos os seguistes horários:
a) Diurno: das 6 h (seis horas) às 18 h (dezoito horas);
b) Vespertino: compreendido entre 18 h (dezoito horas) e 21h (vinte e uma horas);
c) Noturno: das 21 h (vinte e uma horas) até 05h:59 min (cinco horas e cinquenta e nove minutos).
Art. 10. Os níveis de intensidade de sons ou ruídos fixados por esta Lei, bem como o nível equivalente e o método utilizado para a medição e avaliação, obedecerão às recomendações das normas NBR 10.151 e NBR 10.152 ou as que lhes sucederem.
Art. 11. A emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, de prestação de serviços, inclusive de propagandas, sejam políticas, educativas, religiosas, sociais e recreativas, obedecerá aos padrões e critérios estabelecidos nesta Lei.
§ 1º. O nível de som da fonte poluidora, medidos a 5,00m (cinco metros) de qualquer divisa do imóvel, ou medido dentro dos limites reais da propriedade onde se dá o suposto incômodo, não poderá exceder os níveis fixados na Tabela 1 - ANEXO I desta Lei.
§ 2º. Quando a fonte poluidora não atender aos níveis fixados na Tabela 1 - ANEXO I desta Lei será necessário o tratamento acústico, de forma a adequá-lo às restrições da localidade.
§ 3º. Quando a fonte poluidora e a propriedade onde se dá o suposto incômodo estiverem localizadas em diferentes zonas de uso e ocupação, serão considerados os limites estabelecidos para a zona em que se localiza a propriedade.
§ 4º. Quando a propriedade onde se dá o incômodo estiver situada numa distância de até 200,00m (duzentos metros) de escola, creche, biblioteca pública, centro de pesquisas, asilo de idosos, hospital ou similar com leitos para internamento deverão ser atendidos os limites estabelecidos para Zona Residencial, independentemente de sua localização.
§ 5º. Incluem-se nas determinações desta Lei os ruídos decorrentes de trabalhos manuais e qualquer atividade que resulte prejudicial ao sossego público.
Art. 12. A emissão de sons ou ruídos produzidos por veículos automotores, aeroplanos e os produzidos no interior dos ambientes de trabalho, obedecerão às normas expedidas respectivamente pelo CONAMA e pelos órgãos competentes do Ministério da Aeronáutica e Ministério do Trabalho.
§ 1º. Ficam vedados:
I-	a circulação de veículos automotores com equipamento de descarga aberto ou silencioso adulterado ou defeituoso;
II-	utilização por período prolongado de equipamentos tais como buzinas, sirene de alarme ou campainhas;
III-	 carro de som que não possua licença para utilização de alto-falante.
§ 2º. O Município poderá estabelecer, por meio de regulamentação específica, outros critérios de controle emissão de ruídos por veículos automotores, considerando o interesse local.
Art. 13. Dependem de autorização da Administração Pública Municipal, a utilização das áreas dos parques, praças e demais logradouros públicos municipais para uso de equipamentos sonoros, alto-falantes, fogos de artifício ou outros que possam vir a causar poluição sonora.
Parágrafo Único - A não observância do disposto no caput, acarretará aplicação de pena de multa grave, conforme disposto no artigo 20 desta Lei. 
Art. 14. Nenhuma fonte de emissão sonora em logradouros públicos poderá ultrapassar o nível máximo de 85 dB (oitenta e cinco decibéis), na curva "C" do medidor de intensidade de som, à distância de 7,00m (sete metros) da origem do estampido, ao ar livre.
Art. 15. Para utilização de alarmes sonoros de segurança ou outros que possam vir a causar poluição sonora, é obrigatório o uso de dispositivos de controle que limite o tempo de duração do sinal sonoro em no máximo 15 (quinze) minutos.
§ 1º. Para a execução de testes de fabricação ou instalação de alarmes sonoros veiculares deverão ser utilizados dispositivos de controle, de forma que não seja necessária a emissão sonora acima dos limites estabelecidos no artigo 11, § 1º desta Lei.
§ 2º. No caso específico de alarmes sonoros em veículosou imóveis com acionamento periódico ou constante, serão aplicadas as mesmas sanções previstas nesta Lei, sem prejuízo de outras disposições legais mais restritivas.
Art. 16. As proibições dos artigos anteriores não incluem ruídos e sons produzidos por:
I- vozes ou aparelhos sonoros usados na propaganda eleitoral nas eleições gerais, para as quais serão consideradas as legislações específicas da Justiça Eleitoral;
II- sinos de igrejas ou templos religiosos, desde que sirvam exclusivamente para indicar as horas ou anunciar a realização de atos ou cultos religiosos, e ocorram em período diurno e vespertino;
III- fanfarras ou bandas de músicas em procissão, cortejos ou apresentação pública de desfiles cívicos;
IV- sirenes ou aparelhos de sinalização sonora utilizados por ambulâncias, carros de bombeiros ou viaturas policiais;
V- explosivos utilizados no arrebentamento de pedreiras, rochas ou nas demolições, desde que detonados no período diurno e previamente autorizados pelo Poder Público Municipal, não sendo permitido nos feriados ou finais de semana;
VI- alarme sonoro de segurança, residencial ou veicular, desde que o sinal sonoro não se prolongue por tempo superior à 15 (quinze) minutos;
VII- templos de qualquer culto, desde que não ultrapassem os limites de 65 dB (A), nos períodos diurno e vespertino, e, no período noturno, enquadrem-se na Tabela 1 – Nível de Som da Fonte Poluidora em Função da Característica do Entorno - Anexo I, desta Lei.
VIII- festejos carnavalescos, comemorações natalinas, confraternização universal do Ano Novo e manifestações tradicionais.
Art. 17. O nível de som provocado por máquinas e aparelhos utilizados nos serviços de construção civil, devidamente licenciados, deverá atender ao limite máximo de:
I- nos dias úteis: 
a) 85 dB, das 7h às 19h;
b) 60 dB, entre 19h e 7h;
II- aos finais de semanas e feriados:
a) 85 dB aos sábados, das 8h às 14h;
b) 60 dB aos sábados, entre 14h e 8h e aos domingos e nos feriados em nenhum horário;
§ 1º. Não estão restritas aos limites:
I- obras e os serviços urgentes e inadiáveis decorrentes de casos fortuitos ou de força maior, acidentes graves ou perigo iminente à segurança e ao bem-estar da comunidade ou restabelecimento de serviços públicos essenciais.
II- atividades de carga e descarga em obras de construção civil, de segunda à sexta, exclusivamente no período diurno e/ou vespertino e sábado entre 7h e 19h.
III- movimentação de terra, fundação, demolição e estrutura entre 7h e 19h, de segunda a sexta-feira, exceto feriados.
Seção II
Das Infrações e Penalidades
Art. 18. Somente com licença será permitido o uso de aparelhos sonoros, dispositivos de alerta, advertência, chamadas ou propagandas, sons de qualquer natureza acoplados em veículos automotores, motos ou assemelhados, submetendo-se aos limites impostos na Tabela I - Anexo I, desta Lei.
Parágrafo Único - A não observância do disposto no caput acarretará aplicação das penalidades, conforme disposto nos artigos 19 a 21 desta Lei. 
Art. 19. Sempre que se verificar a infração a qualquer dispositivo deste Capítulo, sem prejuízo das sanções civil ou penal cabíveis, serão aplicadas as seguintes penalidades, cumulativamente ou não:
I- Notificação Prévia por escrito;
II- Multa simples ou diária;
III- Apreensão de equipamentos e perdimento;
IV- Embargo da obra;
V- Interdição parcial ou total do estabelecimento ou atividades;
VI- Cassação imediata do alvará de licenciamento do estabelecimento;
VII- Perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Município;
VIII- Paralisação da atividade poluidora.
Parágrafo único. As penalidades de que trata este artigo poderão ter sua exigibilidade suspensa quando o infrator, por termo de compromisso aprovado pela autoridade ambiental que aplicou a penalidade, se obrigar à adoção imediata de medidas específicas para cessar e corrigir a poluição sonora. Cumpridas as obrigações assumidas pelo infrator, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a multa poderá ter uma redução de até 90% (noventa por cento) do valor original.
Art. 20. Para efeito de aplicação das penalidades, as infrações aos dispositivos deste Capítulo serão classificadas como leves, graves ou gravíssimas, de acordo com a intensidade sonora registrada pela fiscalização:
I- Leves se for registrada intensidade sonora até 10 dB acima do limite permitido por esta Lei;
II- Graves se registrada intensidade sonora entre 10 e 30 dB acima do limite permitido por esta Lei;
III- Gravíssimas se registrada intensidade sonora acima de 30 dB acima do limite permitido por esta Lei.
Parágrafo único. Independentemente da quantidade de decibéis ultrapassados com relação ao limite máximo estabelecido para zona de uso e para horário, considerar-se-á infração gravíssima aquelas em que seja verificada a existência de duas ou mais circunstâncias agravantes ou a reincidência.
Art. 21. A pena de multa consiste no pagamento do valor correspondente:
I - Nas infrações leves, de 50 (cinqüenta) a 100 (cem) UFIMs;
II - Nas infrações graves, entre 100 (cem) e 300 (trezentos) UFIMs;
III - Nas infrações gravíssimas, acima de 300 (trezentos e um) a 1000 (mil) UFIMs;
Art. 22. Para imposição da pena e graduação da multa, a autoridade fiscal observará: 
I- as circunstâncias atenuantes e agravantes;
II- a gravidade do fato, tendo em vista as suas consequências;
III- a natureza da infração e suas consequências;
IV- o porte do empreendimento;
V- os antecedentes do infrator, quanto às normas previstas nesta Lei;
VI- a capacidade econômica do infrator.
§ 1º. São circunstâncias atenuantes:
I- menor grau de compreensão e escolaridade do infrator;
II- arrependimento eficaz do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano ou limitação significativa do ruído emitido;
III- ser o infrator primário e a falta cometida de natureza leve.
§ 2º. São circunstâncias agravantes:
I- ser o infrator reincidente ou cometer a infração de forma continuada;
II- ter o infrator agido com dolo direto ou eventual.
§ 3º. A reincidência verifica-se quando o agente comete novamente infração pela qual já tenha sido autuado.
§ 4º. No caso de infração continuada, caracterizada pela repetição da ação ou omissão inicialmente punida, a penalidade de multa poderá ser aplicada diariamente até cessar a infração.
CAPÍTULO II
DAs VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 23. O logradouro público é um bem ao qual é livre o acesso, movimentação de pedestre, trânsito ou paragem de veículo, respeitadas as normas e regulamentos administrativos, sendo de responsabilidade da Administração Pública Municipal preservar a segurança e bem-estar dos transeuntes e o patrimônio público, ficando proibido:
I- embaraçar o trânsito ou molestar o pedestre conduzindo pela calçada:
a) veículos de qualquer espécie; 
b) volumes que, pelo seu porte, causem transtornos; 
c) animais de qualquer raça, bravios ou não, sem a utilização de coleira e guia;
II - construir poço, algibe, fossa ou sumidouro no logradouro público;
III- lançar qualquer tipo de resíduo sólido, líquido ou gasoso de residências ou estabelecimentos comerciais nas vias e logradouros públicos;
IV- lavar objetos, veículos e animais em chafariz, fontes, tanques, torneiras e mananciais situados nas vias ou logradouros públicos, assim como tomar banho nesses mesmos locais;
V- transportar material ou animais que possam provocar poluição ou sujeiras nas vias públicas;
VI- danificar o pavimento da via, calçada, galeria de água pluvial, bueiro e demais elementos da drenagem urbana, iluminação pública ou qualquer mobiliário urbano;
VII- fazer escoar ou permitir o escoamento de água servida da edificação para o logradouro público ou lançar na rede de drenagem;
VIII- impedir, dificultar ou prejudicar o livre escoamento das águas pluviais;
IX- consertar, reformar, pintar, lavar veículo ou deixar resíduo graxoso decorrente de serviço de oficina mecânica, garagem e estacionamento de veículos, lava-jato e similares;
X- abandonar ou estacionar sucata de veículo no logradouro público;
XI- depositarmaterial de construção, entulho, detrito ou vegetação;
XII- estacionar no logradouro público qualquer elemento, móvel ou fixo para fins de comércio, prestação de serviço ou qualquer aproveitamento privado, sem o respectivo licenciamento municipal;
XIII- colocar em janelas, sacadas, ou lugares semelhantes, vasos ou qualquer objeto que possam cair nas vias ou logradouros públicos;
§1º. O responsável por dano ao patrimônio público fica obrigado a reparação, independentemente das sanções cabíveis.
§2º. Será tolerada a permanência de material de construção no logradouro público quando a descarga não puder ser feita diretamente no interior do imóvel por até 48h (quarenta e oito horas).
§3º. O excremento de qualquer animal doméstico em calçada ou outro logradouro público é de responsabilidade do seu condutor, devendo ser acondicionado em saco plástico.
Art. 24. Todo e qualquer evento, obra ou serviço que implique no fechamento da via ou logradouro público ou interfira, total ou parcialmente no trânsito de veículo ou pedestre, fica o responsável obrigado a:
I - solicitar a autorização prévia do órgão municipal competente, mediante requerimento do interessado e pagamento de taxa administrativa;
II - sinalizar adequadamente a via e/ou calçada;
III - promover a remoção dos restos de materiais e objetos utilizados e recompor o logradouro público, em até 24h (vinte e quatro horas) após o final do evento, obra ou serviço.
Art. 25. É de responsabilidade da Administração Municipal a manutenção da higiene das vias, podendo ser executado diretamente por esta, convênio ou concessão do serviço público.
Art. 26. Cabe ao ocupante do imóvel fronteiriço a limpeza da calçada e sarjeta adjacente, devendo os resíduos ser recolhidos e acondicionados em recipiente apropriado.
Parágrafo único. A limpeza da calçada deverá ser efetuada em horário de pouco trânsito.
Art. 27. Os resíduos industriais sólido, provenientes da construção civil ou de podas de vegetação que não forem acondicionados em recipientes com até 100 l (cem litros), não poderão ser lançados nas vias públicas, devendo ser destinados de forma adequada pelo gerador.
Parágrafo único. Os materiais de que trata este artigo poderão ser recolhidos pelo órgão de limpeza pública da Administração Pública Municipal, mediante prévia solicitação e pagamento de contraprestação dos serviços pelo interessado.
Seção ii
Do Trânsito nos Logradouros Públicos
Art. 28. A utilização e o trânsito das vias e logradouros públicos são livres e compete à Administração Pública Municipal preservar a ordem, a segurança e o bem-estar dos transeuntes, sendo proibido a particulares:
I- estacionar o veículo sobre o passeio ou praça pública, calçada, parque e área destinada para parada do transporte coletivo; 
II- inserir no espaço urbano elementos para o desvio, retenção ou controle de trânsito, tampouco para reservar vagas em logradouro público de forma privativa, mesmo que momentaneamente, sem a devida autorização do órgão municipal responsável pelo trânsito; 
III- danificar ou retirar placa ou outro meio de sinalização colocado em logradouro público;
IV- instalar no espaço urbano placa ou qualquer elemento de sinalização sem a devida autorização dos órgãos competentes;
V- pintar faixas de sinalização de trânsito, símbolo ou qualquer identificação, mesmo junto ao rebaixo da guia;
VI- implantar quebra-molas, redutor de velocidade ou qualquer objeto afim, no leito da via pública; 
VII- invadir ou ocupar vias ou logradouro público em qualquer circunstância;
VIII- conduzir carros de tração animal em via urbana com expressa proibição;
IX- rebaixar a guia ou meio-fio além das dimensões estabelecidas nesta Lei.
Art. 29. O veículo encontrado em estado de abandono em qualquer logradouro público poderá ser apreendido, nos termos da lei pelo órgão municipal responsável pelo trânsito, e transportado ao local definido pela Administração Municipal, respondendo seu proprietário pela respectiva despesa, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. 
Art. 30. É proibido embarcar, desembarcar ou impedir por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres e veículos nas vias e logradouros públicos, exceto para efeito de obras, de medida policial ou em caso de comprovada necessidade, a juízo da Administração Pública Municipal.
§ 1º. As interrupções necessárias do trânsito terão sinalização claramente visível durante o dia e luminosa à noite.
§ 2º. Compreende-se na proibição deste artigo, depósito de qualquer material, inclusive de material de construção.
§ 3º. Quando impossível o descarregamento direto para o interior dos imóveis será tolerada a sua permanência nas vias públicas, com o mínimo prejuízo ao trânsito, pelo período máximo de 3 h (três horas), devendo o responsável pelo material depositado advertir os veículos à distância conveniente da obstrução causada ao trânsito.
§ 4º. Se o responsável não remover o material depositado em via pública, após o período fixado no parágrafo anterior, a Administração Pública Municipal providenciará a remoção e cobrará do infrator os custos dos serviços, acrescidos de 20% (vinte por cento) a título de taxa de administração, além da multa cominada.
Art. 31. Nas vias e logradouros públicos é proibido:
I- o trânsito de veículos de carga na área central da cidade, compreendida entre as avenidas ........... (REVISAR)....... Capitão Olinto Mancini, Filinto Muller, Rosário Congro e Eloy de Miranda Chaves, exceto para carga e descarga, em horário a ser regulamentado pela Administração Pública Municipal;
II- o trânsito de veículos de tração animal, manual ou motorizado em velocidade não condizente com o local de trânsito;
III- o trânsito de animais ferozes, sem a devida precaução;
IV- conduzir volumes de grande porte pelos passeios;
V- conduzir veículos pelos passeios, exceto aqueles de uso por portadores de necessidades especiais, carrinhos de crianças e pequenos veículos de uso infantil;
VI- amarrar animais em postes, árvores, grades, portas ou em qualquer ponto da via pública;
VII- fazer ponto de veículos de aluguel, exceto em lugares previamente autorizados pelo Executivo Municipal;
VIII- utilizar para fins comerciais e/ou atividades prestadoras de serviços, exceto aqueles licenciados durante o horário de funcionamento;
IX- utilizar como depósito de mercadorias e similares, estacionamentos de veículos automotores, caçambas, máquinas e/ou implementos agrícolas ou de construção civil, carretas, carrocerias para transporte de cargas, container, barcos, jet-ski, trailer; carrinhos para lanches e congêneres.
X- interditar e/ ou a utilizar as vias públicas para a realização de eventos esportivos ou festividades de qualquer natureza, sem a devida autorização do órgão público competente;
XI- realizar pedágio em via pública, mesmo que em caráter filantrópico; 
XII- soltar balões impulsionados por material incandescente;
XIII- fazer fogueiras;
XIV- manuseio e utilização de cerol, linha chilena ou material cortante similar para empinar pipa, papagaio ou assemelhado.
Art. 32. O estacionamento na via pública deverá obedecer à legislação vigente, podendo a Administração Pública Municipal implantar o sistema rotativo para estacionamento de veículos e para transportadores autônomos de cargas na área central da Cidade.
Seção III
Das Obras em Vias e Logradouros Públicos
Art. 33. É proibido quebrar, demolir, remover, abrir ou levantar o nível do calçamento, proceder à escavação ou executar obras de qualquer natureza ou porte, em via ou logradouro público, sem prévia licença do órgão municipal.
Parágrafo único. O infrator será notificado para recompor a via ou logradouro público no prazo máximo de 5 (cinco) dias. 
Art. 34. A execução de obra de qualquer porte ou natureza em via ou logradouro público deve ser autorizada pelo Administração Pública Municipal e obedecerá aos seguintes requisitos:
I- só poderá ser realizada nos dias e horário previamente fixados pelo órgão municipal competente;
II- no caso de valas sobre a calçada, o responsável deverá colocar uma travessia provisória e segurapara garantir o livre trânsito dos pedestres;
III- a obra deve ser sinalizada, conforme dispõe o artigo 43 desta Lei; 
IV- a obra não poderá interferir ou prejudicar as redes e instalações, subterrâneas ou superficiais, relativas à drenagem das águas pluviais, energia elétrica, telefonia, água, esgotamento sanitário e demais componentes ou equipamentos de utilidade pública;
V- atender as determinações e especificações estabelecidas pelo órgão competente municipal.
Seção IV
Da Padronização e Manutenção das Calçadas 
Art. 35. É dever do proprietário ou possuidor do imóvel, edificado ou não, a construção e manutenção das respectivas calçadas nas vias ou logradouros públicos dotados de pavimentação asfáltica ou similar.
Art. 36. A calçada em vias ou logradouros públicos deve ser executada atendendo às seguintes condições:
I- dispor de faixa de serviço permeável, destinada a acomodar postes de iluminação, sinalização de trânsito, árvores, lixeira e outros mobiliários urbanos, cuja largura é de 1,0 m (um metro);
II- dispor de faixa livre destinada exclusivamente à circulação do pedestre, livre de qualquer obstáculo, com largura de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros);
III- a calçada com largura superior a 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) deve dispor de faixa de acesso junto ao imóvel;
 IV- o revestimento da faixa livre deve ser de material antiderrapante, resistente e capaz de garantir uma superfície contínua, sem degrau, ressalto ou depressão;
V- a faixa livre pode ter inclinação transversal de até 3,0 % (três por cento) e permanecer sem obstáculo vertical até a altura de 3,0 m (três metros);
VI- o acesso de veículos aos lotes e seus espaços de circulação e estacionamento deve ser feito de forma a não interferir na faixa livre de circulação de pedestres, sem criar degraus ou desníveis, sendo permitida a existência de rampas nas faixas de serviço e de acesso.
VII- a faixa livre deve ser contínua entre os imóveis lindeiros e respeitar a declividade da guia e a harmonia com as calçadas lindeiras, sendo proibidas adequações longitudinais em rampa com declividade superior a 5% (cinco por cento) ou degraus; 
VIII- pelo menos 50% (cinquenta por cento) das faixas de serviço e de acesso devem ser mantidas permeáveis, sendo a manutenção de responsabilidade do proprietário do lote fronteiriço;
IX- todo imóvel localizado na esquina deve executar rampa na posição correspondente à travessia de pedestres, conforme dimensões estabelecidas pela ABNT e representada nos Anexos II, III e IV desta Lei;
§1º. As faixas de serviço e de acesso podem se adequar às restrições do local em decorrência de obstáculos existentes, tais como árvores e poste de energia ou para adequação às calçadas lindeiras, sempre respeitando a faixa livre mínima de 1,5 m (um metro e cinquenta centímetros).
§2º. É vedada a instalação de obstáculos em toda a extensão da calçada.
§3º. A Administração Municipal poderá delimitar áreas com regras específicas para o dimensionamento e revestimento de calçadas por meio de regulamento próprio.
Art. 37. A calçada em via ou logradouro público deverá ser reconstruída quando estiver em mau estado de conservação, prejudicando ou impedindo a acessibilidade das pessoas, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias após a notificação prévia.
§1°. Em caso de dano à calçada sua restauração deve ser realizada sem defeito construtivo ou estético, abrangendo toda a largura e extensão da intervenção, de forma a atender aos parâmetros legais estabelecidos nesta Lei.
§2°. Durante a construção ou reparação da calçada, o proprietário ou possuidor do imóvel é obrigado a oferecer boas condições de trânsito ao pedestre, efetuando a sinalização que se fizer necessário.
Art. 38. São responsáveis pelas obras ou serviços executados nas calçadas em via ou logradouro público: 
I- o proprietário ou possuidor do imóvel fronteiriço;
II- a concessionária de serviço público, quando provocar danos na calçada em virtude da execução de obra ou serviço de sua concessão;
III- o poder público, em caso de redução do passeio, alteração de seu nivelamento ou qualquer outro dano causado pela execução de pavimentação e outros melhoramentos.
§1º. No caso de reconstituição, conservação ou construção de calçada danificada pelo poder público ou por concessionária de serviço público, o prazo para executar as obras necessárias será de 15 (quinze) dias, a contar da data da conclusão da obra principal.
§2º. Considerar-se-á não executada, a calçada que apresentar vícios ou defeitos em sua construção ou que esteja em desacordo com a padronização estabelecida nesta Lei.
Art. 39. Em via ou logradouro público com pavimentação asfáltica ou similar deverá ser executada a calçada nos padrões estabelecidos por esta Lei, para:
I- recebimento da “Carta de Habite-se”;
II- recebimento do Certificado de Regularização de Edificação ou documento equivalente;
III- solicitação da Licença de Funcionamento.
Seção V
Da Ocupação das Calçadas 
Art. 40. Constatada por meio de vistoria administrativa a usurpação ou a invasão da calçada ou outro logradouro público, em consequência de construções de caráter provisório ou permanente, o infrator é obrigado a demolir a edificação, no prazo máximo de 10 (dez) dias, às suas custas, independente das penalidades aplicadas.
§ 1º. Entende-se por obras ou construções de caráter permanente: edificação em alvenaria ou madeira, muro, guarita, varanda, cobertura com pilar ou outra edificação ou instalação similar.
§ 2º. Entende-se por obras ou construções de caráter provisório: edificação precária realizada com material de pouca durabilidade, cercas, obstáculo fixo ou instalação similar.
§ 3º. Excetua-se desta disposição as marquises e saliências executadas em conformidade com o Código de Obras.
Art. 41. Nas calçadas com mais de 3,0 m (três metros), os estabelecimentos com atividade econômica poderão, a título precário e oneroso, ocupar parte da calçada de frente ao seu imóvel com mercadorias, mesas, cadeiras e congêneres, desde que atendam às seguintes disposições:
I- a instalação deste mobiliário não pode interromper ou dificultar o livre trânsito do pedestre, a entrada de veículos ao imóvel ou prejudicar a visibilidade dos motoristas nas esquinas;
II- ocupe apenas parte do passeio correspondente à testada do estabelecimento interessado, utilizando apenas uma fileira de mesas e cadeiras, rente ao alinhamento predial;
II - deixarem a faixa livre com largura mínima de 2,0 m (dois metros) desobstruída e limpa, sem detrito ou quaisquer objeto que possa impedir o livre trânsito de pedestres;
III- a metragem utilizada para a exposição de mercadoria não poderá ser superior a 1 m (um metro) além do alinhamento predial, sendo permitida apenas na testada do estabelecimento em devido funcionamento, sendo proibida a utilização da testada de outro estabelecimento.
IV- somente poderão ser expostas mercadorias que estejam de acordo com o ramo de atividade do estabelecimento, bem como, estejam previstas no cadastro nacional de atividade econômica
V - comprovar o recolhimento do tributo relativo à cessão do uso do espaço público, proporcional à área a ser ocupada, a ser estabelecida em regulamento próprio.
§ 1º. O responsável pelo estabelecimento deve apresentar a solicitação ao Administração Pública Municipal, acompanhada de croqui indicando a área a ser ocupada, quantidade, localização do mobiliário e a faixa livre destinada ao pedestre.
§ 2º. Constatada a irregularidade a qualquer dispositivo deste artigo fica o estabelecimento sujeito ao cancelamento da permissão e apreensão do mobiliário irregular pela autoridade competente.
§ 3º. Revogada a permissão por infração, a Administração Pública Municipal intimará o permissionário a retirar o mobiliário, no prazo de 24 h (vinte e quatro horas) após a notificação prévia, depois disto serão apreendidos e removidos pela autoridade competente, sem prejuízo da aplicação de outras penalidades cabíveis.
§ 4º. Fica proibida a colocação nestas calçadas de amplificadores, caixas acústicas, alto-falantesou quaisquer aparelhos que produzam som, bem como quiosques, estantes de venda, qualquer publicidade ou outros elementos não autorizados pela Administração Municipal.
Seção VI
Do Rebaixamento da Guia 
Art. 42. O rebaixamento da guia será de até 50% (cinquenta por cento) da testada do imóvel e comprimento nunca superior a 12,0 m (doze metros), podendo se fracionado, respeitando a distância mínima de 5,0 m (cinco metros) entre eles; 
§ 1º. Constatada a violação deste artigo, o proprietário do imóvel fronteiriço deverá restaurar a guia, sem prejuízo das demais penalidades cabíveis.
§ 2º. A regularização da guia deve ser estabelecida em até 15 (quinze) dias após a notificação prévia.
Seção VII
Da Ocupação das Vias ou Logradouros Públicos 
Subseção I 
Dos Andaimes e Tapumes
Art. 43. Toda obra, inclusive demolição, quando feita no alinhamento da via ou logradouro público, é obrigada a utilizar andaime e tapume provisório, que obedecerá às disposições e especificações fixadas no Código de Obras do Município ou regulamentos pertinentes.
Subseção II
Das Caçambas de Coleta de Resíduos e Congêneres
Art. 44. A caçamba é um mobiliário urbano destinado à coleta de resíduos proveniente de construção, reforma ou demolição de qualquer natureza, limpeza nas vias ou podas de vegetação de permanência temporária no logradouro público, cuja padronização deve atender às seguintes características:
I- capacidade máxima de 5,00 m ³ (cinco metros cúbicos) com medidas de, no máximo, 2,60 (dois metros e sessenta centímetros) de comprimento e 1,70 (um metro e setenta centímetros) largura e 1,45 (um metro e quarenta e cinco centímetros) de altura;
II- cor amarela;
III- nenhuma propaganda será permitida na caçamba, exceto a logomarca e nome da empresa e telefones para contato;
IV- ter tarjas com elementos reflexivos para visão noturna em todos os lados e em todas as arestas, de forma que o transeunte perceba os limites e as dimensões da caçamba.
V- ter identificação pelo número de sequência.
Art. 45. O local para a colocação da caçamba em logradouro público poderá ser:
I - na via pública, ao longo do alinhamento da guia, no sentido longitudinal;
II - na calçada, desde que mantenha a faixa livre mínima de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) de largura destinada ao pedestre.
Parágrafo único. É vedada a utilização do logradouro público para a guarda de caçambas.
Art. 46. A colocação de caçambas em vias e logradouros públicos será permitida em local onde realizem obras, desde que sejam obedecidas as seguintes condições:
I- ao longo da guia (meio-fio), em sentido longitudinal, sobre a pista de rolamento de veículos, ocupando o espaço de 1 (um) veículo;
II- nos passeios (calçadas), deixando a faixa livre de 1,50 metros (um metro e cinquenta centímetros) para o trânsito livre de pedestres, quando autorizados pelo Executivo Municipal;
III- esteja a mais de 5,0 m (cinco metros) da esquina, contado a partir do cruzamento dos alinhamentos prediais;
a mais de 30,0 cm (trinta centímetros) de distância da guia, quando colocada na via;
III - no acesso à garagem ou em local proibido para estacionar ou parar;
IV- esteja a mais de 10,0 m (dez metros) de local para embarque e desembarque de passageiros do transporte coletivo;
V- não esteja de frente a abrigos para transporte individual de passageiros (táxi ou mototáxi);
VI- não obstrua a área de carga e descarga, exceto da construção que se destina;
VII- não esteja de frente a hidrante, sobre registro de água ou tampa de inspeção de água pluvial ou outro sistema público;
IX- não esteja sobre a faixa de pedestre, ciclovia, ciclo faixa, canteiro central, pontes e viadutos;
Art. 47. Na operação de colocação ou retirada de caçamba do logradouro público deve ser observada a legislação referente à limpeza urbana, ao meio ambiente e à segurança no trânsito, além dos seguintes requisitos:
I - formação de grupos de até 2 (duas) caçambas, desde que respeitado o espaçamento mínimo de 10,0 m (dez metros) entre os grupos;
II - o tempo de permanência máxima por caçamba em um mesmo local de 7 (sete) dias;
III - limitação do horário para carga e descarga da localidade onde a caçamba está colocada, quando for o caso;
IV- sinalização com, no mínimo, 2 (dois) cones refletores;
Parágrafo único. O responsável pela obra fica responsável pela limpeza do local após sua retirada.
Art. 48. As empresas de locação de caçambas sujeitam-se à prévia licença e fiscalização da Administração Pública Municipal e devem atender às seguintes condições:
I- os veículos destinados ao transporte das caçambas serão cadastrados, vistoriados e licenciados pela Administração Pública Municipal, anualmente.
II- a empresa da locação de caçamba deve ter licença ambiental para transporte e destinação final dos resíduos sólidos, nos termos da legislação ambiental vigente. 
III- os resíduos coletados deverão ter o seu destino final previamente autorizado e licenciado, nos termos da legislação ambiental vigente.
Art. 49. A Administração Pública Municipal poderá determinar a retirada de caçambas, mesmo nos locais autorizados nesta Lei, em virtude de alguma excepcionalidade.
Subseção III
Da Instalação de Bancas e Barracas no Logradouro Público
Art. 50. É proibida a localização de barracas em vias e logradouros públicos, exceto nos seguintes casos:
I- barracas em feiras-livres instaladas em local, data e horário fixado pela Administração Pública Municipal e segundo as prescrições especiais desta Lei e respectivo regulamento, se for o caso;
II- as barracas autorizadas pela Administração Pública Municipal para funcionar durante as festas de caráter público ou religioso;
III- as bancas e quiosques para venda de jornais, revistas, flores e artigos de jardinagem;
Parágrafo único. As barracas, cujas instalações e funcionamentos sejam permitidos mediante licença do órgão municipal, obedecerão aos seguintes requisitos:
I- o funcionamento será sempre a título precário, podendo o Executivo Municipal, a qualquer tempo, cancelar a licença e determinar a sua remoção;
II- apresentar em bom aspecto estético e obedecer às especificações técnicas estabelecidas pela Administração Pública Municipal;
III- não prejudicar o acesso dos veículos das edificações vizinhas à via pública;
IV- não prejudicar a segurança do pedestre, quando localizada na calçada.
Seção VIII
Dos Eventos Ocasionais nos Logradouros Públicos e 
Áreas Particulares de Livre Acesso ao Público
Art. 51. Para a promoção de eventos nos logradouros públicos ou em áreas particulares com livre acesso ao público, com ou sem venda de ingresso, será obrigatória a licença prévia da Administração Pública Municipal, observadas as seguintes disposições:
I- seja aprovada a sua dimensão e localização, por meio de autorização; 
II- não comprometa a fluidez do trânsito;
III- não perturbe o sossego público;
IV- não prejudique a calçada, pavimentação, vegetação ou escoamento das águas pluviais, correndo por conta dos responsáveis pelo evento os estragos verificados;
V- instalem iluminação elétrica, na hipótese de utilização noturna;
VI- cumpram as normas de segurança a cargo dos responsáveis pelo evento;
§ 1º. Para a realização de eventos cívicos, religiosos, políticos, populares a Administração Pública Municipal poderá autoriar a instalação provisória em logradouro público de arquibancada, palco, coreto, barraca e similares.
§ 2º. A autorização do órgão municipal competente deve ser solicitada, por meio de requerimento, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, para que se efetuem as modificações cabíveis no trânsito e divulgação das mesmas, quando for o caso.
§ 3º. A Administração Municipal só liberará a autorização de instalação dessas estruturas, mediante a apresentação de laudo técnico assinado por profissional habilitado e autorização do Corpo de Bombeiros.
§ 4º. Após o encerramento, o responsável pelo evento deverá remover a estrutura, realizar a limpeza do local e dar adequada destinação dos resíduos produzidos, no prazo máximo de 12 (doze) horas, às suas custas.
§ 5º. Excetuam-se das prescriçõesdo caput deste artigo os eventos de qualquer natureza, sem convites ou entradas pagas, realizadas por clubes, entidades profissionais, beneficentes, órgãos públicos ou empresas em sua sede, assim como em residência.
 Art. 52. Para atender situações de especial peculiaridade, a Administração Pública Municipal poderá interditar provisoriamente vias e outros logradouros públicos, zelando para que se atenuem os inconvenientes para a comunidade usuária.
Seção IX
Dos Circos e Parques de Diversão em Logradouros Públicos
Art. 53. Dependem de prévia licença da Administração Pública Municipal, mediante requerimento do interessado, a localização e o funcionamento de:
I - circos, teatros de arena, parques de diversões e similares; 
II - pavilhões e feiras;
III- brinquedos infláveis, montáveis, desmontáveis e similares, quando de grande porte e/ou para fins de exploração comercial.
IV- quaisquer outros espetáculos de divertimento público de funcionamento provisório.
Art.54. A licença para localização, em caráter precário, por prazo de até 60 (sessenta) dias, prorrogável por igual período, somente será concedida se atendidas às seguintes exigências:
I- não existir, num raio de 500,00m (mil metros), asilos e hospitais com internação;
II- receber aprovação expressa do órgão municipal responsável pelo trânsito e mobilidade urbana;
III- atender à proteção do meio ambiente, dos equipamentos, das instalações urbanas e outras exigências que se julgarem necessárias;
IV- possuir autorização do Corpo de Bombeiros;
V- comprometer-se formalmente, mediante termo de compromisso, a promover a limpeza total do terreno ocupado e de suas imediações, compreendendo a remoção dos resíduos sólidos, entulhos, detritos, assim como a demolição e/ou aterramento de quaisquer instalações, inclusive as sanitárias, podendo ser exigido caução, como garantia da execução desses serviços.
§ 1º. A renovação da licença para funcionamento somente será permitida mediante nova vistoria, desde que atendidas, ainda, às seguintes exigências:
I- apresentação da autorização expedida pelo Corpo de Bombeiros;
II- observância das condições gerais de higiene, comodidade, conforto e segurança, previamente constatadas pelo órgão da Administração Pública Municipal;
III- preservação continuada da limpeza, da higiene, da segurança e do sossego público.
§ 2°. A modificação da situação de fato, mediante o desatendimento de qualquer dessas exigências, importará na imediata cassação da licença concedida.
Art. 55. As instalações de parques de diversões não poderão ser alteradas ou acrescidas de novos mecanismos ou aparelhos sem a prévia autorização do órgão próprio da Administração Pública Municipal.
Parágrafo único: Os mecanismos ou aparelhos referidos neste artigo só poderão iniciar seu funcionamento após serem vistoriados.
Seção X
Das Infrações e Penalidades
Art. 56. Sempre que se verificar a infração a qualquer dispositivo deste Capítulo, sem prejuízo das sanções civil ou penal cabíveis, serão aplicadas as seguintes penalidades, cumulativamente ou não:
I- Notificação Prévia por escrito;
II- Multa simples ou diária;
III- Apreensão de equipamentos e perdimento;
IV- Embargo da obra;
V- Interdição parcial ou total do estabelecimento ou atividades;
VI- Cassação do alvará de licenciamento do estabelecimento;
VII- Perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Município;
VIII- Demolição da edificação.
Art. 57. Para efeito de aplicação das penalidades, as infrações aos dispositivos deste Capítulo serão classificadas como leves, graves ou gravíssimas, nas seguintes condições:
I- Leves para as infrações aos artigos 28 a 31 e 43 a 48 desta Lei;
II- Graves para as infrações aos artigos 33 a 39 e 42 desta Lei;
III- Gravíssimas para as infrações aos artigos 40 e 41 e 50 a 55 desta Lei.
Parágrafo único. Considerar-se-á infração gravíssima a existência de duas ou mais infrações ou a reincidência.
Art. 58. A não observância dos preceitos constantes neste Capítulo sujeita o infrator à multa de:
I- 100 (cem) UFIMs, no caso de infrações Leves;
II- 200 (duzentos) UFIMs, no caso de infrações Graves.
III- 500 (quinhentas) UFIMs, no caso de infrações Gravíssimas.
TÍTULO III
DO BEM-ESTAR COLETIVO E ORDENAÇÃO DA PAISAGEM URBANA 
CAPÍTULO I
DOS CONCEITOS
Art. 59. Para fins de aplicação desta Lei, considera-se:
I- paisagem urbana: o espaço aéreo e a superfície externa de qualquer elemento natural ou construído, tais como água, fauna, flora, construções, edifícios, anteparos, superfícies aparentes de equipamentos de infraestrutura, de segurança e de veículos automotores, anúncios de qualquer natureza, elementos de sinalização urbana, equipamentos de informação e comodidade pública, visíveis por qualquer observador situado em logradouro público;
II- comunicação visual: ações de divulgação e veiculação de anúncio na paisagem urbana do Município visível de logradouros públicos, em movimento ou não, bem como de locais de acesso público.
III- anúncio: qualquer veículo de divulgação com comunicação visual presente na paisagem visível do logradouro público, composto de área de exposição e estrutura e divide-se em:
a) anúncio indicativo: aquele que visa apenas identificar, no próprio local da atividade, o nome e logotipo da empresa, entidade ou profissional que dele faz uso; 
b) anúncio publicitário: aquele destinado a fornecer informação ao consumidor para aquisição de bens ou serviços, fixado em muro, tapume, fachada, outdoor, painel eletrônico, painel luminoso ou não, letreiro ou apresentados na forma de faixa, banner e outros. 
c) anúncio especial: aquele que possui características específicas com finalidade cultural, política, educativa, imobiliária ou de cooperação entre o Poder Público e a iniciativa privada;
Parágrafo único. Os anúncios especiais terão regulamentado próprio, se for o caso.
Art. 60. Constituem diretrizes a serem observadas na colocação dos elementos que compõem a paisagem urbana:
I- o livre acesso de pessoas e bens à infraestrutura urbana;
II- a priorização da sinalização de interesse público, com vistas a não confundir motoristas na condução de veículos e garantir a locomoção de pedestres de forma livre e segura;
III- o combate à degradação ambiental;
IV- a proteção, preservação e recuperação do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico, de consagração popular, bem como do meio ambiente natural ou construído da cidade;
V- a compatibilização das modalidades de anúncios com os locais onde possam ser veiculados, nos termos desta Lei;
CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 61. A exploração dos meios de publicidade depende da concessão do respectivo alvará, emitido pelo órgão municipal competente, sujeitando-se o interessado ao pagamento de taxa respectiva.
§ 1º. Consideram-se meios de exploração de publicidade, em vias e logradouros públicos, quaisquer equipamentos de comunicação visual ou sonoro que transmitam anúncios ao público, mesmo que em área privada.
§ 2º. Ficam excluídos da exigência deste artigo os anúncios especiais, constantes no inciso I e II do artigo 89 67 desta Lei. FINALIDADE EDUCATIVA E CULTURAL
Art. 62. Todo engenho publicitário deverá observar às seguintes normas:
I- a estrutura deve oferecer condições de segurança ao público, atendendo às normas técnicas pertinentes à segurança e estabilidade de seus elementos;
II- ser mantido em bom estado de conservação quanto a estabilidade, resistência dos materiais e aspecto visual;
III- atender as normas técnicas pertinentes à segurança e estabilidade de seus elementos;
IV- atender a distância das redes de distribuição de energia elétrica conforme a NBR;
V- não prejudicar a visibilidade de sinalização de trânsito, turística ou para orientação institucional, a numeração imobiliária e a denominação dos logradouros públicos;
VI- não provocar reflexo, brilho ou intensidade de luz que possa ocasionar ofuscamento, prejudicar a visão dos motoristas, interferir na operação ou sinalização de trânsito ou ainda, causar insegurança no trânsito de veículos e pedestres;
VII- nãoprejudicar a visualização de bens de valor histórico-cultural;
VIII- não prejudicar a arborização nos logradouros públicos; 
Art. 63. Não será permitida a instalação de engenho publicitário:
I- no leito de rios e cursos d`água, reservatórios, lagos e represas devendo ser obedecida uma distância mínima de 100,0 (cem) metros de suas margens;
II- que avance sobre qualquer logradouro público.
III- nos postes de iluminação pública ou de rede de telefonia, inclusive cabines e telefones públicos;
IV- nas torres ou postes de transmissão de energia elétrica;
V- nas faixas ou placas acopladas à sinalização de trânsito;
VI- nas árvores nos logradouros públicos.
VII- no canteiro central de avenidas, praças e outros logradouros públicos, salvo os anúncios de cooperação entre o Poder Público e a iniciativa privada;
VIII- em obras públicas de arte, tais como pontes, passarelas, viadutos e túneis, ainda que de domínio estadual e federal;
Parágrafo único. Os engenhos publicitários fixados em árvores terão multa majorada em dobro, sem prejuízo de demais sanções por dano e crime ambiental.
CAPÍTULO III
DA ORDENAÇÃO DA PAISAGEM URBANA
Art. 64. Para efeitos desta Lei, considera-se a utilização da paisagem urbana, todos os anúncios, desde que visíveis do logradouro público, instalados em:
I - imóvel particular, edificado ou não;
II - imóvel de domínio público, edificado ou não;
III - veículos automotores e motocicletas;
IV - bicicletas e similares;
V - "trailers" ou carretas engatadas ou desengatadas de veículos automotores;
VI- mobiliário urbano;
VII - aeronaves em geral e sistemas aéreos de qualquer tipo.
Seção I
Do Anúncio Indicativo 
Art. 65. Nos imóveis edificados, públicos ou privados, somente serão permitidos anúncios indicativos das atividades neles exercidas que possuam os devidos alvarás de funcionamento e atendam às seguintes disposições:
I- a fixação de anúncio indicativo relativo à atividade econômica estabelecida no local depende de licença prévia do órgão competente da Administração Municipal, mediante requerimento do interessado.
II- o anúncio indicativo poderá ser fixado diretamente na fachada do estabelecimento ou quando houver recuo até a testada do imóvel, poderá dispor de aparato de sustentação, até o alinhamento predial. 
III- não é permitido fixar suportes e estruturas de sustentação do anúncio indicativo fora do respectivo lote.
Seção II
Do Anúncio Publicitário 
Art. 66. Fica proibido a fixação de anúncio publicitário nos imóveis públicos e privados, no quadrilátero central compreendido entre as avenidas .................(A DEFINIR)........................ e nos canteiros públicos centrais.
Parágrafo único. Nas demais localidades, os anúncios publicitários, quando instalados sobre o solo, deverão ter as seguintes características:
I- possuir estrutura de sustentação, moldura e eventuais anteparos em condições de segurança;
II- a moldura deverá dispor de espaço para identificação da empresa de publicidade responsável e indicação do número do alvará;
IV- possuir altura máxima de 15,0 (quinze) metros, incluindo o suporte de sustentação e a moldura;
V- os engenhos deverão manter proporcionalidade de suas dimensões, sendo admitido que a extensão da maior dimensão seja, no máximo, 3,0 (três) vezes a extensão da menor dimensão; 
V - a área total do engenho não poderá exceder a 27,0m² (vinte e sete metros quadrados); 
VI - entre os engenhos publicitários deverá ser obedecida uma distância de 300,0m (trezentos metros) na mesma via pública;
VII - cada engenho deverá manter a distância mínima de 50,0cm (cinquenta centímetros) da testada e das divisas laterais do lote e poderá ser instalado de acordo com o melhor ângulo de visão escolhido pelo proprietário do engenho. 
VIII- nos imóveis com testada de até 12,0m (doze metros), públicos ou privados, não edificados, será admitida a instalação de 1 (um) engenho publicitário.
§ 1º. A montagem e instalação do painel deverão ser efetuadas mediante supervisão técnica do respectivo conselho de classe do profissional habilitado de engenharia ou arquitetura e urbanismo.
§ 2º. Para renovação do alvará de publicidade deverá ser apresentado laudo técnico, atestando as condições de estabilidade de segurança da estrutura do painel.
§ 3º. A fixação de anúncio publicitário depende de licença prévia do órgão competente da Administração Municipal, mediante requerimento do interessado;
Seção III
Do Anúncio Especial
Art. 67. Para efeitos desta Lei os anúncios especiais são classificados em:
I - de finalidade cultural: quando for integrante de programa cultural, de plano de embelezamento da cidade ou alusivo a data de valor histórico;
II - de finalidade educativa, institucional, informativa, de orientação social, religiosa, ideológica, turística ou ambiental;
III - de finalidade eleitoral: quando destinado à propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos, na forma prevista na legislação eleitoral;
§ 1º. Nos anúncios de finalidade cultural e educativa, o espaço reservado para o patrocinador será autorizado pelo órgão municipal competente.
§ 2º. Os anúncios referentes à propaganda eleitoral serão regidos pela legislação eleitoral.
CAPÍTULO IV
DO LICENCIAMENTO DO ANÚNCIO
Art. 68. No momento em que solicitar o alvará anual, o proprietário do engenho apresentará ao Município o comprovante de titularidade, contrato de locação ou declaração assinada com firma reconhecida do proprietário do imóvel em que será instalado o engenho da publicidade.
Art. 69. A licença incide sobre o engenho publicitário ou serviço de veiculação e não sobre a mensagem que poderá ser substituída a qualquer momento, a critério do anunciante, sem que para isso tenha que ser feito novo requerimento.
Art. 70. Os anúncios publicitários e indicativos somente poderão ser instalados após a devida emissão do alvará, desde que atendam às seguintes condições:
I- para requerer o alvará que trata o caput deste artigo, a empresa do ramo publicitário deverá possuir CNPJ, o CNAE para propaganda em outdoor, devidamente cadastrada na Administração Pública Municipal.
II- a empresa do ramo publicitário que não possuir o CNAE para propaganda em outdoor deverá apresentar atestado de capacidade técnica, de modo a comprovar a aptidão para desempenho da atividade em engenho.
III- quando tratar-se de anúncio indicativo, o proprietário ou responsável pelo estabelecimento licenciado poderá requerer a licença que trata o caput deste artigo, ficando dispensado das obrigações contidas nos incisos anteriores deste artigo.
Parágrafo único. Os pedidos de alvará para os anúncios deverão mencionar a indicação dos locais em que serão colocados ou distribuídos e suas dimensões.
Art. 71. O alvará para a estrutura de fixação do anúncio publicitário será automaticamente extinta nos seguintes casos:
I- por solicitação do interessado;
II- se forem alteradas as características, dimensão ou estrutura de sustentação do anúncio, sem prévia autorização do poder público;
III- quando ocorrer mudança de local da estrutura de fixação do anúncio;
IV- se forem modificadas as características do imóvel;
V- por infringência a qualquer das disposições desta Lei ou suas regulamentações, caso não sejam sanadas as irregularidades dentro dos prazos previstos;
VI- pelo não atendimento a eventuais exigências dos órgãos competentes.
Art. 72. Os responsáveis pela estrutura de fixação do anúncio deverão manter o número do alvará na própria estrutura de forma legível e visível do logradouro público, sob pena das sanções estabelecidas nesta Lei.
Parágrafo único. Os responsáveis pelo anúncio deverão manter à disposição da fiscalização a documentação comprobatória da regularidade junto ao órgão municipal e do pagamento da respectiva taxa.
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 73. Considera-se infração a este Capítulo instalar ou veicular anúncios:
I- sem o respectivo alvará;
II- com dimensões diferentes das aprovadas;
III- fora do prazo constante no alvará;
IV- sem constar de forma legível e visível do logradouro público, o número do alvará na estruturade fixação do anúncio;
V- em mau estado de conservação;
VI- não atender à intimação do órgão competente para a regularização ou a remoção da estrutura de fixação do anúncio, quando o engenho estiver em desacordo com os dispostos desta Lei e de seus regulamentos.
Art. 74. Sempre que se verificar a infração a qualquer dispositivo deste Capítulo, sem prejuízo das sanções civil ou penal cabíveis, serão aplicadas as seguintes penalidades, cumulativamente ou não:
I- notificação prévia por escrito;
II- multa;
III- cancelamento imediato do respectivo alvará, concedido para instalação da estrutura de fixação;
IV- remoção da estrutura de fixação do anúncio.
Parágrafo único. Na notificação prévia, sem prejuízo das demais penalidades cabíveis, os responsáveis serão intimados a regularizar a situação do anúncio ou a removê-lo, quando for o caso, no prazo de até 5 (cinco) dias ou imediatamente, quando a estrutura do anúncio apresentar risco iminente.
Art. 75.  As multas serão aplicadas da seguinte forma:
I- primeira multa, no valor de 200 (duzentas) UFIMs, por não atender aos dispositivos desta Lei;
II - persistindo a infração, após a aplicação da primeira multa, nas circunstâncias agravantes previstas no artigo 22 desta Lei será aplicada multa equivalente ao dobro da primeira e reaplicada a cada 15 (quinze) dias, a partir da lavratura da primeira, até a efetiva regularização ou a remoção da estrutura de fixação do anúncio, sem prejuízo do ressarcimento a terceiros, se for o caso.
Parágrafo único. No caso do anúncio apresentar risco iminente, a segunda multa e as subsequentes ocorrerão a cada 24 (vinte e quatro) horas, a partir da lavratura da multa anterior até a efetiva remoção da estrutura de fixação do anúncio.
(OBSERVAÇÃO: ATUALMENTE A PRIMEIRA MULTA É DE 400 UFIM)
Art. 76. Para efeitos desta Lei, são responsáveis pelo anúncio a empresa de publicidade e o profissional pela execução do serviço aspectos técnicos e de segurança de instalação do anúncio e sua remoção e, subsidiariamente, o proprietário ou possuidor do imóvel, onde o anúncio estiver instalado.
Parágrafo único. Em caso de descumprimento do disposto no artigo será também responsável solidário o anunciante.
TÍTULO IV
DAS OBRIGAÇÕES DO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL
CAPÍTULO I
DA LIMPEZA DO IMÓVEL
Art. 77. O proprietário do imóvel situado em área urbana, edificado ou não deverá mantê-lo limpo, sem entulho, preferencialmente gramado, capinado e livre de foco de insalubridade, sendo vedada a queima de resíduos e vegetação.
Parágrafo único. A Administração Pública Municipal poderá, em legislação específica, instituir benefícios fiscais para incentivar o proprietário do imóvel a mantê-lo gramado.
CAPÍTULO II
DO CERCAMENTO DO IMÓVEL 
Art. 78. O proprietário do imóvel, edificado ou não, deve promover o cercamento do imóvel junto às divisas com altura mínima de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros).
§ 1º. Considera-se cercamento do imóvel qualquer elemento físico que promova seu isolamento, tais como: muro, alambrado, gradil, cerca viva ou similar.
§ 2º. O cercamento de lotes na esquina deve mante um afastamento a 2,0m (dois metros) de distância do ponto de encontro dos alinhamentos prediais formando um chanfro de modo a aumentar a visibilidade do trânsito.
§ 3º. A Administração Pública Municipal, por meio do órgão competente, poderá dispensar o fechamento do imóvel, em terrenos com Alvará de Construção em vigor, desde que o início das obras ocorra em até 60 (sessenta) dias, a partir da notificação.
§ 4º. O prazo previsto no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual período, a critério da Administração Municipal, mediante pedido do proprietário devidamente justificado.
§ 5º. Nos loteamentos recém-implantados, será exigido o cercamento dos respectivos lotes após 4 (quatro) anos da sua aprovação ou início das obras de infraestrutura.
CAPÍTULO III
DA CONSTRUÇÃO, MANUTENÇÃO E LIMPEZA DA CALÇADA
Art. 79. O proprietário do imóvel, edificado ou não, situado em área urbana com frente para via ou logradouro público com pavimentação ou guia e sarjeta, é obrigado a executar, manter e conservar a calçada lindeira em perfeita condição de uso, em conformidade com o padrão estabelecido no artigo 36 desta Lei.
Art. 80. A limpeza e manutenção da calçada, pavimentada ou não, deve ser efetuada sem prejuízo ao transeunte, devendo ser observado:
I - a varrição da calçada deverá ser realizada em horário de pouco trânsito e de forma a não molestar o pedestre;
II - na varrição da calçada, o detrito não pode ser amontoado na via pública devendo ser recolhido e acondicionado em recipiente apropriado, ficando proibido o seu lançamento em bueiro e galeria de água pluvial;
III - o detrito proveniente da poda ou capina da vegetação deve ser recolhido e acondicionado em recipiente apropriado;
CAPÍTULO IV
DA NUMERAÇÃO DO IMÓVEL 
Art. 81. É obrigatória a colocação de placa com a numeração oficial definida pela Administração Municipal em imóvel edificado, público ou privado, a expensas do proprietário do imóvel, devendo ser observado:
I- em imóvel sem edificação, a numeração deverá ser providenciada por ocasião do licenciamento para construção.
II- serão fornecidos tantos números por lote quantas forem as unidades imobiliárias que tiverem acesso direto à via pública.
III- o Certificado de Numeração será fornecido pela Administração Municipal, desde que solicitado pelo proprietário do imóvel, por meio de procedimento administrativo;
IV- a fixação da numeração deve ser visível na fachada da edificação, cerca ou muro do imóvel. 
CAPÍTULO V
DA ARBORIZAÇÃO URBANA
Art. 82. É vedada a fixação de faixas, placas, cartazes, holofotes, lâmpadas, equipamentos, bem como qualquer tipo de pintura na arborização pública.
Art. 83. O proprietário do imóvel edificado, situado em área urbana dotada de pavimentação ou guia e sarjeta, é obrigado a plantar na calçada lindeira uma árvore a cada 10,0m (dez metros) de testada do seu imóvel, atendendo aos seguintes requisitos: 
I- o plantio deve ser realizado na faixa de serviço, conforme a padronização de calçada estabelecida nesta Lei. 
II- nas calçadas existentes, o plantio da árvore deve ser realizado em área permeável mínima de 60,0cm x 60,0cm (sessenta centímetros por sessenta centímetros);
III- nas calçadas com largura igual ou inferior a 2,0m (dois metros) não devem ser plantadas árvores;
IV - nas calçadas com largura entre 2,0m (dois metros) e 4,0m (quatro metros) de largura devem ser plantadas árvores de pequeno porte;
V - sob a rede de energia elétrica só deverão ser plantadas árvores de pequeno porte, independente da largura da calçada; 
VI - nas calçadas com largura maior ou igual a 4,0m (quatro metros) e que não esteja sob a rede de energia elétrica podem ser plantadas árvores de médio porte;
VII - somente nas praças e parques podem ser plantadas árvores de grande porte;
VIII - é vedado o plantio de árvore a menos de 5,0m (cinco metros) de distância da esquina, contado do encontro dos alinhamentos prediais;
IX - A expedição do “Habite-se” ou Certidão de Regularização da edificação ficará condicionada a comprovação do plantio da árvore no logradouro público.
Parágrafo único. A Administração Municipal, por meio do órgão competente, deve indicar as espécies adequadas para a arborização urbana.
Art. 84. É permitida ao proprietário ou possuidor do imóvel a poda das árvores do logradouro público de frente ao respectivo lote, nas condições estabelecidas pela Lei nº 3.626, de 17 de dezembro de 2019, que Dispõe sobre a Política do Meio Ambiente de Três Lagoas/MS.
Art. 85. O corte de árvores em logradouros públicos pode ser permitido pela Administração Pública Municipal, nas condições estabelecidas pela Lei nº 3.626, de 17 de dezembro de 2019, que Dispõe sobre a Política do Meio Ambiente de Três Lagoas/MS.
Parágrafo único. Havendo necessidade de supressão de árvore do interior do imóvel ou no logradouro público, o proprietário ou possuidor do lote deverá requerer a autorização do órgão ambiental do município nas condições estabelecidas

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