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Aula 1 AS TÉCNICAS DA PETIÇÃO INICIAL

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Aula 1– AS TÉCNICAS DA PETIÇÃO INICIAL
Objetivo:
Aprender as técnicas de petição inicial, seus requisitos necessários, observando seus fatos e funda-
mentos jurídicos, até chegarmos ao fechamento com os requerimentos e pedidos finais.
Prazos na Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil)
Os prazos no processo civil são contados apenas nos dias úteis, excluindo o dia do começo (dia útil
seguinte ao dia da publicação, considerada esta como o dia útil seguinte à disponibilização no Diá-
rio da Justiça) e incluindo o dia do vencimento (Novo CPC, arts. 219 e 224). As regras de contagem
de prazos estão dispostas nos arts. 218 a 235 do CPC.
Após a análise do fluxograma e dos prazos processuais referentes ao procedimento comum, passa-
remos a estudar as técnicas da petição inicial.
Como sabemos, a petição inicial é o ato do autor pelo qual ele provoca o exercício da jurisdição e
traduz em juízo a sua pretensão resistida, requerendo a tutela jurisdicional (sentença) e a submis-
são do réu à decisão que eventualmente acolher seu pedido. A partir da petição inicial temos a
inauguração do processo, com o estabelecimento da relação jurídica processual entre o autor e o
juiz, determinando o direito de resposta ao pedido formulado, mesmo que seja para indeferi-lo
por ausência de um ou mais requisitos formais essenciais (art. 319, CPC).
Vejamos o esquema abaixo:
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/77361/
Singular ou colegiado
Justiça Federal: seção judiciária; juiz federal
Estadual: Comarca; juiz de direito
Os requisitos são os seguintes: o juízo a que é dirigida (endereçamento); os nomes, os prenomes,
o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pes-
soas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a resi-
dência do autor e do réu; o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; o pedido com as suas espe-
cificações;o valor da causa; as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos
alegados; a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Parte I – O JUÍZO A QUE É DIRIGIDA (ENDEREÇAMENTO)
O endereçamento é a indicação do órgão judiciário que analisará a petição inicial, ou seja, o juiz ou tribunal.
É aqui que o autor estabelece a competência, seja ela do juízo monocrático, seja da competência originária
do Tribunal.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____VARA CÍVEL DA COMARCA DE TERE-
SINA (PI)
OU, EM CASOS DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DA CO-
MARCA DE TERESINA (PI)
De forma geral, a distribuição deve ser livre, mas há casos em que se dá por dependência em razão
dos fenômenos da conexão e continência, que são, como se sabe, causas modificadoras da compe-
tência relativa - ver CPC, art. 286.
Parte II – A QUALIFICAÇÃO
A qualificação das partes é um elemento fundamental na elaboração da petição inicial, principal-
mente no que se refere à identificação e localização das mesmas. Não há uma normatização pro-
cessual mais aprofundada sobre o assunto, limitando-se o CPC, no Art. 319, II, a exigir "os nomes,
os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no
Cadastro de Pessoa Física ou no Nacional das Pessoas Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e
a residência do autor e do réu".
Objetivo?
Evitar processamento de pessoas incertas
nalisar se é caso de incidência de normas específicas
E se autor não tiver todos os dados?
Esboço de identificação
Especificar em inicial
FULANO (nome completo, estado civil, profissão, documentos pessoais, endereços), vem à pre-
sença de Vossa Excelência, por intermédio de seus Procuradores (mandato anexo), propor a pre-
sente
AÇÃO DE CONHECIMENTO
em face de BELTRANO ( nome completo, estado civil, profissão, documentos pessoais, endereços
), o que faz pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
Parte III – A CAUSA DE PEDIR (FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS DE PEDIR)
A petição inicial é o instrumento da demanda, isto é, a sua forma. Sendo assim, a lei determina for-
mas para seu exercício. A petição inicial, com os requisitos do art. 319 do CPC, é o instrumento for-
mal da demanda.
Temos, portanto, um esquema fundamental: o fato previsto, em que a lei prevê abstratamente de-
terminados fatos e preceitos que devem ser aplicados; de outro, o fato concreto, que uma vez ten-
do ocorrido, faz incidir aquele dispositivo legal e, consequentemente, seu respectivo preceito.
Causa de pedir: “fato ou conjunto de fatos jurídicos e a relação jurídica, efeito daquele fato jurídi-
co, trazidos pelo demandante com fundamento do seu pedido” Didier, 2020, pág. 680.
Remota “que é a descrição dos fatos que geram a lide”
Próxima “que é o próprio direito, ou seja, a repercussão jurídica criada pelo fato”
Fundamento Jurídico x Fundamentação Legal
“Por fundamento legal entende-se a indicação do artigo da lei no qual se fundamenta a decisão;
esse fundamento legal é dispensável e não vincula o autor ou o juiz, não fazendo parte da causa de
pedir. Fundamento jurídico é o liame jurídico entre os fatos e o pedido, ou seja, é a explicação à luz
do ordenamento jurídico do porquê o autor merece o que está pedindo diante dos fatos que nar-
rou”. Neves, 2020, pág. 155
Observemos o exemplo do art. 936 do Código Civil:
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa
da vítima ou força maior.
FATO PREVISTO: danos causados por animal.
PRECEITO: o dono do animal tem o dever de indenizar aquele que sofrer danos se não provar cul-
pa da vítima ou força maior.
FATO CONCRETO: alguém que venha realmente a sofrer danos em razão do animal.
BEM DA VIDA: ser indenizado pelo dono ou detentor do animal.
O autor deve narrar na petição inicial os fatos constitutivos do seu direito, que são aqueles que
dão vida a uma vontade concreta da lei e à expectativa de um bem por parte de alguém, conforme
ensina MARINONI.
Quanto aos fundamentos jurídicos, estes seriam a demonstração de que os fatos narrados se en-
quadram em certa situação jurídica, capaz de gerar o efeito (bem da vida) pretendido pelo Autor.
Importante destacar que não se faznecessário a indicação do dispositivo de lei (o que seria a fun-
damentação legal),mas sim o ajustamento do fato em uma determinada situação jurídica.
Como exemplo, vejamos a narrativa dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido baseada no cita-
do art. 936 do Código Civil:
DOS FATOS
01 . Caminhava o Autor, no dia 04 de abril de 2021, pela calçada da Av. Jockey Clube, na altura do
nº 425, nesta cidade, quando foi surpreendido pelo ataque de um cachorro da raça pitbull.
02. O citado animal atacou o Autor com uma mordida em sua perna direita, causando-lhe ferimen-
tos graves, estando ainda em tratamento médico. O animal somente parou o ataque quando seu
dono saiu de dentro da residência com a focinheira.
03. Os danos provocados pelo animal podem ser devidamente comprovados pelos laudos médicos
anexos, sendo que o Autor se submeteu a intervenção cirúrgica para reconstituição da área afeta-
da e continua em tratamento medicamentoso e fisioterápico até o presente momento.
04. Necessário ressaltar que os prejuízos materiais foram e continuam sendo de alto valor, o que
determina o ressarcimento das despesas em favor do Autor.
05. Narrados os fatos, há que se aplicar o direito.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
06 . É sabido em direito que o dono ou detentor do animal tem o dever de indenizar a vítima por
danos causados pelo animal, desde que não seja por culpa exclusiva da própria vítima ou motivo de
força maior.
07 . No caso em tela é o que se tem,visto que o dono do animal não tomou as medidas necessárias
e permitiu que saísse de dentro da casa e atacasse a vítima.
(...)
Caro aluno, observe:
1) A fundamentação jurídica da petição inicial, embora requisito indispensável desta, nãovin-
cula o juiz, que tem liberdade para, desde que com base nos mesmos fatos e atendendo ao
mesmo pedido, julgar a demanda procedente por outro fundamento jurídico outro. Isso
porque, no sistema processual civil brasileiro, adota-se a teoria da substanciação;
2) A lei não prevê a citação de doutrina ou jurisprudência. Porém, A utilização destas se torna
útil para confirmar o acerto da tese jurídica exposta na inicial.
3) A técnica que se mostra útil na redação da petição inicial é a da cumulação objetiva da cau-
sa de pedir, de acordo com o esquema abaixo:
Fonte: www.nacaojuridica.com.br
Parte IV – DA TUTELA CAUTELAR E DA MEDIDA SATISFATIVA
O CPC unificou o regime, determinando os mesmos requisitos para a concessão da tutela cautelar
e da tutela satisfativa (probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do pro-
cesso). Isto significa que, ainda que persista a distinção entre as tutelas, na prática os pressupostos
serão iguais. O parágrafo único do art. 294 deixa claro que a tutela de urgência é gênero, o qual in-
clui as duas espécies (tutela cautelar e tutela antecipada). Já o art. 300 determina as mesmas exi-
gências para autorizar a concessão de ambas.
Além de um regime jurídico único, outra vantagem é a dispensa de um processo cautelar autôno-
mo. O CPC permite que as medidas provisórias sejam pleiteadas e deferidas nos autos da ação
principal. A regra é clara: após a antecipação ou a liminar cautelar, o autor terá prazo para juntar
novos documentos e formular o pedido de tutela definitiva. Mesmo que os prazos sejam distintos
http://www.nacaojuridica.com.br
(15 dias na antecipação e 30 dias na cautelar), em ambas as hipóteses o pedido principal será for-
mulado nos mesmos autos, sem necessidade de um novo processo ou do pagamento de novas
custas processuais.
Há também a possibilidade de estabilização da tutela antecipada concedida em caráter anteceden-
te, sempre que não houver impugnação. É o que vem estabelecido no art. 304. Nesse caso, se a tu-
tela antecipada é concedida, mas o réu a ela não se opõe, a decisão se estabiliza e autoriza desde
logo a extinção do processo.
Parte V – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS
A parte final da petição inicial é voltada os pedidos. Logo, o advogado deve adotar a maior cautela
e atenção para formular essa parte da petição.
Requisitos:
a) certo (expresso tutela jurisdicional e gênero)
b)determinado (qualidade/quantidade)
Pedido divide-se em:
a)mediato: bem de vida (resultado prático)
b) imediato: providência jurisdiciona
Tutela Jurisdicional:
1. De conhecimento:
a) meramente declaratória
b) certificação constitutiva
c) condenatória
2. Executiva (efetivação)
3. Cautelar (proteção)
Exceções:
a. Pedido Implícito: “Tutelas que a lei expressamente permite que sejam concedidas mesmo sem
ter o autor formulado pedido expresso para sua concessão” Neves, 2020, pág.145
STJ: aceita concessão de pedido que decorra logicamente do pedido presente na petição inicial;
Exemplo: Ação rescisória e novo julgamento.
Hipóteses:
Despesas e custas processuais
Honorários advocatícios
Correção monetária
Prestações vincendas (contratos de trato sucessivo)
Juros legais/ moratórios
* Doutrina direito a alimentos (Lei de Investigação de paternidade) astreintes
b. Pedido genérico: “Deixa de indicar a quantidade de bens da vida pretendida (quantum debea-
tur) pelo autor; sendo admitido somente quando houver permissão legal em lei.” Neves, 2020 pág.
141 b.1. Universalidade de bens (arts.90 e 91, CC) Autor não consegue determinar na petição inici-
al os bens demandados; Livros, rebanho (fática), herança (jurídica);
b.2 quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; Não hou-
ve exaurimento dos efeitos danosos até o momento da propositura da ação; Autor deve especificar
os prejuízos que pretender ser ressarcido, mesmo sem quantum debeatur.
Ex: acidente que envolve taxista
a) lucros cessantes: faturamento médio, considerando dias não trabalhados
b) danos emergentes: gastos com hospital, remédios, fisioterapia...
b.3. quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser
praticado pelo réu
Ex: Ação de prestação de contas + pagamento de saldo remanescente
Cumulação de Pedidos? Permitida!
Requisitos:
a) pedidos não podem ser incompatíveis*
b) juízo competente para todos os pedidos (incompetência absoluta parcial)
c) identidade procedimental
Espécies de cumulação:
a)Própria: Todos os pedidos poderão ser concedidos
Simples: pedidos independentes
Sucessiva: relação de prejudicialidade analisado se primeiro não concedido (ordem) o segundo pe-
dido somente será analisado se o primeiro for concedido
b) Imprópria: Somente um dos pedidos poderá ser concedido
Subsidiária (eventual): segundo pedido analisado se primeiro não concedido (ordem de preferên-
cia)
Alternativa: intenção do autor de acolhimento de um pedido, a escolha do magistrado
Cuidado com o chamado pedido alternativo: relacionado a uma espécie de obrigação; o pedido
continua sendo um, a obrigação que pode ser cumprida de mais de uma forma, a escolha, em re-
gra, do réu.
O pedido deve seguir a seguinte ordem: a) requerimento de concessão de liminar (quando houver
pedido nesse sentido); b) citação do réu (atenção ao artigo 246 do CPC, que trata das modalidades
de citação); c) procedência do(s) pedido(s); d) condenação do réu nos honorários de sucumbência;
e) intimação do Ministério Público, nos casos em que ao órgão ministerial incumbir intervir como
custos legis; f) requerimento e especificação de provas a serem produzidas; g) valor da causa; h)
fechamento (com pedido de deferimento, data, local e assinatura do advogado).
Caro aluno, observemos o exemplo abaixo:
Ante todo o exposto, requer a Autora que Vossa Excelência defira a ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA GRATUITA e requer também:
a) a concessão da antecipação dos efeitos da tutela, para o fim de excluir o Reque-
rente dos registros negativos, determinando-se, urgentemente:
- a expedição de ofício ao Serviço de Proteção ao Crédito do Piauí Rua Desembarga-
dor Freitas, nº 977, Centro, para que exclua de seus registros, no prazo de 24 horas,
o CPF nº 845.081.323-91, por ter sido inscrito indevidamente.
b) a citação da Requerida para, querendo, comparecer à audiência de conciliação,
sob pena de revelia.
c) seja julgada procedente a ação, para o fim de condenar a Requerida ao pagamen-
to de indenização pelos danos morais noticiados, no valor correspondente a R$
20.400,00 (Vinte mil e quatrocentos reais).
N. Termos
P. Deferimento.
Teresina(PI), 20 de Abril de 2021
_______________________
Advogada
OAB/PI nº
Parte VI – DO VALOR DA CAUSA
Reflexos: competência do juízo, taxas judiciárias, multas ...
Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imedia-
tamente aferível.
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
 I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mo-
ra vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolu-
ção, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem
objeto do pedido;
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de to-
dos eles;
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e ou-
tras.
§ 2º O valor das prestações vincendasserá igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tem-
po indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma
das prestações.
§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corres-
ponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, ca-
so em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo au-
tor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação
das custas.
Valor da causa errado? Juiz “de ofício” até momento que demandado ingressa no processo;
 “Meramente fiscal”? Expressão utilizada na praxe forense
Parte VII – DAS PROVAS A PRODUZIR
As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
Pouca eficácia prática juiz de ofício momento próprio- fase de saneamento
Parte VIII – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
Silêncio do autor em inicial?
Necessidade de emenda?
Neves entende que, após manifestação do réu, caberia manifestação do autor.
+
Documentos indispensáveis à propositura da demanda
Em regra, prova documental no momento da postulação;
Indispensáveis documentos que a lei ou negócio jurídico exija OU que autor tenha se referido em
inicial;
Procuração + comprovante de pagamento de custas + documentos pessoais do autor (arts.103 e
104)
Ausência? Emenda à inicial
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
De acordo com os fatos narrados abaixo elabore a peça processual cabível (pe-
tição inicial):
Em 05 de agosto de 2021, o autor José dos Santos adquiriu do réu, Antônio Perei-
ra, um veículo VW Gol, ano modelo 2019, com placa XX 0000, pelo valor de R$ 30.000,00 (trinta
mil reais), sendo que o pagamento foi efetuado à vista.
No mês posterior, o autor efetuou a transferência do veículo no DETRAN de sua
cidade, que para a concretização teve que pagar as despesas referentes a taxas, multas por viola-
ção às leis de transito, no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
Em 29 de dezembro de 2021, o veículo foi apreendido em virtude de que era ob-
jeto de furto na cidade de São Luis. A partir de então, o autor tentou por diversas vezes solucionar
o ocorrido com o réu, buscando ser ressarcidos dos valores pagos, mas não logrou êxito, pois o réu
se mudou para o estado da Bahia.

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