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RELATÓRIO 24º SEMINÁRIO P&E A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DAS MULHERES NO BRASIL Aluna: Eduarda Millena Silva Meireles Apresentado por: Ana Maílza Viegas Souza Inicialmente, explicou-se que a democracia representativa nada mais é que o exercício do poder político de forma indireta, ou seja, há delegação do poder, que pertence ao povo, aos seus representantes que devem tomar decisões. Diante disso, é fundamental que todos tenham direito de serem representados, como é o caso das minorias. A fim de incentivar a participação das mulheres na política, foi instituído através da Lei 9.504/97 (Lei das Eleições), a disposição de que no mínimo 30% das vagas de cada partido deveriam ser preenchidas por candidatas mulheres. Não obstante, as eleições de 2022 passaram a contar com as inovações trazidas pela Emenda Constitucional 111 e pela Emenda Constitucional 117. Essas Emendas dispuseram sobre a distribuição dos recursos do fundo partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) entre os partidos políticos. Nesse sentido, foi determinado que os votos dados a candidatas mulheres ou a candidatos negros para a Câmara dos Deputados nas eleições realizadas de 2022 a 2030 sejam contados em dobro, entretanto essa contagem somente se aplica uma única vez. Não obstante, os partidos além de disponibilizar 30% do fundo eleitoral, devem indicar 30% de mulheres para candidaturas à Câmara dos Deputados, e ainda, dedicar 30% do horário eleitoral de rádio e televisão. Diante disso, fundamentou-se a seguinte hipótese: os incentivos do fundo eleitoral somado a contagem em dobro determinada às mulheres contribuiu para o aumento do número de Deputadas Federais eleitas no ano de 2022 em Minas Gerais. Como metodologia, utiliza-se do método dedutivo, partindo da análise comparativa entre as eleições de 2018 e as de 2022 em relação as modificações legislativas e as candidatas eleitas. Adota-se ainda, como técnica de pesquisa, a pesquisa bibliográfica, através de consultas documentais e seleção de trabalhos que abordam essa temática. Como resultado, foi confirmado que em 2022, após as alterações realizadas pelas Emendas Constitucionais, foram eleitas nove Deputadas Federais pelo estado de Minas Gerais, número maior quando em comparação às eleições de 2018, nas quais Minas Gerais teria eleito apenas quatro mulheres Não somente destaca se o aumento do número de Gerais teria eleito apenas quatro mulheres. Não somente, destaca-se o aumento do número de deputadas a ocuparem cadeiras na Câmara dos Deputados, sendo que em 2018 contava com 77 mulheres, modificando para 91 mulheres que ascenderão ao cargo em 2023. Por todo o exposto, conclui-se que os incentivos legislativos adotados em 2022 foram de extrema importância para a atenuação de candidatas eleitas como Deputadas Federais, possibilitando maior representatividade feminina na Câmara. Contudo, ressalta-se que o número de homens ocupando essas cadeiras ainda é muito maior, sendo de relevância a continuidade dos incentivos legislativos e de fiscalização para que seja possível uma democracia representativa de fato.
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