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Ana Fernanda Leal - @medicina.resume Ascaridíase (lombriga) - monoxeno - duas extremidades - dimorfismo sexual - grande resistência do ovo - aspecto membranoso característico dos ovos possibilita a sobrevivência - infecção: ingestão de água ou alimentos contaminados - síndrome de leoffler: sintomatologia clínica a. tosse b. expectoração hialina c. sibílos - ciclo de Loss: pulmonar Ascaris lumbricoides: - alimentação de macronutrientes e vit do hosp. - habitat: lúmen do intestino delgado - boca trilabiada: forte fixação mucosa a. laceração → lesão local ulcerada b. ação espoliativa de sangue e proteínas → desnutrição - possui enzimas especificas p/ digestão dessas subst Ciclo Evolutivo: 1. injestão de ovos 2. eclosão intestino delgado → larva madura (L5) → expelidas e deglutidas 3. Intestino grosso -> L3 4. Atravessa parede do intestino e vai p. circulação 5. Vai para pulmões 6. Alta carga parasitária → expectoração hialina e sibilância (sintomas) 7. Obstrução intestinal → necrose de vasos 8. Perfusão intestinal → peritonite Prevenção: 1. saneamento 2. educação de saúde 3. higiene Manifestação Clínica: 1. Pulmão: síndrome de Loeffer - Fase inicial: migração p/ pulmoes → sintomas respiratórios → pneumonite eosinofilica - tosse seca, dispneia febre, chiado no peito, desconforto subesternal e escarro atingido de sangue 2. TGI - Fase tardia: hipoproteinemia, desnutrição. Vermes adultos podem ser eliminados nas fezes. Edema (abdominal) Complicações: - obstrução intestinal - sintomas: dor abdominal, vomito (pode ter vermes) e constipação - vólvulo, intussuscepção ileocecal e perfuração intestinal - obstrução do apêndice vermiforme, vias biliares, ducto pancreático - infecções maciças com obstrução de ouvidos, nariz e canais lacrimais - falha do desenvolvimento físico e mental Diagnóstico: - clínica - coprocultura e parasitológico (ovos de helmintos) → 3 amostras, garante fidedignidade - hemograma: eosinofilia - colonoscopia e enteroscopia: verme adulto no lúmen intestinal - radiografia: novelo de parasitos nas alças intestinais Tratamento: - Empírico, tratar todos os pacientes, mesmo assintomáticos e baixa carga parasitária - Medicamento anti-helmíntico + de uma dose pois ele nao mata as larvas do pulmão, podendo haver reinfecçao. - Suporte: diarreia → hidratação _________________________________________________ Ancilostomíase (“amarelão”) Doença do Jeca-tatu Características gerais: - comum em regiões tropicais e subtropicais - relação com saneamento básico e medidas de higiene - anemia (alta morbidade) a. cansaço b. fadiga c. astenia Transmissão: - contaminação fecal humana no solo - condições do solo p/ sobrevivência das larvas (umidade, calor, sombra) - contato de pele humana com o solo contaminado Espécies: 1. Ancylostoma duodenale: aparelho bucal com dentes 2. Necator americanus (Brasil): laminais bucais cortantes p/ fixação na mucosa intestinal // hematófago Morfologia: - verme adulto macho: 1cm de comprimento por 400 um de largura - verme adulto fêmea: 2cm de comprimento e 600 de largura Ana Fernanda Leal - @medicina.resume Ciclo evolutivo - infecção por penetração ativa: 1. ovos no solo 2. L1 → L2 (larvas em solos úmidos e sombreados) 3. larvas filarioides L3 com cutícula 4. penetração ativa na pele pela larva 5. L4 nos pulmões 6. L5 no duodeno → adulto → cópula → produção de ovos → eliminados nas fezes Ciclo evolutivo - infecção via oral: 1. ingestão de água ou alimentos contaminados por larvas L3 2. estômago: perda da cutícula da L3 3. intestino delgado → penetração da mucosa → L4 4. L5 no duodeno Manifestações Clínicas: 1. Fase de proliferação loccal: - assintomatica - lesao traumatica - sensação de picada - prurido, edema, infecção secundaria - intensidade das lesões depende qtd de larvas e sensibilidade do hosp 2. Fase pulmonar - Síndrome de Loeffler: - assintomática - tosse leve e irritação faríngea - raros infiltrados pulmonares eosinofílicos 3. TGI: - migração p/ intestino delgado - náusea, diarreia, perda de peso e desnutrição - inflamação intestinal (diminui absorção de nutrientes) - hipoproteinemia e anemia (cansaço generalizado, falta de apetite, taquipneico, palidez de pele e mucosas, tontura, fraqueza) - sangue nas fezes - vômito, flatulência, dor epigástrica Diagnóstico: - clínico - histórico de exposição da pele a solo potencialmente contaminado - coprocultura e parasitológico: presença de ovos - hemograma: eosinofilia Tratamento: 1. anti-helminticos 2. suplementação com ferro e proteínas _________________________________________________ Larva migrans cutânea (“Bicho geográfico”) Características gerais: - HD: cães e gatos - hospedeiro acidental: homem - praias e terrenos arenosos - incidencia maior em crianças - larva filariforme a. penetração ativa na pele, pápula pruriginosa b. migração e formaçã de tuneis sinuosos - podem permanecer vivas durante semanas ou meses Espécies ● Ancylostoma braziliense ● Ancylostoma caninum Síntomas: - prurido intenso nos locais das lesões ______________________________________________________ Larva migrans Visceral Características gerais: - HD: cães e gatos - H. acidenta: homem (toocariase humana) Espécies: - toxocara canis - toxocara cat Síntomas: - assintomática (infecções leves): eosinofilia presente - Forma clássica: febre, hepatomegalia e sintomas respiratórios → eosinofilia crônica - Forma ocular (LMO): formação de granulomas e comprometimento visual unilateral devido ao tropismo ocular - neurotoxocariase (tropismo SNC) Estrongiloidíase Características: - causada pelo Strongyloides stercoralis - casos graves: porção pilórica do estômago até o intestino grosso - homem → reservatório - depende de saneamento básico, higiente, pés escaçados - tratamento de imunossuprimidos ➔ Exame coproparasitológico de fezes deu resultado negativo, pois, no caso de suspeita de estrongiloidíase, é necessário buscar pelas larvas do strongyloide nas fezes, diferentemente dos ovos da larva ➔ A sintomatologia a helmintose por estrongiloidíase está associado à imunossupressão Morfologia do Strongyloides stercoralis: - ovovivípara que deposita ovo larvado na mucosa intestinal - libera larva rabditóide no ambiente Ciclos Evolutivos: 1. Ciclo direto (partenogenético) a. larvas rabditoides eliminadas com as fezes b. transformação (maturação) no meio exterior Ana Fernanda Leal - @medicina.resume c. larvas filarioides contaminando o solo d. penetração cutanea das pessoas e. ciclo de loss f. intestino (fundo das criptas) g. larvas nas fezes 2. Ciclo indireto (sexuado ou vida livre) a. larvar rabditoides formadas no solo b. machos e femeas que produzem ovos c. eclosao d. larvas L1 (infectante) e. penetração Transmissão: 1. hetero ou primo infecção: penetração L3 pela pele ou mucosa 2. autoinfecção externa: penetração da larva pela regiao perianal → larvas filarioides infectantes → penetração ou levadas a boca com mau higiente 3. autoinfecção interna: larvas rabditoides na luz intestinal → penetração da mucosa intestinal em pacientes imunossumprimidos Tratamento com corticoides: tratamento imunossupressor → estimula a produção de ecdizona → estimula a transformação do parasita (L1 para L2) sem sair do intestino (autoinfecção interna ou endógena) → aumenta a invasão da mucosa intestinal → hiperinflação (disseminação p/ orgaos). Por isso, antes do tratamento os pacientes precisam ser prevenidos contra estrongiloidíase Imunossupressão associada a estrongiloidíase: fator de risco para doença disseminada - infecção pelo HTLV - HIV- AIDS - malignidade - hipogamaglobulinemia - imunodeficiencia congenica - alcoolismo e desnutrição - corticosteoides, drogas citotoxicas ou inibidores de fator de necrose tumoral - transplante de orgao com doador infectado - transplante de cels tronco hematopoieticas Manifestações clínicas: 1. lesões discretas: - eritematose - pruriginosa - aumenta 1cm em 5 min - corresponde a larva currens (patognomônico para estrongiloidíase) 2. Manifestações pulmonares- Presença das larvas pulmonares em lavado bronco pulmonar (escarro) - Síndrome de Loeffler}: tosse, expectoração hialina - Hemorragias - Pneumonite difusa - Inflamação catarral - 3. Manifestações em TGI (duodeno e jejuno) pela presença das gemeas partenogenéticas → eclosao dos ovos → larvas filarioides → migração p/ luz → lesões mecânicas e inflamatórias - Aumenta produção de muco e peristaltismo (diarreia) - Fibrose e atrofia da mucosa intestinal - Inflamação catarral - Hemorragia - Ulceração em função de carga parasitária Diagnóstico ● Clínico (levantar suspeita) ○ Exposição epidemiológica relevante ○ Manifestações TGI e respiratórias ○ Manifestações dermatológicas ● Exame de fezes com identificação direta de larvas ● Sorologia IgG (ELISA) Tratamento ● Não complicada: ivermectina ○ Imunocompetentes: dose única ou de duas doses (200 mcg/kg por dia durante um ou dois dias) ○ Imunocomprometidos: quatro doses (200 mcg/kg por dia durante dois dias, repetido em duas semanas) ● Doença grave: hiperinfecção conhecida ou suspeita / estrongiloidíase disseminada, o tratamento com ivermectina (200 mcg / kg por dia) deve ser mantido por duas semanas e associado a antibioticoterapia empírica com atividade contra bactérias gram-negativas entéricas ______________________________________________________ Filariose (“elefantíase) Características gerais: - causada por nematódeos que habitam o tecido linfático e subcutâneo - espécies: Wucheria bacrofti - Transmissão: vetor biológico: mosquitos - desfiguração e incapacidade → impacto economico e psicossocial significativo Epidemiologia: - Vetores de mosquito para Wuchereria incluem: a. culex b. anopheles c. aedes Patogênese e ciclo evolutivo: 1. Infecção do HD (humano) através da picada de mosquitos infectados por penetração das larvas filarióides 2. Vermes adultos nos vasos linfáticos → obstrução dos vasos linfáticos → incapacidade de filtração → edema Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 3. Produção de microfilárias → canais linfáticos e sanguíneos → movimentação ativa entre a linfa e sangue → infecção de outros mosquitos 4. Inflamação → vasodilatação → favorece o edema 5. Edema → compressão vascular → lesão celular → necrose Nos mosquitos: 1. Ingestão de microfilárias presentes no repasto sanguíneo 2. Proventrículo → intestino médio → mm. torácicos → L1 3. L3 (infectantes) → probóscide do mosquito → infecção humana Manifestações clínicas ➔ Assintomática (subclínica) ➔ Aguda e/ou crônica ◆ Adenofangite ◆ Febre filarial ◆ Hidrocele ◆ Doença linfática cronica ◆ Eosinofilia pulmonar tropical ◆ Linfedema ◆ Quilúria Diagnóstico ● Clínica ● Detecção de antígeno circulante ● Esfregaços de sangue ● Reação em cadeia de polimerase (PCR) ● Testes de anticorpos anti filariais ● US com doppler Tratamento e prevenção ● Primeira escolha: dietilcarbamazina para a forma adulta do verme e sobre as microfilárias ● Tratamento em massa: ivermectina, dietilcarbamazina e albendazol ● Controle vetorial com mosquiteiros e repelentes _________________________________________________ Malária - Plasmodium (falciparum, vivax, malariae, ovale) - Doença causada por protozoários - Comum em locais de clima tropical (quente e úmido) → favorece o vetor e o protozoário. No BR → região amazônica - Mosquito Anopheles darlingi - transmissão vetorial - manha e noite - Transmissão por transfusão, compartilhamento de seringas, via transplacentária - Não gera memória: resposta não protetora, temporária Ciclo: - vetor anopheles pica - o esporozoíto vai até o fígado - se transforma em trofozoíto - se transforma em esquizonte - se transforma em merozoito que vai p/ hemácias → se transforma em trofozoíto. Pode seguir 2 caminhos: 1. vira esquizonte → se replica → estoura a hemácia e libera os esporozoitos no sangue 2. trofozoito pode formar gametócitos dentro das hemácias → pica a pessoa e suga as hemácias com esses gametócitos → no intestino forma oocisto → forma esporozoito que vão para saliva do mosquito Sintomas: - mal-estar - cefaleia - febres - cansaço - mialgia - calafrio - ataque paroxístico agudo - sudorese profusa (2-3 horas) - fraqueza intensa - Febre terçã ou quartã: 48h 72h - febre vai e volta nesses intervalos. - Sistema imune elimina hemácias que não tem o parasita, alem das que possuem - pode dar anemia Diagnóstico: 1. gota espessa - merozoíto no sangue - muito específico- mostra a carga parasitária Tratamento: - Cloroquina (atua nos parasitas das hemácias) - primaquina _____________________________________________________ Toxoplasma gondi HD: gato HI: humano Ana Fernanda Leal - @medicina.resume oocisto com espoeorozitos dentro (forma infectante) → ingestão → rompe → libera esporozoito → vai para enterócito → vira taquizoito (fase aguda)com destruição celular) → disseminação → bradizoito bradizoito (cronica ) nos tecidos via oral - oocisto - agua, frutas transfusão: taquizoito transplante de orgão - bradizoito ______________________________________________________ Giardíase - giargia duodenalis doença intestinal → diarreia aquosa, dor epigastrica - resistencia: cisto - quitina - desencistamento: estomago - eclosao no intestino → libera 2 trofozoitos (nao tem resistencia no ac. gastrico) - trofozoito: batimento flagelar, divisão binária, fica no duodeno e jejuno Transmissão: fecal-oral pela ingestão de cisto - ingestão de agua e alimentos com cisto - cisto parcialmente degradado no ac. gastrico → ecclode intestino e multiplica - encistamento no intestino grosso - ______________________________________________________ Tricomoníase (Trichomonas vaginalis) - forma infectante: trofozoito - ciclo de vida: não forma cisto - transmissão: sexual (mais frequente, agua de banho e roupas molhadas - patologia: aumento de ph e decamsassão favorece. a. assintomatica: homens b. sintomatica: mulheres - vaginite, vulvovaginite e cervicite - corrimento, prurido e ardor. - problemas com gravidez: ruptura prematura, parto prematuro, baixo peso do recem nascido, endometriose pós-parto - problemas com fertilidade: a t. vaginalis está relacionada com a doença inflamatória pelvica - a resp iumne destroi a tuba e danifica as cels da mucosa. - aumento da sucetibilidade pelo HIV: mais inflamação do epitélio, t.vaginalis aumenta TCD4, causa pontos de hemorragia. Patogenicidade: altera o pH virulencia: - adesina: adesão - integrina: adesão - cisteina-protease - cdf processo inflamatório __________________________________________ Chagas: transmissão: 70% oral - cana e açai 1. estercorários: transmitido pelas fezes. T.cruzi 2. salivários: transmitido na saliva Fase aguda: sinal de romanã (edema na pálpebra), chagoma de inoculação (lesão cutânea) Fase cronica: 5- 30, raro parasita sangue - muito IgG _________________________________________ Leishmaniose - zoonose - passa de uma animal p/ ser humano -mosquito PALHA - Brasil - região norte - cutânea - braziliensis - O alvo da leishmania do parasita são os macrófagos, são fagocitados → replicação dentro dos macrófagos → não cabe mais dentro → rompe a membrana e libera os agentes no espaço intercelular → vai para orgãos alvos (fígado, baço, MO, pele) - forma infectante: promastigota Ciclo Reprodutivo: mosquito com promastigota (flagelada- infectante ao ser humano) → pica e injeta o agente promastigota → vai até os macrofagos e são fagocitados → se tranforma em amastigota→ amastigota se replica e rompe para o sangue →migra para os órgaos e causa danos. 1. o mosquito se picar pode adquirir a forma amastigota → se transforma em promastigota → se multiplica e multiplica para a região da boca → pica a pessoa. 1. Leishmaniose tegumentar (ulcera de bauru) - causada por L. braziliencis (comum) - sintomas mucocutaneos - guyanenses - problemas cutâneas - amazonensis - cutâneos difusos lesão: ulcera delimitada, elevada, endurada, granulosa, kimpa, linfonodos, pobre em parasitos (apenas na borda). - Braziliencias: causa lesões ulcerações dolorosas, caracteristica fétidas, compromete funçoes(se for no nariz - olfato) - amazonensis: grave, anergia, indiosa, placas, múltiplas nodulações, montenegro negativa Ana Fernanda Leal - @medicina.resume Diagnóstico: biópsia das bordas da lesão, teste de montenegro (aplica a leishmania morta - organismo reage e forma nódulos) 2. Leishmaniose visceral brasil: leishmania chagasi → sobrevive a 37º - vai até os macrófagos e multiplica, explode e libera promastigota no sangue → alcança figado e baço (congestão → hepatoesplenomegalia) // medula óssea → susbtitui linhagem → pancitopenia → infecções oportunistas 1. Forma aguda: febre alta, anorexia, linfadenomegalia, hepatoesplenomegalia 2. Fase cronica: desnutrição, ascite, hepatoesplenomegalia diagnóstico: - sorologia: elisa (IgM e IgG) p/ leishmaniose chagasi, reações cruzada
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