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Tic's 05 Hiperplasia A drenal Congenita


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Aluno (a): Thaynara Parente Carvalho 
Data: 02/09/2022 
TIC’s 05 Hiperplasia adrenal congênita (HAC) 
 
➢ O que ocorre neste grupo de distúrbios? 
 
A deficiência de 21-hidroxilase (CYP21A2) corresponde a cerca de 90% dos casos de 
HAC. 
A hiperplasia adrenal congênita (HAC) é uma síndrome que compreende defeito no 
metabolismo esteroide, caracterizada por anomalias geneticamente determinadas da 
síntese hormonal adrenocortical, resultantes de deficiências enzimáticas específicas. 
Em decorrência do comprometimento da produção do cortisol, ocorre a hipersecreção 
secundária de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), resultante da ativação do feedback 
positivo. 
Esse excesso de ACTH estimula continuamente o córtex adrenal, promovendo tanto sua 
hiperplasia, como a hiperfunção das vias de síntese não comprometidas pela deficiência 
enzimática. Uma vez que precursores e outros produtos são secretados em excesso, o 
perfil esteroide final resulta em quadros clínicos variáveis e combinados de deficiência 
de glicocorticoides, deficiência ou excesso de mineralocorticoides e deficiência ou 
excesso de androgênios. 
A fisiopatologia dessa doença caracteriza-se por uma sequência de eventos que se inicia 
com a presença de alterações no gene CYP21A2 (deleções, mutações, outras), o que leva 
a uma deficiência de 21-hidroxilação e, consequentemente, à conversão defeituosa de 
17α-hidroxiprogesterona (17-OHP) em 11-deoxicortisol, gerando redução da síntese do 
cortisol. 
O hipocortisolismo determina a elevação do ACTH, com consequente hiperplasia adrenal 
bilateral, elevação dos precursores do cortisol (progesterona e 17-OHP progesterona) e 
posterior estímulo da via de produção dos androgênios (DHEA, androstenediona e 
testosterona). 
 
➢ Como detectar esta patologia no recém-nascido? 
Há dois fenótipos da forma clássica, a perdedora de sal (atividade enzimática residual < 
1%) e a virilizante simples (2 a 5%). 
 A primeira representa 75% dos casos e manifesta-se no recém-nascido como genitália 
ambígua no sexo feminino (resultante da exposição intrauterina ao hiperandrogenismo), 
associada a sintomas de deficiência de aldosterona, os quais surgem nas duas primeiras 
semanas de vida (dificuldade para se alimentar, vômitos, desenvolvimento insuficiente, 
letargia, sintomas similares aos da sepse, desidratação e hipotensão, podendo evoluir para 
 
 
 
choque hipovolêmico). Com frequência, esses indivíduos encontram-se hipercalêmicos e 
acidóticos. 
Na forma virilizante simples, não há manifestações de deficiência de aldosterona. Esta 
última decorre de insuficiente conversão da progesterona em corticosterona. 
 
 
✓ Diagnóstico laboratorial 
 O diagnóstico bioquímico da deficiência de CYP21A2 fundamenta-se no encontro de 
níveis séricos elevados de 17-OHP (considerado o marcador bioquímico da doença), além 
de níveis elevados de androstenediona, testosterona e DHEA. 
 Na forma clássica, os níveis séricos basais de 17-OHP encontram-se muito elevados, por 
volta de 10.000 ng/dℓ. Esses valores, em conjunto com os níveis elevados de 
androstenediona e testosterona (que muitas vezes chegam a alcançar a faixa de homens 
adultos normais – 300 a 900 ng/dℓ), são em geral patognomônicos da deficiência de 
CYP21A2. 
Na forma não clássica, os valores basais de 17-OHP podem não ser suficientes para 
estabelecimento do diagnóstico. 
✓ Diagnóstico molecular 
A enzima 21-hidroxilase é codificada por um gene localizado no braço curto do 
cromossomo 6 (6p21.3), dentro do complexo de histocompatibilidade HLA. 
 
 
 
 
 
 
Referência Bibliográfica: 
Endocrinologia clínica / Lucio Vilar - 6. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

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