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1
 
ED
UC
AÇ
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CE
IR
A
MICROEMPREENDEDOR 
INDIVIDUAL
Planejamento financeiro empresarial 
do crédito e aumento da renda.
2015 © Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Bahia
Rua Horácio César, 64 – Dois de Julho 
Salvador – Bahia, CEP 40060-350 
www.ba.sebrae.com.br 
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
Redes Sociais
https://www.facebook.com/sebraebahia
https://twitter.com/sebraebahia 
https://www.youtube.com/user/sebraebahia
Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização do Sebrae Bahia. 
Permitida a transcrição, desde que citada a fonte. Lei nº 9.610 de Direitos Autorais. 
Presidente do Conselho Deliberativo Estadual 
Antonio Ricardo Alvarez Alban
Diretor-Superintendente
Adhvan Novais Furtado
Diretor Técnico 
Lauro Alberto Chaves Ramos
 
Diretor de Atendimento
Franklin Santana Santos
 
Unidade de Acesso a Crédito e Serviços Financeiros 
Vitor César Ribeiro Lopes
 
Conteúdo e Revisão 
Marineuza Barbosa Lima e Silva
Consultora da COOLIBA - Cooperativa dos Profissionais Liberais da Bahia 
Revisão Gramatical e Linguagem / Editoração
SLA Propaganda 
Ilustração
Raphael Nascimento
Atualizada em abril/2016
 E21 Educação financeira para microempreendedor individual: Planejamento financeiro empresarial do crédito 
e aumento da renda/Marineuza Barbosa Lima e Silva. – Salvador: Sebrae/BA, 2013. 
 32 p. ; il.
 
 1. Educação financeira 2. Microempreendedor Individual 3. Crédito 4. Finanças I. Título
 CDU 336
3
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
Introdução
Em 2008, através da Lei Complementar nº 128, o governo criou condições 
especiais para que o trabalhador conhecido como informal pudesse se tornar 
um empreendedor legalizado. 
Esta conquista possibilitou o avanço e crescimento de muitos negócios que 
funcionavam às margens da sociedade. Vários direitos foram conquistados, 
entre eles: o reconhecimento como empresa, facilidade na abertura de conta 
bancária para obtenção de crédito a um custo mais baixo, realização de 
compras diretamente com os fornecedores e a possibilidade de vendas para 
o governo.
Esses empreendedores são pessoas que geram o desenvolvimento econômico 
e social e contribuem para uma economia equilibrada. São aqueles que 
conseguem gerar renda para si e sua família. 
Esta cartilha foi especialmente desenvolvida com o intuito de facilitar o 
entendimento de como o crédito utilizado de forma consciente amplia 
os horizontes daqueles empreendedores que conseguem enxergar as 
oportunidades que surgem e canalizam recursos para a ampliação, crescimento 
(baseado em novas ideias), aumento da produtividade, melhora dos produtos 
e serviços e conduz para mudanças socioeconômicas. Porém, o sucesso dessas 
ações depende da combinação de conhecimento e recursos.
5
A educação financeira
São hábitos saudáveis que temos em relação ao nosso dinheiro, com o objetivo 
de colher benefícios futuros. Ter controles mais eficientes que permitam realizar 
as escolhas dentre aquilo que é mais importante. Os controles possibilitam:
• Saber planejar
• Conhecer qual a situação atual
• Equilibrar as contas
• Melhorar a vida financeira
• Realizar sonhos
• Ter reserva financeira para enfrentar situações emergenciais
6
1 O NEGÓCIO X ORÇAMENTO FAMILIAR
É comum que pessoas que trabalham por conta própria adotem a postura 
de misturar a vida pessoal com a empresarial. Este hábito acaba gerando a 
sensação no empresário de que ele trabalha muito e que não “vê a cor do 
dinheiro”. É importante ter controle e saber separar as finanças do negócio da 
sua vida pessoal, para que tenha a exata ideia do quanto esse empreendimento 
está sendo lucrativo ou não. E se é possível investir para ampliar o resultado.
A falta de controle é o primeiro sinal de alerta de que as coisas podem não 
estar indo tão bem quanto se imagina. Pois é mais fácil fechar os olhos diante 
de determinada situação do que encarar a realidade de frente. Mas, quando o 
pior acontece, normalmente é mais cômodo atribuir a culpa a fatores externos 
do que adotar medidas que corrigem os desvios.
Em qualquer momento do negócio o domínio da situação financeira gera 
segurança e tranquilidade, além de promover o conforto e reduzir riscos de se 
sentir desorientado e possivelmente endividado. 
7
É necessário que se faça um controle do negócio e também o controle dos 
gastos familiares do empreendedor. Com isso, tem-se uma ideia do quanto 
o negócio está contribuindo na composição da renda familiar e, por outro 
lado, o quanto o empreendedor está retirando do negócio. É importante avaliar 
se estas retiradas estão acima da capacidade da empresa e, de certa forma, 
impedindo que o empreendimento consiga crescer por falta de reinvestimento. 
Este aspecto tem que ser constantemente observado.
2 CARACTERÍSTICAS PARA SER UM EMPRESÁRIO DE SUCESSO
De acordo com um vasto estudo realizado com empreendedores de sucesso, em 
diversos países do mundo, concluiu-se que as pessoas que alcançaram o sucesso 
empresarial têm traços semelhantes e a mesma forma de agir, independente 
das condições econômicas, riqueza do país, sexo, idade e formação acadêmica. 
Assim, quem tem esses traços tende a obter o sucesso. Confira abaixo as 10 
características do Comportamento Empreendedor identificadas:
Capacidade de assumir riscos
Senso de oportunidade e iniciativa
Exigência de qualidade e eficiência
Persistência
Persuasão e rede de contatos
Independência e autoconfiança
Comprometimento 
Planejamento e monitoramento sistemático
Estabelecimento de metas 
Busca de informações
Os negócios que normalmente apresentam índices de sucesso mais altos são 
aqueles que definiram bem a sua estratégia de atuação no mercado, pesquisaram, 
buscaram informações, traçaram objetivos e definiram metas.
8
3 PLANEJAMENTO FINANCEIRO
 PARA O EMPREENDEDOR INDIVIDUAL
O empreendedor individual precisa realizar o mínimo de controle para que 
possa administrar o negócio com mais eficiência, realizar planos para o futuro 
e elaborar um plano de desenvolvimento passo a passo, objetivando o sucesso 
e crescimento do empreendimento. 
A educação financeira pauta-se no princípio de saber como ganhar, gastar, 
poupar e investir o dinheiro, objetivando a melhoria contínua das atividades. 
Planejar é organizar-se antes de agir, considerando 
as possibilidades de atingir objetivos e metas, com 
acompanhamento e controle. 
Por que planejar?
O segredo da boa educação financeira está no equilíbrio. Direcionar os recursos, 
de modo que consigam equacionar as contas e gerar poupança. Saber guardar 
dinheiro pode ser uma decisão inteligente para satisfazer desejos futuros. O 
planejamento é uma etapa muito importante para o empreendedor. Não é 
um processo tão complicado quanto parece. Representa uma etapa muito 
importante para o empreendedor que tem metas de crescimento e quer saber 
o que é necessário para chegar lá. 
O que se pretende para o futuro, qual 
é o seu alvo?
Identifique oportunidades. Um bom planejamento 
possibilita tirar proveito do momento econômico 
e político, gerar a satisfação pessoal, promover 
equilíbrio e controle. Enfim, assuma um projeto 
que garanta a continuidade do negócio. 
9
O quadro abaixo representa as fases essenciais do processo de planejamento 
visando chegar ao resultado desejado, com menos possibilidade de erros 
e remendos. Ao cumprir todas as fases, seremos capazes de observar 
analiticamente as possibilidades de cenários para concretizar o sonho:
AGIR PLANEJAR
EXECUTARCONTROLAR
• COM QUEM DEVE CONTAR
• NEGOCIAÇÃO
• EVITAR GASTOS DESNECESSÁRIOS
• ESTABELECER OBJETIVOS
• OBSERVAR AS OPORTUNIDADES
• ELABORAR PLANO DE AÇÃO
• FAZER ORÇAMENTOS
• REVISAR OS PLANOS
• MUDANÇADE ATITUDES
• REALIZAR CONTROLES, REGISTRAR 
 TODOS OS GASTOS
• COMPARTILHAR OS RESULTADOS
 ALCANÇADOS COM OS ENVOLVIDOS
Etapas importantes a serem observadas no processo de 
planejamento: 
1. Observar as oportunidades;
2. Estabelecer metas;
3. Fazer orçamentos;
4. Listar as atividades necessárias para o alcance das metas – Plano de Ação;
5. Elaborar um cronograma realista;
6. Determinar quem são as pessoas responsáveis por realizar as atividades; 
7. Realizar controles de registro de gastos e resultados alcançados;
8. Revisar constantemente o plano para corrigir eventuais falhas.
Não há como iniciar um processo de planejamento financeiro sem antes 
conhecer a realidade atual do empreendedor e sua vida familiar.
4 O EMPREENDIMENTO E A FAMÍLIA APRESENTAM
 DIFERENTES NECESSIDADES DE CONSUMO
Normalmente, as finanças das atividades do empreendedor individual se 
confundem com as finanças pessoais ou familiares. As contas se misturam 
10
de tal forma que, em muitos casos, o empreendedor perde a noção do que 
realmente faz parte das despesas do negócio, onde começa uma e termina 
a outra. Um hábito nada saudável para o desenvolvimento das atividades 
empresariais.
É importante planejar para equilibrar o orçamento, tanto familiar quanto 
do próprio negócio. A tarefa pode não ser tão simples, pois exige disciplina, 
empenho e, em muitos casos, corte de despesas.
Disciplina é a palavra-chave. Para isso, deve-se montar uma planilha que 
ajudará a ter uma visão global e manter um orçamento equilibrado. Com 
os gastos sob controle, é mais tranquilo tomar decisões sem comprometer o 
orçamento do mês. Tendo consciência da renda e das despesas do negócio e 
da família, é possível equilibrar os dois lados da balança.
NECESSIDADES
FAMILIARES: 
Comer
Estudar
Morar
VestirLazer
Saúde
O que acontece quando o negócio é a principal fonte de 
renda da família?
• O empreendedor retira dinheiro da empresa para os seus gastos pessoais;
• Não registra o que retira. Tem a sensação de que o negócio não está gerando 
resultado;
• As retiradas normalmente são valores que o negócio muitas vezes não suporta.
11
O que pode ser feito para resolver esse problema? Realize o seu orçamento 
doméstico, conheça suas necessidades de manutenção pessoal e, assim, 
determine um Pró-labore.
Mas, afinal, o que é um PRÓ-LABORE?
Pró-Labore é uma expressão em latim que significa “pelo trabalho”. 
Corresponde ao valor recebido pelo sócio que trabalha na empresa. Esta 
retirada não é de quanto se deseja e sim do quanto a empresa pode pagar 
considerando a sua geração de resultados.
NECESSIDADES DO EMPREENDIMENTO
Agora, vamos falar das necessidades de recursos de um empreendimento. 
A eficiência da elaboração de um planejamento financeiro – que poderá ser 
utilizado como instrumento de gestão – deve ter como base o conhecimento 
da dinâmica do negócio e o quanto é preciso para sobreviver.
Após registrar as informações em planilhas específicas de Fluxo de Caixa e 
Demonstração de Resultado, é possível prever o resultado de caixa e o lucro 
do negócio a ser obtido com as vendas e despesas da empresa no período 
(mensal, por exemplo).
Através das projeções, o empreendedor terá as informações sobre necessidades 
ou excessos de caixa, tendo a oportunidade de planejar formas de financiamento 
ou investimentos adequados às atividades empresariais.
As necessidades para a empresa dependem do tipo de negócio, do seu 
tamanho, do seu formato e das possibilidades financeiras do empreendedor.
Compra de 
mercadorias 
e insumos
Pagamento 
de salários
Impostos
Aluguel
Despesas 
com energia, 
telefone, água,
deslocamento
12
Se a empresa apresentar necessidade de investimento, antes de desembolsar 
qualquer valor pesquise, estude e relacione todos os gastos possíveis, como: 
reforma, instalações, equipamentos, contratações de serviços e de empregados, 
treinamento, documentação etc.
Depois, determine o prazo em que os valores serão desembolsados, verificando 
a disponibilidade de capital para os pagamentos, tanto próprio, quanto de 
terceiros. Elabore um cronograma de desembolso.
Através do planejamento, a empresa poderá ter conhecimento do nível de 
financiamento necessário para se dar continuidade às atividades da empresa, 
gerando segurança ao decidir quando e como a necessidade de recursos será 
financiada.
Tabela 1: Cronograma de Desembolso 
ETAPAS
PERÍODO/MESES
Dez./X0 Jan./X1 Fev./X1 Mar./X1 Abr./X1 Mai./X1 Total
Reforma do 
imóvel
R$ 5.000 R$ 5.000 R$ 10.000
Compra de 
máquinas/
equipamentos/
utensílios
R$ 2.000 R$ 2.000 R$ 4.000
Contratação e
treinamento de
empregados(*)
R$ 1.110 R$ 1.110 R$ 1.110 R$ 1.110 R$ 1.110 R$ 1.110 R$ 6.660
Capital de giro 
(fornecedores) 
(**)
R$ 3.000 R$ 3.000 R$ 3.000 R$ 3.000 R$ 3.000 R$ 3.000 R$ 18.000
Total (R$) R$ 9.110 R$ 11.110 R$ 6.110 R$ 4.110 R$ 4.110 R$ 4.110 R$ 38.660
(*) Despesa agregada na contratação da funcionária para a produção.
(**) Incremento nas compras de insumos para a produção, devido à meta de aumento de produção.
É nesse processo do planejamento que o acompanhamento possibilita instituir 
determinadas ações para corrigir falhas ou aproveitar oportunidades que 
permitem investir para o crescimento do empreendimento. É justamente na fase 
do investimento que se torna necessário desenvolver um plano de negócio. 
13
O que é e como montar um plano de negócio? 
O plano de negócio permite que o empreendedor conheça muito mais sobre o 
negócio e o mercado, seguindo um roteiro simples e objetivo para chegar ao 
bom resultado:
Estudo e tendência 
do mercado em que 
pretende atuar
Oportunidade 
identificada
Análise
da empresa
Objetivos e metas
Mercado
Processo
Investimentos
Controle
Análise da conjuntura: estudar as perspectivas 
econômicas e as tendências do mercado em que 
pretende atuar.
Partindo da análise inicial, escolher o investimento 
a ser feito.
Realizar estudo dos pontos fortes e as fragilidades 
em relação ao concorrente. 
Definir claramente as metas a serem atingidas pelo 
investimento.
O que será vendido, onde comprar, para quem 
vender, como será a distribuição e ponto de venda, 
promoção, preço, estágio e evolução.
Descrição do fluxo operacional, cadeia de 
suprimentos, controle de qualidade, serviços 
associados, capacidade produtiva, logística 
e sistemas de gestão.
Como a empresa será capitalizada: as necessidades 
de capital de terceiro, a forma de remuneração e as 
estratégias de saída. 
Mecanismos de controle, considerando cenários, 
pressupostos críticos, fluxo de caixa, análise do 
investimento, demonstrativo de resultados e outros 
indicadores.
Trata-se de uma ferramenta de planejamento detalhada, que deve ser 
construída para auxiliar o empreendedor na tomada de decisão, e a cada 
passo deve-se fazer o máximo de anotações possíveis. Este plano dará uma 
noção prévia do resultado daquilo que está pretendendo investir do ponto 
de vista financeiro, por meio de projeções de faturamento, custos e despesas. 
O plano apresenta a viabilidade do negócio, clientes, dos fornecedores, dos 
14
concorrentes e da organização necessária ao seu bom funcionamento. O plano 
de negócio deve, também, ser entendido como um documento aberto para 
constantes atualizações e que oriente o empreendedor no desenvolvimento 
da empresa.
O que é um planejamento sem um Plano de Ação? O Plano de Ação 
mostra como fazer.
COMO ELABORAR UM PLANO DE AÇÃO PARA INVESTIMENTO:
Meta: aumentar as vendas em 100% em relação ao ano anterior.
Prazo: até junho/X1.
O QUE 
FAZER
POR QUE 
FAZER?
QUEM VAI 
FAZER?
QUANDO? COMO?
QUANTO VAI 
CUSTAR?
Objetivo Razão de ser Responsável Prazo Meios e métodos
Valores 
necessários
Ampliar a área 
de produção
Para aumentar 
a capacidade 
de produção em 
100%
Antonio José
Até 
dezembro/
X0
Contratar mestre
de obra. 
Comprar 
material
de construção.
R$ 10.000,00
Compra 
de fogão 
industrial
Aumentar a 
capacidade de 
produção dos 
bolos
Maria Joana Janeiro/X1
Contato com ofornecedor Y
R$ 3.000,00
Compra de 
batedeira 
industrial
Agilidade no 
processo produtivo 
Maria Joana Janeiro/X1
Contato com o 
fornecedor Z
R$ 600,00
Compra de 
utensílios
Aumento da 
produção Maria Joana Janeiro/X1
Adquirir formas 
e acessórios
R$ 400,00
Contratação 
de 1 
confeiteira
Aumento da 
produção
Maria Joana
Dezembro/
X0
Realizar processo 
seletivo
R$ 1.110/mês
Comprar 
insumos e 
controlar nível 
de estoque
Aumento da 
produção
Maria Joana
Janeiro a 
fevereiro/ 
X1
Atacadão da 
Cidade R$ 3.000/mês
R$ 21.110,00
15
Previsão de Custo de um funcionário (R$)
Salário 900,00 
Provisão do 13º salário (1/12) 75,00 
Provisão das Férias (1/12) 25,00 
Subtotal 1.000,00 
FGTS 80,00 
INSS 30,00 
Total 1.110,00 
A decisão por certo investimento tem que considerar principalmente a 
necessidade e o retorno.
Se for investir nas instalações, nos maquinários, nos móveis, no estoque, 
no pagamento das despesas fixas (salário, aluguel, água, energia, telefone, 
contador etc.), no marketing, entre outras, é necessário ter recursos. De onde 
provêm os recursos para concretizar o plano? Esses recursos podem ser 
materializados com base em duas fontes: recursos próprios ou de terceiros.
ANÁLISE DOS INVESTIMENTOS E DAS FONTES DE RECURSOS
APLICAÇÕES (INVESTIMENTO)
Fontes de recursos (R$)
Total (R$)
Própria Terceiros
Construção civil 10.000 10.000
Compra de máquinas 3.600 3.600
Compra de utensílios 400 0 400
Compra de mercadoria (2 meses) 6.000 6.000
Capital de giro (6 meses) 6.660 6.660
Total (R$) 4.000 22.660 26.660
16
5 ACOMPANHAMENTO FINANCEIRO
Como demonstrar a evolução dos investimentos? Todo investimento é 
proveniente do patrimônio das pessoas físicas e jurídicas. 
O que é patrimônio? 
É o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma ou mais 
pessoas, utilizado na atividade econômica ou social, com finalidade lucrativa 
ou não, que pode ser retratado no BALANÇO PATRIMONIAL.
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL
É um demonstrativo que tem por finalidade mostrar a posição patrimonial
de uma empresa ou pessoa física, bem como a sua evolução, apresentado
na forma de ATIVO E PASSIVO.
ATIVO
Representa a estratégia do dinheiro da empresa, 
quanto ao rumo que está tomando, baseado nos 
investimentos ou aplicações de recursos em bens 
(dinheiro, mercadoria, matéria-prima, máquinas, 
equipamentos etc.) e direitos (contas a receber, 
cheques pré-datados, cartão de crédito) que estão 
disponíveis para serem utilizados.
PASSIVO
São as fontes de recursos, 
ou seja, de onde vieram os 
recursos que foram aplicados 
(empréstimos, fornecedores, 
capital dos sócios, lucros do 
negócio etc.).
17
Para entender melhor, observe a seguinte estrutura:
ATIVO PASSIVO
CAPITAL
DE GIRO
CIRCULANTE
• Disponibilidade 
 (caixa e bancos)
• Estoque
• Contas a Receber
• Outros
CIRCULANTE
• Fornecedores 
• Empréstimo
 bancário
• Obrigações
 Trabalhistas
• Obrigações Fiscais
RECURSOS 
DE 
TERCEIROS
ATIVO FIXO
PERMANENTE
NÃO CIRCULANTE
• Equipamentos
• Imóveis
• Máquinas
• Veículos
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• CAPITAL 
• LUCROS
CAPITAL 
PRÓPRIO
Os bancos determinam a sua linha de financiamento considerando a 
necessidade operacional específica da atividade e a capacidade de pagamento 
gerada pelo negócio.
 
Após avaliar a necessidade de recursos, é hora de identificar e avaliar as linhas 
de crédito e seus benefícios, tanto em relação aos juros quanto aos prazos. 
Quem não já ouviu o ditado que diz que “a pressa é inimiga da perfeição”? 
Pois é, quando nos deixamos levar pela emoção e a ânsia em ver o projeto 
funcionar corremos o risco de tomar decisões menos assertivas. E, pensando 
em dinamizar o processo, resolvemos investir os recursos que seriam destinados 
para o giro na compra de máquinas e para a reforma. Decisão esta que pode 
provocar sérios problemas de necessidade de capital de giro.
O crédito, quando é planejado, garante bons retornos no resultado do 
empreendimento e no relacionamento bancário do tomador. A hora de 
18
negociar com uma instituição bancária é justamente no momento em que 
não necessitamos de crédito. Assim, aumentam as chances de encontrar boas 
ofertas e condições de empréstimos e financiamentos. Evite emergências: 
crédito, quando é procurado no sufoco, normalmente é mais caro e com 
condições de pagamento desfavoráveis.
Nas tabelas a seguir são colocadas duas simulações para a compra de máquinas 
e equipamentos, considerando linhas de crédito de curto e longo prazo, sendo 
o mesmo valor, porém com taxas e condições de pagamentos diferenciadas.
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PARCELA PARCELA FIXA SALDO DEVEDOR
1 R$ 590,47 R$ 9.709,53
2 R$ 590,47 R$ 9.410,34
3 R$ 590,47 R$ 9.102,17
4 R$ 590,47 R$ 8.784,76
5 R$ 590,47 R$ 8.457,83
6 R$ 590,47 R$ 8.121,09
7 R$ 590,47 R$ 7.774,25
8 R$ 590,47 R$ 7.417,01
9 R$ 590,47 R$ 7.049,04
10 R$ 590,47 R$ 6.670,04
11 R$ 590,47 R$ 6.279,67
12 R$ 590,47 R$ 5.877,58
13 R$ 590,47 R$ 5.463,44
14 R$ 590,47 R$ 5.036,86
15 R$ 590,47 R$ 4.597,50
16 R$ 590,47 R$ 4.144,95
17 R$ 590,47 R$ 3.678,82
18 R$ 590,47 R$ 3.198,71
19 R$ 590,47 R$ 2.704,20
20 R$ 590,47 R$ 2.194,85
21 R$ 590,47 R$ 1.670,22
22 R$ 590,47 R$ 1.129,85
23 R$ 590,47 R$ 573,28
24 R$ 590,47 R$ 0,00
19
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PARCELA PARCELA FIXA SALDO DEVEDOR
1 carência R$ 10.150,00
2 carência R$ 10.302,25
3
 carência 
(paga os juros do trimestre)
R$ 10.000,00
4 carência R$ 10.150,00
5 carência R$ 10.302,25
6
carência 
(paga os juros do trimestre)
R$ 10.000,00
7 R$ 416,39 R$ 9.733,61
8 R$ 416,39 R$ 9.463,22
9 R$ 416,39 R$ 9.188,78
10 R$ 416,39 R$ 8.910,22
11 R$ 416,39 R$ 8.627,48
12 R$ 416,39 R$ 8.340,50
13 R$ 416,39 R$ 8.049,21
14 R$ 416,39 R$ 7.753,56
15 R$ 416,39 R$ 7.453,47
16 R$ 416,39 R$ 7.148,88
17 R$ 416,39 R$ 6.839,72
18 R$ 416,39 R$ 6.525,93
19 R$ 416,39 R$ 6.207,42
20 R$ 416,39 R$ 5.884,14
21 R$ 416,39 R$ 5.556,01
22 R$ 416,39 R$ 5.222,96
23 R$ 416,39 R$ 4.884,91
24 R$ 416,39 R$ 4.541,80
25 R$ 416,39 R$ 4.193,53
26 R$ 416,39 R$ 3.840,04
27 R$ 416,39 R$ 3.481,25
28 R$ 416,39 R$ 3.117,08
29 R$ 416,39 R$ 2.747,44
30 R$ 416,39 R$ 2.372,26
31 R$ 416,39 R$ 1.991,45
32 R$ 416,39 R$ 1.604,93
33 R$ 416,39 R$ 1.212,62
34 R$ 416,39 R$ 814,41
35 R$ 416,39 R$ 410,24
36 R$ 416,39 R$ 0,00
O sucesso do crédito é seu direcionamento e o casamento com as fontes 
geradoras do pagamento, que são:
* FLUXO DE CAIXA
* GERAÇÃO DE LUCRO AO LONGO DO TEMPO
* APORTE DE CAPITAL
Os controles auxiliam na tomada de decisão quanto aos investimentos e fontes 
de recursos. Mas é imprescindível mantê-los atualizados.
Como fazer um Fluxo de Caixa?
Definidas as projeções de gastos, é necessária a elaboração do Fluxo de Caixa 
projetado. A partir daí, define-se onde buscar as fontes de recursos que ofereçam 
mais conforto financeiro e sejam compatíveis com a dinâmica do negócio.
Consiste em um 
relatório que 
informa toda a 
movimentação de 
dinheiro (entradas 
e saídas), sempre 
considerando 
um período 
determinado. 
É o controle 
que tem por 
objetivo auxiliar o 
empresário a tomar 
decisões sobre a 
situação financeira 
da empresa.
FLUXO
DE CAIXA
SERVE
PARA
21
MODELO DE FLUXO DE CAIXA PROJETADO (R$)
Descrição
Mês 
Dez./x0
Mês 
Jan./x1
Mês 
Fev./x1
TOTAL DO 
TRIMESTRE
1. SALDO INICIAL 2.000 8.356 2.212
ENTRADAS
Vendas à vista projetado 6.000 4.000 6.000 16.000
Vendas no cartão projetado 0
Aporte de capital do empreendedor 2.000 2.000 4.000
Liberação empréstimo capital de giro 0
Liberação financiamento longo prazo 10.000 10.0002. TOTAL DAS ENTRADAS 16.000 6.000 8.000 30.000
SAÍDAS
Pagamento de fornecedor de insumos 2.000 2.500 2.500 7.000
Pagamento de taxa do MEI (5% do salário 
mínimo + R$ 1,00)
44 44 44 132
Pagamento de salário 900 900 900 2.700
Pagamento de pró-labore 1.000 1.000 1.000 3.000
Pagamento de despesas fixas diversas 300 300 300 900
Aluguel 250 250 250 750
Pagamento de contador 150 150 150 450
Pagamento de reforma 5.000 5.000 10.000
Pagamento de fornecedor de equipamentos 
e máquinas
2.000 2.000 4.000
Pagamento de empréstimo longo prazo 460 460
Pagamento de empréstimo longo prazo
3. TOTAL DAS SAÍDAS 9.644 12.144 7.604 29.392
4. SALDO OPERACIONAL (2 – 3) 6.356 -6.144 396 608
5. SALDO FINAL (1 + 4) 8.356 2.212 2.608 2.608
Como se pode observar no fluxo de caixa exemplificado acima, foram consideradas 
no primeiro mês de funcionamento as entradas originadas do capital de terceiros, 
que custearam os gastos de reforma.
22
No mês seguinte, a empresa projetou gastos com compra de máquinas, 
equipamentos e utensílios, além das vendas dentro das condições de mercado 
e condição do microempreendedor, e equacionou os gastos de acordo com o 
cronograma de desembolso abordado no item 4 . 
Nos três primeiros meses, a projeção de caixa foi positiva devido ao aporte de 
capital próprio dos sócios e do financiamento (capital de terceiros). As vendas 
ainda estão se consolidando.
O pagamento do financiamento para reforma e compra de máquinas e 
equipamentos só terá início após 6 (seis) meses da contratação, período de 
carência concedida pela instituição de crédito. Mas, a cada 3 (três) meses, 
pagará apenas os juros deste financiamento.
Demonstração de Resultado
Trata-se de um demonstrativo que permite medir a eficiência operacional. 
Enquanto o Fluxo de Caixa apresenta o resultado do caixa dia a dia, a 
Demonstração de Resultado indica se o negócio é lucrativo ou não. É onde se 
registram as vendas e todos os gastos operacionais necessários (fixos e variáveis).
 
As vendas brutas correspondem ao volume de receita realizado num 
determinado período, independente da forma que foi negociada, se à vista ou 
a prazo.
Os gastos variáveis têm relação direta com as vendas. São os custos dos 
produtos que foram vendidos no período, são as comissões pagas.
Os gastos fixos não têm relação direta com as vendas. São os gastos 
operacionais necessários para o funcionamento da empresa. Independente das 
vendas, eles vão ocorrer: água, energia, telefone, aluguel, salário, pró-labore, 
entre outros.
23
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO TRIMESTRE
Mês de Fev./X1
 
DISCRIMINAÇÃO VALORES (R$) RELAÇÃO (%)
1. Vendas brutas no trimestre
2. (-) Custos dos produtos/
mercadorias ou serviços vendidos
3. (-) Comissões sobre vendas
5. (=) Margem de contribuição
6. (-) Despesas fixas
7. (=) Lucros
16.000,00 
6.500,00
9.500,00 
8.560,00
940,00
100%
41%
59%
53%
6%
Se observarmos os resultados apresentados na planilha de Fluxo de Caixa e na 
Demonstração de Resultado, podemos constatar que são bem diferentes. Isso 
ocorre porque o FLUXO DE CAIXA considera as entradas de caixa originadas 
das mais diversas fontes, independente de serem ocasionadas das operações 
normais da empresa ou não.
Por outro lado, a DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO mede o esforço operacional 
das vendas do negócio, apresentando no final se a empresa teve lucro ou 
prejuízo no período em análise. Neste exemplo, o lucro do trimestre foi de 
R$ 940,00, enquanto o resultado no Fluxo de Caixa foi de R$ 2.608,00.
Ao analisar os exemplos dos controles apresentados, foram observados os 
seguintes aspectos:
1. O Fluxo de Caixa projetado apresenta saldo positivo que suporta a parcela 
do financiamento;
2. O lucro projetado representa a remuneração do capital que foi investido e 
serve para medir a capacidade de reinvestimento. Quanto mais esse resultado 
é reaplicado no negócio, mais condições ele tem de crescer e enfrentar as 
adversidades do mercado.
24
PROCESSO DE PLANEJAMENTO
PREVISÃO 
DE 
VENDAS
PLANO DE 
PRODUÇÃO
DEMONSTRAÇÃO 
DE RESULTADO 
PROJETADO
BALANÇO 
PATRIMONIAL
ORÇAMENTO 
DE CAIXA
PLANO DE 
FINANCIAMENTO 
DE CURTO E 
LONGO PRAZO
Observe o gráfico acima e veja que as ações devem ser planejadas e 
coordenadas, e seus reflexos financeiros podem ser vistos antecipadamente 
através de orçamentos projetados. Saiba que planejamento, associado à boa 
gestão dos recursos, é essencial para promover o desenvolvimento empresarial.
6 VAMOS ENTENDER UM POUCO SOBRE CRÉDITO 
 E CONCESSÃO E A INFLUÊNCIA NO NEGÓCIO
O que é crédito? 
“É todo ato de vontade ou disposição de alguém de destacar ou 
ceder, temporariamente, parte do seu patrimônio a um terceiro, com 
a expectativa de que esta parcela volte a sua posse integralmente 
ao final do tempo estipulado.” Segundo Schrickel [1994]
Pensando nesse conceito, avaliamos o seguinte: ao investir em um negócio 
como sócio, uma pessoa estará cedendo parte do seu patrimônio (dinheiro) 
a um terceiro – ente empresarial –, visando um retorno que garanta a sua 
estabilidade financeira.
A opção de investimento num determinado negócio gera dúvidas e requer 
respostas para os seguintes questionamentos: É seguro? É rentável a ponto de 
gerar lucro através de suas receitas?
Qualquer pessoa que pensa em destinar seu suado dinheiro em qualquer 
investimento se ampara no equilíbrio de três objetivos básicos: liquidez, 
segurança e geração de receita. E quando o dinheiro não é suficiente para 
materializar os investimentos que necessita?
25
A opção é buscar o capital de terceiros: um parceiro comercial, um banco ou 
a própria família. 
O crédito tem um papel fundamental na economia, pois aumenta o nível de 
atividade empresarial, estimula a demanda, cumpre o papel social e facilita a 
execução de projetos para as empresas. Por outro lado, se não for utilizado 
da forma correta pode levar empresas e pessoas físicas a um alto grau de 
endividamento.
Então, ao buscar o crédito, preste muita atenção quanto à sua destinação. Os 
bancos normalmente se amparam nos seguintes pilares para a sua concessão:
Planeje e elabore controles, pesquise, para não correr o risco de usar os 
recursos de capital de giro – com juros maiores e prazos mais curtos – para 
financiar investimento cujo retorno se dará no longo prazo, e não conseguir 
quitar a dívida.
ESTRUTURAÇÃO DO CRÉDITO – 
MODALIDADES E LINHAS DE CRÉDITO
Capital de giro: destinado a suprir necessidades de 
curtíssimo prazo, como compra de mercadoria para estoque, 
matéria-prima e insumos, despesas fixas.
As principais instituições financeiras possuem larga oferta para este tipo de 
crédito. O importante é pesquisar a melhor taxa de juros e condições para 
pagamento. Nem sempre a facilidade de crédito representa um bom negócio.
Investimento em ativos fixos: destinado para compra de 
máquinas, equipamentos, construções, reformas, instalações, 
pesquisa e desenvolvimento de produtos.
Os créditos destinados para esta finalidade acompanham o tempo de retorno 
do investimento, com prazos maiores, taxa de juros menores, além de carência 
para iniciar o primeiro pagamento da parcela principal.
CAPACIDADE LINHAS DE CRÉDITO ESPECÍFICASNECESSIDADE
26
MODALIDADES LINHAS PARA QUE SERVE FONTE DE PAGAMENTO RISCOS
CR
ÉD
IT
O
 P
AR
A 
CA
PI
TA
L 
DE
 G
IR
O
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a 
da
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co
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pr
om
iss
os
 d
e 
cu
rto
 p
ra
zo
)
Cheque 
especial
Atender a necessidade 
emergencial
O pagamento é feito com 
caixa gerado na venda de 
bens e serviços
Falta de controle. 
Utilização de limite 
sem planejamento, 
pagamento de altas 
taxas de juros
Capital de giro 
Dar suporte à 
necessidade de recursos 
em giro
Parcelas mensais, com 
o caixa gerado em 
decorrência das vendas e 
dos lucros
Desvio para outras 
finalidades, ou investir 
na compra deativos 
fixos
Capital de giro 
sazonal
Dar suporte ao aumento 
periódico em ativos 
circulantes
O pagamento é feito 
quando o caixa for gerado, 
e deve acompanhar a 
temporada de pico de 
vendas do tomador
Desvio para outras 
finalidades, ou investir 
na compra de ativos 
fixos
Desconto de 
títulos
Dar suporte aos ativos 
circulantes, quando o 
capital não for suficiente
A liquidação é efetivada 
quando o título for 
liquidado
Cliente não honrar 
o pagamento e 
comprometer o caixa 
gerado no mês
Desconto de 
Cheque
Dar suporte à 
necessidade de recursos 
em giro
A liquidação é efetivada 
quando o cheque for 
descontado
Cliente não honrar 
o pagamento e 
comprometer o caixa 
gerado no mês
Antecipação 
de crédito ao 
Lojista (vendas 
de cartão de 
crédito)
Dar suporte à 
necessidade de recursos 
em giro
A liquidação é efetivada 
na data prevista para 
recebimento do crédito
Descontrole dos 
recebíveis, e que o 
crédito se torne rotina
FI
N
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to
 e
 m
od
er
ni
za
çã
o)
FNE, BNDES 
Automático, 
PROGER
Dar suporte à 
compra de ativos 
permanentes (máquinas, 
equipamentos, reformas, 
construções, veículos 
etc.)
Pagamento feito através 
de amortizações mensais, 
prolongado e baseado 
no retorno destes 
investimentos através 
dos lucros gerados pelas 
operações normais do 
negócio
Descontinuidade do 
negócio. Visão de curto 
prazo por parte do 
empresário.
Imediatismo
FINAME
Dar suporte à compra 
de ativos permanentes 
(máquinas, equipamentos 
novos)
Pagamento feito através 
de amortizações mensais, 
através dos lucros gerados 
pelas operações normais 
do negócio
Descontinuidade do 
negócio. Visão de curto 
prazo por parte do 
empresário
Cartão BNDES
Cartão com limite pré-
aprovado para compra de 
máquinas, equipamentos, 
software, móveis, veículos 
e insumos
Pagamento feito através 
de amortizações mensais, 
através dos lucros gerados 
pelas operações normais 
do negócio
Descontinuidade do 
negócio
Para quem está iniciando o negócio é normal ter algumas desconfianças por 
parte do investidor, que irá buscar as mais diversas garantias para assegurar o 
retorno do capital investido na sua ideia de negócio, considerando os seguintes 
aspectos na hora de analisar a sua solicitação de crédito:
27
RENTABILIDADE
O que se espera obter com este 
investimento?
LIQUIDEZ
O negócio vai gerar caixa 
suficiente para honrar o crédito na 
data estipulada do pagamento?
SEGURANÇA 
Qual o risco desse negócio?
7 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS QUE APOIAM 
OS POTENCIAIS EMPREENDEDORES
O Sistema Financeiro Nacional é formado por instituições sólidas e 
capitalizadas que contribuem para o fortalecimento da economia por 
meio de intermediação dos recursos financeiros, captando recursos das 
pessoas e empresas que têm disponibilidade para fazer aplicação e 
emprestando para quem necessita financiar seus projetos empresariais. 
Assim, contribui para o desenvolvimento do país, com o chamado crédito 
produtivo. Além disso, liberam crédito para o consumo, aumentando o 
poder de compra dos consumidores.
Destacamos algumas instituições que são fontes de crédito para os mais 
variados públicos:
• Bancos públicos e privados – Operam com as mais variadas linhas de 
crédito para capital de giro e investimento e oferecem grande número de 
produtos e serviços bancários úteis para a gestão das empresas, tais como: 
cobrança, recebimento de contas, transferências de recursos, poupança, 
captação de depósito à vista e a prazo.
• BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
– É responsável pela política de investimentos de longo prazo do Governo 
Federal. Sua atuação é voltada para impulsionar o desenvolvimento econômico 
sustentável e diminuir o desequilíbrio regional.
• Bancos de desenvolvimento estadual e regional – São instituições 
financeiras que oferecem financiamentos para projetos empresariais e 
contribuem para o fomento ao desenvolvimento econômico regional.
• Cooperativas de crédito – Instituições constituídas na forma associativa, 
28
sem fins lucrativos, com o objetivo de prestar assessoramento técnico e 
assistência creditícia a seus associados. Geralmente oferecem os mesmos 
produtos e serviços disponibilizados pelos bancos.
• Instituições de microcrédito – Organizações que atendem à demanda 
de crédito de baixo valor para pequenos negócios. 
• Financeiras – São sociedades de crédito, financiamento e investimento cuja 
função é financiar bens de consumo duráveis aos consumidores finais. 
8 SERVIÇOS FINANCEIROS OFERECIDOS PELOS BANCOS
Os serviços financeiros oferecidos pelas instituições de crédito vão além da 
oferta de empréstimos e financiamentos. Os bancos oferecem uma gama de 
serviços financeiros que contribuem para a melhoria da gestão das empresas:
 
Serviço O que é Benefícios Cuidados ao adquirir
Conta corrente
Instrumento que permite a 
movimentação dos recursos 
por meio de depósitos e 
saques
• Relacionamento com o sistema 
financeiro
• Segurança e comodidade
• Melhor gestão financeira (separa 
receitas e gastos empresariais dos 
pessoais)
• Pesquisar o valor da 
tarifa bancária
• Cuidado para não 
emitir cheque sem 
fundos
Custódia de 
cheque
Guarda de cheques pré-
datados recebidos pela 
empresa e compensados nas 
datas programadas
• Segurança
• Melhor organização interna
• Aumento das despesas 
bancárias
• Custo para reverter a 
operação de custódia
Gerenciador 
financeiro 
eletrônico
Aplicativo que possibilita 
a conexão com o sistema 
informatizado dos bancos. 
Permite realizar serviços 
bancários sem sair da 
empresa
• Comodidade
• Organização
• Mobilidade na execução de 
transações bancárias
• Redução das despesas bancárias
• Níveis de acesso
• Acesso em 
computadores públicos
• Despesas com 
atualizações dos 
software
Pagamento 
eletrônico de 
salário
Pagamento de salários aos 
funcionários via transferência 
de arquivo ou via gerenciador 
financeiro
• Segurança
• Inclusão bancária dos funcionários
• Economia de tempo
• Obrigatoriedade 
de abertura de conta 
corrente para funcionário
29
Cesta de 
produtos 
financeiros para 
funcionários
Utilização dos serviços e 
produtos bancários pelos 
funcionários, tais como: 
cartões de crédito, crédito 
consignado, poupança, entre 
outros
• Aumento da disponibilidade 
de caixa (a empresa deixa de ser 
fonte de crédito extra, como o vale, 
passando esse papel para os bancos) 
• Aumento das despesas
• Descontrole financeiro 
dos funcionários
Cobrança 
bancária
Cobrança por meio de 
boletos, de acordo com a 
negociação realizada
• Redução da inadimplência
• Recebimento em dia
• Organização das vendas a prazo
• Facilidade de pagamento pelo cliente
• Redução de gastos
• Melhoria do atendimento
• Facilidade para protestar títulos
• Aumento das despesas
• Distanciamento dos 
clientes
Recebimentos 
de vendas com 
cartões de 
crédito e de 
débito
O valor das vendas 
realizadas por meio de 
cartão de crédito e débito 
é debitado diretamente na 
conta corrente da empresa, 
descontada a taxa de 
administração
• Aumento das vendas 
• Fidelização
• Redução da inadimplência
• Antecipação de recebíveis 
• Acesso a capital de giro
• Aumento das despesas
• Necessidade 
de pesquisa da 
credenciadora
Cartão 
empresarial
Cartão com função de débito 
e crédito para a empresa
• Compra a prazo
• Controle das despesas externas
• Melhor gestão financeira
• Planejamento financeiro
• Acesso ao crédito
• Utilização inadequada
• Pontualidade de 
pagamento
• Adequação
do limite de crédito
Débito 
automático
Autorização aos bancos para 
efetuar débitos na conta 
corrente, referente a diversas 
despesas, nos respectivos 
vencimentos
• Comodidade
• Ganhos financeiros
• Redução de risco de atraso de 
pagamento
• Organização
•Necessidade de
maior controle da
conta corrente
A utilização dos serviços oferecidos pelos bancos requer um controle cuidadoso 
dos recursos que circulam na conta corrente da empresa. É fundamental a 
realização constante dos acompanhamentos, através da conciliação bancária, 
para evitar possíveis descontroles.
9 DICAS FINAIS
Antes de tudo, é preciso se certificar de que os financiamentos são mesmo 
necessários. Dinheiro emprestado deve ser bem aplicado para não transformar 
o sonho num pesadelo. É necessário equacionar as possibilidades da realização 
das vendas com os pagamentos.
Antes de fechar um contrato de operação de crédito, não deixe de analisar se o 
resultado que a empresa vai gerar é suficiente para honrar o pagamento. Se sua 
30
meta for captar recurso para investir, lembre-se: o crédito só é viável se os custos 
das operações forem menores que as margens de lucro resultantes do investimento. 
ANALISE TODOS OS CUSTOS DA OPERAÇÃO
Ao calcular os custos da operação, leve em conta os possíveis encargos 
adicionais como seguros de crédito, tarifa de abertura de crédito, registros 
de títulos que porventura venham garantir a operação e de elaboração de 
contrato. Tais custos podem alterar consideravelmente o valor da(s) parcela(s). 
Compare o Custo Efetivo Total (CET) da Operação.
PESQUISE AS TAXAS
Ao pesquisar e comparar as taxas junto às Instituições é importante considerar, 
também, as diversas modalidades de crédito e buscar aquela que está de 
acordo com a sua necessidade de capital. Considere ainda que as taxas podem 
oscilar de acordo com o prazo e garantias oferecidas.
PREPARE A DOCUMENTAÇÃO CORRETA
O tomador frequentemente não avalia o número de informações que devem 
ser fornecidas antes que se possa efetuar um empréstimo. Na hora de procurar 
o gerente, tenha em mãos a documentação da empresa, as declarações de 
Imposto de Renda e as certidões negativas do INSS e do FGTS. O empresário 
muitas vezes se surpreende ao descobrir que apenas uma boa ideia não é 
suficiente para obter crédito. É necessário apresentar um plano de negócio, 
traduzindo a ideia em algo possível de ser realizado. 
A documentação completa também pode dar agilidade à operação. 
Quanto mais informações você encaminhar ao banco, mais rápida será a 
análise do crédito.
JUSTIFIQUE O MOTIVO DO CRÉDITO
Deixe claro como utilizará o dinheiro, informe detalhes sobre o prazo de retorno 
e a margem de lucro prevista após o investimento. A maioria dos bancos pede 
que você preencha um formulário com tais informações.
SEPARE AS CONTAS DO NEGÓCIO DAS DESPESAS PESSOAIS
Fuja da tentação de recorrer ao crédito pessoal para financiar o negócio. 
A manobra, apesar de prática, custa caro. Separe o caixa da empresa do 
pessoal. Esta prática atrapalha o banco na hora de analisar as finanças da 
31
empresa, reduzindo as chances de conseguir um bom limite de crédito ou juros 
adequados. Realize controles como fluxo de caixa.
PREVINA-SE PARA EMERGÊNCIAS
É sempre bom ter um banco parceiro, ter um limite pré-aprovado para 
eventualidades, e com juros mais baixos. A melhor negociação é quando não 
se está muito necessitado.
10 BIBLIOGRAFIA
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7a ed. São 
Paulo, Harbra, 1997.
HOJI, Masakazu. Administração financeira. Uma abordagem prática. São 
Paulo, Atlas, 2006.
ROSS, Stephen A. WESTERFIELD, Randolph W., JAFFE, F. Jaffe. 
Administração financeira – corporate finance. São Paulo, Atlas, 1995.
SCHRICKEL, Wolfgang Kurt. Análise de crédito: concessão e gerência de 
empréstimos. São Paulo: Atlas, 1994.
SEBRAE http://www.biblioteca.sebrae.com.br. Acesso em jun./2013. 
http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/
Cartilha-Manual-ou-Livro/Como-Elaborar-um-Plano-de-Negocio
http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0048/noticias/numeros-
a-seu-favor?page=1. Acesso em jul./2015.
http://www.sebrae.com.br/uf/pernambuco/orientacao-empresarial/planeje-
sua-empresa/analise-financeira/BIA_35. Acesso em jul./2015.
Apostila Finanças Pessoais, módulo I, Cursos 24Horas 
http://dinheirama.com/blog/2013/01/27/download-gratis-do-ebook-
educacao-financeira-um-estilo-de-vida/. Acesso em jul./2015.
32
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