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Analise Tributaria

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Análise Tributaria
Compliance é uma função que envolve a conformidade da empresa às leis e normas de órgãos regulamentadores. Um dos seus objetivos é corrigir e prevenir desvios que possam trazer conflitos judiciais para o negócio, sendo comumente atrelado à luta anticorrupção.
a implementação do compliance em uma organização consiste em definir regras e procedimentos para assegurar a conformidade com:
· A governança corporativa;
· Os padrões de conduta ética;
· Os controles internos e externos.
Desse modo, o propósito maior do compliance é evitar problemas no futuro, com a adoção de práticas para cumprir as normas e leis, ou seja, estar em conformidade legal. Além disso, compliance também visa assegurar relações éticas e transparentes nas empresas.
Com isso, é fácil perceber que os maiores benefícios obtidos com a adoção dessa prática em uma organização são:
· Fortalecer uma imagem positiva da empresa;
· Aumentar a credibilidade do negócio;
· Aprimorar a governança corporativa e a captação de parceiros no mercado;
· Atrair mais investimentos por ser mais valorizada no mercado financeiro;
· Obter maior potencial para a atração e retenção de talentos;
· Diminuir os riscos de dificuldades jurídicas, financeiras e legais;
· Permitir que as ações da empresa se tornem transparentes, justas e sustentáveis;
· Fortalecer a cultura organizacional;
· Preservar a integridade da companhia.
 Conheça os pilares de sustentação do compliance:
De forma a implementar o compliance com efetividade, determinados fundamentos devem ser considerados. Um programa de compliance ou integridade envolve todas as áreas de negócio e também de apoio da empresa. Abaixo listamos os componentes, ou pilares mínimos de um bom programa de compliance.
1.º – Comprometimento da alta direção da empresa com o programa de compliance
Tudo começa com a adesão dos executivos de todos os níveis da empresa, para que o programa tenha legitimidade e sirva de estímulo para todos os envolvidos no processo.
2.º – Mapeamento e gestão de riscos
Os riscos de qualquer negócio estão diretamente ligados ao não cumprimento de leis e normas éticas. Por isso, é fundamental uma avaliação a partir de um mapeamento dos riscos que envolvem a empresa.
3.º – Código de Conduta e Ética, Políticas e Procedimentos 
É preciso desenvolver um documento formal para apresentar os padrões de conduta da empresa, que devem contemplar a política de integridade e transparência adotada.
Sem dúvida, o código de conduta assegura a formação de uma cultura organizacional baseada nos princípios de integridade e ética. Além de aumentar a competitividade no mercado. Por isso, já é tida como cultura organizacional de compliance.
Um código de conduta ética tem o papel de servir como orientador maior das condutas de todos os envolvidos com a organização. Nesse sentido, busca estabelecer meios para melhorar os relacionamentos tanto internos quanto externos.
Além de funcionar como importante instrumento para solucionar conflitos de interesses e alinhar os objetivos da organização com a comunidade em seu entorno.
Salientamos que os controles internos são fundamentais para evitar a ocorrência de riscos, de natureza regulatória ou de reputação. De fato, permitem que a gestão possa acompanhar a conformidade da empresa em termos de obrigações externas e código de conduta.
Nesse sentido, os sistemas informatizados facilitam o processo, pois permitem maior rapidez e facilidade para obtenção de informações em tempo real para o controle interno.
4.º – Comunicação e treinamento
A adoção de práticas de compliance só fazem sentido se forem amplamente conhecidas por todos os envolvidos com a empresa. Pois, para colocar em prática, devem entender a mudança e qual é o papel a ser desempenhado por cada um.
Desse modo, os treinamentos são de grande importância e devem ser realizados periodicamente, visando garantir o processo de mudança, adaptação e aprimoramento. 
Saiba que é preciso ter um cuidado muito especial com a implementação de um programa de compliance desde seus momentos iniciais. Isso porque se as ações de divulgação e conscientização não forem constantes e consistentes, os resultados não serão alcançados.
Principalmente, porque todo processo de mudança afeta o clima organizacional e se os funcionários sentirem o programa como uma ameaça, o resultado tende a não ser positivo. Portanto, é fundamental que seja bem divulgado e conhecido por todos desde o início.
5.º – Canais de denúncia e investigações internas
Esta é uma ferramenta importante para a prática de um programa de compliance, já que assegura a existência de um canal para receber denúncias e realizar investigações a respeito de irregularidades ocorridas na empresa.
Para os clientes, parceiros, colaboradores, fornecedores e comunidade é uma forma para se manifestarem com segurança, sem medo de represálias. Inclusive, dependendo da situação, podem oferecer provas ou indicativos para chegar aos responsáveis. 
Além disso, um canal de denúncia e investigações funciona como um meio de assegurar o cumprimento do programa de compliance no ambiente empresarial. Este evidencia o comprometimento da direção com a assertividade dessa prática implementada.
6.º – Due diligence
No mundo corporativo, em diversas ocasiões, há a necessidade de realizar uma análise minuciosa. Em operações como fusões e aquisições ou realização de aportes financeiros em empresas privadas, por exemplo, esta análise demanda uma investigação conhecida como due diligence.
Esta diligência combina pesquisas, auditorias, análises e diagnósticos com o objetivo de averiguar se uma empresa está cumprindo corretamente suas obrigações nas áreas jurídica, financeira, contábil, trabalhista, ambiental, entre outras e se adota as melhores práticas de GRC (Governança, Riscos e Conformidade).
No entanto, a due diligence não se restringe apenas às operações mencionadas acima. Tal prática passou a ser também recomendada para avaliar potenciais parcerias comerciais e contratações de fornecedores, a fim de prevenir futuros problemas. A profundidade da due diligence pode depender do tipo de negociação a ser firmada, podendo ser mais ou menos detalhada, demandando ou não uma auditoria de documentos da empresa avaliada.
7.º – Auditoria e monitoramento
A partir da auditoria e monitoramento constante é possível manter a assertividade do programa de compliance. Desta forma, assegura a conformidade legal e o cumprimento do código de conduta ética adotado.
Além de permitir com facilidade a detecção de qualquer tipo de irregularidade, que venha a comprometer os negócios e a imagem da empresa no mercado. 
Para implantar um programa de compliance na sua empresa, é necessário seguir os seguintes passos:
1.º – Engajar e ter o comprometimento da a alta administração;
2.º – Estruturar a área de Compliance e constituir o Comitê de Compliance;
3.º – Realizar o mapeamento dos riscos de compliance na empresa;
4.º – Elaborar o código de conduta ética, as políticas e procedimentos de apoio, de linguagem acessível e com clareza;
5.º – Criar o canal de denúncias, dando condições para que as inconformidades possam se relatadas, sem medo de punições e perseguições;
6.º – Informar aos funcionários da necessidade e importância de seguir os padrões de conduta estabelecidos no código elaborado e treiná-los com base nas políticas a serem adotadas;
7.º – Realizar o mapeamento de processos internos, auditorias e adaptação de processos;
8.º – Monitorar, gerenciar e aprimorar continuamente o programa e os processos de Compliance.
Para manter uma gestão contábil eficiente sobre os tributos da empresa, convém desenvolver um planejamento específico, chamado de “planejamento tributário”.
O planejamento tributário é uma ferramenta da contabilidade que ajuda a empresa a pagar corretamente seus impostos, taxas e contribuições e, ainda, identificar meios de melhorar a carga tributária dentro da lei. Isso porque usar medidas indevidas para não pagar impostos configura sonegação fiscal, uma infração severamente punida pelaReceita Federal.
Quando a gestão contábil consegue reduzir tributos por meio de medidas que não infringem a lei, ele está praticando elisão fiscal. O planejamento tributário ajuda exatamente a fazer isso. 
Cada estado e município tem suas regras a respeito de tributação. Como não há um parâmetro nacional em todo o país, o gestor pode se atrapalhar e perder alguma oportunidade de reduzir a carga tributária. Uma das grandes contribuições que o planejamento tributário oferece é que ele procura evitar o fato que gera o tributo (fato gerador).
Em alguns casos, por exemplo, existe a isenção de impostos e a empresa deve aproveitar essa oportunidade outra possibilidade é prorrogar o pagamento. Um dos fatores que favorecem o crescimento da empresa é a legalidade, os empreendedores que tentam enganar a lei acabam se dando mal e eles podem ser multados e até presos correndo o risco de seu negócio ser interditado ou fechado.
Para realizar um bom planejamento tributário, recomenda-se:
· reunir uma equipe qualificada;
· definir um cronograma de ação;
· reunir as informações sobre as bases de cálculo (faturamento, compras, serviços contratados pela empresa, despesas com folha de pagamento, despesas operacionais, quadro societário, investimentos e fontes de recursos);
· fazer análises e simulações necessárias.
Para efetivar o planejamento tributário e uma gestão contábil eficiente é contar com a assessoria de profissionais terceirizados, ou seja, em vez de ter uma equipe própria, pode-se contratar os serviços de um escritório de contabilidade para cuidar dos tributos da empresa.

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