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O mundo dentro da pele. 
Professora: Alexandra Veras 
 
Comportamento para a análise do comportamento: 
 As respostas de um organismo interagem com os estímulos ambientais, e esses estímulos, interferem nas respostas do organismo. 
 Essa resposta é qualquer atividade que aconteça com o organismo. 
 Ex.: pensamento, fala, reação fisiológica (todos esses são respostas). 
 Estímulos: eventos ambientais que interferem nas respostas dos organismos. 
 As respostas nem sempre são visíveis. Podem ser dentro ou fora da pele. No sentido de serem visíveis/ manifestas. 
 Ex. de estímulo dentro da pele: dor de barriga. Essa é uma resposta que está sob controle de uma estimulação privada. 
 
Eventos privados 
 Eventos que acontecem dentro da pele do indivíduo; 
 Somente o indivíduo tem acesso a esses eventos. 
 Exemplos de eventos privados: 
o aumento do batimento cardíaco; 
o frio na barriga; 
o dores (relações respondentes). 
 Todas essas sensações são eliciadas a partir de algum estímulo, esse estímulo pode estar dentro do organismo ou não. 
 sensações de fome; sensação de cansaço (sensações corporais); 
 pensamentos (comportamento verbal) 
 A análise do comportamento tem interesse em acessar esses eventos privados para favorecer a mudança de comportamento do 
indivíduo em outros contextos 
 Correlatos públicos- Ensinar respostas descritivas das condições internas usando condições públicas correlatas. 
 nomear algo, não pelo acesso aquela sensação, mas por acesso a um correlato público, alguma sensação que se aproxima daquela e 
que é pública, ou seja, que outras pessoas têm acesso. Ex.: uma criança está com dor de barriga pela primeira vez. Ela coloca a mão 
na barriga, diz “ai”, alguém vai e nomeia aquilo, não por ter acesso ao que a criança está sentindo, mas por ter acesso ao correlato 
público. 
 Essa descrição pode não ser tão precisa e depois a pessoa não saber descrever seus sentimentos, não saber o que está sentindo dentro 
da pele, das reações fisiológicas dela. 
 Metáforas- correlato público descrito por meio de metáforas. Maneiras que a nossa comunidade vai ensinando às pessoas a entrar em 
contato e descrever os eventos privados. Aquela sensação está relacionada a outra. 
 Ex.: minha cabeça está explodindo. A cabeça não vai explodir, mas mostra como a sensação está forte e a semelhança com a explosão 
no sentido de latejar, de expandir 
 Comunidade verbal consegue ensinar uma pessoa a descrever muitos dos seus estados orgânicos, mas essas descrições nunca são 
totalmente precisas. 
 Muita dificuldade em diferenciar os próprios sentimentos, sem conseguir descrever as sensações. O clínico vai trabalhar de maneira 
semelhante aos indivíduos da comunidade e ensinar o indivíduo a perceber o próprio corpo e a identificar as coisas que estão 
acontecendo dentro do próprio corpo. 
 Apesar da aparente intimidade com o mundo “dentro da pele”, esse conhecimento nem sempre está disponível. 
 O clínico tenta levar o paciente a compreender-se, salientando relações causais de que este ainda não havia tomado consciência. 
 Ex.: pessoa relata que está com taquicardia. O clínico não tem acesso, mas pode fazer perguntas para tentar identificar se aquela pessoa 
sente taquicardia em determinada situação. Ex.: O que você sente quando encontra fulano? 
 E vai tentando refinar a observação dessa sensação. Continua perguntando: você percebe se você sua mais? 
 Vai tentando buscar quais são as emoções que a pessoa sente naquele momento específico. 
 A análise do comportamento se interessa pelas causas antecedentes, que estão no ambiente. 
 Sentimento- como simples resposta de estímulos. 
 Relato- produto de contingências verbais, organizadas por uma comunidade. 
 Uma pessoa que se ‘tornou consciente de si mesma’ por meio de perguntas que lhe foram feitas está em melhor posição de prever e 
controlar seu próprio comportamento”. (SKINNER,) 
 Expressa um conhecimento sobre o próprio comportamento. Resposta mais provável diante de um estímulo específico. Modificação 
de variáveis ambientais para aumentar a probabilidade 
 de ocorrência do comportamento desejado.Referências 
 
SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix e Editora da Universidade de São Paulo, 1995. Capítulo 1. 
Livro texto e aula disponíveis no sistema online. 
 
 
Psicologia Comportamental. Professora: Alexandra Veras 
 
TEORIA EVOLUCIONISTA: 
 Teoria da seleção natural utilizada como referencial para falar do comportamento. 
 Filogênese (história evolutiva): a história evolutiva de qualquer espécie, pode ajudar a compreender seu comportamento. 
 Indivíduo possui uma herança de genes que foram selecionados ao longo de gerações, por promoverem comportamentos que 
contribuíram para melhor reprodução e interação com o ambiente. Ou seja, uma série de eventos no decorrer de um período 
prolongado, chamada de seleção natural. A análise do comportamento utiliza essa explicação da história evolutiva. Representa uma 
explicação incomum entre as ciências. Vai se aplicar ao comportamento operante. 
 Explicação histórica: outras explicações científicas se preocupam com a maneira como as coisas são organizadas em um dado 
momento. O mecanismo explica o fenômeno. 
 Grande parte do comportamento se origina da herança genética derivada da filogênese. Exemplos: 
o “Por que o sol nasce de manhã”? 
o “ Por que as girafas têm pescoços compridos”? 
 A explicação sobre o sol refere-se a eventos do instante, “a rotação da terra no momento em que o sol nasce”. 
 A explicação sobre as girafas exige uma análise que faz referência ao nascimento e à morte de inúmeras girafas e dos seus 
antepassados de milhares de anos. 
 
SELEÇÃO NATURAL 
• Variação ambiental e genética dos indivíduos. 
• No caso das girafas, teve influência pelas alterações do clima, da vegetação, quem tinha pescoço maior comia mais, vivia mais, deixava 
mais descendentes, que provavelmente carregavam essas variações genéticas. 
• A seleção natural fornece os reflexos e padrões fixos de ação, a capacidade de condicionamento respondente, a capacidade de 
comportamento operante, os reforçadores e punidores. 
 
TRÊS CONDIÇÕES PARA QUE OCORRA ESSE PROCESSO DE SELEÇÃO: 
• Fator ambiental sempre presente: é necessário que a característica nova ou diferente do ambiente esteja sempre presente. Exemplo: 
a vegetação alta. 
• “Vantagem” genética (e não ambiental): a vantagem para a sobrevivência deve ser de base genética e não algo aprendido depois do 
nascimento. Exemplo: girafas de pescoço mais longo, tendem a ter mais descendentes de pescoço maior. 
• Competição: deve haver competição por recursos naturais. Recursos suportam apenas uma população. Os descendentes bem-
sucedidos sobreviverão. 
• Aptidão: tendência de aumentar de uma geração para outra os genótipos. Quanto maior a aptidão de um genótipo, mais ele tende a 
se repetir nas gerações. Ex.: pescoço curto e pescoço longo das girafas. 
• Ao atingir a aptidão máxima de uma população, essa distribuição de genótipos da população é estabilizada. 
• A aptidão de um genótipo depende de produzir indivíduos que se comportam melhor do que outros – comer mais, correr mais 
rápido. 
• A seleção ocorre porque os indivíduos interagem com o seu ambiente e grande parte da interação é comportamento. A reprodução, 
importante para todo o processo, não pode acontecer sem os comportamentos. Exs.: acasalar, cortejar, cuidar da prole. 
• As melhores respostas dadas frente ao ambiente são fundamentais para a seleção natural. Ex.: evitar ser devorado, cuidar bem dos 
descendentes, atrair parceiro. 
 
REFLEXOS E PADRÕES FIXOS DE AÇÃO: 
 Ambos são produtos de uma história de seleção natural (ambiente passado). 
 Estímulos, sinais ou libertadores disparam os padrões. 
 A relação ambiente-comportamento é resultante de genótipo e não aprendido. 
 Reflexos: respostas a um desafio ambiental. Produto daseleção natural. Envolvem a manutenção da saúde, promoção da 
sobrevivência ou favorecimento da reprodução. Exs.: piscar, tremer, espirrar, liberar adrenalina em situação de perigo, excitação 
sexual. 
 Indivíduos que apresentavam mais fortemente esses reflexos tendiam a se reproduzir e sobreviver mais que aqueles que não 
apresentavam. 
 Padrões de comportamentos mais complexos, característicos de determinada espécie e que fazem parte de relações fixas com 
eventos ambientais. Exs.: “dança” do acasalamento do esgana-gato (pequeno peixe) macho, que inicia essa “dança” quando uma 
fêmea com ovas entra em seu território. Ele faz uma série de movimentos ao seu redor e ela responde aproximando-se do ninho 
dele. 
 Estímulos-sinal ou liberadores- eventos ambientais que induzem padrões fixos de ação, ou disparam esses padrões. 
 Reflexos e reações comportamentais são importantes para a aptidão. Se os reflexos e os padrões fixos de ação são muito fracos ou 
muito fortes, apresentam genótipos menos aptos. 
 São reações que aumentam a aptidão por serem imediatamente induzidos se necessário. 
 Tanto os estímulos liberadores como os padrões de ação fixa, podem ser considerados como relações em que um estímulo induz a 
uma resposta. E são considerados característicos de uma espécie por serem traços constantes e por isso incorporados, resultantes do 
genótipo e não modificados pela experiência. 
 Foram selecionados por longos períodos de tempo em que o ambiente permaneceu estável o suficiente para manter a vantagem dos 
indivíduos que tinham o comportamento mais adequado. Selecionados pelo ambiente do passado. A relação ambiente-
comportamento é resultante de genótipo e não aprendido. 
 Padrões fixos de ação nos seres humanos não são fáceis de serem identificados, pois estes são modificados pela aprendizagem 
posterior. Alguns são universais, em respostas de situações perigosas, por exemplo: fugir de um incêndio, afastar a mão do fogo, 
sorriso. 
 No ser humano, os padrões fixos de ação podem ser modificados ou eliminados por meio de treino cultural. 
 
CONDICIONAMENTO RESPONDENTE: 
 Tipo simples de aprendizagem que ocorre com reflexos e padrões fixos de ação. 
 Pavlov- resultado da aprendizagem. Quando um novo reflexo, condicional à experiência tinha sido aprendido. Quando um estímulo 
precede o ato de dar comida, o comportamento na presença desse estímulo se altera. Ex.: cão. 
 O mesmo condicionamento rege reações reflexas simples e padrões fixos de ação. 
 Outros pesquisadores identificaram que qualquer situação na qual comer tenha ocorrido frequentemente no passado, todos os 
comportamentos relacionados à comida, não apenas a salivação, tornam-se mais prováveis. Exs.: cães latem, abanam o rabo. 
 
REFORÇADORES E PUNIDORES: 
 Eventos filogeneticamente importantes e que são consequências de comportamentos. • As consequências tendem a modelar o 
comportamento. 
 Reforçadores: eventos que durante a filogênese aumentaram a aptidão por estarem presentes. Tendem a fortalecer o 
comportamento que o produz. Eventos “bons”. Exs.: alimento, abrigo, sexo. Trabalhar para conseguir abrigo e alimento. 
 Punidores: caracterizado pelos eventos que diminuíram a aptidão durante a filogênese. Tendem a suprimir (punir) o comportamento 
que os produz. Eventos “ruins”. Exs.: dor, frio, doença. Acariciar um cachorro e ser mordido. 
 
COMPORTAMENTO OPERANTE: 
• Comportamento operante: caracteriza-se por ações que são adquiridas por causa de suas consequências. 
• Resultado de uma relação entre um estímulo e uma atividade. Um evento filogeneticamente importante e um comportamento que 
afeta a sua ocorrência. 
 
CONTINGÊNCIA: 
 Uma consequência reforçadora ou punidora depende de uma atividade operante, se a atividade operante afeta a probabilidade da 
consequência. Ex.: estudar para a prova aumenta a probabilidade de passar. 
 Contingência positiva: relação positiva entre consequência e atividade. • Contingência negativa: relação negativa. 
 Quatro tipos de contingências que podem originar o comportamento operante: positiva e negativa e os dois tipos de consequências 
reforçadores e punidores. 
 
REFERÊNCIAS: 
Livro texto e aula disponíveis no sistema online. 
BAUM, William M. Compreender o Behaviorismo: comportamento, cultura e evolução [recurso eletrônico]. Tradução Daniel Bueno. 3. ed. – 
Porto Alegre: Artmed, 2019. Capítulo 4. 
 
 
Comportamento verbal e linguagem 
Professora: Alexandra Veras 
 
 Termo que define um tipo de comportamento que é reforçado pala mediação de outros. Essa mediação vem de pessoas treinadas 
pela cultura para exercer o papel, ou seja, está relacionado à mediação de outras pessoas que tiveram uma história cultural parecida 
com a de quem está emitindo o comportamento. 
 É um comportamento mantido, modificado e aprendido pelas consequências. 
 O falar é um dos tipos (e não o único) de comportamento verbal. A noção de comportamento verbal substitui muitas ideias 
tradicionais sobre a fala e a linguagem. ➢Comportamento verbal é um tipo de comportamento operante*. Pertence à categoria 
comportamental mais ampla que poderia ser chamada de “comunicação”. 
 Comportamento operante: é a relação entre a resposta e o estímulo produzido por ela, ou seja, é um comportamento em que a 
resposta é controlada por suas consequências. Ele altera o ambiente e é modificado por essas alterações. Ex.: Você está estudando, lá 
fora está muito barulhento e você liga o rádio para mascarar os ruídos. Um professor libera o aluno de fazer a prova caso ele tenha 
um bom comportamento. 
 Ocorre “comunicação” quando o comportamento de um organismo gera estímulos que afetam o comportamento de outro 
organismo. 
 Ex.: Suponha que duas pessoas estejam jantando. Uma delas pede para passar o saleiro que está mais próximo da outra pessoa. A 
consequência desse pedido, é receber o saleiro. Essa primeira pessoa se comportou – movimentou a laringe, os lábios, a língua, e 
assim por diante. Isso gera um estímulo auditivo, ouvido pelo outro. A fala, ou o pedido de passar o saleiro, foi reforçado pela entrega 
do sal. 
 O comportamento verbal, como qualquer comportamento operante, tende a ocorrer apenas no contexto em que tem probabilidade 
de ser reforçado. 
 A modificação ou a alteração do comportamento verbal depende de uma interação contínua entre falante e ouvinte. 
 Ele é modelado e mantido pelas consequências do ambiente. 
 As pessoas que ouvem e reforçam o que uma pessoa diz são membros da comunidade verbal dessa pessoa – o grupo de pessoas que 
falam entre si e que reforçam as verbalizações umas das outras. 
 Em um experimento com pessoas sentadas em uma mesa de bar, notou-se que o comportamento verbal do sujeito mudava quando a 
taxa de aprovação mudava. Se a pessoa à direita expressava mais aprovação, o sujeito passava mais tempo falando com ela; se a 
pessoa da esquerda expressava mais aprovação, o sujeito passava mais tempo falando com essa pessoa. Conger e Killeen concluíram 
que as declarações de aprovação funcionavam como reforçadores. 
 Skinner (1957) definiu comportamento verbal como o comportamento operante que exige a presença de outra pessoa para ser 
reforçado. Essa outra pessoa, que reforça o comportamento verbal do falante, é ouvinte. 
 O importante é o efeito sobre o ouvinte, ou seja, os aspectos funcionais. 
 O comportamento operante de abrir a geladeira ou de dirigir um carro não pode ser chamado de comportamento verbal, pois não é 
necessária a presença de um ouvinte para reforçá-lo. 
 Para que uma ação seja considerada verbal, seu reforço tem de ser dispensado por outra pessoa, o ouvinte. 
 A maior parte do comportamento verbal depende de reforço social. 
 Quando você e eu conversamos, alternamos o papel de falante e ouvinte, com meus atos verbais servindo para reforçar seus atos 
verbais, e vice-versa. 
 À medida que a conversa continua, cada pessoa reforça o ato da outra e induz mais atos. 
O comportamento verbal exige apenas reforço intermitente para ser mantido. 
 O comportamento verbal é modelado* ao longo do tempo por aproximações sucessivas. 
 * modelagem- é o processo em que determinados comportamentos vão sendo reforçados até adquirirem uma forma esperada 
(condicionamento operante), aprendida. Através do reforço de aproximações sucessivas ao comportamento, são produzidas novas 
formas de comportamento operante. Esses comportamentos novos que aprendemos sempre surgem a partir de algum outro que já 
fazia parte do nosso repertório comportamental. O bebê aprende a falar a palavra mamãe, mas isso só vem depois de várias 
aproximações (resmungos, ficar falando mmm, mann), de vários comportamentos verbais que ainda não eram a palavra mamãe, mas 
que foram reforçados sucessivamente por meio da mãe, até que ele consegue emitir esse comportamento verbal de chamar mamãe. 
O comportamento aprendido por observação, por cultura, por costumes chama-se modelação. Temos então a modelagem e a 
modelação. 
 Para a criança que está aprendendo a falar, assim como para o adulto que fala frequentemente, o ouvinte desempenha um papel 
crucial. Sem ouvintes, ou sem a comunidade verbal, o comportamento verbal não poderia ser adquirido. 
 Suponha que uma desconhecida comece a falar com você em russo, e você não entende nenhuma palavra. Não há possibilidade de 
que esse comportamento seja reforçado. Trata-se de comportamento verbal? Você está sendo um ouvinte? 
 Embora a fala da desconhecida não possa ser reforçada nessa situação, trata se de comportamento verbal, porque foi reforçado em 
situações passadas pela comunidade verbal a que ela pertence. Esse tipo de comportamento é qualificado como verbal porque 
provém de uma história de reforçamento por uma comunidade de falantes e ouvintes. 
 A alteração da probabilidade futura de ocorrência do comportamento do falante está relacionada com o comportamento do ouvinte 
(membro da mesma comunidade verbal ao qual o falante pertence). 
 
Língua de sinais e gestos 
 O comportamento verbal não precisa ser só comportamento vocal, pode se dar também através da escrita e dos gestos. O 
comportamento verbal pode vir como uma parte de uma palavra, uma frase, uma palavra, um fonema, desde que seja uma unidade 
sob controle de estímulos. 
 Língua dos sinais- o melhor comportamento verbal não vocal. Quem faz o sinal age como falante, e quem responde age como ouvinte, 
mesmo que seja uma pessoa surda. 
 Para Skinner, o estudo das repostas verbais (o gesto, ou o texto, ou a frase) deve incluir as condições ambientais em que elas 
ocorreram. Não se deve estudá-las separadas. Ex.: ar condicionado. 
 É preciso considerar o comportamento do ouvinte e do falante, bem como, os variados aspectos do ambiente (seja ele social ou 
físico), com os quais o comportamento mantém conexão. 
 Entre os estímulos discriminativos mais importantes que modulam o comportamento verbal, estão os estímulos auditivos e visuais 
produzidos pela pessoa que está no papel de falante. Tendo atuado como ouvinte para a outra pessoa, posso atuar como falante e 
produzir estímulos discriminativos que afetam seu comportamento. 
 O “significado” do comportamento verbal está em seu uso, suas consequências dentro do contexto. 
 Ex.: rato que puxa corrente dentro da caixa e recebe água e alimento e criança que está com fome na presença de ouvinte e recebe 
água e alimento. 
 
Tipos de operantes verbais: 
 Mando: são respostas verbais, vocais ou motoras controladas por eventos encobertos, ligados a estados motivacionais ou afetivos e 
mantidos por consequências que reduzam a privação ou eliminam estímulos aversivos. Os mandos incluem não apenas pedidos, mas 
também ordens, perguntas e mesmo conselhos. Exemplos: um pai diz para seu filho “Você deve estudar álgebra este ano”, essa frase 
também é um mando, cujo reforçador é o filho estudar álgebra. 
 Quando o reforçador de uma verbalização é bem especificado, a verbalização é um mando. são mais diretivas e dependem mais do 
reforço específico do que do contexto. 
 Tato: são respostas verbais, vocais ou motoras controladas por SD não verbais e mantidas por consequências geralmente sociais 
quando existe correspondência entre SD e resposta. 
 Os reforçadores dos tatos, embora não especificados, são em geral convencionalmente sociais: respostas como gratidão e atenção. 
 Os tatos compreendem um variado conjunto de verbalizações. Como por exemplo: opiniões e observações; respostas a perguntas; 
nomear pessoas, objetos e eventos. 
 Exs.: “Meu filho está usando uma camisa azul”, “Estou com uma dor no ombro”, “Você pode pegar o ingresso no guichê número 
dois”. 
 São mais informativas e dependem mais do contexto específico do que do reforço. 
 Ecóico: são respostas verbais vocais controladas por SD verbal auditivo e mantidas por reforçadores sociais. Exemplo: diante de um SD 
(verbal-vocal), ouvir “cachorro”, e a resposta é vocal, falar “cachorro”. 
 Textual: são respostas verbais controlada por um S verbal – um texto. 
 Transcrição: são respostas verbais (escrita) diante de um SD (verbal ou escrito) e a consequência é um reforçador generalizado, 
denominado reforço educacional. É dividido em cópia (há um S verbal escrito e uma resposta verbal escrita – ler flores e escrever 
flores) e ditado (há um S verbal sonoro e uma resposta verbal escrita). 
 
Referências: 
 BAUM, William M. Compreender o Behaviorismo: comportamento, cultura e evolução [recurso eletrônico]. Tradução Daniel Bueno. 
3.ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019. Capítulo 7. 
 
Comportamento controlado por regras. 
Professora: Alexandra Veras 
 
Regras: 
 Toda cultura tem suas regras que, em geral, são ensinadas explicitamente. 
 Aprender regras requer papéis de falante e ouvinte. 
 A discriminar com base no comportamento verbal de falantes – interação com seus pais. 
 
O que é um comportamento controlado por regras? 
 É comportamento sob controle de estímulo discriminativo verbal (regra) Um SD verbal que indica uma contingência. 
 Contingência: “Se (ação) então (consequência)”. 
 Quando o pai diz: “Você tem que estar em casa até às 6 horas para jantar”, essa era uma regra que “controlava” o comportamento, 
porque as consequências de chegar atrasado eram muito desagradáveis. 
 A regra pode ser tanto escrita quanto falada. 
 Uma placa de “Proibido fumar” dentro de um elevador é um estímulo discriminativo verbal. 
 Discriminações que envolvem enunciados verbais de regras, tal como as regras de um jogo. 
 Comportamento controlado por regras x comportamento modelado implicitamente. 
 Todo comportamento operante – inclusive o controlado por regras – é modelado por reforço e punição. 
 A expressão modelado implicitamente*, nesse contexto, se refere ao comportamento que é modelado diretamente por 
consequências relativamente imediatas, que não dependem de ouvir ou ler uma regra. 
 *Pode ser também chamado de comportamento modelado por contingências. 
 O comportamento controlado por regras depende do comportamento verbal de outra pessoa (o falante), enquanto o comportamento 
modelado implicitamente não requer outra pessoa, depende apenas do comportamento do organismo, saber “como”. 
 Comportamento controlado por regras é comentado, dirigido, instruído sob controles de estímulos discriminativos verbais. 
 O comportamento modelado implicitamente surge sem instrução, frequentemente não se consegue falar sobre ele. Ex.: agarrar uma 
bola, montar na bicicleta e continuar na posição vertical. A pessoa pode demonstrar a atividade, mas não falar sobre ela. 
 Grande parte de nossos comportamentos, começam com instruções e passam a ser modelados implicitamente quando se apresentam 
próximos da sua forma final. Ex.: ginastas iniciantes antes de fazer uma acrobacia. Primeira tentativa rudimentar e praticar muitas 
vezes. 
 Relações não verbalizadas entre o movimento do corpo e a forma correta modelamo comportamento até que a forma esteja correta. 
 Outros exemplos: dirigir, escrever, tocar um instrumento musical. 
 A primeira aproximação grosseira, é controlado por regras, mas o produto final é modelado implicitamente. 
 Depois de modelado o comportamento, sabemos como nos equilibrarmos em uma bicicleta, mesmo que não possamos explicá-lo. 
 Prescrever regras quase sempre compreende saber sobre. 
 Regra: depende do comportamento verbal de outro, saber “sobre”. 
 Regra para Skinner é o estímulo discriminativo verbal que indica uma relação de reforçamento. 
 Quando estamos falando de comportamento operante, a “relação de reforçamento” significa uma relação entre atividade e 
consequência. 
 Ex.: Plantar e colher (tem uma relação de reforçamento). 
 
Porque as regras são verbais? 
 Elas são geradas pelo comportamento verbal de um falante  seguidas por um ouvinte, que reforça o comportamento do falante de 
formular a regra. 
 Quando o comportamento está sob controle dos estímulos discriminativos verbais, ele está sendo controlado por regras. 
 Os estímulos discriminativos verbais dependem de uma longa e poderosa história de seguir regras que começa logo após o 
nascimento. 
 O contato com a relação que produz a regra não precisa ser direto. Ex.: jogo de tênis, não preciso ter jogado tênis alguma vez na vida 
para ser capaz de dizer que a bola está fora quando cruza a linha; basta que eu tenha visto outras pessoas jogando. 
 A regra sempre indica algo de maior relevância, isto é, a relação que a regra atua sempre tem um prazo relativamente longo. 
 O importante da regra é fortalecer um comportamento que só trará compensações depois de um certo tempo. 
 
Comportamento governado por regras indica duas relações: 
 Curto prazo  relação de reforço próxima. É o motivo pela qual o comportamento é denominado controlado por regra. 
 O SD verbal fornecido pelo falante é a regra. Ele estabelece o contexto em que o comportamento pode gerar reforço próximo, em 
geral é oferecido por outros, como o falante. Diz-se que a relação é próxima porque o reforço é relativamente imediato. 
 Importante quando o comportamento está no início. 
 Ex.: estudar e tirar boa nota na prova 
 Longo prazo  relação de reforço última. Embora atue a longo prazo e seja definida imprecisamente, esta relação justifica a relação 
próxima, pois incorpora uma relação entre comportamento e consequência. 
 Ex.: estudante se formar 
 
Relação de reforço última: 
 Todos os reforçadores últimos ao afetar a aptidão como o fazem, se relacionam a quatro categorias de atividades ou resultados: 
• 1. Manutenção da saúde (sobrevivência); 
• 2. Obtenção de recursos; 
• 3. Fazer e manter relações (familiares e amigos; 
• 4. Reprodução. 
 A relação com reforço próximo e último dão ao comportamento verbal do falante a dupla função de ordenar e informar. 
 A regra e o reforço próximo podem ser temporários, mas se o comportamento for suficientemente fortalecido, ele entrará em contato 
com o reforço último e será mantido por ele. 
 
Exceção 
 Às vezes, o falante não teve nenhum contato com a relação, nem sequer indireto, mas está repetindo a regra de outra pessoa. 
 “Ouvi dizer” ou “Dizem que”. Ex.: “Ouvi dizer que você consegue um bom preço na loja da esquina”. 
 Mesmo que seja apenas uma repetição do que outra pessoa disse, o estímulo discriminativo para o comportamento do falante foi o 
contato com a relação. O contexto que induz qualquer verbalização que reconhecemos como regra é uma relação de reforçamento. 
 As regras do cotidiano encaixam-se na categoria “estímulos discriminativos verbais que indicam uma relação de reforçamento”. 
 Essa categoria também inclui estímulos que normalmente não seriam chamados de regras. Ex.: Quando um pai diz ao fillho “Não 
brinque perto da ferrovia porque você pode se machucar”, esse estímulo discriminativo verbal é uma regra porque o comportamento 
verbal do pai ao declará-la é induzido pela (ou indica a) relação: “Se uma criança brinca perto da ferrovia, então é mais provável que 
seja atropelada” 
 Dizer que uma regra “indica uma relação” é uma maneira resumida de dizer que está sob controle de estímulos pela relação. 
 Se você disser não às drogas, então é mais provável que as consequências prejudiciais de usá-las sejam evitadas. 
 Todas as instruções são regras. Ex.: Dizer a um estagiário no escritório: “Abra apenas um arquivo por vez; assim você não os mistura”. 
Um manual de instruções de uma mesa que precise ser montada, as instruções escritas são regras, que indicam implicitamente a 
relação de que, se você se comportar dessa maneira, então é provável que tenha uma mesa útil. 
 Desenhar um mapa ensinando a chegar em minha casa constitui comportamento verbal; o mapa constitui uma regra, e seguir mapas 
é comportamento controlado por regras. 
 Ordens, instruções e conselhos como regras indicam contingências (implícita ou explicitamente). Exemplos: “Não brinque na rua.”, 
“Direita, volver.”, conselhos de médicos, advogados, psicólogos. São situações que indicam que caso a regra não seja seguida, 
consequências aversivas poderão ocorrer. 
 Quando envolve regra, sempre existem duas contingências: a última (longo prazo) e a próxima (curto prazo). Regra é reforço próximo. 
Seguir regras é um comportamento reforçado socialmente (reforço próximo) e pode ser reforçado também pelo ambiente (reforço 
último). 
 Este, em geral, é definido de maneira pouco precisa. Se refere a reforçadores incondicionados (saúde, sobrevivência, bem estar etc. – 
aptidão). 
 Exemplo: “Não ande descalço. ” Caso a pessoa use sapatos, irá ser reforçada socialmente pelo emissor da regra e também vai se 
esquivar de possíveis acidentes e doenças por andar descalça. 
 Todas as pessoas que se comportam verbalmente têm grande parte de seu comportamento controlado por regras. 
 Elas não precisam seguir a “lei” ou as “normas” culturais. Regra é um conceito mais amplo do que lei, norma ou diretriz. Regra é todo 
estímulo verbal que indica contingência e, nesse sentido, mesmo os criminosos seguem regras, seja seu próprio código de conduta, 
sejam as regras comuns à nossa cultura, como “tome uma aspirina quando tiver dor de cabeça”. 
 Seguimento de regras: permite a cultura, permite transmissão de conhecimento. 
 Onde estão as regras? Internalizadas? Isso é mentalismo. 
 Estão no ambiente, sob a forma de sons e sinais (são estímulos discriminativos). 
 A regra não precisa estar presente no momento em que o comportamento ocorre. 
 Ex.: Quando alguém diz: venha aqui amanhã e a outra pessoa vai lá no dia seguinte, no momento em que ocorre o comportamento, a 
regra não está mais presente, mas o que controlou o comportamento (o estímulo discriminativo) foi a regra emitida no dia anterior. 
 Pedidos e ordens frequentemente se caracterizam como regras, especialmente quando podem ser vistos como ofertas ou ameaças. 
Instruções e conselhos também podem ser assim caracterizados. 
 
Referências: 
 BAUM, William M. Compreender o Behaviorismo: comportamento, cultura e evolução [recurso eletrônico]. Tradução Daniel Bueno. 3. 
ed.–Porto Alegre: Artmed, 2019. Capítulo 8. 
 
Reforçamento positivo como princípio norteador. 
PROFESSORA: ALEXANDRA VERAS 
 
Continuação... 
 Precisamos punir para evitar ou impedir as pessoas de agirem mal? 
 Não, podemos alcançar o mesmo fim com os reforçadores positivos e sem produzir os efeitos colaterais indesejáveis da coerção. A 
coerção é perigosa. 
 Ao invés de interromper uma conduta indesejada com um choque, podemos fortalecer as ações desejáveis para substituir as 
indesejáveis. 
 Nem todo controle é coercitivo. 
 Mas concentrar nossa atenção para reforçar positivamente não é a nossa maneira habitual de interação com os outros. 
 Adotamos, automaticamente, uma abordagem destrutiva para controlar comportamento. 
 
Alerta 
 Utilizar inabilmente o reforçamento positivo, pode fortalecertambém condutas indesejáveis e efeitos colaterais da coerção. 
 Ex.: se nunca damos atenção, afeição e outros reforçadores para a criança que batia no irmão bebê, exceto quando a criança se 
comporta mal, o resultado será o mal comportamento contínuo. 
 E se dermos reforçadores independentemente do que a criança faz, ensinará para ela que qualquer coisa funciona. E pode gerar uma 
criança mimada. 
 O uso de reforçadores positivos para crianças, para uma vida mais produtiva e mais feliz, deve ser colocado sem fazê-la sentir que 
sempre precisa fazer algo especial para obter amor e proteção dos pais. 
 O conjunto de reforçadores positivos, devem estar disponíveis para ela se sentir segura, protegida e com afeto. 
 É importante também, estabelecer contingências possíveis para a criança enfrentar. Nada muito complexo, adequado para a idade 
dela. 
 Bem como, distribuir reforçadores autênticos e consequências que satisfaçam a criança. E ainda, ver fracassos como oportunidades 
para ensinar e não para punir. 
 Reforçamento positivo serve apenas para criança? 
 Não, um apoio afetivo, a reciprocidade ajudarão a manter a continuidade de um relacionamento. 
 Amor dado sob coerção, manterá a continuidade da coerção. 
 Os idosos também necessitam de reforçamento positivo para construir e manter seu senso de valor e de segurança. Ao invés de trata-
los somente com respeito e bondade, é importante fazer com que eles contribuam com as suas possíveis habilidades como por 
exemplo: dar conselhos, ajudar no cuidado com as crianças, com o jardim, com ligações, fazer com que eles participem de viagens 
familiares, etc. 
 A perda de oportunidades de obter reforçadores positivos, é equivalente ao choque. 
 
Reforçadores positivos em instituições: 
 Vistos como aqueles que ameaçam a si mesmos ou a sociedade; ➢Relações sociais limitadas; 
 Privação de liberdade, de movimentos, de oportunidades; ➢Locais como espécie de reabilitação, de cura; 
 Coerção torna-se a técnica principal; 
 Obediência às normas e regulamentos substituem os objetivos educacionais, terapêuticos. 
 
Distorção no conceito de reforçamento positivo 
 “Reforçamento positivo” vira instrumento de coerção. 
 Através do uso incorreto da privação, onde, primeiro tentam tirar algo e devolvem no caso de um bom comportamento (um pouco de 
“liberdade”). 
 Ex.: Confinamento na solitária e deixar sair quando demonstravam arrependimento. Negar privacidade e dar um pouco quando 
executasse uma tarefa. 
 Técnicas coercitivas baseadas na privação socialmente imposta e na fuga e esquiva que tal privação gera. 
 A punição por meio de choques ou de privação, torna a fuga reforçadora. Se privamos prisioneiros, alunos, crianças ou outros de suas 
necessidades e direitos, para criar reforçadores, esses reforçadores serão negativos e não positivos. 
 Privação torna reforçadores positivos mais fortes, mas não é necessário impor privações para usar o reforço positivo. 
 
Contingências coercitivas impostas pela lei 
 Cursos para prisioneiros- leituras básicas, escrita, conversação, cálculos, memória e depois habilidades mais avançadas. 
 Exigências de notas altas- reforçamento continuado. 
 Disponível para todos que optassem pelo trabalho como parte dos deveres da prisão. 
 Créditos- aparecimento de outros reforçadores. 
 Aprendizado como novos reforçadores disponíveis para o mundo diferente das antigas contingências. 
 Reforçamento positivo é simples em princípio, mas é difícil de executar na prática. 
 
Referências 
SIDMAN, M. Coerção e suas implicações. Campinas: Editora Livro Pleno, 2003. Capítulo 16. 
 
Punição 
Professora: Alexandra 
 
Coerção: 
 Controle por reforçamento positivo e não coercitivo; coerção entra em cena quando nossas ações são controladas por reforçamento 
negativo ou punição. 
 Para ser classificado como um reforçador, a conseqüência de uma ação deve levar à repetição da ação. 
 Reforçamento, então, torna aquele ato mais provável no futuro. 
 Identificando um reforçador, podemos então usá-lo para substituir conduta indesejável por conduta desejável. 
 Contingências de reforçamento são uma fonte fundamental de controle comportamental. 
 Embora contingências de reforçamento controlem comportamento, elas não precisam ser sinônimo de coerção. 
 Reforçamento positivo e negativo: 
 No reforçamento positivo, a ação de uma pessoa é seguida pela adição, produção ou aparecimento de algo novo, algo que não 
estava lá antes do ato. 
 No reforçamento negativo uma ação subtrai, remove ou elimina algo. 
 Quando nosso comportamento é reforçado positivamente obtemos algo; quando reforçado negativamente removemos, fugimos ou 
esquivamos de algo. 
 Ambos os tipos de conseqüências tornam mais provável que façamos a mesma coisa outra vez. 
 Ambos são, portanto, reforçadores. 
 Podemos usar contingências positivas ou negativas para ensinar comportamento novo e para manter comportamento que está 
ocorrendo. 
 Ex.: rato de laboratório que ganha alimento quando aperta a barra. 
 O alimento é o reforçador positivo, enquanto a contingência positiva prevalecer, ele continuará pressionando a barra. 
 Quando produzimos coisas ou eventos que usualmente consideramos úteis, informativos, ou agradáveis em si mesmos, estamos sob 
o controle de contingências positivas. 
 Mas quando nos livramos, diminuímos, fugimos, ou esquivamos de eventos perturbadores, perigosos ou ameaçadores, reforçadores 
negativos estão no controle; com este tipo de controle eu falo de coerção. 
 Algumas vezes é difícil dizer qual é o controle, reforçamento positivo ou negativo ou ambos. Para descobrir, poderemos remover as 
conseqüências, uma de cada vez. 
 Tentar descobrir qual controle é exercido se é o positivo ou se é o negativo, nem sempre é fácil. Ex.: em uma entrevista de emprego, 
uma mulher recém-formada, apresenta um currículo com notas altas, provando uma habilidade para aprender. Não dá para saber se 
essas notas altas foram mantidas por meio de um reforçamento positivo, como honras e elogios familiares, ou se por meio do 
reforçamento negativo, humilhação pessoal, esquiva de desaprovação familiar. 
 Se as contingências positivas tiverem prevalecido, é esperado que ela continue aprendendo pois o emprego traria os mesmos 
reforçadores, conhecimentos e habilidades. Se ela foi coagida na escola, é esperado que ela aprenda só o necessário para não perder 
o emprego. 
 Então seria necessário mais informações sobre a candidata. 
 Poucas de nossas ações produzem sempre seus reforçadores usuais. 
 Nem sempre uma criança consegue fugir da brutalidade correndo. 
 Estas inconsistências tornam difícil identificar as conseqüências que mantêm a conduta de uma pessoa. 
 Reforçamento inconsistente, longe de enfraquecer um ato, torna-o mais persistente e resistente à modificação. 
 Ex.: entender a birra aparentemente inefetiva de uma criança- pais que reagiram inconsistentemente no passado, algumas vezes 
cedendo, outras vezes não. 
 
Por que punimos? 
 Punimos para controlar pessoas, baseados na crença de que levaremos essas a agirem diferente. 
 Queremos parar ou evitar algumas ações. 
 Punimos alguém quando consideramos uma conduta foi ruim para a sociedade, para algum indivíduo e para a própria pessoa. 
 Queremos colocar um fim à conduta indesejável. 
 
Tipos de punição: 
 1- removendo reforçadores positivos. Ex.: tirar brinquedo de criança que se comportou mal, mandar infrator para a prisão e assim 
ficar longe de familiares. 
 2- aplicar reforçadores negativos. Exs.: espancar, ridicularizar, repreender. 
 Ninguém gosta de ser punido, mas a toleramos na sociedade. 🖊 Por meio de leis e costumes sociais, a punição torna-se uma maneira 
aceitável para a comunidade controlar nossas ações. 
 O alerta de que seremos ameaçados com justiça serve como uma muleta para o autocontrole, ajuda-nos a nosmanter na linha 
quando somos tentados a nos desviar. 
 Os dados de laboratório sustentam fortemente a posição de que punição, embora claramente efetiva no controle do 
comportamento, tem sérias desvantagens. 
 Para experimentos em laboratório é pré-requisito a técnica adequada. Um experimento que não satisfaz os padrões técnicos, não é 
ético. O controle do experimentador sobre os fatores críticos precisa ser consistente para então ter uma interpretação clara dos 
resultados. Deve ainda, atender aos padrões científicos. 
 
A punição funciona? 
 Ela consegue suprimir por um tempo a atividade indesejável. 
 Após um período de supressão, a atividade gradualmente se recupera. 
 Ex.: rato de laboratório que pressionava a barra e recebia alimentos. O animal trabalhava estavelmente dentro das contingências 
estabelecidas no seu mundo. Esse mundo as regras, e ele passou a receber juntamente com o alimento um choque, quando 
pressiona a barra. O animal para de pressionar a barra. Mas depois de um tempo, ele pressiona a barra apressadamente, mesmo 
recebendo choque. Então, a punição não eliminou permanentemente o comportamento. o reforçamento positivo por pressionar a 
barra tornou-se mais poderoso que a punição. Aquela era a única maneira do rato obter alimento. 
 Em competição com reforçamento positivo, o choque perde sua efetividade como um agente coercitivo, a não ser que seja 
extremamente intenso. Mas, se a punição for suficientemente forte, pode até mesmo por um fim à produção de reforçadores 
positivos que sustentam a vida. 
 Comportamento inadequado persiste a despeito da punição porque é também reforçado. 
 Na supressão temporária, causada pela punição suave, existe uma oportunidade par ensinar ao indivíduo algo novo, alguma outra 
maneira de obter os mesmos reforçadores. Pois o ato indesejado, foi parado momentaneamente, e pode substituir uma atividade 
mais desejável, por meio do reforçamento positivo. 
 Eventos desagradáveis e dolorosos podem perder sua efetividade como punidores quando colocados em competição com 
reforçadores positivos poderosos. E aí corre-se o perigo de transformar a dor e o sofrimento em reforçadores positivos. Eventos 
considerados como punidores então sustentarão, em vez de eliminar, atos que os produzem. O resultado de tal transformação será 
uma pessoa que busca a punição. 
 Por exemplo, por querer que nosso sujeito pare de pressionar a barra, podemos dar-lhe um choque suave e breve quando ele a 
pressiona. O animal recebe o choque, o alimento vem a ele, então, ele o come. No início, o choque pode impedir o animal de 
pressionar a barra, mas ele se torna mais faminto e recomeça, voltando para o trabalho a despeito do choque. 
 Se, então, aumentarmos gradualmente a intensidade do choque, em pequenos passos, o sujeito continuará a pressionar a barra, 
ainda que o choque finalmente se torne tão forte a ponto de derrubá-lo. O animal termina pressionando a barra e sempre recebendo 
um choque intenso imediatamente antes de comer. 
 Então o próprio choque se tornará um reforçador positivo. Ex.: interromper o alimento e o choque. Depois reintroduzir só o choque, 
ele vai voltar a pressionar a barra, mesmo não recebendo nada além de choques. Depois introduz uma corrente no teto, ele continua 
puxando e recebendo só choques. 
 Tornou-se um reforçador positivo tão efetivo, que foi capaz de ensinar algo novo, sem prover qualquer outra consequência. Ex.: 
crianças que se batem, se machucam e recebem atenção. A própria dor tornou-se um reforçador positivo, mantendo a ação. 
 Pais que punem severamente, sentem-se culpados e cobrem a criança de atenção de presentes. Criança passa a fazer algo ruim, para 
ser punida, para ser amada. 
 O objetivo mais razoável do uso da punição é parar comportamento indesejável, impedir pessoas de fazer coisas que são perigosas, 
assustadoras ou que consideramos inadequadas, desvantajosas, imorais ou anormais. 
 Vimos dois modos de usar a punição que parecem atender a este objetivo: um é administrar punições muito fortes, o outro é 
administrar punições suaves para fazer a pessoa parar de se comportar inadequadamente pelo menos temporariamente e, então, 
sem interferência do comportamento inadequado, ensinar-lhe o modo correto de agir. 
 Mas estas duas maneiras de usar punição não são recomendações. 
 Além de suprimir conduta indesejada, a punição faz muitas outras coisas. Quando levamos em consideração todos os seus efeitos, o 
sucesso da punição em livrar-se de comportamento parece inconseqüente. Trazendo a conclusão de que a punição é o método mais 
sem sentido, indesejável e mais fundamentalmente destrutivo de controle da conduta. 
 Mudanças que ocorrem no que executa a punição. 
 Efeitos colaterais da punição — conseqüências da punição que cancelam seus benefícios e são responsáveis por muito do que está 
errado em nossos sistemas sociais. 
 Efeito colateral é um termo que freqüentemente se refere a conseqüências não-pretendidas e supostamente pouco importantes ou 
improváveis. 
 Os efeitos colaterais da punição também, longe de serem secundários, frequentemente têm significação comportamental 
consideravelmente maior que os esperados "efeitos principais". Punição e outras formas de coerção, como muitas drogas, também 
foram introduzidas em nossa cultura sem testes adequados. Talvez uma avaliação mais completa das práticas coercitivas também 
fará com que elas sejam retiradas da lista dos aprovados. 
 Quando vantagens para a comunidade superam o valor que atribuímos a uma vida individual, admiramos e recompensamos atos de 
auto sacrifício. Ex.: soldados que se ferem no resgate de camaradas recebem medalhas. Entretanto, encaramos como anormal e 
necessitando de tratamento aqueles que buscam dor em si mesmos infligida por um parceiro sexual. 
 Esperamos que qualquer estimulação excessiva, incomum, dolorosa, ou perigosa sirva como um punidor. Estes são os punidores 
naturais. 
 Alguns aspectos do ambiente também podem funcionar como punidores, ainda que não sejam inerentemente aversivos. Eventos que 
são usualmente neutros podem tornar-se punidores. Ex.: não. 
 Mesmo reforçadores positivos naturais podem tornar-se punidores. Punidores condicionados, porque sua habilidade para nos fazer 
parar de fazer algo é condicional a outras circunstâncias. 
 Se vamos ou não obter nossos reforçadores e punidores depende, então, do ambiente físico e social presente. Aprendemos quais 
situações levam a e quais situações suspendem contingências de reforçamento e punição; em um ambiente particular, agimos ou 
deixamos de agir de acordo com a probabilidade de que ganharemos ou sofreremos as consequências. 
 Se um elemento situacional sinaliza a disponibilidade de um reforçador, é provável que realizemos o ato; se ele sinaliza punição, é 
provável que façamos alguma outra coisa. 
 A presença ou ausência de alguma característica do ambiente nos diz se uma consequência particular é provável no caso de agirmos 
de um dado modo. 
 Estes ambientes controladores permitem descobrir quais características do ambiente ganham o controle sobre a conduta, sinalizam 
a probabilidade de consequências particulares e adquirem funções reforçadoras ou punitivas. 
 A nossa sensibilidade ao controle ambiental torna possível adaptarmo nos a contingências de reforçamento e punição variadas e em 
constante mudança. 
 Um evento que começa neutro torna-se um reforçador ou punidor potencial como resultado de nossa experiência com ele. 
 Dinheiro é um reforçador quase universalmente efetivo — porque eles tornam possível comprar e adquirir inúmeros outros 
reforçadores. 
 Reforçadores condicionados controlam muito daquilo que fazemos. Ex.: um balanço de cabeça, um sim, um toque, uma piscada de 
olho, um sorriso, sinalizam simpatia e concordância. Aplausos. 
 Efeito colateral da punição, então, é dara qualquer sinal de punição a habilidade para punir por si mesmo, um elemento que leva à 
punição, torna se ele mesmo um punidor. Ex.: bater na criança e depois só levantar a mão e parar o mau comportamento. 
 Podemos aprender com base em consequências produtivas, em vez de destrutivas, reforçadores positivos tornam a vida mais 
gratificante. 
 Se encontramos punição frequentemente, aprendemos que nosso caminho mais seguro é ficar quietos e fazer tão pouco quanto 
possível. 
 Ambientes inteiros podem se tornar reforçadores ou punidores por si mesmos. Estudantes que são reforçados por notas altas, 
respeito de seus professores e admiração de seus colegas provavelmente frequentam regularmente a escla. Estudantes que são 
punidos por notas baixas, desaprovação e humilhação por parte de seus professores e falta de reconhecimento e até mesmo 
desprezo de seus colegas provavelmente se mantêm fora da escola tanto quanto possível. 
 Para alunos que são punidos em classe, a escola torna-se um punidor. Em vez de fazer com que eles aprendam, a punição os leva a se 
evadir do ambiente onde a aprendizagem supostamente ocorre e talvez, até mesmo, a se esquivar de todo processo de 
aprendizagem formal. Aí está porque punição condicionada é um efeito colateral "tóxico" da punição. Ambientes em que somos 
punidos tornam-se eles mesmos punitivos e reagimos a eles como a punidores naturais. 
 A coisa mais significativa a lembrar sobre o primeiro efeito colateral a coerção é que as pessoas que usam punição tornam-se elas 
mesmas punidores condicionados. Outros as temerão, odiarão e se esquivarão delas. Se punimos outras pessoas, nós também nos 
tornamos punidores. Nossa própria presença será punitiva. 
 
Referências: 
SIDMAN, M. Coerção e suas implicações. Campinas: Editora Livro Pleno, 2003, capítulos 4 e 5. 
 
 
Fuga e reforçamento negativo. 
Professora: Alexandra Veras 
 
 Os comportamentos que são reforçados negativamente, são compostos pela fuga e pela esquiva. 
 Fugas- são comportamentos que retiram algo do ambiente. É quando existe a presença de um estímulo aversivo e o organismo emite 
uma resposta para tirá-lo do ambiente. 
 EX.: FUGA- TEM UM CACHORRO FEROZ E EU FUJO. 
 ESTOU PASSEANDO NO SHOPPING E ENCONTRO ALGUÉM QUE NÃO GOSTO, DOU MEIA VOLTA E VOU EMBORA, OU EVITO O 
CONTATO VISUAL, OU VOU MEXER NO CELULAR. 
 É AVERSIVO, É DESAGRADÁVEL. É ALGO QUE ESTÁ EM ANDAMENTO, ESTÁ ACONTECENDO. 
 RETIRAR O ESTÍMULO AVERSIVO. 
 O COMPORTAMENTO DE FUGA TEM UM VALOR IMPORTANTE PARA A SOBREVIVÊNCIA, ENTÃO ELE É MANTIDO. 
 TEM QUE VER SE É FUNCIONAL, SE ESTÁ TRAZENDO PREJUÍZO. QUANDO GENERALIZAMOS MUITO, PODEMOS DEIXAR DE TER ACESSO 
A REFORÇOS POSITIVOS. 
 ALGUMAS VEZES, REFORÇAMENTO NEGATIVO E NÃO POSITIVO É RESPONSÁVEL PELO QUE FAZEMOS. PODEMOS FAZER ALGO NÃO 
PORQUE NOS TRAZ ALGO BOM, MAS PORQUE IMPEDE OU NOS LIVRA DE ALGO RUIM. 
 A ANÁLISE DE CONTINGÊNCIAS PODE NOS AJUDAR A ENTENDER O QUE ESTÁ ACONTECENDO. EX.: CRIANÇA QUE TEM ENURESE 
NOTURNA E RECEBE ATENÇÃO DOS PAIS. 
 * CONTINGÊNCIA- PODE SIGNIFICAR QUALQUER RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA ENTRE EVENTOS AMBIENTAIS OU ENTRE EVENTOS 
COMPORTAMENTAIS E AMBIENTAIS (CATANIA, 1993; SKINNER, 1953, 1969; TODOROV, 1985). TERMO TÉCNICO PARA ENFATIZAR 
COMO A PROBABILIDADE DE UM EVENTO PODE SER AFETADA OU CAUSADA POR OUTROS EVENTOS (CATANIA, 1993). 
 O ENUNCIADO DE UMA CONTINGÊNCIA É FEITO EM FORMA DE AFIRMAÇÕES DO TIPO SE..., ENTÃO... 
 EX.: SE VOCÊ FEZ A TAREFA DE CASA (COMPORTAMENTO), ENTÃO PODE SAIR PARA O RECREIO (MUDAR DE AMBIENTE E TER ACESSO 
A LANCHE, COMPANHIA, BRINCADEIRAS ETC.); SE NÃO, FICA EM SALA... 
 SE A ANÁLISE DE CONTINGÊNCIAS FOR CORRETA, MUDANÇAS NAS CONTINGÊNCIAS MUDARÃO A CONDUTA. EX.: FILHA QUE RECEBIA 
MUITA ATENÇÃO, ENQUANTO CRIANÇA (USUALMENTE UM REFORÇADOR POSITIVO PARA UMA CRIANÇA), MAS NA ADOLESCÊNCIA 
FOI VISTO COMO CONTROLE, A ATENÇÃO PASSOU A FUNCIONAR COMO UM REFORÇADOR NEGATIVO. 
 ENTÃO ELA PASSOU A FICAR MAIS TEMPO FORA E FICAR MAIS CALADA QUANDO ESTAVA EM CASA. PAIS PASSANDO A NÃO 
BISBILHOTAR E RESPONDER ÀS CONFIDÊNCIAS DA FILHA COM AFETUOSO INTERESSE, MOSTRANDO CONFIANÇA AO INVÉS SÓ DE 
TEMORES, PODE-SE TRANSFORMAR UM REFORÇADOR NEGATIVO EM UM REFORÇADOR POSITIVO. 
 DESLIGAR-SE DE SEUS PAIS, AFASTAR-SE DELES E EVITAR COMUNICAÇÃO NÃO SERÁ MAIS REFORÇADOR. EM VEZ DISSO, ELA 
INTERAGIRÁ MAIS FREQUENTEMENTE, COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS, CONFIDENCIANDO, CONFIANDO, MUDANDO DE FUGA E 
ESQUIVA PARA APROXIMAÇÃO. 
 REFORÇAMENTO NEGATIVO GERA FUGA. QUANDO ENCONTRAMOS UM REFORÇADOR NEGATIVO FAZEMOS TUDO QUE PODEMOS 
PARA O DESLIGARMOS, PARA ESCAPAR DELE. SE O ENCONTRAMOS 
 NOVAMENTE, FAREMOS O QUE FUNCIONOU ANTES. 
 REFORÇADORES NEGATIVOS TAMBÉM PODEM SER USADOS COMO PUNIDORES. UMA MANEIRA DE PUNIR PESSOAS É ATINGI-LAS 
COM REFORÇADORES NEGATIVOS COMO UMA CONSEQUÊNCIA DE ALGO QUE TENHAM FEITO. (COMO VIMOS A OUTRA MANEIRA DE 
PUNIR É RETIRAR REFORÇADORES POSITIVOS.) 
 REFORÇADORES NEGATIVOS E PUNIDORES, PORTANTO, SÃO OS MESMOS EVENTOS FUNCIONANDO DE MANEIRAS DIFERENTES. 
 PODEMOS FAZER CHOQUES DESAPARECEREM — REFORÇAMENTO NEGATIVO; OU PODEMOS TOMAR CHOQUES — PUNIÇÃO. 
REFORÇAMENTO NEGATIVO TORNA UMA AÇÃO MAIS PROVÁVEL, PUNIÇÃO USUALMENTE TORNA UMA AÇÃO MENOS PROVÁVEL. 
 PUNIDORES, SEJAM COISAS, LUGARES, EVENTOS OU PESSOAS SUPRIMEM AÇÕES QUE OS PRODUZEM, MAS TAMBÉM GERAM FUGA 
COMO UM DE SEUS EFEITOS COLATERAIS. UMA VÍTIMA DE PUNIÇÃO QUE PODE DESLIGÁ-LA, OU PODE DE ALGUM MODO SAIR DA 
SITUAÇÃO, HÁ DE FAZÊ-LO. 
 PUNIÇÃO, ALÉM DE SEU EFEITO PRETENDIDO USUAL — REDUZIR CONDUTA INDESEJÁVEL — TAMBÉM AUMENTARÁ A 
PROBABILIDADE DE OUTRO COMPORTAMENTO; SE POSSÍVEL, AQUELE QUE RECEBE PUNIÇÃO IRÁ DESLIGÁ-LA OU FUGIR. DO PONTO 
DE VISTA DAQUELE QUE ESTÁ PUNINDO, FAZER O PUNIDO ESCAPAR PODE SER UM RESULTADO NÃO PRETENDIDO E ALTAMENTE 
INDESEJÁVEL. 
 A CONTINGÊNCIA DE REFORÇAMENTO NEGATIVO, DEIXA O REPERTÓRIO COMPORTAMENTAL RESTRITO, DEIXANDO-NOS COM MEDO 
DA 
 NOVIDADE, COM MEDO DE EXPLORAR. ENTÃO, PARA CONSIDERAR SE É UM MÉTODO EFETIVO DE CONTROLE DE CONDUTA, DEVE-SE 
LEVAR EM CONSIDERAÇÃO A INTENÇÃO DE QUEM APLICA. E MESMO QUE SEJA NA INTENÇÃO DE CRIAR UM SER QUE FAÇA 
EXATAMENTE AQUILO QUE 
 QUEREMOS, VALE RESSALTAR, QUE O REFORÇAMENTO NEGATIVO PRODUZ EFEITOS COLATERAIS. 
 SE FOR INTENSO E CONTÍNUO, O REFORÇAMENTO NEGATIVO PODE RESTRINGIR OS NOSSOS INTERESSES, CAUSANDO ESTRESSE (PELA 
ESPERA). TRANSFORMA PESSOAS, OBJETOS E LUGARES À SUA VOLTA EM REFORÇADORES NEGATIVOS. 
 EX.: DAR CHOQUE NO RATO PELO CHÃO DA CAIXA EXPERIMENTAL, PERMITINDO QUE ELE DESLIGUE O CHOQUE AO PRESSIONAR A 
BARRA. O RATO VAI FICAR MAIS PRÓXIMO DA BARRA, PARA ACIONÁ-LA ASSIM QUE O CHOQUE COMEÇAR. COM A 
IMPREVISIBILIDADE DOS CHOQUES, 
 ELE NÃO PODE SE AFASTAR DA BARRA. NÃO SE ARRISCA A MAIS NADA. E SE ABRISSE O TETO DA CAIXA, ELE IRIA EMBORA. 
 EM UMA CONTINGÊNCIA MAIS SIMPLES, ONDE ELE PRESSIONA A BARRA E RECEBE COMIDA, ELE PERMANECE RELAXADO, EXPLORA O 
AMBIENTE, PODE DESCANSAR. ELE FICA MAIS LIVRE. 
 UMA SITUAÇÃO QUE COMEÇOU NEUTRA, PODE TORNAR-SE UM SINAL DE REFORÇAMENTO NEGATIVO, TORNA-SE TAMBÉM UM 
REFORÇADOR NEGATIVO POR SI MESMA. 
 LUGARES ONDE EXPERIENCIAMOS REFORÇAMENTO NEGATIVO TORNAM SE ELES MESMOS REFORÇADORES NEGATIVOS. ASSIM 
TAMBÉM SE TORNAM AS PESSOAS QUE NOS CONTROLAM POR REFORÇAMENTO NEGATIVO. SE PUDERMOS, FUGIREMOS DE AMBOS, 
LUGARES E PESSOAS. 
 CONTROLE POR REFORÇAMENTO NEGATIVO TAMBÉM TORNARÁ O AMBIENTE COERCITIVO. SE CONSEGUIMOS QUE OUTROS FAÇAM 
O QUE QUEREMOS, DEIXANDO-OS FUGIR DE ALGO DESAGRADÁVEL OU NOCIVO, ELES TAMBÉM FUGIRÃO, SE POSSÍVEL, DOS 
LUGARES ONDE TAL COERÇÃO OCORREU E DE NÓS. 
 QUALQUER ELEMENTO FÍSICO OU SOCIAL DE UMA SITUAÇÃO EM QUE SOMOS REFORÇADOS POR DESLIGAR OU FUGIR DE ALGO 
DOLOROSO, AMEDRONTADOR OU REPUGNANTE, TORNA-SE ELE MESMO UM LUGAR OU UMA PESSOA DA QUAL FUGIR. 
 SE CONTROLAMOS OUTROS POR REFORÇAMENTO NEGATIVO, TAMBÉMNOS TORNAMOS OBJETOS DE AVERSÃO. QUALQUER UM 
QUE NÃO TENHA DE PERMANECER EM CONTATO CONOSCO IRÁ EMBORA. 
 O ELO ENTRE PUNIDORES E REFORÇADORES NEGATIVOS SE ESTENDE TAMBÉM A SEUS EFEITOS COLATERAIS. UM AMBIENTE DO QUAL 
FUGIMOS PUNIRÁ QUALQUER AÇÃO QUE NOS COLOQUE DE NOVO EM CONTATO COM ELE. SE A ESCOLA É UM REFORÇADOR 
NEGATIVO, FORTALECENDO NOSSO COMPORTAMENTO DE DEIXÁ-LA, ELA PROVAVELMENTE É TAMBÉM UM PUNIDOR, REDUZINDO 
NOSSA INCLINAÇÃO PARA NOS APROXIMARMOS E ENTRARMOS. 
 
REFERÊNCIAS: 
 SIDMAN, MURRAY. COERÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES. TRADUÇÃO: ANDERY, MARIA AMÁLIA; SÉRIO, TEREZA MARIA. EDITORA LIVRO 
PLENO. 2009. 
 
ESQUIVA 
Professora: Alexandra Veras 
 
◦ Comportamento que tem como consequência a evitação ou o atraso do contato com um estímulo aversivo. Esse comportamento 
acontece quando não há a presença do estímulo aversivo no ambiente. 
◦ Emitimos esse comportamento para que o estímulo aversivo não apareça ou para que ele demore mais a aparecer. 
◦ Esquiva como prevenção, prevenimos a apresentação de um estímulo aversivo. 
Exemplos: 
◦ Arrumar o quarto para não ouvir reclamações da mãe; 
◦ Revisar o carro antes de viajar; 
◦ Desconversar e sair de perto de alguém chata antes que ele comece a falar; 
◦ Permitir que choques ocorram antes de fazer algo a seu respeito significa desconforto, dor ou desastre. Muito de nosso comportamento 
negativamente reforçado, portanto, parece sustentado pela prevenção em vez da cessação dos choques da vida. 
◦ Esquiva impede que um evento indesejado aconteça. Esquiva bem-sucedida mantém afastados os choques, tornando a fuga 
desnecessária. 
◦ Esquiva, então, é uma outra forma de reforçamento negativo. Acaba sendo comportamento de fuga. 
◦ Esquiva é geralmente um ajustamento mais adaptativo à punição do que é a fuga. Faz mais sentido impedir um choque do que escapar 
depois que ele tenha começado. 
◦ A primeira causa da esquiva está em nosso passado, nos choques que já tomamos. Estes nos levaram a fugir ou esquivar. 
◦ A outra causa da esquiva está no presente, na frequência reduzida atual de choques. 
◦ As causas de qualquer coisa que façamos devem ser buscadas tanto no que nos aconteceu, como no que está nos acontecendo agora — 
reforçamento positivo e negativo passado e presente. 
◦ Causas no passado e presente (não no futuro). Não é o futuro que causa a esquiva e sim a história passada de reforçamento. 
◦ Podemos ainda, aprender por meio de regras, em vez de esperar por consequências. Uma criança não tem de ser atropelada por um 
carro para aprender que não deve correr na rua: um aviso será suficiente para mantê-la na calçada. Esquiva governada por regras. 
◦ A esquiva nem sempre pode ser observada, já que está relacionada a um evento passado e o contexto aversivo é evitado. Ex.: criança 
humilhada na escola, resiste a ir para lá para não encontrar com essa outra criança. 
◦ Expectativas, estados de medo e ansiedade, não são justificativas para esquiva. Temos uma tendência a atribuir aos nossos sentimentos, 
as causas de nossas ações, em vez de atribuir aos sinais que causam as ações e os sentimentos que as acompanham, ou as contingências 
externas. 
◦ Sentimentos e emoções, não podem explicar a esquiva porque eles próprios são causados pelos mesmos choques e a redução do choque 
é que produz esquiva. 
◦ Para fazermos algo sobre o comportamento de esquiva, precisamos identificar as contingências controladoras. Aquelas relações entre 
sinais, comportamento e choques que geraram as ações e o medo ou ansiedade e agora mantêm ambos. 
◦ Reconhecer o comportamento-problema como esquiva; analisar ambas, as contingências passadas e atuais que podem estar mantendo o 
comportamento. 
◦ Alterar as contingências mudará o ato de esquiva e seus acompanhamentos emocionais. Tentar lidar com os sentimentos sem alterar as 
contingências será infrutífero. 15/09/2022 
◦ É necessário identificar os choques e os reforçadores que estão mantendo sua ausência de comportamentos. Ex. pessoa depressiva, 
conduta empobrecida, não toma banho, não se alimenta direito, que se esquiva do contato de uma parte do ambiente (mas que também 
evita os choques), que passa o dia em uma cadeira de balanço. 
◦ Naturalmente, esquiva não é sempre ruim; frequentemente ela é útil. Se devemos sobreviver, temos que aprender a nos esquivar de 
situações potencialmente perigosas. Crianças não devem tocar no fogão quente. 
◦ Esquiva sem sinais de aviso- somos capazes de lidar com choques não-sinalizados, agindo de acordo com a demanda do ambiente. Pode 
causar uma aparente falta de contato com a realidade. O não reconhecimento da coerção no mundo exterior, pode gerar conduta 
aparentemente patológica, pois, com a esquiva não sinalizada, o que o sujeito faz pode não parecer relacionado a qualquer outra coisa. 
◦ Ex.: rato que começa recebendo choque de 20 segundos, sem sinal de quando virá o choque. Ele pode pressionar a barra e parar o 
choque. Quando ele pressiona a barra, ele passa 30 segundos sem receber choque. Pressionar a barra, permite ao sujeito adaptar-se às 
demandas do ambiente. 
◦ Macacos ficarão dias sem um choque, eles comportam-se com uma persistência e uma compulsividade que se assemelha ao 
comportamento patologicamente rígido e inflexível que frequentemente vemos ao nosso redor. 
◦ Se não se conhecer a história do sujeito, pode-se observá-lo pressionando a barra hora após hora sem razão aparente. 
◦ Fuga e esquiva só se estabelecem e se mantém em contingências de reforço negativo. 
 
◦ SIDMAN, Murray. Coerção e suas implicações. Tradução: ANDERY, Maria Amália; SÉRIO, Tereza Maria. Editora Livro Pleno. 2009.

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