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Revisão da anatomia hepática Localização: costelas 7ª-11ª, parede abdominal anterior • Vísceras abdominais em corte sagital - detalhe para a área nua do fígado, na região subdiafragmática direita – Todo o fígado é recoberto por peritônio, em exceção da área nua • Atentar para o ligamento hepatoduodenal, que se localiza na margem lateral e sua principal função é a de envolver a tríade portal, que são três estruturas cursando próximas umas às outras, que incluem:Fígado, avaliação por imagem e hepatopatia crônica • Artéria hepática própria (anterior e medial) • Veia porta (posterior) • Ducto Colédoco (anterior e lateral) Ligamentos • Ligamento falciforme: divide o lobo direito e esquerdo, além de ajudar a segurar anteriormente na parede abdominal • Ligamento redondo: na embriologia era a veia umbilical • Ligamentos coronários: delimitam a área nua do fígado (espessados nas periferias e se chamam de ligamento triangular direito e esquerdo) Ligamento triangular esquerdo – é uma mistura do ligamento falciforme e do omento menor Anatomia hepática Vista posterior. Atentar para a tríade portal no hilo hepático, a área nua e as impressões dos órgãos adjacentes. Anatomia cirúrgica do fígado, com suas faces e áreas relacionadas a órgãos adjacentes. Anatomia interna hepática • Atentar para a as ramificações da veia porta e das veias hepáticas, que guiará a segmentação que veremos logo mais Histologia hepática • Os hepatócitos ficam organizados em lóbulos de aspecto ligeiramente hexagonal, com as vênulas hepáticas centrais (que foram as veias hepáticas) e as estruturas da tríade portal na periferia Segmentação Hepática • De acordo com a divisão interna da tríade portal e das veias hepáticas, é possível dividirmos o fígado em 8 segmentos funcionalmente independentes. Resumo tomográfico da segmentação hepática. Retirado de: https://radiologyassistant.nl/abdomen/liver-segmental-anatomy https://radiopaedia.org/cases/45972/studies/50576?lang=us Avaliação hepática por imagem Ultrassonografia • Boa visualização do fígado e de seu parênquima (ecotextura) • Alguma dificuldade em pacientes obesos ou muito brevilíneos (fígado com tendência a localizar-se superiormente) • Maior dificuldade do que a TC e RM para avaliação dos segmentos hepáticos • Excelente método para avaliar as vias biliares • Estudo com Doppler permite avaliar os vasos da tríade portal • Via de regra, ótimo exame inicial para avaliação hepática e de outros órgãos abdominais relacionados (baço, pâncreas, VB) • Ultrassonografia de abdome superior / abdome total • Notar bolinha, com parede mais espessa que demonstra que é alguma estrutura da tríade portal (tecido conjuntivo que ajuda a “colar” essas estruturas, por isso, a bolinha tem uma parede mais espessa. • USG o paciente deve ficar em JEJUM, para reduzir a quantidade de gases. • Na vesícula, ela tem cor preto escuro. Dificuldades: Pacientes obesos, dispneicos, não conseguem se virar Atras do diafragma, é o pulmão. Topografia computadorizada • Excelente método para avaliação do fígado e dos demais órgãos abdominais • Usa radiação ionizante • Estudo com contraste permite a avaliação da perfusão do parênquima e o comportamento de realce de nódulos (diferenciar lesões malignas e benignas) • Sensibilidade menor do que o US e a RM para a avaliação das vias biliares -> Protocolo de contraste • Fase pré-contraste • Fase arterial (cerca de 20-25 segundos após a injeção) • Fase portal (cerca de 60-70 segundos após a injeção) • Fase tardia ou equilíbrio (cerca de 3 a 5 minutos após a injeção) Abaixo: Sem contraste (pré-contraste) Fase arterial abaixo • Mostrando várias artérias muito contrastadas: artéria aorta hiperdensa (branca) • Cortex renal também está contrastado devido a intensa vascularização da veia renal Fase portal abaixo: • Mostrando veia porta contrastada, rins mostrando pirâmides renais • Parênquima hepático mais branco • Baço homogêneo • Córtex renal contrastada, medula ainda não Fase tardia e de equilíbrio • Parecendo que está sem contraste, já está tudo equilibrado, temos um homogeneidade, • Rins excretando contraste • Contraste já passou pelos vasos Reconstrução de imagem Coronal do fígado. Hemangioma • No final da última etapa, ficou homogêneo. • Mostrando ser um Hemangioma Benigno Ressonância magnética • No conjunto, o melhor método para avaliação do fígado e de lesões hepáticas • Diferentes ponderações (T1, T2, difusão da água, “in and out phase" e outras) permitem algumas avaliações específicas de interesse (acúmulo de ferro, comportamento de nódulos, etc) • Excelente avaliação das vias biliares • Não utiliza radiação ionizante • Exame mais caro e demorado do que a TC • Protocolo de contraste semelhante ao realizado na TC Obs: Se não conseguirmos usar a TC, daí usamos a RNM Imagem abaixo T1 • Líquido com baixo sinal, fica escuro • Olhar para o Líquor, se tiver escuro = T1 T2 • Líquido com alto sinal, fica claro Fase portal imagem abaixo Imagem abaixo em T1 Imagem abaixo em T1(ambos), T1 dentro e fora de Fase. Fora e fase à esquerda, contornos mais escuros e espessos. Temos um artefato de queda de sinal, na transição de tecidos com quantidade de gordura e água muito diferentes. Isso é interessante pois quando há gordura dentro do hepatócito, temos uma queda de fase, com áreas manchadas no fígado demonstrando uma esteatose hepática. Hepatopatia crônica e cirrose • Fibrose e nódulos regenerativos decorrentes de injúria hepatocelular • Descompensada, cursa com icterícia, varizes esofágicas, ascite e encefalopatia • Álcool, hepatites crônicas (C e B), doenças metabólicas (Wilson, hemocromatose…), NASH, doenças biliares (CEP, cirrose biliar secundária…), doenças vasculares (Budd-Chiari e outras) • Diagnóstico final é histopatológico • Prognóstico avaliado por escores de Child-Turcotte-Pugh e MELDNa • Hepatomegalia inicial, com consequente redução das dimensões hepáticas • Irregularidade dos contornos hepáticos, aspecto nodular e heterogêneo do parênquima, proeminência relativa dos lobos caudado e esquerdo, sinais de hipertensão portal (dilatação da veia porta, trombose da porta, esplenomegalia, colaterais portossistêmicas…) • Contornos irregulares • Ascite protocolos de exame: porque usamos as fases (pre, portal) Como avaliamos o fígado(vantagem e desvantagem), hierarquia dos métodos de imagem. Como manifesta a doença… etc 1. Revise a anatomia do fígado, com sua relação peritoneal e ligamentar. 2. Revise (mais uma vez) a segmentação hepática (descrita inicialmente por Claude Couinaud), correlacionando sua fundamentação anatomofisiológica. 3. Reconheça diferentes segmentos e estruturas hepáticas nos exames de imagem. 4. Descreva as vantagens e desvantagens da ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética na avaliação hepática, com suas principais indicações. 5. Descreva o protocolo de avaliação hepática por contraste, fundamentando-o de acordo com aspectos anatomofisiológicos e sua utilidade na avaliação de lesões. 6. Reconheça o fígado e estruturas relacionadas nos exames de imagem. 7. Conceitue hepatopatia crônica e reconheça as alterações decorrentes nos exames de imagem.