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Saúde da Família 4

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1. Consulta médica – Comunicação clínica efetiva 
2. Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) 
3. Habilidades de comunicação: Escuta 
4. Registro Clínico Orientado por Problemas (SOAP) 
5. Clínica Ampliada e Projeto Terapêutico Singular 
6. Comunicação de Notícias Difíceis 
7. Protocolo SPIKES 
8. Família e ferramentas de abordagem 
9. Atenção Domiciliar 
 
SUMÁRIO 
Mº Eduarda Nogueira 
 
 
Objetivos: Importância da consulta médica, sua 
organização e compreender a importância da 
comunicação clínica efetiva 
 
DEFINIÇÕES DE CONSULTA MÉDICA: 
“A consulta médica compreende a anamnese, o exame 
físico e a elaboração de hipóteses ou conclusões 
diagnósticas, solicitação de exames complementares, 
quando necessários, e prescrição terapêutica como ato 
médico completo e que pode ser concluído ou não em 
um único momento." (Resolução CFM Nº 1958/2010) 
“É um encontro entre duas pessoas, onde uma (o 
médico) está disposta a ajudar outra (o doente) usando 
seu conhecimento técnico para coletar informações 
através de perguntas adequadas, realizar escuta ativa, 
realizar exame clínico pertinente, utilizando as 
informações obtidas em parceria para implementar o 
cuidado à saúde. Ambas têm papéis, expectativas e 
tarefas.” (LOPES, 2015) 
FASES 
1) Fase inicial da consulta 
 Preparação para a consulta 
 Análise do ambiente 
 Aspectos pessoais 
 Aspectos assistenciais 
 Recepção do paciente 
 Abertura da entrevista 
 Negociação da agenda 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Fase de exploração 
 Obtenção de informações 
 Técnicas 
 Entrevista focada na pessoa, levando em 
consideração todos os aspectos psicossociais 
 Valorizar a queixa do paciente (QUEIXA 
PRINCIPAL – MOTIVO DA CONSULTA) 
 Empatia 
 
3) Fase de compartilhamento de informações e 
tomada de decisão 
 
4) Fase finalização 
 
DIMENSÕES DA CONSULTA: 
 Afetiva – o efeito que o médico gera no 
paciente e vice-versa 
 Cognoscente – Conhecimento médico 
 Operatória – Habilidade de fazer 
 
IMPORTÂNCIA DA CONSULTA MÉDICA 
 “A anamnese pode ser responsável, isolada, pela 
elucidação de 56 a 82,5% dos diagnósticos” 
 Maioria das queixas dos pacientes fazem 
referência a problemas de comunicação com o 
médico, não da competência clínica dele. 
 
PROBLEMAS NA COMUNICAÇÃO 
 Não exploração dos medos e ansiedades dos 
pacientes 
 Tempo médio de consulta ser 9 min (2 min a 24 
min) 
 
 
 
COMUNICAÇÃO CLÍNICA 
“Procedimento de interação entre o profissional 
de saúde e outra pessoa, em um contexto de 
cuidado, no qual as características individuais de 
ambos são levadas em consideração e a relação 
entre essas pessoas leva ao acolhimento, ao diálogo 
e ao entendimento mútuo.” 
IMPORTANTE: 
Agenda oculta – Motivo importante para a consulta 
em que o paciente não quer falar por ansiedade ou 
medo. Exemplo: 
» Fazer checkup + diminuição da libido pós 
menopausa 
» Fazer checkup + suspeita de gravidez 
adolescente acompanhada de parente 
Sumarização de demandas = Programação do cuidado 
Maior tempo de consulta = Melhor 
qualidade do atendimento 
CONSULTA MÉDICA: 
COMUNICAÇÃO CLÍNICA EFETIVA 
Mº Eduarda Nogueira 
 
 As trocas de informações são a base da interação 
entre os profissionais de saúde e pacientes que 
procuram um serviço de saúde. 
 Pode ser interprofissional (médicos e 
enfermeiros), intraprofissional (médicos), 
escrita (anamnese), à distância (sistema de 
informação), pela mídia (informação do MS), 
entre familiares/cuidadores e no consultório 
(paciente). 
 Quando há problemas nessa comunicação, pode 
haver consequências negativas em diversos 
níveis. 
 A comunicação efetiva promove uma melhor 
relação entre o profissional de saúde e o 
paciente 
 
A COMUNICAÇÃO CLÍNICA EFETIVA 
PROMOVE: 
 
 
“É um modelo de abordagem que orienta a prática do 
cuidado com A PESSOA durante a consulta. Essencial 
para alcançar o melhor resultado clínico entre evidência 
científica e preferências e particularidades de cada 
pessoa” 
 O MCCP é um método que usa a relação saúde 
x estado emocional x circunstância da vida 
 
 “Os problemas emocionais muitas vezes se 
manifestam como sintomas físicos e os 
problemas físicos, trazem consequências 
emocionais” – Doenças psicossomáticas 
 
 É um método que garante: 
 
» Maior satisfação das pessoas e médicos 
» Melhora da adesão aos tratamentos 
» Redução das preocupações e da 
ansiedade 
» Diminuição da utilização dos serviços 
de saúde 
» Diminuição das queixas por má-
prática 
» Melhora da saúde mental e na 
recuperação de sintomas recorrentes 
» Redução de sintomas 
 
 É um método em que o médico é especialista 
na doença e o paciente é especialista em si 
mesmo 
 
 Empatia: “Isso deve estar sendo muito difícil 
para você” 
 
 Doença x Enfermidade 
 
» Doença: O paciente não 
necessariamente se enxerga doente – 
Ex: diabetes 
» Enfermidade: Como o paciente se 
enxerga na doença 
 
 Projeto de tratamento elaborado pelos dois é 
construído com DIVISÃO DE 
RESPONSABILIDADES 
 
COMPONENTES DO MCCP: 
1. Explorar a saúde, a doença e a experiencia 
da doença 
2. Entender a pessoa como um todo 
3. Elaborar um plano conjunto de manejo de 
problemas 
4. Intensificar a relação entre a pessoa e o 
profissional de saúde 
 
1) Explorar a saúde, a doença e a experiência da 
doença 
MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA 
PESSOA 
Mº Eduarda Nogueira 
 
 Crenças guiam as atitudes 
 SIFE 
» Sentimentos da pessoa com a doença 
» Ideias sobre o que está errado 
» Função de sua rotina que a doença pode 
estar afetando 
» Expectativa em relação ao médico 
 
2) Entender a pessoa como um todo 
Usar a curiosidade para saber quem a pessoa, seu 
contexto, quais influências tem sobre sua vida, como ela 
percebe e lida com isso. 
 
3) Elaborar um plano conjunto de manejo dos 
problemas 
» Definir qual é o problema 
» Objetivos de tratamento – Corresponsabilidade 
no manejo da doença 
» Papéis e funções para o cuidado 
 
4) Intensificar a relação entre pessoa e 
profissional de saúde 
Busca por um relacionamento terapêutico e 
individualizado, que varia conforme a pessoa e seu ciclo 
de vida, vivências, necessidades e estado emocional 
 
COMO SE PORTAR 
 Recurso da escuta ativa mediante contato 
visual 
 Expressão de atenção à fala do paciente 
 Expressão facial compatível com a história 
referida por meio de sorrisos e acenos da 
cabeça 
 
 
VANTAGENS DA ABORDAGEM CENTRADA 
NA PESSOA 
 
 
 
 Atitude orientada para o paciente 
Consideração incondicionalmente positiva 
» Aceitação 
» Respeito 
» Ouvir sem preconceitos 
 
 Empatia 
 
 
 
 
 
 
PASSOS PARA CONSULTA: 
Traz maior 
adesão ao 
tratamento
Melhora a 
efetividade da 
consulta
Melhora a 
satisfação do 
paciente
Propicia melhor 
condição global de 
saúde
Propicia autonomia 
e proatividade do 
paciente
Melhora a relação 
profissional de 
saúde-pessoa
LEMBRETE: 2 min sem interromper a fala 
MELHOR 
DESFECHO 
DO CASO 
QUANDO
ENVOLVEMOS 
FAMÍLIA O MAIS 
CEDO POSSÍVEL
RECONHECEMOS 
A AUTONOMIA
ESCLARECEMOS 
INFORMAÇÕES
ACEITAMOS 
OPINIÕESOUVIMOS
FORNECEMOS 
SUPORTE 
TÉCNICO 
MEDIAMOS 
DIÁLOGOS
Lembrar das três dimensões 
da consulta médica: 
» Afetiva 
» Cognoscente 
» Operatória 
HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO: 
ESCUTA 
Mº Eduarda Nogueira 
 
Passo 1: Manter comportamento atento 
» Contato com olhar 
» Linguagem não verbal (escuta atenta) e tronco 
levemente fletido para frente 
» Acompanhamento atento 
 
 
 
 
 
Passo 2: Encorajamentos mínimos 
Expressões que está acompanhando: 
 Verbais e não verbais: 
 
» “Oh então? E depois?” 
» “Umm, hum” 
» “Fale-me mais” 
» Reafirmar palavras ditas 
» Silêncio 
 
» Expressão facial 
» Contato visual 
» Postura corporal 
» Gestos encorajadores 
 
HABILIDADES DE ESCUTA ATIVA 
Perguntas abertas para iniciar, elaborar informações e 
melhor entendimento sobrea queixa: 
 Perguntas abertas 
» “O que?” 
» “Como?” 
» “Você poderia?” 
 
 Perguntas fechadas 
» “Você já sentiu isso antes?” 
» “Sua dor é como uma pontada?” 
 
Parafraseamento 
Desenvolvido pela escuta seletiva, no qual o 
profissional devolve com suas próprias palavras, partes 
do conteúdo da informação transmitida ao paciente: 
 Transmitir ao paciente ligação com a consulta 
 Foco no conteúdo 
 Direção no conteúdo 
 Direção à entrevista 
 Capturar o significado do diálogo 
 
» Paciente: “Essa dor vai e volta” 
» Médico: “Essa dor é intermitente” 
 
Reflexão dos sentimentos 
O paciente pede uma ajuda pessoal ao médico e o 
profissional tem que tentar solucionar sem envolver na 
decisão. 
» O que eu devo fazer? Fugir? Divorciar? 
» Parece que você está confusa sobre a 
melhor saída sobre a situação. 
 
Sumarização 
 Recapitular, condensar ou cristalizar a essência 
do que foi dito 
 Para: 
» Ajudar o paciente a organizar os 
pensamentos/queixas 
» Recapitular problemas discutidos 
previamente 
» História longa e difícil 
» “Então o senhor veio aqui porque estava 
sentindo ... e tomou remédio ... não 
melhorou” 
 
Empatia: Saber enxergar a alma do outro sem 
julgar o que está ali 
 
 
▪ Atenção Primária e Atenção Básica à Saúde 
são mesmos conceitos (nomenclatura atrelada 
à pobreza de “primária”) 
 
▪ A consulta 
→ Hierárquica - usual com mesa entre o 
paciente e o médico 
REGISTRO CLÍNICO ORIENTADO POR 
PROBLEMAS – SOAP 
Mº Eduarda Nogueira 
 
→ MFC – Mesa encostada na parede e médico 
próximo ao paciente (encontro de 2 
especialistas) 
 
▪ Registro clínico 
→ Código de Ética Médica 2018 - Art. 87 – É 
vedado ao médico deixar de elaborar 
prontuário legível para cada paciente 
 
→ Tratato de MFC (2019): O registro médico 
é resultante do encontro do médico com o 
indivíduo, apresentando uma tradução dos 
motivos e abstrações que levaram o 
indivíduo buscar ajuda 
 
→ Objetivos do registro 
● Acessar rapidamente os dados da 
pessoa 
● Fornecer dados contínuos sobre os 
problemas de saúde 
● Acompanhar as consultas de pessoa 
● Fornecer dados para organizar 
medidas preventivas 
● Contribuir para educação continuada 
 
→ Registro: Identificação; QP; HDA; História 
patológica pregressa; história família; 
história psicossocial; exame físico; hipótese 
diagnóstica; conduta 
 
▪ Registro x atributos da APS 
→ Primeiro contato 
→ Integralidade 
→ Longitudinalidade do cuidado 
→ Coordenação do cuidado 
 
SOAP: Cirurgião Lawrence Weed 
 
▪ Subjetivo 
→ Capacidade de comunicação 
→ Entrevista ou anamnese 
● História relatada – Paciente fala 
● História referida - Você faz pergunta 
abertas 
→ Sempre que possível é mais apropriado 
descrever com as palavras da pessoa 
→ “O que posso lhe ajudar hoje?” – para 
direcionar melhor a consulta 
→ No MCCP: 
● 1 – Explorando a saúde, a doença e a 
experiência da doença 
● 2- Entendo a pessoa como um todo 
 
▪ Objetivo 
→ Capacidade do saber (conhecimento), 
saber fazer (habilidade) e ser (atitudes) 
→ Iniciar raciocino clínico 
● Impressões do profissional 
● Exame físico 
● Sinais vitais 
● Resultado de exames complementares 
→ Único item que pode não ser preenchido 
= “Nada digno de O” 
→ Fase de resgate do que foi dado. Ex: 
Síndrome da abstinência dos tricíclicos 
por desmame repentino não indicado por 
médico. 
→ Sem explanação específica de MCCP 
 
▪ Avaliação 
→ Capacidade de síntese, raciocínio clínico e 
priorização 
 
→ Concluir raciocínio: 
● Problemas 
● Condições 
● Diagnósticos 
 
→ Evitar termos duvidosos 
→ Nascer da lista de problemas 
 
→ CIAP-2 
 
→ MCCP: 
● 1 – Explorando a saúde, a doença e 
a experiência da doença 
● 2- Entendo a pessoa como um todo 
● 3- Elaborando um plano conjunto 
de manejo de problemas 
(problemas, metas e papéis) 
 
Mº Eduarda Nogueira 
 
▪ Plano 
→ Capacidade de ser realista e responsável 
 
→ Plano diagnóstico 
• Exames 
→ Plano terapêutico 
• Medicamentos 
→ Plano de acompanhamento 
• Tempo para rever - longitudinal 
→ Plano educativo 
• Proteção e prevenção a saúde 
→ Plano de estudo 
• Educação médica: diagnóstico diferencial 
(planilhas) 
 
CIAP-2 
▪ Classificação Internacional de Atenção Primária – 2ª 
edição 
▪ Foi desenvolvida para se trabalhar na metodologia 
SOAP. 
▪ Como o objetivo em geral é registrar de forma 
numérica (resultado de exames complementares, 
biometria ou exames realizados na consulta), são 
dados naturalmente estruturados 
PROCEDIMENTOS 
SINAIS/SINTOMAS 
INFECÇÕES 
NEOPLASIAS 
TRAUMATISMO 
ANOMALIAS CONGÊNITAS 
OUTROS DIAGNÓSTICOS 
 
 
▪ Médico de sintomas 
→ Usado no PS: Pronto Socorro 
→ Plantonistas e emergencistas 
→ Muitos pacientes saem sem ter explicações 
sobre o quadro clínico 
→ 45% dos pacientes não recebem explicações 
→ 50% dos pacientes saem insatisfeitos 
→ CE: 
• 39% dos médicos não explicavam; 58% 
não entendiam diagnóstico; 53% sem 
entendimento do tratamento; 91% das 
consultas dedicadas a investigação de 
sintomas 
▪ Médico de doenças 
→ Resolutividade 
→ Alto conhecimento técnico 
→ Pouco contato 
→ “Afunilamento do paciente”: Coleta da 
história voltada para saúde com escuta 
seletiva, raciocínio dedutivo e hipótese 
diagnóstica 
 
 Médico de pessoas 
→ Assume casos complexos 
→ Maior poder de ação 
→ Maior área de atuação 
 
→ Clínica ampliada 
• Assumir a responsabilidade sobre os 
usuários 
• Compromisso radical com o sujeito, visto 
de modo singular 
• Buscar ajuda na intersetorialidade 
• Reconhecer os limites dos conhecimentos 
dos profissionais e das tecnologias 
• Assumir um compromisso ético 
• Sugestões práticas: 
» Escuta; 
» Vínculo e afetos; 
» Trabalhar com ofertas e não só com 
restrições 
» Perguntar se entendeu o que foi prescrito 
» Não culpabilizar 
 
• Vida + Doença 
 
 
CLÍNICA AMPLIADA E PTS 
Mº Eduarda Nogueira 
 
▪ Clínica tradicional: 
→ Explicação do processo saúde-doença 
• Sinais e sintomas 
• Regularidade de fenômenos 
• Baseado em protocolo clínico 
• Relações objetivas 
• Valoriza tecnologia dura 
• Conhecimento científico é soberano 
→ Ex: Paciente retorna com PA descontrolada = 
aumentar ou trocar a dose do medicamento 
→ Desculpas para o insucesso 
→ Padronização de terapêuticas 
 
▪ Modelo biomédico 
→ Saúde é a ausência de doença 
→ Protocolos 
 
PROJETO TERAPEUTICO SINGULAR - PTS 
▪ Conjunto de propostas de condutas terapêuticas 
articuladas, para um indivíduo ou um grupo, 
resultado da discussão coletiva de uma equipe 
interdisciplinar, com apoio matricial se necessário, 
ou seja, intersetorial 
 
▪ Utilizado para casos complexas 
 
▪ Preferencialmente realizado por profissionais com 
maior vínculo com o usuário e família 
 
▪ Grande desenvolvimento na área de saúde mental 
 
▪ Composto de 4 momentos: 
→ Diagnóstico: 
• Avaliação orgânica, psicológica e social para 
concluir o risco e a vulnerabilidade do 
usuário 
• Captar como ele se produz diante de 
doenças, desejos, interesses, trabalho, 
cultura, família e redes sociais. 
 
→ Definição de metas: Propostas a serem 
negociadas 
• Curto prazo 
• Médio prazo 
• Longo prazo 
 
→ Divisão de responsabilidades: Definir as 
tarefas 
• Trabalhar em equipe 
• Encaminhamentos devidos 
• Apoio matricial 
 
→ Reavaliação: 
• Evolução 
• Correções 
• Estratégias 
 
▪ Fator de dificuldade: Medo do médico (falha 
terapêutica, problema judicial, de dizer “não sei”) 
 
Processo para comunicar notícias difíceis 
(VICTORINO et al) 
1. Estabelecer uma relação médico, equipe de 
saúde e paciente adequada 
2. Conhecer cuidadosamente a história médica 
3. Ver o paciente como pessoa 
4. Preparar o setting 
5. Organizar o tempo 
6. Aspectos específicos da comunicação 
7. Reconhecer o que e quanto o paciente quer saber 
8. Encorajar e validar as emoções 
9. Atenção e cuidado com a família 
10. Planejar o futuro e o seguimento 
11. Trabalhar os próprios sentimentos 
 
 
Associação de linguagem verbal e não verbal 
 
COMUNICAÇÃO DE NOTÍCIASDIFÍCEIS 
Resumo: 3 fases 
→ Dar a má notícia (fazer pequena 
introdução e dar a má notícia) 
→ Receber as reações do paciente (dar 
tempo ao paciente, ouvir, refletir as 
emoções do paciente, parafrasear a 
conversa, verificar se o paciente 
entendeu) 
→ Procurar uma solução 
Mº Eduarda Nogueira 
 
▪ Postura, olhar e disponibilidade 
 
▪ “Permanecer ao lado de uma pessoa em 
silêncio, por exemplo, após dizer “sinto muito” 
pode até substituir o verbal. Implicitamente, a 
permanência ao lado, a disponibilidade para 
ficar junto “mais um pouco”, a disposição para 
ouvir substitui o falar, em um contexto que o 
mais adequado pode ser o acolher o sofrimento, 
a dúvida ou as reflexões da outra pessoa” 
(SILVA,2012) 
 
▪ A maneira de dar uma má notícia varia de 
acordo com a idade, o sexo, o contexto 
cultural, social, educacional, da doença que 
acomete o indivíduo, seu contexto familiar e 
outros fatores. 
 
▪ A linguagem verbal tem que ser repassada de 
maneira: 
» Nítida – Termos de acordo com a 
escolaridade e contexto sociocultural 
» Específica – Com detalhes suficientes 
para que o ser receptor compreenda 
» Não punitivo -Evitando sermões, raiva, 
censura e sarcasmo 
 
▪ A linguagem não verbal deve-se levar em conta: 
» Ambiente – Privacidade, presença de 
cadeira ou cama para apoio 
» Cinésica (linguagem corporal) – gestos, 
postura do profissional e do receptor da 
informação 
» Proxêmica – Compreender a distância que o 
outro quer manter – Fechar os olhos, olhar 
para parede, cobrir-se com lençol 
» Tacêsica – Frequência do toque 
» Paraverbal – Como utilizar a entonação nas 
palavras – “Eu não faria isso”, “Eu não faria 
isso” 
 
▪ Os fatores mais importantes para pacientes 
quando recebem más notícias são a competência 
do médico, sua honestidade e atenção, o tempo 
para permitir as perguntas, um diagnóstico 
direto e compreensível e o uso de um linguajar 
claro. 
 
▪ Conhecer bem o médico e o uso do toque pelo 
médico (por exemplo, segurar a mão do 
paciente) são fatores que impactam menos. Já 
os familiares buscam privacidade, uma atitude 
positiva do médico, sua competência, clareza e 
tempo para perguntas (Muller, 2002) 
 
▪ Não interromper a fala do outro 
 
▪ Empatia 
 
 
 
Mnemônico de seis passos de um modelo de comunicação 
de notícias difíceis 
Objetivos: 
▪ Saber o que o paciente e seus familiares estão 
entendendo da situação como um todo (ajuda o 
médico a saber por onde começar); 
▪ Fornecer as informações de acordo com o que o 
paciente e sua família suportam ouvir; 
▪ Acolher qualquer reação que pode vir a 
acontecer 
▪ Ter um plano 
 
PASSOS 
S – Setting up = preparar para o encontro 
▪ Manter a calma 
▪ Procurar um local tranquilo 
▪ Procurar um acompanhante para manter o 
paciente tranquilo 
▪ Não ter objetos entre o profissional e o paciente 
▪ Escuta atenta 
 
P – Perception = perceber o paciente 
▪ Fazer perguntas abertas para saber se o paciente 
já sabe o que está acontecendo 
 
I – Invitation = convidar para o diálogo 
▪ Identificar até onde o paciente quer saber 
▪ Se o paciente não quiser saber, manter-se 
disponível para conversar sobre em qualquer 
outro momento 
PROTOCOLO SPIKES 
Mº Eduarda Nogueira 
 
 
K – Knowledge = Transmitir informações 
▪ “Infelizmente não trago boas notícias” ou “As 
notícias hoje podem ser um pouco difíceis” 
▪ Usar vocabulário adequado ao do paciente 
▪ Usar frases curtas e sempre perguntar se o 
paciente está entendendo 
▪ Evite termos como “Não há mais nada que 
podemos fazer” 
▪ Sempre deve existir um plano 
 
E – Emotions = abordar as emoções 
 Demonstrar compaixão e acolher as emoções 
do paciente 
 Ficar em silêncio; pegar na mão; sentar-se ao 
lado do paciente; entregar um lenço 
 
S – Strategy and Summary = resumindo e 
organizando estratégias 
▪ Informar ao paciente que ele não será 
abandonado, que existe um plano ou 
tratamento, curativo ou não 
 
Vídeos sobre SPIKES: 
https://www.youtube.com/watch?v=gmUnXM7IKRM 
– vídeo Protocolo SPIKES 
https://www.youtube.com/watch?v=Ok44DVLT75w 
vídeo má notícia simulação 
 
Constitui um sistema aberto, dinâmico e complexo, 
cujos membros pertencem a um mesmo contexto social 
e dele compartilham. (Fernandes e Curra) 
 
Funções da família (Ackerman, 1996): 
▪ União e individuação 
▪ Cuidado com crianças 
▪ Desenvolvimento da afetividade e identidade 
▪ Satisfação das necessidades 
▪ Treinamento para tarefas de participação social 
▪ Desenvolvimento e realização criativa 
Quando se deve abordar famílias: 
▪ Pouca ou sem autonomia (crianças, idosos e 
pacientes dependentes para o cuidado) 
▪ Ambivalência de afeto (crianças com 
necessidades especiais ou desvios importantes 
de conduta) 
▪ De acordo com o papel do indivíduo na 
coletividade da família 
▪ Quando a família tem influência normativa 
positiva ou negativa 
▪ Doenças crônicas, genéticas, agudas, sérias, 
terminais, psiquiátricas maiores 
▪ Nos casos de crises do ciclo de vida 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ferramentas: 
▪ Genograma 
▪ Ecomapa 
▪ APGAR familiar 
▪ PRACTICE 
▪ FIRO 
CICLO VITAL 
A análise das fases da vida em que as famílias se 
encontram permite que o profissional da AD perceba os 
entraves pelos quais a família está atravessando, seja por 
uma crise previsível ou não (CERVENY, 2009). 
1. Adulto jovem independentes (jovens e 
solteiros) 
2. Casamento 
3. Nascimento do primeiro filho 
4. Famílias com filhos pequenos 
5. Famílias com filhos adolescentes 
6. Lançando os filhos e seguindo em frente 
7. Aposentadoria
FAMILÍA 
Tipos de família: 
▪ Nuclear 
▪ Extensiva 
▪ Unitária 
▪ Monoparental 
▪ Homoafetiva 
▪ Reconstituída 
Mº Eduarda Nogueira 
 
 
Segue em anexo nas próximas páginas as tabelas segundo McGoldric: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mº Eduarda Nogueira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Em famílias de classe social vulnerável pode ocorrer encurtamento de fases da vida, devido à: gravidez precoce, 
que muda a estrutura do jovem/adolescente assim como a dos avós: 
 
 
 
 
 
 
 
Mº Eduarda Nogueira 
 
GENOGRAMA 
Representação gráfica de uma família que identifica a 
estrutura familiar e o padrão de relação, auxiliando a 
demonstrar problemas biomédicos, genéticos, 
comportamentais e sociais da família em estudo. 
Utilizado para avaliação de risco, prevenção, problemas 
diferenciados e avaliação de problema familiar. 
Possui dois elementos principais: 
▪ O estrutural (nome, idade, profissão, trabalho, 
mortes na família com datas e causa, cuidador 
principal e informante) 
▪ O funcional (interação entre os membros da 
família) 
O genograma deve conter: 
▪ 3 ou mais gerações 
▪ Pessoa índice 
▪ Nome dos membros 
▪ Idade e sexo dos familiares 
▪ Óbitos (idade ou data e causa) 
▪ Doenças ou problemas significativos 
▪ Indicação de quem mora na mesma casa 
▪ Data de casamentos e divórcios 
▪ Ordem de nascimento (esquerda quem 
nasceu primeiro, seguidos dos irmãos a direita) 
▪ Código explicando os símbolos utilizados 
▪ Símbolos selecionados por simplicidade e 
visibilidade máxima 
▪ Relações familiares 
 
COMO EXEMPLO: 
O Sr Alberto é um paciente de 52 anos muito resistente 
ao tratamento, está em fase de negação de sua condição 
de saúde, apesar dos diagnósticos de obesidade, HAS, 
dislipidemia e tabagismo. Como um método de vínculo 
e alerta você optou por fazer um genograma da família e 
o paciente conta a seguinte história: 
 
Alberto (1956) é filho de Maria e José, tem 2 irmãs, é 
divorciado de Magali e casado com Ana, com quem tem 
3 filhos. Conta que: a mãe (nascida em 1930) é 
portadora de demência e HAS casou-se com seu pai em 
1950; o pai (1915- 1965) era diabético e hipertenso e 
faleceu por IAM; A irmã mais velha Neuza (1952) é 
obesa, dislipidêmica e viúva de Manuel (1950-1999) 
falecido em acidente de carro; a segunda irmã Tânia 
(1954) é solteira e hipertensa, tem uma péssima relação 
com a mãe. 
 
Alberto casou-se com Magali(1957) em 1976 e 
divorciou-se em 1980 (nunca mais se falaram), casou-se 
com Ana (1966) em 1981 e com ela teve 3 filhos: 
Roberta (1982), Cristiana (1984) e Miguel (1988). 
Atualmente todos os filhos e a esposa também estão 
obesos e Miguel começou a fumar. 
 
 
 
ECOMAPA 
Diagrama que relaciona família e comunidade, ajudando 
a avaliar os apoios e suportes disponíveis e sua utilização. 
O ecomapa é um instrumento que facilita o 
entendimento da situação familiar de uma forma quase 
imediata. Para identificar os problemas, diagnósticos, 
discussão de estratégias de intervenção, objetivos a 
serem atingidos, implementação e avaliação de 
resultados. 
Pode ser complementar ao genograma. 
Geralmente utilizada para famílias com poucas conexões 
com a comunidade e necessita de maior investimento da 
equipe de Saúde. 
Informações a seres utilizadas: 
▪ A vizinhança 
▪ Serviços da comunidade (médicos, 
toxicodependência, saúde mental, violência 
doméstica, comissão de menores) 
▪ Grupos sociais 
▪ Educação 
▪ Relações pessoais significativas (amigos, 
vizinhos e família distante) 
▪ Trabalho 
 
 
Mº Eduarda Nogueira 
 
COMO É FEITO: 
O ecomapa é feito por círculos. Sendo o central com os 
membros da família e os círculos externos são os 
contatos da família com a comunidade. As linhas indicam 
o tipo de conexão: linhas contínuas representam ligações 
fortes; linhas pontilhadas, ligações frágeis; ziguezague, 
aspectos estressantes. As setas significam energia e fluxo 
de recursos. Ausência de linhas significa ausência de 
conexão. 
Como exemplo, podemos visualizar a família de Maria 
(40 anos), paciente acompanhada pela equipe por HAS 
que vêm queixando muita preocupação com sua filha 
Ana, de 7 anos que é asmática e nos últimos meses teve 
uma piora da doença e do desempenho escolar. Também 
fazem parte da família o marido João (42 anos), o filho 
Lucas de 12 anos e a caçula Rita de 1 ano. 
Percebe-se que essa família: 
 
▪ Tem relação distante com a igreja 
▪ Relações próximas com trabalho e serviços de 
saúde, assim como os vigilantes de peso (Maria) 
e os Alcoólicos Anônimos (João) 
▪ A ligação de Ana com a escola é estressante, já 
Lucas tem uma relação adequada. Maria tem 
relações frágeis com a escola dos filhos, embora 
tente intensificá-las 
▪ A família de Maria tem relação intensa com ela 
e estressante com João 
▪ A família de João tem as relações rompidas 
▪ A relação com os vizinhos é frágil 
▪ Tem relação adequada com a creche e o clube 
de recreação. 
 
Problemas e possibilidades diagnósticas a serem 
levantadas e debatidas no caso utilizado: 
 
▪ Inter-relação entre a piora da asma e do 
desempenho escolar de Ana (em um ciclo 
vicioso), influenciada por: 
» Fase de ciclo de vida: ciúmes da irmã de 1 ano 
(foi caçula por muitos anos) 
» Distanciamento de Maria em relação à escola 
dos filhos (apesar da 
» escola a procurar), associado à relação 
adequada com a creche da Rita. 
» Não participação de João na vida escolar dos 
filhos. 
 
▪ Relações familiares extra-nucleares de João: 
rompimento com a própria família de origem e 
relações estressantes com a família de Maria. 
Relacionadas ao alcoolismo? 
 
APGAR 
 
Reflete a satisfação de cada membro familiar, por meio 
de questionário de 5 perguntas relacionadas aos 
aspectos: 
 
▪ Adaptation = Adaptação 
▪ Partnership = Participação 
▪ Growth = Crescimento 
▪ Affection = Afeição 
▪ Resolução 
 
Sendo o questionário A.P.G.A.R. 
 
1) “Estou satisfeito com a atenção que recebo da minha 
família quando algo está me incomodando?” 
 
2) “Estou satisfeito com a maneira que a minha família 
discute as questões de interesse comum e compartilha 
comigo a resolução dos problemas?” 
 
3) “Sinto que minha família aceita meus desejos de 
iniciar novas atividades ou de realizar mudanças em 
meu estilo de vida?” 
 
4) “Estou satisfeito com a maneira com que a minha 
família expressa afeição e reage em relação aos meus 
sentimentos de raiva, tristeza e amor?” 
 
5) “Estou satisfeito com a maneira com que eu e a 
minha família passamos o tempo juntos?” 
 
As perguntas podem ser respondidas com as opções: 
 
▪ Quase sempre - Valendo 2 pontos 
▪ Às vezes – Valendo 1 ponto 
▪ Raramente – Valendo 0 pontos 
 
Mº Eduarda Nogueira 
 
A soma dos pontos da questão determina o resultado da 
pesquisa: 
 
▪ Se a família tiver resultado entre 7 e 10 – 
Família altamente funcional 
▪ Se tiver entre 4 e 6 – Família moderadamente 
disfuncional 
▪ Se tiver ente 0 e 3 – Família severamente 
disfuncional 
 
PRACTICE 
 
▪ Avalia o funcionamento das famílias. 
 
▪ Facilita coleta de informação, entendimento do 
problema, a elaboração de avaliação e a 
construção de intervenção 
 
▪ Utilizado em situações mais complexas 
 
▪ Deve ser aplicado em múltiplas reuniões 
familiares – Para construção de laços 
 
▪ P – Problema familiar 
 
▪ R – (roles) – Papéis e estrutura (como os 
membros desempenham e quais são seus 
papéis) 
 
▪ A – Afeto – Como é a troca de afeto (positiva 
ou negativa) 
 
▪ C– omunicação – Verbal e não verbal na família 
 
▪ T – Tempo – Papel de acordo com ciclo vital 
 
▪ I – Illness – Doenças familiares no passado e 
presente 
 
▪ C – Coping with stress – lidar com o estresse 
 
▪ E– Ecologia – Suportes externos, a rede de apoio 
(vizinhos, igreja) e estruturação (renda, moradia) 
 
FIRO 
 
▪ Do inglês: Orientações Fundamentais nas 
Relações Interpessoais 
▪ Avalia os sentimentos de membros da família, 
na vivência das relações do cotidiano 
▪ Útil quando há mudança de papéis na família 
 
▪ Baseia-se em 3 dimensões de interações 
familiares: inclusão, controle e intimidade 
 
→ Inclusão: Conhecer a dinâmica de 
relacionamento na família (papéis, 
organização, interações e participações) 
 
→ Controle: Como o poder é exercido na 
família (dominante, reativo, colaborativo) 
 
→ Intimidade: Como a família se une para 
compartilhar os sentimentos 
 
 
▪ Modalidade de atenção à saúde integrada às RAS, 
que trata de prevenção, tratamento, reabilitação, 
paliação e promoção à saúde prestados em 
domicílio. 
 
▪ Cuidador: pessoa com ou sem vínculo familiar 
com o usuário, apta para auxiliar em suas 
necessidades e atividades cotidianas, que deve 
estar presente no atendimento domiciliar 
 
▪ Necessita de participação ativa do usuário e 
familiares e exige termo de consentimento da 
família e do usuário (se consciente) 
 
▪ Cada membro deve ter o plano de 
cuidado/terapêutico contendo informações dos 
serviços de assistência, visitações e papel da equipe 
 
▪ Deve sempre promover a saúde e prevenir que os 
pacientes necessitam de níveis mais altos de 
atenção para não sobrecarregar os serviços 
 
▪ Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) – Serviço 
complementar aos cuidados da atenção básica e 
serviços de urgência, substitutivo ou 
complementar a internação hospitalar 
 
Objetivos da SAD 
 
→ Redução da demanda por atendimento 
hospitalar 
→ Redução do período de permanência de 
usuários internados 
→ Humanização da atenção à saúde, com 
ampliação da autonomia dos usuários 
ATENÇÃO DOMICILIAR 
Mº Eduarda Nogueira 
 
→ Desinstitucionalização e a otimização 
dos recursos financeiros e estruturais da 
RAS 
 
 
1) ( Prefeitura de Fortaleza - CE 2019) A partir da 
segunda metade do século XX, foi se tornando base em 
registros clínicos na atenção primária em saúde (APS) 
em diversos países a forma de registro clínico orientado 
a problemas, composto por duas partes: SOAP e lista de 
problemas. Sobre SOAP que é acrônimo de Subjetivo - 
Objetivo Avaliação - Plano, a parte relativa 
ao Objetivo registra: 
 
a) história clínica/anamnese. 
b) impressão diagnóstica. 
c) lista de problemas. 
d) exame físico e exames complementares. 
 
2) ( Prefeitura de Marilena - PR 2016) O Projeto 
Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de 
propostas terapêuticas articuladas. Sobre o PTS, 
assinale a alternativa correta. 
a) A partir do diagnóstico, o médico elabora o PTS, 
concluindo suas consideraçõessobre a condição física 
do paciente e encaminhando-o aos profissionais 
responsáveis. 
b) Projeto terapêutico singular ou individual pode ser 
feito para indivíduos, grupos ou famílias, buscando a 
singularidade como elemento principal de articulação. 
c) As metas são definidas por uma equipe 
interdisciplinar, visando melhorias ao paciente a curto 
ou médio prazo. 
d) Após o estabelecimento do que será feito, o PTS não 
pode ser modificado. 
e) O PTS tem tempo determinado para iniciar e 
terminar a abordagem integral ao paciente. 
3) (FUNRIO 2017) O conceito de clínica ampliada está 
melhor definido na seguinte opção: 
 
a) Esquema padrão no qual um médico prescreve um 
remédio ou solicita um exame para comprovar ou não 
a hipótese de determinada doença; o medicamento é 
fornecido por um farmacêutico e o tratamento é 
aplicado por uma enfermeira. 
b) Busca da integração de várias abordagens para 
possibilitar um manejo eficaz da complexidade do 
trabalho em saúde, que é necessariamente 
transdisciplinar e, portanto, multiprofissional, de 
forma a ajudar o paciente a enfrentar ou perceber este 
processo de construção social em que todos 
influenciam e são influenciados. 
c) Rede de unidades de atendimento de alta 
capacidade, localizadas em locais centrais onde há 
grande densidade demográfica, principalmente de 
populações com pouco acesso aos tradicionais centros 
urbanos. 
d) Estratégia que busca a conexão por via informatizada 
entre a equipe de saúde localizada em uma ponta da 
Rede de Saúde com equipes altamente especializadas de 
Hospitais de Alta Complexidade visando elucidação 
diagnóstica. 
e) A valorização do conhecimento do processo 
fisiopatológico de adoecimento em relação a processos 
menos associados a ele, tais como processos de luto, 
desemprego e situações de dificuldade psicossomática, 
de modo a que o foco seja mantido e o processo de 
cura acelerado. 
________________________________________ 
Referências: 
 
Slides das aulas 
 
Abordagem Familiar. Ruth Borges Dias; 
Fabiano Gonçalves Guimarães 
 
Caderno de Atenção Domiciliar. Vol 2. 
Ministério da Saúde. Brasília-DF 2013 
 
Cartilha da PNH: Clínica ampliada, equipe de 
referência e projeto terapêutico singular. 
Acesso em 12 nov 2022. 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes
/clinica_ampliada_2ed.pdf 
 
PORTARIA Nº 825, DE 25 DE ABRIL DE 
2016. Ministério de Estado da Saúde. 
Tratado de medicina de família e comunidade: 
princípios, formação e prática. Gustavo Gusso, 
José Mauro Ceratti Lopes, Lêda Chaves Dias; 
2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019 
 
QUESTÕES:

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