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Seguridade Social Brasileira

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02/04/2022
Seguridade
Social
Brasileira
#Direito Previdenciário
GESTÃO DESCENTRALIZADA
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RI
DA
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BR
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IL
EI
RA
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BR
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IL
EI
RA
INSSINSS
Conselho Nacional de 
Previdência (CNP)
Conselho Nacional de 
Previdência (CNP)
Conselhos de Previdência 
Social (CPS)
Conselhos de Previdência 
Social (CPS)
Conselho Nacional de 
Assistência Social (CNAS)
Conselho Nacional de 
Assistência Social (CNAS)
Conselho Nacional de 
Previdência Complementar 
(CNPC)
Conselho Nacional de 
Previdência Complementar 
(CNPC)
Conselho de Recursos de 
Previdência Social (CRPS)
Conselho de Recursos de 
Previdência Social (CRPS)
Conselho Administrativo de 
Recursos Fiscais (CARF)
Conselho Administrativo de 
Recursos Fiscais (CARF)
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02/04/2022
RELAÇÃO JURÍDICA DE CUSTEIO
Pessoa 
física ou 
jurídica
Pessoa 
física ou 
jurídica
Ente 
estatal
Ente 
estatal
Relação de Custeio
Relação de Prestação
CREDOR
DEVEDOR
Modelo de Previdência 
de caráter contributivo!
1. Relação obrigacional
Obrigação 
Tributária
Obrigação 
Tributária
Obrigação 
Previdenciária de 
custeio
Obrigação 
Previdenciária de 
custeio
Contribuições sociais
3
4
02/04/2022
Há pessoas que têm obrigação de contribuir porque desta decorre sua condição de
beneficiário do sistema - são os segurados obrigatórios do regime. A obrigatoriedade
de sua participação se impõe para que possam fruir dos benefícios e serviços
previstos em lei.
Outras pessoas têm a obrigação de contribuir porque a lei simplesmente lhes
determina tal ônus, sem que tenham qualquer contraprestação pelo fato de verterem
recursos para o sistema. O liame obrigacional tem fundamento, nestes casos, no ideal
de solidariedade que fundamenta a Previdência Social, embasado a teoria do risco
social, segundo a qual toda a sociedade deve suportar o encargo de prover a
subsistência dos incapacitados para o trabalho.
A relação obrigacional de custeio é autônoma onde, mesmo que as contribuições não
sejam recolhidas, não impeçam a fruição dos benefícios e serviços por determinadas
categorias de segurados obrigatórios (Art. 36, I, RPS):
Art. 36. No cálculo do valor da renda mensal do benefício serão computados:
I - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o trabalhador avulso, os
salários de contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que não
recolhidas pela empresa ou pelo empregador doméstico, observado o disposto no art.
19-E, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis
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02/04/2022
2. Contribuintes da Seguridade Social
CONTRIBUINTE
• Sujeito passivo da obrigação tributária, podendo ser
pessoa física ou jurídica sendo, por determinação legal,
sujeita ao pagamento do tributo (arts. 121, caput e 122,
CTN).
SEGURADO
• Pessoa física que exerce atividade remunerada, efetiva ou eventual, de
natureza urbana ou rural, com ou sem vínculo de emprego, a título
precário ou não, bem como aquele que a lei define como tal. Também é
considerado segurado aquele que, sem exercer atividade remunerada, se
filia facultativa e espontaneamente à Previdência Social (art. 12 e
parágrafos, Lei 8.212/91 e art. 11 e parágrafos, Lei 8.213/91).
Art. 195, I, II, III e IV, CF:
- o empregador, a empresa e a entidade
a ela equiparada;
- os trabalhadores segurados da
Previdência Social, conforme suas categorias 
(empregado, empregado doméstico, 
trabalhador avulso, contribuinte individual 
segurado especial);
- os apostadores de concursos de
prognósticos;
- o importador de bens ou serviços do
exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
2.1 Segurados Obrigatórios
Devem contribuir compulsoriamente
para a Seguridade Social, com direito
aos benefícios pecuniários previstos
para sua categoria (aposentadorias,
pensões, auxílios, salário-família e
salário-maternidade) e aos serviços
(habilitação profissional e serviço
social) a encargo da Previdência
Social.
Segurado 
Obrigatório
Segurado 
Obrigatório
Pessoa 
Física
Pessoa 
Física
Vínculo 
empregatício 
urbano, rural ou 
doméstico
Vínculo 
empregatício 
urbano, rural ou 
doméstico
Trabalhador 
autônomo ou 
empresário 
(contribuinte 
individual), 
avulso, ou 
segurado especial
Trabalhador 
autônomo ou 
empresário 
(contribuinte 
individual), 
avulso, ou 
segurado especial
Atividade 
laborativa, 
remunerada 
e lícita
Atividade 
laborativa, 
remunerada 
e lícita
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02/04/2022
2.1.1 Empregado Urbano e Rural
- Todos aqueles que possuem vínculo regido pela CLT, com os requisitos previstos nos
arts. 2° e 3° da Consolidação, com ou sem prazo determinado (inclusive as
modalidades de trabalho a tempo parcial, em teletrabalho, trabalho intermitente,
aprendiz), bem como os empregados rurais (alínea "a"), os contratados a forma da Lei
n. 6.019/1974 (trabalho temporário), os agentes públicos sem regime próprio
(contratados temporariamente, comissionados e detentores de mandato eletivo), além
de outras situações que, para efeitos previdenciários, geram equiparação de
tratamento aos empregados propriamente ditos, identificadas as demais alíneas do
inciso I do art. 9° do Decreto Regulamentador.
- Exercentes de mandato eletivo
Repercussão Geral no RE 626.837, Relator Ministro Dias Toffoli, Dje de 20.11.2013:
"Tema 691 - Submissão dos entes federativos ao pagamento de contribuição previdenciária
patronal incidente sobre a remuneração dos agentes políticos não vinculados a regime
próprio de previdência social, após o advento da Lei 10.887/2004".
Em julgamento pelo Plenário do STF, em 25.5.2017, foi firmada a seguinte tese:
Incide contribuição previdenciária sobre os rendimentos pagos aos exercentes de mandato 
eletivo, decorrentes da prestação de serviços à União, a Estados e a Distrito Federal ou a 
municípios, após o advento da Lei n° 10.887/2004, desde que não vinculados a regime próprio 
de previdência.
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2.1.2 Empregado Doméstico
- Requisitos do art. 1º da LC n. 150/2015;
- Idade mínima de 18 anos, com reconhecimento, no entanto, de todo o
tempo de contribuição, ainda que submetido a trabalho doméstico em
idade inferior;
2.1.3 Contribuinte Individual
- A categoria engloba segurados empresário, autônomo e equiparado a
autônomo. Art. 9º, V, do Decreto n. 3048/1999:
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Os motoristas de aplicativos passaram a ser enquadrados como
contribuintes individuais pelo Decreto n. 9.792, de 14,5.2019, que dispõe
sobre a exigência de inscrição do motorista de transporte remunerado
privado individual de passageiros como contribuinte individual do RGPS. E,
para tanto, recolherá sua contribuição a RGPS por iniciativa própria, nos
termos do disposto no inciso II do caput do art. 30 da Lei n. 8.212/1991 (até
o dia quinze do mês seguinte ao da competência).
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* Empresário individual e titular de empresa individual de
responsabilidade limitada também são considerados
contribuintes individuais;
É importante distinguir o diretor que seja empregado daquele
que se constitui empresário. A figura do diretor somente se
verifica nas sociedades anônimas, logo, nas demais espécies de
sociedades comerciais o dirigente ou é sócio, ou se enquadra na
condição de empregado.
* Trabalhador Autônomo
Trabalhador autônomo é aquele que exerce, por conta própria,
atividade econômica remunerada de natureza urbana, com fins
lucrativos ou não, ou, ainda, o que presta serviço de natureza
urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas,
sem relação de emprego.
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• profissionais liberais: há casos em que são considerados como contribuintes
individuais, outros, como empregados; com efeito, se submetidos a regras de conduta
(subordinação) e a uma disciplina na relação de trabalho, podem caracterizar-se como
segurados empregados;
• representante comercial autônomo e o vendedor pracista: a Lei n. 4.886/65, art.2°,
exigia registro do representante comercial autônomo no órgão de fiscalização da
atividade, como requisito formal; onovo Código Civil disciplina a relação de trabalho
do representante comercial sem vinculo de emprego nos arts. 710 a 721;
• corretores de imóveis, de seguros, de planos de saúde: adota-se o mesmo
entendimento esposado em relação as representantes comerciais autônomos.
2.1.4 Trabalhador Avulso
Trabalhador avulso é aquele que presta serviço a várias empresas, sem vínculo
de emprego, contratado por sindicatos ou órgãos gestores de mão de obra (art.
11, inciso VI, da Lei n. 8.213/1991).
Nessa categoria estão os trabalhadores em portos: estivadores, carregadores,
amarradores de embarcações, quem faz limpeza e conservação de
embarcações e vigia. Na indústria de extração de sal e no ensacamento de
cacau e café também há trabalhadores avulsos. Também é o caso dos
movimentadores de cargas (comumente denominados "chapas").
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2.1.5 Segurado Especial
Considera-se segurado especial, (art. 12, VII, da Lei n. 8.212/1991 e ao art. 11, VII, da Lei n. 8.213/1991), a
pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que,
individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a
título de mútua colaboração, na condição de:
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados,
comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: 1. agropecuária em área de até 4
(quatro) módulos fiscais; ou 2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades
nos termos do inciso XII do caput do art. 2° da Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas
atividades o principal meio de vida;
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio
de vida;
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este
equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente,
trabalhem com o grupo familiar respectivo.
2.2 Segurados Facultativos
Ao lado do segurado obrigatório, tem-se o segurado facultativo, que
desfruta do privilégio constitucional e legal de se filiar ao RGPS.
É a pessoa que, não estando em nenhuma situação que a lei considera
como segurado obrigatório, desejar contribuir para a Previdência Social,
desde que seja maior de 16 anos, e não esteja vinculado a nenhum outro
regime previdenciário (art. 11 e p. 2° do Regulamento).
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2.3 Aposentado(a) que retorna à atividade
O aposentado pelo RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer 
atividade abrangida pelo Regime é segurado obrigatório em relação a essa 
atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata a Lei n. 8.212/1991.
Por outro lado, prevê o art. 18, p.2°, da Lei n. 8.213/1991 que o aposentado que 
pretenda permanecer em atividade ou a ela retornar não terá direito a novas 
prestações previdenciárias, exceto o salário-família e a reabilitação 
profissional, quando for o caso.
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• Artigo 173 do RPS: o segurado em gozo de aposentadoria que voltar a
exercer atividade abrangida pelo RGPS, observados o disposto no art.
168 e, nos casos de aposentadoria especial, o disposto no parágrafo
único do art. 69, fará jus:
- a salário-família e à reabilitação profissional, quando empregado,
inclusive o doméstico, ou trabalhador avulso;
- E a salário-maternidade.
E o parágrafo único do artigo 69 do RPS, por fim, prevê a cessação da
aposentadoria especial caso o requerente retorne a trabalhar
exposto a agentes nocivos.
-> DESAPOSENTAÇÃO: Recursos Extraordinários nos autos n. 381.367,
661.256 e 827.833, que:
"No âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), somente
lei pode criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo,
por hora, previsão legal do direito à “desaposentação”, sendo
constitucional a regra do artigo 18, parágrafo 2°, da Lei 8.213/1991.
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Repercussão Geral - Tema 1.065:
É constitucional a contribuição previdenciária devida por
aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que
permaneça em atividade ou a essa retorne.
3. Manutenção e perda da qualidade de Segurado
Sem limite de prazo, 
quem está em gozo 
de benefício, exceto 
do auxílio-acidente;
Até 12 (doze) meses após a cessação 
das contribuições, o segurado que 
deixar de exercer atividade 
remunerada abrangida pela 
Previdência Social ou estiver 
suspenso ou licenciado sem 
remuneração;
Até 12 (doze) meses após 
cessar a segregação, o 
segurado acometido de 
doença de segregação 
compulsória;
Até 12 (doze) meses 
após o livramento, o 
segurado retido ou 
recluso;
Até 3 (três) meses após o 
licenciamento, o 
segurado incorporado às 
Forças Armadas para 
prestar serviço militar; 
Até 6 (seis) meses 
após a cessação das 
contribuições, o 
segurado facultativo.
PERÍODO DE
GRAÇA
Art. 15, 8.213/91
I
II
III
IV
V
VI
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02/04/2022
3.1 Sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, 
exceto do auxílio-acidente;
O fato de o segurado estar em fruição de beneficio previdenciário impede
que o mesmo, por motivo alheio à sua vontade, permaneça contribuindo
para o RGPS. Em virtude disso, a legislação estabelece que, durante o
tempo de fruição, se mantenha a qualidade de segurado, para todos os
fins.
Cessado o beneficio, o segurado tem a qualidade de segurado mantida por
mais 12 meses (art. 15, I, 8213/91 c/c art. 13, II, do RPS)
3.2 Até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer 
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado 
sem remuneração;
Esse prazo será prorrogado para até 24 meses se o segurado já tiver pago mais de
120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de
segurado. Os prazos são acrescidos em doze meses para o segurado desempregado,
desde que comprove essa situação por registro no órgão próprio.
O período de graça do segurado que deixa de exercer atividade laborativa pode ser
de 12 meses (para o segurado com menos de 120 contribuições mensais), 24 meses
(para o segurado com mais de 120 contribuições mensais; ou para o segurado com
menos de 120 contribuições, comprovando que depois dos primeiros doze meses de
período de graça permanece na situação de desemprego), ou 36 meses (quando o
segurado com mais de 120 contribuições mensais comprove, após os primeiros vinte
e quatro meses, que permanece desempregado).
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Súmula n. 27 da TNU:
A ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho não
impede a comprovação do desemprego por outros meios admitidos
em Direito.
E também:
A prorrogação da qualidade de segurado por desemprego
involuntário, nos moldes do §2° do art. 15 da Lei 8.213/91, se estende
ao segurado contribuinte individual se comprovada a cessação da
atividade econômica por ele exercida por causa involuntária, além da
ausência de atividade posterior. (TNU, PUIL 0504272-91.2018.4.05.8400/RN, j. 28.4.2021)
STJ:
A ausência de registro na CTPS não é suficiente para comprovar a
situação de desempregado, pois não afasta a possibilidade do exercício de
atividade remunerada na informalidade. Dessa forma, esse registro não
deve ser tido como único meio de prova da condição de desempregado do
segurado, especialmente considerando que, em âmbito judicial, prevalece
o livre convencimento motivado do juiz e não o sistema de tarifação legal
de provas. Assim, o registro perante o SINE poderá ser suprido quando for
comprovada tal situação por outras provas constantes dos autos,
inclusive a testemunhal. (Pet 7.115/PR, 3° Seção, Rel. Min. Napoleão Nunes MaiaFilho, Die 6,4.2010)
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3.3 Até doze meses após cessar a segregação, o segurado acometido de 
doença de segregação compulsória;
O segurado que foi acometido ou mesmo que ainda esteja na condição de
ser suspeito de estar contaminado por doença que exija, pelas normas de
vigilância sanitária e epidemiológica, a internação em separado ou a
impossibilidade de contato com outras pessoas,além de mantido na
condição de segurado durante o período da doença por estar em beneficio
(primeira hipótese elencada), terá direito a mais doze meses de período
de graça, após a cessação da segregação, sem necessidade de
recolhimento de contribuições.
Todos os que estavam com o vírus, ainda que assintomáticos (ou
seja, não necessariamente incapacitados para o trabalho), bem
como aos que foram isolados preventivamente, o afastamento
compulsório não foi somente das atividades remuneradas, mas de
todo o convívio social.
À luz da regra em comento, esses indivíduos fazem jus à
manutenção da qualidade de segurado se a possuíam antes desta
segregação, pelo lapso de doze meses após cessar a
obrigatoriedade de afastamento.
SEGREGAÇÃO COMPULSÓRIA!
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3.4 Até doze meses após o livramento, o segurado detido ou 
recluso;
O segurado que for recolhido a cárcere, ainda que em prisão cautelar,
impossibilitado, portanto, de exercer atividade remunerada, permanece na
qualidade de segurado, durante a reclusão, prisão ou detenção. Concedida
a liberdade - provisória ou não -, o segurado permanece nesta condição
até doze meses após.
"Tratando-se de preso foragido, não se aplica a regra de
manutenção da qualidade de segurado por 12 meses a
partir do livramento, nos termos do art. 15, IV, da Lei n°
8,213/91" (TNU. 0067318-03.2008.4.01.3800/MG, j.18.9.2019).
Não guarda a qualidade de segurado o detento
ou recluso que não era, ao tempo da prisão,
segurado do RGPS, nem se encontrava em
período de graça. Vale dizer, o indivíduo que não
era segurado antes do cumprimento da pena
não adquire tal condição ao livrar-se solto.
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3.5 Até 3 meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças 
Armadas para prestar serviço militar; 
A prestação de serviço militar citada a lei é a do serviço militar
obrigatório, que suspende o contrato de trabalho dos segurados
empregados (art. 472 da CLT e art. 60, caput, da Lei n. 4.375/1964).
Apenas aquele que já era segurado antes de prestar o serviço militar
permanece nessa condição, durante o período nas Forças Armadas, até
três meses após o seu licenciamento, ou "baixa".
3.6 até 6 meses após a cessação das contribuições, o 
segurado facultativo
O segurado, uma vez tendo iniciado a contribuir como tal, tem o
permissivo legal de não contribuir por até seis meses contínuos,
permanecendo durante esse prazo na condição de segurado, devendo,
para assim se manter, contribuir no mês seguinte a tal prazo;
evidentemente, o período em que não houve contribuição não servirá para
fins de contagem de tempo para aposentadoria.
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DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE MANUTENÇÃO E PERDA
A perda da qualidade de segurado, segundo a regra prevista no §4° do art. 15 da Lei n.
8.213/1991, ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio
da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês
imediatamente posterior a final dos prazos.
ABRIL
Fim do período de 
graça
ABRIL
Fim do período de 
graça
MAIO
Mês referência para 
primeira contribuição
MAIO
Mês referência para 
primeira contribuição
JUNHO
Até o dia 15 para 
recolhimento sob pena 
de perca da qualidade 
de segurado
JUNHO
Até o dia 15 para 
recolhimento sob pena 
de perca da qualidade 
de segurado
Ex.: José continua desempregado. Dessa forma, deve vincular-se como segurado facultativo, seguindo a regra: 
• Caso dentro do período de graça o segurado volte a exercer atividade que o
qualifique como segurado obrigatório, ainda que por um mês ou menos, haverá
período contributivo durante o lapso temporal da atividade remunerada e, neste
caso, a contagem do período de graça se interrompe, iniciando-se novamente caso o
segurado volte a ficar desempregado.
• A mesma situação acontece quando o segurado (obrigatório ou facultativo) que
esteja em período de graça faz apenas uma contribuição dentro desse período na
condição de facultativo - a contagem do período de graça voltará a fluir "do zero" no
mês seguinte a que se referir à última contribuição vertida.
37
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02/04/2022
Na prática, o segurado contribuinte individual possui 13 meses e 15 dias no mínimo,
como período de graça, podendo chegar a 37 meses e 15 dias, por interpretação
sistemática do §4° do art. 15 da LBPS.
Parecer CONJUR/MPS n. 616/2010:
De acordo com a interpretação sistemática dos dispositivos ora examinados, o período
de graça para o segurado contribuinte individual não é de exatos doze meses, mas de
treze meses e quinze dias, por força do §4° do art. 15 da LBPS, salientando que se deve
iniciar a contagem do período de graça sempre a partir do primeiro dia do mês de
pagamento da última contribuição.
A perda da qualidade de segurado importa a caducidade dos direitos
inerentes a essa qualidade (art. 102 da Lei n. 8.213/1991)
De acordo com o RPS, a perda da qualidade de segurado não implica
supressão do direito adquirido à aposentadoria para cuja concessão
tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislação
vigente na época em que tais requisitos foram atendidos. É o
cumprimento da regra constitucional que determina o respeito ao direito
adquirido (§1° do art. 180 do Decreto n. 3.048/1999).
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40
02/04/2022
A EC n. 103/2019 inseriu regra inédita, impondo a todos os
segurados - obrigatórios e facultativos - que, para que haja
cômputo de tempo de contribuição, o valor pago a título de
contribuição, pelo segurado, deve ser igual ou maior ao que
corresponda à incidência da alíquota prevista em lei sobre o
menor salário de contribuição do mês respectivo (no caso, o
salário mínimo mensal).
Art. 195, §14, CF:
O segurado somente terá reconhecida como tempo de
contribuição a Regime Geral de Previdência Social a
competência cuja contribuição seja igual ou superior à
contribuição mínima mensal exigida para sua categoria,
assegurado o agrupamento de contribuições".
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02/04/2022
Art. 29, EC 103/2019:
Até que entre em vigor lei que disponha sobre o §14 do art. 195 da Constituição Federal, o
segurado que, no somatório de remunerações auferidas no período de 1 (um) mês, receber
remuneração inferior ao limite mínimo mensal do salário de contribuição poderá:
I - complementar a sua contribuição, de forma a alcançar o limite mínimo exigido;
II - utilizar o valor da contribuição que exceder o limite mínimo de contribuição de uma
competência em outra; ou
III - agrupar contribuições inferiores a limite mínimo de diferentes competências, para
aproveitamento em contribuições mínimas mensais.
Parágrafo único. Os ajustes de complementação agrupamento de contribuições previstos nos
incisos I, II e III do caput somente poderão ser feitos ao longo do mesmo ano civil.
REGRAS DE CARÊNCIA PARA REINGRESSO AO RGPS E CÔMPUTO DE CARÊNCIA
Fato Gerador Norma Aplicável Mínimo Contribuições reingresso
Até 7.7.2016 Lei n. 8.213/1991 (art. 34, p.u.) 4 contribuições (1/3 carência)
De 8.7.2016 a 4.11.2016 MP n. 739/2016 12 contribuições
De 5.11.2016 a 5.1.2017 Lei n. 8.213/1991 (art. 34, p.u.) 4 contribuições (1/3 carência)
De 6.1.2017 a 26.6.2017 MP 767/2017 12 contribuições
De 27.6.2017 a 17.1.2019 Lei n. 13.457/2017 6 contribuições (1/2 carência)
De 18.1.2019 a 17.6.2019 MP n. 817/2019 12 contribuições
De 18.6.2019 em diante Lei n. 13.846/2019 6 contribuições (1/2 carência)
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02/04/2022
TNU:
Deve ser observada a regra de carência
vigente no momento do surgimento da
incapacidade.
A tese foi fixada no julgamento do
Representativo de Controvérsia - Tema 176:
Constatado que a incapacidade do(a)
segurado(a) do Regime Geral da Previdência
Social (RGPS) ocorreu ao tempo da vigência
das Medias Provisórias n° 739/2016 e
767/2017, aplicam-se as novas regras de
carência nelas previstas (Processo n.
5001792-09.2017.4.04.7129/RS, i.em 17.8.2018).
JURISPRUDÊNCIA:
A posição do TNU atenta contra os princípios
da razoabilidade e da isonomia exigir que
somente os segurados que tiveram o início da
incapacidade no período da validade das
referidas MPs (que perderama validade pela
caducidade ou por mudança de redação na
transformação em lei) cumpram o período
integral da carência quando da nova filiação.
(TRF/4, ED em AC n. 5008747-45.2018.4.04.9999/SC,
TRS-SC, Rel. Juiz Federal João Batista Lazzari em
20.3.2019.)
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