PLANEJAMENTO E SELEÇÃO DE MÁQUINAS

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AMANDA RODRIGUES DA FONSECA
LUIS HENRIQUE FAUSTINO DA SILVA
MATHEUS JUNIO OLIVEIRA SILVA
ROMILDO DE JESUS OLIVEIRA
WEILA COELHO DA ROCHA
PLANEJAMENTO E SELEÇÃO DE MÁQUINAS 
COLORADO DO OESTE
2022
AMANDA RODRIGUES DA FONSECA
LUIS HENRIQUE FAUSTINO DA SILVA
MATHEUS JUNIO OLIVEIRA SILVA
ROMILDO DE JESUS OLIVEIRA
WEILA COELHO DA ROCHA
PLANEJAMENTO E SELEÇÃO DE MÁQUINAS 
 
Projeto apresentado como requisito para obtenção de nota avaliativa na disciplina de Máquinas e Mecanização Aplicados à Zootecnia do Curso de Bacharelado em Zootecnia do Instituto Federal de Rondônia-Campus Colorado do Oeste. 
Professor: Patricia Candida de Menezes.
COLORADO DO OESTE
2022
1 INTRODUÇÃO
Com o avanço dos estudos em Máquinas e Mecanização houve grandes mudanças econômica e produtivamente falando. Além de o valor agregado a essas máquinas aumentarem, também se aumentou a demanda e o estudo de recursos para melhor viabilidade econômica, uso e conservação destas.
Dessa forma, estudos começaram a demonstrar que o planejamento e a seleção destas máquinas para aquisição, são de extrema importância para que os custos de aquisição, fixos, variáveis, retorno econômico e viabilidade econômica, sejam melhor direcionados e planejados de forma segura e eficiente.
Com isso, o objetivo deste trabalho é dimensionar um planejamento de seleção e aquisição de máquinas para a produção de milho, soja e capim no Sistema de Integração de Produção Animal e Vegetal.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA/PROPRIEDADE 
A área compreende em um total de 500 hectares, localizada no município de Cabixi no Estado de Rondônia, o solo tem como característica ser Latossolo Vermelho Amarelo, assim como o restante da região do município de Cabixi, tendo Clima Tropical Chuvoso com estação seca bem definida (Aw) segundo Köppen. O produtor começará a trabalhar com a Integração Lavoura-Pecuária, com a cultura do Milho na linha e o Capim Braquiária cultivar decumbens (Urochloa decumbens) nas entre linhas. O espaçamento da cultura do milho se dá de 80 a 90 cm entre linhas, e entre elas o plantio de Braquiária decumbens.
Será feita a análise de solo e a partir desta, serão feitas a correções de solo e adubações necessárias, a primeiro momento o uso do solo será na forma convencional, pois é necessário fazer-se a gradagem e aração da área. Com o segundo ano de safra, passará a ser feita a dessecação da braquiária e assim formando uma palhada, na qual servirá de cobertura para a semente de milho no Plantio Direto.
2.2 ANÁLISE OPERACIONAL
Tabela 1- Gráfico de Gantt
Fonte: Arquivo Pessoal
O cronograma de atividades foi dividido em meses e dentro dos meses, dividiu-se em quinzenas, onde foi feita a divisão e planejamento de dias para cada cada operação, levando em consideração os tratos culturais da cultura do milho. Foi estabelecido que para a operação de aração, serão disponíveis 31 dias, para calagem 32 dias, para gradagem 31 dias, para Aplicação de herbicidas 46 dias, para a semeadura 46 dias, para adubação de cobertura 47 dias, para a Pulverização de fungicida e inseticida 106 dias, para a colheita 44 dias e para a dessecação do capim, 45 dias.
2.3 ESCOLHA DAS MÁQUINAS E IMPLEMENTOS A SEREM ADQUIRIDOS CONSIDERANDO A CAPACIDADE OPERACIONAL.
Tabela 2- Estimativa de Ritmo Operacional
Fonte: Arquivo Pessoal
No cronograma tem-se o número de dias totais para a aração com trinta e um dias, com quatro dias de números de domingos e feriados, com zero números de dias úteis e impróprios com uma jornada de trabalho de dez horas por dia e eficiência de setenta (70) % com tempo disponível de 189 horas e ritmo operacional de 2,65 ha/h.
A operação de calagem no cronograma, se tem trinta e um dias totais contendo cinco dias de numero de domingo e feriados dois números de dias úteis e impróprio tendo uma jornada de trabalho de oito horas por dia e eficiência de (70) % com 134 horas de tempo disponível e ritmo operacional de 3,72 ha/h.
A operação de gradagem no cronograma tem trinta e um dias totais com cinco número de domingos e feriados, sete dias de números de dias úteis e impróprio com uma jornada de trabalho de oito horas por dia com uma eficiência de (70)% tendo 106 horas de tempo disponível e ritmo operacional de 4,70 ha/h. 
No cronograma a aplicação de herbicida pré emergente, está com quarenta e seis dias totais sete dias de números de domingos e feriados, com doze números de dia úteis e impróprio com jornada de trabalho de oito horas por dia com uma eficiência de (70) % com tempo disponível de 151 horas e ritmo operacional de 3,31 ha/h.
A semeadura tem um cronograma de quarenta e seis dias totais com sete dias de números de domingos e feriados com quinze dias de números de dias úteis e impróprio e oito horas de jornada de trabalho com (70) % de eficiência com tempo disponível de 134 horas com ritmo operacional de 3,72 ha/h. 
A adubação de cobertura de acordo com o cronograma temos quarenta e sete dias contendo seis dias de números de domingo e feriado cinco dias de números de dias úteis e impróprio com oito horas de jornada de trabalho com (70) % de eficiência contendo 202 heras de tempo disponível e ritmo operacional de 2,48 ha/h. 
No cronograma para a aplicação de defensivos temos cento e seis dias totais contendo dezesseis dias de números de domingos e feriados com quarenta e dois dias de números úteis e impróprio com jornada de trabalho de oito horas por dia com (70) % de eficiência contendo 269 horas de tempo disponível e ritmo operacional de 1,86 ha/h. 
Para a colheita temos quarenta e quatro dias totais contendo sete dias de números de domingos e feriados com vinte e oito dias de números úteis e impróprio tendo uma jornada de trabalho de doze horas por dia com (70) % de eficiência com 76 horas de tempo disponível e ritmo operacional de 6,61 ha/h.
Dessecação no cronograma temos quarenta e cinco dias totais contendo sete dias de número de domingos e feriados e zero de números de dias úteis e impróprio com jornada de trabalho de oito horas por dia tendo uma eficiência de (70) % com tempo disponível de 213 horas e ritmo operacional de 2,35 ha/h. 
Tabela 2- Estimativa de Necessidade de Conjuntos com base no Ritmo Operacional e Capacidade de Campo Efetiva
Fonte: Arquivo Pessoal
Tabela 3- Estimativa de Eficiência com base nas Capacidade de Campo Teórica, Efetiva e Operacional
Fonte: Arquivo Pessoal
No número de conjunto temos na aração um ritmo operacional de 2,65 ha/h com largura do implemento de 5,10 m com velocidade de 6,0 km/h com (75) % de eficiência com capacidade de campo teórica de 3,1 ha/h e capacidade de campo efetiva de 2,6 ha/h tendo capacidade de campo operacional de 2,3 ha/h com 1,15 número de conjunto NC 1 com rendimento de campo trabalhado de 86,45 % tendo 86,75 % de rendimento de campo efetiva e 75 % de eficiência operacional.
No número de conjunto temos na calagem um ritmo operacional de 3,72 ha/h com largura do implemento de 8,0 m com velocidade de 6,5 km/h com (61) % de eficiência com capacidade de campo teórica de 5,2 ha/h e capacidade de campo efetiva de 3,7 ha/h tendo capacidade de campo operacional de 3,2 ha/h com 1,17 número de conjunto NC 1 com rendimento de campo trabalhado de 86,45 % tendo 86,75 % de rendimento de campo efetiva e 75 % de eficiência operacional.
No número de conjunto temos na gradagem um ritmo operacional de 4,70 ha/h com largura do implemento de 9,94 m com velocidade de 6,0 km/h com (80) % de eficiência com capacidade de campo teórica de 6,0 ha/h e capacidade de campo efetiva de 4,7 ha/h tendo capacidade de campo operacional de 4,8 ha/h com 0,99 número de conjunto NC 1 com rendimento de campo trabalhado de 78,83 % tendo 101,48 % de rendimento de campo efetiva e 80 % de eficiência operacional.
No número de conjunto temos na herbicida pré com o ritmo operacional de 3,31 ha/h com largura do implemento de 18 m com velocidade de 6,0 km/h com (55) % de eficiência com capacidade de campo teórica de 10,8 ha/h e capacidade de campo efetiva de 3,3 ha/htendo capacidade de campo operacional de 5,9 ha/h com 0,56 número de conjunto NC 1 com rendimento de campo trabalhado de 30,62 % tendo 179,63% de rendimento de campo efetiva e 55 % de eficiência operacional.
No número de conjunto temos na semeadura com o ritmo operacional de 3,72 ha/h com largura do implemento de 12 m com velocidade de 5,0 km/h com (70) % de eficiência com capacidade de campo teórica de 6,0 ha/h e capacidade de campo efetiva de 3,7 ha/h tendo capacidade de campo operacional de 4,2 ha/h com 0,89 número de conjunto NC 1 com rendimento de campo trabalhado de 62 % tendo 112,90% de rendimento de campo efetiva e 70% de eficiência operacional.
No número de conjunto temos na adubação de cobertura com o ritmo operacional de 2,48 ha/h com largura do implemento de 8 m com velocidade de 6,5 km/h com (70) % de eficiência com capacidade de campo teórica de 5,2 ha/h e capacidade de campo efetiva de 2,5 ha/h tendo capacidade de campo operacional de 3,6 ha/h com 0,68 número de conjunto NC 1 com rendimento de campo trabalhado de 47,70 % tendo 146,76% de rendimento de campo efetiva e 70% de eficiência operacional.
No número de conjunto temos na aplicação de defensivos com o ritmo operacional de 1,86 ha/h com largura do implemento de 18 m com velocidade de 6,0 km/h com (55) % de eficiência com capacidade de campo teórica de 10,8 ha/h e capacidade de campo efetiva de 1,9 ha/h tendo capacidade de campo operacional de 5,9 ha/h com 0,31 número de conjunto NC 1 com rendimento de campo trabalhado de 17,22 % tendo 319,33% de rendimento de campo efetiva e 55% de eficiência operacional.
No número de conjunto temos na colheita com o ritmo operacional de 6,61 ha/h com largura do implemento de 9 m com velocidade de 6,0 km/h com (60) % de eficiência com capacidade de campo teórica de 5,4 ha/h e capacidade de campo efetiva de 6,6 ha/h tendo capacidade de campo operacional de 3,2 ha/h com 2,04 número de conjunto NC 2 com rendimento de campo trabalhado de 122,48% tendo 48,99% de rendimento de campo efetiva e 60% de eficiência operacional.
No número de conjunto temos na dessecação com o ritmo operacional de 2,35 ha/h com largura do implemento de 18 m com velocidade de 6,0 km/h com (60) % de eficiência com capacidade de campo teórica de 10,8 ha/h e capacidade de campo efetiva de 2,3 ha/h tendo capacidade de campo operacional de 6,5 ha/h com 0,36 número de conjunto NC 1 com rendimento de campo trabalhado de 21,70% tendo 275,79% de rendimento de campo efetiva e 60% de eficiência operacional.
Dessa forma, analisando o ritmo operacional e a necessidade de conjuntos, optou-se para comprar-se 2 tratores com potências diferentes, que suprissem as necessidade de potência requerida dos implementos. E analisando a necessidade de tempo e ritmo operacional foram escolhidos as seguintes máquinas e implementos que constam na tabela a seguir:
Tabela 3- Máquinas e Modelos escolhidos perante a necessidade adquirida nos cálculo de Ritmo Operacional e Necessidade de Conjuntos
Fonte: Arquivo Pessoal
2.4 ESTIMATIVA DO CUSTO OPERACIONAL DOS CONJUNTOS MECANIZADOS.
Tabela 3- Custos Fixos calculados com base no orçamento para seleção das máquinas e implementos.
Fonte: Arquivo Pessoal
Tabela 4- Custos Variáveis, Horário e Operacional calculados com base no orçamento para seleção das máquinas e implementos.
O custo operacional se dá pela análise do custo fixo por hora no qual resultou em R$ 2.632,64 com custo fixo anual de R$ 1.642.996,88. A depreciação anual das máquinas e equipamentos se deu num total de R$ 851.200,00. Com juros total de R$ 790.530,00.
 Os custos fixos estão relacionados com os gastos iniciais para aquisição das máquinas e implementos agrícolas. Estes custos não mudam. Os custos variáveis estão relacionados principalmente com gastos envolvendo as operações, como gastos com combustíveis, reparos e manutenção dos equipamentos. Obtêm dessa maneira o total de custo variável com total de R$ 609,35/h trabalhada. 
O custo operacional dos conjuntos totais foi de R$ 500,49/ha e contabilizando pela área total, obteve-se um custo Operacional Total de R$ 250.246,64.
Uma das alternativas para diminuir os custos com estas máquinas e implementos, é a utilização destas pelo maior tempo possível anualmente, sendo uma das a alternativas a implantação da safra de mais de uma cultura pelo produtor ou fazendo o arrendamento destes equipamentos para outros produtores, assim diluindo melhor o custo delas e tendo um giro econômico mais promissor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a execução deste trabalho pode-se concluir que o planejamento e estratégias técnico-financeiras para a Seleção e Aquisição de máquinas agrícolas são fatores de muita relevância e sendo uma das melhores maneiras de evitar prejuízos e futuros incômodos para os produtores dispostos a trabalhar com área com sistemas mecanizados.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
M. MILAN. Planejamento de Sistemas de Sistemas Mecanizados. PIRACICABA, 2013.
ROSA, D, P. Dimensionamento e Planejamento de Máquinas e Implementos Agrícolas. Paco e Littera; 1ª edição.