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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Habilidades e Atitudes Médicas II Professor (es): Período: 202202 Turma: Data: N1_Especifica_HAM 2_2022.2_PROVA 1 RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 05235 - CADERNO 002 1ª QUESTÃO Enunciado: Médico que trabalha no setor de regulação de atendimentos do Sistema Médico de Atendimento de Urgência (SAMU) recebe a ligação de uma mãe que se encontra aflita ao telefone, relatando a seguinte questão: "doutor, meu filho de 3 anos de idade estava brincando no chão, e agora está com dificuldade para respirar, apresenta um ruído estranho durante a respiração, e também está ficando meio roxo, mas está consciente". Diante da situação, o médico orienta que a mãe Resposta comentada: A tentativa para retirar corpo estranho só deve ser feita quando ele for visível. NÃO realizar varredura às cegas procurando o corpo estranho na boca e orofaringe pelo risco de maiores complicações. A manobra de Heimlich pode ser utilizada em crianças acima de 1 ano de idade que sejam diagnosticadas com quadro de obstrução de via aérea por corpo estranho. Posicionar a cabeça abaixo do tronco; iniciar as manobras com 5 golpes na região interescapular, virar o lactente e aplicar 5 compressões torácicas com 2 dedos na metade inferior do tórax, são medidas que devem ser adotadas em crianças menores de 1 ano de idade. REFERÊNCIAS: 1. QUILIC, Ana Paula; Timerman, Sergio (Ed). Suporte básico de vida: primeiro atendimento na emergência para profissionais de saúde. São Paulo: Manole, 2011. 2. Manual de SBV AHA 2017. 3. Destaques das atualizações específicas das diretrizes de 2017 da American Heart Association para Suporte Básico de Vida em Pediatria e para Adultos e Qualidade da Ressuscitação Cardiopulmonar. 2ª QUESTÃO 000052.350015.c89fb5.21370c.82dedf.23b7f6.984087.8bf9a Pgina 1 de 8 Enunciado: Um estudante de medicina está na academia de ginástica e presencia um homem cair no chão em gasping. Aproxima-se e avalia que está sem pulso carotídeo. Inicia as compressões torácicas até que um educador físico chega com o Desfibrilador Automático Externo (DEA) e a pocket-mask. Considerando a situação acima, assinale a afirmativa correta. Resposta comentada: O DEA deve ser instalado tão logo esteja disponível para análise do ritmo e eventual choque. REFERÊNCIA: AHA. Adult Basic Life Support. 2020 International Consensus on Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science With Treatment. 3ª QUESTÃO Enunciado: Paciente do sexo feminino, 35 anos, procura atendimento médico informando quadro de ansiedade, nervosismo, insônia, intolerância ao calor e perda de peso. Exames laboratoriais mostrando TSH abaixo dos níveis de referência e concentração elevada de T4 livre. Surgimento recente de massa na região anterior do pescoço. Considerando a possibilidade diagnóstica de hipertireoidismo, marque a alternativa correta em relação ao exame clínico da tireoide. I. Na palpação da tireoide via abordagem posterior, o lobo esquerdo é palpado pelos dedos médio e indicador da mão direita. II. Durante a ausculta da tireoide, solicita-se ao paciente que faça movimento de deglutição. III. A flexão do pescoço provoca relaxamento do músculo esternocleidomastoideo, facilitando a palpação da tireoide. IV. Na palpação da tireoide via abordagem anterior, o lobo direito é palpado pelos dedos médio e indicador da mão esquerda. Marque a alternativa correta. 000052.350015.c89fb5.21370c.82dedf.23b7f6.984087.8bf9a Pgina 2 de 8 Resposta comentada: I. Na palpação da tireoide via abordagem posterior, o lobo esquerdo é palpado pelos dedos médio e indicador da mão ESQUERDA. II. Durante a PALPAÇÃO da tireoide, solicita-se ao paciente que faça movimento de deglutição. III. A flexão do pescoço provoca relaxamento do músculo esternocleidomastoideo, facilitando a palpação da tireoide – VERDADE. IV. Na palpação da tireoide via abordagem anterior, o lobo direito é palpado pelos dedos médio e indicador da mão esquerda – VERDADE. REFERÊNCIA: PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. recurso online. ISBN 978-85-277-3498-1. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998>. Acesso em: 28 out. 2019. PORTO, C. C.; PORTO, A.L. Exame Clínico. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. recurso online. ISBN 978-85-277-3103-4. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527731034> Acesso em: 28 out. 2019. 4ª QUESTÃO Enunciado: Durante uma oficina educativa em uma escola pública na área de cobertura de uma unidade de saúde de família, um estudante de medicina que ali fazia estágio se deparou com uma professora muito agitada, informando que uma das crianças de sua sala estava passando mal. Tratava-se de uma menina de 3 anos de idade que subitamente “desmaiou”. A criança encontrava-se sem consciência, sem pulso e sem respiração. O estudante portava uma pocket-mask em seus materiais, e, no local, havia um Desfibrilador Externo Automático (DEA) pediátrico. Considerando a disponibilidade do material, o estudante deve 000052.350015.c89fb5.21370c.82dedf.23b7f6.984087.8bf9a Pgina 3 de 8 Resposta comentada: O uso do DEA é muito importante, mas enquanto ele não chega, outras medidas (compressão e ventilação) devem ser tomadas, com significativo aumento da sobrevida. As compressões devem anteceder a ventilação. Realizar as compressões cardiotorácicas, seguidas pela ventilação com uso da pocket-mask, até a chegada do DEA. (Essa alternativa está correta) As compressões são suspensas, por no máximo 10 segundos, período em que devem correr as ventilações. REFERÊNCIA: Bernoche C, Timerman S, Polastri TF, Giannetti NS, Siqueira AWS, Piscopo A et al. Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. Arq Bras Cardiol. 2019; 113(3):449-663. 5ª QUESTÃO Enunciado: Equipe da Atenção Básica, em visita domiciliar programada, avaliou senhor de 73 anos que apresentava dificuldade de deambulação. Durante o exame físico foi observado que, ao procurar mover-se em linha reta, apresentava uma marcha como se estivesse sendo empurrado para o lado. Quando solicitado que fechasse os olhos, a marcha e o equilíbrio apresentavam alterações mais intensas. Também foram observadas quedas para ambos os lados, imediatamente após interromper a visão, quando ficava parado. Diante desse quadro clínico, a Equipe concluiu que Resposta comentada: As características explicitadas no tipo de marcha descrita são compatíveis com a marcha vestibular, quando o paciente de olhos fechados tem uma lateralização que segue o desenho de uma estrela. O fato de piorar ao fechar os olhos e apresentar alteração imediata do equilíbrio estático, com quedas para ambos os lados, constitui um sinal de Romberg positivo e indução de distúrbio da sensibilidade proprioceptiva consciente. PORTO, C. C. Semiologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. CAMPBELL, W. W. Dejong. O Exame Neurologico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 6ª QUESTÃO 000052.350015.c89fb5.21370c.82dedf.23b7f6.984087.8bf9a Pgina 4 de 8 Enunciado: Paciente de 23 anos, trabalhador rural, coletor de palha de babaçu, sofre queda quando está no topo da palmeira e não consegue mais levantar. Colega de trabalho tentou ajudar, mas ele diz não ter força nas pernas e relata não senti-las. Foi levado à Unidade Básica de Saúde (UBS), onde encontra-se o único médico da cidade. Corroborando o quadro clínico do paciente, os exames neurológicos de sensibilidade, motricidade e reflexos realizados apresentam Resposta comentada: O nível de sensibilidade correspondente à queixa clínica se encaixa ao nível de L1. Quanto à motricidade, a perda da flexão do quadril corresponde à lesão medular ao nível de L2. O reflexo patelar se encontra abolido decorrente de lesões medulares ao nível de L1 e L2. REFERÊNCIA: PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.recurso online. ISBN 978-85-277-3498-1. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998>. Acesso em: 28 out. 2019. 7ª QUESTÃO Enunciado: Um médico socorrista, que estava passeando no shopping, depara-se com algumas pessoas gritando por ajuda, informando que um homem adulto acabou de “passar mal”. Colocaram-no deitado no chão. Considerando a situação descrita: (1,0) a. Cite três achados encontrados considerando que o homem estava em parada cardiorrespiratória. (1,5) b. Descreva a sequência de atendimento que deve ser realizada segundo o protocolo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2019). 000052.350015.c89fb5.21370c.82dedf.23b7f6.984087.8bf9a Pgina 5 de 8 Resposta comentada: a. O homem estaria irresponsivo, sem pulso e sem respiração. b. Deve-se adotar a sequência do CABD. “C”- checar segurança (mandar todos se afastarem), checar responsividade (tocar nos ombros e chamar verbalmente pela pessoa), chamar ajuda (pedir que alguém ligue para o SAMU-192 e para que outra pessoa consiga o DEA – desfibrilador), checar pulso e respiração simultaneamente (não demorar mais que 10 segundos para isso), iniciar compressões. Após as compressões realizar o “A”- abertura de vias aéreas (inclinar a cabeça e elevar o mento). Depois o “B”- breathing – duas ventilações de 1 segundo cada. Varia ciclos de 30 compressões e 2 ventilações. Com a chegada do DEA – realizar o “D”- a desfibrilação. Obs.: é aceitável se o aluno responder que chamará ajuda após a checagem de pulso e respiração. REFERÊNCIA: Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualização da diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2019; 113(3):449-663. 8ª QUESTÃO Enunciado: Um paciente de 22 anos, vítima de traumatismo crânio-encefálico (TCE) por um acidente de moto, é atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Durante o transporte na ambulância, o médico calcula a pontuação na escala de Glasgow e obtém como melhor reposta motora uma postura em decorticação, abertura ocular aos estímulos verbais e sons incompreensíveis como melhor resposta verbal. Ambas as pupilas foram fotorreagentes. A pontuação da escala de Glasgow desse paciente é de Resposta comentada: A melhor reposta ocular foi abertura ocular aos estímulos verbais, portanto tem pontuação de 3 (três). A melhor reposta verbal foi sons incompreensíveis, portanto tem pontuação de 2 (três). A melhor reposta motora foi uma postura de decortiação, portanto tem pontuação de 3 (três). Dessa forma, o total de pontos são de 8 (oito). REFERÊNCIA: PORTO, C. C. Semiologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 9ª QUESTÃO 000052.350015.c89fb5.21370c.82dedf.23b7f6.984087.8bf9a Pgina 6 de 8 Enunciado: Um paciente de 48 anos de idade, de cor branca, sexo masculino, com queixa de perda lenta e progressiva da força muscular da hemiface direita há 6 meses foi atendido no ambulatório. Na anamnese, negou alterações auditivas, modificações na força de outros grupos musculares ou fenômenos desencadeantes. Negou também antecedentes neurológicos ou quadro similar anterior. Ao exame físico, apresentava-se com desvio acentuado da rima bucal para o lado esquerdo, apagamento do sulco nasolabial direito, dificuldade para fechar o olho e para enrugar a fronte do lado direito da face. O olho direito apresentava-se aduzido à inspeção e com limitação da abdução. Acerca do caso, analise as assertivas. I - A ausência de alteração da sensibilidade da hemiface permite afirmar que o V par craniano é o responsável pelo achado do exame físico. II - O comprometimento da função do VI par craniano direito é identificado no achado do exame físico. III - O VII par craniano esquerdo apresenta função preservada. IV - O IV par craniano direito é o responsável pela alteração da mobilidade ocular observada ao exame físico. É correto o que se afirma em Resposta comentada: A assertiva I é falsa, pois a perda de função do VII par craniano é o responsável pela paralisia facial periférica e o VI par craniano pela paralisia do músculo abducente. A assertiva II é verdadeira, pois a limitação da abdução do olho e a adução em posição de olhar fixo são sinais de paralisia do VI par craniano. A assertiva III é verdadeira, pois a mímica facial preservada na hemiface esquerda, ao exame físico, denota preservação da função do VII par craniano homolateral. A assertiva IV é incorreta, pois o comprometimento do IV par craniano direito determinaria um achado de um olho em abdução ao exame físico. REFERÊNCIA: PORTO, C. C. Semiologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 10ª QUESTÃO 000052.350015.c89fb5.21370c.82dedf.23b7f6.984087.8bf9a Pgina 7 de 8 Enunciado: Um médico estava de plantão no hospital, quando escutou muito barulho na recepção. Um homem trouxe sua esposa para avaliação médica. Durante a história clínica, o marido relatou que a esposa está há 5 dias com quadro de febre alta associada a cefaleia intensa mais localizada na região cervical, evoluindo hoje pela manhã com quadro de rigidez no corpo. A mulher vinha se automedicando com analgésicos. Sem demais relatos. (1,0) a. Cite quais sinais meníngeos podem estar presentes nesse caso. (1,5) b. Descreva como se realizam os procedimentos semiológicos para diagnosticar comprometimento das raízes nervosas. Resposta comentada: Na suspeita de meningite realiza-se durante o exame físico manobras em busca de sinais que corroboram para diagnóstico clínico, que são: Rigidez de Nuca: paciente em decúbito dorsal, realiza-se a flexão da cabeça e o examinador percebe a resistência ao movimento. Essa limitação é ocasionada pela dor devido ao processo inflamatório da meninge. Sinal de Kernig: paciente em decúbito dorsal, realiza-se flexão da articulação coxofemoral, flexão do joelho em 90º. Realiza-se então a extensão da articulação do joelho. Haverá uma limitação e resistência do movimento, impedindo de atingir 135º de movimento devido ao quadro inflamatório, gerando dor. Sinal de Brudzinsk: paciente em decúbito dorsal, o examinador apoia com uma mão atrás da cabeça do paciente, apoiando a outra sobre o tórax anterior, realiza-se a flexão passiva do pescoço, que será positiva quando houver flexão involuntária do quadril e dos joelhos do paciente. REFERÊNCIA: PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. recurso online. ISBN 978-85-277-3498-1. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998>. Acesso em: 28 out. 2019. 000052.350015.c89fb5.21370c.82dedf.23b7f6.984087.8bf9a Pgina 8 de 8
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