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Doenças do colo uterino

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1 Universidade Nove de Julho – Ana Carolina Amorim Costa (T6B) 
Colo uterino 
Ectocérvice é o visível no exame vaginal coberto 
por um epitélio escamoso continuo com a parede 
vaginal. 
Endocérvice é revestido por um epitélio glandular 
colunar secretor de muco. A junção entre o 
ectocérvice e o endocérvice é chamado de 
junção escamocolunar. 
A substituição do epitélio glandular pelo avanço 
do epitélio escamoso é um processo chamado de 
metaplasia escamosa. 
A área do colo uterino o faz altamente suscetível 
a infecções com HPV, devido as células epiteliais 
metaplásicas escamosas imaturas na zona de 
transformação que são mais susceptíveis a 
infecção por HPV. 
 
 
Cervicites aguda ou crônica 
Os lactobacilos, espécie microbiana dominante 
na vagina normal produzem ácido lático, que 
mantem o ph vaginal acima de 4,5 suprimindo o 
crescimento de outros organismos patogênicos. 
Além disso, em ph baixo, os lactobacilos 
produzem peróxido de hidrogênio que é 
bacteriotóxico. Quando o ph está alto, a 
produção de peroxido de hidrogênio diminui. 
Quando o ambiente vaginal se encontra alterado 
ocorre o crescimento excessivo de outros 
organismos, que pode resultar em cervicite ou 
vaginite; 
Inflamação cervical pode causar alterações 
reparadoras e reativas do epitélio e descamação 
de células escamosas de aparência atípica que 
pode causar um resultado anormal ou 
inespecífico no exame de Papanicolau. 
Pólipos endocervicais 
Crescimentos exofíticos benignos dentro do canal 
endocervical. Podem ser fonte de “sangramentos 
de escape” ou sangramento maiores que podem 
ser suspeita de uma lesão maior. 
Curetagem simples ou a excisão cirúrgica é 
curativa. 
 
Estroma fibroso denso recoberto por epitélio 
colunar endocervical. 
Neoplasias pré-malignas e malignas 
Importância do Papanicolau para detectar lesões 
precursoras e do exame visual (colposcopia) que 
podem detectar canceres em estágio inicial que 
podem ser altamente curáveis. 
Patogenia: HPVs de alto risco aumentam as 
chances de desenvolver câncer de colo uterino. 
HPVs são vírus de DNA que podem ser divididos em 
de alto ou baixo risco oncogênico. São 15 de alto 
risco, o mais comum o HPV 16 e o HPV 18. O HPV 
de baixo risco são as causas das verrugas vulvares, 
perineais e perianais (condiloma acuminado). 
Infecção por HPV extremamente comum, maioria 
assintomática e não detectada no Papanicolau. 
A maioria das infecções por HPV são transitórias e 
eliminadas pela resposta imunológica no decorrer 
dos meses. A infecção persistente aumenta o risco 
de desenvolvimento de lesões precursoras do colo 
uterino e do carcinoma. 
O vírus HPV infectam as células basais imaturas do 
epitélio escamoso em áreas de ruptura epitelial ou 
células escamosas metaplásicas imaturas 
presentes na junção escamocolunar. O 
estabelecimento da infecção depende dessa 
lesão no epitélio superficial que permite que o vírus 
acesse as células imaturas da camada basal. 
 
2 Universidade Nove de Julho – Ana Carolina Amorim Costa (T6B) 
Capacidade carcinogênica depende das 
proteínas E6 e E7 que interferem na atividade das 
proteínas supressoras de tumores, que regulam o 
crescimento e a sobrevivência das células. O HPV 
utiliza a própria síntese de DNA do hospedeiro 
para se replicar, ao invés de serem detidas na fase 
G1 elas se mantem ativas e progredindo. 
A proteína E7 se liga a forma hipofosforilada (ativa) 
do retinoblastoma (RB) e promove sua 
degradação através da via do proteossomo 
(acumulam as mutações), também se liga e inibe 
a p21 e p27; o que aumenta a progressão do ciclo 
celular, mas atrapalha a capacidade das células 
de repara o dano ao DNA. 
A proteína E6 se ligam a proteína supressora de 
tumores P53 e promove a degradação pelo 
proteossomo. 
O HPV infecta as células basais. 
A colposcopia é a aplicação do ácido acético no 
colo uterino. Na região da lesão ela fica 
esbranquiçada, a aplicação do lugol mantém 
esbranquiçada a lesão devido à falta de 
glicogênio na lesão (não pigmenta), o teste é 
positivo quando o iodo é negativo (não pigmenta, 
permanece branca), e é negativo se o iodo é 
positivo (pigmenta de marrom). 
 
Neoplasia intraepitelial cervical (NIC) 
São lesões precursoras cervicais. A antiga 
terminologia classificava em NIC 1 como displasia 
leve, NIC2 displasia moderada e NIC3 displasia 
grave. Mudou-se a classificação de NIC1 para 
lesão intraepitelial escamosa de baixo grau ou LSIL 
e a de NIC2 e NIC3 para lesão intraepitelial 
escamosa de alto grau ou HSIL. 
LSIL há alto nível de replicação viral e pequenas 
alterações no crescimento das células 
hospedeiras. Não progride diretamente para 
carcinoma invasivo, em sua maioria regridem 
espontaneamente, poucos progridem para HSIL. 
HSIL há uma desregulação progressiva do ciclo 
celular pelo HPV que causa aumento da 
proliferação celular, diminuição ou parada da 
maturação epitelial e uma menor taxa de 
replicação viral. Pode ser irreversível esse rearranjo 
e resultar em fenótipo maligno. 
Morfologia: O diagnóstico é uma atipia nuclear 
caracterizada por aumento nuclear, 
hipercromasia, presença de grânulos grosseiros de 
cromatina e variações dos tamanhos e formas 
nucleares. Se as células escamosas imaturas 
estiverem no terço inferior do epitélio é 
classificado como LSIL, se houver expansão para 
dois terços da espessura epitelial é classificada 
como HSIL. 
 
As proteínas HPV E6 e E7 evitam que o ciclo celular 
seja detido. 
Carcinoma cervical 
Comum em pacientes acima de 45 anos. O mais 
comum é o carcinoma de células escamosas, 
seguido pelo adenocarcinoma que se desenvolve 
a partir de uma lesão precursora chamada de 
adenocarcinoma in situ. 
São causados por HPV de alto risco oncogênico. 
Morfologia: Pode se manifestar como massa 
vegetante (exofítico) ou infiltrativa. 
Carcinoma de células escamosas – Composto por 
ninhos e projeções do epitélio escamoso maligno, 
queratinizado ou não queratinizado, invadindo o 
estroma cervical subjacente. 
 
Adenocarcinomas – Proliferação do epitélio 
glandular composto por células endocervicais 
 
3 Universidade Nove de Julho – Ana Carolina Amorim Costa (T6B) 
malignas com núcleos grandes, hipercromáticos e 
citoplasma com relativa diminuição de mucina. 
 
Na imagem adenocarcinoma in situ e 
adenocarcinoma invasivo. Presença de glândulas 
escuras.

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