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Nutrição na Infância e Adolescência

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Período neonatal: 28 dias após o nascimento;
Lactente: até os 2 anos (730 dias)
Pré-escolar: 2 a 6 anos
Escolar: 6 a 10 anos
Adolescência: 10 a 19 anos
Individual:
Acompanhar, recuperar ou manter o EN
Indicar conduta/planejamento dietético
adequado individualizado
Monitorar a eficácia da conduta indicada 
Populacional:
Diagnóstico para formulação de políticas
públicas
Dados antropométricos
Dados físicos
Dados bioquímicos
Dados do consumo alimentar
Devem ser realizadas cuidadosamente
Exigem padronização
Utilizar instrumentos calibrados
faixa etária entre 0 a 23 meses: 
balança tipo pesa-bebê mecânica ou elétrica
com divisões de 10 g
a criança deve estar despida e descalça
faixa etária > 24 meses:
balanças do tipo plataforma p/ adultos, com
divisões de no mínimo 100 g
a criança deve estar descalça, com o mínimo
possível de roupas, no centro do
equipamento
FASES DE DESENVOLVIMENTO
A avaliação nutricional tem como objetivo:
É composta por:
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
Medidas mais utilizadas - PESO:
Avaliação do Estado NutricionalAvaliação do Estado Nutricional
a criança deve estar deitada sobre uma
superfície plana
utilizar régua antropométrica (horizontal)
a criança deve estar despida e descalça
é necessário dois examinadores
Deitar a criança no centro do antropômetro,
com a cabeça livre de adereços
Manter o queixo afastado do peito e os ombros
totalmente em contato com a superfície de
apoio do antropômetro
Os braços devem estar estendidos ao longo do
corpo
As nádegas e os calcanhares devem estar em
contato com a superfície que apoia o
antropômetro
Pressionar os joelhos da criança para baixo com
uma das mãos, de modo que eles fiquem
estendidos
Juntar os pés fazendo um ângulo reto com as
pernas
fazer a aferição preferencialmente com
estadiômetro de parede
o antropômetro vertical deve estar fixado numa
parede lisa e sem rodapé
a cabeça deve estar orientada horizontalmente
(plano de Frankfurt)
panturrilhas
glúteos
costas
parte posterior do crânio
calcanhar
Medidas mais utilizadas - COMPRIMENTO: 
Utilizada para faixa etária ATÉ 2 anos.
PASSO A PASSO:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Medidas mais utilizadas - ESTATURA:
Utilizada para faixa etária > que 2 anos (24 m) 
5 pontos anatômicos a serem considerados:
medir a circunferência da criança em pé. 
observador deverá se posicionar no mesmo nível
da criança
microcefalia
macrocefalia
hidrocefalia
Tabelas e gráficos que reproduzem, para cada
idade e sexo, os diferentes valores das medidas
corpóreas
Valores estimados com base em amostras de
crianças e adolescentes saudáveis, de boa
condição socioeconômica sem limitações para
crescimento adequado
Apresentam a tendência de evolução em função
da idade
Percentil: é a frequência com que ocorre
determinado peso ou estatura em um
determinado grupo de acordo com sexo, faixa
etária ou estado fisiológico.
P50 é considerado o ideal
Escore Z: É a medida de quanto o indivíduo se
afasta ou se aproxima da mediana em desvios-
padrão
Excelente para estudos de grupos
populacionais
Medidas mais utilizadas - PERÍMETRO CEFÁLICO:
A fita deverá estar posicionada sobre a
proeminência occipital e sobre o arco das
sobrancelhas.
Faixa etária < 2 anos: medir circunferência com a
criança deitada
Faixa etária > 2 anos: 
A circunferência cefálica tem alta correlação com o
tamanho do cérebro. 
É importante para acompanhar crianças com
retardo do crescimento intrauterino. 
Na pediatria, é utilizada como método diagnóstico
de estados patológicos de:
Crânio cresce até os 5 anos.
REFERENCIAIS ANTROPOMÉTRICOS 
Os valores estimados são apresentados na forma
de:
Avaliação do Estado NutricionalAvaliação do Estado Nutricional
OMS 2006:
faixa etária de 0 a 5 anos
longitudinal (até 24 m) e transversal (18 e 71
m)
8440 crianças saudáveis em aleitamento
materno
considera diferentes etnias e culturas
(Brasil, Gana, Índia, Noruega, Omã e EUA)
crianças de baixo peso não foram excluídas
(2,3%)
OMS 2007
Faixa etária de 5 a 19 anos
estudo como 2006 não seria factível
impossibilidade de controlar o dinamismo
do ambiente
construído a partir dos dados do
CDC/NCHS 2000
exclusão dos dados outliers
Melhor referencial para os referenciais: OMS 
Circunferência abdominal/quadril
reflete de maneira indireta a adiposidade
central
a técnica mais empregada é a do ponto
médio (entre a última costela fixa e a crista
ilíaca superior - OMS, 2008)
podemos utilizar também: a cicatriz umbilical
ou no topo da crista ilíaca
dislipidemia
HAS
resistência insulínica
Circunferência do pescoço
COMPOSIÇÃO CORPORAL
Circunferência abdominal (> percentil 90):
Quadril: maior porção do glúteo
Criança em pé, cabeça ereta, circundar o pescoço
na porção mais proeminente da cartilagem da
tireoide.
Os ombros relaxados deverão estar relaxados.
Composição CorporalComposição Corporal
Circunferência do braço:
Medida simples, fácil e rápida de ser
realizada.
Pode ser usada isoladamente, caso outro
método não possa ser utilizado.
Tem aplicabilidade limitada em condições
de edema generalizado
A medida de apenas um segmento corporal
limita a obtenção de um diagnóstico mais
global
É medida no ponto médio entre o acrômio
e o olécrano do braço não dominante. O
braço deve pender relaxado ao lado do
paciente.
Valores < P5: associado a desnutrição
Valores > P95: risco de doenças associadas ao
excesso de peso
Circunferência Muscular do Braço (CMB)
Valores < P5: associado a desnutrição
Valores > P95: não indica excesso de gordura
pois é um marcador muscular
Área Muscular do Braço (AMB cm²)
Pode ser classificada de acordo com Frisancho,
1990
Bom indicador de reserva muscular
Pode ser classificada de acordo com Frisancho,
1990:
Cálculo:
CMB = Circunferência do braço (cm) – (0,314 x
dobra cutânea tricipital)
Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a
área óssea.
Reflete mais adequadamente a magnitude das
mudanças do tecido muscular do que a CMB.
AMB meninos = [CMB - π x DCT]²/4 π – 10
AMB meninas = [CMB - π x DCT]²/4 π – 6,5 
π = 3,14
Meninos
Meninas
Área de Gordura do Braço (AGB cm²)
Circunferência do braço (CB): 
Circunferência muscular do braço (CMB):
Área muscular do braço corrigida (AMBc):
Área de Gordura do Braço (AGB):
P5-15 risco desnutrição
P85-95 risco de obesidade
Dobra Cutânea Tricipital (DCT):
braço flexionado em direção ao tórax, formando
ângulo de 90º
ponto médio entre acrômio e olécrano
braço relaxado e solto ao longo do corpo
separar a dobra cutânea desprendendo-a do
tecido muscular
aplicar o calibrador formando um ângulo reto
Dobra Cutânea Subescapular (DCSE):
marcar abaixo do ângulo inferior da escápula
levantar a pele 1 cm abaixo do ângulo
ângulo de 45° entre a marca e a coluna vertebral
braços e ombros relaxados
Soma das pregas DCT e DCSE
AGB = [CMB x DCT]/2 – [π x DCT2 ]/4
Diferença entre as circunferências do braço:
soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo,
muscular e adiposo do braço.
avalia o compartimento de reserva do tecido
muscular, entretanto não há correção da área óssea. 
determina a reserva de tecido muscular, corrigindo
a área óssea.
identifica a reserva adiposa e aponta o excesso, ou
não, de gordura corporal.
PREGAS CUTÂNEAS
As mais utilizadas são a tricipital e a subescapular.
Existe grande variabilidade inter e intra-avaliadores 
 Medidas não consistentes na obesidade grave e
edema
Normalidade entre percentil 5 e 95
1.
2.
3.
4.
5.
1.
2.
3.
4.
Composição CorporalComposição Corporal
corrente elétrica introduzida pelos eletrodos
distais e captada pelos proximais
resistência (oposição ao fluxo de corrente
elétrica através do corpo)
reatância (oposição ao fluxo de corrente
causada pela capacitância produzida pela
membrana celular)
tecido magro: maior condutividade elétrica
(água e eletrólitos)
gordura, osso e pele: menor condutividade
elétrica (alta resistência)
paciente em decúbito dorsal (deitado), com
membros superiores e inferiores afastados e
mãos abertas
os eletrodos devem ser colocados do lado
direito, no pé e na mão
jejum de 4 horas e evitar a ingestão de álcool
24 h antes do exame
não realizaratividade física nas 4h anteriores ao
exame
não estar em período pré-menstrual
fazer boa hidratação no dia anterior ao teste 
não ser portador de marca-passo
em crianças muito pequenas é impossível
colocar os eletrodos com a distância
recomendada
método não invasivo com mínima dose de
radiação e curto tempo de execução
software apropriado para a faixa etária
pediátrica (crianças > de 7 anos de idade)
medidas diretas de conteúdo mineral ósseo,
tecido muscular e porcentagem de gordura
faltam dados de referência indicativos de
normalidade para uso em diferentes faixas
etárias
BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA
1.
2.
ABSORCIOMETRIA DE RAIO-X DE DUPLA
ENERGIA - Densitometria (DXA)
pré: tammer 1 e 2
púberes: tammer 3 e 4
pós: tammer 5
pré: tammer 1
púberes: tammer 2 e 3 
pós: tammer 4 e 5
8 a 13 anos: Início do desenvolvimento mamário
8 a 14 anos: Aparecimento de pêlos pubianos
9 a 14 anos: Início do estirão do crescimento
10 a 16 anos: Menarca
12 a 18 anos: Desenvolvimento mamário
completo
definir o melhor critério de avaliação nutricional
estabelecer a estratégia de intervenção
nutricional
ADOLESCENTES
Período de 10 a 19 anos 
Transformações caracterizadas: modificações no
peso, altura, composição corporal, crescimento
ósseo
50% do peso e 20 e 25% da estatura de um
indivíduo são adquiridos na adolescência
 desenvolvimento de pêlos (P) e gônadas (G)
 
 desenvolvimento de pêlos (P) e mamas (M) 
Características:
ESTADIAMENTO PUBERAL - Estágio de Tanner
Avalia a maturação sexual
Deve ser realizado por médico
Pode-se utilizar a autoavaliação
Importância para nutricionista: conhecer a fase de
crescimento e maturação sexual 
Composição CorporalComposição Corporal
pré concepcionais
perinatais (22 semanas completas e 7 dias
completos após o nascimento)
intraparto (durante o parto)
alterações de tônus e presença de movimentos
atípicos e comprometimento do crescimento
severidade dos comprometimentos: limitações
das atividades e presença de comorbidade
Incidência: 
países desenvolvidos: 2:1000 nascidos vivos
- deficiência física mais comum em crianças.
países em desenvolvimento: considerando
todos os graus de paralisia cerebral, a
incidência pode chegar a 7:1000 - No Brasil,
não há dados sobre a sua prevalência
Definição:
Grupo de desordens permanentes do
desenvolvimento do movimento e da postura.
Distúrbio não progressivo que ocorre durante o
desenvolvimento do cérebro. 
Distúrbios sensoriais, perceptivos, cognitivos, de
comunicação e comportamental, por epilepsia e por
problemas musculoesqueléticos secundários.
Etiologia:
Sinais clínicos:
Prevalência:
Paralisia Cerebral - PCParalisia Cerebral - PC
espástico: músculos são hipertônicos e os
movimentos voluntários fracos, desenvolvem-se
contraturas articulares - predominante em
nascimento pré-termo
discinético: movimentos lentos, retorcidos e
involuntários das extremidades proximais e do
tronco - frequente em crianças nascidas a termo
atáxico: movimentos com força, ritmo e
precisão anormais, provocando perturbação no
equilíbrio, tremor e baixo tônus muscular -
frequente em crianças nascidas a termo
diminuição do crescimento no linear
redução de ganho de peso
alterações na composição corporal
redução de massa muscular
redução de gordura corporal
redução de densidade óssea
Classificação:
Crianças com PC podem ser classificadas, de
acordo com a tonicidade muscular (critério mais
utilizado atualmente):
Diagnóstico nutricional:
Mesmo nutridas, crianças com PC são menores que
as crianças que não tem deficiência: inatividade
física, forças mecânicas sobre ossos, articulações e
musculatura, fatores endócrinos, altas prevalências
de prematuridade e baixo peso ao nascer.
Curva de crescimento:
Recomendadas pelo MS: as elaboradas por Brooks
et al (2011), estratificadas de acordo com a
gravidade funcional pelo GMFCS* e uso ou não uso
de tubos de alimentação
GMFCS: Gross Motor Function Classification
System
Estado nutricional:
Percentil < 10: desnutrição
Percentil 10 - 90: eutrofico
Percentil > 90: excesso de peso 
comprimento da tíbia: medida da porção
medial superior, abaixo do joelho, até a porção
medial inferior do tornozelo
comprimento da perna (AJ): com a perna
esquerda em 90º (medindo-se a distância entre
a base do calcanhar e a parte superior da patela)
comprimento superior do braço: distância do
acrômio até a cabeça do rádio medido com o
membro superior flexionado a 90º
baixo peso/desnutrição 
excesso de peso/obesidade
refluxo gastroesofágico 
obstipação 
desidratação
disfagia (dificuldade de engolir alimentos e
líquidos)
dificuldades de mastigação e deglutição
alimentação monótona 
ingestão inadequada de macro e 
 micronutrientes
refeições em menor volume e mais frequentes
aumentar a densidade energética
elaborar refeições atrativas e nutritivas, evitando
a monotonia 
no caso das mudanças na alimentação oral não
serem suficientes, fornecer suplementos
nutricionais que contemplem a alimentação
em casos graves: sonda nasogástrica ou
gastrostomia
Estimativa de altura:
Medidas antropométricas:
Utilização da prega cutânea tricipital ou
subescapular são adequados e podem ser
comparados com curvas de referência para crianças
saudáveis.
Valores inferiores ao percentual 10 indicam
desnutrição.
Problemas nutricionais mais habituais na PC:
Recomendações:
Paralisia Cerebral - PCParalisia Cerebral - PC
controlar a ingestão alimentar optando por
porções menores
não pular as refeições
evitar o consumo de ultraprocessados
alimentação rica em fibras e carboidratos
complexos
preferência a alimentos de textura suave
evitar o consumo de alimentos e bebidas muito
quentes ou frias
evitar aqueles que possam contribuir para um
quadro de azia, como álcool, cafeína, bebidas
gaseificadas, alimentos gordurosos e muito
condimentados
dieta rica em fibras – FLV
aumentar a ingestão de líquidos
devem ser alimentadas com pequenos volumes
de dieta pastosa e com sucos engrossados com
frutas e gelatinas, procurando-se manter um
bom nível de hidratação
uso de espessantes: em casos frequentes de
engasgos e regurgitação para ajustar a
consistência e textura das refeições
Avaliação do grau de disfagia e consistência da
dieta: fonoaudiólogo especialista
orientação na consistência indicada:
nutricionista
Recomendações para sobrepeso/obesidade:
Recomendações para refluxo:
Recomendações para obstipação:
Recomendação hídrica diária:
adultos: 25 - 40 ml/kg/dia
crianças: 50 - 60 ml/kg/dia
Disfagia:
Alimentação na PC:
líquido + espessante
quem alimenta a criança? 
local que a criança se alimenta
consistência dos alimentos
tempo gasto em cada refeição
há escape dos alimentos para fora da boca?
há presença de tosse?
há palidez cutânea?
há regurgitação ou vômitos durante a refeição?
oral: se existir boa coordenação da deglutição,
sem rejeição
terapia nutricional enteral: por meio da via
nasoentérica ou de gastrostomia.
 Condição Nutricional
Avaliação alimentar:
Via de alimentação: 
dependerá do desenvolvimento neurológico, da
deglutição, da coordenação motriz oral e dos riscos
de complicações. 
Planejamento da Terapia Nutricional:
1.
Após classificação do EN, traçar conduta:
Se desnutrida: oferecer 20% a mais sobre oferta
energética estimada até normalização
 2. Há presença ou não de disfagia e outras
complicações associadas?
Paralisia Cerebral - PCParalisia Cerebral - PC
poliméricas: nutrientes íntegros - menor custo
oligoméricas: macronutrientes parcialmente hidrolisados 
elementar (monoméricas): totalmente hidrolisado - alto custo 
sonda nariz > estômago
sonda nariz > duodeno
sonda nariz > intestino delgado
sonda parede abdominal > estômago
sonda parede abdominal > intestino delgado
1866: 1ª descrição clínica - pelo pediatra inglês
John Langdon Down, que trabalhava no Hospital
John Hopkins em Londres, em uma enfermaria
para pessoas com deficiência intelectual, e
publicou um estudo descritivo e classificou estes
pacientes de acordo com o fenótipo
(características observáveis). Descreveu como
“idiotia mongólica” aqueles com:
fissura palpebraloblíqua
nariz plano
baixa estatura
déficit intelectual.
1959: Lejeune e colaboradores demonstraram a
presença do cromossomo 21 extra nas pessoas
com SD. 
Definição:
"Síndrome" = conjunto de sinais e sintomas
"Down" = sobrenome do médico/pesquisador que
primeiro descreveu a associação dos sinais
característicos da pessoa com SD.
Pode ser chamada também de trissomia do 21. 
É uma condição geneticamente determinada, um
desequilíbrio da constituição cromossômica, no
caso, um cromossomo 21 extra (pode ocorrer por
trissomia simples, translocação ou mosaicismo).
É a alteração cromossômica (cromossomopatia)
mais comum em humanos e a principal causa de
deficiência intelectual na população. 
No Brasil, há 1:600-800 recém-nascidos.
independente de etnia, gênero ou classe social.
Histórico
A expectativa de vida das pessoas com essa
síndrome aumentou consideravelmente a partir da
2ª metade do século XX, devido aos progressos na
área da saúde principalmente da cirurgia cardíaca.
Diagnóstico:
Baseia-se no reconhecimento de características
físicas. 
Mais características = maior segurança no
diagnóstico clínico.
Síndrome de Down - SDSíndrome de Down - SD
OLHOS:
pregas palpebrais oblíquas para cima
epicanto (prega cutânea no canto interno do
olho)
sinófris (união das sobrancelhas)
NARIZ:
base nasal plana
BOCA:
protusão lingual
palato ogival (alto)
retrognatia (maxilar inferior para trás)
hipodontia (ausência de 1 a 6 dentes)
FORMA:
braquicefalia
CABELO:
fino e liso
ORELHA:
orelhas de implantação baixa
pavilhão auricular pequeno
CORAÇÃO:
cardiopatias
PAREDE ABDOMINAL:
diástase (afastamento) dos músculos dos
retos abdominais
hérnia umbilical
TECIDOS CONECTIVOS:
excesso de tecido adiposo no dorso do
pescoço
MEMBROS SUPERIORES:
prega simiesca (prega palmar única
transversa)
clinodactilia do 5º dedo da mão (5º dedo
curvo)
braquidactilia 
MEMBROS INFERIORES:
braquidactilia 
afastamento entre o 1º e o 2º dedos do pé
pé plano
TÔNUS:
hipotonia
frouxidão ligamentar
O fenótipo da SD se caracteriza principalmente por:
100%: instabilidade das articulações em algum grau 
85%: pseudo-estenose do ducto lacrimal (ducto lacrimal obstruído)
50-70%: otite de repetição
40-50%: CIA (comunicação interatrial - buraco entre os 2 átrios do coração); CIV (comunicação
intraventricular - abertura entre os 2 ventrículos); DSAV (defeito do septo atrioventricular - ausência ou
deficiência das estruturas septais atrioventriculares)
diagnóstico: pediatra ou clínico geral orienta a família
solicitações de exames:
cariótipo: diagnóstico laboratorial - preferência, realizar no 1º ano
ecocardiograma: verificar cardiopatias - caso dê negativo, não é necessário repetir. caso positivo e
peso de nascimento ≤ 2,5 kgs = uso de anticorpo monoclonal contra Vírus Sincicial Respiratório
(VSR)
hemograma: feito para afastar alterações hematológicas - até o 2 anos: repetir semestralmente e
depois, anualmente.
TSH e T4 livre: avaliada ao nascimento, aos 6 meses, aos 12 meses e após, anualmente.
presença de instabilidade do quadril? US aos 6 meses ou raio-X após 1 ano.
acompanhamento:
avaliações de acuidade auditiva e visual: aos 6 meses, 12 meses e após, anualmente.
cuidado com doenças respiratórias de repetição, constipação e refluxo.
orientações: principalmente na primeira infância, mas em todas as fases da vida: correto
posicionamento do pescoço, evitando lesão medular devido à instabilidade da articulação atlanto-
axial. Movimentos de flexão e extensão total da coluna cervical devem ser evitados (cambalhotas,
mergulhos, cavalgada, futebol, ginástica e durante o preparo anestésico para uma cirurgia)
cuidados com a alimentação: sempre encorajado.
aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e alimentação suplementar até 1 ano.
acompanhamento odontológico: inicio no 1º ano de vida e seguir anualmente.
solicitação de exames:
hemograma
dosagem de TSH e de hormônios tireoidianos (T3 e T4)
obesidade? glicemia de jejum, triglicerídeos, lipidograma e avaliação do IMC.
avaliações de acuidade auditiva anualmente e visual, no mínimo, bianualmente.
Principais patologias associadas e prevalência:
O cariótipo não é obrigatório para o diagnóstico, mas é fundamental para orientar o aconselhamento
genético da família.
Saúde do lactente - 0 a 2 anos:
1.
2.
a.
b.
c.
d.
e.
3.
a.
b.
c.
d.
e.
f.
Saúde do adolescente - 10 a 19 anos:
1.
a.
b.
c.
d.
Síndrome de Down - SDSíndrome de Down - SD
apneia do sono
auto estima reduzida
desvios na coluna
estrias
lesões nas articulações
pé chato
problemas cardíacos
problemas respiratórios
risco de DM e esteatose hepática
antes da puberdade: 20-50%
após a puberdade: 50 - 70%
período infantil: 95%
2 pais eutróficos: 9% 
1 pai obeso: 50%
2 pais obesos: 80%
tabelas de crescimento (min. 3 referências)
circunferências
braço
abdominal: melhor parâmetro para
diagnóstico de obesidade central e relaciona-
se com risco metabólico
(hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia,
hiperglicemia e hiperinsulinemia) - ponto
médio entre a última costela e a crista ilíaca
dobras cutâneas - tricipital 
Obesidade infantil:
Multifatorial: genética, sedentarismo (> 2 h de
tela/dia em > 2 de anos), sobrepeso ao nascer, falta
de aleitamento materno.
Consequências: 
Probabilidade da criança obesa permanecer obesa
quando adulta:
Herança genética - risco de obesidade:
Motivo para compra de ultraprocessados:
sabor, preço, praticidade, hábitos alimentares.
Avaliação do EN (estado nutricional):
ObesidadeObesidade
CHO: 55 a 65%
PTN: 15-20 %
LIP: 20-30%
< 10% saturadas
10% Poli
> 20% Mono
Vitaminas e minerais: de acordo com as
necessidades para idade e gênero (DRIs)
Z-IMC > +2: perda de peso gradual - ex: 0,5
kg/mês
Z-IMC > +3: perda de peso pode ser maior - não
deve exceder 1 kg/semana
Tratamento:
Redução da ingestão calórica - Fórmula TEE e EER
Aumento do gasto energético - redução do uso de
telas (< 1 hora/dia); brincadeiras que envolvam
atividade física vigorosa (1h/dia)
Envolvimento familiar - modificação de
comportamentos
Recomendações dietéticas:
Metas dietoterápicas:
balanço energético negativo (dieta ainda mais
estruturada)
atividade física
envolvimento familiar
acanthosis nigricans
infecção fúngica 
estrias
celulite
acne
hirsutismo (crescimento excessivo de pêlos na
mulher em região de padrão masculino)
furunculose
controle da hiperglicemia
redução da PA
controle das dislipidemias
perda de peso
Meta dietoterápica (continuação):
Se não melhorar IMC em 3-6 meses: 
Rotina de atendimento:
visitas clínicas semanais nas primeiras 8 a 12
semanas com equipe multidisciplinar
(endocrinologista, psicólogo, nutricionista e um
educador físico)
Edulcorantes e dietéticos:
NÃO É RECOMENDADO!
Risco de ultrapassar a dose diária máxima aceita.
Síndrome Metabólica:
Transtorno complexo, conjunto de fatores de risco
cardiovasculares, usualmente relacionados à
deposição central de gordura e resistência à insulina
(I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento de
SD).
Critérios para adolescentes - 10 a 16 anos:
Exames físicos complementares:
Tratamento:
ObesidadeObesidade
até 5 anos: discussão sobre vegetais com
demonstração de alimentos in natura, exibição
do filme os vegetais, atividade desenho dos
vegetais para pintar, degustação de doce de
abóbora com beterraba.
6 a 9 anos: discussão da pirâmide alimentar,
atividade montagem de uma alimentação
saudável com fotos de alimentos que serão
colados em prato gigante de cartolina;
degustação.
10 a 11 anos: discussão da pirâmide alimentar;
atividade de pintura, desenho e colagem da
pirâmide alimentar e degustação.
adolescentes: degustação de preparações
nutritivas; temas polêmicos: dietas da moda,
distúrbios alimentares; montagem de pratos
saudáveis; informações nutricionais: rotulagem.
Atividades de educação nutricional:
modismos alimentares
fatores socioeconômicos
alimento pode ser usado pelo adolescente como
rebeldia ou insatisfação, omissão de refeições.
identidade de grupo, promovendo aprovação,
podendo levar a seletividade alimentar.
comprometimento do sistema imune;aumenta o risco de mortalidade infantil e
materna;
prejuízos nas funções cognitivas, do crescimento
e desenvolvimento infantis; e
diminuição da capacidade de aprendizagem
infantil e futuramente menor produtividade em
adultos.
Definição:
condição na qual a concentração de hemoglobina
no sangue está abaixo do normal.
Acomete principalmente gestantes e crianças
menores de dois anos. 
Em torno de metade das crianças menores de cinco
anos apresentam algum grau de anemia ferropriva. A
vulnerabilidade para a anemia ferropriva na
adolescência é maior nas meninas, sendo que na
adolescente gestante o risco é ainda maior. 
Adolescência:
Puberdade: estirão de crescimento, aquisição do
corpo adulto com maior massa muscular e por
fenômenos biológicos hormonais. 
Há aumento do volume sanguíneo total, da massa
magra corporal (síntese de mioglobina – que é um
pigmento vermelho do músculo, transporta e
armazena oxigênio utilizado durante a contração
muscular), e o início das perdas menstruais no
gênero feminino.
Alimentação inadequada dos adolescentes - risco
de anemia:
Consequências da falta de ferro no organismo:
Anemia FerroprivaAnemia Ferropriva
priorização da suplementação de ferro
medicamentosa em doses profiláticas;
ações de educação alimentar e nutricional para
alimentação adequada e saudável;
fortificação de alimentos, que no Brasil, refere-se
à fortificação de farinhas de trigo e milho com
ferro e ácido fólico – Resolução RDC nº 344 -
devem conter, em 100g, a quantidade de 4,2mg
de ferro de alta biodisponibilidade e 150 mcg de
ácido fólico;
controle de infecções e parasitoses - acesso à
água e esgoto sanitariamente adequado. 
redução da ferritina sérica (reserva de ferro)
insuficiência de ferro para produção normal de
hemoglobina e de outros compostos. redução na
saturação da transferrina (Tf) na circulação. 
anemia - redução na concentração de
hemoglobina em níveis abaixo dos valores
considerados ótimos.
palidez cutânea e de mucosa
fadiga
falta de apetite
coiloníquia (unha com aspecto de colher)
hemoglobina: medida da anemia, etapa mais
grave da deficiência de ferro
VCM (volume corpuscular médio): representa o
volume médio dos eritrócitos. Se há microcitose
é sinal de anemia ferropriva
receptor de transferrina sérica: intensidade de
eritropoiese (produção e maturação das
hemácias) e da demanda de ferro
ferritina sérica: quando a concentração é de > ou
= 12/15 mcg/L (para menores e maiores de 5
anos de idade, respectivamente), as reservas
estão adequadas, se menor, reservas depletadas
Medidas para a prevenção da anemia:
Etapas da depleção do ferro:
1.
2.
3.
Sinais e sintomas da anemia ferropriva:
Indicadores bioquímicos para avaliação:
ferro não heme (forma férrica Fe 3+): encontrado
em vegetais - convertida, na luz intestinal, em sal
ferroso para ser absorvida
ferro heme (forma ferrosa Fe 2+): encontrado
nos animais - maior biodisponibilidade
situações fisiológicas: gravidez, infância
situações de deficiência nutricional: anemia
ferropriva 
situações de baixa acidez gástrica: consumo de
antiácidos, idade avançada
fitatos (cereal integral, feijões, aveia, gérmen de
trigo)
oxalatos (espinafre, beterraba, algumas
leguminosas)
cálcio
compostos fenólicos (polifenois, taninos,
flavonoides - chá preto, chá mate, alguns
refrigerantes, café)
vinho tinto
chocolate
fosvitina da gema do ovo 
em dieta mista, a quantidade média de ferro varia
de 5/7 mg de ferro/1000 Kcal
consumo de ácido ascórbico (frutas cítricas),
ricos em vitamina A (mamão, manga), hortaliças
(abóbora, cenoura) e alimentos ricos em proteína
(cisteína) melhoram a absorção de ferro não
heme (fatores externos)
fontes de ferro heme: carnes vermelhas,
principalmente vísceras (fígado e miúdos),
carnes de aves, suínos, peixes e mariscos.
fontes de ferro não heme: hortaliças folhosas
verde-escuras e leguminosas, como o feijão e a
lentilha
Tipo de ferro e absorção:
Fatores internos que afetam a biodisponibilidade
do ferro não heme:
Fatores inibidores de ferro (externos) não heme:
Recomendações de ferro (RDA):
Conduta nutricional:
Anemia FerroprivaAnemia Ferropriva

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