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Patologia e Neoplasias - Esôfago, Estômago, Intestino e Vesícula Biliar

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Ana Fernanda Leal - @Medicina.Resume
P1 - Fisiopato 2
1. Esôfago
Histologia: estratificado pavimentoso
não-queratinizado - Não possui serosa → facilita
disseminação de neoplasias → ex: p/ traqueia
1. mucosa
2. submucosa
3. muscular
4. adventícia
● Atresia: não desenvolve um trecho → impede
deglutição.
- Estenose: diminui a luz em um tecido
que já foi normal → não confundir com
atresia. É associada a processo de
reparo
● Fístula: novo trajeto entre duas estruturas que
não eram conectadas → o conteúdo do esôfago
pode passar p/ traqueia.
- pode haver atresia com fístula
● Hérnia de Hiato: é um pedaço do estômago
que passa para a cavidade torácica pelo
diafragma. Permite que o alimento e o ácido
voltem → sensação de queimação. Pode ser:
1. congênita
2. adquiriu alguma fragilidade do
diafragma (idosos)
3. condição que aumenta a pressão
intra-abdominal e empurra o estômago
● Divertículos esofágicos: são saculações que
ocorrem nos órgãos do trato gastrointestinal.
As camadas de mucosa e submucosa escapam
entre a muscular.
- No esofago → divertículo de Zenker
- Diverticulite → inflamação no divertículo
A. Acalásia: As contrações rítmicas do esôfago (os
denominados movimentos peristálticos) estão
ausentes ou comprometidas
- Etiopatogenia: inflamação do plexo
mioentérico (DIABETES) → perda das cels
inibitórias (neurotransmissores) → transmissão
colinérgica intacta → desbalanço → acalásia
1. Primária: sem motivo, mas ocorre disfunção do
peristaltismo
2. Secundária: secundária a uma condição prévia.
Chagas, Herpes, doenças autoimunes
- Características:
● peristaltismo defeituoso
● falha no relaxamento do EEI
● aumento do tônus do EEI
B. Esofagite: inflamação da mucosa esofágica
1. Aguda:
- agentes irritantes e trauma: álcool,
bases fortes, líq. quente, sondas, pílulas
- agentes infecciosos: bac, vírus, fungos.
Herpesvírus, citomegalovirus, candida
sp (monilíase) → principal em
imunossuprimidos
2. Crônica: esofagite por refluxo
- Etiopatogenia: perda da função do EEI por fatores
que aumentam a pressão intra-abdominal
- Fator de risco:
● obesidade
● hérnia de hiato
● distensão gástrica
● hiperacidez
● gravidez
● álcool e tabagismo
C. Esofago de Barret: substituição do ep. estratificado
escamoso do terço final do esfogago por epitélio
colunar metaplásico do tipo intestinal.
● associado a esofagite por refluxo
● fatores q favorecem a DRGE → favorece o EB
● comum em homens >50anos
Ana Fernanda Leal - @Medicina.Resume
NEOPLASIAS DE ESÔFAGO
A. Benignas: raras → papilomas escamosos,
leiomiomas
B. Malignas:
- carcinoma epidermoide de esofago ou
carcinoma espinocelular (96%)
- 6° mais frequente em homens
- adenocarcinoma de esofago
- alterações genéticas relevantes: gene
TP53 (>80%)
- Fatores de risco:
● idade
● bebidas quentes, alimentos processados
● tabagismo e etilismo
● esofago de barret, infecção por HPV
● estenose, megaesofago e diverticulos →
inflamação
● exposição a poeira de construção civil,
vapores de combustíveis fósseis, herbicidas
- Manifestações clínicas:
● estágios iniciais: assintomático
● disfagia progressiva
● odinofagia: dor ao engolir
● perda de peso
● dor (pirose - sem melhora com medicamentos)
● hematêmese
1. Carcinoma de células escamosas:
- Macro: predominantemente vegetante
(cresce p/ luz), mas tbm ulceradas com
bordas elevadas e irregulares ou
infiltrado (difuso ou anular)
- Micro: cels epiteliais escamosas
neoplásicas em ninhos de pérolas
córneas.
2. Adenocarcinoma de Esofago: terço distal do
esofago → mt frequente no esofago de barret
- Macro: predominantemente ulcerado
ou infiltrativo, as vezes exofítico
- Micro: cels epiteliais glandulares
neoplásicas
_______________________________________________________
2. Estômago
1. mucosa
2. submucosa
3. muscular
4. serosa
→ Fundo: cels parietais e principais
→ Mucosa oxíntica = glándulas gástricas: ac. clorídrico
pepsinogênio, histamina, fator intrínseco, muco
→ Mucosa do Cárdia: glândulas mucosas
→ Mucosa Antral: glândulas pilóricas secretoras de
mucina e gastrina.
Corpo e fundo → Mucosa oxíntica (glândulas fúndicas)
→ produz ac. clorídrico
Região cárdica/ pilórica → Mucosa que produz + muco
- gastropatia: não há muita inflamação →
secundária a ação de ag. quimicos e agressores
da mucosa gastrica.
- gastrite: inflamação presente → processo
fisiopat. básico
a. aguda: muitos neutrófilos
b. crônica: muitos linfócitos e
macrófagos, pode agudizar
- Sintomas: Os sintomas nem sempre se correlacionam
com a intensidade do processo inflamatório
a. dor epigástrica, náuseas e vômitos
b. empachamento, pirose, eructação, odinofagia
c. formas graves: hemorragia, hematemese
maciça, melena e choque hemorrágico
Ana Fernanda Leal - @Medicina.Resume
- Mecanismos protetores e agressores:
a. Proteção:
- secreção de muco na superfície que
possui bicarbonato → regula o pH
- fluxo sanguíneo adequado permite a
troca de substâncias.
- controle de prostaglandinas
b. Agressores
- infecção por H.pylori: fatores de
virulência → flagelos, urease (neutraliza
o ac. gástrico e lesa mucosa), adesinas
e toxinas. → Consequência: úlcera,
câncer gástrico e linfoma MALT.
Detecção: endoscopia digestiva alta +
biópsia, teste da urease, cultura,
biologia molecular, detecção de
antígenos ou anticorpos do H.pylori
Mucosa gástrica normal → Infecção pelo HP →
Gastrite crônica → Metaplasia intestinal →
Displasia na mucosa gástrica →
Desenvolvimento do adenocarcinoma
- AINE: diminui a síntese de
prostaglandinas pela inibição da COX.
Funções das PGs: proteção da mucosa
gástrica, estimula e inibe a agregação
plaquetária, contração vascular,
produção de febre etc.
1. cox 1: produz prostaglandinas
p/ manutenção fisiológica
2. cox 2: forma o processo
inflamatório por interleucinas
- tabagismo: componente de ação
vasoconstrição → diminui fluxo sangue
→ menos ATP para secretar bicarbonato
na luz do estômago → hipercloridria
- etilismo: ação detergente → dissolve o
muco →dissolve componente
lipoproteico da memb. celular e o
complexo que une as cels
- hiperacidez gástrica
- refluxo duodenogástrico
- radiação
- refluxo biliar crônico
- estresse
Úlcera → destruição de toda a mucosa que pode
acometer até a camadas muscular→ pode ocorrer
hemorragia
Erosão: Não deixa exposta a camada da submucosa
A. Gastrite Crônica:
- Macro: perda das rugas e pregas, mucosa com
aspecto achatado, aspecto mamelonado
(lombadas grosseiras)
- Micro: infiltrado com plasmócitos e linfócitos
(pode haver linfoma MALT), Metaplasia
intestinal
- Agudização: mais neutrófilos → infiltram o
epitélio e ocupam a luz das gls → microabcesso.
Pode ocorrer por associação a outro fator de
risco.
B. Doença Ulcerosa Péptica (DUP):
- Pode ocorrer pela ação do suco gástrico.
- Associada ao H.pylori, AINE e tabagismo
- Presença continua do ag. agressor desequilibra
o mecanismo no qual o estômago produz
substâncias neutralizantes do suco gástrico →
intenso infiltrado inflamatório que cronifica e
pode ulcerar.
- Macro:
- Micro:
- Tratamento:
a. Hábitos saudáveis
b. Erradicação H. pylori com antibióticos
c. Neutralização do ácido gástrico com
inibidores de bomba de prótons
d. Retirada dos agentes lesivos (AINEs,
inibidores de COX-2)
C. Gastrite autoimune:
- Poupa a região antral
- anticorpos contra cels parietais e fator
intrínseco
- [ ] de pepsinogênio reduzida:
o Hiperplasia de células endócrinas
o Deficiência de vitamina B12
o Secreção alterada de ácido
gástrico (acloridria)
o Associação com outras doenças
autoimunes
- Micro:
a. atrofia e metaplasia intestinal do corpo
e fundo
b. perda das cels parietais e principais →
substituídas por metaplasia intestinal
Ana Fernanda Leal - @Medicina.Resume
c. infiltrado inflamatório → linfócitos, sem
neutrófilos e plasmócitos
d. hiperplasia de cels neuroendócrinas
NEOPLASIAS GÁSTRICAS
- Antro e curvatura menor → mais ocorrência de
neoplasias → mais lesões nesses locais
A. Pólipos Gástricos
- Projeções para a luz dentro de um tecido com
mucosa
- Desenvolve como resultado de hiperplasia de
cels epiteliais e estromais,inflamação,
ectopia ou neoplasias
Tipos:
1. Pólipos Hiperplásicos: cels com características
de produção de muco na região antral;
Associado à gastrite crônica
2. Pólipos de glândulas fúndicas → associado ao
uso de inibidor de bomba de prótons
3. Adenoma (Neoplasia benigna) → epitélio
colunar tipo intestinal; Podem virar
adenocarcinoma.
B. Adenoma Gástrico:
- Neoplasia benigna que se apresenta
morfologicamente como um pólipo.
- Associado a síndromes genéticas e gastrite
crónica atrófica.
- Lesão: glândulas revestidas por epitélio colunar
alto, pseudoestratificado, do tipo intestinal
metaplásico (comum displasia de baixo ou alto
grau)
- O risco para adenocarcinoma se relaciona com
o tamanho da lesão. São vistos em até 30% dos
adenomas gástricos
C. Adenocarcinoma Gástrico:
- Neoplasia maligna de cels epiteliais → 90%-95%
das NM do estômago
- Comum em homens, 8% tem componente
familiar
- Doença multifatorial: fatores ambientais
(etilismo, tabagismo e subst. tóxicas
alimentícias) + indivíduo (gastrite cronica, UPG,
gastrectomia parcial, adenomas gástricos)
- Vias de Carcinogênese:
1. Esporádico (mutação somática): acontece nas
cels após exposição ambiental (90%). Ex:
infecção cronica pelo H.pylori → + chance de
ocorrer precocemente.
2. Familiar (mutação hereditária): mutação
herdada; normalmente envolve o gene CDH1
(supressor de tumor) que codifica a E-caderina
→ faz aderência intercelular → perda de coesão
celular → favorece metástase e infiltração →
padrão difuso
- Etiopatogenia:
1. mucosa normal
2. agente (h.pylori ou ambientais)
3. gastrite crônica atrófica
4. metaplasia intestinal
5. carcinoma gástrico
- Manifestações Clínicas:
a. perda de peso e apetite
b. fadiga
c. plenitude gástrica (barriga cheia), vômitos,
náuseas e desconforto abdominal
d. dor ao apalpar o estômago
e. hematêmese (10%-15%) e sangue nas fezes
f. 3 na parte superior do abdômen
g. hepatomegalia, linfadenomegalia no pescoço e
ao redor do umbigo → indica estágio avançado
- Padrões Morfológicos Macroscópicos:
1. Adenocarcinoma tipo difuso: padrão
infiltrativo em todo o estômago; aspecto cantil
(cresce invadindo)
2. Adenocarcinoma tipo intestinal: tumores
volumosos, ulcerados, cresce para a luz e
invadindo.
Ana Fernanda Leal - @Medicina.Resume
- Classificação baseada no tipo histológico de
Lauren:
a. Difuso: padrão infiltrativo (gástrico) → mutação
no CDH1 → Degeneração mucoide (bolinhas
brancas na imagem)
b. Intestinal: cels glandulares de padrão
intestinal, tumores volumosos → comum
alterações genéticas (APC, instabilidade dos
microssatérlites)
- Classificação na profundidade da invasão:
a. precoce: limitado à mucosa e submucosa
b. avançado: além da submucosa; atinge
muscular
- Classificação dos AC gástricos avançados:
Padrão macroscópico de Borrmann
• Tipo I: vegetante
• Tipo II: úlcero-vegetante
• Tipo III: úlcero-infiltrativo
• Tipo IV: infiltrativo difuso
- Evolução: prognóstico ruim por lesão estar
disseminada ao diagnóstico
- Disseminação:
a. contiguidade: fígado, pâncreas e peritônio
- Metástase:
a. linfonodo sentinela supraclavicular (nódulo de
Virchow
b. pulmão, fígado e ovário (tumor de Jrukenberg)
c. região periumbilical (metasubcutanea) → sinal
da “irmã Mary Joseph”
D. Outras Neoplasias:
a. Tumor estromal gastrointestinal
- GIST: mutação no CD117 (c-kit) → bom
prognóstico
- Massa mesenquimal, com diferenciação
fusocelular ou epitelioide
b. Linfoma MALT:
- derivados de tecido linfoide associado à
mucosa
- linfoma composto de LB
- desenvolvimento induzido por gastrite crônica
(HP)
c. Tumores neuroendócrinos (carcinoides):
- surgem por componentes endócrinos gástricos
- marcadores: cromogranina e sinaptofisina
Ana Fernanda Leal - @Medicina.Resume
_______________________________________________________
3. Intestino:
A. Doença de Hirschsprung (megacólon
congênito)
- causa mais comum de obstrução intestinal
congênita
- caracteriza-se pela ausência de cels
ganglionares nos plexos nervosos que
coordenam a motilidade intestinal (não
ocorre a migração dessas cels)→ sem
peristaltismo → material fecal retido →
dilatação intestinal
- compromete reto e cólon distal
- megacólon do segmento proximal
- Patogênese: mutação no gene RET - envolvido
na sobrevivência, crescimento e migração de
cels neurais
- Complicações: enterocolite (sepse),
perfurações
B. Diarreia:
- aumento na massa fecal (200g/dia), aumento
frequência evacuatória e/ou fluidez do material
fecal
- Mecanismos:
a. osmótica: região do cólon onde ocorre
absorção de h2o e eletrólitos → causa:
laxativos, intolerância à lactose
b. secretora: eletrólitos não são
absorvidos e sim eliminados. Causas:
E.coli/ Vibrio Chlorae → toxinas que
alteram a função dos transportadores
de membrana. Complicação: arritmia e
disfunção do SNC
c. exsudativa/ inflamatória: E.coli
enteropatogênica (proteínas Tir e
intimina) → modificação no perfil
absortivo, alteração do peristaltismo
d. Motora: transito intestinal acelerado e
pouco contato com a superfície. Causa:
ressecção intestinal ou fístula →
Normalmente ocorre devido a alguma
complicação pós operatória
- Classificação quanto à duração:
a. aguda: até 2 semanas
b. persistente: 2-4 semanas
c. crônica: mais de 4 semanas
(Mycobacterium bovis - tuberculose)
- obs: disenteria → fezes pouco volumosas com
produtos patológicos (sangue, muco, pus).
Associa-se a dor e tenesmo (urgência
evacuatória com espasmos no anus/ reto) →
shigella sp, entamoeba histolytica
-
C. Doença Inflamatória Intestinal
- doenças inflamatórias, não infecciosas, curso
clínico intermitente e recidivante. Corresponde
a duas doenças: retocolite ulcerativa e doença
de Crohn
- Características clínicas comuns:
a. crônicas e sem cura
b. recorrentes
c. associado a diarreia crônica
d. imunomediadas: desequilíbrio entre as
bacs da microbiota e um padrão de
resposta diferente do esperado
e. risco aumentado p/ adenocarcinoma
- Características clínicas diferentes:
a. clínicas
b. endoscópicas: aspectos macro e micro
c. padrão inflamatório
- Complicações:
a. Chron: perfuração intestinal
b. Retocolite: megacólon tóxico
a. Retocolite Ulcerativa
- doença inflamatória intestinal idiopática
(surge sem motivo) com episódios recorrentes
de diarreia sanguinolentas
- padrão de distribuição da lesão:
a. afeta o reto e cólon → lesões ulceradas
contínuas
b. projeções na superfície da mucosa →
pseudopólipos
- perfil do paciente:
a. incidência maior em homem
b. pico entre 15-25 anos
c. 25% associação familiar
- clínica: diarreia sanguinolenta recidivante
- morfologia:
O processo inflamatório é restrito à mucosa → altera a
barreira epitelial → permite a passagem de bactérias →
pode gerar um processo inflamatório → parada do
peristaltismo → sepse
- microscopia: inflamação crônica inespecífica
Ana Fernanda Leal - @Medicina.Resume
- pseudopólipos: não possui evento proliferativo
associado
- Evoluções:
a. não possui cura
b. baixa mortalidade, alta morbidade
c. tratamento com imunossupressores
d. cirurgia (colectomia → megacólon
tóxico)
e. displasia e transformação em
adenocarcinoma
b. Doença de Crohn:
- Doença inflamatória crônica, multifocal,
recidivante e progressiva que afeta todo o trato
gastrointestinal → Acomete o cólon/reto, mas
produz manifestações extraintestinais →
fígado, pele, mucosas
- Padrão de distribuição da lesão:
a. areas vizinhas afetadas e mucosa
normal
b. úlceras lineares e profundas que se
assemelham a pavimentos
c. lesões erosivas podem ocorrer, são
rasas e lembram aftas.
d. presença de fissuras anais e fístulas
intestinais
e. inflamação não é restrita à mucosa →
afeta toda a parede do cólon→
Comumente granulomatosa
- Clínica:
a. cólica, febre, mal-estar, anorexia.
Dispepsia (má digestão e mudança na
sensibilidade da mucosa), perda de
peso, anemia por deficiência de ferro
b. fissuras e fístulas anais e perianais
c. alterações inflamatórias em fígado,
olhos, pele e articulações
- Evoluções:
a. nao tem cura
b. alta morbidade e baixa mortalidade
c. tratamento com imunossupressor
d. cirurgia(complicações)
e. displasia e transformação em
adenocarcinoma
D. Apendicite
- Inflamação do apêndice vermiforme
- Patogênese: obstrução luminar por:
a. hiperplasia folicular linfoide (60%)
b. fecalitos (30%)
c. resíduos alimentares, parasitas e
neoplasias
- Etiopatogenia: Obstrução luminal → edema de
parede → compressão da parede (isquemia) →
transmigração bacteriana e extensão do
processo inflamatório.
- Complicações: peritonite e sepse
- Fases evolutivas:
a. edematosa
b. ulcero-flegmonosa: presença de
infiltrado inflamatório
c. gangrenosa: após a necrose
d. perfurativa
E. Diverticulose
- É uma formação sacular para fora da parede
de órgãos ocos
- Natureza:
a. Falsos: evaginação da mucosa em
falhas da muscular própria do cólon
b. verdadeiros: todas as camadas da
parede (congênitos)
- patogênese:
a. enfraquecimento da parede muscular
(áreas pouco vascularizadas)
b. aumento da pressão intraluminal
(padrões dietéticos e idade)
c. partícula alimentar que impacta →
compromete circulação → edema e
isquemia → infiltração bac → inflamação
aguda → necrose do divertículo
(evolução p/ peritonite)
- diverticulite: inflamação do divertículo por
fecalitos, resíduos alimentares e hiperplasia das
placas de Payer.
- complicações: obstrução luminal → edema →
compressão da parede (isquemia) →
transmigração bacteriana e extensão da
inflamação.
F. Doença Celíaca (enteropatia sensível ao
glúten)
- enteropatia imunomediada desencadeada pela
ingestão de cereais que contém glúten (trigo,
centeio e cevada
- patogênese: reação imunomediada por LT no
metabolismo do glúten → atrofia e
achatamento das vilosidades intestinais →
diarreia (diminuição da área de absorção)+
anemia (carência nutricional)
- risco aumentado para linfoma
- Clínica: distensão abdominal, diarreia, déficits
nutricionais e perda de peso. Extraintestinais:
Ana Fernanda Leal - @Medicina.Resume
dermatite herpetiforme, gastrite e colite
linfocítica
- Classificação:
a. sintomática: diarreia, distensão
abdominal, fadiga, deficiência de ferro,
folato e B12
b. silenciosa: não sintomática. Sorologia +
e alterações morfológicas em
vilosidades
c. latente: não sintomático. Alterações
morfológicas em vilosidades. Sorologia
+/- . Cirurgia caso complique.
Distúrbios circulatórios dos intestinos:
A. Infarto intestinal:
- irrigação dos intestinos: a. celíacas,
mesentérica sup e mesentérica inf.
- infarto: necrose isquêmica por
interrupção de perfusão
- Tipos:
a. mucoso e mural: mucosa e
submucosa, +/- 1h →
hipoperfusão sistêmica
b. transmural +/- 8h →
tromboembólicos
- Etiologias:
a. tromboembolismo (associados a
oclusão da a. mesentérica sup) → dor
abdominal aguda, enterorragia → morte
por choque séptico
b. volvo, intussuscepção, hérnias
encarceradas
c. lesão de reperfusão: radicais livres de
O2 + ativação de neutrófilos
B. Doença hemorroidária:
- aumento da pressão sobre as veias do plexo
hemorroidário
- hipertensão portal (intrínseco) ou aumento da
pressão intra-abdominal, normalmente devido
a constipação (extrínseco) → reduz a frequência
evacuatória
- Fragilidade da parede vascular
- Hemorragia por ruptura, trombose (aguda e
em organização) → ocorre inflamação devido a
trombose (dor-tromboflebite)
NEOPLASIAS INTESTINAIS
1. Pólipos Intestinais:
- Lesão exofítica que se direciona para o
lúmen do intestino.
- Origem nas cels epiteliais intestinais
que podem se organizar em vilos ou
túbulos.
- Podem progredir para adenocarcinoma
- Causas: genética→ mutação ao longo
da vida + hábitos de vida. Podem ser
esporádicas (hábitos de vida - +
comum) ou hereditários (herdados)
- Pólipos não neoplásicos (90%):
hiperplásicos, hamartomatosos e
inflamatórios (pseudopólios).
- Pólipos neoplásicos benignos
esporádicos (10%): base p/ desenvolver
a maioria dos carcinomas colorretais.
a. pólipos hiperplásicos:
- mais frequente
- redução da renovação do epitélio
- associado a senilidade
b. pólipos hamartomatosos:
- síndrome de Peutz-Jaghers (mutações
germinativas) e polipose juvenil
(solitário, forma esporádica) e polipose
juvenil (solitário, forma esporádica)
- massa proliferativa (tumor)
- micro: possui todos os componentes
mas de forma desorganizada → sem
características de perda de
diferenciação celular
- pouco frequente→ favorece o CA de
mama e estômago
c. pólipos inflamatórios:
- edema e cels inflamatórias ou
hiperplasia linfoide
- pseudopólipo: são “ilhas” de mucosa
normal sobrelevada em relação a
mucosa ulcerada → comum na colite
ulcerativa
Ana Fernanda Leal - @Medicina.Resume
1.1 - Pólipos Adenomatosos:
- neoplasia benigna
- esporádicos (maioria) → alterações genéticas
somáticas adquiridas ao longo da vida.
- maioria assintomático → pode haver
sangramento (oculto ou visível) exame de
rastreio de sangue oculto + colonoscopia nos
casos acima de 50 anos
- características p/ progressão maligna:
a. tamanho
b. multiplos pólipos
c. grau de displasia
- pólipos hereditários: numerosos, individuos
mais jovens → mutação APC- PAF
- classificação histopatológica dos adenomas:
a. tubulares (70-80%)
b. túbulo-viloso (25%)
- displasia: alto ou baixo grau
a. baixo: bem diferenciado, pouca
displasia, núcleo organizado
b. alto: pouco diferenciado, alto grau de
displasia, núcleo desorganizado e
grande
1.2 - Polipose Adenomatosa Familiar:
- autossômica dominante que envolve o gene
APC (polipose adenomatosa colonica)
- jovens - 25/40 anos
- pelo menos 100 adenomas
- risco de progressão maligna sem tratamento:
100% aos 30 anos
- presença de múltiplos pólipos ao longo do
órgão.
2. ADENOCARCINOMA COLORRETAL:
- neoplasia maligna mais comum do TGI
- mais comum na forma esporádica
- 98% das neoplasias malignas colorretais
- sexo masculino - 60/80 anos
- 20% antes dos 50 anos (especialmente na
doença inflamatória intestinal e PAF)
- considerações clinicas :
a. adenoc. de cólon direito: massa
exofítica ulcerada, anemia (ferropriva
em homem ou mulher mais velho
pós-menopausa é CA gastrointestinal),
massa palpável, diarreia
b. adenoc de cólon direito: massa anular
obstrutiva - modificações do hábito
intestinal, sintomas obstrutivos, fezes
em fita.
- fatores de risco:
a. modificáveis: tabagismo, carnes
processadas, etilismo carne, baixa
injestão de vegetais e frutas, obesidade
- atv física, dieta, graos integrais
e vitaminas diminuem o risco.
b. hereditárias: hereditárias síndromes
de CA colorretal, histórico familiar ++
c. Outros: aspirina, terapia hormonal na
menopausa, uso de estatina, etnia,
homem, DM2, doença inflamatória
intestinal
- aspectos moleculares:
a. 1a via molecular: APC / beta-catenina:
Mutação APC → Perda da APC (degrada
beta- catenina) → aumento da
beta-catenina → Aumento das mitoses
→ Erros na mitose → Mutação no K-RAS
(fator de crescimento epidermal) com
aumento de sua função → Estimula a
proliferação celular independente do
fator de crescimento → Mutações na
Ana Fernanda Leal - @Medicina.Resume
p53 → perda do controle do ciclo celular
→ Neoplasia
→ Apresentação da forma hereditária:
Polipose adenomatosa familiar (PAF -
pólipos adenoma- tosos) – nasce com a
mutação no gene APC.
b. 2a via - instabilidade de
microssatélites: são micro sequências
de Aminoácidos, via não poliposa →
inativação de genes de reparo do
DNA devido a instab. de microssatélites
→ alteração da função antiangiogênica
e perda a indução da apoptose.
→ forma hereditária: síndrome de
Lynch.
- Ambas as vias ocorrem nos cânceres
esporádicos “mutações somáticas” e nos
cânceres hereditários “mutações germinativas”.
- morfologia:
a. cólon proximal → massas vegetantes e
exofíticas, ao longo do ceco e cólon
causam obstrução.
b. cólon distal → lesões anulares,
produzem constrições tipo “anel de
guardanapo” + estreitamento luminal
até o ponto da obstrução.
- evolução:
a. metástase via linfática: linfonodos
mesocólicos
b. metástase via hematogênica: fígado,
pulmões e ossos.
3. Tumor Estromal Gastrointestinal (GIST)
- massa mesenquimal
- diferenciação fusocelular ou epitelioied
- ++ para CD117 (c-kit)
- potencial maligno depende: tamanho,índice
mitótico, necrose
4. Linfomas
- devidados de tecido linfoide associado a
mucosa
- linfoma MALT: linfócitos B (CD20+)
- agressão linfoepitelial, lesões ulcero-infiltrativas
5. Neoplasias Neuroendócrinas
- cels neuroendócrinas, blocos sólidos ou
cordoes celulares
- secreção de neuropeptídeos (serotonina)
- mais comum no apendice cecal
_______________________________________________________
4. Vesícula Biliar
- bile: sais biliares, eletrólitos, pigmentos biliares,
colesterol
1. Litíase biliar:
- formação de cálculos na vesícula biliar
- mais comum das vias biliares
- maioria assintomática´// sintomáticos:
processos obstrutivos e complicações
(inflamação → colecistite)
- natureza dos cálculos:
a. colesterol: origem na vesícula
puros (concentrações
crescentes de colesterol) ou
mistos (colesterol + bilirrubina
de cálcio)
b. pigmentares: originado na
vesícula ou colédoco →
composto por bilirrubina de
cálcio (pouco colesterol)
- Bile: Possui a função de auxiliar na digestão,
ajudando na absorção do colesterol, gorduras e
vitaminas lipossolúveis do intestino. A
bilirrubina é seu principal pigmento, e ela é um
pigmento residual originado da hemoglobina e
é excretado na bile.
- fator de risco:
a. idade
b. sexo: mulheres, estróogeno (mais
secreção de colesterol na bile)
c. obesidade e dislipidemia (mais
secreção de colesterol na bile)
d. perda rapida de peso (hipomotilidade
da vesicula e + colesterol
e. hereditariedade
f. hemólise e infecções biliares: mais
bilirrubina não conjugada na bile
g. doenças do íleo: diminui a recaptação
de sais biliares
- fisiopatogenia: supersaturação dos
componentes da bile
a. cálculo de colesterol: supersaturado de
colesterol, hipomotilidade da vesícula,
hipersecreção de muco
b. pigmentares: maior [ ] de bilirrubina
não conjugada, precipitação da
bilirrubina com sais de cálcio
- Pretos: Mais associados à
hemólise crônica
- Marrons: Associados à
infecções
- manifestações clínicas:
a. maioria assintomático
b. caso obstrução das vias: dor hipocôndrio direito
(ponto de murphy) ou epigástrica
c. febre discreta, náusea inapetência
Ana Fernanda Leal - @Medicina.Resume
d. exame de imagem: variação de tamanho e
radiopacidade dos cálculos
e. obstruções - complicações: colecistite aguda e
crônica. Fístulas (icterícia)
2. Colecistite
- a diferença da aguda e da crônica é o tempo
- principal fator de risco: litíase
A. Aguda: inflamação aguda da mucosa biliar
a. colecistite aguda litiásica/calculosa:
- 90%
- obstrução por cálculos
b. colecistite aguda alitiásica/ acalculosa:
- 10%
- principalmente por eventos
isquêmicos (trauma,
hipovolemia, vasculite)
-
- Fisiopatogenia: Impactação do cálculo → obtrução da
drenagem, retenção biliar, aumento da pressão luminal
→
a. compressão dos vasos da parede → isquemia →
erosão epitelial → exposição direta do epitélio
aos sais biliares → inflamação
b. estase da bile → alteração nos componentes da
bile → fica tóxica → altera a camada de muco →
exposição direta do epitélio → inflamação
- morfologia:
● Distensão, Aumento volume
● • Parede espessada
● • Áreas hemorragia
● • Úlceras na mucosa
● • Deposição fibrina na Serosa
- Conteúdo:
● • bile
● • pus
● • sangue
- Casos graves:
● •Necrose de toda parede – Gangrena,
● Perfuração, Fístulas → Sepse
- Morfologia Microscópica:
● • Edema acentuado
● • Congestão
● • Áreas de hemorragia
● • Deposição de fibrina
● • Infiltrado neutrofílico
B. Crônica:
● • 95% associado a litíase
● • Mais comum em mulheres 3:1
● • 5a. a 6a. décadas de vida
● • Não necessariamente há obstrução biliar
Vesícula em Porcelana: vesícula contraída com
fibrose extensa e calcificação da parede (0,5%
dos casos em que 20% associação carcinoma)
- Morfologia microscópica:
● • Infiltrado inflamatório predominantemente
linfocitário
● • Fibrose
● • Mucosa – hiperplasia, metaplasia pilórica e
intestinal
● • Hipertrofia da camada muscular
● • Seios de Rockitansky-Aschoff
● • Herniações diverticulares da mucosa por entre
feixes de fibras musculares lisas (Presente em
90% dos casos)
Colegranulomas: bile impactada nos seios de
Rockitansky-Aschoff. → Macrófagos xantomizados
esboçando arranho granulomatoso, cristais de
colesterol e célula gigantes do tipo CE → Cistite
Xantogranulomatosa
Ana Fernanda Leal - @Medicina.Resume
3. Colesterolose:
- acumulo de colesterol nos macrófagos
subepteliais e cels epiteliais → alteração do
transporte lipidico da mucosa
→ predomínio mulheres 50-60
- macro: numerosos depositos puntiformes
difusos na mucosa → vesícula em morango //
pólipos de colesterol
- micro: mucosa hiperplasica com agregados de
macrófagos xantomizados
NEOPLASIAS
a. benignas:
- raras - adenoma de ves. biliar
- pedúnculado ou séssil
- tubular, viloso ou tubulo-viloso
b. neoplasias malignas
- incomuns
- carcinoma de ves. biliar → neoplasia
maligna mais frequente do trato biliar
- comum mulheres (70 anos)
- risco aumentado: vesícula em
porcelana
- diagnóstico normalmente tardio
(pouco sintoma)
A. Adenocarcinoma de vesícula biliar:
- exofítico: cresce de dentro da luz como massa
irregular e ao mesmo tempo invade a parede
subjacente
- infiltrativo (mais comum): placa neoplásica de
limites imprecisos → endurecimento difuso da
parede da vesicula biliar
● Padrão glandular/papilar, podem induzir
desmoplasia acentuada
● • Diferenciação: bem diferenciados,
moderadamente diferenciados e pouco
diferenciados
● Fator de risco:
a. litiase
b. colecistite cronica

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