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Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet SISTEMA DIGESTÓRIO Cavidade oral, língua, esôfago cervical, esôfago torácico, estomago, intestino delgado e grosso, cólon, ampola retal e anus. Órgãos acessórios terá fígado, vesícula biliar e pâncreas. O S. digestório é composto por órgãos tubulares e gld. Associadas com a função de decompor o alimento para porções menores para digestão. CAVIDADE ORAL A mucosa oral é formada por epitélio pavimentoso estratificado (queratinizado na maioria das vezes), que é resistente a agressões de alimentos que possam lesionar A saliva tem importância tanto para lubrificação, quanto para umidificar o bolo alimentar. Além disso possui enzimas de digestão (homem tem mais que animais) e IgA que é um anticorpo para defender de corpos estranhos a primeira instancia A microbiota oral é cheia de bactérias aeróbias e anaeróbias e fungos, mas sob controle quando a saúde está estável Algumas lesões post mortem não tem significado, como a desidratação das mucosas (quando o animal morre, há perda de circulação, logo há desidratação deste organismo), presença de conteúdo gástrico na cavidade oral (no momento da morte, principalmente em animais que morrem por eutanásia, há o relaxamento dos esfíncteres e haverá o refluxo para dentro da mucosa. A menos um animal que tenha sido envenenado) ou animais que apresentam impressões dentárias na língua por rigidez cadavérica (animais que morrem com a boca fechada é normal) ANOMALIAS DE DESENVOLVIMENTO: Lesões primárias: cruzamentos endogâmicos (comum em criadouros, ao cruzar parentes próximos). Lesão secundária: a. ingestão de planta tóxica – “Conium macularum” durante a gestação, fazendo teratogenese em sua ninhada. b. Tratamento da matriz com griseofulvina (antifúngico) durante a gestação. LABIO LEPORINO (QUEILOSQUISE) Ocorre por falta da fusão do processo nasal com o processo maxilar, que vai dar dificuldade para sucção e alimentação. Passível de cirurgia quando mais velho. FENDA PALATINA (PALATOSQUISE) A fenda palatina é um problema pois forma abertura e comunicação entre as cavidades nasal e oral, como Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet consequência terá pneumonia aspirativa e dificuldade de preensão, mastigação e deglutição. BRAGNATISMO SUPERIOR: subdesenvolvimento de maxila BRAGNATISMO INFERIOR: subdesenvolvimento de mandíbula PROGNATISMO: crescimento anormal da mandíbula AGNATIA: ausência de mandíbula (acompanhada de microglossia, língua pequena, ou aglossia, ausência da língua) ALTERAÇÕES DE PIGMENTAÇÃO E ALTERAÇÕES DE COR MELANOSE: Pigmentação que pode ser focal ou difusa, na maioria das vezes não causa alteração e aumenta com a idade. Comum com iatzu. São como pintas. Em gatos amarelos, há uma condição específica chamada lentigo (pintinhas que vão aumentando em mucosas labiais e em plano nasal) sem significado clínico ICTERÍCIA: Mucosas amareladas. Pode s er por conta de afecções hemolíticas (extra-hepático, destruição da hemácia, pois quando a hemácia é destruída solta um pigmento amarelado), pode ser hepático ou biliar Mucosas amareladas (excesso de bilirrubina), primeiro lugar a amarelar é no palato CIANOSE: Mucosas azuladas- aroxeadas. Afecções cardíacas, circulatórias ou respiratórias PALIDEZ: Anemias por perda de sangue ou não produção. Falta de hemácias. Alguma doença que não deixa a medula produzir o sangue. METAHEMOGLOBINEMIA: Mucosas acastanhadas ou arroxeadas. Oxidação da hemoglobina por intoxicação (ex de intoxicação por paracetamol) Oxidação da hemoglobina, ao invés da hemoglobina grudar oxigênio, gruda outras coisas. Ele não tem privação de O2, porem se asfixia por não tem hemoglobina para transportar. (Paracetamol em gatos) Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet PRESENÇA DE ALIMENTOS E CORPOS ESTRANHOS ALIMENTO: Doenças que resultam em paralisia da deglutição e estado semiconsciência. Pode levar a pneumonia aspirativa OSSOS: principalmente em cachorro CORPO ESTRANHO PONTIAGUDOS: Agulha no céu da boca CORPO ESTRANHO LINEAR: Fios ou linhas, geralmente embaixo da língua Todos estes tendem a criar lesões necróticas, granulomatosas, lacerações caso seja algo constante, que irá apodrecer a região. ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS ESTOMATITE: Ruminantes tem muito esse problema SUPERFICIAIS: irá lesionar apenas o epitélio de revestimento, mas não afetará a mucosa basal. Pode ser por compostos químicos, tóxicos, queimaduras térmicas ou elétricas lesões se limitam ao epitélio de revestimento da mucosa, uma afta maior. Lesões diretas à mucosa: ingestão compostos químicos, tóxicos, queimaduras térmicas (cachorro que roe cabo de celular) ou elétricas • ESTOMATITE CATARRAL: Bovinos. Heperemia e gengivite discreta, o que levará a uma descamação intensa do epitélio • ESTOMATITE VESICULAR: problemático em ruminates pois é uma das manifestações principais da febre aftosa (bovinos, ovinos e suínos), diarreia viral bovina e calicivirose (gatos). PROFUNDAS: Lesões que atingem o tecido conjuntivo • Estomatite purulenta › Há invasão do tecido por microorganismos da microbiota oral, por proliferação dessas bactérias › Pode haver formação de flegm ão • ESTOMATITE EROSIVA E ULCERADA: Perdas locais de epitélios. São superficiais na erosiva e profundas a ulcerativa. Pode causar uremia (por conta da ureia ser extremamente caustica para as mucosas) e pode necrosar parte da língua, por isso em animal renal crônico nós devemos inspecionar muito bem a cavidade. Complexo granilona eosinofilico em gatos causa muito isso em gatos Plano nasal, lábio ou queixo). Gato esquerdo uremia, direita complexo. Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet NEOPLASIAS TUMORES ODONTOGENICOS: Se originam na junção do dente com o osso (alvéolo dentário), geralmente não maligno, mas leva a perda do dente, sendo necessário em alguns animais serrar parte do osso. (eles ficam junção do dente com o osso) no alvéolo dentário geram perda óssea, perda do dente especifico. • AMELOBLASTOMA • ODONTOMA • PAPILOMA: Uma verruguinha, pode ser na gengiva, lábios ou língua • ÉPULIS: exclusivo de gengiva a verruga. Tende a ser no incisivo Macroscopia: nódulos localizados na gengiva, próximo aos incisivos. Tendem a ser pedunculados. Microscopia: estroma bem vascularizado, não encapsulado; presença de colágeno; poucas figuras de mitose • MASTOCITOMA: comum em cães, mas oral é mais comum em gatos Macroscopia: nódulos firmes em gengiva ou língua, firmes, arredondados, podem ser lisos ou rugosos Microscopia: presença de células redondas atípicas desprovidas de grânulos, infiltrado inflamatório, necrose • MELANOMA: Cancer de pele, multiplicação maligna dos melanócitos. Tendem a ser causais, ao contrario do epulis. Macroscopia: nódulos firmes em gengiva ou lábios, friável, rugosos, pigmentados ou não geralmente acomete a parte caudal da boca. Microscopia: melanócitos alterados entre o epitélio e o tecido conjuntivo, presença de pigmento de melanina (+- ) invasão tecidual, pode haver ulceração do epitelio por conta da mastigação de alimento • CARCINOMA CELS ESCAMOSAS: Pode ser em mucosa gengival e de língua Macroscopia: lesão ulcerada, sólida, crostosa que acomete plano nasal, lábios, língua, pálpebra, pavilhão auricular Microscopia: espessamento de epiderme, queratinócitos invadindo a derme, infiltrado inflamatório GLANDULAS SALIVARES Alterações mais frequentes são funcionais, sem lesões evidentes Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet APTIALISMO: Redução da produção de saliva. Acontece com mais frequência na acidose láctica embovinos PTIALISMO: Excesso de produção de saliva, comum em intoxicação por organofosforado (chumbinho) ou metais pesados, estomatite, náusea (gatos principalmente), uso de substancia parassipatomiméticas (xilazina, estimula a produção) . Estomatites/ulceras, tenta resolver, por que a saliva tem IgA, para tentar com imunoglobulina resolver. CALCULOS SALIVARES: Formam-se pela deposição de carbonato de cálcio nos ductos. Acomete mais equinos idosos, geralmente geram inflamações e leva a cirurgia, pois é muito incomodo RÂnula: distensão cística dos ductos das glds salivares, acumulo de saliva dentro dos ductos. Aspecto do conteúdo é amarelado ou amarronzado por conta do tempo que se instalou lá, bastante viscoso. A saliva vai escorrendo, e como está obstruído começa a acumular. Epitélio de revestimento dos ductos está preservado MUCOCELE: Se rompe, a rânula, chamamos de mucocele SIALOADENITE: GD SALIVAR Inflama e forma abcesso na região da gld e tende a supurar. A inflamação ou veio de um corpo estranho e há inoculação de bactéria na glândula. Rara em animais domésticos Via ascendente de inflamação – corpo estranho, Via hematógena – trauma/sepse ESÔFAGO Órgão que deve receber atenção em caso de FILHOTES COM CRESCIMENTO INADEQUADO: provavelmente a comida não deve estar chegando adequadamente no estomago CAQUEXIA: animais magros, mas que sentem muita fome, ou terá uma dificuldade de absorção ou a comida não está chegando ao lugar adequado DISFAGIA: REGURGITAÇÃO PNEUMONIA ASPIRATIVA: o esôfago é um local que devemos prestar atenção TIMPANISMO: se acumula gás no estomago, talvez tenha um problema de gás por eruptação, pode não estar arrotando por alguma compressão dos esfincteres ESFÍNCTER ESOFÁGICO: Cranial – impede aspiração e entrada de ar no esôfago, pode ficar afuncional nos animais que tem dificuldades dispneias importante (entra ar pela traqueia e pelo esôfago, fazendo dilatação por estar ingerindo ar forçado) Caudal – evita refluxo estomacal, se junta ao cardia O esôfago possui 4 camadas • Mucosa: carnívoros são epitélio estratificado não queratinizado e nos suínos, equinos e ruminantes são epitélio escamoso estratificado queratinizado. Separado da submucosa pela camada muscular da mucosa (musculo liso) *é queratinizado pela Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet alimentação grosseira, para que a mucosa não seja lesionada • Submucosa: tecido conjuntivo que contém glândulas, que umidificam conteúdo alimentar, • Muscular: musculo estriado • Serosa: apenas na porção abdominal; tecido conjuntivo (só depois que passa do diafragma) apenas na porção abdominal; tecido conjuntivo como se fosse a (pleura/peritônio) PROBLEMAS QUE PODE TER NO ESÔFAGO ESTEANOSE, OBSTRUÇÃO E PERFURAÇÃO ESOFÁGICA Locais de obstrução Locais de desvio anatômico Locais de estreitamento • Sobre a laringe • Entrada do tórax • Base cardíaca, quando o coração bate, estreita a passagem Causa de obstrução: ingestão de CE (corpo estranho) mas pode ter neoplasia, granulomas nessa região Consequencias: : úlcera (faz lesão) > Necrose (se tiver necrose muito grande o tecido fragiliza) > Perfuração (o conteúdo vai cair por onde estiver passando). Estenose cicatricial (se não chegar a perfurar o organismo cicatriza, mas quando maior área de lesão maior a cicatrização tendo mais tecido conjuntivo envolvido, cicatriza demais e pode diminuir lúmen esofágico e faz um novo estreitamento adquirido e não anatômico, e tem dificuldade de ingestão) MEGAESÔFAGO Dilatação e hipoperistaltismo do esôfago. Atonia (flacidez (conforme acumula vai dilatar o que vem antes do ponto de hipoperistaltismo e quanto mais dilatação tem, mais flácido fica parede e mais inexistente) e dilatação do lúmen esofágico por distúrbios de peristaltismo Dilatação dessa parede esofágica e uma queda do peristaltismo hipoperistaltismo do esôfago, e por não tem a ajuda da gravidade, fica mais complicado, o animal é muito mais dependente do que os humanos. O bolo alimentar não segue para o estomago, acumula no esôfago Consequencias: Não há absorção e nem digestçao, logo há emagrecimento. Pode levar a aspiração do conteúdo (pois acumula ao ponto de ter demais, voltando o alimento e faça uma falsa via e aspire), pneumonia aspirativa. Congênito: falha de “fabricação”. Adquirido: miastenia gravis (receptor não encontra acetilcolina e não faz contração), hipoadrenocorticismo (falta Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet de eletrólito então não contrai), secundário a obstruções Esôfago dilatado; ESOFAGITE: Ulceração da mucosa esofagica Etiologia: (motivos) ingestão de substâncias cáusticas (soda, plantas), drogas corrosivas Ex: Doxiciclina (para gatos principalmente, antibiótico que faz reação caustica por contato, depois que tomar dar algo pra comer), corpo estranho, refluxo gastroesofágico e episódios eméticos › Ingestão substâncias cáusticas (soda caustica) › Drogas corrosivas – Doxiciclina ele faz uma reação caustica por contato principalmente em gatos, em alguns gatos ficam ate 8h parados dentro do esôfago. › Corpo estranho › Refluxo gastroesofágico e episódios eméticos ESOFAGITE POR REFLUXO: mucosa com áreas hiperêmicas, erosões lineares (nos pontos onde o refluxo vai passando lesa de maneira linear) e ulcerações Lesões na porção caudal do esôfago são piores, por questçao deproximidade do estomago ESOFAGITE POR PARASITAS: Larvas de Gasterophilus spp em equinos: lesões focais Larvas de Hypoderma lineatum em bovinos: hemorrágias Spireocerca lupi em cães: granuloma, vai migrando e mora na parede do esôfago. Vai lesando conforme vai andando. Forma cavitações nas paredes esofágicas. ALTERAÇÕES PROLIFERATIVAS: BENIGNA E MALIGNA PAPILOMA: Maior ocorrência em bovinos, associada ao Papilomavírus bovino tipo 4 (benigno), pode acontecer em cães tbm PRÉ-ESTÔMAGOS Ruminantes: bovinos, ovinos e caprinos Rúmen, reticulo, omaso (pré-estomago) Analisar: aspectos morfológicos da mucosa (mucosa muda de um estomago para outro) quantidade e qualidade do conteúdo ruminal, presença de ulceras (neoplasias, projeções, parasitas) alterações inflamatórias ALTERAÇÕES POST MORTEM: a mucosa se desprende rapidamente após a morte (30-40min) Desprendimento do epitélio pavimentosos estratificado Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet queratinizado, maceração post mortem (desprendimento da mucosa e parede estomacal) Não ocorrência do desprendimento: indicativo da alteração da mucosa ou do ambiente ruminal, indica que ou a mucosa estava fibrosada então estava mais apertado da parede do estomago ou teve alguma fermentação, ou quantidade de bactéria não deixando que isso aconteça ALTERAÇÕES DISTRÓFICAS DA M UCOSA: Variações morfológicas das papilas ruminais (depende do que o animal comia vivo, tipo de bactéria que manteve dentro do sistema) Dependem: proporção e níveis de ácidos graxos voláteis no conteúdo ruminal, pH, proporção e qualidade do alimento volumoso RETICULITE TRAUMÁTICA: retículo- peritonite e retículo-pericardite Causada por corpos estranhos perfurantes (pregos, arames, grampos), corpo estranho fica retido no retículo e podem perfura-lo Perfurações parciais: processos inflamatórios local – reticulite focal Perfurações totais: reticulo-peritonite ou reticulo-pericardite Microscopia: Inicio: focal e fibrinosa, Evoluir: aderências e tecido de granulação. Processo inflamatório purulento TIMPANISMO: distensão dos pré- estômagos por acúmulo excessivo de gases Primário: também chamado de espumoso, causa nutricional, agudo Secundário: patológico, tem como causas atonia ruminal, obstruções físicas (não sai alimentodo estômago) e funcionais da cárdia, crônico Timpanismo é gravíssimo pois faz morte por anóxia (dilatação gera compressão do diafragma e inibição dos movimentos respiratórios), tem dispneia, além de, também pode acontecer nessa dilatação pode fazer compressão na vasculatura, tendo problema de congestão Alterações macroscópicas: abdômen intensamente distendido, exsudação de sangue pelo nariz (por conta da compressão e dilatação) intensa congestão do tórax, edema e congestão pulmonar Esôfago: linha de timpanismo (formações das linhas, que são a delimitação do problema) Congestão na porção cranial e média (fica congesto, acumulo de sangue, hemorrágico) Palidez na porção caudal – compressão pela dilatação (sangue não passa da região caudal gerando divisão e deixando pálido) Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet Para saber se esse timpanismo é pré ou pós mortem, precisa procurar linhas de que estava com problemas de circulação antes da morte. ESTÔMAGO Glândulas cárdicas e pilóricas: produção muco – proteção para ao cair o liquido que corrói, não corroer as células Glândulas gástricas ou fúndicas: • Células mucosas – produção de muco • Células principais – produção de pepsinogênio • Células parietais – produção de H+ e Cl DILATAÇÃO, DESLOCAMENTO E TORÇÃO Primária: relacionada a ingestão de alimentos fermentáveis, que ele é altamente fermentável, produz gás, fica acumulado, não consegue sair, e isso faz uma dilatação, e se isso se perpetuar posso fazer uma torção. Secundária: impedimento físico ou funcional do esvaziamento do estômago, as vezes tem uma neoplasia que não deixa esvaziar o estomago principalmente em região de piloro, e diminui o lúmen. Ou uma neoplasia externa que faça uma compressão. Ou corpo estranho. I. Obstrução por CE II. Obstrução por neoplasia III. Atonia por paralisia vagal, o meu nervo vago tem um papel nessa motilidade, de fazer o estomago contrair, se tiver uma lesão no nervo vago, esse peristaltismo acaba e aí faz uma atonia. Nos bípedes temos a gravidade, nos animais quadrúpedes não tem essa ação da gravidade e fica muito dependente da musculatura contrair e jogar o bolo alimentar para frente. IV. Obstrução em intestino delgado DESLOCAMENTO DE ABOMASO Ruminantes alimentados com alimentos suculentos (silagem de milho) • À esquerda: 90% • À direita: 10% Vacas leiteiras de alta produção em final de gestação ou logo após o parto, elas têm um gasto energético muito alto e a alimentação delas tem muito mais calorias. Então predispõe a fazer esse tipo de problema. GASTRITE Inflamação da mucosa estomacal – infiltração de células inflamatórias Mecânica: ingestão de corpos estranhos, tricobezoar (bola de pelo) Química: por uso de anti-inflamatórios (principal voltarem, pois torra a mucosa do estomago), urêmica principalmente em cães renais crônicos, que a concentração de ureia tão alta, e aí estimula as células parietais a produzir mais ácido clorídrico e produz mais do que muco e corrói. Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet Idiopática: processo inflamatório sem motivo, e na maioria das vezes é crônico. Helicobacter pylori – não possui papel na gastrite em animais, só é uma bactéria comensal, não apresenta clinica nenhuma, não faz nem teste. Classificação Histológica das Gastrites Infiltrado • Linfoplasmocítico: significa que é cronico • Eosinofílico: significa que é alérgico ou uma hipersensibilidade alimentar, mais difícil de resolver pois não é responsivo a imunocortisona • Granulomatoso: onde há neutrófilo, então algo agudo, algo infeccioso. Profundidade • Superficial • Difusa Reação da mucosa • Atrófica • Hipertrófica 1. Gastrite superficiais que é só erosão 2. Gastrite difusa é mais profunda já formando ulcera. Podendo romper completamente. Pega a lâmina basal. 3. Reação de mucosa atrófica: fica com a espessura mais fina 4. Reação de mucosa hipertrófica: Aumenta de espessura 5. Infiltrado linfoplasmocítico: Muito mais linfócito e plasmócito no interior da mucosa é um processo crônico. 6. Infiltrado Eosinofílico: Mais relacionado a processos alérgicos, não obrigatoriamente é uma alergia. Posso ter animais alérgicos e atraem eosinófilos para as mucosas dos intestinos. Esses casos dão um pouco mais de trabalho para resolver, por que ele não é tão responsivo a ingestão de cortisona 7. Infiltrado Granulomatoso: Infiltrado que tem neutrófilo, relacionado a processos infecciosos. Geralmente agudo. Dentre as classificações histológicas existentes, a mais importante clinicamente é a que se refere ao tipo de infiltrado inflamatório na mucosa estomacal Macroscopia: Hemorragia gástrica difusa; úlceras profundas; Macroscopia: Úlcera gástrica perfurada, e os animais podem ter sepse por conta de o conteúdo cair na cavidade abdominal. GASTRITE - PARASITÁRIAS • Equinos: Gasterofilose – G. intestinalis • Cães e gatos: Physaloptera sp • Ruminantes: Haemoncus contortus Migração de parasitas Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet Macroscopia: Presença de petéquias (é um pequeno ponto vermelho no corpo (na pele ou mucosas), causado por uma pequena hemorragia de vasos sanguíneos. Em contraste com outras manchas na pele, as petéquias não somem ou clareiam quando são pressionadas) e do nematódeo. INTESTINO ANATOMIA Intestino delgado • Duodeno { Absorção de nutriente • Jejuno { Absorção de nutriente • Íleo { Absorção de nutriente Intestino grosso • Ceco { Absorção de água • Cólon{ Absorção de água No intestino tem as quatros camadas, mucosa, submucosa, muscular e serosa, visíveis no ultrassom, chamado de estratificação. Quando não vemos a definição no ultrassom, tem perda de estratificação, ou seja, uma inflamação muito importante ou uma neoplasia. INTESTINO DELGADO MUCOSA É a camada mais importante do ID, e que tem vilosidades intestinais: projeções de mucosa em forma de dedos, revestidos por epitélio de revestimento apoiado sobre a lâmina própria Enterócitos é onde acontece absorção de nutrientes para a dentro do capilar, eletrólitos e água; secreção de enzimas digestivas, uma das células mais importante. Epitélio simples colunar. Células caliciformes (faz muco) dispersas entre as células do epitélio de revestimento, que faz a produção do muco para proteção. Presença de glândulas intestinais presentes na lâmina própria – criptas de Lieberkuhn (o local de regeneração do epitélio) é o local de regeneração do meu epitélio, por que se tiver alguma doença/neoplasia/parasito que faz destruição nessa área, significa que todo meu enterócito for lesado, ele não vai ser reposto. E é um local de secreção de água e eletrólitos No final desse epitélio é delimitada por uma camada de musculo liso = muscular da mucosa para ter uma força de pôr porção. Mucosa Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet Vilosidades intestinais: • Células caliciformes • Glândulas intestinais • Muscular da mucosa INTESTINO GROSSO CECO E CÓLON Anatomia e tamanho variam com a espécie e dependem do grau de fermentação microbiana dos carboidratos. Cavalo, suínos e ruminantes – local principal de produção de energia, é a área que vou ter a fermentação e quebrar os carboidratos. Cães e gatos – Poucos desenvolvidos, fazem absorção de água e eletrólitos Mucosa – todas as espécies – desprovida de vilosidades • Epitélio simples • Células caliciformes • Criptas semelhantes ao ID • Lâmina própria INTESTINOS DIARREIA Classificação: (na vida real não faz diferença) 1. Secretória – secreção muco de mais, água demais e excede a absorção isso pode acontecer quando eu tenho enterotoxinas bacterianas – E coli,bactéria que tem uma grande capacidade de produção dessa toxina, e a hora que ela entra em contato com o enterócito não deixa ele absorver água, e por isso tenho a redução da absorção passiva de água pela vilosidade. Aumento da secreção de água para o lúmen 2. Mal Absortiva – Não estou jogando água em excesso, mas não deixo essa água voltar para o lúmen. Retenção osmótica de água no lúmen e pode acontecer por 2 motivos: 1. Laxantes 2. Atrofia de vilosidades 3. Efusiva – processo inflamatório da mucosa. aumento de permeabilidade de mucosa, e ela acaba perdendo liquido de dentro da célula para fora. ENTEROPATIAS AGUDAS - ALIMENTAR ·Histórico de mudanças de dieta abruptamente, você faz aquelas bactérias que estavam acostumadas com tal tipo de alimento, e por isso reagem. Por isso a mudança deve ser sempre gradativa. Clássico acontecer pós ceia de natal. · Geralmente é diarréia auto- limitante. Deixou de existir o alimento, a diarreia conserta · Geralmente não é necessário medicar, exceções de filhotes, que animal desidrata fácil, e com clinica muito proeminente. ENTEROPATIAS AGUDAS – VIRAIS Apesar de ter para cada espécie, é comum se infectar com o outro. Corona vírus ambos têm uma diarreia limitante. Causas: 1. Parvovírus canino 2. Parvovirus felino 3. Coronavírus Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet Parasitária Verminoses em geral, tem potencial para fazer uma enteropatia aguda. • Giardia spp • Isospora sp PARASITÁRIA GIARDIA SPP - PROTOZOÁRIO INTESTINAL Faz a ingestão do oocisto (forma resistente do protozoário, que resiste ao acido clorídrico do estomago e chega ao intestino delgado, se desfazendo lá, dando acesso a mucosa ao parasita, aqueles que vão ao intestino grosso formam a forma resistente de novo para resistir fora do hospedeiro) através de agua infiltrada, com baixo tratamento. No momento que o protozoário sai do cisto, adere a vilosidade do ID, secretando proteases que lisam as vilosidades, que ativam uma atração inflamatória intensa (produção de igA, igE + ativação de mastócitos), o que vai aumentar a motilidade, gerando diarreia PARVOVIRUS CANINO E FELINO • Causa diarreias severas e hemorrágicas com muitos episódios, com muita perda de água e de sangue. • Vírus é resistente no ambiente por longo período e à maioria dos desinfetantes, somente a cândida superconcentrada • Vazio sanitário de 3 ou 4 meses • período de incubação: 3 a 6 dias • Destrói células de divisão rápida, por isso fica mais no intestino, pois o intestino é um local que ocorre divisão de células rápida • Parvovirus Felino: Panleucopenia • Patogenia dessa infecção Macroscopia: Enterite hemorrágica. Alças intestinais intensamente hiperêmica e hemorrágica. Macroscopia: Enterite necrotizante aguda. Mucosa intestinal com aspecto de espiga de milho devido à necrose e deposição de fibrina. Macroscopia: Mucosa avermelhada e com fibrina na superfície – Panleucopenia Microscopia: Necrose acentuada de mucosa. Intenso infiltrado inflamatório. Fusão e atrofia das vilosidades. ISOSPORA SP PROTOZOÁRIO INTESTINAL (OU CISTOISOSPORA +LIVROS ANTIGOS) • Cães – I. canis, I. ohioensis • Gatos – I. felis, I. rivolta • Suínos – I. suis Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet Parasita de intestino delgado e grosso. Gera diarreia aquosa. Alta morbidade (o isospora se dissemina bem) e baixa mortalidade – animais jovens são exceção pois desidratam 1. Ingestão oocisto, liberação do parasita no lúmen intestinal 2. Parasita invade o enterócito = reprodução assexuada 3. Rompimento do enterócito para liberação dos novos protozoários ENTEROPATIAS BACTERIANAS • Escherichia coli – colibacilose • Salmonela typhimurium – salmonelose • Clostridium perfringens e C. difficile • Rhodococcus equi • Mycobacterium paratuberculosis - paratuberculose • Campylobacter jejuni – adenomatose intestinal ESCHERICHIA COLI – COLIBACILOSE A escherichia coli em si não afeta o intestino e sim a enterotoxina, que a e. coli produz, ela tem afeito sobre o meu enterócito, altera o fluxo de secreção de água, e isso faz uma diarreia aquosa e eles morrem por desidratação Não há lesão no epitélio intestinal Suínos – colibacilose neonatal Microscopia: Grande quantidade de colônias E. coli na superfície apical das vilosidades intestinais CLOSTRIDIUM PERFRINGENS Produz enterotoxinas tipo A, que é a pior de todas, faz uma lise de enterócitos – necrose. E primeiro a vilosidade edemacia e após ela atrofia. E por isso, por não ter digestão nem absorção, tem aumento da secreção de fluidos para o interior do lúmen intestinal IG sem lesão, precisa ser amostra do ID onde fica o problema. Macroscopia: Intenso edema em cólon – Clostridium difficile Microscopia: Infiltrado neutrófilo na superfície da membrana basal, rompendo o epitélio de revestimento Clostridium difficile Produz toxina: • Tipo A: enterotoxina • Tipo B: citotoxina, ela faz a lesão em ceco e cólon Lesões em ceco e cólon Edema de cólon Infiltrado neutrofílico no interstício intestinal nas áreas mais novas de lesão Exsudato catarral-fibrinoso em cólon SALMONELA TYPHIMURIUM – SALMONELOSE Lesões agudas, como lesões crônicas Gastroenterite hemorrágica na lesão aguda, tem perda da mucosa estomacal que protege e as bactérias entram em contato com a lâmina basal. Lesa o capilar e tem sangramento. Tem perda Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet de sangue E pode ganhar a circulação e ter um processo séptico. Aumento de órgãos linfoides Pode haver foco pneumônico purulento/caseoso Lesões crônicas · Nas lesões crônicas é mais para baixo o problema, mucosa de ceco e cólon necrosada, vai ter resto celulares. Aquela diarreia enterite fibrino-necrótica · Linfonodos aumentados ENTEROPATIAS INFLAMATÓRIAS Causas: a. Alterações da tolerância imunológica, o nosso intestino é o principal órgão imune que temos, e tem bastante célula de defesa ali, porém esse sistema imune não pode ficar pirado, se o sistema imunológico reagir a tudo que chega (alimento) vamos ter um processo inflamatório crônico, toda hora. Ele tem uma certa cegueira (tolerância imunológica), apesar de saber que não é do organismo ele faz vista grossa. E alguns animais perdem essa cegueira e mesmo tendo sempre contato com aquela proteína (alimento) ele fica louco e começa a reagir. b. Alterações da barreira mucosa c. Resposta imune exacerbada contra antígenos ingeridos ou produzidos localmente (Proteínas dieta –troca de dieta- ou Bactérias Intestinais) Classificação por: • Infiltrado histológico: a. Enterite linfoplasmocítica (linfócito e plasmócito é mais crônico) – cães e gatos b. Enterite eosinofílica (eosinófilo) – cães e gatos c. Enterite granulomatosa (macrófago afetado) – equinos d. Enterite neutrofílica (neutrófilo) • Localização: Em caso de cães e gatos, nem sempre é localizada e sim generalizada. a. Duodenite b. Jejunite c. Ileíte d. Tiflite: Ceco e. Colite: Colón • Classificação etiológica: · Enteropatia responsiva a fibra > Colite (cólon é o foco de inflamação, quando você oferece fibra e isso cessa – rações gastrointestinais ou diabéticas, ou pozinho para a defecar tem bastante fibra) · Enteropatia responsiva a corticosteroides > DIIC (quando só responde por imunossupressão, são com infiltrados linfoplasmocítico e para você tirar de lá precisa imunossuprimir e é crônico.) · Enteropatia responsiva a dieta > Hipersensibilidade alimentar (Eles geralmente desenvolvem um pouco mais velhos, é difícil animais jovens ter, uma proteína de ração normal tem um Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet tamanho grande, e na hora que encontrauma enzima de digestão para quebrar isso as vezes demora um pouco e esse é o tempo que a vigilância do sistema chama atenção, nas dietas hipoalergênicas a proteína diminui mesmo, só precisa ser absorvida não necessita de digestão. Precisa ter um processamento extra. · Disbiose > supercrescimento bacteriano intestinal (tem varias populações diferentes dentro do intestino e elas se autocontrolam, uma sobre as outras. Quando tem um processo inflamatório e muda o microclima, você dá a chance de alguma delas crescerem e ficar em maior número que os outros – supercrescimento bacteriano intestinal. E aí tem clinica por conta disso. · Enteropatias com perda proteica > Linfangiectasia por exemplo, os vasos linfáticos ao redor do intestino ficam ingurgitados e junto com a linfa se perde proteína, ficando com hipoproteinemia (processo inflamatório que faz ter perda de proteína) OBSTRUÇÕES INTESTINAIS Simples – causas: A. Corpo estranho dependendo do tamanho do CE, o estomago tenta expelir e indo para o intestino. E dependendo pode gerar um processo séptico/inflamatório/infeccioso. b. Compactações: Pode ser por fezes, forragem, e entra em uma atonia. Tratamento é lavagem. Tende a sair da constipação e vai para diarreia. · Fezes - constipação · Forragem c. Estenoses - processos cicatriciais, pode acontecer de cicatrizar demais, e o lúmen fica estenosado, e para “arrumar” precisa novamente ir para cirurgia. d. Parasitas e. Compressões intra ou extramurais (não é no intestino é em outro órgão que está apertando-o), pode acontecer por tumores, sarcomas, pode acontece estenose também. Intussuscepção:o INTESTINO ENTRA DENTRO DELE MESMO, Doenças que levam ao aumento de motilidade, e pode ser por duas causas: a. Parvovirose o intestino está muito enlouquecido, e faz isso. Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet b. Corpo estranho, o intestino aumenta bastante a motilidade para tentar expelir. Obstruções intestinais Simples › Caracterizada pelo impedimento do trânsito intestinal por algum motivo › Geralmente é aguda › Anterior ao ponto de obstrução, haverá acúmulo de conteúdo e dilatação do segmento intestinal, ao ter congestionamento faz ter uma dilatação desse intestino, antes está super dilatado, e após está super colabado.
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