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ANATOMIA PATOLÓGICA DO SISTEMA DIGESTÓRIO

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SISTEMA DIGESTÓRIO – resumo 
 
Cavidade Oral 
1. Anomalias congênitas 
- Palatosquise ou Fenda palatina 
- Queilosquise, fenda labial ou lábio leporino: junção da cavidade nasal com cavidade oral, frequentemente ocorre 
junto com a fenda palatina 
- Braquignatia (inferior ou superior): diminuição ou desenvolvimento inadequado da mandíbula ou maxila. Raças 
braquicefálicas. 
- Prognatia: projeção para frente da mandíbula em relação ao maxila. 
- Agnatia: ausência do desenvolvimento da mandíbula. 
- Mimosa tenuiflora: causa má formação como a fenda palatina, bragnatia inferior. 
- Pigmentação normal e anormal – melanose 
 
- Doença da língua azul: doença viral que ocorre em ovinos. O animal fica com a língua azulada por cianose. O vírus 
causa vasculite, há então alterações circulatórias e o animal apresenta quadros de cianose e hemorragia (cavidade 
oral, base da aorta). Esse quadro pode levar a pneumonia aspirativa, a musculatura do esôfago pode necrosar, de 
forma que o animal faz falsa via. É uma doença patognomônica (alteração não vista em outras doenças). 
 
2. Alimentos e Corpos Estranhos 
Pela falta de movimentação, alguns alimentos podem se acumular na boca do animal, causando até lesões. A 
ingestão de corpo estranhos pode causar obstrução no esôfago. Sondas mal colocadas também podem ocasionas 
em lesões. 
 
Lesões orais: animais que não ingerem colostro são mais susceptíveis. Formação de ulceras. 
 
Complexo granuloma eosinofílico oral (felino): acredita-se que algum estimulo que cause uma hipersensibilidade. O 
animal tem dificuldade de deglutição. 
 
Insuficiência renal: animais com quadro de uremia, causam vasculite levando a formação de ulceras orais, estomacais, 
intestinais. 
 
3. Estomatites 
3.1 Estomatites virais 
- Vesiculares (grupo de doenças com sinais semelhantes) 
 - Febre aftosa 
 Doença de notificação obrigatória. Causada por um Picornavírus. Acomete apenas animais biungulados 
(ruminantes e suínos). Transmissão ocorre com facilidade por aerossóis, secreções e objetos contaminados. A 
mortalidade é baixa, porém a morbidade é alta. Grande parte do rebanho adoece e diminui a produção. 
Sinais clínicos: vesículas principalmente no trato digestório além de patas e úberes, febre, claudicação, salivação, 
emagrecimento e fraqueza. (diminui produção). 
O vírus causa uma degeneração hidrópica nas células do epitélio (acumulo de água na célula), a célula fica 
tumefeita, várias células se rompem, formam então as vesículas com liquido no interior. 
O diagnóstico é feito pelo INDEA, por isolamento viral e sorologia. Deve-se associar as alterações epidemiológicas 
para chegar à conclusão de qual doença vesicular está no rebanho, pois as lesões macroscópicas são semelhantes. 
 
 - Estomatite vesicular 
 Causada pelo Rabdovírus. Acomete ruminantes, suínos e equinos. A transmissão é por insetos hematófagos, 
ocorre mais em climas quentes e úmidos (tem mais inseto), eventualmente pode ocorrer em primatas e homens 
(zoonose). Os sinais clínicos são semelhantes a febre aftosa. 
 
 - Doença vesicular dos suínos 
 Picornaviridae, afeta suínos e humanos. Lesões semelhantes. 
 
 - Exantema vesicular dos suinos 
 Calicivírus, acomete apenas suínos. 
 
- Papulares (aumento de volume sólido) 
 - Ectima contagioso (“Orf”, dermatite pustular ou boqueira) 
 Causada por um Parapoxvírus, afeta ovinos e caprinos, há transmissão zoonótica. Também causa lesão de 
degeneração hidrópica, porém não forma vesículas, forma pápulas que são lesões em alto relevo, mais 
consistentes. Doença altamente contagiosa, porém, mortalidade é baixa. Lesões principalmente em cavidade oral, 
comissura labial, focinho e região anal (animais jovens). 
 Pode ocorrer miiase e infecção bacteriana secundária. Geralmente os animais se recuperam sozinhos (doença 
transitória). 
 As células sofrem degeneração hidrópica no estrato espinhoso do epitélio, em casos iniciais observa-se 
corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos. 
 
 - Estomatite papular bovina 
 Causada por um parapoxvírus, acomete bovinos de todas as idades, lesões semelhantes à anterior. É uma 
zoonose. Tem morbidade rápida com recuperação de 4-7 dias 
 
3.2 Estomatites erosivas e necróticas 
- Diarréia viral bovina e Doenças das mucosas (BVD/DM) 
Doença viral causada pelo Pestivirus que se manifesta de diferentes formas. Afeta vários sistemas em momentos 
distintos, existe a variação de doença reprodutiva, respiratória e das mucosas. 
A doença é transmitida por animais PI (persistentemente infectado), são animais infectados ainda no útero (não 
tem sistema de defesa desenvolvido ainda) e tornam-se imunotolerantes ao vírus, como se fizesse parte do corpo 
deles. O vírus então estará distribuído por todos os tecidos e não terá resposta contra ele, a sorologia será negativa. 
Esses animais disseminam a doença para o resto do rebanho, eliminam o vírus por toda a vida, principalmente através 
de secreções. Tendem a ser animais que não se desenvolvem, nascem pequenos, magros, não crescem de maneira 
adequada (refugo). Porém as vezes o animal não é refugo mas é PI. O animal se torna PI quando entra em contato, 
durante a gestação, com o vírus NCP (não citopatogênico – não destrói a célula). 
Alguns animais que entram em contato com o BVD durante o período de gestação podem abortar, ter fetos com 
malformações ou podem formar fetos PI’s, nesse 
momento pode ocorrer então as alterações 
reprodutivas. 
Uma vaca prenhe não imune que é infectada 
pelo vírus durante o 1º trimestre de gestação pode 
ter abortos ou também o nascimento de animais 
PI’s. Se o contato com o vírus for no 2º trimestre de 
gestação, geralmente os fetos terão malformações 
ou aborto, é raro nascer animais PI’s. Se a vaca entra 
em contato com o vírus no final da gestação (3º 
trimestre) dificilmente ela aborta, os bezerros 
nascem normais com anticorpos contra o BVD. 
Uma vaca PI gestante gera bezerros PI’s. 
A quantidade de animais PI’s é pouca pois 
frequentemente eles não vivem tanto. 
Quem tem a doença das mucosas (forma mais grave do BVDV) são animais PI (cepa NCP). O animal desenvolve a 
doença das mucosas de ele for re-infectado por uma cepa citopatogênica ou se o vírus que ele tem sofre uma mutação 
e se torna citopatogênico. 
A doença da mucosa leva a lesões de mucosas, o animal apresenta diarreia que geralmente é sanguinolenta, 
ulcerações na cavidade oral/nasal, esôfago, estômagos, intestinos. 
O melhor método de diagnóstico para BVD é o exame imunocitoquímico. O anticorpo se liga ao antígeno 
juntamente com o corante, normalmente utiliza-se a ponta da orelha do animal para fazer o exame, pois o vírus está 
disseminado pelo corpo inteiro. 
 
- Febre Catarral Maligna (Herpesvírus ovino) 
Ocorre em bovinos que entram em contato com ovinos, causa vasculite desenvolvendo então ulcerações na 
mucosa, tem conjuntivite, lesões muito parecidas com o BDV. 
 
- Actinobacilose (“Lingua-de-pau”) 
Lesão causada pela bactéria Actinobacillus lignieresii, ocorre em bovinos, os animais têm um aumento do volume 
e enrijecimento da língua, ao corte observa-se pequenos grânulos (grânulos de enxofre) que dão aspecto firme. 
 
- Actinomicose 
Causada pela Actinomyces bovis e ocasiona em lesões granulomatosas na região da mandíbula, há aumento de 
volume na região. Desenvolve granulomas necróticos que ao corte tem aspecto amolecido, infecção proliferativa que 
pode atingir o osso da mandibula, causando deformação. 
 
Tanto a actinobacilose quando a actinomicose causam uma lesão na histologia chamada esplendore repli, forma 
coroas radiatas, que corresponde a ligação antígeno-anticorpo. 
 
4. Neoplasias de cavidade oral 
Papilomas, carcinoma de células escamosas, melanoma, épulis, tumores odontogênicos, fibrossarcoma, 
linfossarcoma. 
 
- Intoxicação crônica por samambaia (Pteridium arachnoideum): contém ptaquilosideos que mimetizam a ação da 
radiação. Na doença aguda causa diátese hemorrágica. Na doença crônica causa hematúria enzoótica (neoplasia de 
bexiga) e carcinoma no TGI,desenvolvendo quadros de disfagia e timpanismo. 
 
ESÔFAGO 
1. Distúrbios funcionais 
- Megaesôfago: dilatação esofágica, dificulta o transito do alimento, há acumulo de alimento no pescoço, podendo 
ocorrer falsa via. Pode ser congênita ou adquirida, associada a Miastenia gravis, a alterações de formação ou lesões 
da musculatura. 
 
2. Alterações físicas 
- Obstrução por corpos estranhos, perfuração esofágica 
 
3. Esofagite 
- Erosiva/Ulcerativa: viral (BVD, febre catarral maligna), cáustica, uremia 
- Esofagite por refluxo 
- Esofagite micótica: Candida albicans 
 
4. Neoplasia de esôfago 
Papilomas, carcinoma de células escamosas, sarcomas. 
 
ESTÔMAGO E ABOMASO 
Órgão endócrino (hormônios) e exócrino (enzimas). Como estrutura tem a curvatura maior, curvatura menor, corpo, 
cárdia e piloro. Existe variação entre as espécies. 
 
 
 
 
 
1. Desordens funcionais 
- Dilatação gástrica em equinos 
Podem ser primarias como o excesso de consumo de carboidratos fermentados, acesso repentino a pastagens 
novas e ingestão excessiva de água; ou secundárias por obstrução pilórica ou ID e hérnia diafragmática. O estomago 
então fica dilatado, com grande quantidade de alimento e com mucosa e serosa congestas. 
 
- Ruptura gástrica e equinos 
Pode ser consequência de uma dilatação primária ou secundária ou pode ser idiopática (uso de antinflamatórios 
não esteroidados). Geralmente ocorre na curvatura maior do estomago, o animal tem peritonite, choque e morte. 
Deve saber diferenciar a ruptura ante-mortem e post-mortem, a presença de hemorragia e hiperemia no local, 
conteúdo alimentar espalhado pela cavidade abdominal, peritonite são indicativos de ruptura ante-mortem. 
 
- Dilatação gástrica e torção em cães 
Geralmente ocorre em raças de grande porte, associadas a sobrecarga alimentar (trata o animal somente uma vez 
ao dia), manejo, comportamento do animal e aerofagia. Quando o estomago torce, o baço vai junto, ao abrir o animal 
encontra-se o baço do lado direito ao invés do lado esquerdo e com alterações circulatórias. Os sinais clínicos são 
aumento de volume abdominal, desconforto, dispneia e mucosas cianóticas. 
 
-Torção gástrica em suínos 
Animais arraçoados uma vez por dia ou esquecimento de tratar o animal (final de semana). A agitação pode 
ocasionar a dilatação. 
 
- Deslocamento e torção de abomaso 
Ocorre frequentemente em vacas de alta produção, geralmente após o parto. O espaço após o parto permite a 
movimentação do abomaso. O deslocamento pode ser a direita com ou sem torção ou a esquerda, que é mais 
frequente. 
Ingestão de ração rica em carboidratos e pouca quantidade de forragem, pós-parto e hipotonia ou atonia 
(hipocalcemia) são causas de deslocamento e torção. Quando o deslocamento é à esquerda, os animais diminuem um 
pouco o consumo, não são alterações muito graves. Quando o deslocamento é à direita o animal tende a torcer, 
apresentando sinais clínicos mais graves. 
 
- Impactação 
Podem estar associados a lesão de nervo vago (pneumonia, pleurite, linfadenopatia e linfoma), há a parada da 
movimentação dos órgãos. A presença de tricobenzoares e fitobenzoares (estruturas firmes de pelo ou pasto) podem 
obstruir a passagem. Sablose (ingestão de areia) e ingestão de materiais estranhos. 
 
- Gastropatia urêmica 
Acumulo de ureia na circulação sanguínea, essa ureia é toxica para células endoteliais e mucosas e acaba causando 
lesão. Animais com insuficiência renal crônica que tem uremia apresentam lesões em mucosas, principalmente no 
estômago (ulceras estomacais), o animal apresenta hematêmese, melena, apatia e halitose. É bastante comum em 
cães. 
 
2. Doenças inflamatórias 
- Gastrite/Abomasite 
As gastrites micóticas ocorrem principalmente pela Candida, em suínos é bastante frequência e estão associadas a 
doenças que abaixam a imunidade. 
 
3. Úlceras gástricas 
Perda da estrutura epitelial ou até através da membrana basal. A erosão é a lesão somente do epitélio, sem que 
atinja a membrana basal, é uma lesão mais superficial. A ulcera chega à membrana basal ou até atravessa, é mais 
profunda, pode perfurar ou romper o tecido. 
Essas lesões se formam quando há um desequilíbrio na secreção de ácidos e na proteção da mucosa. Quando há 
alteração de fluxo sanguíneo, por exemplo uma isquemia, pode ocasionar em lesões. O mais frequente, porém, é a 
ação de antinflamatórios não esteroidais. Distúrbios ou traumas locais também levam a formação de lesão, como 
refluxo da bile e ingestão de álcool. 
Cães com mastocitomas tendem a ter úlceras, os mastócitos estimulam a produção de histamina, e essa histamina 
faz com que diminua a produção de muco, os sinais clínicos são vômitos em borra de café, melena e anemia. 
Em suínos é bastante comum e se associa ao estresse, o confinamento e a granulometria da ração. Um animal que 
come alimento com diferentes granulometrias (alimento adequado) em quantidades adequadas, ele produz ácidos 
que digerem essas estruturas. Na porção inicial, o alimento ainda não foi digerido e tem pH básico, na porção final 
com o conteúdo já digerido, o pH é ácido, quanto mais ácido a região do piloro, é inibida a produção de ácidos no 
estomago, não há excesso de produção de ácido. Em animais confinados em que a granulometria da ração é muito 
pequena, o pH vai ser homogêneo pois não tem a separação dos alimentos, não vai ter acidez maior em determinado 
local, a acidez que inibia a produção de ácidos não existe, então há um excesso de produção, pois não há um feedback 
negativo. 
Em bovinos também ocorre em animais confinados, principalmente vacas leiteiras. Também associada a 
alimentação. Uma frequente causa de úlcera é a leucose enzoótica, linfoma causado por um vírus, ocorre em 
diferentes tecidos. 
Em equinos, as úlceras podem ocorrer na região aglandular (ocorre mais em potros de forma idiopática ou 
associada ao Gasterophilus intestinalis) e na região glandular (por antinflamatórios não esteroidais), o animal vai 
apresentar cólica, dor abdominal e bruxismo. 
 
4. Parasitas 
- Equinos: Gasterophilus spp., Habronema spp., Draschia megastoma., Trichostrongylus axei 
- Ruminantes: Haemonchus spp, em pequenos ruminantes é a principal causa de morte. Ele causa principalmente 
anemia, pois é um parasita hematófago, causa também hipoproteinemia que leva a edema de maneira geral. Na 
necropsia então é um animal pálido, magro e com edemas em diferentes locais. Se o quadro for grave, os sinais 
clínicos podem ser confundidos com doenças neurológicas. 
 
5. Neoplasias 
- Leiomioma (neoplasia benigna de musculo liso), Leiomiossarcoma (neoplasia maligna de músculo liso), Adenoma 
(benigna de glândulas), Adenocarcinoma (maligna de glândulas), Linfossarcoma (bovinos) e carcinoma de células 
escamosas. 
 
RÚMEN, RETÍCULO E OMASO 
- Post-mortem: desprendimento do epitélio, não tem alteração no epitélio, se ocorreu ante-mortem há uma alteração 
no epitélio, uma hiperemia no tecido; timpanismo post-mortem 
 
1. Obstrução e desordens funcionais 
- Timpanismo: acúmulo de gás. 
 - Gasoso: o animal tem alguma obstrução que impede a eructação, a produção de gás é normal, porém não 
consegue ser eliminado. Obstruções, como neoplasia que ocorrem pela intoxicação por samambaia; alterações 
associadas a inervação, de forma que o rúmen não é movimentado de forma correta, não promovendo então a 
eructação são alguns dos motivos pelo qual se desenvolve o timpanismo gasoso. A utilização de trocáter melhora 
instantaneamente o quadro (perfura o rúmen e elimina o gás). 
 - Espumoso: alimentos ricos em proteínas e carboidratos (concentrados), onde há muita fermentação, o gás 
acaba formando espuma, é muito mais difícil de ser eliminada. A utilização de algumas pastagens (trevo no RS) 
ocasiona em timpanismo espumoso. 
Em ambos os tipos de timpanismo, o animal apresenta aumento do rúmen, com formato de pera-maçã. Uma lesão 
bem característica é a linha de timpanismo, o esôfago fica com uma área branca e outra fica congesta, parte do esôfago 
que estána cavidade torácica é pressionada, ficando com pouca quantidade de sangue, com coloração branca, a parte 
do esôfago fora da cavidade torácica fica congesta. 
 
- Acidose ruminal: ocorre associada a troca ou excesso de alimentação. Na modificação da alimentação, há uma 
alteração no pH ruminal, de forma que altera a flora bacteriana, havendo maior quantidade de bactérias gram 
negativas. Altera também a osmolaridade, essa acidez faz com que os fluidos da circulação sejam sequestrados para 
o rúmen. O animal apresenta quadro de desidratação e hemoconcentração. A alteração de pH também causa lesão 
no epitélio ruminal, causa um desprendimento do epitélio ante-mortem, porém terá hiperemia. Ocorre uma 
degeneração hidrópica e as células acabam se rompendo, causando também abcessos e um quadro de ruminite, pois 
a barreira de proteção do rúmen foi destruída. Acidose  Ruminite (associada a bactérias)  Abcessos (hepáticos). 
 
- Ruminite: além da acidose, outras causas podem levar a ruminite, como infecções por bactérias, fungos, vírus e 
lesões tóxicas. Associada a bactérias e fungos, acontece principalmente em animais com imunidade baixa ou associada 
a vírus. 
 - Intoxicação por plantas (Baccharis coridifolia, Bacharidastrum sp, Eupatorium tremulum): presentes no sul 
do Brasil, levam a um quadro de ruminite, há uma hiperemia da mucosa e o desprendimento do epitélio. Os animais 
tendem a ter abcessos hepáticos 
 
- Reticulopericardite traumática: ingestão de corpos estranhos, principalmente materiais perfuro-cortantes, esses 
materiais chegam ao retículo, que devido a movimentação dos órgãos o material penetra no retículo, podendo 
perfurar inclusive diafragma e pericárdio. 
 
2. Parasitismo 
- Rúmen: Paranphystomum, não associado a lesão, apenas um achado 
- Abomaso: Haenmonchus 
- Gasterophilus nasalis 
 
3. Neoplasias 
- Intoxicação por samambaia 
- Leucose 
 
INTESTINO 
1. Anomalias congênitas 
- Atresia anal: não formação do ânus. As vezes o animal faz uma fístula de comunicação do anus com a vagina, ele 
defeca pela vagina. 
- Aplasia segmentar 
- Estenose: diminuição da luz intestinal. 
 
2. Alterações de posição 
- Hérnia: protrusão, podem ser internas ou externas. 
Sempre tem os mesmos componentes (saco, anel e 
conteúdo herniário). Um exemplo de interna é quando um 
pedaço do intestino entra em alguma fissura do omento. 
As hérnias externas ocorrem quando um orifício não é 
fechado corretamente (hérnia inguinal) ou a abertura de 
alguma região do abdômen (ruptura de musculatura). A 
importância da hérnia está associada a sua localização e 
seu conteúdo. Se for bastante conteúdo do intestino que 
entra na hérnia pode causar encarceramento. 
- Intussuscepção ou invaginação: entrada de uma alça 
intestinal dentro da outra. A alça que entrou tem necrose 
isquêmica, os vasos se comprimem. Comum em cães 
associado em casos de enterite, onde há aumento de motilidade intestinal. Pode ocorrer post-mortem. A parte de 
dentro se chama intussuscepto, a parte de fora chama intussuscipiente. 
- Vólvulo: torção axial do mesentério, comum em ruminantes e suínos jovens. 
- Enterólito 
- Estenose 
- Prolapso retal: o ânus sai da cavidade, a mucosa fica exposta, ocorre geralmente pelo alto peristaltismo (enterites 
bacterianas) e tenesmo (intoxicação por Senécio) 
- Dilatação e torção de ceco/cólon: muita ingestão de carboidrato, em equinos ocorre principalmente pelo 
aumento da motilidade e presença de gases. Há congestão, o local fica com coloração vermelho escuro. 
 
3. Obstrução intestinal 
- Estenoses congênitas ou adquiridas (diminuição da luz) 
- Corpos estranhos: enterólito (cálculos intestinais, associado a alimentação), fito e tricobenzoar. 
- Compressão extrinsica: neoplasias, aderências, necrose de gordura abdominal (lipomatose) 
 
- Compactação de cólon: geralmente associada a alimentação, utilização de amitraz. A compactação de colon em cães 
e gatos chama fecaloma, associada a dor, traumatismo, corpos estranhos, neoplasias que causem dor ao defecar, o 
animal acaba acumulando fezes na região retal, que ficam rígidas e formam compressões.

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