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projeto generos textuais (1)

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Rayane Oliveira Andrade 
Suely Oliveira de Santana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DOS GÊNEROS TEXTUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
Professoras: Patrícia Matos 
Adriele Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lagarto - SE 
2021 
O USO DOS GÊNEROS TEXTUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
Os gêneros são formados por proposições que dizem respeito à exteriorização de 
pensamentos e sentimentos nos diferentes campos da atividade humana transmitidos pela 
linguagem. É utilizando os gêneros textuais que as crianças começam a desenvolver o 
processo de letramento, isso dentro e fora do ambiente escolar. Distante da escola esta 
manifestação ocorre naturalmente, porque nos expressamos por meio de algum gênero e 
temos acesso a uma grande variedade de gêneros escritos e digitais. Na escola, o acesso 
é proposital e organizado, visando a exposição da variedade dos gêneros textuais que 
permeiam a sociedade, os quais usamos inicialmente sem saber sobre sua forma, seus 
objetivos, suas vastas aplicabilidades de uso, seus interlocutores, dentre outros aspectos. 
Daí surge o questionamento: como trabalhar os gêneros textuais na educação infantil? 
Marcuschi (2008, p.149) define um conceito de gêneros textuais que os mostra 
como “formas de ação social”, mas, como ele mesmo alega, o sentido formal dos gêneros 
é algo muito complexo. O autor propõe que os gêneros textuais podem ser: “uma categoria 
cultural, um esquema cognitivo, uma forma de ação social, uma estrutura textual, uma 
forma de organização social e/ou uma ação retórica”. Entende-se então que os gêneros 
são histórico-culturais, isto é, consolidam-se em momentos e em espaços da vida das 
comunidades; ou seja, cada lugar e cada fase são marcadas pela hegemonia de certos 
gêneros, os quais podem permanecer, modificar-se, converter-se, desaparecer. 
Ferreiro (2001) determina que a pré-escola tem papel fundamental de propiciar as 
crianças maior convívio com eventos que envolvam a leitura e a escrita, além de 
possibilitar o contato com adultos letrados, fazendo com que elas produzam sua 
compreensão sobre a funcionalidade do sistema de escrita. O Referencial Curricular 
Nacional para a Educação Infantil (RECNEI) destaca a importância do trabalho com os 
gêneros textuais na educação infantil: 
 
“A seleção do material escrito deve estar guiada pela necessidade 
de iniciar as crianças no contato com os diversos textos e de 
facilitar a observação de práticas sociais de leitura e escrita nas 
quais suas diferentes funções e características sejam 
consideradas. Nesse sentido, os textos de literatura geral e 
infantil, jornais, revistas, textos publicitários etc. são os modelos 
que se pode oferecer às crianças para que aprendam sobre a 
linguagem que se usa para escrever (BRASIL, 1998b, p. 151-
152). 
 
Desse modo, a escola deve promover o contato e a análise de diversos materiais escritos, 
fazendo com que as crianças assimilem os usos da escrita de maneira contextualizada. 
Para orientar a produzir, identificar e usar os gêneros textuais, faz-se necessário 
que os professores compreendam cada gênero textual que ele planeja apresentar em sala. 
No processo de ensino, cabe ao professor produzir oportunidades de reflexão a respeito 
dos textos através de mediações graduais e sistemáticas, fazendo com que o aluno 
compreenda as características dos textos e seus momentos de uso. Segundo Santos (2006), 
é importante assumir que são os gêneros textuais que unem as práticas sociais às práticas 
escolares, já que é por intermédio dos gêneros que os estudantes reconhecem a 
funcionalidade social da língua, até mesmo as funções dos gêneros definidos no ambiente 
escolar. 
O aprimoramento e modernização das principais tecnologias da comunicação, 
como por exemplo do rádio, televisão, internet, jornal, revista, ocasionou o surgimento 
de novos gêneros textuais, os gêneros digitais. Esses novos gêneros têm como base outros 
gêneros textuais já existentes, exemplo: o gênero carta e o novo gênero e-mail. Nota-se 
que os gêneros “antigos” e os novos têm características e utilidade próprias, atingindo 
diferentes objetivos (MARCUSCHI, 2007). 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) incorporou os gêneros digitais como 
meio de facilitar o processo de ensino e aprendizagem e aumentar as habilidades 
comunicativa dos estudantes, de forma interativa e monitorada, para que possa ser 
colaborativa e eficaz para todos. Se nos ensinos fundamentais I e II o digital inova a 
abordagem gerando participação e interação entre mestres e educandos, na educação 
infantil a adoção pelos alunos é nitidamente mais intensa, já que nasceram em um período 
que não faz sentido uma aprendizagem que não os possibilitem manter-se conectados. 
Por fim, entende-se que a presente leitura tem por objetivo propiciar a análise e a 
reflexão de como abordar e desenvolver os gêneros textuais na educação infantil. As 
Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil (2013), afirmam que as práticas 
pedagógicas do professor de educação infantil devem incentivar e oferecer vivência com 
os vários gêneros textuais orais e escritos. 
Na educação infantil é possível atrair as crianças trabalhando com as diversidades 
de gêneros textuais, tendo como ponto de partida as narrativas, a exposição e o reconto 
de histórias. O docente deve usar com seus alunos textos reais, através de leitura e escrita 
que os levem a deduzir a função do texto. O que quer dizer desenvolver o letramento com 
diferentes gêneros discursivos, como: lista de compras, bilhetes, folders, receita culinária, 
parlendas, cantigas e outros. Também é preciso familiarizar os discentes com a escrita ao 
folhear livros, revistas e texto digitais e da realidade nas quais seu uso se faça necessário. 
Escutar textos apreciando a leitura feita pelo professor ou outro intermediador. Escrever 
palavras e textos ainda que não da mesma forma habitual. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para 
a educação infantil. v. 3. Brasília: MEC/SEF, 1998b. 
______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. 
Regra Geral. 
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares 
nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2013. 
FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. 24 ed. São Paulo: Cortez, 2001. 
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. 
São Paulo: Parábola Editorial, 2008. 
______. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, Angela Paiva; 
MACHADO, Anna; BEZERRA, Maria A. (Orgs.). Gêneros textuais e ensino. Rio de 
Janeiro: Lucerna, 2007. 
SANTOS, Carmi Ferraz, MENDONÇA, Márcia, CAVALCANTE, Marianne. 
Diversidade textual: os gêneros na sala de aula. Recife: Autêntica, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPOSTAS DE ATIVIDADES SOBRE GÊNEROS TEXTUAIS 
 
O JOGO GÊNEROS TEXTUAIS DO WORDWALL 
 
A primeira atividade a ser sugerida para aplicação na sala de aula ou em um 
ambiente virtual é o Jogo sobre os Gêneros Textuais do Wordwall e para acessar este jogo 
os alunos poderão fazer uso de celulares, computadores, tablets e outras ferramentas e 
aparelhos digitais. 
O jogo está disponível em vários modelos, os principais são: o questionário de 
programa de Televisão, o questionário normal, abra a caixa e responda à questão, a 
perseguição do labirinto e por último a roda aleatória. 
De início, recomendamos o modelo de jogo que propõe a abertura de caixas com 
questões variadas, mas fica a critério do professor, podendo utilizar qualquer outro 
modelo. Entre os diferentes modelos do jogo o que difere entre eles é apenas a dinâmica 
do jogo, já o conteúdo é o mesmo. 
 
JOGO GÊNEROS TEXTUAIS 
 
 
Link para o jogo: https://wordwall.net/pt/resource/4058026 
 
 
 
O GÊNERO BILHETE NA PRIMEIRA CAIXINHA 
 
 
Esta caixinha traz uma questãobem simples, mas bastante interessante e 
pertinente, pois tem como exemplo um gênero textual muito frequente no nosso cotidiano. 
Usado para deixar um recado, um pedido ou informação curta? Parece certo que quase 
todos responderão bilhete, mas para isso antes o professor precisará dar aula sobre os 
variados gêneros, pois muitos podem apresentar similaridades. 
 
O GÊNERO RECEITA NA SEGUNDA CAIXINHA 
 
 
Nesta caixinha, temos o gênero receita, muito comum no cotidiano dos adultos, 
principalmente quando está relacionado ao preparo dos alimentos. No entanto, não é só o 
dia a dia dos adultos que precisam de receitas para o sucesso de suas realizações, os das 
crianças também, principalmente na hora de preparar alguma brincadeira, como é o caso 
da massinha de modelar. Outras receitas parecidas focadas no público juvenil são a de 
Smile, Pintura Facial, Bolha de Sabão, Massinha de gelatina, dentre outras. 
Por fim, após o exposto, consideramos o gênero receita muito importante na vida 
de todos os indivíduos, sejam eles adultos ou crianças. 
 
O GÊNERO PROPAGANDA “DIVULGAÇÃO DE LIVRO INFANTIL” NA 
TERCEIRA CAIXINHA 
 
 
Na terceira caixinha, temos um gênero que muitas crianças adoram, a propaganda, 
principalmente quando este gênero é voltado para o anúncio de objetos desejados pelo 
público infantil. E acima, temos a divulgação de um livro e para fazer esta divulgação a 
proposta de marketing usa um trecho do livro para chamar a atenção do público alvo. 
A leitura, entre crianças, ainda encontra resistência, principalmente por falta de 
incentivo dos pais, mas dentro do ambiente escolar isto vem mudando bastante e neste 
sentido acho essa questão muito importante e relevante. 
 
 
 
 
O GÊNERO ANÚNCIO NA QUARTA CAIXINHA 
 
 
A quarta caixinha traz um gênero muito comum e popularizado em nossas vidas, 
isso porque este pode ser encontrado em praticamente todos os ambientes, sejam eles 
virtuais ou físicos. Os anúncios estão nos televisores, na internet, nas ruas, nas escolas, 
em todos os lugares. Assim, temos um dos gêneros mais presentes e mais significantes 
para as interações sociais e comerciais. 
 
O GÊNERO TRAVA-LÍNGUA NA QUINTA CAIXINHA 
 
 
Na quinta caixinha, temos o gênero trava-língua, muito comum na vida de crianças 
e também dos adultos, pois este remete a brincadeiras e é tido como um teste de 
inteligência. Além de muito lúdico, este gênero é um dos melhores recursos linguísticos 
para auxiliar as crianças no desenvolvimento de um vocabulário mais amplo e rico. 
 
O GÊNERO BILHETE COM FOCO NO AUTOR NA SEXTA CAIXINHA 
 
 
Na sexta caixinha, temos novamente o gênero bilhete, mas dessa vez a questão é 
voltada para saber quem escreveu o bilhete. Outro detalhe importante é que este gênero 
lembra muito o gênero carta, que hoje podemos dizer que se modernizou para o gênero 
e-mail. 
 
O GÊNERO ADIVINHA NA SÉTIMA CAIXINHA 
 
Na sétima caixinha, dispomos de um gênero muito divertido assim como o trava-
língua. Mas não é só a diversão que faz o trava-língua e a adivinha comuns. Os dois são 
muito importantes para o desenvolvimento das crianças, fazendo com eles exercitem o 
cérebro com melhor precisão, refletindo sobre questões e sendo rápidas na hora de 
desvendar um enigma, isso depois será fundamental para questões de raciocínio lógico. 
 
O GÊNERO CARTAZ NA OITAVA CAIXINHA 
 
 
Na oitava caixinha, temos o gênero cartaz trazendo uma alerta para que todos 
possam combater o mosquito da dengue e evitar maiores consequências. Este gênero é 
muito comum, assim como o anúncio e a propaganda e as vezes chegam até a serem 
confundidos entre si. Dessa forma, consideramos que em uma aula sobre gêneros textuais 
o professor deve falar sobre os diferentes gêneros textuais e explicar a diferença entre 
eles, principalmente os que são parecidos. 
 
 O GÊNERO PIADA NA NONA CAIXINHA 
 
 
 
Na nona caixinha, dispomos de um gênero que agrada todos os públicos em 
praticamente quase todas as situações. As piadas fazem parte das relações sociais e 
servem para deixar o ambiente mais leve e descontraído, mas se engana quem acha que 
piada tem a ver com zoação ou brincadeiras de mau gosto, muito pelo contrário é um 
gênero textual que se regras como qualquer outra e quem tem o objetivo de divertir ao 
mesmo tempo que ensina e desenvolve as habilidades dos indivíduos. 
 
O GÊNERO CONVITE NA DÉCIMA CAIXINHA 
 
 
 
Na décima caixinha, temos o gênero mais esperado pelas crianças, o convite. O convite, 
pode ser de um aniversário, de um casamento, de uma formatura e de tantas outras 
celebrações. Este é um gênero muito comum e que começa a fazer parte das nossas vidas 
desde muito cedo, considerando que muitas crianças fazem festas de aniversário ou são 
convidadas para as festas de outras crianças. Este gênero lembra a carta e o bilhete, mas 
o foco é outro e as informações também exigem uma outra dinâmica e apesar de parecido, 
este é sem dúvidas inconfundível. 
 
SOLUÇÕES PARA A APLICAÇÃO DO JOGO 
 
Caso os alunos não possuam aparelhos celulares com internet ou computadores, o 
professor poderá desenvolver esta atividade de forma física da seguinte maneira: fazendo 
caixinha enumeradas de 1 a 10 e colocando dentro dela cada gênero aqui proposto. Outras 
opções podem ser desenvolvidas pelo próprio professor, se adaptando a sua realidade, à 
realidade dos alunos e da escola. 
 
 
 
 
PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Descobrindo o livro e o prazer em ouvir histórias 
Objetivo(s): 
 Criar o hábito de escutar histórias. 
 Favorecer momentos de prazer em grupo. 
 Enriquecer o imaginário infantil 
 Favorecer o contato com textos de qualidade literária. 
 Valorizar o livro como fonte de entretenimento e conhecimento. 
 
Habilidade(s): 
(EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando 
ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor (modo de segurar o portador e de 
virar as páginas). (EI01EF08) Participar de situações de escuta de textos em diferentes 
gêneros textuais (poemas, fábulas, contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.). 
 
1ª etapa 
Selecionar livros com textos bem elaborados e ilustrações de qualidade. As histórias 
devem ter estruturas textuais repetitivas que favorecem a compreensão e a 
memorização. Programar-se para disponibilizar os livros em diferentes momentos da 
rotina escolar. Promover conversas sobre eles fazendo perguntas, destacando os 
personagens e retomando as partes que as crianças consideram mais queridas. Quando 
apresentar um livro novo, repetir a leitura dele várias vezes para que a turma possa 
compreender a narração, memorizar partes da história e interagir com seu conteúdo. 
Estar atento às iniciativas das crianças e responder a elas por meio da fala, de gestos 
e de expressões faciais. Promover conversas entre as crianças sobre o que foi lido. 
 
2ª etapa 
Ler o livro para que conheçam bem a história. É importante que todos consigam ver 
o livro. Destacar as informações da capa (título, ilustração, nome do autor, ilustrador 
etc.). Fazer uma breve apresentação da história despertando o interesse em escutá-la. 
Ler de forma fiel ao texto e mostrar as ilustrações conforme lê. No fim, conversar 
com as crianças sobre a história: perguntar se e do que gostaram e deixar que elas 
explorem o livro. 
3ª etapa 
Observar se solicitam a leitura do livro nos dias seguintes. Sempre que iniciar a 
atividade, cuidar do espaço, garantindo que este seja sempre um momento confortável 
e prazeroso. Mostrar o livro às crianças e perguntar se lembram da história: perguntar 
sobre o título, os personagens e os acontecimentos. Só então contar novamente a 
história. Essa atividade pode ocorrer em média duas vezes na semana. 
4ª etapa 
Preparar-se para a apresentação de um novo livro realizando os mesmos 
procedimentos relatados na etapa 1. Iniciar conversando sobre aquela obraque já 
conhecem. Contar que irá apresentar uma história diferente. Repetir as etapas 
anteriores. 
 
Obras que podem ser abordadas: 
1. A Casa Sonolenta. 
2. Bruxa, Bruxa Venha a Minha Festa. 
3. A Casa do Bolinho 
Linguagem oral, leitura e escrita 
 
Objetivo(s): 
 Desenvolver a comunicação oral por meio da exposição de ideias. 
 Ampliar os conhecimentos sobre o sistema de escrita, trocando experiências e 
discutindo a grafia das palavras. 
 Aprender a organizar uma lista. Realizar atividades em grupo, compartilhar 
decisões e respeitar opiniões. 
 
Conteúdo(s): 
 Oralidade. 
 Leitura e escrita. 
 Respeito aos colegas e à diversidade de opiniões. 
 
Ano(s): Pré-escola 
 
Material necessário: Cartolina, folhas de papel sulfite, papel-cartão, canetas, coloridas, 
brinquedos diversos, giz de cera e crachás. 
 
Habilidades(s): 
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e 
cooperação. (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, 
por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras 
formas de expressão. 
1ª etapa 
 Começar o projeto com uma roda de conversa, estimulando todos a contar ao professor 
e aos colegas o que mais gostam de fazer ou de comer. É hora então de apresentar o 
projeto, sugerindo a confecção de um produto a ser feito coletivamente: o livro das 
preferências. Explicar que cada um terá uma página contendo as informações sobre o 
brinquedo mais querido, a comida mais gostosa, a música favorita e assim por diante. 
Para decidir os itens que serão colocados, conversar com a classe e ordenar as sugestões 
no quadro. A lista pode incluir filmes, brincadeiras, personagens etc. Escolhidos os 
tópicos, pedir que cada um fale sobre os temas. Anotar as citações em uma cartolina, com 
letras grandes e legíveis. Uma boa maneira de estimular o discurso é fazer perguntas: qual 
é seu personagem preferido? De que brinquedo você mais gosta? Dada a resposta, pedir 
justificativas. Incentivar os colegas a comentar, socializando as opiniões (Você pensa a 
mesma coisa que seu colega? Por quê? Qual é sua opinião?). Para a conversa ficar mais 
animada, sugerir que todos levem de casa os objetos mencionados para compartilhá-los 
com a turma. Reservar uma atividade para essa troca de experiências. 
 
2ª etapa 
Montar a lista em uma folha de sulfite com os tópicos a ser respondidos: brinquedo, fruta 
etc. Fazer cópias e distribuir as páginas. Ler os temas em voz alta para não haver dúvidas 
e propor a elaboração oral da listagem antes do registro. Em seguida, organizar duplas de 
trabalho para a produção escrita e deixar as crianças usarem as próprias concepções. Uma 
vai ajudar a outra, mas é preciso levá-las a refletir sobre a maneira de escrever as palavras. 
O melhor modo de proceder é perguntando por que optaram por determinada letra e fazê-
las utilizar o que já conhecem, comparando as sílabas usadas com as vistas em outros 
contextos. Pedir que leiam o próprio registro. Assim é possível observar a ausência de 
uma letra ou a necessidade de alterar algumas delas. 
3ª etapa 
Antes de partir para a confecção do livro, levar algumas obras infantis para a classe, como 
as de contos, para que a organização das páginas seja observada. Chamar atenção para a 
numeração e o índice. 
 
Avaliação 
Observar se as crianças conseguem se expressar oralmente e como interagem com os 
colegas quando eles estão fazendo a exposição. Observar se avançaram em relação à 
escrita: a primeira lista certamente será feita com ajuda. Mas na preparação da versão 
final o professor pode conferir os avanços em relação aos procedimentos de escritor e ao 
conhecimento sobre a confecção de um livro.

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