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Bibliografia: Exame Clínico, Porto & Porto, 8ª Edição, Celmo Celeno Porto; – Porto e “Portinho” (versão menor). Higiene das Mãos e Sinais Vitais - SP1 Técnica para higienização das mãos: 1. Palmas 2. Dorso 3. Entre os dedos 4. Partes proximais, mediais e distais dos dedos 5. Polegares 6. Pontas dos dedos e unhas 7. Pulsos 8. Enxaguar em direção ao cotovelo Link de vídeo mostrando o passo a passo: https://youtu.be/ErLIEZuP_4g Sinais Vitais – Quais são os sinais vitais? ● Pressão Arterial ● Frequência Cardíaca ● Frequência Respiratória ● Temperatura Corporal ● Saturação de Oxigênio - Oximetria de pulso Pressão Arterial Pressão arterial é a força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos; ↪ medida em mmHg Métodos: - Direto: Intra-arterial – PA invasiva - Indireto – PA não invasiva Esfigmomanômetro e Estetoscópio Método Auscultatório - Método Palpatório Pressão arterial – pressão sistólica (sístole) e pressão diastólica (diástole) ➔ A pressão arterial sofre influências: ◆ Posição do indivíduo (deitado, sentado ou de pé) ● Posição deitado → níveis pressóricos mais elevados ◆ Atividades diárias (refeições, atividade física e sexual, trabalho, estresse) ◆ Ritmo circadiano (vigília x sono) ● Descenso noturno (sono) – queda fisiológica em torno de 10% ● Elevação fisiológica nas primeiras horas da manhã (ao despertar/acordar) ➢ PA NORMAL: 120/80 mmHg - Hipotensão Arterial = PA < 90x60 mmHg (*bradicardia) - Hipotensão Postural ou Ortostática - Variação PAS (pressão arterial sistólica) 20 mmHg e/ou; - Variação PAD (pressão arterial diastólica) 10 mmHg. - Hipertensão Arterial = PA ≥ 140x90 mmHg Preparação para aferição da PA: ● O paciente deve estar tranquilo e relaxado sentado na cadeira, encostando o dorso na cadeira e com os pés no chão, por no mínimo 5 minutos ● Sem cafeína, bebida alcóolica, cigarro e atividade física ● Sem vontade alguma de ir ao banheiro ● Não se deve falar ● Remover todas as roupas do local ● Aparelho deve ser adequado para o braço do paciente, nem muito grande (subestima a medida) nem muito pequeno (superestima em até 30/10 mmHg, por exemplo: PA real 130x80 mmHg → PA inadequadamente estimada em até 160x90 mmHg) Semiotécnica 1. Explicar o procedimento ao paciente, solicitando que não fale durante o procedimento 2. Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito. Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto médio do esterno = 4º espaço intercostal), apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido 3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2-3 cm acima da fossa cubital 4. Centralizar o manguito sobre a artéria braquial Método palpatório: 5. Estimar o nível de pressão sistólica – palpar o pulso radial inflar o manguito até seu desaparecimento 6. Desinflar rapidamente e aguardar 1 minuto antes da medida Método auscultatório: 7. Palpar a artéria braquial na fossa cubital (achar pelo tendão do músculo bíceps da fossa braquial). Posicionar a campânula/diafragma do estetoscópio sobre a artéria 8. Inflar o manguito 20 a 30 mmHg acima do nível estimado da pressão sistólica (visto no método palpatório acima) 9. Deflação lenta do manguito (velocidade de 2 a 4 mmHg/s) ➔ Primeiro som: sistólica – fase 1 de Korotkoff (fluxo sanguíneo voltando para dentro do vaso) 10. Aumentar a velocidade da deflação para 5 a 6 mmHg para evitar a congestão venosa e desconforto para o paciente ➔ Último som: diastólica – fase 5 de Korotkoff (desaparece som) * Esfigmo precisa estar calibrado! (normalmente, a cada um ano) ⚠ 11. Auscultar 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa 12. Repetição das medidas - Desinsuflar completamente o manguito e aguardar 1-3 minutos. Como informar e documentar: ● Avisar o paciente sobre os valores ● Escrever no prontuário: PA (valor/valor) mmHG MSE ou MSD (membro superior esquerdo/direito) * Fases de Korotkoff: - Resultado do fluxo turbulento na artéria; - Insuflação do manguito = colabamento da artéria; Desinsuflação do manguito = retorno da passagem do sangue pela artéria antes colabada → Fluxo turbulento → Ruídos → Sons de Korotkoff → Classificados em 5 fases; - Nos casos em que os ruídos persistirem até o total esvaziamento da câmara ↪ Considerar a pressão diastólica a fase IV de Korotkoff (abafamento dos sons); - Registrar valores: 150 × 70 × 0 mmHg; Hiato Auscultatório Trata -se do desaparecimento dos sons, durante a última parte da fase I e na fase II; - Pode cobrir uma faixa de 30 a 40 mmHg; - Subestimar o nível da PAS ou superestimar o nível da PAD; ⚠ Como evitá-lo? Realizar sempre o método palpatório antes do auscultatório!!! → Fonte comum de erro na medida da pressão arterial, principalmente em idosos! Frequência Cardíaca Métodos: - Ausculta Cardíaca - Frequência de Pulso ● Frequência de pulso é uma medida indireta da frequência cardíaca! - Análise do Pulso Arterial Radial - Alternativas: Pulso Carotídeo ou Pulso Femoral Características: Frequência, Amplitude, Ritmo; Frequência cardíaca e de pulso frequência: 1 minuto ● Normal: 60 - 100 bpm (normocardio) ● Bradicardia: < 60 bpm ● Taquicardia: > 100 bpm (normocárdico, bradicárdico, taquicárdico) Ritmo: 1 minuto ● Regular ou irregular(= arritmia cardíaca) ● Cuidados: fibrilação atrial e extrassistolia – podem gerar déficit de pulso → batimentos não conduzidos até o pulso periférico (número de pulsações menor que a frequência cardíaca) Amplitude: ● Cheio x filiforme Frequência Respiratória Contagem de ventilações: - Utilizar a inspiração - Paciente não pode perceber - Visualização do tórax ou do abdômen Unidade: Incursões (respiratórias) por minuto (ipm) Características: ↱considerada ok Eupneia: 12 à 20 ipm ***8-24 ipm** Taquipneia: > 20 ipm Bradipneia: < 12 ipm Temperatura Unidade: Celsius (ºC) Regiões: - Axilar: 35,5 – 37 - Retal: 36 – 37,5 - Timpânica: 36 – 37,4 * Realize sempre a higiene do termômetro Características: Temperatura Axilar: 35,5 ºC – 37,0 ºC = afebril 37,0 ºC – 37,7 ºC = subfebril > 37,7 ºC = febre → febril ➔ < 35,5 ºC = valorizar para hipotermia ↪Temperatura Retal < 35,0 ºC Antropometria e Glicemia Capilar - SP2 Antropometria = estudo das medidas e dimensões das diversas partes do corpo humano; Medidas Antropométricas: 1. Altura ou Estatura; 2. Peso; 3. Índice de Massa Corporal; 4. Circunferência da Cintura; Altura ou Estatura Expressa o crescimento linear. O paciente deve estar em posição ortostática; É aferida com: - Balança com estadiômetro; - Fita métrica inextensível, afixada em superfície lisa, vertical e sem rodapé. 5 pontos anatômicos estejam próximos à parede ou ao estadiômetro: ● Calcanhares ● Panturrilhas ● Glúteos ● Escápulas ● Ombros → Joelhos esticados, pés juntos, braços estendidos ao longo do corpo. → Cabeça erguida, formando um ângulo de 90 graus com o solo, e os olhos mirando um plano horizontal à frente. * O estadiômetro é baixado até que encoste na cabeça, com pressão suficiente para comprimir o cabelo; → O cabelo não pode estar preso por tiaras ou outros adornos; Impossibilidade de aferir a altura? ↳ Usa-se a altura referida! ↳ perguntar ao paciente ⚠– No idoso, observa-se uma diminuição na altura decorrente do encurtamento da coluna vertebral (redução dos corpos vertebrais e dos discos intervertebrais); - É mais adequado fazer a medida da altura, já que a altura referida será maior que a altura real atual; ↷cifose torácica Qual doença caracteristica- mente se apresenta com redução da altura/estatura ??????????? Resposta: osteoporose (perda de massa óssea, de 4 a 6 cm) Envergadura: - Alternativa para estimar a altura; - Medida da envergadura é similar à altura real; → Paciente de frente para o avaliador, em posição ereta, recostado na parede, tronco reto, ombros nivelados, braços abertos em abdução de 90 graus; → Fita métrica inextensível paralela à clavícula, mede-se toda a extensão de uma ponta a outra da falange distal do terceiro quirodáctilo;Qual doença caracteristicamente se apresenta com índice de envergadura/altura maior que 1,05? ↪ Síndrome de Marfan Peso O peso corporal é a soma de todos os componentes da composição corporal: água, tecidos adiposo, muscular e ósseo; - Sua avaliação é útil para determinar e monitorar o estado nutricional; - Marcador indireto da massa proteica e da reserva de energia; Peso atual, peso ideal, peso corrigido e peso seco. Peso atual = utiliza-se uma balança mecânica tipo plataforma ou digital, sendo necessário calibrá-la. - O paciente deve ser pesado descalço, com a menor quantidade possível de roupa, posicionado no centro da balança, com os braços ao longo do corpo; Peso ideal = definido de acordo com alguns parâmetros, tais como idade, biotipo, sexo e altura; Fórmula = Altura ² x IMC médio ➔ IMC médio homens 22 kg/m2 ➔ IMC médio mulheres 21 kg/m2 → Utilizado no cálculo calórico para suporte nutricional e cálculo de doses de medicações; Peso corrigido = utilizado para pacientes com amputações; Fórmula: Peso prévio à amputação / (100% - % amputação) x 100 Peso seco = peso descontado de ascite e edema periférico; * Ascite = barriga d’água! Tabelas de classificação do edema e a estimativa da correção de peso ascite: * Edema periférico = inchaço Tabelas de classificação do edema e a estimativa da correção de peso edema: IMC Índice de Massa Corporal (IMC): - Amplamente utilizado como indicador do estado nutricional; Fórmula: IMC = Peso atual (kg)/Altura² (m) - Não distingue massa gorda e massa magra: ➔ Paciente musculoso pode ser classificado com “excesso de peso”; - Atenção ao biotipo do paciente! ➔ Magro e Longilíneo - IMC < 18,5 kg/m2 não necessariamente é indicativo de desnutrição; Circunferência da Cintura É usada para o diagnóstico de Obesidade Abdominal (= Obesidade Visceral ou Central); Reflete o conteúdo de gordura visceral, ou seja, aquela aderida aos órgãos internos, como intestinos e fígado; - Gordura visceral está associada à Síndrome Metabólica e às Doenças Cardiovasculares; Semiotécnica: Fita métrica inextensível posicionada no ponto entre a última costela e a crista ilíaca, sem fazer pressão, em plano horizontal; ● Interpretação: CC aumentada = Obesidade Abdominal = Maior risco cardiovascular; Circunferência Abdominal ● Não confundir com Circunferência da Cintura! Mensurada ao nível da maior extensão abdominal; ➔ Não possui pontos de corte de classificação, não podendo portanto, ser utilizada para diagnóstico de obesidade abdominal; No entanto, pode ser utilizada para acompanhamento de redução de medidas em um mesmo paciente; Glicemia Capilar Tomada rápida de decisões. Identificação de hipo e hiperglicemias. Compreensão sobre os efeitos do alimento, da insulina e do exercício físico sobre o comportamento glicêmico do paciente. Equipamentos necessários: luva de procedimento, algodão, álcool a 70%, lanceta e fitas, e aparelho de verificação. Técnica correta: 1. Lavar as mãos com água e sabão ou limpeza do local com álcool 70% (esperar secar bem) 2. Escolher a polpa digital, perfurar a face lateral (evita dores, < nervos) 3. Apertar levemente e colocar uma gota de sangue sob a tira/fita 4. Aguardar o resultado e pressionar o local com o álcool Erros frequentes: Exame Físico Geral - SP3 O exame físico é dividido em duas etapas: Primeira Etapa: - Exame Físico Geral, Somatoscopia, Ectoscopia: Obtidos dados gerais, que possibilitam uma visão do paciente como um todo. Segunda Etapa: - Exame dos diferentes sistemas ou segmentos corporais; Metodologia própria. Somatoscopia ou Ectoscopia: Avaliação global do paciente, deve ser iniciada ao primeiro contato com o paciente. - Objetiva obtenção de dados gerais, independentes da queixa do paciente. EXAME FÍSICO GERAL – ROTEIRO: ● Estado Geral (BEG, REG, MEG) ● Estado de Hidratação (Hidratado, Desidratado) ● Mucosas (Normocoradas, Hipocoradas, Hipercoradas) ● Respiração (Eupneico, Dispneico) ● Nível de Consciência ● Marcha ● Atitude (Ativa, Passiva) ● Fala e Linguagem ● Antropometria (Peso, Altura, IMC, CC) ● Estado Nutricional (Nutrido, Desnutrido) ● Edema Estado Geral – avaliação subjetiva do que aparenta o paciente em sua totalidade. Bom Estado Geral (BEG): Mantém o aspecto físico, intelectual e emocional compatível com a condição social e idade, mesmo na presença de doença; Regular Estado Geral (REG): Manifesta sinais da doença, mas não se encontra prostrado (fraqueza/pra baixo) ou com alteração nutricional ou de consciência; Mau Estado Geral (MEG): Manifesta sinais inequívocos da doença, como perda de peso, desidratação, alteração do nível de consciência; Estado de Hidratação – olha-se diversos parâmetros para verificar se o paciente está hidratado ou desidratado - Sede; - Alterações abruptas do peso; - Alterações da pele quanto à umidade e elasticidade/turgor; - Alteração das mucosas quanto à umidade; - Alterações oculares; - Alterações do estado geral; - Alterações do psiquismo; → Desidratado tem apatia, agitação, irritabilidade, coma. - Alterações no volume urinário; → Desidratado tem redução de volume urinário = oligúria - Alterações nas fontanelas (no caso de crianças); - Alterações na frequência de pulso e pressão arterial; ○ Alterações oculares → o olho fica fundo = enoftalmia ○ Quando uma criança está desidratada a fontanela – “moleira” – afunda ● Observar umidificação das mucosas → Oral e Ocular! Oral (labiobucal, lingual e gengival) - Ocular (conjuntivais) Mucosas normais: úmidas Mucosas secas: sem brilho, pardacentas, ressecadas Formação de pregas já que a pele está seca, ou seja, com turgor diminuído! ⚠ Mucosas (em relação a coloração) = normocorada é róseo-avermelhada; hipocorada é uma palidez de mucosas e significa anemia → avaliada com “+/IV”; hipercorada acentuou-se a coloração ficando vermelho-arroxeado.⤵ (Conjuntivite, Gengivite, Glossite) ● Observar umidificação das mucosas → Oral e Ocular! Oral (labiobucal, lingual e gengival) - Ocular (conjuntivais) Inspeção com boa iluminação – luz natural e complementação com o uso de pequena lanterna; Manobras de exposição das mucosas à visão do examinador: eversão da pálpebra, abertura da boca, exposição da língua; ● Avaliação quantitativa de mucosa hipocorada → escala de uma a quatro cruzes: +/IV = leve diminuição da coloração rósea normal; rica rede vascular ↲ ++/IV e +++/IV = situações intermediárias; ++++/IV = desaparecimento da coloração rósea – brancas como uma folha de papel; ⤤Mucosas Hipercoradas Hipocoradas⤣ - Aumento hemácias no sangue - Poliglobulia/Policitemia; ○ Cianose = coloração azulada das mucosas, significa o comprometimento da oxigenação ○ Icterícia = coloração amarelada das mucosas, impregnação de pigmento bilirrubínico → problema no fígado ■ Quadro leve - mucosa conjuntival/ esclera ocular e não deixar de olhar o frênulo da língua ■ Importante lembrar que pacientes negros têm uma coloração mais amarelada nos olhos, normalmente, não confundir com icterícia! ● MUC = mucosa úmida e corada (juntando os dois últimos tópicos) Respiração – eupneico e dispneico (dispneia = falta de ar); visto visivelmente na fala do paciente, respiração, etc. Estado de Consciência (= perfeito conhecimento de si mesmo e do ambiente externo) ⚬ Consciente, alerta ou vigil são sinônimos É resultante da atividade de diversas áreas cerebrais, coordenadas pelo sistema ativador reticular ascendente. ○ NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA: Alerta → sonolência → obnubilação/ letargia → torpor/estupor → coma (estado comatoso) ● Alerta = acordado e com respostas adequadas ● Sonolência = sonolento, mas facilmente despertável, acorda ao ser chamado ou ao toque leve ● Obnubilação = sonolência mais profunda, não é facilmente despertável, acorda ao ser chamado em voz alta ou táteis moderados, toques vigorosos ● Torpor = sonolência profunda, não é mesmo despertável, movimento circular no esterno para acordar ou pinçar a pele, pois responderá somente a estímulos dolorosos ● Coma = sem despertar,mesmo com todos os estímulos, não abre os olhos, não emite sons, existe a ausência de movimentos espontâneos → a pessoa não tem conexão com o meio externo Escala de coma de Glasgow – ECG Análise de três parâmetros: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora, obtidos por vários estímulos, desde atividade espontânea e estímulos verbais até estímulos dolorosos 3-8 Pontos = Grave (intubação) 9-12 Pontos = Moderado 13-15 Pontos = Leve Por exemplo: ECG = 3 (AO1 RV1 RM1); Outro exemplo: Abertura ocular = 2 Resposta verbal = 2 Resposta motora = 4 → ECG = 8 Marcha – modo de andar do paciente - É de grande utilidade diagnóstica, principalmente em doenças neurológicas Deve ser analisada solicitando-se ao paciente que caminhe uma distância acima de 5 metros, descalço, com olhos abertos e fechados, indo e voltando sob a observação do examinador; ○ Marcha Ceifante ou Hemiplégica = membro fica espático, paciente não consegue esticar → acidente vascular encefálico https://www.youtube.com/watch?v=EvFQHTucCz0 ○ Marcha Ceifante Bilateral ou em tesoura = mesmo movimento, mas agora dos dois lados → paralisia cerebral https://www.youtube.com/watch?v=rb3t1DjsMEE ○ Marcha Anserina = marcha que lembra caminhar de “pato” → miopatia (↓ força dos músculos da pelve e coxa, doenças musculares) https://www.youtube.com/watch?v=Qn7QmrbepGo ○ Marcha Parkinsoriana = semi flexão da perna e braço, anda enrijecido de passinhos curtinhos, parece que vai cair para frente → doença de Parkinson https://www.youtube.com/watch?v=Pv5VwI5GGMw https://www.youtube.com/watch?v=EvFQHTucCz0 https://www.youtube.com/watch?v=rb3t1DjsMEE https://www.youtube.com/watch?v=Qn7QmrbepGo https://www.youtube.com/watch?v=Pv5VwI5GGMw ○ Marcha Cerebelar ou Atáxica ou Marcha do Ébrio = paciente anda como se fosse uma pessoa bêbada em zigue-zague → doença no cerebelo https://www.youtube.com/watch?v=1C3hvOyPB9A ○ Marcha Tabética = paciente perde a própria percepção, faz movimentos abruptos, batem forte no chão e olham fixamente para o chão para garantir que estão pisando → Neurossífilis (sífilis da medula) - Tabes Dorsalis https://www.youtube.com/watch?v=K-4j8rDo8qI ○ Marcha Escarvante = paralisia do movimento de flexão dorsal do pé - “pé caído”, paciente puxa mais a perna para cima → Neuropatia/Radiculopatia (hérnia de disco em especial) https://www.youtube.com/watch?v=-Dusn7cSh0U ○ Marcha Claudicante = claudicar significa mancar, “manca” para um dos lados → Insuficiência arterial periférica e lesões do aparelho locomotor https://www.youtube.com/watch?v=cmSmrayu0S4 Exame Físico Geral - SP4 Fala e Linguagem Examinador deve prestar atenção na fala Fala depende de mecanismos bastante complexos que compreendem: - Órgão fonador (laringe); - Músculos da fonação; - Elaboração cerebral. Alterações da fala: 1. Disfonia/Afonia 2. Dislalia 3. Disartria 4. Disfasia/Afasia 1) Disfonia/Afonia ⇒ Alteração no timbre da voz; voz rouca, fanhosa ou bitonal. Órgão fonador = Laringe ■ Disfonia = rouquidão. ■ Afonia = perda da voz. 2) Dislalia ⇒ Alterações menores na fala, como a troca de letras, comum em crianças. Ex.: Cebolinha da Turma da Mônica ■ Disritmolalia – distúrbios do ritmo da fala: gagueira e taquilalia (aumento na velocidade da fala) 3) Disartria ⇒ Incapacidade de adequada articulação das palavras. Alteração nos músculos da fonação ou alteração no SNC. ■ Acidente Vascular Encefálico; ■ Doença de Parkinson; https://www.youtube.com/watch?v=N5ifCxRRKB4 https://www.youtube.com/watch?v=1C3hvOyPB9A https://www.youtube.com/watch?v=K-4j8rDo8qI https://www.youtube.com/watch?v=-Dusn7cSh0U https://www.youtube.com/watch?v=cmSmrayu0S4 4) Disfasia/Afasia ⇒ Alteração na elaboração cortical da fala; Completa normalidade da laringe e músculos da fonação. Diversos graus – alterações mínimas a perda total da fala. Ex.: Acidente Vascular Encefálico ■ Afasia Motora ou Afasia de Expressão (não consegue se comunicar, não consegue se expressar, não formam palavras, mas obedece a comandos) ■ Afasia Sensorial ou Afasia de Compreensão (não compreende o que é dito e nem os comandos, consegue formular frases mas não fala “nada com nada”) https://www.youtube.com/watch?v=R7lsIHjQBKo https://www.youtube.com/watch?v=njtEzRdnZ8k https://www.youtube.com/watch?v=houbwrZY_yg ➢ Outros problemas de linguagem: ○ Disgrafia: perda da capacidade de escrever; ○ Dislexia: perda da capacidade de ler; Atitude e Decúbito Preferido Atitude é a posição adotada pelo paciente, por comodidade, hábito ou com o objetivo de conseguir alívio para algum sintoma; - Atitude Indiferente/Inespecífica é quando isso não é observado Atitudes VOLUNTÁRIAS - paciente pretende realizar 1. Atitude Ortopneica 2. Atitude Genupeitoral/Prece Maometana 3. Atitude de Cócoras/Squatting 4. Atitude Parkinsoniana 5. Atitude em Decúbito; 1- Posição para alívio da dispnéia (falta de ar); Paciente permanece sentado à beira do leito com os pés no chão ou em uma banqueta e as mãos apoiadas no colchão, objetivando melhorar a respiração. ● Insuficiência cardíaca e asma 2- Paciente posiciona-se de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto o tórax põe-se em contato com o colchão/solo, o rosto descansa sobre as mãos, que também ficam apoiadas no solo/colchão. Facilita o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico 3- Proporciona alívio da hipoxemia generalizada (decorrente da diminuição do retorno venoso para o coração). Crianças com cardiopatia congênita cianótica. 4- Paciente em pé apresenta-se com semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores. Doença de Parkinson. 5- Decúbito significa “posição de quem está deitado”. Indica como o paciente conscientemente prefere ficar no leito, seja por hábito ou para obter alívio de algum sintoma Decúbito lateral ● quando há dor de origem pleurítica ● reduz a movimentação dos folhetos pleurais do lado sobre o qual repousa (se deita sobre o lado da dor) Decúbito dorsal ● Pernas fletidas sobre a coxa e coxas fletidas sobre a bacia; barriga para cima ● Processos inflamatórios pélvicos e peritoneais Decúbito ventral ● Paciente deita-se de bruços ● Por vezes com travesseiro embaixo do abdômen ● Cólica intestinal Atitudes INVOLUNTÁRIAS - paciente realiza “sem pensar” → São resultantes de estímulos cerebrais 1. Atitude Passiva 2. Ortótono 3. Opistótono 4. Emprostótono 5. Pleurostótono 6. Torcicolo 7. Mão pêndula da paralisia radial 1- Quando o paciente fica na posição em que é colocado no leito, sem que haja contratura muscular; Paciente inconscientes ou comatosos. 2- Orthos = Reto e Tonus = Tensão. Todo o corpo e os membros estão rígidos, sem se curvarem para diante, para trás ou para um dos lados. 3- Opisthen = Para trás e Tonus = Tensão Contratura da musculatura lombar, o corpo passa a se apoiar na cabeça e nos calcanhares, formando um arco. 4- Emprosthen = para diante e Tonus = Tensão Ao contrário do opistótono, o corpo do paciente forma uma concavidade voltada para diante. Tipo feto. - Tétano, meningite e raiva 5- Pleurothen = De lado e Tonus = Tensão Corpo se curva lateralmente. - Tétano, meningite e raiva 6- Torcicolo = reação involuntária relacionada ao pescoço do paciente. ↱ congênito – nasce assim 7- Mão pêndula da paralisia radial = reação involuntária relacionada às mãos. ↱ mão solta Edema – inchaço. É o excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células. Pode ocorrer em qualquer sítio do organismo: - Valor semiológico Infiltração de líquido no espaço intersticial dos tecidos que constituem a pele e o tecido celular subcutâneo; Parâmetros a serem analisados: ● Localização, ● Distribuição, ● Intensidade, ● Consistência, ● Temperatura e ● Sensibilidade. Digitopressão: uma procura de edema. Com a polpa digital do polegar ou do indicador, faz-se uma pressão firme e sustentada, de encontro a uma estrutura rígida subjacente à área em exame, seja a tíbia, o sacro ou os ossos da face. ■ Se houver presença de edema, ao retirar o dedo do local da compressão, vê-se umadepressão, chamada de fóvea. ○ Localização e Distribuição⇒ localizado (só 1 parte) ou generalizado - anasarca ○ Intensidade ⇒ determinada pela profundidade da fóvea/depressão - Escala de graduação em cruzes de + à ++++ ○ Consistência ⇒ edema mole (facilmente depressivo - duração não tão longa) ou edema duro (maior resistência para obter a formação da fóvea - longa duração; proliferação de fibroblastos). ○ Temperatura ⇒ temperatura normal significa ausência de significado clínico especial; ■ edema inflamatório (pele quente, podendo ficar vermelha e sensível) ○ Sensibilidade⇒ DOLOROSO ■ comprometimento da irrigação sanguínea (pele fria, circulação não flui) ○ Sensibilidade⇒ INDOLOR - Usa-se o dorso dos dedos ou dorso das mãos, comparando-se com a pele da região próxima e da região homóloga. ■ Causas de edema: síndrome nefrótica, insuficiência cardíaca, cirrose hepática, desnutrição proteica, gravidez, obesidade, edema pré-menstrual, entre outros. Técnicas Básicas do Exame Físico - SP5 4 habilidades básicas/necessárias ao exame físico: 1. inspeção 2. palpação 3. percussão 4. ausculta Para obter os dados é preciso utilizar os sentidos: visão, tato, audição e olfato. ● Realizado com seriedade, atenção e gentileza – calmo, organizado e competente ● Pode-se continuar a fazer indagações ao paciente ○ Relacionadas com os dados obtidos naquele momento + novas perguntas ● Quando necessário participação ativa, linguagem acessível ○ Lavagem das mãos sempre antes e depois de atender o paciente ● Luvas são obrigatórias quando o paciente apresentar lesões cutâneas ou ao exame da cavidade bucal ➢ Inspeção – explorada através do sentido da visão. ○ Inspeção geral = começa já no primeiro contato com o paciente ○ Inspeção direcionada = olho nu ou mão armada (união com algum aparelho que ajude a melhorar a visão do local) ■ Panorâmica: inspeção com visão do corpo inteiro ■ Localizada: inspeção de segmentos corporais ● Boa iluminação: luz natural ou artificial (luz branca e intensidade suficiente); ● Usar lanterna, foco luminoso, para cavidades ○ Ambientes de penumbra são inadequados para alterações leves da coloração da pele e das mucosas → Icterícia e Cianose. ● Exposição adequada - Realizada por partes, desnudando-se somente a região a ser examinada, sempre respeitando o pudor do paciente. ➔ Inspeção frontal: olhando frente a frente a região a ser examinada; ➔ Inspeção tangencial: olhando a região tangencialmente (de lado); ◆ Ideal na pesquisa de movimentos menores na superfície corporal (pulsações, depressões e abaulamentos). ● A posição do examinador e do paciente depende das condições clínicas do paciente e do segmento corporal a ser inspecionado. Mas, de modo geral, o paciente fica sentado ou deitado, já o examinador mantém-se de pé, no lado direito, movimentando-se de um lado para o outro, conforme necessidade. DICAS PARA INSPEÇÃO: ➔ Mantenha a sala de exame com temperatura agradável; ➔ Mantenha a privacidade. Evite interrupções; ➔ Preste atenção às expressões faciais do paciente; ➔ Sempre utilize um avental ou lençol para cobrir o paciente; ➔ Mantenha o paciente informado de cada etapa durante o exame físico; ➢ Palpação – por meio de tato e pressão ○ Tato: impressões sobre regiões superficiais ○ Pressão: informações sobre regiões profundas ■ Pela palpação percebe-se modificações de temperatura, consistência, elasticidade, etc. ○ TÉCNICAS: ■ Palpação com a mão espalmada, em que usa-se uma ou as duas mãos ■ Palpação com uma das mãos superpondo-se à outra ■ Palpação com a mão espalmada, em que se usam apenas as polpas digitais e a parte palmar dos dedos ■ Palpação usando- se o polegar e o indicador - “pinça” ■ Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos: específico para avaliação da temperatura ■ Digitopressão – realizada com a polpa do polegar ou do indicador: pesquisa de dor e edema. ■ Puntipressão – compressão de um ponto do corpo com um objeto pontiagudo – avaliação de sensibilidade dolorosa; ■ Fricção com algodão – avaliação de sensibilidade cutânea; ■ Vitropressão – compressão de uma lâmina de vidro contra a pele, analisando-se a área através da própria lâmina ● Eritema x Púrpura ★ Eritema: mancha vermelha consequente à vasodilatação; desaparece à vitropressão. ★ Púrpura: mancha vermelha consequente ao extravasamento de hemácias na derme; não desaparece pela vitropressão. DICAS PARA A PALPAÇÃO: ➔ Unhas curtas e bem cuidadas! ◆ Aquecer as mãos. ➔ Regiões dolorosas preferencialmente palpadas por último; ➔ Palpação do abdome ⇒ decúbito dorsal, membros inferiores estendidos, membros superiores ao lado do corpo ou cruzados à frente do tórax, para evitar tensão da musculatura abdominal. ➢ Percussão – golpear um ponto qualquer do corpo, originando vibrações que têm características próprias quanto à intensidade e ao timbre, dependendo da estrutura anatômica percutida. ○ Percussão direta: A ponta dos dedos golpeia diretamente a região que se deseja avaliar. É utilizada na percussão dos seios da região da face. ○ Percussão digitodigital: usa-se o dedo para golpear o outro. Golpeia com a borda ungueal do dedo médio ou indicador da mão direita a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou indicador da mão esquerda ■ Dedo médio ou indicador da mão esquerda é o único a tocar a região que está sendo examinada - demais dedos e a palma da mão ficam suspensos rentes à superfície – do contrário as vibrações são amortecidas e o som é abafado. - Movimentação apenas do punho; - Aconselhável: dois golpes seguidos, secos e rápidos; Facilitando a aquisição do ritmo; - Órgãos simétricos: - Percussão comparativa de um e de outro lado; ○ Punho-percussão: com a mão fechada, ou aberta, golpeia-se com a borda ulnar a região em estudo - manobra desperta sensação dolorosa; ○ Percussão com a borda da mão: os dedos estendidos e unidos, golpeia-se com a borda ulnar a região em estudo - desperta sensação dolorosa. ■ Ambas utilizadas exame físico do rim – Pielonefrite/Cálculo ○ Percussão por piparote: pequenos petelecos procurando pela ascite – “barriga d’água” - Com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a outra, espalmada na região contralateral, procura captar ondas líquidas chocando- se contra a parede abdominal; Sons obtidos à Percussão ■ Som maciço/submaciço = ausência de ar – órgãos sólidos (fígado e baço). Parece um tampo de uma mesa ou bloco de madeira; ■ Som pulmonar/claro pulmonar = presença de ar – tórax, pulmão normal. Parece um livro grosso. ou caixa com pedaços de isopor; ■ Som timpânico = presença de ar recoberto por membrana – abdome ou intestino. Parece uma caixa vazia ou pequeno tambor. ➢ Ausculta – consiste em ouvir os sons produzidos pelo corpo. Usa-se um estetoscópio para avaliar ruídos. – Olivas auriculares: inclinação no sentido frontal (inclinação natural do canal auditivo, bloqueio ruídos do ambiente). Ambiente deve estar silencioso Receptores: 1) Diafragma: mais frequentemente utilizado; ideal para ruídos de alta frequência (ruídos respiratórios, intestinais, bulhas cardíacas, sopros); 2) Campânula: ideal para sons suaves de baixa frequência (sopros, bulhas cardíacas anormais e acessórias); ○ Ausculta cardíaca – paciente em decúbito dorsal (deitado) ○ Ausculta respiratória – paciente sentado ○ Ausculta do abdome – paciente deitado DICAS PARA AUSCULTA: ➔ Diafragma firmemente posicionado contra a pele; ➔ Não se deve auscultar sobre as roupas do paciente. Pode-se colocar o estetoscópio sob a roupa, cuidado com o tecido; ➔ Ouvir um som por vez. ➢ Olfato entra como recurso diagnóstico ● Eliminação de odores em decorrência da secreção de substâncias ◆ Bebida alcóolica: hálito etílico ◆ Cetoacidose diabética: hálito cetônico ◆ Halitose: odor ruim por várias causas
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