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15.1Controle e informações gerenciais 
15.1.1Sistema de informações gerenciais 
No mundo globalizado, sem um sistema de informações gerenciais ágil que 
produza informações confiáveis, uma empresa perde competitividade. 
Sistema de informações gerenciais pode ser entendido como um conjunto 
de subsistemas de informações que processam dados e informações para 
fornecer subsídios ao processo de gestão de uma empresa. 
Dados são elementos potencialmente úteis em sua forma bruta, mas não 
têm valor imediato por si sós, pois não transmitem ideia clara de 
determinado fato ou situação. 
Informações são o resultado de dado ou conjunto de dados adequadamente 
processados para que o usuário final as compreenda e possa tomar decisões 
com base nelas. 
EXEMPLO. A quantidade de produção do mês de abril é um dado. Esse 
dado, analisado e comparado com a quantidade de produção do mês de 
março (outro dado), produz a informação de que houve aumento ou 
redução da quantidade de produção. 
A agilidade e a confiabilidade do sistema de informações gerenciais estão 
intimamente relacionadas com o nível de informatização da empresa, 
embora esse não seja o requisito indispensável. 
Os sistemas eletrônicos de controle mais antigos são projetados para 
registrar transações. A integração entre os diversos sistemas eletrônicos dá-
se por meio de interface, que é a conversão de dados de um sistema para 
ser utilizado em outro sistema. 
Os sistemas eletrônicos integrados, de concepção mais moderna, são 
projetados para suportar as transações e seus efeitos. São modulados por 
processos de negócios, estruturados de acordo com as mais modernas 
práticas empresariais e inseridos no processo de gestão de negócios. Enfim, 
os sistemas de controle integrados são projetados para administrar o 
negócio. 
A Figura 15.1 mostra a diferença existente entre os dois conceitos de 
sistemas. Enquanto nos sistemas mais antigos os dados são transferidos de 
um sistema para outro por meio de interface, nos sistemas integrados os 
dados são utilizados simultaneamente pelos vários sistemas (módulos). 
As principais vantagens de um sistema integrado são a racionalização de 
processos e a agilização de informações, pois os diversos módulos (Contas 
a pagar, Tesouraria, Contabilidade etc.) utilizam a mesma base de dados, 
evitando, assim, retrabalhos e reconciliação de valores. 
Figura 15.1 Fluxo de dados entre os sistemas de controle. 
15.1.2Funções de controladoria 
A Controladoria é uma atividade relativamente nova no Brasil. Portanto, o 
papel do controller, que é o executivo responsável pela área de 
controladoria, ainda não está claramente definido em algumas empresas. 
A principal função do controller é dar suporte à gestão dos negócios da 
empresa, para que esta atinja seus objetivos, por meio de informações 
gerenciais geradas em tempo hábil para tomada de decisões, a um custo 
razoável. 
FUNÇÃO TRADICIONAL DO CONTROLLER 
Tradicionalmente, o controller tem a função de observação e controle da 
alta administração. Segundo J. B. Heckert e J. D. Wilson (TUNG, 1993, p. 
334): 
Ao controller não compete o comando do navio, tarefa que cabe ao 
principal executivo; o controller representa na empresa o navegador que 
cuida dos mapas da navegação. Sua função é manter informado o 
comandante quanto à distância percorrida pela embarcação, ao local em 
que se encontra, à sua velocidade, à resistência que encontra, aos desvios 
da rota, aos recifes perigosos e aos caminhos traçados nos mapas, para que 
todos cheguem ao destino final […]. 
Pela visão tradicional, o controller tem uma atitude passiva, pois consegue 
visualizar os diversos riscos da operação, mas sua função é somente a de 
mencioná-los aos tomadores de decisões. 
MODERNA VISÃO DA FUNÇÃO DO CONTROLLER 
Pela visão moderna, o controller tem uma atitude mais ativa em relação à 
visão tradicional, pois ele pode influenciar os resultados da empresa. 
O controller moderno, além de exercer suas funções tradicionais, está mais 
envolvido em atividades estratégicas, procurando visualizar o futuro e 
identificando novas oportunidades de negócios. Além disso, ele passou a 
apoiar as atividades comerciais e industriais das empresas a partir de uma 
visão global e abrangente do negócio (aspectos financeiro, tributário, 
contábil e operacional). 15.1.3Orçamento empresarial 
As decisões financeiras devem ser tomadas com base em informações 
geradas por sistema de informações contábeis e financeiras adequadamente 
estruturado. Um dos instrumentos mais importantes utilizados em tomadas 
de decisões financeiras é o orçamento empresarial, que é representado pelo 
orçamento geral, que, por sua vez, é composto pelos orçamentos 
específicos. 
ORÇAMENTO GERAL 
Orçamento geral, segundo Moreira (1989, p. 15), é: 
um conjunto de planos e políticas que, formalmente estabelecidos e 
expressos em resultados financeiros, permite à administração conhecer, a 
priori, os resultados operacionais da empresa e, em seguida, executar os 
acompanhamentos necessários para que esses resultados sejam alcançados 
e os possíveis desvios sejam analisados, avaliados e corrigidos. 
O orçamento geral retrata a estratégia da empresa e evidencia, por meio de 
um conjunto integrado por orçamentos específicos, subdivididos em 
quadros auxiliares, onde estão refletidas quantitativamente as ações e 
políticas da empresa, relativas a determinados períodos futuros. 
O planejamento estratégico (que é voltado para longo prazo) pode ser 
traduzido em quantidades e valores, de forma resumida, apresentando-os 
em quadros elaborados durante a fase de formulação da estratégia, 
facilitando, dessa forma, a compreensão e a análise dos planos. 
ORÇAMENTOS ESPECÍFICOS 
O orçamento geral de uma empresa industrial é formado basicamente pelos 
seguintes orçamentos específicos: 
a)orçamento de vendas; 
b)orçamento de produção; 
c)orçamento de matérias-primas; 
d)orçamento de mão de obra direta; 
e)orçamento de custos indiretos de fabricação; 
f)orçamento de custo de produção; 
g)orçamento de despesas gerais, administrativas e de vendas; 
h)orçamento de investimentos; 
i)orçamento de aplicações financeiras e financiamentos; 
j)orçamento de caixa; 
k)orçamento de resultado. 
Em algumas empresas, o orçamento de vendas é precedido do orçamento 
de contratação. É o caso de empresas que executam projetos de médio e 
longo prazos, tais como as de construção civil e de fabricação e instalação 
de equipamentos de telecomunicações. 
15.2Planejamento de resultados 
15.2.1Conceitos de planejamento 
O planejamento consiste em estabelecer com antecedência as ações a serem 
executadas dentro de cenários e condições preestabelecidos, estimando os 
recursos a serem utilizados e atribuindo as responsabilidades, para atingir 
os objetivos fixados. 
Os objetivos fixados poderão ser atingidos somente com um sistema de 
planejamento adequadamente estruturado. 
15.2.2Princípios de planejamento 
Os princípios de planejamento podem ser classificados em gerais e 
específicos. 
Os princípios gerais de planejamento são os seguintes (OLIVEIRA, 1995, 
p. 35-36): 
a)princípio da contribuição aos objetivos: deve-se viabilizar a realização 
dos objetivos máximos da empresa pela hierarquização dos objetivos 
estabelecidos, considerando-se a interligação entre eles; 
b)princípio da precedência: corresponde a uma função administrativa que 
vem antes das outras (organização, direção e controle); 
c)princípio da maior penetração e abrangência: o planejamento pode 
provocar uma série de modificações nas características e atividades da 
empresa; 
d)princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade: o planejamento deve 
maximizar os resultados e minimizar as deficiências. 
Os princípios específicos de planejamento são os seguintes (OLIVEIRA, 
1995, p. 37): 
a)planejamento participativo: o papel do responsável pelo planejamento é o 
de facilitar o processo de sua elaboração pelas próprias áreas envolvidas 
nesse processo; 
b)planejamentocoordenado: deve ser levado em consideração que a 
maioria dos aspectos envolvidos no planejamento é interdependente; 
c)planejamento integrado: geralmente, os objetivos são escolhidos pelos 
escalões superiores e os meios para atingi-los são fornecidos pelos escalões 
médios e inferiores da organização; 
d)planejamento permanente: os planos devem ser revisados 
permanentemente. 
15.2.3Filosofias do planejamento 
A maioria dos processos de planejamento envolve uma mistura dos três 
tipos de filosofias a seguir descritas, embora possa haver predominância de 
um deles (OLIVEIRA, 1995, p. 39-41): 
a)filosofia da satisfação: os objetivos devem ser atingíveis, para 
proporcionar um nível mínimo de satisfação aos responsáveis pela 
execução do planejamento; 
b)filosofia da otimização: com a utilização de técnicas matemáticas e 
estatísticas e de modelos de simulação, o planejamento deve ser feito para 
atingir o melhor resultado possível; 
c)filosofia da adaptação: conhecida também como planejamento inovativo, 
consiste em responder adequadamente às mudanças externas, pois o 
planejamento trabalha com diferentes níveis de incerteza. 
15.2.4Níveis de planejamento 
O planejamento pode ser classificado em três níveis: estratégico, tático e 
operacional. 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
O planejamento estratégico é um planejamento de longo prazo, de 
responsabilidade dos níveis mais altos da Administração, que procuram se 
antecipar a fatores exógenos e internos à empresa, geralmente relacionados 
com as linhas de produtos ou mercados. Implica tomadas de decisões 
complexas, pois envolve grande volume de recursos. As decisões 
estratégicas tomadas são de difícil reversibilidade e geralmente apresentam 
nível de risco expressivo. Exemplos: compra de uma fábrica, lançamento 
de novas linhas de produtos etc. 15.1.3Orçamento empresarial 
As decisões financeiras devem ser tomadas com base em informações 
geradas por sistema de informações contábeis e financeiras adequadamente 
estruturado. Um dos instrumentos mais importantes utilizados em tomadas 
de decisões financeiras é o orçamento empresarial, que é representado pelo 
orçamento geral, que, por sua vez, é composto pelos orçamentos 
específicos. 
ORÇAMENTO GERAL 
Orçamento geral, segundo Moreira (1989, p. 15), é: 
um conjunto de planos e políticas que, formalmente estabelecidos e 
expressos em resultados financeiros, permite à administração conhecer, a 
priori, os resultados operacionais da empresa e, em seguida, executar os 
acompanhamentos necessários para que esses resultados sejam alcançados 
e os possíveis desvios sejam analisados, avaliados e corrigidos. 
O orçamento geral retrata a estratégia da empresa e evidencia, por meio de 
um conjunto integrado por orçamentos específicos, subdivididos em 
quadros auxiliares, onde estão refletidas quantitativamente as ações e 
políticas da empresa, relativas a determinados períodos futuros. 
O planejamento estratégico (que é voltado para longo prazo) pode ser 
traduzido em quantidades e valores, de forma resumida, apresentando-os 
em quadros elaborados durante a fase de formulação da estratégia, 
facilitando, dessa forma, a compreensão e a análise dos planos. 
ORÇAMENTOS ESPECÍFICOS 
O orçamento geral de uma empresa industrial é formado basicamente pelos 
seguintes orçamentos específicos: 
a)orçamento de vendas; 
b)orçamento de produção; 
c)orçamento de matérias-primas; 
d)orçamento de mão de obra direta; 
e)orçamento de custos indiretos de fabricação; 
f)orçamento de custo de produção; 
g)orçamento de despesas gerais, administrativas e de vendas; 
h)orçamento de investimentos; 
i)orçamento de aplicações financeiras e financiamentos; 
j)orçamento de caixa; 
k)orçamento de resultado. 
Em algumas empresas, o orçamento de vendas é precedido do orçamento 
de contratação. É o caso de empresas que executam projetos de médio e 
longo prazos, tais como as de construção civil e de fabricação e instalação 
de equipamentos de telecomunicações. 
15.2Planejamento de resultados 
15.2.1Conceitos de planejamento 
O planejamento consiste em estabelecer com antecedência as ações a serem 
executadas dentro de cenários e condições preestabelecidos, estimando os 
recursos a serem utilizados e atribuindo as responsabilidades, para atingir 
os objetivos fixados. 
Os objetivos fixados poderão ser atingidos somente com um sistema de 
planejamento adequadamente estruturado. 
15.2.2Princípios de planejamento 
Os princípios de planejamento podem ser classificados em gerais e 
específicos. 
Os princípios gerais de planejamento são os seguintes (OLIVEIRA, 1995, 
p. 35-36): 
a)princípio da contribuição aos objetivos: deve-se viabilizar a realização 
dos objetivos máximos da empresa pela hierarquização dos objetivos 
estabelecidos, considerando-se a interligação entre eles; 
b)princípio da precedência: corresponde a uma função administrativa que 
vem antes das outras (organização, direção e controle); 
c)princípio da maior penetração e abrangência: o planejamento pode 
provocar uma série de modificações nas características e atividades da 
empresa; 
d)princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade: o planejamento deve 
maximizar os resultados e minimizar as deficiências. 
Os princípios específicos de planejamento são os seguintes (OLIVEIRA, 
1995, p. 37): 
a)planejamento participativo: o papel do responsável pelo planejamento é o 
de facilitar o processo de sua elaboração pelas próprias áreas envolvidas 
nesse processo; 
b)planejamento coordenado: deve ser levado em consideração que a 
maioria dos aspectos envolvidos no planejamento é interdependente; 
c)planejamento integrado: geralmente, os objetivos são escolhidos pelos 
escalões superiores e os meios para atingi-los são fornecidos pelos escalões 
médios e inferiores da organização; 
d)planejamento permanente: os planos devem ser revisados 
permanentemente. 
15.2.3Filosofias do planejamento 
A maioria dos processos de planejamento envolve uma mistura dos três 
tipos de filosofias a seguir descritas, embora possa haver predominância de 
um deles (OLIVEIRA, 1995, p. 39-41): 
a)filosofia da satisfação: os objetivos devem ser atingíveis, para 
proporcionar um nível mínimo de satisfação aos responsáveis pela 
execução do planejamento; 
b)filosofia da otimização: com a utilização de técnicas matemáticas e 
estatísticas e de modelos de simulação, o planejamento deve ser feito para 
atingir o melhor resultado possível; 
c)filosofia da adaptação: conhecida também como planejamento inovativo, 
consiste em responder adequadamente às mudanças externas, pois o 
planejamento trabalha com diferentes níveis de incerteza. 
15.2.4Níveis de planejamento 
O planejamento pode ser classificado em três níveis: estratégico, tático e 
operacional. 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
O planejamento estratégico é um planejamento de longo prazo, de 
responsabilidade dos níveis mais altos da Administração, que procuram se 
antecipar a fatores exógenos e internos à empresa, geralmente relacionados 
com as linhas de produtos ou mercados. Implica tomadas de decisões 
complexas, pois envolve grande volume de recursos. As decisões 
estratégicas tomadas são de difícil reversibilidade e geralmente apresentam 
nível de risco expressivo. Exemplos: compra de uma fábrica, lançamento de novas 
linhas de produtos etc. 16.1Planejamento orçamentárioProjeção da Demonstração do Fluxo de 
Caixa 
A projeção da Demonstração do Fluxo de Caixa é conhecida também como Orçamento de 
Caixa ou Orçamento de Disponibilidades. 
 
Dentro do processo de planejamento econômico e financeiro, o Orçamento de Caixa é 
elaborado depois de todos os outros orçamentos específicos, que formam o conjunto do 
Orçamento Geral. 
 
Há uma integração muito profunda, indissociável, entre a Demonstração do Fluxo de Caixa 
projetado e o Orçamento de Aplicações Financeiras e Financiamentos, pois a disponibilidade 
ou falta de caixa gera aplicação financeira ou necessidade de captação de empréstimos que, 
porsua vez, gera receita ou despesa financeira, que impacta a Demonstração de Resultado e o 
Saldo de Caixa, e assim sucessivamente. 
 
A Demonstração do Fluxo de Caixa é elaborada com os dados apurados nos quadros analíticos 
de movimentações financeiras, complementada com as movimentações financeiras das 
atividades de Investimentos e de Financiamentos (exceto novas aplicações financeiras e novos 
empréstimos em R$). 
 
O modelo utilizado permite apurar o superávit ou déficit geral de caixa e determinar o valor da 
nova aplicação financeira ou da nova captação de empréstimos, que são mutuamente 
excludentes. O saldo apurado no Quadro 16.11 determina o valor da “Aplicação” ou “Novos 
empréstimos”, que é transferido para o Quadro 16.9.a ou 16.9.b, conforme o caso. 
 
Quadro 16.11Projeções das demonstrações do fluxo de caixa de 20X7. 
 
 
Jan. 
 
Fev. 
 
Mar. 
 
Obs. 
 
 
ATIVIDADES DE OPERAÇÕES 
 
 
 
RECEBIMENTOS 
 
 
1. 
 
Vendas de produtos 
 
4.148.079 
 
5.244.733 
 
….. 
 
Q16.10.a 
 
2. 
 
Vendas de sucatas 
 
40.992 
 
61.945 
 
65.664 
 
Q16.10.a 
 
3. 
 
Total 
 
4.189.071 
 
5.306.678 
 
….. 
 
 
 
 
PAGAMENTOS 
 
 
4. 
 
Fornecedores 
 
2.786.162 
 
2.818.746 
 
….. 
 
Q16.10.b 
 
5. 
 
ICMS + Tributos Federais (líquidos) 
 
494.395 
 
587.709 
 
751.080 
 
Q16.10.c 
 
6. 
 
Salário e Honorários da diretoria 
 
516.377 
 
535.988 
 
519.662 
 
Q16.10.f 
 
7. 
 
Contribuições previdenciárias 
 
114.820 
 
218.742 
 
227.862 
 
Q16.10.f 
 
8. 
 
Imposto de Renda – Fonte 
 
0 
 
64.299 
 
65.439 
 
Q16.10.f 
 
9. 
 
Férias, 13º salário e Rescisões 
 
126.670 
 
52.901 
 
45.002 
 
Q16.10.f 
 
10. 
 
Energia elétrica e Comunicações 
 
0 
 
86.691 
 
87.663 
 
Q16.10.g 
 
11. 
 
Propaganda 
 
0 
 
57.900 
 
25.000 
 
Q16.10.g 
 
12. 
 
Prêmios de seguros 
 
0 
 
6.000 
 
0 
 
Q16.10.h 
 
13. 
 
Custos diversos 
 
86.717 
 
88.764 
 
….. 
 
Q16.10.i 
 
14. 
 
Despesas diversas 
 
190.665 
 
191.615 
 
192.524 
 
Q16.10.i 
 
15. 
 
Total 
 
4.315.806 
 
4.709.355 
 
….. 
 
 
 
16. 
 
SUPERÁVIT (DÉFICIT) ANTES DOS JUROS E IR 
 
(126.735) 
 
597.323 
 
….. 
 
L3 – L15 
 
17. 
 
(+) Recebimentos de juros 
 
40.055 
 
20.982 
 
26.841 
 
Q16.9.a 
 
18. 
 
(–) Pagamentos de encargos financeiros 
 
40.599 
 
19.154 
 
52.574 
 
Q16.9.b + Q16.9.f 
 
19. 
 
(–) Imposto de Renda sobre o lucro 
 
0 
 
109.101 
 
216.285 
 
Q16.10.c 
 
20. 
 
(=) SUPERÁVIT (DÉFICIT) APÓS JUROS E IR 
 
(127.279) 
 
490.050 
 
….. 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS 
 
 
21. 
 
(–) Investimentos em ações 
 
0 
 
0 
 
0 
 
 
22. 
 
(–) Fornecedores de Imobilizado 
 
0 
 
66.100 
 
42.000 
 
Q16.10.b 
 
23. 
 
(+) Resgate (aplicações financeiras) 
 
1.845.202 
 
1.183.922 
 
1.442.645 
 
Q16.9.a 
 
24. 
 
(=) SUPERÁVIT (DÉFICIT) 
 
1.845.202 
 
1.117.822 
 
….. 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS 
 
 
25. 
 
(+) Empréstimos em US$ – captação 
 
0 
 
0 
 
212.860 
 
Q16.9.f 
 
26. 
 
(–) Empréstimos em US$ – amortização 
 
259.738 
 
165.227 
 
149.002 
 
Q16.9.f 
 
27. 
 
(–) Empréstimos em R$ – amortização 
 
188.825 
 
0 
 
0 
 
Q16.9.b 
 
28. 
 
(=) SUPERÁVIT (DÉFICIT) 
 
(448.563) 
 
(165.277) 
 
***** 
 
 
 
 
 
CAIXA 
 
 
29. 
 
Superávit (déficit) geral 
 
1.269.360 
 
1.442.645 
 
….. 
 
L20 + L24 + L28 
 
30. 
 
(+) Saldo inicial 
 
14.562 
 
100.000 
 
100.000 
 
 
31. 
 
(–) Saldo mínimo (final) 
 
100.000 
 
100.000 
 
100.000 
 
Política 
 
32. 
 
(=) Aplicação (Captação) em R$ 
 
1.183.922 
 
1.442.645 
 
….. 
 
 
 
 
16.3.3Projeção da Demonstração de Resultado 
A Demonstração de Resultado é uma das peças mais importantes do Orçamento, pois é nessa 
demonstração que se reflete o resultado final das operações. As atividades de operações são 
conduzidas em função da “última linha” da Demonstração de Resultado, que indica o lucro 
líquido (ou prejuízo) do período. 
 
Quadro 16.12Projeção das demonstrações de resultado de 20X7. 
 
 
Jan. 
 
Fev. 
 
Mar. 
 
Obs. 
 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
 
 
Vendas de produtos 
 
5.097.254 
 
6.077.128 
 
….. 
 
Q16.1.c 
 
(–) DEDUÇÕES 
 
 
IPI, PIS e Cofins 
 
(546.134) 
 
(651.121) 
 
….. 
 
Q16.1.c 
 
ICMS 
 
(819.202) 
 
(976.681) 
 
….. 
 
Q16.1.c 
 
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
 
3.731.918 
 
4.449.326 
 
….. 
 
 
(–) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS 
 
(2.538.449) 
 
(2.993.659) 
 
….. 
 
Q16.6.f 
 
(=) LUCRO BRUTO 
 
1.193.469 
 
1.455.667 
 
….. 
 
 
(–) DESPESAS OPERACIONAIS 
 
 
Despesas de vendas 
 
(617.222) 
 
(580.470) 
 
….. 
 
Q16.7.a 
 
Despesas Administrativas 
 
(278.067) 
 
(278.370) 
 
(293.746) 
 
Q16.7.b 
 
(=) LUCRO ANTES DOS ENCARGOS 
 
FINANCEIROS 
 
 
298.180 
 
596.827 
 
….. 
 
 
DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS 
 
 
(+) Receitas de juros 
 
40.055 
 
20.982 
 
26.841 
 
Q16.9.a 
 
(–) Despesas de juros 
 
(41.376) 
 
(30.373) 
 
(31.732) 
 
Q16.9.h 
 
(–) Variação cambial 
 
(16.967) 
 
(13.248) 
 
(12.958) 
 
Q16.9.h 
 
(=) LUCRO DEPOIS DOS ENCARGOS 
 
FINANCEIROS 
 
 
279.892 
 
574.188 
 
….. 
 
 
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS 
 
OPERACIONAIS 
 
 
 
(+) Vendas de sucatas 
 
40.992 
 
61.945 
 
65.664 
 
Q16.10.a 
 
(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE 
 
RENDA 
 
 
320.884 
 
636.133 
 
….. 
 
 
(–) IMPOSTO DE RENDA (34%) 
 
(109.101) 
 
(216.685) 
 
….. 
 
 
(=) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO 
 
211.783 
 
419.848 
 
….. 
 
 
 
 
16.3.4Projeção do balanço patrimonial 
Com base no balanço patrimonial projetado de 31-12-20X6 e orçamentos referentes a 
janeiro/20X7, projeta-se o balanço patrimonial de 31-1-20X7, que serve de base para projetar 
o balanço patrimonial de 28-2-20X7, e assim sucessivamente. 
 
Caso seja constatada alguma diferença entre o valor total do Ativo e o do Passivo, devem ser 
verificados primeiramente os Quadros: 16.3.f, 16.6.a, 16.6.b e 16.10.e, que podem gerar 
diferenças em consequência dos arredondamentos de números. 
 
Por meio de simulações, apuram-se o superávit ou déficit de caixa, o lucro do exercício, 
necessidade de capital de giro etc., e, com esses dados, é possível determinar a capacidade de 
expansão dos negócios e direcionar os recursos disponíveis para maximizar o resultado 
operacional. 
 
Quadro 16.13.aProjeção dos balanços patrimoniais de 20X7 – Ativo. 
 
ATIVO 
 
Jan. 
 
Fev. 
 
Mar. 
 
Obs. 
 
 
ATIVO CIRCULANTE 
 
 
 
6.309.264 
 
 
7.264.451 
 
 
….. 
 
 
Caixa e Bancos 
 
 
100.000 
 
 
100.000 
 
 
….. 
 
DFC 
 
Aplicações financeiras 
 
 
1.183.922 
 
 
1.442.645 
 
 
….. 
 
Q16.9.a 
 
Contas a receber 
 
4.441.045 
 
 
5.273.440 
 
 
….. 
 
 
Q16.10.a 
 
Provisões para devedores duvidosos 
 
(17.764) 
 
4.423.281 
 
(21.094) 
 
5.252.346 
 
….. 
 
….. 
 
Q16.10.a 
 
Estoques 
 
 
Produtos acabados 
 
379.299 
 
 
229.772 
 
 
….. 
 
 
Q16.6.f 
 
Produtos em elaboração 
 
18.598 
 
 
19.383 
 
 
….. 
 
 
Q16.6.f 
 
Matérias-primas 
 
110.789 
 
508.686 
 
89.555 
 
401.710 
 
….. 
 
….. 
 
Q16.3.e 
 
Despesas antecipadas – seguros 
 
 
93.375 
 
 
67.75035.125 
 
Q16.10.h 
 
 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 
 
50.000 
 
 
50.000 
 
 
50.000 
 
 
Depósitos judiciais 
 
 
50.000 
 
 
50.000 
 
 
50.000 
 
 
 
ATIVO PERMANENTE 
 
 
954.976 
 
 
989.813 
 
 
1.010.403 
 
 
 
Investimentos 
 
 
Empresas controladas 
 
 
493.671 
 
 
493.671 
 
 
493.671 
 
Q16.8.d 
 
Imobilizado 
 
 
Valor original corrigido 
 
550.048 
 
 
592.048 
 
 
620.523 
 
 
Q16.8.e 
 
Depreciação acumulada 
 
(88.743) 
 
461.305 
 
(95.906) 
 
496.142 
 
(103.791) 
 
516.732 
 
Q16.8.f 
 
 
TOTAIS 
 
 
7.314.240 
 
 
8.304.264 
 
 
….. 
 
 
Quadro 16.13.bProjeção dos balanços patrimoniais de 20X7 – Passivo e Patrimônio Líquido. 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Jan. 
 
Fev. 
 
Mar. 
 
Obs. 
 
 
PASSIVO CIRCULANTE 
 
5.174.268 
 
5.859.718 
….. 
 
 
 
Empréstimos em moeda nacional 
0 
– 
….. 
Q16.9.b 
Empréstimos em moeda estrangeira 
1.585.105 
1.559.619 
….. 
Q16.9.i + Q16.9.g 
Fornecedores 
2.267.063 
2.513.131 
….. 
Q16.10.b 
Obrigações fiscais 
IPI, PIS e Cofins a recolher 
201.731 
260.002 
….. 
Q16.10.c 
ICMS a recolher 
385.978 
491.078 
….. 
Q16.10.c 
IR-Fonte a recolher 
64.299 
65.439 
66.683 
Q16.10.f 
Provisão para Imposto de Renda 
109.101 
761.109 
216.285 
1.032.80 
….. 
….. 
Q16.10.c 
Salários e Encargos sociais 
218.742 
227.862 
218.848 
Q16.10.f 
Contas a pagar 
144.591 
112.663 
130.662 
Q16.10.g 
Provisão p/ Férias, 13º sal. e Rescisões 
197.658 
413.639 
628.814 
Q16.10.f 
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
1.145.699 
1.030.395 
1.131.561 
Empréstimos em moeda estrangeira 
1.145.699 
1.030.395 
1.131.561 
Q16.9.i 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
994.303 
1.414.151 
….. 
Capital social 
642.800 
642.800 
642.800 
 
 
Reservas de capital 
33.431 
33.431 
33.431 
Reservas de lucros 
 34.837 
34.837 
34.837 
Lucros acumulados 
 
71.452 
71.452 
71.452 
Lucros do exercício 
211.783 
631.631 
….. 
DRE acumulado 
TOTAIS 
7.314.240 
8.304.264 
….. 
1 Encontra-se à disposição dos professores, no site do GEN | Atlas, a planilha de simulação, 
com os dados apresentados neste capítulo. 
2 O modelo de orçamento de aplicações financeiras e financiamentos apresentado neste 
capítulo é simplificado. Um modelo mais completo é apresentado no Capítulo 18. 
17.1Ambiente de raciocínio 
Quando se faz controle financeiro em uma moeda que não seja a moeda corrente nacional, 
pode ocorrer interpretação equivocada do resultado financeiro. 
 
Um investidor estrangeiro, mesmo quando faz um investimento em outro país, controla e 
calcula o retorno em moeda corrente de seu próprio país. A preocupação com os fatores 
econômicos do país investido não será relevante, desde que ele tenha certeza de que seu 
investimento retornará com o ganho adequado. 
 
Um investidor brasileiro que fizer o investimento em seu próprio país pode controlar seu 
investimento em moeda estrangeira como faria um investidor estrangeiro. Se raciocinar 
somente em moeda estrangeira, pode dificultar a interpretação correta dos fatos econômicos 
que geram o resultado financeiro em moeda corrente nacional. 
 
17.1.1Aplicação de investidor estrangeiro no Brasil 
Vamos supor que um investidor norte-americano faça um investimento financeiro no valor de 
US$ 1.000 no mercado financeiro brasileiro (Figura 17.1). Quando o valor do investimento 
entra no Brasil, é feita a conversão para a moeda corrente brasileira, à taxa cambial de R$ 
1,00/dólar, equivalente a R$ 1.000. O valor de R$ 1.000 é aplicado no mercado financeiro 
brasileiro e, após algum tempo, o investimento estará valendo R$ 1.210. Ao resgatar o 
investimento financeiro, será feita a conversão desse valor para o dólar, à taxa cambial de 
R$ 1,10/dólar, o que resultará em resgate total de US$ 1.100 para o investidor norte-
americano. 
 
O investidor norte-americano apurará um ganho de US$ 100, conforme o seguinte cálculo: 
 
Valor do resgate: 
 
 US$ 1.100 
 
Valor do investimento: 
 
(US$ 1.000) 
Ganho (perda): 
 
 US$ 100 
 
 
Figura 17.1 Aplicação de investidor estrangeiro no Brasil. 
 
17.1.2Aplicação de investidor brasileiro 
Vamos supor que um investidor brasileiro faça um investimento no mercado financeiro 
brasileiro, no mesmo valor e nas mesmas condições do investidor norte-americano (Figura 
17.2), e faça o controle do investimento em dólar. No momento da aplicação, a taxa de câmbio 
é de R$ 1,00/dólar, o que equivale a um investimento inicial de US$ 1.000. Após algum tempo, 
será resgatado o valor de R$ 1.210, equivalente a US$ 1.100 (taxa cambial de R$ 1,10/dólar). 
 
 
 
Figura 17.2 Aplicação de investidor brasileiro. 
 
O investidor brasileiro apurará um ganho de US$ 100, conforme o seguinte cálculo: 
 
Valor do resgate: 
 
US$ 1.100 
 
Valor do investimento: 
 
(US$ 1.000) 
Ganho (perda): 
 
US$ 100 
Até aqui, não existe diferença em relação ao ganho obtido pelo investidor norte-americano. 
Entretanto, entre os momentos do investimento inicial e do resgate, a inflação brasileira foi de 
25%. Para que um valor não perca seu poder de compra, ele deve ser corrigido pela inflação. O 
resultado financeiro do investimento, em moeda nacional, seria apurado da seguinte forma: 
 
Valor do investimento: 
 
(R$ 1.000) 
 
Fator de correção: 
 
 1,25 
Valor corrigido: 
 
(R$ 1.250) 
 
Valor do resgate: 
 
R$ 1.210 
Ganho (perda): 
 
(R$ 40) 
O mesmo investimento apresentará ganho em US$ e perda em R$. Para o investidor norte-
americano, esse fato não será importante, pois sua moeda corrente é o dólar. Entretanto, para 
o investidor brasileiro, será muito importante acompanhar a evolução da moeda de seu 
próprio país, mesmo que ele faça o controle em outra moeda, pois a maioria (se não todas) de 
suas outras atividades está fortemente vinculada à inflação doméstica. 
 
17.2Métodos de conversão em moeda estrangeira 
Para facilidade de controle, algumas empresas que mantêm o controle dos ativos e passivos 
em moeda estrangeira (dólar, por exemplo) apuram os “juros” pela diferença entre o valor 
final e o valor original em dólar, pelo método do efeito líquido dos resultados financeiros. 
 
Para melhor compreender os efeitos que a inflação provoca sobre as transações em real 
controladas em outra moeda, é necessário efetuar a segregação de efeitos financeiros 
incidentes sobre as transações. O método de segregação de efeitos financeiros fornece 
importantes subsídios para análise gerencial de resultados financeiros (HOJI, 1995). 
 
EXEMPLO. Uma empresa fez aplicação financeira no valor de R$ 100.000, e a controla em US$. 
As condições da operação e das bases econômicas foram as seguintes: 
 
•Taxa de remuneração: inflação do período + 10% de juros 
 
•Taxa de câmbio na data da aplicação: US$ 1 = R$ 1,00 
 
•Inflação: 20% no período 
 
De acordo com as condições da aplicação financeira, o valor total do resgate foi de R$ 132.000. 
Vamos simular os resultados pelos dois métodos de controle, primeiramente com a hipótese 
de que a variação cambial foi igual à inflação do período, de 20% (Hipótese 1). 
 
17.2.1Método do efeito líquido 
O método do efeito líquido apuraria o seguinte resultado financeiro: 
 
Quadro 17.1Método do efeito líquido. 
 
Hipótese 1: VC = Inflação (20% no período) 
 
 
Valor 
em R$ 
 
 
Taxa de Conversão 
 
 
Valor 
em US$ 
 
 
Valor original da aplicação 
 
 
100.000 
 
 
1,00 
 
 
100.000 
 
 
(+) Inflação 
 
 
20.000 
 
 
*** 
 
 
(=)Valor corrigido 
 
 
120.000 
 
 
*** 
 
 
(+) Juros 
 
 
12.000 
 
 
10.000 
 
 
(=) Valor final da aplicação 
 
 
132.000 
 
 
1,20 
 
 
110.000 
 
 
 
 
Os juros foram calculados da seguinte forma: 
 
Cálculo de juros em R$: 
 
 
Valor corrigido: 
 
R$ 120.000 
 
(×) Taxa de juros: 
 
10% 
(=) Juros: 
 
R$ 12.000 
 
Cálculo de juros em US$: 
 
 
Valor final da aplicação (R$ 132.000 / 1,20): 
 
US$ 110.000 
 
(–) Valor original da aplicação (R$ 100.000 / 1,00): 
 
US$ 100.000 
 
(=) Juros: 
 
US$ 10.000 
 
17.2.2Método de segregação de efeitos financeiros 
Com base nos mesmos dados do exemplo anterior, pelo método de segregação de efeitos 
financeiros, o resultado financeiro seria o seguinte: 
 
Quadro 17.2Método de segregação de efeitos financeiros. 
 
Hipótese 1: VC = Inflação (20% no período) 
 
 
Valor em R$ 
 
 
Taxa de Conversão 
 
 
Valor em US$ 
 
 
Valor original da aplicação 
 
 
100.000 
 
 
1,00 
 
 
100.000 
 
 
(+) Inflação 
 
 
20.000 
 
 
*** 
 
 
(=) Valor corrigido 
 
 
120.000 
 
 
*** 
 
 
(+) Juros 
 
 
12.000 
 
 
1,20 
 
 
10.000 
 
 
(+) Ganho (perda) na conversão 
 
 
*** 
 
 
0 
 
 
(=) Valor final da aplicação 
 
 
132.000 
 
 
1,20 
 
 
110.000 
 
 
 
 
O cálculo do ganho ou perda na conversão é feito somente em dólar. Os efeitos financeiros 
foram calculados da seguinte forma: 
 
Cálculo de juros em US$: 
 
 
Juros em R$ / Taxa de conversão = (R$ 12.000 / 1,20): 
 
US$ 10.000 
 
Cálculo de ganho (perda) na conversão: 
 
 
Valor final da aplicação: 
 
US$ 110.000 
 
(–) Valor original + Juros: 
 
US$ 110.000 
(=) Ganho (perda) na conversão: 
 
US$ 0 
 
17.2.3Comparação dos métodos 
Vamos colocar os resultados obtidos pelos dois métodos lado a lado, para comparar as 
diferenças (ou semelhanças). 
 
Quadro 17.3Comparação dos métodos. 
 
Hipótese 1: VC = Inflação (20% no período) 
 
 
Valor em R$ 
 
Taxa de Conversão 
 
Valor em US$ 
 
Efeito líquido 
 
Segregação 
 
Valor original da aplicação 
 
 
100.000 
 
 
1,00 
 
 
100.000 
 
 
100.000 
 
 
(+) Inflação 
 
 
20.000 
 
 
*** 
 
 
*** 
 
 
(=) Valor corrigido 
 
 
120.000 
 
 
*** 
 
 
*** 
 
 
(+) Juros 
 
 
12.000 
 
 
1,20 
 
 
10.000 
 
 
10.000 
 
 
(+) Ganho (perda) na conversão 
 
 
*** 
 
 
*** 
 
 
0 
 
 
(=) Valor final da aplicação 
 
 
132.000 
 
 
1,20 
 
 
110.000 
 
 
110.000 
 
 
 
 
Tanto um como o outro método apresentaram o resultado financeiro no valor de US$ 10.000. 
Agora, vamos simular mais duas hipóteses, sendo: 
 
•Hipótese 2: VC (15%) < Inflação (20%) 
 
•Hipótese 3: VC (25%) > Inflação (20%) 
 
Quadro 17.4Comparação dos métodos. 
 
Hipótese 2: VC (15%) < Inflação (20%) 
 
 
Valor em R$ 
 
Taxa de Conversão 
 
Valor em US$ 
 
Efeito líquido 
 
Segregação 
 
Valor original da aplicação 
 
 
100.000 
 
 
1,00 
 
 
100.000 
 
 
100.000 
 
 
(+) Inflação 
 
 
20.000 
 
 
*** 
 
 
*** 
 
 
(=) Valor corrigido 
 
 
120.000 
 
 
*** 
 
 
*** 
 
 
(+) Juros 
 
 
12.000 
 
 
1,15 
 
 
14.783 
 
 
10.435 
 
 
(+) Ganho (perda) na conversão 
 
 
*** 
 
 
*** 
 
 
4.348 
 
 
(=) Valor final da aplicação 
 
 
132.000 
 
 
1,15 
 
 
114.783 
 
 
114.783 
 
 
 
 
Quadro 17.5Comparação dos métodos. 
 
Hipótese 3: VC (25%) > Inflação (20%) 
 
 
Valor em R$ 
 
Taxa de Conversão 
 
Valor em US$ 
 
Efeito líquido 
 
Segregação 
 
Valor original da aplicação 
 
 
100.000 
 
 
1,00 
 
 
100.000 
 
 
100.000 
 
 
(+) Inflação 
 
 20.000 
*** 
 
 
*** 
 
 
(=) Valor corrigido 
 
 
120.000 
 
 
*** 
 
 
*** 
 
 
(+) Juros 
 
 
12.000 
 
 
1,25 
 
 
5.600 
 
 
9.600 
 
 
(+) Ganho (perda) na conversão 
 
 *** 
*** 
 
 
(4.000) 
 
 
(=) Valor final da aplicação 
 
 132.000 
1,25 
 
 
105.600 
 
 
105.600 
 
 
 
 
CÁLCULOS DE GANHO (PERDA) NA CONVERSÃO EM US$: 
 
Hipótese 2: 
 
 
Valor final da aplicação: 
 
US$ 114.783 
 
(–) Valor original + Juros: 
 
US$ 110.435 
(=) Ganho (perda) na conversão: 
 
US$ 4.348 
 
Hipótese 3: 
 
 
Valor final da aplicação: 
 
US$ 105.600 
 
(–) Valor original + Juros: 
 
US$ 109.600 
(=) Ganho (perda) na conversão: 
 
US$ (4.000) 
 
Comparando os resultados financeiros das hipóteses 2 e 3, podemos perceber que, pelo 
método do efeito líquido, o ganho ou perda pela inflação doméstica é acrescido ou deduzido 
diretamente dos juros, o que não ocorre em caso de se utilizar o método de segregação de 
efeitos financeiros. A utilização de um ou outro método depende da necessidade de 
informação para análise gerencial, pois o método do efeito líquido é mais prático, porém o 
método de segregação de efeitos financeiros fornece subsídios para melhor compreensão 
desses efeitos. 
 
17.2.4Análise do ganho ou perda na conversão de moeda 
O ganho ou perda na conversão (GPC) é a diferença entre a taxa de inflação doméstica e a taxa 
de variação cambial, calculada de acordo com a seguinte fórmula: 
 
 
 
onde: GPC= Ganho ou perda na conversão; 
 
VOR= Valor original em R$; 
 
IR= Inflação em R$ do período; 
 
VC= Variação cambial do período. 
 
Aplicando-se a equação do GPC sobre os dados da hipótese 2, tem-se: 
 
GPC = R$ 100.000 × [(1 + 0,2) / (1 + 0,15) – 1] 
 
GPC = R$ 100.000 × 0,043478 = US$ 4.348 
 
Juros em US$ = US$ 114.783 – US$ 100.000 – US$ 4.348 = US$ 10.435 
 
Aplicando-se a equação do GPC sobre os dados da hipótese 3, tem-se: 
 
GPC = R$ 100.000 × [(1 + 0,2) / (1 + 0,25) – 1] 
 
GPC = R$ 100.000 × – 0,04= (US$ 4.000) 
 
Juros em US$ = US$ 105.600 – US$ 100.000 + US$ 4.000 = US$ 9.600 
 
17.2.5Casos de ganho ou perda com inflação 
Se a aplicação financeira tivesse sido feita com taxa prefixada de 32% (equivalente à taxa de 
juros de 10% + inflação de 20%) e a inflação do período tivesse sido de 35%, não teríamos o 
recebimento de juro e, muito pelo contrário, teríamos uma perda monetária provocada pela 
inflação, conforme demonstrado no quadro seguinte. 
 
Quadro 17.6Aplicação financeira com perda monetária. 
 
Hipótese 4: Taxa de juros prefixada de 32%: VC (20%) < Inflação (35%) 
 
 
Valor em R$ 
 
Taxa de Conversão 
 
Valor em US$ 
 
Efeito líquido 
 
Segregação 
 
Valor original da aplicação 
 
 
100.000 
 
 
1,00 
 
 
100.000 
 
 
100.000 
 
 
Inflação 
 
 
35.000 
 
 
*** 
 
 
*** 
 
 
Valor corrigido 
 
 
135.000 
 
 
*** 
 
 
*** 
 
 
Ganho (perda) com inflação 
 
 
(3.000) 
 
 
1,20 
 
 
*** 
 
 
(2.500) 
 
 
Juros 
 
 
0 
 
 
1,20 
 
 
10.000 
 
 
0 
 
 
Ganho (perda) na conversão 
 
 
*** 
 
 
*** 
 
 
12.500 
 
 
Valor final da aplicação 
 
 
132.000 
 
 
1,20 
 
 
110.000 
 
 
110.000 
 
 
 
 
Pelo método do efeito líquido, estaríamos afirmando que houve um recebimento de juro real 
de US$ 10.000, enquanto, na realidade, ocorreu um juro real “negativo” no valor de R$ 3.000 
(equivalente a US$ 2.500). Pode-se perceber claramente que, na moeda da operação (R$), não 
houve nenhum recebimento de juro.O juro recebido em dólar (apurado pela diferença em 
dólar entre o valor final e o valor original da aplicação) é ilusório, pois foi apurado em função 
de o controle estar sendo feito em dólar. Para um investidor brasileiro, os fatos ocorridos em 
ambiente do R$ não se alterarão, qualquer que seja a taxa de variação cambial do período. 
 
17.3Projeção e controle em moeda estrangeira 
Em um ambiente econômico em que a inflação anual se situa abaixo de 10% ao ano, existe a 
necessidade de se elaborar a projeção financeira em uma moeda tradicionalmente forte? Sem 
uma análise profunda do impacto da inflação sobre o planejamento e controle financeiro, a 
resposta poderia ser não, pois muitos administradores acham que a inflação anual nesse nível 
não prejudica significativamente as projeções financeiras elaboradas em moeda local. 
 
Demonstrações financeiras elaboradas somente em moeda local podem não ser interpretadas 
corretamente pelos administradores das matrizes de empresas estrangeiras estabelecidas no 
Brasil. O mesmo pode ocorrer com relação aos investidores estrangeiros. Portanto, é 
necessário que as filiais de empresas estrangeiras e empresas brasileiras com interesses em 
investimentos estrangeiros elaborem relatórios financeiros em uma moeda forte aceita 
internacionalmente. A moeda forte poderia ser o dólar e, dependendo do caso, são aplicados 
os princípios contábeis diferentes dos nossos para a elaboração de relatórios financeiros. 
 
Para que o resultado planejado pudesse ser adequadamente controlado, o planejamento e o 
controle orçamentário eram feitos em uma moeda expurgada dos efeitos inflacionários. Era 
prática comum, no Brasil, a utilização do dólar como moeda para planejamento e controle 
orçamentário, até os últimos anos da década de 1990. Após a adoção do sistema de câmbio 
flutuante no Brasil, a taxa de câmbio passou a sofrer fortes oscilações e sua utilização para 
controle de operações em moeda nacional provoca significativas distorções. 
 
17.3.1Projeção em moedas de períodos correntes 
Os valores correntes, tanto em R$ como em US$, representam os valores efetivos em moedas 
dos respectivos períodos. 
 
Para atualizar os valores do período-base em valores correntes, utilizam-se os números-
índices. Inicialmente, vamos projetar as variações periódicas dos diversos preços e variação 
cambial até o período 2 (p2) e, em seguida, calcular os respectivos índices. 
 
Tabela 17.1Projeção de índices. 
 
Índices 
 
Períodos (p) 
 
0 
 
1 
 
2 
 
1. Inflação geral 
 
 
Variação do período 
Índice 
 
1,000000 
 
1,200000 
 
1,260000 
 
3. Variação cambial 
 
 
Variação do período 
 
– 
 
7,86% 
 
9,31% 
 
Índice 
 
1,000000 
 
1,078600 
 
1,179018 
 
Taxa de câmbio 
 
1,2000 
 
1,2943 
 
1,4148 
 
O número-índice é calculado com a equação 3.1. 
 
A taxa de câmbio (ou outro preço qualquer) do mês de referência é calculada de acordo com a 
equação 16.1: Pn = P0 × In, sempre com base na taxa de câmbio do período-base. 
 
EXEMPLOS: 
 
Índice da variação cambial de p2 = (1 + 9,31%) × 1,078600 = 1,179018 
 
Taxa de câmbio de p2 = R$ 1,2000 × 1,179018 = R$ 1,4148 
 
Para atualizar os preços, deve ser utilizado o índice mais adequado para cada caso. Por 
exemplo: para atualizar os valores de recebimentos de vendas, utiliza-se a inflação geral e, 
para atualizar os valores de custos em moeda nacional, utiliza-se a variação do preço do 
atacado, pois esses custos são compostos principalmente por itens medidos pelo IPA, e assim 
por diante. Vamos utilizar os seguintes índices no exemplo desenvolvido: 
 
Itens das atividades de operação 
 
Índice 
 
•Vendas 
 
Inflação geral 
 
•Custos e despesas: 
 
 
Impostos 
 
Inflação geral 
 
Custos em moeda nacional 
 
Variação do preço do atacado 
 
Custos em moeda estrangeira 
 
Variação cambial 
 
Despesas operacionais 
 
Variação dos preços ao consumidor 
 
Com base em dados do Quadro 17.7 e da Tabela 17.1, projetam-se os valores correntes e os 
resultados de p1 e p2. 
 
Quadro 17.7Projeção do resultado acumulado de p2, em R$ de p0. 
 
Apuração do resultado 
 
 
p1 
 
 
p2 
 
 
Acumulado 
 
Receita bruta 
 
 
142.000 
 
 
168.000 
 
 
310.000 
 
 
(–) Impostos 
 
 
(35.000) 
 
 
(45.000) 
 
 
(80.000) 
 
 
(–) Custos em moeda nacional 
 
 
(46.000) 
 
 
(54.000) 
 
 
(100.000) 
 
 
(–) Custos em moeda estrangeira 
 
 
(46.000) 
 
 
(54.000) 
 
 
(100.000) 
 
 
(–) Despesas operacionais 
 
 
(6.000) 
 
 
(6.000) 
 
 
(12.000) 
 
 
(=) Lucro 
 
 
9.000 
 
 
9.000 
 
 
18.000 
 
 
Quadro 17.8Projeção do resultado acumulado de p2, em US$ correntes. 
 
Apuração do resultado 
 
p1 
 
p2 
 
Saldo Acumulado 
 
Valores em US$ 
 
Índices 
 
Valores em US$ 
 
Índices 
 
Receita bruta 
 
120.464 
 
1,098000 
 
145.376 
 
1,224270 
 
265.840 
 
(–) Impostos 
 
(29.692) 
 
1,098000 
 
(38.940) 
 
1,224270 
 
(68.632) 
 
(–) Custos em moeda nacional 
 
(38.526) 
 
1,084000 
 
(45.594) 
 
1,194568 
 
(84.120) 
 
(–) Custos em moeda estrangeira 
 
(38.333) 
 
1,078600 
 
(45.000) 
 
1,179018 
 
(83.333) 
 
(–) Despesas operacionais 
 
(5.563) 
 
1,200000 
 
(5.344) 
 
1,260000 
 
(10.907) 
 
(=) Lucro 
 
8.350 
 
 
10.498 
 
 
18.848 
 
 
Taxas de conversão 
 
1,2943 
 
 
1,4148 
 
 
Cada item do Quadro 17.7 é atualizado até o momento de sua realização pelos respectivos 
índices, gerando os valores que efetivamente serão realizados nos respectivos períodos. Os 
valores em R$ correntes de cada item são, então, convertidos em US$ com a taxa de câmbio 
dos respectivos períodos, gerando os valores do Quadro 17.8. 
 
Por exemplo, para determinar o valor em US$ corrente dos custos em moeda nacional de p1, 
foram feitos os seguintes cálculos: 
 
Valor em R$ corrente = R$ 46.000 × 1,08400 = R$ 49.864 
 
Valor em US$ corrente = R$ 49.864 / 1,2943 = US$ 38.526 
 
17.3.2Controle financeiro em moeda estrangeira 
Um planejamento financeiro sem controle adequado não produz resultado eficaz. Fazer um 
controle que não seja comparável com o resultado planejado, também, não faz sentido. O 
sistema orçamentário requer revisões periódicas, para ajustar constantemente os orçamentos 
de acordo com as alterações das condições e premissas básicas, pois os valores realizados 
(efetivos), fatalmente, não serão os mesmos assumidos na época da projeção, por diversas 
razões: variação no nível de atividade, variação dos preços projetados etc. 
 
O controle orçamentário deve ser realizado com base no orçamento originalmente elaborado, 
mas a análise das variações e a explicação delas devem levar em consideração os desvios 
gerados pelos diversos índices utilizados. 
 
AJUSTE DOS ÍNDICES PROJETADOS 
 
Continuando com o exemplo já apresentado, vamos analisar alguns aspectos do controle 
financeiro. Inicialmente, é necessário fazer os ajustes dos índices, pois, devido ao grande 
número de índices de preços utilizados e à impossibilidade de “adivinhar” o número exato da 
variação de preços, será inevitável a ocorrência de distorções dos valores projetados. 
Suponha-se que as taxas de variações reais (efetivas) tenham sido as seguintes: 
 
Variação de preço e variação cambial 
 
p1 
 
p2 
 
•Inflação geral 
 
10,20% 
 
11,00% 
 
•Variação do preço do atacado 
 
9,60% 
 
10,20% 
 
•Variação dos preços ao consumidor 18,00% 
 
5,00% 
 
 
•Variação cambial 
 
9,17% 
 
8,86% 
 
Com base em variações de preços e variações cambiais efetivamente ocorridas, ajustam-se os 
índices originalmente projetados. 
 
Tabela 17.2 Ajuste dos índices projetados. 
 
Índices 
 
Período (p) 
 
0 
 
1 
 
2 
 
1. Inflação geral 
 
 
Variaçãoefetiva do período 
 
– 
 
10,20% 
 
11,00% 
 
Índice 
 
1,000000 
 
1,102000 
 
1,223220 
 
2. Variações de preços 
 
 
2.1 Variação do preço do atacado 
 
 
Variação efetiva do período 
 
– 
 
9,60% 
 
10,20% 
 
Índice 
 
1,000000 
 
1,096000 
 
1,207792 
 
2.2 Variação dos preços ao consumidor 
 
 
Variação efetiva do período 
 
– 
 
18,00% 
 
5,00% 
 
Índice 
 
1,000000 
 
1,180000 
 
1,239000 
 
3. Variação cambial 
 
 
Variação efetiva do período 
 
– 
 
9,17% 
 
8,86% 
 
Índice 
 
1,000000 
 
1,091700 
 
1,188425 
 
Taxa de câmbio 
 
1,2000 
 
1,3100 
 
1,4261 
 
AJUSTE DOS RESULTADOS PROJETADOS 
 
Com base nos índices efetivos de cada período, vamos fazer o ajuste da projeção do resultado 
acumulado de p2. A projeção do resultado acumulado de p2, em US$ correntes, após os 
ajustes, passa a apresentar os valores do Quadro 17.9. 
 
Quadro 17.9Projeção ajustada do resultado acumulado de p2, em US$ correntes. 
 
Apuração do resultado 
 
p1 
 
p2 
 
Saldo Acumulado 
 
Valores em US$ 
 
Índices 
 
Valores em US$ 
 
Índices 
 
Receita bruta 
 
119.453 
 
1,102000 
 
144.100 
 
1,223220 
 
263.553 
 
(–) Impostos 
 
(29.443) 
 
1,102000 
 
(38.598) 
 
1,223220 
 
(68.041) 
 
(–) Custos em moeda nacional 
 
(38.486) 
 
1,096000 
 
(45.734) 
 
1,207792 
 
(84.220) 
 
(–) Custos em moeda estrangeira 
 
(38.333) 
 
1,091700 
 
(45.000) 
 
1,188425 
 
(83.333) 
 
(–) Despesas operacionais 
 
(5.405) 
 
1,180000 
 
(5.213) 
 
1,239000 
 
(10.618) 
 
(=) Lucro 
 
7.786 
 
 
9.555 
 
 
17.341 
 
 
Taxas de conversão 
 
1,3100 
 
 
1,4261 
 
 
Os valores do Quadro 17.9 são calculados com base no Quadro 17.7, de forma semelhante aos 
do Quadro 17.8. 
 
RESULTADOS EM MOEDAS DO PERÍODO FINAL 
 
Os resultados em US$ correntes de dois períodos diferentes podem ser comparados ou 
somados, pois transmitem a noção do poder de compra da moeda em que estão expressos, a 
qualquer tempo, independentemente da época da apuração dos valores. Entretanto, o 
resultado acumulado dos dois períodos (p1 e p2), para ser comparado ou somado em R$, deve 
ser convertido em uma moeda com o mesmo poder aquisitivo. 
 
Os valores em R$ de p1 podem ser atualizados até o p2 pelo índice geral (Quadro 17.10) e, 
então, convertidos para o US$, com a taxa de câmbio de p2 (Quadro 17.11). Os valores 
correntes de p2 já estão expressos em moeda do próprio p2. 
 
Quadro 17.10Projeção ajustada do resultado acumulado de p2, em R$ de p2. 
 
Apuração do resultado 
 
 
p1 
 
 
p2 
 
 
Acumulado 
 
Receita bruta 
 
 
173.697 
 
 
205.501 
 
 
379.198 
 
 
(–) Impostos 
 
 
(42.813) 
 
 
(55.045) 
 
 
(97.858) 
 
 
(–) Custos em moeda nacional 
 
 
(55.962) 
 
 
(65.221) 
 
 
(121.183) 
 
 
(–) Custos em moeda estrangeira 
 
 
(55.742) 
 
 
(64.175) 
 
 
(119.917) 
 
 
(–) Despesas operacionais 
 
 
(7.859) 
 
 
(7.434) 
 
 
(15.293) 
 
 
(=) Lucro 
 
 
11.321 
 
 
13.626 
 
 
24.947 
 
 
 
Índices gerais 
 
 
1,110000 
 
 
1,000000 
 
 
Quadro 17.11Projeção ajustada do resultado acumulado de p2, em US$ de p2. 
 
Apuração do resultado 
 
 
p1 
 
 
p2 
 
 
Acumulado 
 
Receita bruta 
 
 
121.799 
 
 
144.100 
 
 
265.899 
 
 
(–) Impostos 
 
 
(30.021) 
 
 
(38.598) 
 
 
(68.619) 
 
 
(–) Custos em moeda nacional 
 
 
(39.241) 
 
 
(45.734) 
 
 
(84.975) 
 
 
(–) Custos em moeda estrangeira 
 
 
(39.087) 
 
 
(45.000) 
 
 
(84.087) 
 
 
(–) Despesas operacionais 
 
 
(5.511) 
 
 
(5.213) 
 
 
(10.724) 
 
 
(=) Lucro 
 
 
7.939 
 
 
9.555 
 
 
17.494 
 
 
 
Taxa de conversão 
 
 
1,4261 
 
 
1,4261 
 
 
17.3.3Ajuste de conversão 
Conforme já foi constatado, pela praticidade, o planejamento orçamentário (e, portanto, 
também o controle), se for feito em dólar, deve ser em US$ corrente. 
 
Pelo método de conversão em US$ corrente, o lucro líquido acumulado dos dois períodos é de 
US$ 17.341 (Quadro 17.9), e, pelo método de conversão em US$ do período final, o lucro 
líquido acumulado é de US$ 17.494 (Quadro 17.11). A diferença de US$ 153 é gerada pelo 
resultado de p1, pois o resultado de p2 é idêntico pelos dois métodos. 
 
Efetivamente, se raciocinarmos em R$ de poder aquisitivo constante, o lucro líquido de US$ 
7.786 (Quadro 17.9) apurado em p1 estará valendo US$ 7.939 (Quadro 17.11) em p2, em 
decorrência da diferença entre a variação cambial e a variação da inflação geral, de 1,9651%, 
apurada de acordo com a seguinte equação: V% = (1 + ∆Gp2) / (1 + ∆Cp2) – 1, onde V% = 
diferença entre os indexadores em percentual, G = inflação geral e C = variação cambial. 
 
Assim, uma vez que o lucro líquido de p1, no valor de US$ 7.786, foi apurado em US$ corrente, 
não podemos dizer que o resultado de p1 alterou-se, em p2, para US$ 7.939. Essa diferença 
pode ser explicada por meio da seguinte demonstração: 
 
 
Valores em US$ 
 
Lucro líquido de p1, em US$ corrente: 
 
7.786 
 
(+) Lucro líquido de p2, em US$ corrente: 
 
9.555 
 
(=) Lucro líquido acumulado, em US$ corrente: 
 
17.341 
 
(+) Ajuste de conversão em US$ (US$ 7.786 × 1,9651%): 
 
153 
 
(=) Lucro líquido acumulado, em US$ de p2: 
 
17.494 
 
 
17.3.4Variação orçamentária 
Uma das dificuldades geralmente presentes na análise da variação orçamentária é a distorção 
provocada pela diferença existente entre a inflação projetada e a inflação efetivamente 
ocorrida. 
 
A análise da variação orçamentária deve ser feita dentro de certos critérios. O item do 
orçamento que apresentar a variação acima de determinado valor ou percentual deve ser 
analisado, e a variação, explicada, para que haja efetivo controle orçamentário. Vamos supor 
que as variações acima de 5% ou US$ 200, por item de atividade, necessitem ser explicadas. 
 
VARIAÇÕES SEM AJUSTE DOS ÍNDICES 
 
A variação entre o resultado realizado e o projetado originalmente, de p1, é apresentada no 
Quadro 17.12. Os “Valores projetados originais” foram extraídos do Quadro 17.8, e estão 
sendo comparados com os “Valores realizados”. 
 
Quadro 17.12Variação do resultado projetado × resultado realizado, de p1, em US$ corrente, 
sem o ajuste dos valores projetados. 
 
Apuração do resultado 
 
Valores projetados originais 
 
Valores realizados 
 
 
Variações 
 
 
Valor 
 
 
% 
 
Receita bruta 
 
 
120.464 
 
 
120.464 
 
 
0 
 
 
0% 
 
(–) Impostos 
 
 
(29.692) 
 
 
(29.692) 
 
 
0 
 
 
0% 
 
(–) Custos em moeda nacional 
 
 
(38.526) 
 
 
(38.486) 
 
 
40 
 
 
(0,10%) 
 
(–) Custos em moeda estrangeira 
 
 
(38.333) 
 
 
(38.333) 
 
 
0 
 
 
0% 
 
(–) Despesas operacionais 
 
 
(5.563) 
 
 
(5.311) 
 
 
252 
 
 
(4,54%) 
 
(=) Lucro 
 
 
8.350 
 
 
8.642 
 
 
292 
 
 
3,50% 
 
Dentro dos critérios de análise estabelecidos, as variações ocorridas entre o resultado 
realizado e o resultado projetado estão dentro da margem de variações consideradas normais 
e aceitáveis pela empresa, exceto o item Despesas operacionais. Portanto, somente esse item 
precisaria ser analisado em maior profundidade. 
 
VARIAÇÕES COM AJUSTE DOS ÍNDICES 
 
Sabemos que o resultado projetado em p0 e os valores dos itens do orçamento foram 
distorcidos pela diferença existente entre a variação de preços projetada e a variação real 
ocorrida em p1. Já vimos que é possível eliminar essas distorções, pormeio do ajuste dos 
índices. Os “Valores projetados ajustados” do Quadro 17.13 foram extraídos do Quadro 17.9. 
Quadro 17.13Variação do resultado projetado × resultado realizado, de p1, em US$ corrente, 
com os valores projetados ajustados. 
 
Apuração do resultado 
 
Valores projetados ajustados 
 
Valores realizados 
 
 
Variações 
 
 
Valor 
 
 
% 
 
Receita bruta 
 
 
119.453 
 
 
120.464 
 
 
1.010 
 
 
0,85 
 
(–) Impostos 
 
 
(29.443) 
 
 
(29.692) 
 
 
(249) 
 
 
0,85 
 
(–) Custos em moeda nacional 
 
 
(38.486) 
 
 
(38.486) 
 
 
0 
 
 
0 
 
(–) Custos em moeda estrangeira 
 
 
(38.333) 
 
 
(38.333) 
 
 
0 
 
 
0 
 
(–) Despesas operacionais 
 
 
(5.405) 
 
 
(5.311) 
 
 
94 
 
 
(1,74) 
 
(=) Lucro 
 
 
7.786 
 
 
8.642 
855 
10,98 
Após o ajuste do resultado projetado, conforme o Quadro 17.13, pode-se observar que, na 
realidade, o item Despesas operacionais estava dentro da margem de desvio aceitável. Os 
itens Receita bruta e Impostos são os que precisam ser analisados em maior profundidade 
para justificar a variação ocorrida além dos limites estabelecidos. 
18.1Planejamento de despesas financeiras 
O planejamento financeiro consiste em adequar o volume de recursos exigidos para executar 
as atividades operacionais e de investimentos da empresa, avaliando as possíveis fontes de 
recursos. Nesse contexto, torna-se necessária, entre outras providências, a análise da 
estrutura de capital, bem como a avaliação da capacidade de obtenção de financiamento da 
empresa. O nível de atividades operacionais planejado deve ficar limitado à capacidade 
máxima de obtenção de financiamento. 
 
As despesas financeiras podem exercer forte impacto sobre o lucro das empresas. A 
administração eficaz das despesas financeiras consiste em planejar, controlar e analisar 
adequadamente, compreendendo perfeitamente sua natureza e seu mecanismo, para 
maximizar os recursos financeiros colocados à disposição da empresa. 
 
Os requisitos essenciais para a análise da variação entre as despesas planejadas e realizadas 
são dois: o volume e o preço. As despesas financeiras líquidas, bem como os saldos das 
operações financeiras que as geram, devem ser segregadas adequadamente, para que seja 
possível a análise da variação orçamentária, mediante a aplicação de técnicas tradicionais. 
 
O Orçamento de caixa e o Orçamento de despesas financeiras, adequadamente elaborados e 
analisados, fornecem importantes subsídios para a tomada de decisões financeiras. 
 
18.1.1Planejamento de operações financeiras 
O planejamento de operações financeiras, que consiste em planejar as despesas e receitas 
financeiras, bem como as fontes e as condições gerais dos financiamentos, exige um profundo 
conhecimento do mercado financeiro e da economia brasileira e internacional. 
 
A informação básica para o administrador financeiro iniciar a elaboração do Orçamento de 
despesas financeiras é o volume de “geração de caixa antes das despesas financeiras”, que é 
parte do Orçamento de caixa. 
 
A elaboração do Orçamento de despesas financeiras exige a definição clara e objetiva de 
premissas e critérios básicos, considerando os possíveis cenários econômicos do período 
orçamentário. 
 
Para simplificar os termos, os empréstimos e aplicações financeiras serão denominados, 
simplesmente, operações financeiras. Para distinguir os saldos iniciais dos empréstimos 
existentes e empréstimos que serão captados durante o período do orçamento, os primeiros 
serão designados “antigos” e os segundos, “novos”. 
 
REGRAS E CRITÉRIOS GERAIS PARA CÁLCULOS DE JUROS 
 
a)Operações financeiras existentes no início do período orçamentário 
 
Sobre os empréstimos e aplicações financeiras existentes no início do período orçamentário 
(antigos) devem ser aplicadas as taxas de juros contratadas, pro rata die. Se as taxas de juros 
forem variáveis (indexadas a Libor semestral ou trimestral, por exemplo), devem ser 
estimadas. 
 
b)Novas operações financeiras contratadas durante o período orçamentário 
 
Geralmente, é difícil prever com exatidão em qual período do mês (início, meio ou fim) ocorre 
a concentração de captação de empréstimos, pois isso depende de vários fatores, como os 
recebimentos de clientes, pagamentos diversos e amortizações de empréstimos. Portanto, é 
razoável considerar que as captações de novos empréstimos ocorram no meado do mês. 
Assim, os juros são calculados sobre a metade do número de dias existentes nos meses de 
captação e de vencimento. No mês de 31 dias, serão considerados “15,5 dias”; no mês de 30 
dias, “15 dias”; no mês de 29 dias, “14,5 dias”; e no mês de 28 dias, “14 dias”. 
 
Sobre os empréstimos novos contratados durante o período orçamentário pode ser aplicada 
uma taxa de juros única pormodalidade de empréstimo. Dentro de um mesmo período 
orçamentário, se as variações nas taxas de juros forem significativas, podem ocorrer desvios 
que comprometem o resultado do orçamento. Situações extremas podem ocorrer, como, por 
exemplo, quando o período em questão seja o semestre e se inicie com a taxa de juros de 15% 
a.a. e finalize com 10% a.a. Nesse caso, é recomendável utilizar as taxas de juros diferentes em 
períodos menores (trimestre, por exemplo), em vez de utilizar uma única taxa de juros para 
todo o semestre. 
 
Serão aplicadas as seguintes taxas de juros sobre as novas operações financeiras: 
 
•Operações financeiras em moeda local (R$) 
 
Empréstimos: 
 
18,00% ao ano 
 
Aplicações financeiras: 
 
14,00% ao ano 
 
•Operações financeiras em moeda estrangeira (US$) 
 
Empréstimos: 
 
10,00% ao ano + variação cambial 
 
c)Agrupamento por modalidade e moeda de indexação 
 
Os empréstimos devem ser agrupados por moeda em que estão indexados, isto é, em moeda 
local ou em moeda estrangeira, pois sobre os empréstimos do segundo grupo incide, além de 
juros, a variação cambial, o que exige cálculos adicionais. Os empréstimos em moeda 
estrangeira, ou, simplesmente, empréstimos externos, são controlados na moeda original e 
convertidos em moeda local, na ocasião da complementação do Orçamento de caixa. 
 
REGRAS E CRITÉRIOS GERAIS PARA O CÁLCULO DE VARIAÇÃO CAMBIAL 
 
A despesa ou receita de variação cambial é calculada sobre os empréstimos em moeda 
estrangeira e outros ativos e passivos indexados em moeda estrangeira, tais como importação 
a pagar e saques de exportação. Neste exemplo, considerou-se o dólar norte-americano (US$) 
como a moeda estrangeira. 
 
Foram projetadas as seguintes taxas de câmbio, válidas para todo o mês: 
 
Mês 
 
Taxa de câmbio 
 
Dezembro-X0 
 
Janeiro-X1 
 
Fevereiro-X1 
 
Março-X1 
 
Abril-X1 
 
Maio-X1 
 
Junho-X1 
 
2,0000 
 
2,0164 
 
2,0329 
 
2,0496 
 
2,0664 
 
2,0833 
 
2,1000 
 
18.1.2Estratégias financeiras 
As estratégias financeiras devem ser flexíveis, pois o mercado financeiro é bastante dinâmico. 
Para que sejam eficazes, devem ser estabelecidas mediante a visão geral da possível (e 
provável) situação econômico-financeira do período orçamentário. 
 
ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO 
 
A eficácia da estratégia de financiamento exige que se observe o comportamento da 
necessidade de caixa de todo o período orçamentário, considerando diversos fatores, como as 
possíveis condições dos mercados financeiros brasileiro e internacional e a capacidade de 
obtenção de financiamento da empresa. 
 
São estabelecidas as seguintes estratégias de financiamento: 
 
•Empréstimos em moeda estrangeira 
 
80% do valor amortizado do empréstimo externo serão renovados pelo prazo de três meses. 
 
•Empréstimos em moeda local 
 
Toda a necessidade de caixa será coberta com empréstimo em moeda local com prazo de dois 
meses. 
 
Prevê-se que os saldos iniciais de 20X1 (saldos finais de 31-12-X0)1 dos empréstimos serão 
conforme os demonstradosa seguir. Note que os valores dos empréstimos em moeda local 
estão expressos em R$ e os valores dos empréstimos em moeda estrangeira, em US$. 
 
Tabela 18.1Saldos iniciais de empréstimos em moeda local (valores em R$). 
 
Data de captação 
 
Data de vencimento 
 
Taxa de juros (% a.a.) 
 
Valor original (R$) 
 
Montante em 31-12-X0 (R$) 
 
12-11-X0 
 
22-11-X0 
 
16-10-X0 
 
21-12-X0 
 
Total 
 
12-1-X1 
 
22-1-X1 
 
16-2-X1 
 
25-6-X1 
 
21,50% 
 
21,00% 
 
22,00% 
 
20,00% 
 
10.000 
 
18.000 
 
12.000 
 
20.000 
 
60.000 
 
10.269 
 
18.376 
 
12.514 
 
20.102 
 
61.261 
 
Tabela 18.2Saldos iniciais de empréstimos em moeda estrangeira (valores em US$). 
 
Data de captação 
 
Data de vencimento 
 
Taxa de juros (% a.a.) 
 
Valor original (US$) 
 
Montante em 31-12-X0 (US$) 
 
 25-7-X0 
 
 12-7-X0 
 
13-10-X0 
 
 3-4-X0 
 
16-10-X0 
 
 8-12-X0 
 
20-11-X0 
 
 25-7-X0 
 
 8-12-X0 
 
16-10-X0 
 
14-11-X0 
 
11-12-X0 
 
11-12-X0 
 
Total 
 
 5-1-X1 
 
 12-1-X1 
 
 15-1-X1 
 
 26-1-X1 
 
 15-2-X1 
 
 23-2-X1 
 
 20-3-X1 
 
 30-3-X1 
 
 9-4-X1 
 
 16-4-X1 
 
 15-5-X1 
 
 11-6-X1 
 
10-12-X1 
 
14,00% 
 
13,50% 
 
11,95% 
 
16,00% 
 
12,60% 
 
10,80% 
 
11,20% 
 
14,00% 
 
10,95% 
 
11,75% 
 
11,40% 
 
10,50% 
 
10,05% 
 
 6.400 
 
 9.000 
 
 2.500 
 
 12.000 
 
 7.500 
 
 5.000 
 
 7.400 
 
 8.200 
 
 4.600 
 
 7.600 
 
 6.900 
 
 5.800 
 
 18.000 
 
100.900 
 
 6.796 
 
 9.581 
 
 2.566 
 
 13.451 
 
 7.700 
 
 5.035 
 
 7.494 
 
 8.707 
 
 4.632 
 
 7.789 
 
 7.003 
 
 5.834 
 
 18.101 
 
104.686 
 
ESTRATÉGIA DE APLICAÇÃO FINANCEIRA E SALDO MÍNIMO DE CAIXA 
 
O saldo de caixa será aplicado em moeda local, com exceção do saldo mínimo de segurança, 
no valor de R$ 5.000. O valor aplicado será resgatado integralmente no mês sequinte, 
juntamente com o juro do período. 
 
O saldo inicial previsto de aplicação financeira é R$ 38.000. Prevê-se que será aplicado no dia 
31-12-X0, com resgate no dia 31-1-X1. 18.1.3Orçamento de caixa 
O administrador financeiro inicia a elaboração, ou melhor, completa o Orçamento de caixa, 
com as atividades sob sua responsabilidade. O Orçamento de caixa deve ser elaborado mês a 
mês, pois o fluxo de caixa e o resultado final de um mês influem no fluxo de caixa e no 
resultado dos meses seguintes. Por exemplo, apurou-se que o fluxo de caixa das atividades 
operacionais e financeiras do mês de janeiro-X1 resultará em necessidade de caixa no valor de 
R$ 29.126 (Quadro 18.2). Essa necessidade de caixa irá gerar operações financeiras, que, por 
sua vez, gerarão outras operações financeiras em meses subsequentes. 
 
APURAÇÃO DA SOBRA OU NECESSIDADE DE CAIXA 
 
Suponha que seja apresentado ao administrador financeiro um Orçamento de caixa antes das 
despesas financeiras líquidas relativo ao primeiro semestre de 20X1, conforme o Quadro 18.1. 
Esse orçamento (incompleto) mostra que se espera uma geração de caixa antes das despesas 
financeiras líquidas, no valor de R$ 67.136, no semestre. O administrador financeiro deverá 
completar o Orçamento de caixa com os dados relativos a operações financeiras, ou seja, com 
os juros a pagar e a receber e amortização de empréstimos e financiamentos, para apurar a 
efetiva sobra ou necessidade de caixa em cada mês. 
 
Quadro 18.1Orçamento de caixa antes das despesas financeiras líquidas. 
 
(Valores em R$) 
 
MÊS 
 
Jan.-X1 
 
Fev.-X1 
 
Mar.-X1 
 
Abr.-X1 
 
Maio-X1 
 
Jun.-X1 
 
TOTAL 
 
TAXA DE CÂMBIO 
 
2,0164 
 
2,0329 
 
2,0496 
 
2,0664 
 
2,0833 
 
2,1000 
 
 
RECEBIMENTOS 
Vendas no mercado doméstico 68.500 83.000 118.600 99.500 106.900
 124.500 601.000 
Vendas no mercado externo 8.066 10.165 10.248 10.332 10.417 10.500 59.727 
Total (A) 76.566 93.165 128.848 109.832 117.317 135.000
 660.727 
PAGAMENTOS 
Compras no mercado 44.500 38.000 34.800 59.400 58.000 56.800 291.500 
doméstico 12.098 12.197 12.298 16.531 16.666 16.800 85.591 
Compras no mercado externo 38.000 37.500 31.500 38.000 31.500 33.000 209.500 
Outros custos e despesas 94.598 87.697 78.598 113.931 106.166
 106.600 587.591 
Total (B) 
GERAÇÃO DE CAIXA OPERACIONAL (C = A – B) (18.033) 5.467 50.250 (4.099) 11.150
 28.400 73.136 
INVESTIMENTOS 
Aplicação (venda) de ações 0 1.000 0 0 (1.000) 1.500 1.500 
Compra (venda) de 1.500 500 0 1.000 500 1.000 4.500 
imobilizado 1.500 1.500 0 1.000 (500) 2.500 6.000 
Total (D) 
GERAÇÃO DE CAIXA ANTES DAS DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS (E = C – D) (19.533)
 3.967 50.250 (5.099) 11.650 25.900 67.136 
De acordo com o Orçamento de caixa completado com operações financeiras (Quadro 18.2), 
haverá necessidade de captação de empréstimo para suprir o caixa nos meses de janeiro, 
fevereiro, abril e junho. Nos meses de março e maio, haverá sobra de caixa e, portanto, a 
empresa poderá aplicá-la no mercado financeiro. 
 
Nesta altura dos acontecimentos, o leitor deverá estar se perguntando: “Afinal de contas, 
como foram apurados esses valores?”. Para entender a lógica dos números apresentados no 
Quadro 18.2, há necessidade de voltar um pouco no tempo e acompanhar as fases da 
apuração dos dados relativos às operações financeiras (as origens dos dados e os cálculos 
estão demonstrados no Quadro 18.9). 
 
Quadro 18.2Orçamento de caixa completado com operações financeiras. 
 
(Valores em R$) 
 
MÊS 
 
Jan.-X1 
 
Fev.-X1 
 
Mar.-X1 
 
Abr.-X1 
 
Maio-X1 
 
Jun.-X1 
 
TOTAL 
 
TAXA DE CÂMBIO 
 
2,0164 
 
2,0329 
 
2,0496 
 
2,0664 
 
2,0833 
 
2,1000 
 
 
GERAÇÃO DE CAIXA ANTES DAS DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS (E = C – D) 
 
(19.533) 
 
3.967 
 
50.250 
 
(5.099) 
 
11.650 
 
25.900 
 
67.136 
 
PAGAMENTOS DE DESPESAS FINANCEIRAS 
 
Juros sobre empréstimos antigos em moeda local 
 
Juros sobre empréstimos novos em moeda local 
 
Juros sobre empréstimos externos antigos 
 
Juros sobre empréstimos externos novos 
 
Outras despesas financeiras 
 
(–) Juros sobre aplicação financeira 
 
Líquido (F) 
 
 
 
926 
 
0 
 
5.440 
 
0 
 
100 
 
(431) 
 
6.035 
 
 
 
844 
 
0 
 
888 
 
0 
 
120 
 
0 
 
1.852 
 
 
 
0 
 
801 
 
2.185 
 
0 
 
100 
 
0 
 
3.086 
 
 
 
0 
 
418 
 
1.285 
 
1.230 
 
150 
 
(130) 
 
2.953 
 
 
 
0 
 
0 
 
831 
 
523 
 
80 
 
0 
 
1.434 
 
 
 
1.976 
 
748 
 
645 
 
666 
 
100 
 
(36) 
 
4.099 
 
 
 
3.746 
 
1.967 
 
11.275 
 
2.418 
 
650 
 
(597) 
 
19.459 
 
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO (G = E – F) 
 
(25.568) 
 
2.115 
 
47.165 
 
(8.052) 
 
10.216 
 
21.801 
 
47.677 
 
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 
 
Empréstimos antigos em moeda local 
 
Empréstimos novos em moeda local 
 
Empréstimos externos antigos 
 
Empréstimos externos novos 
 
Total (H) 
 
NOVAS CAPTAÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA (I) 
 
28.000 
 
0 
 
60.290 
 
0 
 
88.290 
 
48.232 
 
12.000 
 
0 
 
25.411 
 
0 
 
37.411 
 
20.329 
 
0 
 
29.126 
 
31.974 
 
0 
 
61.100 
 
25.579 
 
0 
 
14.968 
 
25.210 
 
49.428 
 
89.606 
 
58.711 
 
0 
 
0 
 
14.375 
 
20.833 
 
35.208 
 
28.166 
 
20.000 
 
26.303 
 
12.180 
 
26.208 
 
84.691 
 
30.710 
 
60.000 
 
70.397 
 
169.440 
 
96.469 
 
396.306 
 
212.728 
 
SUPERÁVIT (DÉFICIT) DE CAIXA (J = G – H + I) 
 
(65.626) 
 
(14.968) 
 
11.644 
 
(37.947) 
 
3.174 
 
(32.180) 
 
(135.902) 
 
SALDO DE DISPONIBILIDADE (*) 
 
Caixa e Bancos (k 1) 
 
Aplicação financeira (k 2) 
 
Total (k = k 1 + k 2) 
 
5.000 
 
0 
 
5.000 
 
5.0000 
 
5.000 
 
5.000 
 
11.644 
 
16.644 
 
5.000 
 
0 
 
5.000 
 
5.000 
 
3.174 
 
8.174 
 
5.000 
 
0 
 
5.000 
 
 
SOBRA (NECESSIDADE) DE CAIXA (L = J + kanterior – k 1) 
 
(29.126) 
 
(14.968) 
 
11.644 
 
(26.303) 
 
3.174 
 
(29.005) 
 
 
(*) Saldo de disponibilidade em 31-12-X0: R$ 41.500 (Caixa: R$ 3.500; Aplicação financeira: R$ 
38.000). 
 
CÁLCULOS DE JUROS SOBRE OS EMPRÉSTIMOS EM MOEDA LOCAL 
 
Os juros dos empréstimos em moeda local são atualizados com juros compostos sobre o 
montante intermediário calculado até o mês anterior (ou sobre o valor original, se captado 
durante o mês corrente). Caso os juros sejam calculados mensalmente sobre o valor original 
do empréstimo, considerando somente o número de dias do “mês focal” (mês em que o 
empréstimo está sendo atualizado), eles poderão apresentar significativas distorções à medida 
que o “mês focal” vá-se distanciando da data original de captação. 
 
Os juros poderiam ser calculados diretamente com a equação 18.1, sempre sobre o montante 
anterior (ou saldo atualizado), mas será utilizada a equação 18.2, para facilitar a apuração de 
juros mensais. 
 
J = P [(1+i) n/360 – 1] 
 
(equação 18.1) 
 
onde: 
 
J = juro; 
P = principal ou valor original (ou montante anterior, conforme o caso); 
i = taxa de juros expressa em ano de 360 dias; 
n = número de dias decorridos dentro do mês. 
M = P (1+i) n/360 
 
(equação 18.2) 
 
onde: 
 
M = montante; 
P = principal ou valor original; 
n = número de dias decorridos desde a data da captação até a data da 
atualização. 
Para apurar os juros a pagar, por meio da equação 18.2, calculam-se os juros incorridos pro 
rata die, mês a mês, até o vencimento, com base nas condições de cada empréstimo. 
 
a)Cálculos de juros sobre os empréstimos antigos em moeda local 
 
Uma vez calculados os montantes, que representam a soma do principal e juros decorridos, 
conforme o Quadro 18.3, a apuração das despesas de juros torna-se bastante simples: basta 
subtrair do valor do montante atual o montante anterior de cada empréstimo. Os valores 
totalizados na última linha do Quadro 18.4 são as despesas de juros dos respectivos meses, e 
os valores totalizados na última coluna são os juros a pagar nos respectivos vencimentos. 
Independentemente da sobra ou necessidade de caixa do período orçamentário, as condições 
gerais dos empréstimos antigos já estão definidas. 
 
Por exemplo, o montante final do empréstimo que vence em 12-1-X1 foi calculado como 
segue: R$ 10.000 (1 + 0,2150)61/360 = R$ 10.335. O juro do mês de janeiro-X1 desse 
empréstimo foi calculado como segue: R$ 10.335 – R$ 10.269 = R$ 66. 
 
Quadro 18.3Montantes dos empréstimos antigos em moeda local. 
b)Cálculos de juros sobre os empréstimos novos em moeda local 
 
Nos meses em que forem apuradas as necessidades de caixa, captam-se novos empréstimos, 
que gerarão novos encargos. As formas de cálculo dos montantes e dos juros dos empréstimos 
novos são as mesmas utilizadas para cálculo dos juros dos empréstimos antigos. Sobre os 
valores mensais das novas captações de empréstimos, aplica-se uma taxa média de juros 
compostos estimada de 18,00% a.a. 
 
No Quadro 18.5, estão demonstrados simultaneamente os juros incorridos de todo o período 
orçamentário, mas, na prática, o cálculo de juro de um mês deve ser feito somente após a 
elaboração completa do Orçamento de caixa do mês anterior. 
 
De acordo com os critérios adotados, os juros incorridos sobre o valor total do empréstimo 
novo captado no mês de janeiro-X1 são calculados como segue: 
 
1.Juro incorrido no mês de janeiro-X1 
 
M = R$ 29.126 (1,18 15,5/360) = R$ 29.334 
 
J = R$ 29.334 – R$ 29.126 = R$ 208 
 
2.Juro incorrido no mês de fevereiro-X1 
 
M = R$ 29.126 (1,18 (15,5+28)/360) = R$ 29.714 
 
J = R$ 29.714 – R$ 29.334 = R$ 380 
 
3.Juro incorrido no mês de março-X1 
 
M = R$ 29.126 (1,18(15,5+28+15,5)/360) = R$ 29.927 
 
J = R$ 29.927 – R$ 29.714 = R$ 213 
 
4.Valor total de juros a pagar 
 
Total = R$ 208 + R$ 380 + R$ 213 = R$ 801 
 
Quadro 18.5Montantes e juros incorridos sobre empréstimos novos em moeda local. 
 
 
 
CÁLCULOS DE JUROS SOBRE OS EMPRÉSTIMOS EM MOEDA ESTRANGEIRA 
 
Por praxe do mercado financeiro brasileiro e em conformidade com as práticas internacionais, 
os empréstimos denominados em US$ são calculados com juros simples. Esse procedimento, 
certamente, pode dificultar a comparação dos juros assim calculados com os juros sobre 
empréstimos locais calculados com juros compostos (taxas efetivas). Nas tomadas de decisão 
financeira, os juros simples devem ser recalculados com juros compostos. 
 
Por utilizar o método de juros simples, os juros mensais dos empréstimos externos podem ser 
calculados diretamente sobre o valor original em US$, mediante a equação 18.3, onde n = 
número de dias existentes no mês atual. 
 
J = P (i/360) n 
 
(equação 18.3) 
 
Os juros sobre empréstimos externos são calculados inicialmente em moeda estrangeira (US$, 
em nosso exemplo) e, posteriormente, convertidos para R$, na ocasião da complementação 
do Orçamento de caixa e elaboração do Orçamento de despesas financeiras. O controle do 
saldo e da movimentação em US$ dos empréstimos externos será útil para apuração da 
despesa ou receita de variação cambial. 
 
O período de juros considerado no cálculo do montante atual (valor no final do mês atual ou 
no vencimento) está definido pelas “Regras e critérios gerais para cálculos de juros”, na fase de 
planejamento de operações financeiras. 
 
a)Cálculos de juros sobre os empréstimos antigos em moeda estrangeira 
 
Na última linha do Quadro 18.6 estão demonstrados os valores mensais dos juros incorridos e, 
na última coluna, os valores a pagar (relativos aos empréstimos que vencem até o final do 
período orçamentário). 
 
Quadro 18.6Juros incorridos sobre empréstimos antigos em moeda estrangeira. 
 
 
 
b)Cálculos de juros sobre os empréstimos novos em moeda estrangeira 
 
Os juros dos empréstimos novos são calculados da mesma forma que os dos empréstimos 
antigos. Sobre os valores mensais dos novos empréstimos, aplica-se taxa de juros simples 
estimada de 10,00% a.a. 
 
Quadro 18.7Juros incorridos sobre empréstimos novos em moeda estrangeira. 
 
 
 
CÁLCULO DE JUROS SOBRE APLICAÇÃO FINANCEIRA 
 
Para calcular o juro da aplicação financeira, pode ser utilizada a equação 18.2 para atualizar o 
saldo e deduzir o montante anterior. Os juros apropriados e recebidos durante o período 
orçamentário são calculados no Quadro 18.8. 
 
Quadro 18.8Juros apropriados sobre aplicação financeira. 
ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DE CAIXA 
Uma vez calculados os juros a pagar, é possível completar o Orçamento de caixa. O Quadro 
18.9 mostra como são calculados e de onde são extraídos os dados que completam o 
Orçamento de caixa, com base no orçamento do mês de janeiro de 20X1. 
 
Quadro 18.9Orçamento de caixa completado com operações financeiras do mês de janeiro de 
20X1. 
 
(Valores em R$) 
 
GERAÇÃO DE CAIXA ANTES DAS DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS (E = C – D) 
 
(19.533) 
 
ORIGENS DOS DADOS E CÁLCULOS 
 
PAGAMENTOS DE DESPESAS FINANCEIRAS 
 
 
Juros sobre empréstimos antigos em moeda local 
 
926 
 
Quadro 18.4 
 
Juros sobre empréstimos novos em moeda local 
 
0 
 
Quadro 18.5 
 
Juros sobre empréstimos externos antigos 
 
5.440 
 
Quadro 18.6 (US$ 2.698 x R$ 2,0164) 
 
Juros sobre empréstimos externos novos 
 
0 
 
Quadro 18.7 (valor em US$ x taxa de câmbio) 
 
Outras despesas financeiras 
 
100 
 
Valor estimado 
 
(–) Juros sobre aplicação financeira 
 
(431) 
 
Quadro 18.8 
 
Líquido (F) 
 
6.035 
 
 
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO (G = E – F) 
 
(25.568) 
 
 
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 
 
 
Empréstimos antigos em moeda local 
 
28.000 
 
Quadro 18.4 
 
Empréstimos novos em moeda local 
 
0 
 
Quadro 18.5 
 
Empréstimos externos

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