Buscar

SISTEMAS ESTRUTURAIS MADEIRA E METAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

/SISTEMAS ESTRUTURAIS
METAL - UNIDADE I
📌 Generalidades e fundamentos do Aço
O ferro é amplamente utilizado pelo homem desde
épocas pré-históricas, já o aço teve sua maior
utilização na construção civil após a Revolução
Industrial.
O processo de produção do aço exige grandes
recursos, porém ele é reciclável e reutilizável.
Suas utilizações práticas podem ser em casas,
estruturas de cobertura, galpões, pontes e edifícios
de vários andares.
PatCenter Richard Rogers, 1986
🔻Aços estruturais utilizados no Brasil
Para utilização na construção civil, atualmente, os
aços assim denominados (aços estruturais) são os
que possuem propriedades mecânicas
adequadas para utilização em componentes das
estruturas (ditas resistentes) que suportam cargas.
Geralmente os aços-carbono são feitos a partir da
liga de minério de ferro e carbono, em função da
concentração do carbono se dá a classificação
abaixo:
➥ Baixo carbono: C ≤ 0,30%
➥ Médio carbono: 0,30% < C < 0,50%
➥ Alto carbono: C ≥ 0,50%
* A concentração de carbono pode chegar até
2,11%, quando esse valor é ultrapassado ao invés
de ser aço-carbono se torna ferro fundido.
O aumento do teor de carbono produz redução da
ductilidade, o que acarreta problemas na soldagem.
No entanto, os aços-carbono considerados na
classificação de baixo carbono ou médio carbono
podem ser soldados sem precauções especiais,
sendo assim os mais adequados à construção civil.
Ductilidade é a capacidade que os materiais
têm de se deformar antes da ruptura. É o oposto
de fragilidade.
➥ Resistência característica ao escoamento – os
tipos mais comuns de aços possuem 2750 kgf/cm²
e 3350 kgf/cm² de resistência ao escoamento,
respectivamente.
➥ As estruturas metálicas são as estruturas mais
parecidas com a Resistência dos Materiais.
➥ Aços de maior resistência contém maiores
níveis de carbono.
➥ Sob carregamento e descarregamento cíclicos,
estruturas metálicas podem desenvolver fissuras
microscópicas na superfície, devido à ‘fadiga’.
🔻 Exemplos de classificação na tabela
fy= resistência do escoamento do aço
fu = resistencia à ruptura do aço sob tração.
🔻 Aços resistentes à corrosão atmosférica
A adição, em pequenas proporções, de elementos
de liga como o cobre, cromo, fósforo e silício, criou
o grupo de aços patináveis ou aclimátaveis, com
excelente resistência à corrosão atmosférica aliada
à resistência mecânica adequada.
Esses tipos de aços são bem mais caros e sua
utilização é feita apenas em casos de necessidade.
🔻 Principais propriedades físicas e mecânicas dos
aços estruturais
Comparando a massa específica e módulo de
elasticidade de outros materiais:
O concreto armado é p= 25 kN/m³ e E = 30.000
MPa a E= 40.000 MPa
A madeira (dependendo da árvore) varia de p= 5
kN/m³ a p= 10 kN/m³
O valor da resistência à ruptura do aço fu é superior
à resistência ao escoamento do aço fy.
Elasticidade
➥ Capacidade de o elemento voltar à forma
original após sucessivos ciclos de carregamento e
descarregamento.
➥ A deformação elástica é reversível: desaparece
quando a tensão é removida.
➥ A deformação plástica é irreversível: não
desaparece quando a tensão é retirada.
Dureza
➥ Trata-se da resistência ao risco ou abrasão.
➥ Mede-se a dureza pela resistência que a
superfície do material oferece à penetração de uma
peça de maior dureza. É de extrema importância
conhecer a dureza para o processo de
estampagem das chapas de aço.
Resiliência
➥ É a capacidade de absorver energia mecânica
em regime elástico ou a de restituir energia
mecânica absorvida. Ou simplesmente resiliência é
a quantidade de energia elástica absorvida por
unidade de volume.
Tenacidade
➥ Quantidade de energia, absorvida por unidade
de volume até sua ruptura.
➥ Em tração simples, a tenacidade é representada
pela área total do diagrama tensão x deformação.
Resistência à fadiga
➥ Ruptura de um material quando da ocorrência
de esforços cíclicos ou repetidos.
➥ A ruptura da fadiga é sempre frágil, mesmo que
aconteça em materiais dúcteis.
➥ A verificação quanto à fadiga é fundamental nos
casos de ponte rolante, pontes rodoviárias e
ferroviárias.
Efeito de temperatura elevada
➥ As temperaturas elevadas modificam as
propriedades físicas dos aços.
➥ As temperaturas elevadas reduzem as
resistências ao escoamento e à ruptura, em alguns
casos também provocam fluência dos aços.
➥ No caso de incêndios em prédios com estrutura
de aço, primeiramente há que se esclarecer que o
material em geral estará protegido termicamente
por pinturas intumescentes, argamassas leves
(compostas por lãs minerais, vermiculita expandida,
fibras cerâmicas etc.) ou outras proteções passivas.
Fluência
➥ É o fenômeno pelo qual metais e ligas tendem a
sofrer deformações plásticas quando
submetidos por longos períodos a tensões
constantes, porém inferiores ao limite de
escoamento do material.
➥ À temperatura ambiente, a deformação das
estruturas metálicas é muito pequena, a não ser
que a carga adquira uma tal intensidade que se
aproxima da tensão de ruptura.
🔻 Produtos do aço
Duas famílias de perfis nas estruturas de aço:
Estruturas em barras (reticuladas) que são os
perfis laminados e soldados e as estruturas
painelizadas que são os perfis formados a frio.
➥ Chapas finas a frio: espessura-padrão de 0,30
mm a 2,65 mm.
➥ Chapas zincadas: espessura-padrão de 0,25
mm a 1,95 mm.
* São revestidas nas duas faces por zinco, que
protege contra a corrosão, portanto tem a
resistência à corrosão elevada. São muito utilizadas
para telhas, rufos e calhas metálicas.
➥ Chapas finas a quente: espessura-padrão de
1,20 mm a 5,00 mm.
➥ Chapas grossas: espessura-padrão de 6,30 mm
a 102 mm.
Perfis soldados
Montados da união de chapas usando soldas,
formando seções transversais I, C (ou U), H,
tubulares e caixão.
Nomenclatura:
vs = viga soldada (utilizado como viga)
cs = coluna soldada (utilizado como pilar)
cvs = coluna viga soldada (utilizada tanto como
pilar quanto viga).
d = altura do perfil
bf = largura do perfil da mesa
tw= espessura da alma
tf = espessura da mesa
Exemplos de leitura:
VS – viga soldada com relação 2,0 ≤ d/bf ≤ 4,0, em
geral d/bf = 2. VS 500 x 97, d = 500 mm e massa
linear 97,4 kg/m.
CVS – coluna ou viga soldada com relação 1,0 ≤
d/bf ≤ 1,5, em geral d/bf ∼= 1, 5.CVS 450 x 116, d =
450 mm e massa linear 116,4 kg/m.
CS – coluna soldada com relação d/bf ∼= 1, 0. CS
250x52, d = 250 mm e massa linear 51,8 kg/m.
Perfis laminados
Obtidos diretamente dos laminadores das
siderúrgicas, a partir da laminação a quente, são
conformados por uma sucessão de passes.
Principais tipos de produtos siderúrgicos laminados
de utilização estrutural:
* Todos esses perfis são tabelados.
Perfis conformados a frio
São chapas metálicas leves dobradas a frio com <
3 mm de espessura.
Perfis alveolares – castelados
São perfis serrados e soldados um sobre o outro.
Esses vazios se chamam de castelamento.
Perfil laminado com chapa soldada: IFB (integrated
floor beam) / SFB (slim floor beam)
Perfis mistos
São utilizados para estruturas em concreto. Onde
existem vergalhões soldados inseridos no concreto
armado.
Com esse perfil dentro do concreto se reduz a
sessão do mesmo, auxiliando na resistência à
compressão.
Perfil calandrado
Todo perfil curvo é intitulado de perfil calandrado,
esse nome se dá pela máquina que faz essa
curvatura na estrutura.
🔻Propriedades Mecânicas de Alguns Aços
Estruturais Padrão ASTM*
🔻Ligações
São detalhes construtivos que promovem a união
de partes da estrutura entre si ou a sua união
com elementos externos a ela.
Exemplos de ligações:
➥ Ligação da alma com mesa em perfil I soldado.
➥ Ligação de coluna com viga de pórtico.
➥ Placa de base.
➥ Emenda de viga I.
➥ Ligação flexível de viga I com coluna.
➥ Ligação de peça tracionada.
➥ Emenda de coluna.
As ligações se compõem dos elementos de
ligação e dos meios de ligação.
Os elementos de ligação são todos os
componentes incluídos no conjunto para permitir ou
facilitar a transmissão dos esforços:
➥ enrijecedores;
➥ placa de base;
➥ cantoneiras;
➥chapas de gusset;
➥ talas de alma e de mesa;
➥ parte das peças ligadas envolvidas localmente
na ligação;
Os meios de ligação são os elementos que
promovem a união entre as partes da estrutura
para formar a ligação. Como meios de ligação são
utilizados principalmente soldas, parafusos e barras
roscadas, como os chumbadores.
Classificam-se as ligações:
I. Segundo a rigidez.
Rigidez é a capacidade de impedir a rotação e
deslocamentos.
De acordo com o grau de impedimento da rotação
relativa de suas partes, as ligações são
classificadas nos três seguintes tipos:
➥ Rígida: o ângulo entre os elementos estruturais
que se interceptam permanece essencialmente o
mesmo após o carregamento da estrutura, com
uma restrição à rotação da ordem de 90 por cento
ou mais daquela teórica necessária à ocorrência de
nenhuma rotação.
➥ Flexível: a restrição à rotação relativa entre os
elementos estruturais deve ser tão pequena quanto
se consiga obter na prática.
➥ Semirrígida: está entre a rígida e flexível.
II. Segundo os meios de ligação
Elas são soldadas que resistem a tensões de
tração, compressão e/ou cisalhamento e/ou
aparafusadas resistem à tração e/ou cisalhamento.
III. Segundo os esforços solicitantes
Nos parafusos ou linhas de solda, as ligações
podem ser dos seguintes tipos:
➥ Cisalhamento centrado;
➥ Cisalhamento excêntrico;
➥ Tração ou compressão;
➥ Tração ou compressão com cisalhamento.
IV. Segundo a execução das ligações
🔻Vantagens da construção metálica
➥ Redução das cargas das fundações: Embora a
massa específica seja superior (p= 75 kN/m³) a do
concreto (p= 25 kN/m³), as sessões acabam sendo
reduzidas, assim diminuindo o peso final da
estrutura;
➥ Aumento da área útil: Por se tratar de um
elemento com uma resistência muito elevada, os
perfis (pilares) têm uma dimensão reduzida se
comparada com os pilares de concreto, assim
aumentando a área de determinados espaços;
➥ Redução do tempo de obra: Estrutura
industrializada que precisa apenas ser soldada ou
parafusada nas obras, agilizando o tempo de
construção;
➥ Facilidade no canteiro, aumento da
produtividade e melhor segurança e qualidade na
obra;
➥ O aço é um material reciclável e reutilizável:
Facilitando a montagem e desmontagem de
elementos provisórios;
➥ Versatilidade no uso: edifícios comerciais,
industriais, pontes, viadutos e passarelas, silos e
reservatórios, torres, residências, aeroportos,
hangares, grandes coberturas, plataformas
marítimas etc.
🔻 Desvantagens da construção metálica
➥ Exige mão de obra especializada;
➥ Em algumas regiões pode ser difícil encontrar
alguns tipos de aço e determinados tipos de perfis;
➥ Muitas regiões do Brasil não têm tradição de
utilizar estruturas de aço;
➥ Utilização viabilizada em projetos lineares
(vigas e pilares). Para lajes de piso de edificações
em geral (não industriais), necessita de
associação com o concreto.
🔻 Sistemas estruturais: Coberturas
É o termo utilizado para designar todo o conjunto
da edificação, localizado na parte superior,
destinado a protegê-la das intempéries (sol
excessivo, chuva, umidade, frio, etc.).
Entende-se por cobertura o conjunto formado
pelas telhas; pela estrutura secundária de apoio às
telhas, denominada trama ou armação; pela
estrutura principal de apoio, que pode ser uma
estrutura de alma cheia ou treliçada (tesoura) e
pelas estruturas secundárias, que têm a função
de manter a estabilidade do conjunto,
usualmente denominadas contraventamentos.
🔻 Sistemas estruturais: Coberturas em shed
No Brasil, é utilizado para designar os telhados em
forma de serra.
Muito comum em fábricas e galpões. Os planos
verticais da serra são utilizados para ventilar e
iluminar naturalmente o espaço interno do galpão.
🔻 Sistemas estruturais: Coberturas em arco
As coberturas em arco são muito utilizadas em
ginásios de esportes, em galpões, e outras
estruturas onde se necessite de espaço amplo.
São suas características:
➥ vencer grandes vãos;
➥ ter baixo consumo de material;
➥ ter seu aproveitamento máximo quando
solicitado por esforços axiais.
🔻 Sistemas estruturais: Galpões
Os galpões podem ser projetados com quaisquer
formas, seções transversais, e modelos
estruturais, no entanto, algumas características
são comuns em todos eles.
Um sistema estrutural importante, muitas vezes
não considerado no projeto de arquitetura e que
pode provocar surpresas ao arquiteto, é o
contraventamento.
Sendo o aço um material muito resistente, as
peças estruturais resultam muito esbeltas
(apresentam menores dimensões se comparadas
às de concreto).
🔻 Sistemas estruturais: Contraventamento
Como as estruturas metálicas são esbeltas,
costumam apresentar grande instabilidade.
São utilizados para travar a estrutura, seja pela
ação do vento ou da própria falta de rigidez do
conjunto estrutural.
Os contraventamentos têm como função
garantir a estabilidade da estrutura para ações
horizontais. As seções comuns para eles são:
cantoneiras, barras redondas, perfis I e perfis U.
Sempre que possível, os contraventamentos
devem ser submetidos a esforços de tração.
🔻 Sistemas estruturais: Edifícios de múltiplos
andares
O Brasil, embora atrasado, tem despertado para o
grande mercado da construção civil
industrializada. Novas políticas empresariais foram
implementadas visando adaptações em seus
departamentos técnicos e de marketing no
atendimento às necessidades deste segmento.
Sistema aporticado
Sistema contraventado
Sistema de núcleo rígido
SISTEMAS ESTRUTURAIS
MADEIRA - UNIDADE II
📌 Generalidades e fundamentos da madeira
A madeira é amplamente utilizada na construção
civil desde épocas pré-históricas, em função da sua
abundância na natureza, facilidade no manuseio e
por ser um material que não exige grandes
recursos para a extração da natureza, além de ser
renovável.
Suas utilizações práticas podem ser em casas,
estruturas de cobertura, pontes, andaimes, fôrmas
para estruturas de concreto, escoramentos, forros,
piso e rodapés.
Timber Bridge, 2022
🔻Madeiras para estruturas
As fontes das madeiras são as florestas, que
podem ser:
➥ Plantadas: cuja implantação, manutenção e
exploração seguem projetos aprovados pelo Ibama.
No Brasil, em geral, são constituídas por eucalipto
e pínus (ambas possuem um crescimento rápido e
tronco retilíneo).
➥ Nativas: são exploradas de duas maneiras. Por
meio de manejo florestal, que possibilita a
exploração planejada e controlada da mata, ou pela
exploração extrativista, sem controle.
Manejo florestal é a forma correta para a
utilização dos recursos naturais, em função de
utilizar o princípio de sustentabilidade, ou seja,
prevendo um uso que permite a recomposição
da floresta, possibilitando a sua viabilização
econômica, social e ambiental.
Tipos de madeiras mais comuns, utilizados em
estruturas:
➥ Madeira roliça: Utilizada na forma de troncos
sem a casca, é comumente usada em
escoramentos, postes e colunas. Os tipos mais
comuns no Brasil são o eucalipto e o
pinho-do-paraná.
➥ Madeira falquejada ou lavrada: Trata-se de
madeira obtida por meio de corte com machado, de
forma que as partes laterais são retiradas,
formando uma peça de seção retangular. Seu uso é
mais comum em antigos dormentes de madeira,
estacas, cortinas cravadas e pontes.
➥ Madeira serrada: É aquela que resulta
diretamente das toras, constituída por peças
cortadas longitudinalmente através de serra,
independentemente de suas dimensões, de seção
retangular ou quadrada.
➥ Madeira laminada colada (MLC): Também
conhecida pela sigla MLC, é um tipo de produto
estrutural de madeira que compreende várias
lâminas de madeira, coladas com adesivos
estruturais duráveis e resistentes à umidade.
Laminação da madeira por definição são pequenos
pedaços de madeira colados entre si, formando um
único elemento, grande, forte e estrutural. Esses
elementos estruturais são utilizados como pilares e
vigas.
➥ Madeira laminada colada cruzada (CLT – Cross
Laminated Timber): É um produto fabricado com 3,
5 ou 7 camadas ortogonais de madeira laminada
serrada, que são coladas com adesivosestruturais
a fim de formar painéis retangulares para utilização
como lajes, paredes de fechamento e paredes
estruturais.
O grande avanço tecnológico trazido pelo CLT é a
possibilidade de se produzir painéis de grandes
dimensões, podendo chegar até 3,0 m x 12,0 m e
grandes espessuras, podendo chegar a 300 mm. A
dimensão dos painéis varia de acordo com o
tamanho das prensas utilizadas na fabricação.
* A Madeira laminada colada e madeira laminada
colada cruzada são as mais utilizadas em
edificações de vários pavimentos.
🔻Classificação das madeiras
As madeiras duras (madeiras de lei) são
originárias das árvores dicotiledôneas, com folhas
achatadas e largas, cujo crescimento é lento, tais
como: ipê, aroeira, peroba, carvalho e outras.
As madeiras macias são originárias das árvores
coníferas, com folhas em forma de agulhas ou
escamas e sementes agrupadas em forma de cone,
cujo crescimento é rápido, tais como: pinheiros,
cedros e outras.
🔻Características biológicas das árvores e
propriedades das madeiras
* A madeira é considerada um material anisotrópico
porque há variação de suas propriedades nas três
principais direções.
Umidade da madeira
➥ A água livre fica situada nas cavidades das
células é facilmente eliminada com a secagem da
madeira.
➥ A água impregnada fica situada nas paredes
das células e é muito difícil de ser eliminada
mesmo após o processo de secagem.
* Ou seja, a árvore sempre vai manter uma
determinada umidade (água impregnada).
* A madeira funciona como uma esponja e faz a
troca umidade com o meio ambiente.
Resistência ao fogo da madeira
➥ Em casos de incêndio, assim que o fogo entra
em contato com a madeira se cria uma camada
externa carbonizada, que auxilia na resistência do
material no incêndio, protegendo o miolo da
madeira, sendo um excelente isolante térmico.
Durabilidade
➥ Para auxiliar a durabilidade natural existem
produtos para preservar a madeira por mais tempo,
resistentes às intempéries.
Deterioração
➥ Na deterioração por fungos ou insetos xilófagos
também existem produtos para a proteção da
madeira por mais tempo, já que a umidade é um
fator que chama a propagação dos insetos.
🔻Propriedades mecânicas da madeira
Para a elaboração do projeto estrutural, precisamos
considerar as propriedades mecânicas da madeira,
conforme prescreve a NBR 7190 (ABNT, 1997),
que considera a distinção entre os valores
correspondentes à tração e à compressão.
Também é essencial a consideração das
respectivas direções em relação às fibras.
* A resistência da madeira para esforços de tração
que são paralelos às fibras, temos uma resistência
muito boa, já a resistência à tração na direção
normal às fibras é menor.
Outro fator importante é a determinação da classe
de umidade que orientará a definição final de tais
valores.
* Umidades acima de 18% reduzem em até 20% a
resistência mecânica da madeira.
* A classe 1 de resistência do concreto vai de 20
até a 50 e a classe 2 de 55 até a 90, ou seja, a
madeira tem uma resistência bastante compatível
com a resistência do concreto armado.
🔻Processamento da madeira
➥ Corte da árvore.
➥ Remoção da casca.
➥ Desdobramento do tronco em toras de 4 a 6
metros.
➥ Transformação das toras em pranchas
O desdobramento radial produz pranchas mais
homogêneas, mas é mais caro, o que favorece a
utilização do desdobramento paralelo com maior
frequência.
Antes de poder ser utilizada, a madeira serrada
precisa passar por um processo de secagem
(natural ou artificial) com a finalidade de diminuir a
umidade.
Os objetivos principais desta etapa são: inibir os
ataques de fungos, melhorar a trabalhabilidade
e aumentar a resistência física da madeira.
🔻 Sistemas estruturais: Noções sobre a ação do
vento e outros carregamentos
Nos projetos de estruturas correntes de madeira,
são consideradas as cargas permanentes como
peso próprio da estrutura, telhas, luminárias, dutos
de ventilação e ar-condicionado, equipamentos,
peso das paredes, revestimentos, entre outros e
as cargas variáveis, sendo que as principais são
as sobrecargas indicadas na NBR 6120, em
função do tipo de uso da edificação e o vento
conforme a NBR 6123, cuja influência é mais
significativa em coberturas, com telhas fixadas na
estrutura ou em edificações esbeltas.
O vento é a movimentação das massas de ar que
sofrem variações de aquecimento devido à
influência do sol. Algumas regiões possuem maior
aquecimento e esse ar quente ao subir é
substituído por uma massa de ar frio a uma dada
velocidade.
Devido à ocorrência de atrito com a superfície
terrestre, plana ou montanhosa, essas velocidades
variam com a altura, crescendo até atingirem certas
altitudes em que as velocidades se tornam
praticamente constantes.
Efeitos do vento em superfícies externas das
edificações:
Efeitos do vento em superfícies internas das
edificações:
🔻 Sistemas estruturais: Treliças de cobertura
As treliças para cobertura são conhecidas como
tesouras e sua função é a sustentação das telhas,
trabalhando em conjunto com o seu vigamento de
apoio.
Tipos de treliças
Os tipos de treliças mais utilizados em coberturas
contendo duas águas são: Howe, Pratt e Belga.
A Howe é o tipo mais empregado em madeira,
devido ao fato de possuir ligações com soluções
mais simples.
🔻 Sistemas estruturais: Coberturas com mais de
duas águas
Para coberturas com mais de duas águas, surge
um novo elemento chamado espigão, que é a
linha de intersecção de dois planos inclinados
referentes às águas do telhado.
Espigão é a peça estrutural responsável pelo
apoio das terças, no local onde ocorre a
mudança de direção delas.
🔻 Sistemas estruturais: Pórticos
É um conjunto de elementos estruturais que
funcionam como uma só peça, havendo
transferência de momento, podem ser treliçados(a
e b) ou de alma cheia (c e d).
Os pórticos, geralmente, são usados em
edificações que necessitam de vãos livres
maiores, tais como: ginásios poliesportivos,
galpões, estações ferroviárias ou rodoviárias.
🔻 Sistemas estruturais: Arcos
Para vencer grandes vãos, a estrutura de madeira
mais usual e econômica é em forma de arco,
podendo chegar a um vão de até 100 m.
As estruturas em arco são muito eficientes para
esforços de compressão e apresentam esforços
horizontais nos topos dos pilares e/ou fundações.
🔻Pré-dimensionamento de estruturas de madeira
Tesouras triangulares de 2 águas
Indicadas para vão livre entre 7,5 e 30,0 m. A
altura da treliça pode ser determinada pela fórmula
empírica: h ≥ l /10
Tesouras triangulares de 1 água
Indicadas para vão livre entre 7,5 e 20,0 m. A
altura da treliça pode ser determinada pela fórmula
empírica: h ≥ l /10
Tesouras trapezoidais 1 água
Indicado para vão livre entre 7,5 m e 30,0 m. A
altura da viga pode ser determinada pela fórmula
empírica: h ≥ l /12
Treliças de banzos paralelos
Indicado para vão livre entre 7,5 e 60,0 m. A altura
da viga pode ser determinada pela fórmula
empírica: h ≥ l /12
Tesouras trapezoidais 2 águas
Indicado para vão livre entre 7,5 m e 30,0 m. A
altura da viga pode ser determinada pela fórmula
empírica: h ≥ l /12
Pórticos treliçados biarticulados
Indicados para vão livre entre 15,0 e 40,0 m. A
altura do elemento situado na parte superior pode
ser determinada pela fórmula empírica: h ≥ l /12
Vigas laminadas coladas biapoiadas (MLC)
Indicadas para vão livre entre 10,0 e 35,0 m. A
altura da viga pode ser determinada pela fórmula
empírica: h ≥ l /17
Vigas laminadas coladas vagonadas
Indicadas para vão livre entre 10,0 e 30,0 m. A
altura da viga pode ser determinada pela fórmula
empírica: h ≥ l /40 f≥ l /12
Essa estrutura é muito eficiente pois provoca
compressão na madeira e tem uma tração no aço.
Vigas de madeira maciça
Indicadas para vão livre entre 1,0 e 8,0 m. A altura
da viga pode ser determinada pela fórmula
empírica: h ≥ l /17
Arcos laminados colados
Indicados para vão livre entre 20,0 e 100,0 m. A
espessura do arco pode ser determinada pela
fórmula empírica: h ≥ l /50
🔻 Ligação de pilar de madeira com a fundação
Para essas situações, devemostomar um cuidado
especial no contato entre o pilar e o solo, com a
finalidade de proteger a madeira contra a umidade.
Precisamos projetar essas estruturas com algum
tipo de proteção, sendo o ponto crítico o trecho de
transição entre o piso acabado e o solo.
A solução ideal é o afastamento completo do pilar
em relação ao piso, com a utilização de um
elemento de concreto envolvendo a madeira nessa
região crítica ou por meio de peças metálicas
resistentes à corrosão.

Outros materiais