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Política Nacional de Saúde Integral da População Negra PNSIPN

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Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN)
Aluna: Vanessa Andrade
{
O desenvolvimento da sociedade colonial e o processo de objetificação dos milhões de negros escravizados, trazidos do continente africano nos porões dos navios negreiros, marcaram um período longo da história brasileira. 
Após a abolição oficial da escravatura, foram muitos os anos de luta envolvendo denúncias sobre a fragilidade do modelo brasileiro de democracia racial, até a fundação da Frente Negra Brasileira, em 1931.
A partir de então, as questões e demandas de classe e de raça ganharam projeção na arena política brasileira, fortalecidas, posteriormente, pelo Movimento Social Negro, que atua organizadamente desde a década de 1970. 
Contexto Histórico
Entre as décadas de 1930 e 1980, eclodiram no mundo inúmeros movimentos sociais que manifestaram aos chefes de Estado a insatisfação dos negros em relação à sua qualidade de vida. 
No Brasil, a 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, constituiu um marco na luta por condições dignas de saúde para a população brasileira, uma vez que fechou questão em torno da saúde como direito universal de cidadania e dever do Estado. 
As primeiras inserções do tema Saúde da População Negra nas ações governamentais, no âmbito estadual e municipal, ocorreram na década de 1980.
Contexto Histórico
Na década de 1990, o governo federal passou a se ocupar do tema, em atenção às reivindicações da Marcha Zumbi dos Palmares, realizada em 20 de novembro de 1995, o que resultou na criação do Grupo de Trabalho Interministerial para Valorização da População Negra (GTI).
A atuação do Movimento Social Negro brasileiro na 11ª e na 12ª Conferências Nacionais de Saúde, fortaleceu e ampliou sua participação nas instancias do SUS.
Contexto Histórico
{
Com vistas à promoção da equidade em saúde e orientado pelos princípios e diretrizes da integralidade, equidade, universalidade e participação social, em consonância com o Pacto pela Saúde e a Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa no SUS, o Ministério da Saúde instituiu, em 2009, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), por meio da Portaria GM/MS no 992, de 13 de maio de 2009
O Ministério da saúde reconhece e assume a necessidade da instituição de mecanismos de promoção da saúde integral da população negra e do enfrentamento ao racismo institucional no sus, com vistas á superação das barreiras estruturais e cotidianas. 
 PNSIPN
visa garantir a equidade e a efetivação do direito à saúde de negras e negros. Tendo como marca o reconhecimento do racismo como determinante social das condições de saúde, a Política estabelece objetivos, diretrizes, estratégias e responsabilidades da gestão em todas as esferas, com vistas à promoção da equidade em saúde.
Portaria n° 992 de 13 maio de 2009
Sim, o racismo afeta a saúde. O racismo influencia a ocorrência de problemas de saúde e potencializa seus fatores de risco, sendo reconhecido pelo Ministério da Saúde como Determinante Social das Condições de Saúde. No entanto, ele não se apresenta necessariamente na forma de atitudes discriminatórias explícitas. Nas instituições pode ocorrer na forma de linguagem codificada (violência simbólica) e negligência (indiferença diante da necessidade). 
O racismo afeta a saúde?
Diretrizes Gerais
I – Inclusão dos temas Racismo e Saúde da População Negra nos processos de formação e educação permanente dos trabalhadores da Saúde e no exercício do controle social na Saúde;
 II – Ampliação e fortalecimento da participação do Movimento Social Negro nas instâncias de controle social das políticas de saúde, em consonância com os princípios da gestão participativa do SUS, adotados no Pacto pela Saúde; 
III – Incentivo à produção do conhecimento científico e tecnológico em saúde da população negra;
IV – Promoção do reconhecimento dos saberes e práticas populares de saúde, incluindo aqueles preservados pelas religiões de matrizes africanas; 
V – Implementação do processo de monitoramento e avaliação das ações pertinentes ao combate ao racismo e à redução das desigualdades étnico-raciais no campo da saúde nas distintas esferas de governo; 
VI – Desenvolvimento de processos de informação, comunicação e educação, que desconstruam estigmas e preconceitos, fortaleçam uma identidade negra positiva e contribuam para a redução das vulnerabilidades.
Rede Lai Lai Apejo - Aids e População Negra (2002);
Rede Nacional de Religiões Afro brasileiras e Saúde (2003);
Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra (2007);
Sapatá - Rede Nacional de Promoção e Controle Social de Saúde das Lésbicas Negras (2008)
Comissão Intersetorial de Saúde da População Negra . CNS – MS. 
Redes de Atenção à Saúde
 Rede Cegonha
 Rede de Urgência e Emergência
 Rede de Atenção Psicossocial
 Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência
 Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas
Redes de Atenção à Saúde
{
Programa SOS Racismo - ligue 08006420345 : Recebe denúncias de discriminação em razão de origem, raça, cor, etnia ou religião.
Além do recebimento de denúncias, informações sobre suspeita ou confirmação de casos de racismo
Lei de Cotas: Também chamada de ação afirmativa, é uma forma de reservar vagas para determinados grupos. O sistema de cotas foi criado para dar acesso a negros, índios, deficientes, estudantes de escola pública e de baixa renda em universidades, concursos públicos e mercado de trabalho.
Programa de Combate ao Racismo Institucional na Atenção Básica: O objetivo desse programa é a sensibilização e qualificação de trabalhadores e gestores em saúde em relação à saúde da população negra, tendo como foco a compreensão do racismo enquanto determinante social em saúde.
Valorização da cultura afro descendente nas escolas: No Tocantins, todas as escolas públicas desenvolvem atividades, já definidas nos Projetos Políticos Pedagógicos (PPPs), alusivas à valorização da cultura afro descendente, como forma de combater todas as formas de discriminação, principalmente, a racial.
Programas Relevantes 
Temáticas 
De acordo com o censo de 2015 do IBGE:
53,9% da população brasileira se declararam de cor preta ou parda
Distribuição racial da riqueza: nos 10% mais pobres 76% eram pretos ou pardos e 22,8% brancos. Dos mais ricos 79% eram brancos 
Média anual do rendimento: 1,641 reais para trabalhadores de cor preta ou parda e 2774 reais para trabalhadores de cor branca.
Adequação ao ensino superior: pretos e pardos representava 12,8%.
53,2% dos estudantes pretos ou pardos de 18 a 24 anos cursavam níveis de ensino anteriores ao ensino superior, enquanto apenas 29,1% dos estudantes brancos encontravam-se na mesma situação
Dados 
Como resultado, tem-se uma constante de maiores exposições a todas as carências estudadas pela população de raça/cor preta ou parda e pelas pessoas com menores rendimentos.
37,8% da população preta ou parda avaliaram sua saúde como regular, ruim ou muito ruim.
73,5% estavam mais expostos a viver em um domicílio com condições precárias do que brancos. 
Acesso aos serviços: a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 trouxe dados que mostram que à saúde se comparada à população branca. 
O SIM (Sistema de Informações de Mortalidade) do Ministério da Saúde, corroborado pelo Censo Demográfico do IBGE, de 2010
Violência
Taxa de homicídios de negros no Brasil é
de 36 mortes por 100 mil.
 A mesma medida para não
negros é de 15,2 por 100 mil.
Em 2012…
56 mil pessoas assassinadas no Brasil.
30 mil jovens
Desse total, 77% são negros.
Distribuindo esses dados nos 12 meses do ano…
Mais de 1900 mortes de jovens negros por mês
64 a cada dia
Quase 3 a cada hora
Aproximadamente, 1 homicídio a cada 20 minutos atingindo jovens negros 
“Jovens e negros do sexo masculino continuam sendo assassinados todos os anos como se vivessem em situação de guerra.” 
(Ipea e FBSP)
De acordo com o Atlas da Violência de 2017, acada 100 pessoas que sofrem homicídio no Brasil, 71 são negras.
Entre 2005 e 2015, houve um crescimento de 18,2% na taxa de homicídio de negros, enquanto a de não negros diminuiu 12,2%.
{
O Tocantins é um estado que, conforme dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), possui mais de 70% da população negra. 
A taxa de homicídios de mulheres brancas residentes no estado aumentou em 40% e entre mulheres pardas ou negras aumentou para 35 % a cada 100 mil habitantes
 no Tocantins , das 557 pessoas mortas em 2017, pelo menos 437 eram negros.
Dados Estaduais
Artigos
Abordagem psicossocial e saúde de mulheres negras: vulnerabilidades, direitos e resiliência1
Mulheres negras estão expostas à privação de direitos humanos, à ineficiência dos programas de governo na garantia do direito à educação e à saúde integral, entre outros. Estão também expostas à incidência frequente do racismo e do sexismo, que se traduzem em prejuízos à sua saúde. 
Iniquidades raciais e saúde: o ciclo da política de saúde da população negra
Os estudos epidemiológicos evidenciaram as desigualdades raciais e seu impacto na saúde. A solução encontrada pela SES-SP foi formular e implementar uma política para garantir a atenção à saúde da população negra, inserindo-a no Plano Estadual de Saúde, Planos Operativos Anuais, Termos de Compromisso e Relatório de Gestão. 
Enfermeiros
Promoção e prevenção à saúde
Cuidado humanizado
Buscar identificar as especificidades da população negra 
Nutricionistas
Promoção à saúde
Prescrição de dietas especificas para a realidade em que o individuo está inserido
Participação de em campanhas de alimentação 
Atuação
{
{
Painel de Indicadores do SUS N°10, Temático Saúde da População Negra. Ministério da Saúde. Brasília – DF, abril de 2016.
Política Nacional de Saúde Integral da População Negra - Uma Política do SUS. Ministério da Saúde. Brasília – DF, 2017.
Atlas da Violência 2017. Ipea e FBSP. Rio de Janeiro, junho de 2017.
Atlas da Violência 2017: negros e jovens são as maiores vítimas. Carta Capital. 5 de Junho de 2017
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988.Diário Oficial da União, Brasília, DF, 05 out., 1988. 
BAIRROS, Luiza. Lembrando Lélia Gonzalez. In: WERNECK, Jurema; MENDONÇA, Maisa e WHITE, Evelyn C. O livro da saúde das mulheres negras – nossos passos vêm de longe. Rio de Janeiro, Criola/Pallas, 2000.
Referências

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