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Caso 
Branca 
H.A.L. 
55 anos 
Casada 
Anamnese 
Queixa principal 
Tosse produtiva, falta de ar. 
Histórico do problema atual 
Queixa de dispneia ao praticar exercícios físicos e atividades do cotidiano (varrer a casa, 
estender a cama, subir escadas e aclives), seguida de cansaço e chiado no peito. Refere 
tosse com expectoração mais acentuada no período da manhã. 
Histórico 
História social 
Auxiliar de escritório de uma indústria alimentícia há 10 anos. Tem formação superior 
em pedagogia. Reside na periferia do município com o marido que é aposentado. O 
casal tem dois filhos e três netos que residem em outro município. A renda familiar é de 
três salários mínimos. 
Antecedentes pessoais 
Fumante (média de 20 cigarros/dia) desde os 20 anos de idade. Vários registros de 
atendimento nos últimos três anos com queixa de tosse com expectoração e bronquite. 
Antecedentes familiares 
Pais vivos, sem comorbidades. 
Medicações em uso 
Não utiliza medicação. 
Exame Físico 
 
• Inspeção tórax: aumento de diâmetro antero-posterior 
• Extremidades e mucosas: sem cianose 
• AR: Murmúrio vesicular presente, sibilos presentes na expiração forçada. 
• AC: Bulhas normofonéticas, ritmo regular em dois tempos, sem sopro. 
Sinais Vitais e Medidas Antropométricas: 
 
• FR: 20 mpm 
• FC: 85 bpm 
• T: 36,0°C 
• PA: 130 x 80 mmHg 
• Peso: 80 kg 
• Altura: 1,65 cm 
Questão 1Escolha simples 
Com base na história, sintomas e exame físico, o 
provável diagnóstico de H.A.L. é o de: 
Asma 
Bronquite crônica 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 
Tuberculose 
Enfisema pulmonar 
 
A DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) é caracterizada pela limitação do fluxo 
aéreo pulmonar, parcialmente reversível e progressiva, com repercussões sistêmicas. A 
limitação do fluxo aéreo é causada por uma associação entre doença de pequenos 
brônquios (bronquite crônica obstrutiva) e destruição do parênquima (enfisema). A 
bronquite crônica é definida clinicamente pela presença de tosse e expectoração na 
maioria dos dias por no mínimo três meses/ano durante dois anos consecutivos. O 
enfisema pulmonar é definido anatomicamente como aumento dos espaços aéreos 
distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares” (BRASIL, 2010, 
p. 47). A DPOC pode ou não ser acompanhada de sintomas como dispneia, tosse e 
expectoração, exacerbações, manifestações extra-pulmonares e juntamente com 
comorbidades (OCA et al., 2016, p. 6). 
A asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada pela hiperresponsividade das 
vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível 
espontaneamente ou com tratamento. Os sintomas mais comuns incluem sibilância, 
dispneia, desconforto torácico e tosse (BRASIL, 2010, p. 24). Já a tuberculose, é uma 
doença transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Seus sintomas incluem 
tosse com expectoração por mais de três semanas, febre vespertina, suores noturnos, 
perda de peso, escarro sanguíneo (hemoptóico) e/ou dor torácica (BRASIL, 2013, p. 
133). 
Saiba mais 
 
A suspeita da DPOC deve ser feita para todas as pessoas com 40 anos ou mais de idade 
e com história de exposição a fatores de risco (tabaco, biomassa, vapores ou poeira 
ocupacional), acompanhada ou não de sintomas respiratórios (OCA et al., 2016 p.16-
17).A avaliação dos fatores de risco deve ser realizada de rotina com a investigação 
sobre exposição ao tabaco, combustíveis de biomassa, vapores e outros fumos e/ou 
poeiras de origem ocupacional (incluindo a duração, intensidade e continuidade da 
exposição). A partir destes dados pode-se calcular o índice anos-maço e/ou o número de 
horas-ano de exposição à fumaça de lenha. 
 
 
Para o cálculo do tabagismo:Total de anos/maço (índice anos/maço) = (nº médio de 
cigarros fumados ao dia ÷ 20) X nº de anos de tabagismo. 
 
 
Para o cálculo da exposição a fumaça da lenha:Total horas/anos = número médio de 
horas cozinhando em fogão de lenha X número de anos que cozinhou com lenha. 
 
 
Para interpretar o resultado dos cálculos considerar que um paciente com idade igual ou 
maior que 40 anos, cuja carga tabagística é igual ou maior do que 10 anos/maço ou 
exposição à biomassa por mais de 200 horas/ano ou 10 anos, tem risco elevado de 
desenvolver DPOC (BRASIL, 2010, p. 48; OCA et al., 2016, p. 15). 
Contudo é necessário compreender que a DPOC é uma doença heterogênea e 
multifacetada que também pode se manifestar em pessoas com menos de 40 anos de 
idade e ter, até mesmo, sua origem na infância ou ainda envolver outra etiologia em sua 
gênese que não o cigarro ou a exposição a fumaça como as alterações genética, a 
obstrução ao fluxo de ar, o tabagismo antes e ou durante a gestação, a história familiar 
de asma, a hiperresponsividade brônquica, o uso de antibióticos, a prematuridade e as 
infecções respiratórias na infância (OCA et al., 2016, p. 17-18). 
Questão 2Escolha simples 
Para a confirmação diagnóstica de DPOC, qual 
exame pode ser solicitado a H.A.L.? 
Hemograma 
Espirometria 
Baciloscopia de escarro 
Raio-X de tórax 
Tomografia de tórax 
 
Para o diagnóstico da DPOC é necessária a realização de espirometria, a qual deve 
constatar a presença de obstrução ao fluxo de ar persistente após a administração de 
broncodilatador (OCA et al., 2016, p. 16-17). O resultado da relação entre o volume 
expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e a capacidade vital forçada (CVF) 
deve ser inferior a 0,70 após o uso de broncodilatador inalatório (BD) (VEF1/CVF<0,70 
pós-BD). (OCA et al., 2016, p. 6). 
A baciloscopia de escarro, o hemograma, o raio-x e a tomografia de tórax são 
importantes para o diagnóstico diferencial ou avaliação da gravidade da doença e do 
prognóstico, contudo não são essências para o fechamento do diagnóstico (OCA et al., 
2016, p. 14). 
Saiba mais 
 
Anamnese diante suspeita de DPOC 
A gravidade da obstrução combinada com o impacto da doença (dispneia e 
exacerbações) definem a gravidade da DPOC e o nível de atenção médica necessária. O 
processo de diagnóstico da DPOC inclui suspeita clínica, confirmação, avaliação da 
gravidade e prognóstico (OCA et al., 2016, p. 16-17). 
O teste de rastreamento na anamnese diante da suspeita de DPOC deve englobar as 
cinco perguntas abaixo. Considera-se o rastreamento positivo caso o paciente responda 
“sim” para, no mínimo, três delas: 
Você tem tosse pela manhã? 
Você tem catarro pela manhã? 
Você se cansa mais do que uma pessoa da sua idade? 
Você tem chiado no peito à noite ou ao praticar exercício? 
Você tem mais de 40 anos? 
(BRASIL, 2010 p.48) 
Questão 3Escolha simples 
Com base nos sintomas, podemos classificar a 
dispneia presente nos sintomas de H.A.L. em: 
Grau 2 
Grau 3 
Grau 5 
Grau 1 
Grau 4 
 
Acertou 
Para a avaliação da dispneia é recomendado a padronização usando a escala modificada 
do Medical Research Council (MRC). A MCR pontua a intensidade da dispneia durante 
exercícios físicos cotidianos de 0 a 4, sendo: 
0 = dispneia a exercícios intensos; 
1 = dispneia andando rápido no plano ou subindo aclives leves (sintomas apresentados 
por HAL); 
2 = necessidade de andar mais lentamente que as pessoas da mesma idade devido a 
dispneia ou parar para respirar andando normalmente no plano; 
3 = parar para respirar após caminhar uma quadra (90 a 120 metros) ou após poucos 
minutos no plano. 
4 = não sair de casa devido à dispneia ou dispneico ao vestir-se (BRASIL, 2010, p. 50; 
OCA et al., 2016, p. 29). 
Saiba mais 
 
Sintomas da DPOC 
 
 
O sintoma mais frequente da DPOC é a dispneia, a qual é definida como sendo “falta de 
ar ou respiração difícil” enquanto a taquipneia é o “aumento da frequência respiratória” 
(BRASIL, 2010, p. 13). A dispneia apresenta-se variável entre os pacientes e sua 
classificação leva em conta relação com as atividades da vida diária (subir ladeira, subir 
escada, tomar banho, trocar de roupa, colocarsapato, relações sexuais, entre outras) 
(BRASIL, 2010, p. 14). Ela é multifatorial, além da obstrução ao fluxo de ar, também 
depende do condicionamento, comorbidades e dos fatores psicoemocionais, por isso a 
associação entre o escore de dispneia e a gravidade da obstrução ao fluxo de ar é fraca. 
Já a tosse na DPOC é crônica, podendo ser persistente ou episódica, contudo tem 
predomínio no período matutino, é produtiva e com expectoração mucosa 
(frequentemente). O volume e a purulência da expectoração aumentam durante as 
exacerbações da doença, cabendo considerar a presença de bronquiectasias quando o 
volume for grande (OCA et al., 2016, p. 29, 2016, p. 18). 
Questão 4Escolha simples 
A abordagem terapêutica mais adequada para o 
caso de H.A.L. é a: 
Repouso; encaminhamento para grupo de apoio ao tabagista; encaminhamento ao 
serviço especializado; orientação para uso correto da medicação; 
Orientação para diminuir a frequência e a intensidade de exercícios físicos; prevenção 
da progressão da doença; prevenção do óbito precoce; orientação para a prevenção de 
nova crise; encaminhamento ao atendimento especializado. 
Tratamento para o tabagismo; alívio dos sintomas; evitar a progressão da doença; 
repouso; prevenir e tratar exacerbações; evitar a morte precoce. 
Diminuição dos sintomas, orientação para diminuição do hábito de fumar, repouso, 
alimentação saudável, orientação para higiene ambiental e tratamento para cura da 
doença; 
Alívio dos sintomas; proporcionar melhora da qualidade de vida; evitar que a doença 
progrida; proporcionar aumento da tolerância a exercícios físicos; prevenir e tratar 
exacerbações; evitar a morte precoce. 
 
Os objetivos gerais do tratamento da DPOC são: aliviar os sintomas; melhorar a 
qualidade de vida; prevenir progressão da doença; melhorar a tolerância a exercícios; 
prevenir e tratar exacerbações; reduzir a mortalidade. Para tanto, a redução dos fatores 
de risco (principalmente a cessação do tabagismo), o monitoramento da doença e o 
manejo das exacerbações também são princípios a serem adotados (BRASIL, 2010, p. 
51-52). 
Saiba mais 
 
Princípios gerais no manejo da DPOC estável 
 
• Promoção de atividades de educação em saúde mostram-se importantes na 
abordagem da cessação do tabagismo, além de ser uma atividade realizada na 
atenção básica, especialmente na estratégia de saúde da família. 
• O uso de broncodilatadores, como os ß2-agonistas, anticolinérgicos e 
metilxantinas, são indicados para o controle sintomático da DPOC e podem ser 
prescritos para uso regular. 
• Corticoides inalatórios estão indicados para pessoas com DPOC grave e muito 
grave (VEF1<50%), com exacerbações frequentes. Contudo o uso regular e 
contínuo de corticoide sistêmico deve ser evitado devido aos riscos da 
continuidade do uso. 
• Orientar e estimular a prática de exercícios físicos é importante e trazem muitos 
benefícios aos pacientes com DPOC, uma vez que melhoram os sintomas da fadiga 
e da dispneia. 
(BRASIL, 2010, p. 52) 
Questão 5Escolha simples 
Quais medidas de tratamento não farmacológico 
podem ser orientadas/estimuladas a H.A.L.? 
Apoio psicossocial, reabilitação pulmonar e exercícios físicos regulares, fisioterapia 
respiratória. 
Reabilitação pulmonar, apoio psicossocial e atividades educativas, fitoterapia. 
Atividades educativas, oxigenoterapia domiciliar e abordagem nutricional, fisioterapia 
respiratória. 
Exercícios físicos regulares, abordagem nutricional, oxigenoterapia domiciliar, grupo de 
tabagistas. 
Exercícios físicos regulares, atividades educativas, abordagem nutricional e apoio 
psicossocial 
 
As medidas de tratamento não farmacológicos que devem ser orientados/estimulados 
aos pacientes com DPOC, de forma geral, são: atividades educativas, exercícios físicos 
regulares, reabilitação pulmonar, abordagem nutricional, apoio psicossocial, 
oxigenoterapia domiciliar (BRASIL, 2010, p. 53-54). 
Saiba mais 
 
Educação em saúde 
As atividades educativas em saúde podem ser desenvolvidas em diversos espaços, (salas 
de espera, domicílio, grupos de usuários, escolas, associações, etc.), não estando 
limitadas a área física do serviço de saúde. Para tanto, os profissionais de saúde podem 
fazer uso de diversas plataformas, como rádios comunitárias e Tvs locais, jornais, 
internet, além do trabalho dos agentes comunitários de saúde. As atividades educativas 
na DPOC visam estimular a autonomia dos pacientes, fornecendo informações sobre a 
importância da prática de exercícios físicos, os fatores de risco, características da 
doença, tratamento, uso correto dos dispositivos inalatórios, reconhecimento das 
exacerbações e estratégias para minimizar as crises (BRASIL, 2010, p. 54). 
Objetivos do Caso 
 
Revisar anamnese e exame físico, fatores de risco, sinais e sintomas, classificação de 
gravidade e abordagem terapêutica.

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