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Prévia do material em texto

ZOOLOGIA E PARASITOLOGIA 
ANIMAL 
PROF. DR. FLÁVIO HENRIQUE RAGONHA
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Maria Albertina Ferreira do 
Nascimento
Diretoria EAD:
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Edson Dias Vieira
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Camila Cristiane Moreschi
Danielly de Oliveira Nascimento
Fernando Sachetti Bomfim
Luana Luciano de Oliveira
Patrícia Garcia Costa
Renata Rafaela de Oliveira
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Cristiane Alves
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................4
1. CONCEITO .................................................................................................................................................................5
1.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS SERES VIVOS ........................................................................................................6
1.2 CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA ZOOLÓGICA .............................................................................................. 7
1.3 EVOLUÇÃO E CONVERGÊNCIA ADAPTATIVA ...................................................................................................... 10
1.3.1 EVOLUÇÃO ............................................................................................................................................................ 10
1.3.2 PRINCIPAIS ASPECTOS DA TEORIA DA EVOLUÇÃO ....................................................................................... 11
1.3.3 CONVERGÊNCIA ADAPTATIVA .......................................................................................................................... 13
1.4 SISTEMÁTICA ......................................................................................................................................................... 15
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................20
INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA
PROF. DR. FLÁVIO HENRIQUE RAGONHA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ZOOLOGIA E PARASITOLOGIA ANIMAL 
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INTRODUÇÃO
A Zoologia é a área que visa ao estudo dos animais, tanto invertebrados quanto vertebrados. 
A interação entre homem e animal se dá desde os homens pré-históricos, quando começou a 
utilização na alimentação, locomoção e proteção, porém, essas interações vão além, com criações 
meramente domésticas. Atualmente, inúmeras pesquisas comprovam que a convivência com 
animais de estimação traz inúmeros benefícios físicos e mentais para as pessoas. Essa relação entre 
homem e animal envolve troca de carinho, confiança e cuidados, além de auxiliar em recuperações 
de determinadas doenças, contribuindo ao tratamento de ansiedade, depressão, estresse e baixa 
autoestima. Trabalhando com cavalos, a equoterapia é uma das alternativas para melhor atender 
às especificidades das crianças com transtorno espectroautista. Com o desenvolvimento das 
áreas da genética, a biotecnologia vem auxiliando muito os zootecnistas nas melhorias de novas 
técnicas de cultivo, reprodução, nutrição e controle de doenças. O conhecimento vai além dessas 
técnicas, como obter outras formas, por exemplo, de produção de proteínas ou criação de novas 
vacinas. Em todas essas áreas, é levada em consideração a ética na produção, criação e abate, 
contribuindo na melhoria da nossa qualidade de vida. Porém, para melhor entendimento do 
estudo, separamos essa biodiversidade imensa de seres para melhor compreensão, classificando os 
animais e dando-lhes nomes científicos. Nesta unidade, estudaremos de que forma classificamos 
os seres vivos invertebrados. 
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1. CONCEITO
Qual a importância de estudar Zoologia? Um mundo cada vez com mais demanda de 
recursos naturais devido a maiores demandas tecnológicas provocará uma crise muito séria de 
escassez desses recursos, à custa da morte de muitos animais que perderam seus habitats e nichos 
ecológicos para darem lugar a plantações de soja e cana-de-açúcar. Esses problemas incluem 
aumento populacional, aumento de poluição e diminuição de alimentos para a população 
humana. Publicação da Revista Science conclui que o planeta Terra está passando pela sexta 
extinção em massa e, desta vez, o responsável por essa extinção é o homem. Segundo o estudo, 
o homem acelerou em mais de mil vezes o processo de extinção de 322 espécies de vertebrados 
nos últimos 500 anos. Até mesmo um pequeno invertebrado, como os besouros (coleópteras), 
tem um grande impacto, sendo que 75% das lavouras do mundo são polinizadas por insetos, 
enquanto, nos últimos 30 anos, extinguimos 50% dos insetos em nosso planeta. 
Nicho ecológico: é o conjunto de condições que permitem a cada espécie, seja animal seja 
vegetal, sua sobrevivência no ambiente. É o modo de vida dessas populações e inclui variáveis, 
como umidade, temperatura, disponibilidade de alimentos, predadores, tipo de reprodução, 
dentre outras.
Para maior conhecimento sobre as consequências das extinções 
das espécies, recomendamos assistir Ao vídeo “A atividade humana 
na extinção das espécies”. 
Acesse https://www.youtube.com/watch?v=PGagAAIeJgk.
https://www.youtube.com/watch?v=PGagAAIeJgk
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1.1 Composição Química dos Seres Vivos
A vida que habita nosso planeta apresenta uma diversidade fantástica e, se analisarmos 
as bases físicas e químicas, veremos que toda essa biodiversidade depende de poucos dos 92 
elementos químicos que existem naturalmente. Elementos pequenos em peso atômico compõem 
a matéria viva, dentre eles, o carbono, hidrogênio, nitrogênio e oxigênio. Esses quatro elementos, 
em suas diversas combinações químicas, formam a estrutura essencial do corpo de todos os 
animais, desde compostos inorgânicos simples, como a água (H2O), passando pelos pequenos 
aminoácidos, hidratos de carbono e lipídios, até grandes e complexas macromoléculas de 
proteínas, amino e ácidos nucleicos. A  célula animal, assim como todas as  células, apresenta 
membrana plasmática e citoplasma. Por ser uma  célula  eucarionte, possui núcleo e também 
organelas celulares (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2004).
Figura1 - Célula eucariótica, com suas organelas. Fonte: Caiusca (2020).
Dentre todas essas estruturas, destacamos a H2O, já citada, e os compostos orgânicos, 
como aminoácido (Figura 2), que, dentre outras inúmeras funções, destaca-se a estrutural, por 
comporem as estruturas de todos os organismos vivos. Exemplos de proteínas estruturais são o 
colágeno, que dá elasticidade à nossa pele, e a queratina, presente em cabelos e unhas (HICKMAN; 
ROBERTS; LARSON, 2004).
Figura 2 - Molécula de um aminoácido com suas bases amino e carboxila. Fonte: Cassilei (2021).
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1.2 Classificação e Nomenclatura Zoológica
É provável que o homem primitivo já distribuísse os seres vivos em grupos (os comestíveis 
e os não comestíveis, perigosos e não perigosos) para melhor entendimento e passar esse 
conhecimento para seus descendentes. As pinturas rupestres parecem ser registros pré-históricos 
dessa tentativa de classificação (BRUSCA; BRUSCA, 2007). 
Figura 3 - Pinturas rupestres encontradas em cavernas. Fonte: Nobuo (2021).
Em um supermercado, os produtos geralmente estão dispostos de acordo com seu 
tipo. Por exemplo, na seção de higiene, podemos encontrar sabonete ou papel higiênico, mas 
nunca encontraremos pão, bolacha ou biscoitos. Em síntese, CLASSIFICAR é uma característica 
inerente ao ser humano. O ser humano classifica as coisas, porque isso as torna mais fáceis de 
serem compreendidas. O primeiro na ciência que tentou classificar os animais foi Aristóteles. 
Ao descrever os diferentes animais, Aristóteles se preocupa constantemente em compará-los 
e classificá-los, procurando também indicar algumas generalizações ou regras que relacionem 
suas características, como os animais com sangue e os sem sangue (Figura 4). Dos animais com 
chifres, apenas os semelhantes ao alce têm chifres que são duros e sólidos em toda sua extensão. 
Os chifres dos outros animais são ocos até certa distância e sólidos na ponta. O alce é o único 
animal que perde os chifres e o faz anualmente; depois de atingir a idade de dois anos, eles se 
renovam. Todos os outros animais conservam seus chifres permanentemente a menos que sejam 
danificados por acidente (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2004).
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Figura 4 - Aristóteles e suas classificações rudimentares entre animais com sangue e sem sangue. Fonte: O Autor.
No globo, há 1,5 milhão de espécies de animais descritas, porém, isso não chega a 20% do 
estimado. Quando nos deparamos com uma grande variedade de objetos ao nosso redor, temos 
a tendência de reunir em grupos aqueles que consideramos semelhantes, classificando-os. Se 
notarmos o gráfico (Figura 5), verificamos que os vertebrados já foram quase todos catalogados, 
porém, sobre os insetos, pouco se sabe sobre sua infinita diversidade. Um terço da produção 
mundial depende da visita de animais às flores, sendo que as abelhas são responsáveis por 38% da 
polinização das plantas floríferas. Segundo a Food and Agricultural Organization (FAO), há perda 
anual de produção agrícola por falta de polinização (BRUSCA; BRUSCA, 2007).
Para maiores informações sobre a história dos 
animais, acessar:
ARISTÓTELES. Historia de los animales. Tradução 
de José Vara Donado. Madrid: Akal Ediciones, 
1989.
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Figura 5 - Porcentagem de animais ainda não descritos, em cor verde, e animais já catalogados, em cor azul. Fonte: 
Primack (1995).
A taxonomia é a disciplina biológica que define os grupos de organismos biológicos 
com base em características comuns e dá nomes a esses grupos. Para cada grupo, é dada uma 
nota. Os grupos podem ser agregados para formar um supergrupo de maior pontuação, criando 
uma classificação hierárquica. O profissional que trabalha com taxonomia é o taxonomista (não 
confundir com taxidermia, termo grego que significa «dar forma à pele», que é a área de embalsamar 
os animais, o antigo empalhar, tanto para fins científicos quanto para fins educacionais, papel 
diferente do taxonomista). O trabalho do taxonomista consiste em identificar um organismo já 
descrito ou, então, descrever uma espécie ainda não catalogada (Figura 6).
Figura 6 - Chironomus antonioi. Fonte: O Autor.
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele
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Segundo a pesquisadora Karina Fidanza, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), 
a taxonomia na essência é uma ciência. O nome científico traz consigo uma bagagem de 
informações, que é essencial para a compreensão da história evolutiva, dos aspectos biológicos, 
químicos, fisiológicos, ecológicos, genéticos e biogeográficos dos táxons. 
Lembrando que, quando falamos de espécies, não se trata apenas de animais de grande 
porte, mas, sim, de espécies que incluem toda a gama de organismos na Terra, desde as bactérias 
e protistas até reinos multicelulares de plantas, animais e fungos.
1.3 Evolução e Convergência Adaptativa
1.3.1 Evolução
Os trabalhos sobre evolução surgiram com as teorias propostas pelos pesquisadores 
Charles Darwin e Alfred Wallace, que também havia percebido muito dos aspectos que Darwin 
apontara em suas observações guardadas por anos. Pautados em observações de expedições, os 
autores publicaram a Teoria da Evolução em 1858. Charles ficou mais conhecido anos depois de 
publicar o livro “A origem das espécies”, o qual obteve enorme rejeição pelos cientistas da época.
Figura 7 - Charles Darwin e sua obra “The Origin of Species”. Fonte: Wikipedia (2021).
Para maiores informações sobre taxonomia de invertebrados, sugerimos a leitura 
do artigo: Chironomus antonioi, de Correia & Trivinho-Strixino, 2007.
As larvas desta espécie diferenciam-se das outras quatro do grupo pela ausência 
de qualquer coloração acastanhada na cápsula cefálica.
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1.3.2 Principais Aspectos da Teoria da Evolução
Um aspecto da teoria da evolução é que, em qualquer grupo de espécies, todos  os 
indivíduos possuem ancestrais em comum, em algum momento da história evolutiva. Assim, são 
descendentes deles com modificações e resultam da seleção natural. 
Figura 8 - Irradiação adaptativa. Fonte: Biólogo em Cena (2010).
Um segundo aspecto é que indivíduos da mesma espécie, mesmo que parentes próximos, 
possuem variações entre si, o que é resultado de mutações e/ou reprodução sexuada. Algumas 
dessas variações são hereditárias, ou seja, podem ser transmitidas para a geração seguinte. 
Nos estudos de Darwin, ele verificou que quatro, das quatorze espécies encontradas nas Ilhas 
Galápagos, evoluíram através de irradiação adaptativa, que diversificou o formato dos seus bicos 
para se adaptarem às diferentes fontes de alimento.
 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/selecao-natural.htm
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Figura 9 - Charles Darwin e os tentilhões de Galápagos. Fonte: Saber Atualizado (2020).
Outro aspecto a ser considerado é a limitação na disponibilidade de recursos, que faz 
com que indivíduos de uma população lutem, direta ou indiretamente, por esses recursos e pela 
sua sobrevivência. Dessas variações, algumas podem ser vantajosas, permitindo que alguns, 
nesse cenário, destaquem-se, e outros não. Esses últimos podem não sobreviver, tampouco 
reproduzirem-se. Disputas por competição, sejam por fêmea sejam por alimento, tanto 
intraespecíficas (indivíduos da mesma espécie) quanto interespecíficas (indivíduos de espécies 
diferentes), geram essas variações (RUPPERT et al., 2005).
 
Figura 10 - Competiçãopela fêmea intraespecífica (esquerda) e competição interespecífica (direita). Fonte. O Autor.
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Portanto, aqueles que sobrevivem (os mais aptos) podem transmitir à prole a característica 
que permitiu sua vitória, caso seja hereditária (Figura 11). Esse processo, denominado de seleção 
natural, resulta na adaptação de determinados indivíduos ao ambiente e também no surgimento 
de novas espécies.
Figura 11 - Competição pelo espaço, interespecífica (esquerda) e intraespecífica (direita) Fonte. O Autor.
1.3.3 Convergência adaptativa
Um dos processos explicados por Charles Darwin,  em seu livro The Origin of Species, 
foi a teoria da  irradiação ou convergência adaptativa. É a denominação dada ao fenômeno 
evolutivo pelo qual se formam, em curto período de tempo, várias espécies a partir de uma 
mesma espécie ancestral da qual diversos grupos se separaram, ocupando simultaneamente vários 
nichos ecológicos livres, eventualmente dando origem a várias espécies diferentes. Na Figura 12, 
vemos como animais com ancestrais diferentes (como rã (anfíbio), jacaré (réptil) e hipopótamo 
(mamífero)) sofreram as mesmas pressões seletivas como olhos e narinas nas mesmas disposições 
na horizontal (BRUSCA; BRUSCA, 2007). 
Figura 12 - Convergência adaptativa e as pressões seletivas. Fonte: O autor.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie
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Outros aspectos utilizados na classificação zoológica compreendem os estudos de 
caracteres homólogos (ou semelhança de origem, portanto, indicam parentescos) e estudo de 
caracteres análogos (semelhança de uso, porém, não necessariamente de mesma origem). Os 
órgãos homólogos são aqueles que podem ou não realizar a mesma função, porém, apresentam 
uma estrutura básica igual e mesmo desenvolvimento embrionário. Isso significa que os indivíduos 
que apresentam esses órgãos possuem ancestralidade compartilhada ou uma ancestralidade muito 
próxima. Note que, na Figura 13, temos quatro membros anteriores de mamíferos, portanto, 
com ancestralidade compartilhada, porém, cada um desenvolve uma função diferente: manusear, 
andar, nadar e voar (RUPPERT; FOX; BARNES, 2005).
Figura 13 - Exemplos de órgãos homólogos de tetrápodes, braço (seres humanos), pata (gato), nadadeira (baleia) e 
asa (morcego). Fonte: Barnes, Calow e Olive (1995).
Para maior conhecimento sobre o tema convergência adapatativa, 
recomendamos que assista ao vídeo intitulado “Convergência 
Evolutiva”. Para tanto, acesse: 
https://www.youtube.com/watch?v=-TL7niJSCls.
https://www.youtube.com/watch?v=-TL7niJSCls
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Os órgãos análogos, ao contrário, não refletem as relações de ancestralidade, porém, 
apresentam as suas funções semelhantes.  Essas semelhanças ocorrem devido à  evolução 
convergente, que leva ao surgimento de características semelhantes mesmo em indivíduos 
de grupos bastante diferentes. Isso se deve ao fato de que essas características favoreceram a 
sobrevivência em ambientes similares, representando, portanto,  adaptações ao ambiente. Na 
Figura 14, temos um exemplo entre as asas de um inseto e uma ave, ambos com a mesma função 
(voo), porém, com ancestralidade muitíssimo distante (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2004).
 
Figura 14 - Exemplos de órgãos análogos, asas de inseto de uma ave. Fonte: Barnes, Calow e Olive (1995).
1.4 Sistemática
Os termos  “sistemática”  e “taxonomia” são muitas vezes confundidos e usados como 
sinônimos, não o sendo. A sistemática atribui nomes científicos aos organismos, descreve-os, 
promove a manutenção de coleções, elabora sistemas de classificação para os organismos, chaves 
de identificação, investiga as suas histórias evolutivas e considera as suas adaptações ao meio. A 
taxonomia ocupa-se da atribuição de nomes científicos e elabora sistemas de classificação para 
os organismos.
Para maiores informações sobre órgãos homólogos e análogos, 
recomendamos a leitura do texto “Órgãos análogos e homólogos”, 
de Vanessa Sardinha dos Santos, disponível em https://brasilescola.
uol.com.br/biologia/Orgaos-analogos-homologos.htm.’
http://rce.casadasciencias.org/art/2015/115/
http://rce.casadasciencias.org/art/2015/212/
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/Orgaos-analogos-homologos.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/Orgaos-analogos-homologos.htm
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Carl Linnaeus, considerado o pai da Taxonomia (Figura 15), tentou nomear e descrever 
todos os organismos conhecidos. Em 1753, publicou o  Species Plantarum, em que descreveu 
as espécies de plantas. Nessa obra, Lineu utilizou a descrição pouco prática que, até então, era 
utilizada, constituída por doze palavras –  nomenclatura polinomial – para descrever cada 
espécie e, simultaneamente, começou a utilizar um sistema mais simples de apenas duas palavras 
– nomenclatura binomial. A implementação oficial dessa nova nomenclatura binomial se deu 
em 1758, com a publicação da 10ª edição do Systema Naturae, sendo aplicada a todas as espécies 
(RUPPERT; FOX; BARNES, 2005).
Figura 15 – O pai da Taxonomia, Linnaeus (1707-1778) ou Carl von Linné. Fonte: Nomura (2011).
C. Linné classificou os organismos em dois grandes grupos, que designou por reinos 
(Animalia  e  Plantae), mas outras categorias taxonômicas foram estabelecidas para criar uma 
hierarquia entre as espécies e o reino. Os primeiros problemas começaram a surgir quando os 
grupos microscópicos foram descobertos, assim, novos reinos tiveram que ser propostos, e o 
primeiro a propor a classificação em cinco grandes reinos foi Robert H. Whittaker (Figura 16).
Figura 16 - Robert Whittaker. Fonte: Microbiologia IFRJ (2016).
http://rce.casadasciencias.org/art/2015/220/
http://micro-ifrj.blogspot.com/2016/10/
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Os organismos são agrupados em categorias taxonômicas (taxon, no singular, e taxa, no 
plural) hierárquicas, em que o reino é o táxon mais abrangente, com a maior diversidade de 
organismos, e a espécie, o mais restrito (por muitos, considerado o único  taxon  verdadeiro, 
sendo os outros criados pelo homem nos seus sistemas de classificação). Atualmente, o sistema 
de classificação aceito pela comunidade científica compraz 7 taxa principais: reino, filo, classe, 
ordem, família, gênero e espécie – nessa ordem, do mais abrangente para o mais restrito.
Figura 17 - Imagem dos cinco reinos propostos por Whittaker. Fonte: Universidade Estácio de Sá (2021).
Se você consultar um dicionário, verificará que o fruto conhecido como abóbora também 
pode ser chamado de jerimum, jerimu, jurumum, zapolo e zapolito-de-tronco. É provável que 
você não conheça todos esses nomes. Calcule, então, como seria confuso se considerarmos 
todas as línguas e dialetos que existem no mundo! Para facilitar a comunicação entre pessoas 
de diferentes nacionalidades, que falam diferentes idiomas, e entre pessoas de diferentes regiões 
geográficas de um mesmo país, são utilizados nomes científicos para designar as várias espécies 
de seres vivos (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2004).
São características da nomenclatura binomial de classificação de espécies:
A língua utilizada na regra de nomenclatura é o Latim, uma língua morta, que não sofre 
alterações (ao contrário de, por exemplo, o Português ou o Inglês, que adquirem e/ou perdem 
termos ao longo do tempo e altera-se a ortografia das palavras) para que cientistas de todas as 
nacionalidades possam se comunicar sem ocorrerem erros.
Toda espécie será composta por duas palavras, sendo a primeira a que identifica o gêneroescrito em maiúsculo e a segunda em minúsculo – o epíteto específico. Exemplo: Homo sapiens 
– identifica a espécie dentro do gênero. O uso do epíteto específico isolado não tem qualquer 
significado. Vale ressaltar que sempre deve ser destacado o nome da espécie no texto, normalmente 
utilizando-se da forma itálica. 
http://rce.casadasciencias.org/art/2014/316/
http://rce.casadasciencias.org/art/2015/252/
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Figura 18 - Classificação de um cão doméstico em todos os taxa. Fonte: ProfAdnair Blogspot (2010).
Exemplo de classificação de espécies - classificação do cão:
• Reino: Animalia ou Metazoa (enquadram-se todos os animais existentes);
• Filo: Chordata (saíram os invertebrados; ficaram os cordados); 
• Subfilo: Vertebrata (saiu o anfioxo, protocardo, ficaram somente os vertebrados); 
• Classe: Mammalia (saíram peixes, anfíbios, répteis e aves; ficaram somente os mamíferos); 
• Ordem: Carnívora (saíram herbívoros e roedores; ficaram somente os carnívoros); 
• Família: Canidae (saíram os felídeos e ursídeos; ficaram apenas os canídeos); 
• Gênero: Canis (saiu a raposa; ficaram o cão e o lobo)
• Espécie: Canis familiaris (saiu o lobo; ficou o cão).
O veado-mateiro (nome científico: Mazama americana, também conhecido por veado-
vermelho, veado-capoeira, guatapará, guaçupita, guaçuetê, suaçupita e suaçuapita) é uma espécie 
de  cervídeo  sul-americano do gênero  Mazama. A  taxonomia  do veado-mateiro é confusa, e 
estudos sugerem que o que é identificado como uma única espécie atualmente, na realidade, é 
um «complexo específico». Estudos moleculares sugerem que o táxon M. americana é polifilético, 
portanto, com novos estudos, provavelmente, M. americana será dividido em várias espécies.
http://profadnair.blogspot.com/2010/03/classificacao-dos-seres-vivos.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerv%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mazama
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polifil%C3%A9tico
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Figura 19 - Imagens de Mazama americana (esquerda) e Mazama bororo (direita). Fonte: O autor.
Para maior conhecimento sobre os sistemas de classificação e sua 
história, recomendamos assistir ao vídeo “Classificação dos seres 
vivos”. Acesse o link:
https://www.youtube.com/watch?v=t63pCUzey3E.
https://www.youtube.com/watch?v=t63pCUzey3E
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A biodiversidade em nosso globo está sendo dizimada nos últimos anos, e suas perdas 
nos serviços de ecossistemas para o homem são imensuráveis. Imaginemos quantas plantas e 
animais são extintos sem ao menos sabermos que essa planta tinha o princípio ativo para a cura 
da AIDS ou que um inseto principal responsável pelo controle da broca da cana foi extinto. 
Quanto de avanço científico perdemos anualmente com a perda dessas espécies! Cada vez mais, 
as diversas áreas buscam alternativas com o menor impacto possível com a existência de sistemas 
agroflorestais, integração entre plantio e polinizadores ou manutenção de espécies que controlam 
pragas para muitas espécies de interesse zootécnico. Portanto, deter esse conhecimento será a 
chave de sucesso futuro para muitos profissionais que trabalham intimamente com animais, 
como biólogos, médicos veterinários, zootecnistas e, até mesmo, os engenheiros agrônomos. 
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02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................22
1. RELAÇÕES ECOLÓGICAS ........................................................................................................................................23
2. RELAÇÕES HARMÔNICAS E DESARMÔNICAS ....................................................................................................24
3. INTERAÇÕES CONSUMIDOR-RECURSO ..............................................................................................................30
4. COEVOLUÇÃO ENTRE HOSPEDEIRO E MEIO .......................................................................................................34
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................37
CONHECIMENTO BÁSICO SOBRE A BIOLOGIA 
E INTERAÇÕES COM O HOSPEDEIRO E COM O 
MEIO AMBIENTE
PROF. DR. FLÁVIO HENRIQUE RAGONHA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ZOOLOGIA E PARASITOLOGIA ANIMAL 
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INTRODUÇÃO
As interações entre as espécies estão entre as coisas mais fantásticas e importantes na 
natureza. Fatores como biodiversidade, densidade e dominância, dentre outros atributos, são 
diretamente influenciados pelas interações ecológicas entre os seres vivos. Entender a existência 
e compreender os fatores que regem essas interações podem trazer inúmeras vantagens para um 
profissional da Zootecnia, porém, a sua não compreensão por completo poderá acarretar perda 
de animais por morte, diminuição do peso, perda do fitness das populações, não reprodução, 
dentre outros fatores. Algumas relações entre os animais são interações harmônicas benéficas 
para um ou ambos os indivíduos, portanto, incentivá-las só irá trazer inúmeros benefícios à 
produção desse animal. Outras interações são consideradas desarmônicas, como o parasitismo 
em animais, em que apenas o parasita se beneficia da relação às custas do hospedeiro. As 
coevoluções nas interações entre os seres vivos na natureza são de milhares de anos, e isolar o 
animal dessas relações torna muitas vezes a produção inviável. Entender a anatomia, fisiologia e 
nutrição animais são passos importantes para um bom manejo das espécies, porém, é da mesma 
importância conhecer as interações que podem existir com esses animais e aprimorá-las ou inibi-
las se trouxerem prejuízos. 
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1. RELAÇÕES ECOLÓGICAS
É a relação existente entre indivíduos que vivem em uma população ou comunidade. 
Mais especificamente, é o efeito que uma espécie exerce sobre algum indivíduo da mesma espécie 
(relações intraespecíficas) ou sobre indivíduos de outras espécies (relações interespecíficas).
 
Figura 1 - Algumas das interações harmônicas e desarmônicas entre as espécies. Fonte: O autor.
Essas relações são classificadas como positivas quando há ganho para um dos envolvidos 
ou para ambos e como negativas quando há prejuízo, pelo menos, para um dos envolvidos. Quando 
ocorrem entre indivíduos da mesma espécie, as relações são denominadas intraespecíficas e, 
quando são de espécies diferentes, chamamo-las de interespecíficas. 
Figura 2 - Algumas das interações intraespecíficas (A) e interespecíficas (B) entre as espécies. Fonte: O autor.
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2. RELAÇÕES HARMÔNICAS E DESARMÔNICAS
Num ecossistema, é possível encontrar diversas relações entre os organismos aí presentes, 
sendo que essas relações bióticas são categorizadas de acordo com o saldo benefício-prejuízo dos 
organismos envolvidos. Uma das relações interespecíficas mais comuns é a relação de natureza 
predatória, que inclui a predação  sensu  stricto, conhecida como parasitismo, que se refere ao 
processo pelo qual um organismo (predador ou parasita) é beneficiado às custas de outro (presa 
ou hospedeiro).
Figura 3 - Ilustração didática de como classificamos algumas das interações harmônicas e desarmônicas e asintraespecíficas e interespecíficas entre as espécies. Fonte: O autor.
Para maior conhecimento sobre o tema das interações entre as 
espécies, recomendamos que assista ao vídeo intitulado “Leões se 
enfrentam por território”, disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=Z4ozBVip_C4.
https://www.youtube.com/watch?v=Z4ozBVip_C4
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A relação intraespecífica denominada de sociedade é composta por um grupo de 
indivíduos da mesma espécie que vivem juntos de forma permanente e cooperando entre si. Alguns 
exemplos desse tipo de relação são os cupins, insetos da subordem Isoptera. Outro exemplo são as 
abelhas, que também são insetos voadores, conhecidos pelo seu importante papel na polinização. 
As abelhas pertencem à ordem Hymenoptera e são aparentadas das  vespas  e  formigas. Já 
as  formigas são outro exemplo de sociedade:  são  insetos  pertencentes à família Formicidae, 
da ordem  Hymenoptera, particularmente populares por serem muito comuns e tidos como 
altamente organizados.
Figura 4 - Três exemplos de relação intraespecífica harmônica (formigas, cupins e abelhas). Fonte: O autor.
Como outra interação intraespecífica e harmônica, temos como exemplos as colônias 
de bactérias e as famosas caravelas portuguesas. A caravela-portuguesa não se move – flutua à 
superfície das águas, empurrada pelo vento, com os tentáculos pendentes, com a finalidade de 
capturar peixes para a sua alimentação. E o que há de mais fantástico é que este “animal” é, na 
verdade, um quebra-cabeça de animais. Ela é formada por vários pedaços, como um módulo. Essa 
é uma característica dos sifonóforos, uma classe de águas-vivas que são animais coloniais, isto é, 
compostos por muitos zooides fisiologicamente integrados (Figura 5). Eles não se juntam para 
formar uma colônia; surgem por brotamento a partir do primeiro zooide, que se desenvolve a 
partir de um óvulo fertilizado. E cada parte dessa tem uma função e não faz nada que a outra faria. 
Há quem seja encarregado da flutuabilidade e da propulsão (pneumatóforos), da alimentação e 
defesa (dactilozoides) e da reprodução (gonofóros). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inseto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliniza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vespa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Formiga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inseto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hymenoptera
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Figura 5 - Intraespecífica harmônica Physalia physalis (caravela portuguesa). Fonte: O autor.
A relação denominada de mutualismo é uma interação na qual o crescimento e a 
sobrevivência das duas populações são beneficiados, e nenhuma das duas consegue sobreviver, 
em condições naturais, sem a outra.
Um belo exemplo dessa fantástica relação são os corais. Os corais são formados por animais 
cnidários, parentes das águas-vivas, e formam um esqueleto externo de calcário, geralmente 
branco. O acúmulo de esqueletos antigos, uns sobre os outros, é o que faz com que o coral cresça. 
O que dá a cor ao coral é o próprio animal, por isso, quando ele morre, o coral sofre o processo 
de branqueamento (que tanto preocupa ambientalistas).
Para se alimentar, além da filtragem de partículas da água, os corais fazem associação 
com dinoflagelados, organismos unicelulares fotossintetizantes, que, em troca de proteção e 
ambiente favorável, fornecem parte dos açúcares sintetizados. Os dinoflagelados que participam 
da simbiose são sensíveis a variações de temperatura de alguns graus apenas e podem morrer 
tanto em decorrência do aumento da temperatura da água quanto da obstrução da luz solar por 
poluentes. São eles os mais afetados pelo efeito antrópico (causado pelo ser humano).
Para maior conhecimento sobre a caravela portuguesa (Physalia 
physalis), recomendamos a leitura da reportagem “7 fatos 
curiosos sobre a caravela portuguesa”, disponível em https://
www.megacurioso.com.br/ciencia/108271-voce-conhece-a-
temida-caravela-portuguesa.htm.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108271-voce-conhece-a-temida-caravela-portuguesa.htm
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108271-voce-conhece-a-temida-caravela-portuguesa.htm
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108271-voce-conhece-a-temida-caravela-portuguesa.htm
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Figura 6 - Intraespecíficas harmônicas: mutualismo e associação entre cnidários e dinoflagelados. Fonte: O autor.
Dentre os itens alimentares mais conhecidos do lobo guará (nome científico Chrysocyon 
brachyurus), destaca-se a lobeira ou fruta do lobo (Figura 7). Esta fruta é a parte mais importante e 
constante da alimentação natural do lobo durante longos períodos; daí a denominação de lobeira 
(nome científico Solanum lycocarpum). Chegou-se a verificar nos excrementos do C. brachyurus 
uma alta frequência de sementes desta fruta. Muitos estudos enfatizam a relação mutualística 
entre o lobo guará e o fruto, em que a não ingestão dos frutos pelo lobo guará é benéfica, pois 
substâncias encontradas nos frutos eliminam os nematódeos, evitam complicações renais no 
lobo, são benéficas para a planta e a ampla dispersão das sementes realizada pelo lobo.
Para maior conhecimento sobre o tema interações entre as espécies 
(mutualismo), recomendamos que assista ao vídeo “Afinal, onde 
vem as cores dos corais? Zooxantela? Entenda”, disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=zJRap178AhQ.
https://www.youtube.com/watch?v=zJRap178AhQ
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Figura 7 - Intraespecífica harmônica: mutualismo entre a fruta do lobo e o próprio lobo guará. Fonte: O autor.
É uma interação na qual uma população é beneficiada, enquanto a outra não é afetada. 
Em outras palavras, no comensalismo, apenas um indivíduo se beneficia, não gerando nenhum 
prejuízo para a outra espécie envolvida. Um exemplo muito utilizado para o comensalismo é a 
interação que as rêmoras têm com os tubarões. As rêmoras se prendem ao corpo dos tubarões 
através de apreensórios e se alimentam dos restos alimentares do grande peixe, além de serem 
transportadas sem gasto de energia.
Figura 8 - Intraespecífica harmônica: comensalismo entre as rêmoras e raias-manta e tubarões. Fonte: O autor.
Outra relação intraespecífica, porém desarmônica, é o canibalismo, relação existente 
entre espécies que consomem animais inteiros, sendo predadores, porém, consumindo a mesma 
espécie (Figura 9). Esta relação é desarmônica, pois um dos indivíduos é prejudicado, perdendo 
sua vida. Na maioria dos casos, o canibalismo é exercido pelas espécies em condições extremas 
de estresse, como na maioria dos casos de fome durante longos períodos. 
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Figura 9 - Intraespecífica desarmônica entre indivíduos da mesma espécie. Fonte: O autor.
A interação ecológica denominada de  competição é uma relação ecológica desarmônica 
que ocorre quando organismos da mesma espécie ou de espécies diferentes competem por um 
determinado recurso (alimento, água, parceiro sexual, habitat e/ou nicho) (Figura 10). Por essa 
razão, essa relação ecológica pode ser intraespecífica (competição entre indivíduos da mesma 
espécie) ou interespecífica (competição entre indivíduos de espécies diferentes).
Em uma competição intraespecífica, todos os organismos que competem por determinado 
recurso são da mesma espécie. A competição pode ocorrer por diversos motivos, como demarcação 
de território, aumento exagerado da população e diminuição de alimentos (Figura 10).
Nas competições interespecíficas,  a luta por um recurso acontece entre indivíduos de 
espécies diferentes. Essa luta pode ocorrer por território, alimento, luz e água,por exemplo. 
Diferentemente da competição intraespecífica, não há casos de disputas por parceiros sexuais 
(Figura 10).
Figura 10 - Interespecífica desarmônica denominada competição. Fonte: O autor.
https://www.biologianet.com/ecologia/relacoes-ecologicas.htm
https://www.biologianet.com/ecologia/populacao-comunidade.htm
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3. INTERAÇÕES CONSUMIDOR-RECURSO
Atualmente, não nos referimos à relação com nomes entre relação-predador-presa e, 
sim, como consumidor-recurso. Isso abrange relações como parasitismo. Vamos explicar para 
identificarmos essas pequenas diferenças. Não se pode esperar compreender a estrutura e a 
dinâmica de populações e de comunidades ecológicas sem, antes, entender as conexões entre os 
consumidores e suas presas (recursos).
Figura 11 - Imagens com as atuais definições sobre predação, tanto para herbívoros quanto para carnívoros. Fonte: 
O autor.
As interações consideradas mais fundamentais da natureza são entre consumidor-
recurso, pois todos os seres vivos estão envolvidos nessa interação. Alguns exemplos são: as 
relações herbívoro-planta, predador-presa e patógeno-hospedeiro. Na relação do herbívoro-
planta, os herbívoros consomem partes de plantas. Caso comam plantas inteiras, funcionam 
como predadores. Na Figura 12, estão as cinco novas classificações de relações entre consumidor-
recurso segundo Townsend (2006).
Figura 12 - Imagens com as atuais cinco definições: predador verdadeiro, herbívoro, parasita, parasitoide e detritívoro. 
Fonte: O autor.
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Em “predador verdadeiro” nesta classificação, o termo predador (sensu stricto) está 
reservado para as espécies que matam as presas imediatamente ou logo após a sua captura. Esses 
predadores normalmente consomem várias e distintas presas, geralmente na sua totalidade, e 
repetem-no várias vezes durante a sua vida (Figura 13). Capturam indivíduos e os consomem, 
dessa forma removendo-os da população de presas.
Figura 13 - Exemplos de predadores verdadeiros: traíra, coruja de igreja e besouro bombardeiro. Fonte. O autor.
Os herbívoros e micropredadores também consomem várias presas ao longo da sua vida, 
mas se caracterizam por consumirem apenas partes da sua presa (como a parte aérea de uma 
planta, no caso de um herbívoro, ou o sangue de um hospedeiro, no caso de um micropredador) 
(Figura 14). Apesar de essa ação causar algum dano às presas, normalmente não conduz à morte 
dos indivíduos.  Herbívoros comem plantas inteiras ou parte de plantas. Herbívoros podem 
funcionar como predadores quando consomem plantas inteiras ou funcionam como parasitas 
quando consomem partes de tecidos de plantas e não matam sua vítima.
Figura 14 - Exemplos herbívoros, podendo funcionar como predadores verdadeiros e/ou parasitas. Fonte: O autor.
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Alguns organismos são classificados como parasitas. Por definição, um parasita “[...] 
consome parte de uma presa viva ou hospedeiro. Não removendo por si próprio um indivíduo 
de uma população recurso” (RICKLEFS, 2001). Os parasitas (que incluem agentes que podem ser 
causadores de doença) se alimentam dos organismos-presa (hospedeiros) enquanto estão vivos 
e, mesmo sendo prejudiciais, sua atividade alimentar é geralmente não letal a curto prazo. Via 
de regra, os parasitas estabelecem uma forte associação com o hospedeiro, demonstrando uma 
relação muito antiga, podendo até vir a se tornar uma coevolução, uma vez que se concentram 
em poucos ou apenas um indivíduo durante toda a sua vida.
Figura 15 - Exemplos de parasitas: piranha e alguns crustáceos parasitas de boca de alguns peixes. Fonte: O autor.
Para maior conhecimento sobre o tema das interações entre as 
espécies parasitas, recomendamos que assista ao vídeo intitulado 
“Parasitas e vermes nos peixes - parasites and worms on fish”, 
disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=wlIp8lGHOiE.
https://www.youtube.com/watch?v=wlIp8lGHOiE
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Os parasitoides representam um grupo de organismos que não predam diretamente 
outros seres, mas os usam como fonte de alimento para o desenvolvimento da sua descendência. 
Por definição, “O termo aplicado a espécies de vespas e moscas cujas larvas consomem os tecidos 
de hospedeiros vivos- normalmente os ovos, as larvas ou as pupas de outros insetos” (RICKLEFS, 
2001). É o caso de alguns insetos que depositam os ovos noutros organismos, resultando 
no desenvolvimento da(s) sua(s) larva(s) no interior do corpo da presa (ou hospedeiro) e 
eventualmente causando a sua morte.
 
Figura 16 - Imagens de parasitoides das vespas sobre algumas espécies de lagartas. Fonte. Scott Bauer (2021).
Alguns animais, na maioria dos casos como oportunistas, acabam se alimentando de restos 
orgânicos, como plantas, fungos e animais em decomposição. Por definição, “[...] consomem 
material orgânico morto - como serapilheira, fezes e carcaça, e, portanto, não têm efeito direto 
sobre as populações que produzem estes recursos (+/0)” (RICKLEFS, 2001). Esses animais têm 
um enorme papel na cadeia trófica, pois reciclam esses restos, retornando-os à cadeia alimentar 
para serem reaproveitados pelos demais organismos vivos. Dentre os exemplos, temos urubus, 
abutres, algumas moscas e as hienas (Figura 17).
Para maior conhecimento sobre o tema das interações entre 
as espécies parasitoides, recomendamos que assista ao vídeo 
intitulado “Vespa Parasita”, em 
https://www.youtube.com/watch?v=vxuo3f9t2Qw.
https://www.youtube.com/watch?v=vxuo3f9t2Qw
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Figura 17 - Imagens de animais detritívoros: à esquerda, uma população de hienas; à direita, uma população de 
urubus. Fonte: O autor.
4. COEVOLUÇÃO ENTRE HOSPEDEIRO E MEIO
Dentre as interações biológicas, o que se destaca são os parasitas. Os parasitas, direta 
ou indiretamente, regulam a dinâmica ecológica das populações do hospedeiro, podendo gerar 
coevolução. Por definição, coevolução ocorre quando as respostas desenvolvidas são recíprocas, 
isto é, quando as adaptações numa população promovem a evolução de adaptações na outra. Os 
fatores biológicos estimulam respostas evolutivas mútuas nos atributos (densidade, dominância, 
riqueza) das populações, interagindo. Os agentes biológicos promovem a diversidade das 
adaptações (e não a similaridade) e tendem a especializar. Porém, muitos organismos desenvolvem 
adaptações semelhantes devido ao estresse físico semelhante (agentes abióticos). A seguir, 
colocamos um estudo de caso para analisarmos a coevolução entre parasitas e hospedeiros. Os 
coelhos eram pragas incontroláveis na Austrália em 1859 (Figura 18). 
Figura 18 - Imagens de animais detritívoros: à esquerda, uma população de hienas, e à direita, uma população de 
urubus. Fonte: O autor.
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Para resolver o problema, já que esses animais estavam acabando com as lavouras da época, 
foi introduzido um controle através de um vírus para diminuir essa espécie a níveis controlados. 
Na primeira introdução desse vírus cancerígeno, 90% dos animais foram exterminados (Figura 
19).
Figura 19 - Imagens de animais detritívoros: à esquerda, uma população de hienas, e à direita, uma população de 
urubus. Fonte: O autor.
Porém, você há de concordar que os 10% que restaram provavelmente foram coelhos 
resistentes ao vírus e/ou desenvolveram uma resposta imunológica. Note na Figura 20 que, 
posteriormente, a mortalidade para esse mesmo vírus deixou de ser letal, e os coelhos voltaram a 
se proliferarrapidamente, já que a competição intraespecífica diminuiu; porém, agora essa nova 
população é resistente ao vírus mixoma.
Figura 20 - Imagens de animais detritívoros: à esquerda, uma população de hienas, e à direita, uma população de 
urubus. Fonte: O autor.
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A coevolução entre hospedeiro e parasita mostra que, em muitos casos, essa relação tende 
a se tornar uma relação harmônica, como o exemplo do inseto cochonilha e plantas hospedeiras. 
No caso da Figura 21, as cochonilhas e as plantas demonstram evoluírem para esse cenário 
de coevolução. Note que, quando se transferem as cochonilhas para outros galhos da mesma 
árvore da mesma espécie, ocorre uma grande sobrevivência, o que não observamos quando esses 
mesmos animais são transferidos para outras árvores da mesma espécie. Isso se deve ao fato 
de estarem mantendo uma relação específica entre o genótipo daquele indivíduo (árvore) e os 
insetos cochonilhas.
Figura 21 - Imagens de animais detritívoros: à esquerda, uma população de hienas, e à direita, uma população de 
urubus. Fonte: O autor.
Para maior conhecimento sobre o tema das relações entre parasitas 
e hospedeiro, recomendamos que assista ao vídeo intitulado 
“Viver Ciência - Interação entre parasita e hospedeiro - Completo”. 
Acesse-o em
https://www.youtube.com/watch?v=PVAejFXTLYw.
https://www.youtube.com/watch?v=PVAejFXTLYw
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentre os cenários impostos pela natureza, é essencial, em todas as áreas da ciência, 
o profundo conhecimento das interações entre os seres vivos. Muitos estudos científicos têm 
os seus resultados alterados pela falta de conhecimento dos profissionais quanto às interações, 
principalmente as que podem ser desarmônicas com os animais de seu interesse de produção. 
Um exemplo clássico com que você, profissional da Zootecnia, pode vir a se deparar é quando sua 
produção de leite começa a diminuir drasticamente. Note que vários fatores podem estar levando 
a esse resultado. Dentre eles, temos a nutrição, o descanso e o estresse. Mas, cuidado, você pode 
estar negligenciando as interações desse animal com outros seres. Esses animais podem estar 
sendo parasitados, fazendo com que diminua a produção de leite, portanto, estude todas as 
possibilidades antes de realizar o manejo apropriado. 
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03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................40
1. PROTOZOÁRIOS ....................................................................................................................................................... 41
1.1 ETIOLOGIA ............................................................................................................................................................... 41
1.2 MORFOLOGIA ......................................................................................................................................................... 41
1.3 CICLO REPRODUTIVO ...........................................................................................................................................43
1.4 EPIDEMIOLOGIA ....................................................................................................................................................44
1.5 DIAGNÓSTICO ........................................................................................................................................................45
1.6 PROFILAXIA E CONTROLE ....................................................................................................................................46
2. HELMINTOS .............................................................................................................................................................47
2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS .................................................................................................................................48
ESTUDO DOS PROTOZOÁRIOS, HELMINTOS E 
ARTRÓPODES DE OCORRÊNCIA NOS ANIMAIS 
DE PRODUÇÃO
PROF. DR. FLÁVIO HENRIQUE RAGONHA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ZOOLOGIA E PARASITOLOGIA ANIMAL 
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
2.1.1 ETIOLOGIA ............................................................................................................................................................49
2.1.2 MORFOLOGIA ......................................................................................................................................................50
2.1.3 CICLO REPRODUTIVO ........................................................................................................................................ 51
2.1.4 EPIDEMIOLOGIA .................................................................................................................................................52
2.1.5 DIAGNÓSTICO .....................................................................................................................................................52
2.1.6 PROFILAXIA E CONTROLE .................................................................................................................................53
3. ARTRÓPODES ..........................................................................................................................................................56
3.1 ETIOLOGIA ..............................................................................................................................................................56
3.2 MORFOLOGIA ........................................................................................................................................................57
3.3 CICLO REPRODUTIVO ..........................................................................................................................................58
3.4 EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS CAUSADAS POR ARTHROPODES ................................................................58
3.5 PROFILAXIA E CONTROLE ...................................................................................................................................59
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................................... 62
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INTRODUÇÃO
Muitos fatores podem interferir no desenvolvimento pleno das atividades de produção 
animal e, em muitos casos, as doenças causadas por animais parasitas são as principais causas. 
Os prejuízos estão relacionados ao retardo na produção, aos custos com tratamentos profilático e 
curativo e, em casos extremos, à morte dos animais. Enquanto nos países desenvolvidos os gastos 
devidos aos custos com controle são significativos, nos países em desenvolvimento, as doenças 
parasitárias causam prejuízos pela diminuição na produção e na restrição à criação de animais, 
com reduzida suscetibilidade às parasitoses, porém, com baixas performances produtivas. 
As variedades de animais com melhores índices produtivos, quase sempre criadas nos 
países desenvolvidos, raramente se sobressaem em condições ambientais nas quais há grande 
disponibilidade de parasitos durante todo o ano, principalmente em ambientes tropicais, 
onde as densidades de parasitos refletem o clima quente e úmido – situações ótimas para o 
desenvolvimento da maioria dos parasitos.
Portanto, na área de produção animal, o conhecimento sobre a epidemiologia dos 
parasitos e suas interações com os hospedeiros em um determinado ambiente e sistema produtivo 
são requisitos muito importantes no estabelecimentode um sistema de controle efetivo e 
maior produção animal. Profissionais zootécnicos que não possuem tais informações podem 
levar à utilização inadequada de tratamentos antiparasitários, podendo ocasionar um rápido 
desenvolvimento de resistência e, consequentemente, aumento de casos clínicos e de perdas 
produtivas.
Para obtermos sucesso nesse tema, devemos estabelecer métodos de controle parasitário 
eficientes, baseados em informações sobre a disponibilidade de larvas no ambiente, detecção de 
fontes de infecção, conhecimento sobre as exigências climáticas para eclosão de ovos e viabilidade 
larvar. Medidas preventivas baseadas nessas informações podem diminuir a frequência de 
tratamentos químicos e, quando associadas a outras formas de controle, podem reduzir a 
dependência dos antiparasitos. 
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1. PROTOZOÁRIOS
Antigamente, os protozoários eram classificados como um filo do Reino Animal, descritos 
como micro-organismos unicelulares heterotróficos, semelhantes a animais. Era o antigo Reino 
Protozoa, do grego  proto  (que significa “primeiro”) e  zoa ouzoo  (que significa “animal(is)”), 
traduzido então como “primeiros animais”. No entanto, com a nova classificação baseada na 
locomoção e pela semelhança com as algas unicelulares, eles passaram a apresentar características 
mistas, semelhantes a animais e vegetais; por isso, foram incluídos no Reino Protista.
Figura 1 - Protozoários ciliados e flagelados de vida livre, em ambientes aquáticos. Fonte: Conceitos (2021).
1.1 Etiologia
Os protozoários fazem parte do Reino Protista, assim como as algas. Esses micro-
organismos são unicelulares (de uma só célula), eucariontes (com um núcleo) e, geralmente, são 
heterotróficos (sem capacidade de produzirem seu próprio alimento, portanto, alimentam-se de 
outros seres vivos). Eles costumam ter um tipo de vida livre e são encontrados em ambientes 
aquáticos, geralmente na água doce, salobra ou água salgada, ou em lugares úmidos, rastejando 
pelo solo ou sobre matéria orgânica em decomposição. Algumas espécies acabam se associando 
a outros organismos para viver, como os parasitas. 
1.2 Morfologia
Os protozoários são divididos em classes que seguem como critério o modo de locomoção 
que utilizam: pseudópodes, flagelo, cílios ou estrutura de locomoção ausente.  Confira na Figura 
2 as quatro classes mais importantes.
https://conceitos.com/protozoarios/
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Figura 2 - Classificação de protozoários conforme suas estruturas de locomoção: pseudópodes, flagelo e cílios. 
Fonte: Mimsay (2018).
• Filo Sarcodina – Rizópodos
Os rizópodos utilizam pseudópodos (“falsos pés”) para se locomover. O mais famoso 
representante deste grupo é a ameba, que obtém seu alimento com o processo chamado fagocitose 
e faz a digestão em seus vacúolos digestivos.
• Filo Mastigophora – Flagelados
Os flagelados utilizam o movimento de um único e longo flagelo para se locomover, são 
de vida livre e muitos deles são parasitas de seres humanos. É o caso do  Trypanosoma cruzi, 
causador da doença de Chagas.
• Filo Ciliophora – Ciliados
O meio que os ciliados usam para se locomover é através do batimento de cílios, que são 
filamentos menores e mais numerosos do que os flagelos. Geralmente, aparecem na água doce ou 
salgada, com matéria vegetal em decomposição. A forma de reprodução é sexuada, em que uma 
célula transmite material genético para outra célula. Depois da conjugação, as células realizam 
a reprodução assexuada. Exemplos de protozoário ciliado são os do gênero  Paramecium, que 
costumam habitar poças de água suja.
Para maior conhecimento sobre o mundo dos protozoários, 
recomendamos assistir ao vídeo “Os Protozoários”, em 
https://www.youtube.com/watch?v=BUuDvXITlAg.
http://mimsayboraestudar.blogspot.com/2018/08/filo-protozoa.html
https://www.youtube.com/watch?v=BUuDvXITlAg
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• Filo Sporozoa – Esporozoários
Os esporozoários, por sua vez, não apresentam organelas locomotoras nem vacúolos 
contráteis. Eles são levados pelo ambiente, que pode ser o ar, a água ou algum animal. Um exemplo 
desse tipo de protozoário é o Plasmodium vivax, responsável por provocar a malária.
1.3 Ciclo Reprodutivo
A reprodução assexuada dos protozoários pode ocorrer de duas formas:
• Divisão binária  →  também chamada por alguns autores de  cissiparidade, a  divisão 
binária é o tipo de reprodução assexuada em que uma célula se divide ao meio, originando 
duas células idênticas. Ela ocorre em protozoários do filo Sarcodina, filo Cilliophora, filo 
Zoomastigophora e filo Apicomplexa.
Figura 3 - Representação de um dos tipos de reprodução assexuada, observada nos seres vivos: a divisão binária. 
Fonte: O autor.
• Divisão múltipla  →  nesse tipo de reprodução assexuada, o núcleo de uma célula se 
multiplica várias vezes, originando várias células-filhas. Muitos autores não consideram 
a conjugação realizada por alguns protozoários como reprodução sexuada pelo fato de 
esse processo não resultar em aumento de indivíduos, enquanto que outros consideram 
esse processo como sendo um tipo de reprodução sexuada por haver troca de material 
genético.
Figura 4 - Representação de um dos tipos de reprodução assexuada, observada nos seres vivos: a divisão múltipla. 
Fonte: O autor.
A  conjugação  é um processo que consiste na união parcial de dois indivíduos que se 
emparelham e, através de uma ponte citoplasmática, trocam material genético. Após a troca, esses 
indivíduos, que passam a ter novas combinações genéticas, separam-se e dividem-se por divisão 
binária. Esse processo ocorre nos protozoários ciliados. 
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Figura 5 - Representação de um dos tipos de reprodução sexuada, observada nos seres vivos: a conjugação. Fonte: 
O autor.
1.4 Epidemiologia
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, algumas espécies são benéficas ao 
organismo, como as existentes na flora natural de ruminantes, auxiliando na digestão da celulose. 
Porém, a maioria e mais conhecidas são os causadores de doenças, sendo alguns de seus principais 
representantes, hoje, na medicina veterinária. Seguem:
• Entamoeba histolytica  – conhecida como Amebíase, a doença provoca diarreia ou 
disenteria intermitente e acomete principalmente cães e gatos;
• Babesia canis – conhecida como Babesiose canina, a doença provoca uma anemia severa, 
pois ataca diretamente as hemáceas, causando também hemoglobinúria, mucosas 
amareladas e fadiga. Ela é transmitida pela picada do carrapato infectado;
• Babesia caballi – conhecida como Nutaliose, a doença acomete equinos e tem os mesmos 
sinais e sintomas da babesiose canina, sendo também transmitida pela picada de 
carrapatos;
• Giardia lambria – conhecida como Giardíase, a doença provoca diarreia com coloração 
esbranquiçada e forte odor, além de dores abdominais. Acomete principalmente animais 
de pequeno porte, jovens, e é transmitida pela ingestão de água contaminada;
• Trypanossoma evansi – conhecida como Mal das cadeiras, a doença é quase que excluviva 
de equinos, porém, já foram relatados casos em cães, lobos e raposas e apresenta anemia 
progressiva, aumento de linfonodos, baço e, em alguns casos, fígado;
• Leishmania – conhecida como Leishmaniose, é uma perigosa zoonose que acomete cães, 
transmitida pela picada de um mosquito infectado. Ela apresenta sintomas específicos 
com suas duas formas, a Visceral e Calazar;
• Elimeria – conhecida como Eimeriose ou Diarreia vermelha, a doença acomete o epitélio 
digestivo de aves e ruminantes;
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA• Crytosporidium parvum – conhecida como Criptosporidiose, a doença apresenta diarreia 
severa em cães, podendo levar à morte e acomete também gatos, geralmente de forma 
assintomática.
Devido a tantas formas de doenças que podem acometer animais de diversas espécies é 
que se faz crucial o controle com medicamentos antiparasitários, além de uma observação diária 
do comportamento dos mesmos para diagnósticos e tratamentos mais específicos.
1.5 Diagnóstico
Na maioria dos casos, o diagnóstico vem devido à desnutrição animal, seguida por 
diarreias, como os casos da Eimeriose ou Diarreia vermelha. A multiplicação dos coccídios causa 
alterações e provoca a destruição das células do hospedeiro. As alterações funcionais causadas pela 
coccidiose dependem da localização, das espécies envolvidas e do grau de destruição dos tecidos 
e podem ser locais ou sistêmicas. A intensidade e abrangência das lesões dependem do grau 
de agressão tecidual de cada espécie e, principalmente, da quantidade de oocistos esporulados 
ingerida. Quando a infecção é muito intensa, ocorre destruição de áreas muito extensas do 
intestino, com consequente desprendimento de fragmentos de mucosa e hemorragias, que pode 
ser observado nas fezes.
Figura 6 – Diarreias, como os casos da Eimeriose ou Diarreia vermelha. Fonte: O autor.
Para maior conhecimento sobre as doenças causadas por 
protozoários, recomendamos assistir ao vídeo “Trypanosoma 
evansi”, em 
https://www.youtube.com/watch?v=yzFKGCyMUj0.
https://www.youtube.com/watch?v=yzFKGCyMUj0
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As células diferenciadas das vilosidades são responsáveis pela absorção, e as células 
indiferenciadas das criptas, pela secreção. Um aumento de secreção causado pela hiperplasia 
das criptas leva a um desbalanceamento da proporção absorção/secreção e pode causar diarreia. 
Nas infecções por coccídios, pode haver separação das junções entre essas células e ocorrer a 
passagem de proteínas para a luz intestinal e, assim, afetar o funcionamento do tubo intestinal.
1.6 Profilaxia e Controle
A infecção dos ruminantes ocorre pela ingestão de oocistos esporulados, junto com 
água e alimentos contaminados com fezes. Os oocistos são estruturas muito resistentes, que, 
em condições favoráveis, podem permanecer infectantes no meio ambiente por vários meses. 
Eles resistem à ação da maioria dos desinfetantes comerciais nas concentrações usuais, mas são 
destruídos pela dessecação, luz solar direta e calor. O oocisto, por se encontrar no meio ambiente, 
fora do hospedeiro, representa a fase do ciclo dos coccídios que é vulnerável e suscetível às medidas 
de controle da coccidiose. Após a infecção do animal, os oocistos liberam formas infectantes, os 
esporozoítos, que penetram nas células do trato gastrintestinal. Nessas células, multiplicam-se e, 
consequentemente, causam lesões que interferem nos processos digestivos.
Figura 7 - Ingestão de oocistos que liberam formas infectantes, os esporozoítos, que penetram nas células do trato 
gastrintestinal. Fonte: O autor.
Para maior conhecimento sobre diarreias causadas em bovinos, 
recomendamos assistir ao vídeo “Diarreia em bovinos”, em 
https://www.youtube.com/watch?v=-oI4nsmQI9Y.
https://www.youtube.com/watch?v=-oI4nsmQI9Y
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2. HELMINTOS
Os helmintos constituem um grupo muito numeroso de animais, incluindo espécies de 
vida livre e também de vida parasitária, sendo classificados em dois grandes filos: Platyhelminthes 
(Gr. platy = achatado + helminthes= verme) e Nemathelminthes (Gr. Nema = fio; toda = 
forma). Os Platyhelminthes e os Nemathelminthes são metazoários (animais pluricelulares), 
triblásticos (designação para os animais que apresentam um terceiro folheto embrionário, 
denominado  mesoderme,  que se forma na  gastrulação, originando os tecidos dos sistemas 
muscular e circulatório, das glândulas endócrinas e gônadas, em contraposição aos diblásticos, 
que só apresentam ectoderme e endoderme) e prostostômios (o nome deriva do fato de que, no 
desenvolvimento embrionário, a boca é formada antes do ânus), sendo que a única diferença 
evolutiva é que Platyhelminthes são acelomados (subdivisão de animais bilatérios sem cavidade 
no corpo e cujos espaços entre as paredes do corpo e os órgãos internos são preenchidos por 
parênquima), e os Nemathelminthes são pseudocelomados. 
Figura 8 - Cladrograma dos grupos de animais e suas derivações evolutivas. Fonte: O autor.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesoderme
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gastrula%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%A2ndulas_end%C3%B3crinas
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%B4nadas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diplobl%C3%A1stico
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2.1 Características Gerais 
Os platelmintos são achatados dorsoventralmente, característica que surge como 
consequência da ausência de um sistema sanguíneo. Já os nematoides distinguem-se dos demais 
animais por apresentarem o corpo cilíndrico, cutícula flexível não viva e ausência de cílios ou 
flagelos, músculos longitudinais. O Filo Nematoda (Gr. Nema = fio; toda = forma) é conhecido por 
causar doenças em humanos ou em outros animais. Há 2.500 sp. descritas, sendo um dos maiores 
grupos zoológicos. Os nematoides podem viver no mar, na água doce e no solo. São parasitos 
de praticamente todos os tipos de animais e plantas. As espécies de vida livre alimentam-se de 
bácterias, fungos e suas hifas e algas. Podem ser saprófagos (cadáveres) ou coprófagos (fezes). 
Existem predadores de rotíferos, anelídeos e outros nematoides. E muitos se alimentam de seiva 
de plantas superiores.
Figura 9 - Cladrograma dos grupos de animais e suas derivações evolutivas. Fonte: O autor.
Para maior conhecimento sobre as consequências das extinções das 
espécies, recomendamos assistir aos vídeos “Zoologia de Platelmintos” e 
“Ascaridíase: tossindo lombrigas - Parasitas Assassinos l”, disponíveis em 
https://www.youtube.com/watch?v=jTX2dz_pWsE e https://www.youtube.com/
watch?v=wTbMCVLB0Yc.
https://www.youtube.com/watch?v=jTX2dz_pWsE
https://www.youtube.com/watch?v=wTbMCVLB0Yc
https://www.youtube.com/watch?v=wTbMCVLB0Yc
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Os helmintos gastrointestinais constituem-se em agentes etiológicos de significativa 
importância para a diminuição da produtividade na pecuária bovina. Dentre os fatores que 
interferem no desenvolvimento da bovinocultura, as helmintoses gastrintestinais e pulmonares 
ocupam grande destaque por ocasionarem perdas econômicas relacionadas à baixa produtividade 
do rebanho, retardamento do desenvolvimento dos animais, aumento na taxa de mortalidade de 
bovinos jovens e gastos excessivos com manejo e medicamentos. 
2.1.1 Etiologia
No Filo Platyhelminthes (Gr. platy = achatado + helminthes = verme), as classes 
pertencentes são a Classe Turbellaria (maioria de vida livre), a Classe Trematoda (parasitas), a 
Classe Monogenea (parasitas) e a Classe Cestoda (parasitas).
Figura 10 - As classes representantes dos platelmintos Turbellaria, Trematoda, Monogenea e Cestoda. Fonte: O 
autor.
Há inúmeras doenças causadas por Nemathelminthes (Gr. Nema = fio; toda = forma). 
Os nematoides são patogênicos ao homem e aos animais domésticos, com ampla distribuição 
munidal, porém, mais abundantes em regiões tropicais.
Para maior conhecimento sobre os platelmintos, recomendamos 
assistir ao vídeo “Kingdom Animalia: Phylum Platyhelminthes”, em 
https://www.youtube.com/watch?v=fWVMKLsRE6s.
https://www.youtube.com/watch?v=fWVMKLsRE6s
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2.1.2 Morfologia
Os animais acelomados(acelomados são animais que não apresentam celoma, sendo o 
celoma central uma cavidade totalmente revestida pela mesoderme), como os platelmintes, não 
possuem celoma. Os animais pseudocelomados (possuem uma cavidade nos nematoides, onde 
há um sistema digestivo completo, um sistema excretor composto por um canal longitudinal e um 
sistema nervoso parcialmente centralizado), como os nematoides, possuem um pseudoceloma. 
Os animais celomados (são, portanto, animais que apresentam cavidade revestida completamente 
pela mesoderme; dentre os  celomados, podemos citar os cordados, moluscos, anelídeos e 
equinodermos).
Figura 11 - Tipos corporais dos animais acelomados, pseudocelomados e celomados. Fonte: O autor.
Como já citado anteriormente, os platelmintos são animais invertebrados, com corpo 
achatado dorsoventralmente, triblásticos, acelomados e apresentam simetria bilateral. Podem ter 
vida livre ou parasitária. Note a presença ventral da boca e os folhetos embrionários: ectoderma, 
mesoderma e endoderma (Figura 12).
Figura 12 - Morfologia externa básica de um representante do Filo Plathelmintos. Fonte: O autor.
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Já os  nematelmintos  possuem corpo cilíndrico, recoberto por uma cutícula resistente, 
com simetria bilateral. Numerosas espécies apresentam vida livre, porém, muitas são parasitas 
de plantas e animais. Os nematoideos possuem dois nervos (dorsal e ventral) longitudinais, que 
correm o corpo do animal.
Figura 13 - Morfologia externa básica de um representante do Filo Nematelmintos. Fonte: O autor.
2.1.3 Ciclo Reprodutivo
Uma etapa da fase do ciclo destes parasitas ocorre no meio ambiente, e vários fatores 
estão diretamente envolvidos no desenvolvimento e na sobrevivência das larvas nas pastagens e 
na manutenção das infecções nos animais, como: fatores climáticos, genéticos e características 
das pastagens. 
Os turbelários são hermafroditas, podendo se reproduzir assexuadamente. Ocorre por 
regeneração ou brotamento (zooides). Na reprodução sexuada, ocorre a fertilização dos ovos 
através de fecundação interna e cruzada. O desenvolvimento é direto na sua maioria, e cada 
planária produz várias cápsulas ovígeras.
Figura 14 - Tipos corporais dos animais acelomados, pseudocelomados e celomados. Fonte: O autor.
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Já todos os trematódeos são vermes parasitos, e quase todas as formas adultas são 
endoparasitas de vertebrados. Em sua vida parasitária, os indivíduos não possuem cílios no 
tegumento, possuem glândulas de penetração, ocorre a produção de cistos (resistência ao meio 
externo), alta reprodução juntamente com órgão de adesão. Os trematódeos da subclasse dos 
digenéticos são endoparasitos de ciclo de vida heteroxênico, necessitando de, pelo menos, dois 
hospedeiros para completar seu ciclo, sendo intermediário (molusco) e definitivo (vertebrados). 
Seu grande representante é a Fasciola hepatica.
• Ciclo reprodutivo da Fasciola hepatica
Sua fase sexuada ocorre no hospedeiro definitivo, porém, ao serem eliminados nas fezes, 
os ovos têm que encontrar água para eclodir (miracídio). Os miracídios penetram no hospedeiro 
intermediário e reproduzem-se assexuadamente (esporocisto), desenvolvendo-se em cercárias, 
ou penetram no hospedeiro ou encistam na vegetação.
Quanto a todos os monogenéticos, seu ciclo de vida se assemelha muito aos digenéticos, 
porém, os monogenéticos são ecoparasitos, ocorrendo principalmente na superfície corpórea, 
brânquias e bexiga natatória de peixes, répteis e anfíbios. Seu ciclo acontece em um só hospedeiro, 
a maioria é ectoparasita de peixes, seu corpo é coberto por tegumento, possuem uma ventosa oral 
reduzida ou ausente e possuem haptor, que porta ganchos e ventosas.
2.1.4 Epidemiologia
Parasitas são organismos que vivem em associação com seus hospedeiros, dos quais 
retiram os recursos necessários à sua sobrevivência, relação que prejudica o organismo hospedeiro. 
Os ciclos de vida dos parasitas envolvem diversas interações com seus hospedeiros, as quais 
envolvem diferentes conjuntos de fatores, tais como o tipo de recurso ofertado e o sistema imune 
do hospedeiro. Todos esses fatores afetam cada estágio de vida do parasita. Assim, o equilíbrio 
entre as populações de parasitas e de hospedeiros é influenciado tanto pela patogenicidade do 
parasita quanto pela imuno-resposta e outras defesas do hospedeiro.
2.1.5 Diagnóstico
O parasitismo gastrintestinal em bovinos está frequentemente associado à alta densidade 
populacional animal e a sistemas intensivos de manejo, principalmente à bovinocultura leiteira. 
Entretanto, nos ruminantes, o estado nutricional e, particularmente, a disponibilidade de 
proteínas e minerais são fatores importantes na otimização da produtividade animal, interferindo 
na patogenia e nos mecanismos de resposta imune dos hospedeiros às infecções por nematódeos 
gastrointestinais. 
Para maior conhecimento sobre os monogenéticos, recomendamos 
assistir ao vídeo “Monogenea Fish”, em https://www.youtube.com/
watch?v=4GxzRJ_E0o4.
https://www.youtube.com/watch?v=4GxzRJ_E0o4
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2.1.6 Profilaxia e Controle
Classe Trematoda
Subclasse Digenea
Fasciola hepática
A fasciolose, também chamada de fasciolíase, é uma parasitose causada pelo 
parasita Fasciola hepatica e, mais raramente, pelo Fasciola gigantica, que pode ser encontrado nos 
canais biliares de mamíferos, como ovinos, bovinos e suínos, por exemplo.
A infeção pela Fasciola hepatica é rara, no entanto, pode acontecer através da ingestão de 
água e verduras contaminadas pela forma infectante desse parasita. Isso porque os ovos liberados 
no ambiente eclodem quando em contato com a água. O miracídio liberado desenvolve-se no 
caramujo até a forma infectante, a qual é liberada e depois desenvolve-se até a forma infectante, 
chamada metacercária, deixando não só a água contaminada, mas também as plantas aquáticas, 
como o agrião.
A Fasciola hepatica é transmitida ao homem a partir do consumo de água ou vegetais 
crus, que contenham metacercárias desse parasita. Outra forma possível, porém mais rara, é 
através do consumo de carne de fígado crua de animais infectados e contato com o caramujo ou 
suas secreções.
Esse parasita possui um ciclo de vida que envolve a infecção de hospedeiros intermediários 
e definitivos e acontece conforme as seguintes etapas:
1. Os ovos dos vermes são liberados pelas fezes do hospedeiro, que podem ser pessoas ou 
animais como bovinos, caprinos e suínos.
2. Os ovos liberados, ao entrarem em contato com a água, eclodem e liberam o miracídio.
3. O miracídio presente na água vai ao encontro de um hospedeiro intermediário, que é 
o caramujo de água doce do gênero Lymnaea sp.
4. No interior do caramujo, o miracídio desenvolve-se em esporocisto, rédias e em rédias 
contendo cercárias.
5. As cercárias são liberadas na água, fixam-se à superfície de folhas e plantas ribeirinhas 
ou chegam à superfície da água, perdem a cauda, encistam-se e ficam aderidas à 
vegetação ou vão para o fundo da água, sendo denominadas metacercárias.
6. Os animais e as pessoas, ao ingerirem a água ou plantas ribeiras contaminadas, são 
infectados pelas metacercárias, que se desencistam no intestino, perfuram a parede 
intestinal e chegam às vias hepáticas, caracterizando a fase aguda da doença.
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Figura 15 - Ciclo da Fasciola hepatica e todos os seus hospedeiros. Fonte: O autor.
Classe Trematoda
Subclasse Digenea
Em algumas espécies de Clinostomidae, as metacercárias ficam nos olhos, provocando 
cataratas, ou por baixo do tegumento do peixe, provocando proeminênciasamareladas (Doença 
dos pontos amarelos). Também são encontradas nas nadadeiras de algumas espécies ornamentais.
Figura 16 - Tipos corporais dos animais acelomados, pseudocelomados e celomados. Fonte: O autor.
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Classe Trematoda
Subclasse Monogenea
Monogenea  é uma  classe  de  vermes  do filo Platyhelminthes, majoritariamente 
ectoparasitas de organismos aquáticos, que atacam principalmente peixes e anfíbios. São comuns 
na pele, barbatanas, guelras e brânquias dos peixes e menos comuns na bexiga e no reto de alguns 
vertebrados ectotérmicos.
Figura 17 - Tipos corporais dos animais acelomados, pseudocelomados e celomados. Fonte: O autor.
Figura 18 - Tipos corporais dos animais acelomados, pseudocelomados e celomados. Fonte: O autor.
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3. ARTRÓPODES
3.1 Etiologia
Os artrópodes formam um grupo extremamente diversificado, com mais de um milhão 
de espécies descritas e catalogadas em todo o mundo. Esses animais podem ser encontrados em 
todas as regiões do planeta. Uma das principais características desse grupo é o exoesqueleto dos 
artrópodes, que envolve todo o seu corpo (Figura 19). 
O exoesqueleto de todos os artrópodes é composto por quitina, mas, nos crustáceos, além 
da quitina, há também fosfato e carbonato de cálcio, substâncias que conferem alta resistência 
à carapaça desses animais. Os artrópodes terrestres são revestidos por uma cobertura de cera 
impermeável, que impede a desidratação.
Figura 19 – Exoesqueleto dos artrópodes. Fonte: Melo (2014).
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3.2 Morfologia
Os animais pertencentes ao filo Arthropoda são invertebrados, triblásticos e celomados. 
Possuem simetria bilateral, exoesqueleto, corpo segmentado (metameria) e apêndices articulados, 
o que justifica o nome do filo (artro  = articulação;  podos =  patas). O fato de esses animais 
apresentarem metameria leva à suposição de que os artrópodes têm parentesco evolutivo com os 
anelídeos. Essa metameria é mais nítida apenas nas formas larvais. 
Os principais grupos são os insetos, aracnídeos, crustáceos, quilópodes e diplópodes. 
Algumas diferenças em suas morfologias estão expressas no Quadro 1.
Quadro 1 – Comparativo entre os principais grupos de artrópodes. Fonte: Academia (2021).
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3.3 Ciclo Reprodutivo
Na maioria dos artrópodes, os sexos são separados, e a fecundação é interna, isto é, o 
macho lança os gametas masculinos dentro do corpo da fêmea. O desenvolvimento pode ser 
direto: os filhotes já nascem semelhantes aos pais, como é o caso de muitos aracnídeos e, portanto, 
esses animais não passam por metamorfose.
Figura 20 - Desenvolvimento dos carrapatos, com estágios de ninfa. Fonte: Toda Matéria (2021).
3.4 Epidemiologia das Doenças Causadas por Arthropodes
• Febre maculosa
A  febre maculosa  é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela 
picada do carrapato. No Brasil, duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos 
da Febre Maculosa: Rickettsia rickettsii, que produz a doença grave registrada no norte do estado 
do Paraná e nos estados da Região Sudeste
Figura 21 - Desenvolvimento da febre maculosa e seus hospedeiros. Fonte: Retirado: G1 (2019).
https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2019/06/04/febre-maculosa-entenda-o-ciclo-de-transmissao-e-os-sintomas-da-doenca.ghtml
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O período de incubação varia de 2 a 14 dias após a picada (média de 7 dias), e os 
sintomas têm início súbito, com febre de moderada à alta, que dura geralmente de 2 a 3 semanas, 
acompanhada de dor de cabeça, calafrios, congestão das conjuntivas (olhos vermelhos).
Causada pela picada de carrapatos-estrela infectados pela bactéria Rickettsia rickettsii, 
seu quadro inicial é caracterizado por febre alta, dor de cabeça, no corpo e perto dos olhos, enjoo, 
vômito, diarreia e falta de apetite. Tudo isso seguido do aparecimento de manchas no corpo.
3.5 Profilaxia e Controle
• Babesiose bovina
O carrapato bovino tem o ciclo de vida dividido em duas fases: a fase de vida livre, quando 
se encontra no ambiente ou em cães, e vida parasitária, encontrado no bovino. Esse ciclo tem 
início com a fêmea (teleógina) colocando seus ovos (ovipostura) no ambiente (1 e 2) e, após a 
eclosão, as larvas se direcionam para a ponta das vegetações em dias quentes para se fixarem 
no bovino (3 e 4). Essa larva atinge, então, a vida adulta no bovino, alimentando-se do sangue 
deste até acasalar (6). As fêmeas permanecem no bovino, alimentando-se, até engurgitarem, 
quando atingem seu tamanho máximo, caem ao solo, recomeçando o ciclo, sendo que os machos 
permanecem no bovino por, aproximadamente, 21 dias em busca de novas fêmeas.
Figura 22 - Gado sendo parasitado por ectoparasita (carrapato). Fonte: O autor.
Nesse ciclo, os carrapatos podem conter protozoários que causam a Tristeza Parasitária 
em Bovinos (TPB), ou Babesiose, que é uma doença muito severa. É causada por protozoários e 
afeta principalmente os bezerros. Responsável por uma taxa de mortalidade muito alta, a doença 
assusta os proprietários e tem um grande efeito econômico para os produtores. O nome dado 
popularmente é referente ao seu principal sintoma, que deixa os animais apáticos e tristes.
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Os principais agentes causadores da TPB são os protozoários das  espécies  Babesia 
bovis  e  Babesia Bigemina.  Também pode ser causada  pela rickettsia  Anaplasma marginale.  O 
principal vetor da doença é o carrapato. A transmissão acontece através da picada,  por meio da 
alimentação das larvas, ninfas ou carrapatos adultos. O período de incubação varia de 7 a 14 dias.
Acompanhe na Figura 23 o ciclo de vida de Babesia bovis (A): um esporozoíto B. bovis 
invade um eritrócito e se transforma em um trofozoíto (B). O trofozoíto é em forma de anel 
(C). Dois merozoítos são gerados de cada trofozoíto por fissão binária (D). Merozoítos são 
inicialmente unidos, lembrando duas peras em um ângulo agudo (E). Os merozoítos maduros 
separam-se antes de escaparem do eritrócito (F). Merozoítos são liberados do eritrócito. Alguns 
deles invadirão novos eritrócitos e se desenvolverão em trofozoítos, enquanto outros serão 
apanhados por carrapatos adultos para continuar seu ciclo no hospedeiro invertebrado (G). 
Os estágios sexuais são liberados dos glóbulos vermelhos no lúmen intestinal do carrapato e 
se desenvolvem em gametócitos (H). Os gametócitos se transformam em gametas masculinos 
e femininos, que formam um zigoto após a fusão (I). O zigoto se desenvolve em um estágio de 
infecção e penetra nas células intestinais do carrapato (J). Formam-se corpos de fissão e, deles, 
desenvolvem-se cinetes móveis (K). Os cinetes destroem as células intestinais, escapam para a 
hemolinfa e se distribuem nos diferentes tipos de células e tecidos, incluindo os ovários (L). 
No ovário, as células embrionárias são infectadas por cinetes (transmissão transovariana) (M). 
Quando o carrapato fêmea põe seus ovos, os embriões já estão infectados (N). Larvas infectadas 
eclodidas se fixam em um bovino, e os cinetes migram para as glândulas salivares do carrapato, 
onde formam um esporoblasto (O). Milhares de esporozoítos se desenvolvem a partir de cada 
esporoblasto (P). As larvas do carrapato se alimentam do sangue bovino, e os esporozoítos são 
liberados com saliva no sistema circulatório do animal.
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Figura 23 - Ciclo de vida de Babesia bovis no gado e no carrapato. Fonte: Independente (2021).
https://independente.com.br/carrapato-nao-tem-pai/ciclo-do-carapato-2/
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Nesta unidade, vimos os principais grupos de parasitas em produções animais, como 
protozoários, helmintos e artrópodes. Se listarmos todos os animais que podem parasitar animais 
de produção, “perderíamos” todas as unidades apenas com essa listagem. Portanto, identificar a 
qual grande grupo pertence e como o ciclo e proliferação ocorrem é de extrema importância para 
melhor controle zootécnico e menor perda na nutrição animal. Note que algumas doenças estão 
intimamente ligadas a parasitas e hospedeiros, podendo ser o animal de produção ou o vetor um 
artrópode, por exemplo. Em muitos casos, as medidas de decisões para o controle serão fáceis 
desde que o profissional da Zootecnia tiver o entendimento holístico da doença na sua prole.
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04
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................65
1. ASPECTOS ECONÔMICOS ......................................................................................................................................66
2. CONTROLE DE ENDOPARASITAS ..........................................................................................................................68
2.1 PEIXES ....................................................................................................................................................................70
3. PRINCIPAIS CAUSAS ..............................................................................................................................................70
3.1 BACTÉRIAS .............................................................................................................................................................70
3.1.1 FLEXIBACTER COLUMNARIS .............................................................................................................................. 71
3.1.2 STREPTOCOCCUS SP. ......................................................................................................................................... 72
3.2 FUNGOS ................................................................................................................................................................. 72
3.3 PROTOZOÁRIOS .................................................................................................................................................... 73
IMPORTÂNCIA DOS PARASITAS PARA A SAÚDE 
ANIMAL E PREJUÍZOS À PRODUÇÃO ANIMAL
PROF. DR. FLÁVIO HENRIQUE RAGONHA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ZOOLOGIA E PARASITOLOGIA ANIMAL 
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
3.3.1 ICHTHYOPHTHIRIUS MUTIFILIS ..................................................................................................................... 73
3.4 TREMATODOS ........................................................................................................................................................ 74
3.5 CRUSTÁCEOS ........................................................................................................................................................ 74
3.6 VERMES .................................................................................................................................................................75
4.CONTROLE DE ECTOPARASITAS ............................................................................................................................76
4.1 CARRAPATOS DE BOI ............................................................................................................................................76
4.2 BERNE .................................................................................................................................................................... 77
5. TÉCNICAS DE COLETA DE PARASITAS .................................................................................................................78
6. CONSERVAÇÃO DE MATERIAL BIOLÓGICO ..........................................................................................................78
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................80
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade, você, um(a) futuro(a) zootecnista, aprenderá os impactos econômicos 
em produções devido ao parasitismo. Claro que, atualmente, as inúmeras culturas, o número 
de parasitas e o aumento de espécies invasoras em produções trazem muitas vezes consigo seus 
parasitas. Apresentaremos alguns dos principais endoparasitas e ectoparasitas que acometem 
bovinos e peixes, e as espécies de muitos em equinos, caprinos e aves variam, porém, os processos 
de disseminação são muito similares. Durante sua carreira, não é apenas importante os químicos 
que muitas vezes você utilizará no manejo, mas, sim, como é o ciclo dos parasitas e os períodos 
com maiores densidades de parasitas. Em épocas de climas extremos, deparamo-nos com essas 
doenças parasitárias enquanto que, no verão, as temperaturas mais altas aumentam a proliferação 
dos parasitas, como moscas, bernes, carrapatos, dentre outros. No inverno, os animais estão com 
imunidade mais baixa e propícios a desenvolverem doenças por fungos, bactérias e helmintos. 
Muitas vezes, o controle se dará com aumento da imunidade da prole, com aumento da oferta de 
alimento, com maiores valores nutricionais e com vitaminas, dentre elas, destacamos a vitamina 
C. Portanto, antes de sairmos aplicando produtos químicos em tratamentos mais invasivos, 
devemos compreender as doenças, pois, em muitos casos, a solução será de fácil aplicação.
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1. ASPECTOS ECONÔMICOS
As estimativas com o prejuízo anual com parasitas em rebanhos são de mais de três 
bilhões de dólares. Sempre que falamos em parasitas de rebanhos em geral, vem-nos prejuízo à 
cabeça, principalmente com a dificuldade na engorda ou, até mesmo, com a perda da prole. 
Pode parecer exagero, porém, quando extrapolamos as porcentagens de animais em 
média parasitados tanto por endoparasitas quanto por ectoparasitas, temos de levar em conta 
que o Brasil possui mais de 220 milhões de cabeças, distribuídas por oito milhões de hectares 
quadrados. O rebanho bovino brasileiro é um dos mais afetados pelas verminoses já que os climas 
tropicais e subtropicais que prevalecem no País favorecem a ocorrência de parasitas internos e 
externos.
De acordo com artigo da Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, as perdas 
econômicas totais com o parasitismo chegam à casa dos 14 bilhões de dólares por ano. O gado, 
quando acometido por um parasita, tem seu desempenho comprometido e apresenta menor 
ganho de peso.
As doenças causadas pelos vermes podem levar desde ao não ganho de 30 a 60 quilos 
por animal por ano até ao abate, e suas consequências atingem diretamente a rentabilidade da 
produção. Acompanhe a seguir como os endo e ectoparasitas afetam a produtividade e confira 
dicas importantes para prevenção.
Figura 1 – Piolhos, carrapatos (ectoparasitas), taenia e nematoides (endoparasitas) em animais de produção. Fonte: 
O autor.
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Um exemplo claro desse prejuízo é do parasitismo causado pelos nematoides 
gastrintestinais que se alojam no interiordo animal. Em vacas leiteiras e de corte, as perdas são 
estimadas em 7 bilhões de dólares, representando, assim, o problema econômico mais importante 
do setor no Brasil.
Figura 2 - Nematoide encontrado no trato digestivo. Fonte: Augusto (2012).
Quando relacionados aos carrapatos – chamados de ectoparasitas, pois se instalam na 
parte de fora do corpo do hospedeiro –, os estudos apontam que, para cada carrapato presente no 
bovino, é perdido, diariamente, de 1,18 a 1,37 grama. Os prejuízos incluem ainda diminuição da 
qualidade do couro, lesões na pele e anemia (RUPPERT; FOX; BARNES, 2005).
Figura 3 - Carrapatos parasitando as orelhas de bovinos. Fonte: Antonini (2019).
https://onorte.net/minas-do-norte/prolifera%C3%A7%C3%A3o-de-carrapatos-pode-comprometer-rebanho-1.744145
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O berne, outro ectoparasita que perfura a pele do animal e se hospeda nele por cerca de 
35 dias, provoca grande irritação no animal e gera uma perda de leite, carne e couro estimada em 
200 milhões de dólares na América Latina.
Figura 4 - Larvas de insetos (mosca varejeira) na epiderme de animais. Fonte: Castanheira (2018).
2. CONTROLE DE ENDOPARASITAS
O controle de endoparasitas pode ser realizado por intermédio de um conjunto de práticas, 
tais como: o monitoramento da carga parasitária de endoparasitos, através de contagem de Ovos 
por Grama (OPG) e coprocultura (Figura 5), a fim de determinar a necessidade de tratamento e 
eficácia do mesmo; a realização de tratamento seletivo e/ou o descarte de animais mais suscetíveis 
aos endoparasitos, com base em OPG, ganho de peso, FAMACHA, número de dosificações/ano, 
escore corporal, dentre outros; a administração dos anti-helmínticos de forma correta (via de 
administração, dose, espécie animal, época adequada); a utilização do medicamento (produto 
químico) pelo menor número de vezes durante o ano para evitar estabelecimento da resistência 
parasitária na propriedade; a manutenção do desenvolvimento zootécnico adequado dos animais 
do rebanho. 
Para determinar o número de ovos por grama de fezes, some a contagem de ambas as 
câmaras. Multiplique o número de ovos encontrados por 50 para bovinos e por 100 para ovinos. 
O resultado será expresso em Ovos Por Grama de Fezes (OPG).
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Figura 5 – Demonstração de contagem de Ovos por Grama (OPG) e coprocultura a fim de determinar a necessidade 
de tratamento de endoparasitas. Fonte: O autor.
Também é importante não promover a troca do lote de animais para potreiro “limpo” após 
o tratamento (também conhecido como tratar e mudar), mas, sim, manter os animais tratados 
na mesma pastagem por, pelo menos, de cinco a sete dias após o tratamento. Deve-se tentar 
adequar um controle estratégico anual, trabalhar para a manutenção da refúgia, ou seja, manter 
os parasitos suscetíveis à droga na propriedade para manter a eficácia do produto químico por 
mais tempo. Ademais, deve-se: realizar acompanhamento anual da eficácia de produtos anti-
helmínticos por meio de teste de redução de OPG; promover a troca de anti-helmíntico (princípio 
ativo) quando ele começar a perder a eficácia ou a rotação anual de medicamentos (ovinos); fazer 
pastejo consorciado ou alternado entre diferentes espécies (bovinos e ovinos); utilizar o método 
FAMACHA (ovinos com haemoncose); diminuir a dependência de utilização de produtos 
químicos (rotação, manejo, tratamentos alternativos); fazer uso da integração lavoura-pecuária 
para descontaminação do ambiente (pastagens); promover a manutenção da imunidade por 
meio do fornecimento de dieta com boa qualidade nutricional (teor de proteína), do manejo dos 
cordeiros (colostro); e proporcionar instalações adequadas (bem-estar animal) (RUPPERT; FOX; 
BARNES, 2005).
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2.1 Peixes
Já os peixes coexistem com parasitas e patógenos na natureza, em equilíbrio. 
Alterações ambientais (como queda dos teores de oxigênio dissolvido (OD), aumento de gás 
carbônico (CO2), amônia (NH3) e nitrito (NO2), altas estocagens e níveis de arraçoamento, 
remoção e reestocagem) podem causar estresse, redução da resistência, ferimentos e facilitar 
o desenvolvimento de enfermidades. O ambiente aquático pode ser contaminado também via 
água de abastecimento, introdução de peixes, cobras, tartarugas, caramujos, sapos e rãs, aves 
piscívoras, rações, equipamentos contaminados etc.
3. PRINCIPAIS CAUSAS
3.1 Bactérias
Encontradas no solo e em águas naturais, sua incidência pode aumentar e causar problemas 
a peixes mal nutridos e com injúrias físicas decorrentes de despesca e transporte. Tanques com 
alta carga de material orgânico e com água de má qualidade facilitam sua ocorrência, que pode 
aumentar nos períodos de primavera e outono. O peixe perde o apetite, reduz a atividade, 
apresenta natação vagarosa e tende a se posicionar nas áreas mais rasas do tanque. Ademais, 
apresenta erosão nas nadadeiras, lesões circulares ou irregulares do tipo úlceras pelo corpo, 
hemorragia nas bordas das lesões e na base das nadadeiras, olhos saltados de aspecto opaco e 
hemorrágico, abdômen distendido e presença de fluido opaco ou ligeiramente sanguinolento na 
cavidade abdominal, fluido amarelado ou sanguinolento no intestino, hemorragia nos órgãos 
internos (como o fígado), hiperplasia (aumento do tamanho) de órgãos (como o fígado, baço e 
rins), fígado de coloração pálida ou ligeiramente esverdeada e pontos hemorrágicos na parede 
interna da cavidade abdominal (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2004).
Figura 6 - Aeromonas hydrophila (A) e Pseudomonas fluorescens (B). Fonte: O autor.
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3.1.1 Flexibacter columnaris
Causadora da Columnariose (ou doença da boca de algodão ou da cauda comida, como é 
popularmente conhecida), esta bactéria coabita os sistemas aquáticos, normalmente em equilíbrio, 
até o momento em que, seja por má nutrição seja por má qualidade da água ou mau manuseio, 
ela se manifesta instalando-se em lesões causadas por ferimentos ou por parasitas. Lesões nas 
brânquias, causadas por parasitas ou por turbidez mineral da água, por entrada de enxurrada 
nos tanques, são causa desta doença. A transmissão ocorre de peixe para peixe, facilitada com o 
aumento da densidade de estocagem, da temperatura e das injúrias físicas.
Figura 7 - Doença causada por Flexibacter columnaris. Fonte: Marcos (2018).
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3.1.2 Streptococcus sp.
Várias espécies deste gênero foram identificadas como causadoras de septicemia 
(infecção generalizada, acompanhada de quadro hemorrágico) em diversos peixes. Estes passam 
a apresentar uma pigmentação bastante escura e corpo levemente curvado. Os movimentos ficam 
letárgicos e, geralmente, nadam num padrão espiralado. Os olhos podem apresentar cataratas e 
hemorragias, estando invariavelmente saltados (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2004).
Figura 8 - Representantes de Streptococcus sp. Fonte: O autor.
3.2 Fungos
Saprolegnia parasítica  é um dos fungos causadores da infecção. Pode ser identificado 
por seu crescimento micelial branco ou cinza claro, com aspecto de algodão. Fungos podem 
também ocorre em ovos, larvas e alevinos, além de peixes adultos. Nutrição inadequada e injúrias 
físicas propiciam a infestação. Transporte e manejo de espécies tropicais (como as tilápias, 
pacus, tambaquis e tucunarés, dentre outras), sob condições de baixa temperatura de inverno 
e de início de primavera, podem favorecer as infestações. A doença se manifesta inicialmente 
com despigmentação de áreas na pele dos peixes, seguida da multiplicação e elongação das hifas(filamentos), formando os típicos “tufos de algodão”. Peixes mortos devem ser retirados dos 
tanques.
Figura 9 - Doença causada pelo fungo Saprolegnia parasítica. Fonte: Kühnis e Kugler (2015).
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3.3 Protozoários
3.3.1 Ichthyophthirius mutifilis 
Doença conhecida como “Doença dos Pontos Brancos”, ou Ictio, se caracteriza pela 
presença de pontos brancos visíveis a olho nu, espalhados pelo corpo, principalmente sobre as 
nadadeiras. A irritação e o prurido causados pela instalação do protozoário sob a pele fazem com 
que o peixe apresente excessiva produção de muco e fique se raspando no substrato, em plantas e 
outros objetos presentes nos tanques (SANTOS et al., 2002).
O parasita normalmente se instala nas brânquias, dificultando a respiração, a excreção 
nitrogenada e a osmorregulação dos peixes. Seu ciclo de vida é dependente das condições de 
temperatura da água: se a 10° C, completa seu ciclo de vida em 35 dias; se entre 20 e 23° C, requer 
3 a 4 dias; e se a 27° C, em 2 dias. Outros protozoários parasitas (como o Epistylis, a Ambiphtya, 
a Trichodinas e o Trichophrya) também se fixam ao peixe na pele, nadadeiras e brânquias e se 
alimentam filtrando o material orgânico na água. Quanto maior o acúmulo de resíduos orgânicos 
nos tanques de produção, maior a população desses parasitos, que, embora não causem sérios 
danos aos peixes, abrem caminho para infecções secundárias por bactérias e fungos.
Figura 10 - Doença causada por Ichthyophthirius mutifilis. Fonte: Stoskopf (2015).
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3.4 Trematodos
Os trematodos monogênicos fixam-se ao hospedeiro através de aparelhos de fixação 
(haptores) com ganchos ou ventosas. O Gyrodactylus é normalmente encontrado no corpo e 
nadadeiras, não possui olhos, prende-se por um par de ganchos longos rodeados por 16 menores 
e apresenta um embrião em desenvolvimento dentro do indivíduo adulto. O Dactiylogylus 
apresenta 4 manchas oculares, um par de ganchos pequenos, 14 menores marginais e liberam 
ovos. É encontrado nas brânquias de carpas e peixe dourado, principalmente. O Cleidodiscus, 
outro membro da família, é encontrado em brânquias de inúmeros peixes, e ovos podem ser 
vistos dentro de indivíduos adultos (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2004).
Os Trematodos Digêneos formam um grupo de parasitos com aspecto similar a pequenos 
vermes, normalmente encontrados na forma de cistos na pele, órgãos internos, como o fígado, e 
nos olhos dos peixes. Raramente prejudicam o crescimento e a reprodução ou causam mortandade 
de peixes. Seu ciclo de vida está relacionado a 2 ou mais hospedeiros, sendo peixes e moluscos 
hospedeiros intermediários, enquanto as aves servem como hospedeiros definitivos, onde o 
parasita completa seu ciclo reprodutivo. Fezes com os ovos desse parasita são excretadas pelas 
aves na água, reinfestando o ambiente.
Figura 11 - Doença causada por Gyrodactylus sp. Fonte: Boll (2019).
3.5 Crustáceos
O Argulus é um dos parasitas mais encontrados em todo o mundo e comumente conhecido 
como “Piolho de Peixe”. Cerca de 100 espécies foram identificadas e parecem ser importantes 
vetores de doenças virais e bacterianas. Apresentam corpo achatado e oval, fixam-se na pele e nas 
nadadeiras através de ventosas e se alimentam dos fluidos dos peixes. 
O  Ergasilus sp. é outro microcrustáceo frequentemente encontrado nas brânquias dos 
peixes, sendo denominado, por isso, de “larvas das brânquias”. Ocasionalmente, podem aparecer 
no epitélio bucal dos peixes. Os peixes podem apresentar sintomas de asfixia mesmo sob condições 
de oxigênio dissolvido adequadas.
 
https://naturezaterraquea.wordpress.com/tag/parasitas-de-peixes/
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Figura 12 - Argulus sp. e Ergasilus sp. parasitando peixes. Fonte: Kamis (2011).
3.6 Vermes 
Os vermes parasitos incluem inúmeros representantes das classes Cestoda (lombrigas), 
Nematoda (vermes arredondados) e Acantocephala (vermes de cabeça espinhosa), bem como da 
classe Hirundinea (sanguessugas). Normalmente, esses vermes usam os peixes como hospedeiros 
intermediários e estes, se ingeridos crus, podem representar risco à saúde humana. As sanguessugas 
proliferam rapidamente em águas e sedimentos com material orgânico (HICKMAN; ROBERTS; 
LARSON, 2004). 
Figura 13 - Acantocephala (vermes de cabeça espinhosa). Fonte: CECIERJ (2011).
https://canal.cecierj.edu.br/busca?busca=filo%20Nematomorpha,Acanthocephala
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4.CONTROLE DE ECTOPARASITAS
4.1 Carrapatos de Boi
O método mais indicado para evitar a proliferação é fazendo controle alternativo, como 
utilizar carrapaticidas de controle. Tem-se um tratamento por 20 dias e outro por 30 dias. Ainda, 
o produtor não pode erradicar o carrapato da propriedade, pois ele evita outras doenças, que 
podem ser até piores para os animais. 
O carrapato de boi não pega em cães e cavalos, assim como em humanos. O fato de o 
animal ter o carrapato não interfere na qualidade da carne e do leite. O que acontece nas vacas 
leiteiras é a redução na produção de leite em até 9 ml. O couro do animal também fica danificado.
A técnica de banho por aspersão por meio de pulverizador estacionário motorizado 
foi considerada a mais eficaz.  “O equipamento de  aspersão  e um reservatório para a calda 
carrapaticida ficam juntos ao corredor de cordoalha, onde os animais são mantidos para serem 
banhados” (FURLONG, 2005).
Figura 14 - Banho por aspersão por meio de pulverizador estacionário motorizado. Fonte: O autor.
O método utilizado é simples e de baixo custo, podendo estar ao alcance de qualquer 
criador de gado. Nos testes, foi identificado que a média da carga parasitária caiu de 66 para 15, e 
o número de tratamentos carrapaticidas foi reduzido de 18, realizados ao longo do ano, para entre 
6 e 8, feitos de forma concentrada, em um período de quatro meses. 
O banho dura por volta de dois minutos e são consumidos cerca de quatro a seis litros 
de medicamento por animal, gerando um custo de R$ 200 para um rebanho de 100 vacas 
(FURLONG, 2005).
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4.2 Berne
O berne é a larva da mosca Dermatobia, também conhecida como mosca berneira. O 
contágio se dá de forma direta ou indireta. Por ter um tempo de vida muito curto, a mosca 
berneira coloca seus ovos no abdômen de outras moscas. Isso faz com que a possibilidade de 
contágio seja muito ampliada. Quando a mosca que carrega os ovos pousa sobre a pelagem do 
animal, os ovos da mosca berneira são transferidos para ele e penetram na pele.
Figura 15 - Ciclo reprodutivo da mosca berneira. Fonte: Pet Total Neem (2019).
As moscas que parasitam bovinos podem ser hematófagas (alimentam-se de sangue) ou 
causadoras de miíases (berne/bicheiras). As moscas hematófagas são parasitas quando adultas, já 
as moscas de bicheiras fazem o parasitismo quando ainda são larvas. 
Os prejuízos causados pelas moscas hematófagas são decorrentes da perda de sangue, dos 
danos causados ao couro, da perda de produtividade pelo estresse causado pelas picadas, assim 
como das doenças que elas podem transmitir. As principais moscas hematófagas de bovinos são 
a mosca-dos-chifres (Haematobia irritans) e a mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans). 
https://pet.totalneem.com/neem-serie-bovinos-bioparasiticida-bernes/
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A mosca-dos-chifres passa quase todo o tempo alimentando-se sobre os bovinos, saindo apenas 
para colocar seus ovos, que são depositados em fezes frescas de bovinos. Ao contrário damosca-
dos-chifres, a mosca-dos-estábulos passa a maior parte do tempo fora do hospedeiro. 
Ela só vai até os animais para se alimentar, fica alguns minutos e, depois, procura um local 
protegido para repousar. Essa espécie utiliza matéria orgânica preferencialmente em estado de 
fermentação para se reproduzir (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2004).
5. TÉCNICAS DE COLETA DE PARASITAS
Quanto às técnicas de coleta, depende se elas irão ocorrer com endoparasitos. Nesse caso, 
muitas vezes deve-se coletar o material, como fezes ou regurgitameto do animal, sendo isso muito 
invasivo. Já no caso de ectoparasitas, trata-se da coleta do animal da estrutura (epiderme, orelha, 
casco) e conservação em álcool 80% ou em formol 10%.
Quando trabalhamos com agentes etiológicos pequenos, sua detecção é efetuada através 
da observação microscópica de raspados de brânquias e tegumento ou de pequenos fragmentos 
de brânquias colocados entre lâmina e lamínula. A fixação pode ser feita diretamente em lâmina 
ou após remoção dos arcos branquiais raspados do tegumento usando formol 1 a 5% (RIBEIRO-
COSTA; ROCHA, 2002).
 
6. CONSERVAÇÃO DE MATERIAL BIOLÓGICO
A fixação ou preparação é o processo que permite que um determinado material zoológico 
seja guardado, sem estragar, conservando ao máximo as características necessárias para seu 
estudo (RIBEIRO-COSTA; ROCHA, 2002).
 Basicamente, os processos de fixação são destinados para dois fins:
1. o científico, em que os materiais são guardados em museus ou instituições de 
pesquisas zoológicas, com a devida identificação do animal, contendo a sigla do museu 
(acrônimo) e o número de registro.
2. o didático, em que os materiais são destinados a aulas para manuseio. Os animais 
também contêm identificação com o número correspondente ao registro, com 
informações sobre o animal. Temos, na Figura 16, um dos maiores museus de ictiologia 
do Brasil, situado na Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná.
Para maior conhecimento sobre coletas de parasitos em peixes, 
recomendamos a leitura de “Coleta de parasitos em peixes de 
cultivo”, disponível em https://www.embrapa.br/busca-de-
publicacoes/-/publicacao/935222/coleta-de-parasitos-em-
peixes-de-cultivo.
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/935222/coleta-de-parasitos-em-peixes-de-cultivo
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/935222/coleta-de-parasitos-em-peixes-de-cultivo
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/935222/coleta-de-parasitos-em-peixes-de-cultivo
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Figura 16 – Museu de Ictiologia, na UEM-PR. Fonte: Sambio (2013).
Existem dois métodos de fixação: via seca (taxadermia) e via úmida.
 Na via seca, ou taxadermia, ocorre o dessecamento do animal, retirando-se as vísceras 
e preenchendo o corpo com palha, arame, madeira etc. A taxadermia é popularmente chamada 
“empalhamento” (RIBEIRO-COSTA; ROCHA, 2002).
Na via úmida, utilizam-se líquidos fixadores e conservadores. O principal fixador é o 
formol, um composto líquido claro, tóxico quando ingerido, inalado ou quando entra em contato 
com a pele. O formol utilizado no método úmido de fixação deve ser diluído a 10%, ou seja, 
compõe-se de nove partes de água e uma de formol (aldeído fórmico).
Figura 17 - Conservação em formol de animais para estudos zoológicos. Fonte: Fogaça (2021).
https://www.preparaenem.com/quimica/metanal.htm
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, aprendemos os principais agentes patológicos de doenças, principalmente 
em pecuária e piscicultura. Saber classificar em bactérias, protozoários, helmintos será um 
grande passo para tomada de decisão para o controle e manejo nas produções. É de grande valia 
nesse momento entendermos que, por ora, a ciência não possui controles químicos e físicos para 
todos os parasitas existentes. Por isso, muitos métodos ainda são generalistas e alguns ainda 
sem controle por fármacos. Portanto, conhecer, identificar, controlar e evitar os processos que 
aumentam o parasitismo é de extrema importância para tentar evitar quadros graves e perdas na 
nutrição e bem-estar animais.
 
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ENSINO A DISTÂNCIA
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http://sambio.org.br/page/148/
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https://www.sciencedirect.com/topics/agricultural-and-biological-sciences/ichthyophthirius-multifiliis
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https://www.todamateria.com.br/metamorfose-dos-animais/
https://www.docsity.com/pt/os-cinco-reinos-virus/4796932/
https://en.wikipedia.org/wiki/On_the_Origin_of_Species.
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