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MONTESSORI PARA BEBÊS @ViverMontessori apresenta Desenvolvimento Infantil 0 A 18 MESES VOLUME 1 Julho de 2021 5ª Edição OLÁ! Se você está lendo esse e-book é porque entrou em contato com o Viver Montessori de alguma forma, então, prazer! Se você ainda não me conhece, me chamo Larissa Serqueira, sou Pedagoga formada pela Universidade Federal do Amazonas, Guia Montessori para primeira infância 0 a 6 anos formada pelo Centro Educacional Menino Jesus/SC e mãe de dois pequenos. O Viver Montessori presta consultoria à famílias e escolas que desejem adotar o Método Montessori e como forma de agradecimento à comunidade, resolvemos compartilhar alguns conhecimentos em forma de e-book. Aqui você vai encontrar, numa leitura leve e breve, alguns conhecimentos importantes para entender melhor a sua criança e algumas dicas de atividades que irão contribuir com o desenvolvimento dela. Esse material foi feito com muito carinho e cuidado e contém algumas imagens extraídas da internet. Se alguma das imagens utilizadas aqui for sua, não deixe de nos informar para colocarmos os devidos créditos ou fazer a remoção caso seja de seu interesse! @ V iv er M on te ss or i Pedimos a gentileza de não compartilhar o e-book com terceiros, valorize e incentive a produção autoral e a continuidade do projeto @ViverMontessori. É isso, espero que esse conteúdo possa ser útil para você e sua família assim como foi para minha, afinal as ideias propostas aqui são testadas diariamente na vida dos meus pequenos. Você também pode encontrar mais do meu trabalho nas minhas redes sociais! Lá compartilho conteúdos mais estruturados e também um pouco da minha vida com as minhas crianças, tenho certeza que você poderá gostar! Clique diretamente nos ícones abaixo e me siga na sua rede social favorita! Se você tiver outras dicas, críticas ou sugestões, escreva para contato@vivermontessori.com. Um beijo, Larissa Serqueira @ V iv er M on te ss or i mailto:contato@vivermontessori.com https://www.instagram.com/vivermontessori/ https://www.facebook.com/vivermontessori/ https://www.youtube.com/channel/UCc2Lyqk7WpA8R5dBMJNz5_A ÍNDICE INTRODUÇÃO VISÃO 0 A 6 MESES OLFATO Nesse primeiro momento vamos conversar sobre alguns conceitos que irão te ajudar a entender a criança e a colocar as atividades propostas em prática de forma mais efetiva! Nesses primeiros meses os bebês ainda são muito passivos, então muitas das atividades envolverão a intervenção do adulto e serão feitas no chão. As atividades sensoriais serão bem enfáticas. 6 A 12 MESES OLFATOA mobilidade dos bebês começa a ganhar forças e seu protagonismo nas atividades aumenta. Nessa fase ocorre o refinamento das habilidades adquiridas na fase anterior. 12 A 18 MESES OLFATOÉ um período em que as crianças demonstram evolução nas suas habilidades de comunicação. As atividades de linguagem terão ênfase nesta fase. @V iv er M on te ss or i A HISTÓRIA POR TRÁS DO MÉTODO Aqui vamos te ajudar a conhecer um pouquinho mais sobre Maria Montessori, sua história e como ela desenvolveu o método. @ V iv er M on te ss or i CONTEXTUALIZANDO Nascida em 31 de agosto de 1870, em Chiaravalle na Itália, Maria Montessori era uma mulher à frente do seu tempo. Iniciou sua graduação pela Engenharia, em uma época em que o único trabalho permitido para mulheres era a pedagogia. Terminou o curso com sucesso, mas acabara se apaixonando pela biologia e decidiu tornar-se médica, em uma Roma onde apenas homens cursavam faculdade de medicina. Formou-se especialista em psiquiatria e seu primeiro trabalho foi como co-diretora de uma instituição para crianças com necessidades especiais cujo objetivo era apenas treinar professores. Mas Montessori viu muito mais naquelas crianças, ditas como incapazes de aprender. Inspirada pelo trabalho de Seguin e Itard, começou a criar o que seria hoje os nossos materiais de desenvolvimento. @ V iv er M on te ss or i QUEM FOI MARIA MONTESSORI? Cena do fil me Ma ria Mo ntess ori: una v ita pe r i ba mbini CONTEXTUALIZANDO Por meio da utilização desses materiais, as crianças internadas na escola aprenderam tanto e se desenvolveram tão bem, que Montessori sentiu-se confiante para inscrevê-las nos testes nacionais de educação da Itália, cujos resultados foram superiores aos das crianças "normais". Abismada diante do absurdo quadro à sua frente, Montessori perguntou-se o que havia de tão errado com a educação nas escolas tradicionais. Montessori então começa a ter grande destaque no cenário italiano: defendeu sua tese no Congresso Médico Nacional, em Turim; palestrou no Congresso Nacional de Pedagogia; envolveu-se com a Liga para a Educação de Crianças com Retardo - termo forte hoje em dia, mas comum na época, assumiu o posto de professora da Escola de Pedagogia da Universidade de Roma; até que foi convidada para desenvolver o projeto educacional no bairro de San Lorenzo, na periferia da Itália em 1907. Era para ser uma creche sem maiores pretensões, mas a Casa dei Bambini iria se mostrar o palco da maior revolução educacional do mundo. O resultados obtidos na casa a deixaram boquiaberta e a levaram para as capas dos jornais e revistas de todo o mundo. @ V iv er M on te ss or i QUEM FOI MARIA MONTESSORI? CONTEXTUALIZANDO Daí em diante, seguem-se viagens pelo mundo, nas quais Montessori ministra cursos e palestras sobre seu método, abrindo escolas e treinando professores. Com setenta e seis anos, Montessori falou para a UNESCO sobre “Educação e Paz” e em 1949 recebeu a primeira de três indicações ao Prêmio Nobel da Paz. Sua última atividade registrada foi em 1951, com oitenta e um anos, quando participou do 9º Congresso Montessori Internacional. Em 1952, na Holanda, morreu de hemorragia cerebral, antes do octogésimo segundo aniversário, na companhia de Mário Montessori, seu filho, a quem deixou o legado de seu trabalho. @ V iv er M on te ss or i QUEM FOI MARIA MONTESSORI? CONTEXTUALIZANDO Montessori apresentou um novo conceito em educação: o objetivo principal do professor não é ensinar, mas sim observar, conhecer a criança, descobrir seus interesses e permitir a manipulação da realidade ao seu redor. (Pedagogia Científica, 1912, pg. 9) Ela defendia que a educação deve resultar de uma abordagem científica que seja capaz de respeitar as leis do desenvolvimento da criança e do adolescente e suas fases evolutivas. Ela desenvolveu seu método com base na observação, experimentação, levantamento de hipóteses e teses, preceitos básicos de um estudo científico. Embora os alunos façam o trabalho acadêmico todos os dias, o currículo Montessori expande sua visão numa educação integral, holística, na qual o desenvolvimento emocional, social, motor e acadêmico têm o mesmo valor. @ V iv er M on te ss or i UM MÉTODO DE AJUDA À VIDA CONTEXTUALIZANDO Você vai descobrir nas próximas páginas que é possível trazer toda a essência da filosofia montessoriana para dentro da sua casa pois o método serve à uma filosofia. Então, muito antes de falarmos de metodologia educacional, temos que estar alinhados com a sua filosofia e para isso basta força de vontade e um adulto disposto a observar e compreender a infância de uma maneira mais integral. A partir deste ponto, vamos começar entendendo um pouco mais sobre o desenvolvimento infantil sob a ótica de Maria Montessori. Mesmo com muitos de seus fundamentos tendo sido desenvolvidos há mais de 100 anos, eles continuam muito atuais, principalmente agora que temos a neurociência para validar vários de seus estudos. É possível, mesmo sem ser um profissional da área, viver a essência da filosofia montessoriana em casa, de forma muito simples e tranquila. @ V iv er M on te ss or i MONTESSORI EM CASA PILARES Alguns pilares fundamentam o Método Montessori, agora vamos conhecer cada um deles. @ V iv er M on te ss or i PILARES Ao desenvolver seu método, Maria Montessori foi bastante cuidadosa em determinar cada passo da sua teoria. Sendo assim, podemos estabeleceralguns pilares que sustentam o método. Ao longo do tempo, vários estudiosos e seguidores de Maria Montessori nos ajudaram na interpretação desses pilares, então podemos encontrar listas com mais ou menos pilares. Mas, para começar, é unânime o reconhecimento de 3 pilares principais: @ V iv er M on te ss or i Ambiente preparado Adulto consciente Criança equilibrada Autoeducação Educação como ciência Educação cósmica Além desses, podemos identificar ainda: Vamos cohecer cada um deles agora! ADULTO PREPARADO O adulto consciente e/ou preparado pode ser o professor, o pai ou a mãe, o cuidador, a vovó e o vovô. É todo adulto que convive com a criança e/ou que partilhe de sua educação. O Método Montessori é voltado para a criança, de fato. Mas é o adulto que precisa muito mais dele pois, para produzir os efeitos educacionais propostos por Montessori, o adulto deve ser o primeiro a se preparar, tal como guardião da criança. O adulto preparado começa olhando para dentro de si. Abandonando crenças limitantes e a convicção de que só porque as coisas sempre foram feitas de um jeito, não há um maneira diferente de fazê-las. Pensando fora da caixa. O adulto preparado observa o mundo pelos olhos da criança, observa o caminho que ela está a seguir e prepara tudo o que for possível para que ela o trilhe com segurança e independência. É como se fosse um farol iluminando a estrada. @ V iv er M on te ss or i " A preparação que o nosso método exige do professor (adulto) é o auto- exame, a renúncia à tirania. Ele deve expelir do coração toda ira e orgulho, deve saber humilhar-se e revestir-se de caridade. Nisso consiste a preparação interior, o ponto de partida e a meta." Maria Montessori AMBIENTE PREPARADO Aquele que se propuser a ajudar o desenvolvimento psíquico humano deve partir do fato de que a mente absorvente da criança se orienta na direção do ambiente; e, especialmente, no início da vida, deve tomar cuidados especiais para que o ambiente ofereça interesse e atrativos para esta mente que se deve dele nutrir para a própria construção. Como já vimos, existem diferentes períodos de desenvolvimento psíquico e, em cada um deles, o ambiente tem um papel importante; mas, em nenhum, ele assume a importância que tem logo depois do nascimento. Maria Montessori @ V iv er M on te ss or i AMBIENTE PREPARADO O ambiente preparado não é um quarto cheio de brinquedos, ou uma cozinha com trava nas gavetas ou uma sala com proteção nas tomadas. Bem, ao menos não é SÓ isso. Segurança é priomordial sim, mas não é sobre isso que estamos falando. Imagine que você está numa floresta e esteja com sede, onde está a água? No chão, certo? Se você precisar repousar, talvez você se sentaria à sombra de uma árvore. Que está no chão, certo? Então porque insistimos em tirar o mundo do alcance da criança se a satisfação das necessidades básicas do ser humano deveriam estar à sua disposição? Devemos nos esforçar em devolver o ambiente para a criança, onde tudo seja organizado e preparado para a ação infantil. Sendo assim, o ambiente preparado é um ambiente ACESSÍVEL. Se hoje temos pequenas mesas e cadeiras nas salas de aula da educação infantil, certamente é por obra de Montessori, que em 1906 foi a primeira educadora a providenciar mobília proporcional ao tamanho de seu alunos. @ V iv er M on te ss or i AMBIENTE PREPARADO Liberdade: A criança deve receber atividades que incentivem a independência e não deve ser ajudada pelos outros em atos que ela mesma possa aprender a fazer. Estrutura e Ordem: A criança aprende a confiar em seu ambiente e em seu poder para interagir com ele de um modo positivo. Realidade e Natureza: A criança deve ter a oportunidade de internalizar os limites da natureza e da realidade para que possa se liberar de suas fantasia e ilusões. O ambiente é o segundo principal componente do Método Montessori. Nas escolas é constituído pelos materiais de desenvolvimento, exercícios educacionais, das crianças e educadores. E em casa, é constituído de tudo aquilo necessário para viver. Segundo Paula Lillard, em seu livro Método Montessori: uma introdução para pais e professores existem 6 componentes básicos num ambiente montessoriano, eles lidam com conceitos de: @ V iv er M on te ss or i @forestmontessori AMBIENTE PREPARADO Beleza e Atmosfera: O ambiente deve ser simples mas de bom desing e de qualidade para que sua beleza e atmosfera incentivem uma resposta positiva e espontânea à vida. Materiais de desenvolvimento: Eles auxiliam a autocostrução do conhecimento e o desenvolvimento psíquico da criança, dando a ela estímulos que prendem sua atenção e iniciam um processo de concentração. Vida em comunidade: Tudo no ambiente é voltado para as necessidades infantis físicas, intelectuais e emocionais, desenvolvendo um senso de pertencimento e responsabilidade para com o ambiente e com os outros. Ou seja, o ambiente é um ponto muito importante para o desenvolvimento do seu bebê e é muito interessante que ele tenha um espaço próprio desde que nasce. Então promova um espaço no chão que seu bebê possa se movimentar livremente, pode ser através de emborrachados ou um colchão mais firminho, o importante é que ela tenha liberdade para se movimentar e ter brinquedos que o estimule a tentar pegar. @ V iv er M on te ss or i AMBIENTE PREPARADO A medida que seu bebê vai crescendo comece a adaptar outros ambientes da casa, utilize bancos ou abaixe alguns móveis. A dica de ouro para observar quais adaptações são necessárias é imitar a estatura do seu filho. Se ele ainda é um bebê coloque o rosto próximo do chão. O que você vê? É um ambiente que te passa calma e tranquilidade? Tem algum objeto interessante para explorar? @ V iv er M on te ss or i AUTOEDUCAÇÃO A autoeducação é a capacidade da criança aprender sozinha. Mas diferente da teoria construtivista do conhecimento, para a autoeducação funcionar a criança precisa estar inserida em um contexto e em um ambiente que proporcione essa aprendizagem. As crianças aprendem muitas coisas sozinhas apenas observando o comportamento humano, como andar, falar, pegar... Ela vê pessoas que andam e falam e seu guia interior a instiga a tentar fazer o mesmo. Esse guia interior é como algo biológico, que está no DNA humano, programado para se desenvolver em determinado momento sob determinado estímulo. Por essa razão os materiais e as atividades montessorianas são feitos especialmente para a manipulação pelas crianças, de forma livre e independente, dotados de um mecanismo chamado "controle de erro." O controle de erro é um indicativo de algo que não está certo, como as peças de um quebra-cabeças. Na posição errada elas não se encaixam e isso pode ser percebido facilmente. @ V iv er M on te ss or i AUTOEDUCAÇÃO Ao manipular os materiais a criança não precisará da ajuda do adulto para identificar o erro e assim poderá corrigí-lo sozinha e assim aprender ou aprimorar suas habilidades. Isso não significa "abandonar" a criança no ambiente e esperar que ela aprenda tudo sozinha. O adulto também possui um papel de guia, ele pode instruí-la num primeiro momento quanto ao uso correto do material. Mas, depois disso, somente quando é solicitado pela criança. Só devemos intervir quando a criança realmente precisa de ajuda, caso contrário, atrapalharemos seu raciocínio lógico e seu desenvolvimento. @ V iv er M on te ss or i AUTOEDUCAÇÃO Em resumo: as crianças podem perceber sozinhas quando uma coisa não está correta, sem a interferência ou correção do adulto quando ela erra, a isso damos o nome de controle de erro. Por isso, devemos introduzir em nossas atividades mecanismos que possibilitem essa percepção, seja usando tamanhos, cores ou o que a atividade demandar. Se ela brinca com um brinquedo de encaixe, por exemplo. A peça redonda não irá entrar no buraquinho triangular e assim ela sabe que aqui não está certo e irá procurar uma opção melhor. Ao encontrar o buraquinho redondo e a peça encaixar elavai perceber que algo funcionou melhor e irá encontrar o sucesso. Para os bebês, o próprio ambiente também pode vir dotato de controle de erro, como quando esbarra em uma cadeira, o barulho vai alertá-lo sobre o erro e assim ele pode corrigí-lo. Se um copo de vidro cair no chão, claramente o estardalhaço vai fazê-lo perceber que deve segurar o copo com mais firmeza da próxima vez. @V iv er M on te ss or i CONTROLE DE ERRO EDUCAÇÃO COMO CIÊNCIA Maria Montessori, sendo a médica cientista que foi, procurou fundamentar seu método na ciência, nada foi feito na base do achismo, essa é uma das razões pelas quais seu método se chama Pedagogia Científica. Um estudo científico para ser reconhecido precisa passar por algumas etapas, são elas: observação, problematização, formulação da hipótese, experimentação e teoria. E o método de Montessori passou por todas elas. Qualquer profissional pode ser um cientista em seu ambiente de trabalho. A sala de aula é nosso laboratório, nós somos o pesquisador e as crianças são nosso objeto de estudo. Isso se aplica também em casa! Sua sala, seu ambiente, pode ser seu laboratório e você como pai/mãe/cuidador pode ser o cientista da sua criança. Estude-a, observe-a, compreenda-a! Devemos observar, analisar, interferir, anotar, formular perguntas e testar possíveis soluções... É nosso dever pesquisar, estudar e nos munir de informações sobre desenvolvimento infantil se queremos proporcionar o melhor para nossas crianças. @ V iv er M on te ss or i EDUCAÇÃO CÓSMICA Por definição, o termo de origem grega kósmos designa o Universo como ordem, como um todo organizado, um sistema bem ordenado em oposição ao caos e à desordem. Cósmica significa abrangente, holística (como um todo) e com propósitos. “Educação Cósmica” difere da Educação Tradicional, pois tem como objetivo ir além da aquisição de conhecimento e do desenvolvimento de uma criança ou de um adolescente. Na educação tradicional os conceitos de mundo são tratados do EU para o TODO. Em Montessori é o inverso. Começamos do TODO para o EU. Universo > Terra > Continentes > Países > Estado > Cidade > Bairro > Casa. Isso porque, dessa forma, estamos desenvolvendo a consciência de que somos parte do mundo e de que tudo está interligado. Desde que nasce, uma criança já está inserida numa educação universal, ela já ocupa um espaço geográfico no mundo. @ V iv er M on te ss or i Trecho por: Aldeia Montessori EDUCAÇÃO CÓSMICA Em casa, a aplicação de uma educação transdisciplinar é muito mais simples do que parece! Vamos imaginar que estamos fazendo um bolo: você precisará ler a receita e identificar os ingredientes (Português e Linguagem), você precisará separar esses ingredientes nas quantidades necessárias para a receita (Matemática), você precisará misturar esses ingredientes líquidos e sólidos, adicionar um componente que, combinado com a temperatura, irá fazer o bolo crescer (Física e Química). Nesse simples exemplo podemos ver quantas disciplinas estamos usando AO MESMO TEMPO. E isso que é transdisciplinaridade, quando você estabelece relações entre os conhecimentos, explora cada um deles de forma não convencional, não apenas nos livros, mas na vida real. Ao termos essa visão transdisciplinar do conhecimento poderemos ver a educação das crianças em casa de forma muito mais leve, pois a todo momento temos oportunidades de ensinar algo para as crianças sem que elas precisem estar sentadas em uma cadeira, com um livro, apenas ouvindo alguém falar. @ V iv er M on te ss or i EDUCAÇÃO CÓSMICA A História do Universo A História da Vida A História do Homem A História da Escrita A História dos Números E, uma vez que ela existe no mundo, ela deve aprender a existir nesse mundo. O ambiente é modificado pela criança e a modifica, a todo momento. E ao contrário do que o adulto pensa, a criança se encanta em conhecer o mundo, mesmo ainda pequena. A Educação Cósmica como parte do currículo Montessoriano confere uma transdisciplinaridade do conhecimento. Geografia, História, Ciências...está tudo interligado e um mesmo tema pode ser abordado sob a ótica de cada uma das disciplinas fazendo com que a criança desenvolva conexões entre elas. Além disso, a partir dos 6 anos, a Educação Cósmica se utiliza das Cinco Grandes Lições desenvolvidas por Montessori para contar a história do homem no mundo. São elas: @ V iv er M on te ss or i CRIANÇA EQUILIBRADA O resultado da aplicação de todos esses pilares é a Criança Equilibrada. Isso é o que acontece quando procuramos agir sob a ótica dos 5 princípios anteriores, quando respeitamos a criança e seu desenvolvimento. Vimos que a criança tem um guia interior, e quando esse guia interior é livre para explorar um ambiente preparado e seguro, e é conduzido por um adulto paciente, ela encontra seu equilibrio interior. Isso por que, dessa forma, a criança tem a possibilidade de se expressar e de realizar atividades que conectem e que satisfaçam a mão, a mente e a alma. O resultado disso é o nascimento da concentração. Quando a criança pode agir de acordo com seu guia interior e suas ações então alinhadas com sua necessidade de desenvolvimento, ela encontra a concentração. Por isso é tão importante não interrompermos a concentração da criança, mesmo que ela esteja repetindo uma atividade incontáveis vezes, concentrada. @ V iv er M on te ss or i É por meio do desenvolvimento dessa concentração que a criança revela sua verdadeira natureza: pacífica, amorosa, generosa. Quando a criança tem a oportunidade de desenvolver a concentração logo ela se torna mais calma, mais tranquila, mais alegre. Ela aprende a controlar e coordenar seus movimentos, como, por exemplo, nas atividades de vida prática. Ela encontra o equilíbrio. É um processo e leva tempo. Não acontece em poucas semanas. Isso quer dizer que a criança vai se manter calma e serena o dia todo? Não. Isso quer dizer que a criança encontrará mais momentos de equilíbrio durante a sua ação. Pois ela está em um ambiente preparado e lida com um adulto que enxerga na sua ação o esforço para se desenvolver. CRIANÇA EQUILIBRADA @ V iv er M on te ss or i Hoje em dia a neurociência pode provar vários dos conceitos propostos por Montessori há 150 anos! O MÉTODO SOB O OLHAR DA NEUROCIÊNCIA @ V iv er M on te ss or i COMO O CÉREBRO APRENDE? Nos três primeiros meses de vida do bebê acontece um processo chamado de mielinização. Isto é, os neurônios ganham um revestimento aderente que acelera a transmissão da comunicação entre neurônios e permite um desenvolvimento mais rápido das funções cerebrais e da comunicação do cérebro com o resto do corpo. Essa comunicação é feita por meio das sinapses, que são como conexões entre os neurônios. Os estímulos sensoriais - tato, audição, paladar, visão e olfato - afetam diretamente a quantidade de sinapses feitas no cérebro, por isso o tamanho da sua importância. É por meio desses estímulos que podemos contribuir para desenvolvimento de nossos bebês. Nessa idade, apesar de todos os sentidos terem a sua importância, a audição e a visão terão grande destaque, mas você poderá perceber que todos andam juntos e que muitas vezes um único estímulo pode abranger vários sentidos. @ V iv er M on te ss or i MAS O QUE É ESTIMULAR? Por definição estimular é despertar o ânimo, o interesse de; encorajar, incentivar. Proponha para criança e deixe à sua disposição em torno de 5 a 7 atividades no máximo por ambiente. Devemos ter o cuidado para não superestimulá-las e acabar causando o efeito rebote: o de ela não se interessar por nada. Retire o excesso de brinquedos, principalmente aqueles que não contribuam para o desenvolvimento da sua criança. Fuja daqueles brinquedos que "brincam sozinhos", ou seja, de mecanismo simples e repetitivo, que não necessitam da interação da criança uma vez que estejam ligados. Estimular não é complicado e brincar é muito divertido! Você não precisa se estressar elaborando atividades complexas. Exploreo que você tem em casa, como um potinho transparente com macarrão colorido, por exemplo. Permita-se olhar para o mundo e as coisas à sua volta com a delicadeza e a curiosidade de uma criança. O seu bebê pode te ensinar muitas coisas, basta estar atento à ele! @ V iv er M on te ss or i PERÍODOS SENSÍVEIS Depois de muitos e muitos anos observando crianças de diferentes lugares do mundo, Maria Montessori identificou que elas tem épocas em que estão mais predispotas a aprender determinada habilidade e também apresentam necessidades específicas a serem atendidas, a estas denominou períodos sensíveis. Sendo assim, podemos ajudá-la promovendo estímulos alinhados a cada período sensível ou buscando atender e compreender as necessidades dela dentro de cada etapa. Então agora que você já sabe como o cérebro aprende e como ajudar o cérebro a aprender, vou te mostrar um esquema onde fica mais claro sobre quando as crianças aprendem. Esse esquema vai te acompanhar até os 6 anos de idade do seu filho! E vai se mostrar muito útil ao te ajudar a entender toda a sua jornada de desenvolvimento. @ V iv er M on te ss or i PERÍODOS SENSÍVEIS @ V iv er M on te ss or i Esse é o momento ideal para observar a sua criança e ir tentando identificar em qual período ela está e contribuir de forma mais eficaz para o seu desenvolvimento. Por exemplo, no período sensível do movimento, que vai de 0 a 4/5 anos, a criança tem necessidade de se mexer, é o seu desenvolvimento interno falando: -Ei, corre! Você precisa correr para desenvolver seu corpo. Então permita que ela corra! Movimento Linguagem Detalhes Desenvolvimento dos sentidos Música e ritmo Graça e cortesia Escrita Pe río d o Se ns ív el 0 1 2 3 4 5 6 Ordem Refinamento dos sentidos Leitura Matemática Idade @ V iv er M on te ss or i PERÍODOS SENSÍVEIS LINGUAGEM Q U A N D O O C O R R E ? C O M O O C O R R E ? E s s e p e r í o d o s e n s í v e l o c o r r e d e s d e o n a s c i m e n t o a t é o s 6 a n o s d e i d a d e . O s b e b ê s j á c o n s e g u e m r e c o n h e c e r s o n s d e n t r o d a b a r r i g a d a m ã e , m a s a p a r t i r d o n a s c i m e n t o e l e p a s s a a c o n v i v e r c o m p e s s o a s q u e f a l a m ! N ó s n ã o o s e n s i n a m o s a f a l a r , a s c r i a n ç a s a b s o r v e m a t r a v é s d o s s e n t i d o s t o d a s a s c a r a c t e r í s t i c a s d a l í n g u a m a t e r n a . C O M O P E R C E B E R ? N o t e c o m o s e u b e b ê o u o l h a f i x a m e n t e p a r a s u a b o c a e n q u a n t o v o c ê e s t á f a l a n d o . S u a c r i a n ç a g o s t a d e c o n t a r h i s t ó r i a s ? E s c u t e - a s a t e n t a m e n t e e s e e n v o l v a n e l a s . C O M O A J U D A R ? C a n t a r , f a l a r , p r o n u n c i a r c o r r e t a m e n t e a s p a l a v r a s , l e r h i s t ó r i a s . S e m p r e f a l e n o n í v e l d o o l h a r d a c r i a n ç a , o u s e j a , s e a b a i x e p a r a q u e e l a c o n s i g a p e r c e b e r s u a s e x p r e s s õ e s f a c i a i s e o s m o v i m e n t o s d a b o c a . @ V iv er M on te ss or i PERÍODOS SENSÍVEIS MOVIMENTO Q U A N D O O C O R R E ? C O M O O C O R R E ? E s s e p e r í d o o c o r r e d e s d e o n a s c i m e n t o e v a i a t é o s 5 a n o s , a p r o x i m a d a m e n t e . D e s d e q u e n a s c e a c r i a n ç a b u s c a a i n d e p e n d ê n c i a f í s i c a , p r i m e i r o e l a a p r e n d e a t e r c o n t r o l e d o s m e m b r o s a g a r r a n d o c o i s a s , a p r e n d e a r o l a r , a s e n t a r , a e n g a t i n h a r e p o r f i m a n d a r ! E m u m c u r t o e s p a ç o d e t e m p o o c o r r e u m a g r a n d e t r a n s f o r m a ç ã o n a v i d a d a c r i a n ç a p o r m e i o d o m o v i m e n t o . C O M O P E R C E B E R ? E s s a é f á c i l ! S u ac r i a n ç a v a i s e m p r e t e n d e r p a r a a ç õ e s d e m o v i m e n t o ! B r i n c a r , c o r r e r , p u l a r , s u b i r e d e s c e r e s c a d a s , r e p e t i d a m e n t e , s e e q u i l i b r a r n a s c o i s a s . . . C O M O A J U D A R ? C u i d a d o p a r a n ã o l i m i t a r d e m a i s a s a ç õ e s d a s u a c r i a n ç a , e l a p r e c i s a d e m o v i m e n t o p a r a s e d e s e n v o l v e r ! N ã o p e r m i t a - s e a s s o c i a r u m a c r i a n ç a " b o a z i n h a " c o m u m a c r i a n ç a q u i e t a ! F a ç a c a m i n h a d a s ( n o t e m p o d a c r i a n ç a ) , p a r e p a r a c h e i r a r a s f l o r e s , p r o m o v a u m a m b i e n t e o n d e e l a p o s s a s e m o v i m e n t a r l i v r e m e n t e e d e f o r m a s e g u r a . @ V iv er M on te ss or i PERÍODOS SENSÍVEIS DESENVOLVIMENTO DOS SENTIDOS Q U A N D O O C O R R E ? C O M O O C O R R E ? E s s e p e r í o d o é d i v i d i d o e m d u a s p a r t e s : d e 0 a 3 a n o s o c o r r e o d e s e n v o l v i m e n t o d o s s e n t i d o s e d e 3 a 6 a n o s o r e f i n a m e n t o d e l e s . A e d u c a ç ã o s e n s o r i a l c o m e ç a d e s d e o n a s c i m e n t o e o s e x e r c í c i o s p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o d o s s e n t i d o s s ã o e s p e c i a l m e n t e i m p o r t a n t e s p o i s n o m e s m o p e r í o d o o c o r r e o d e s e n v o l v i m e n t o d o s i s t e m a n e r v o s o . A s c r i a n ç a s a p r e n d e m o q u e v i v e m , e s s e n c i a l m e n t e . C O M O P E R C E B E R ? E s t e é u m p e r í o d os e n s í v e l n a t o , o b e b ê a b s o r v e o m u n d o à s u a v o l t a p o r m e i o d o s s e n t i d o s . F a z p a r t e d a v i d a d e l e e n ã o h á a t i t u d e e s p e c í f i c a p a r a i d e n t i f i c á - l o . C O M O A J U D A R ? P a r a a j u d a r n o s e u d e s e n v o l v i m e n t o , o f e r e ç a u m a m p l o l e q u e d e a t i v i d a d e s s e n s o r i a i s a o s e u b e b ê d e a c o r d o c o m s u a i d a d e . O t a t o , o o l f a t o , a a u d i ç ã o , a v i s ã o e o p a l a d a r s ã o a s p o r t a s d e e n t r a d a p a r a a a p r e n d i z a g e m d o s e u f i l h o . N o n o s s o e - b o o k p a r a b e b ê s v o c ê e n c o n t r a v á r i a s i d é i a s d e a t i v i d a d e s p a r a d e s e n v o l v e r c a d a u m d e l e s . @ V iv er M on te ss or i PERÍODOS SENSÍVEIS DETALHES Q U A N D O O C O R R E ? C O M O O C O R R E ? E s s e p e r í d o v a i d e 1 a 4 a n o s , a p r o x i m a d a m e n - t e C o n f o r m e a c o o r d e n a ç ã o m ã o - o l h o v a i f i c a n d o m a i s r e f i n a d a o b e b ê o u a c r i a n ç a v a i f i c a n d o c a d a v e z m a i s i n t e r e s s a d a e m m a n i p u l a r o b j e t o s p e q u e n o s . C O M O P E R C E B E R ? S u a c r i a n ç a g o s t a d eo b s e r v a r f o r m i g u i n h a s o u c a t a r a s p e q u e n a s f o l h a s q u e c a e m n o c h ã o d u r a n t e u m p a s s e i o ? G o s t a d e b r i n c a r c o m m i n i a t u r a s c o m o c a r r i n h o s e a n i m a i s ? C O M O A J U D A R ? A a j u d a a q u i v e m d a p e r m i s s ã o d o a d u l t o p a r a a c r i a n ç a m a n i p u l a r o b j e t o s p e q u e n o s . É c l a r o q u e à s v e z e s p o d e s e r p e r i g o s o , m a s c e r t i f i q u e - s e d e q u e r e a l m e n t e a c r i a n ç a c o l o c a r á o o b j e t o n a b o c a a n t e s d e i n t e r f e r i r n a s u a a ç ã o , e l a p o d e e s t a r s ó q u e r e n d o c h e i r á - l o , p o r e x e m p l o . Fa ç a a t i v i d a d e s c o m o u m t e r r á r i o p a r a f o r m i g a s o u c a t a r f e i j õ e s . @ V iv er M on te ss or i PERÍODOS SENSÍVEIS ORDEM Q U A N D O O C O R R E ? C O M O O C O R R E ? E s s e p e r í d o o c o r r e e n t r e 2 e 5 a n o s , a p r o x i m a d a m e n - t e . E s s e e s t á g i o s e c a r a c t e r i z a p e l o i n t e r e s s e d a s c r i a n ç a s p e l a r o t i n a e p e l o d e s e j o p o r c o n s i s t ê n c i a e r e p e t i ç ã o , I s s o v a l e p a r a a f o r m a c o m o a g i m o s t a m b é m . T u d o d e v e t e r s e u d e v i d o l u g a r . N e s s a f a s e a c r i a n ç a p r e c i s a d e p r e v i s i b i l i d a d e . C O M O P E R C E B E R ? S u a c r i a n ç a g o s t a d e e m p i l h a r o u e n f i l e i r a r o b j e t o s ? E l a c o s t u m a r e t o r n a r o s o b j e t o s q u e e s t á u s a n d o p a r a o l u g a r d e o r i g e m ? E l a f i c a i n c o m o d a d a a o f a z e r a l g u m a a t i v i d a d e f o r a d e s u a r o t i n a ? C O M O A J U D A R ? E s t a b e l e ç a u m a p e q u e n a r o t i n a . N ã o p r e c i s a s e r r í g i d a c o m h o r á r i o s , m a s s i m c o m a o r d e m e r i t m o d a s a t i v i d a d e s . P r e p a r e u m a m b i e n t e o r g a n i z a d o , q u e e l e s a i b a o n d e f i c a m a s c o i s a s e i n c e n t i v e - o a g u a r d á - l a s d e v o l t a n o l u g a r q u a n d o t e r m i n a r d e u s á - l a s . @ V iv er M on te ss or i PERÍODOS SENSÍVEIS MÚSICA E RITMO Q U A N D O O C O R R E ? C O M O O C O R R E ? E s s e p e r í d o v a i d o s 2 a o 6 a n o s , a p r o x i m a d a m e n - t e . A a u d i ç ã o é u m d o s p r i m e i r o s s e n t i d o s a s e r d e s e n v o l v i d o a i n d a n o ú t e r o . A m e l o d i a q u e e m p r e g a m o s n a v o z p e r m i t e t a m b é m t r a d u z i r a s n o s s a s e m o ç õ e s e o b e b ê t a m b é m e s t á s e n s í v e l a e s s e f a t o . S e a m ú s i c a f i z e r p a r t e d e s u a v i d a , o b e b ê d e m o n s t r a r á i n t e r e s s e e s p o n t â n e o n o d e s e n v o l v i m e n t o d o v o l u m e , r i t m o e m e l o d i a d o s o m . C O M O P E R C E B E R ? O b e b ê r e a g e a o s o m d a v o z d e a l g u é m c o n h e c i d o ? E l e s e a n i m a a o o u v i r u m a c a n ç ã o o u b r i n c a r c o m u m o b j e t o q u e f a ç a b a r u l h o ? E l e g o s t a d e d a n ç a r o u s e m e x e r a o s o m d e a l g u m a m ú s i c a ? C O M O A J U D A R ? M u i t a s s ã o a s a t i v i d a d e s c o m e s s e p r o p ó s i t o e v o c ê e n c o n t r a v á r i a s d e l a s n o n o s s o e - b o o k ! M a s c a n t a r , o u v i r m ú s i c a e b r i n c a r d e r o d a s ã o a l g u m a s d e l a s . V o c ê t a m b é m p o d e f a z e r e m c a s a m a r a c a s u t i l i z a n d o g a r r a f a s c o m g r ã o s q u e p r o d u z a m d i f e r e n t e s s o n s e e t c . É u m b o m m o m e n t o p a r a o b s e r v a r o s t a l e n t o s m u s i c a i s d o s e u f i l h o e q u e m s a b e d e s c o b r i r u m g r a n d e a r t i s t a ! @ V iv er M on te ss or i PERÍODOS SENSÍVEIS GRAÇA E CORTESIA Q U A N D O O C O R R E ? C O M O O C O R R E ? E s s e p e r í d o v a i d o s 2 a o 6 a n o s , a p r o x i m a d a m e n - t e . A c r i a n ç a i r á s e i n t e r e s s a r p o r i m i t a r a l g u n s c o m p o r t a m e n t o s a t e n c i o s o s e e d u c a d o s d o s a d u l t o s à s u a v o l t a . P o r i s s o é i m p o t a n t e n e s s e m o m e n t o a p o s t u r a d o a d u l t o , p o i s e s t e e s t á s e r v i n d o d e e x e m p l o , a c r i a n ç a e s t a r á i n t e r n a l i z a n d o e s s a s q u a l i d a d e s e m s u a p e r s o n a l i d a d e . C O M O P E R C E B E R ? J á c h e g o u v i s i t a n a s u a c a s a e s u a c r i a n ç a q u i s l e v a r o s c o p o s d ' á g u a ? ! A o c a m i n h a r n a r u a , e l a c o l h e f l o r z i n h a s p a r a d a r a a l g u é m ? E l a s e o f e r e c e p a r a a j u d a r e m a l g o ? G e r a l m e n t e l e m b r a d e f a l a r " p o r f a v o r " e " o b r i g a d o " ? C O M O A J U D A R ? A a j u d a a e s t e p e r í o d o s e n s í v e l v e m a t r a v é s d o e x e m p l o d o a d u l t o . F i q u e a t e n t o p a r a s u a s a t i t u d e s e f o r n e ç a b o n s e x e m p l o s d e r e s p e i t o e s o l i d a r i e d a d e , p a r a c o m p e s s o a s , a n i m a i s e p l a n t a s . A l é m d i s s o , d e s s a f o r m a e l a t a m b é m a p r e n d e q u e d e v e s e r t r a t a d a c o m r e s p e i t o e e d u c a ç ã o e e s p e r a r á i s s o d o s o u t r o s . @ V iv er M on te ss or i PERÍODOS SENSÍVEIS ESCRITA E LEITURA Q U A N D O O C O R R E ? C O M O O C O R R E ? A m b o s c o m e ç a m a o s 3 a n o s , m a s o p e r í o d o s e n s í v e l d a e s c r i t a v a i a t é o s 5 a n o s e n q u a n t o o d a l e i t u r a s e g u e a t é o s 6 a n o s . D i f e r e n t e d o q u e v e m o s n a e d u c a ç ã o t r a d i c i o n a l , o n d e a a l f a b e t i z a ç ã o o c o r r e a p a r t i r d o s 6 a n o s , e m M o n t e s s o r i p e r c e b e m o s q u e a c r i a n ç a c o m e ç a a s e i n t e r e s s a r p e l a e s c r i t a e l e i t u r a a p a r t i r d o s 3 a n o s , a l é m d i s s o é u s a d a a b a s e f o n é t i c a , o u s e j a , a s c r i a n ç a s a p r e n d e m o a l f a b e t o a t r a v é s d o s o m q u e c a d a l e t r a f a z . C O M O P E R C E B E R ? S u a c r i a n ç a p e d e p a r a v o c ê l e r a l g u m a e m b a l a g e m , e t i q u e t a o u o s e u p r ó p r i o n o m e ? E l a d e m o n s t r a i n t e r e s s e p o r p a p e l e c a n e t a f r e q u e n t e m e n t e ? Q u e r r a b i s c a r a p a r e d e ? C O M O A J U D A R ? P r o m o v a q u e s e u f i l h o d e s e n v o l v a u m v o c a b u l á r i o v a s t o . A o i n v é s d e f a l a r o n o m e d a s l e t r a s , e s s e é " B " ( b ê ) d e b o l a , a p r e s e n t e o s o m q u e a l e t r a f a z , / b / ( b â ) . P r o m o v a a t i v i d a d e s q u e f o q u e m n a c o o r d e n a ç ã o m o t o r a f i n a e n o m o v i m e n t o d e p i n ç a d o s d e d i n h o s . O o b j e t i v o é d e s e n v o l v e r o c o r p o e a m ã o d e f o r m a i n d i r e t a a t r a v é s d e e x e r c í c i o s d e v i d a p r á t i c a . I n c l u a s u a c r i a n ç a n a s a t i v i d a d e s q u e e n v o l v a m a e s c r i t a , c o m o p o r e x e m p l o , i d e n t i f i c a r l e t r a s n a s e m b a l a g e n s , n a s p l a c a s n a r u a , e t i q u e t a r o s o b j e t o s n a c a s a , f a z e r a l i s t a d o m e r c a d o o u e s c r e v e r u m a r e c e i t a . @ V iv er M on te ss or i PERÍODOS SENSÍVEIS MATEMÁTICA Q U A N D O O C O R R E ? C O M O O C O R R E ? E s s e p e r í o d o a c o n t e c e e n t r e 3 e 6 a n o s . A t r a v é s d a a b s o r ç ã o d o s e s t í m u l o s s e n s o r i a i s e d a o b s e r v a ç ã o d o m e i o a c r i a n ç a p a s s a a a r m a z e n a r e c a t e g o r i z a r e s s a s i n f o r m a ç õ e s n a m e n t e . T u d o i s s o s e r v e à p r e p a r a ç ã o i n d i r e t a d o q u e M o n t e s s o r i c h a m o u d e M e n t eM a t e m á t i c a . C O M O P E R C E B E R ? A m a t e m á t i c a é a l i n g u a g e m d e e x p r e s s ã o d a o r g a n i z a ç ã o d a m e n t e . N e s s e m o m e n t o s u a c r i a n ç a p o d e g o s t a r d e s e p a r a r q u a n t i d a d e s d e o b j e t o s i g u a i s , o u s e p a r a r i n g r e d i e n t e s p a r a u m a r e c e i t a , o u d i v i d i r o s b i s c o i t o s c o m v o c ê . C O M O A J U D A R ? A o b s e r v a ç ã o s e m p r e s e r á a f o r m a m a i s i m p o r t a n t e d e a j u d a r u m a c r i a n ç a n o s e u p e r í o d o s e n s í v e l . V o c ê p o d e c o m e ç a r b r i n c a n d o d e c o n t a r o s m e m b r o s d a f a m í l i a , p r a t o s , s e p a r a r m e i a s , r o u p a s p o r t i p o e t a m a n h o , i n c e n t i v e a s u a c r i a n ç a a i d e n t i f i c a r a s q u a n t i d a d e s , f a ç a a t i v i d a d e s q u e e n v o l v a m s e p a r a r e c o n t a r c o i s a s . @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR Assim como os períodos sensíveis, temos também outros pontos a observar, como o desenvolvimento psicomotor da criança. Este depende da maturação do sistema nervoso e envolve várias áreas como a social, intelectual, emocional, comunicação e afetividade e consiste na evolução das capacidades cognitivas e motoras da criança, de forma a se tornarem cada vez mais complexas. Abaixo você vai encontrar uma faixa progressiva das habilidades adquiridas pelos bebês até os 18 meses que são marcos de desenvolvimento bem fáceis de identificar. Lembrando mais uma vez que as idades representadas na faixa são uma referência, idades estimadas nas quais se espera que criança seja capaz de desenvolver tal habilidade. O modelo abaixo foi desenvolvido com base no apresentado por Maria Montessori em seu livro Mente Absorvente, nele podemos observar claramente a relação entre o desenvolvimento da psiqué e do físico da criança, a forma como a mão se torna instrumento de construção da inteligência e como está intimamente ligado ao desenvolvimento do corpo. @ViverMontessori Meses Meses Eq ui líb rio M ão 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 Possui movimento instintivo de pega Começa a observar a mão Começa a pega intencional Movimenta intencionalmente a mão Transfere objetos de uma mão para a outra Controla a cabeça Gira e rola de lado apoiando peito e estômago Arrasta-se em contato com o chão Senta com ajuda 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Quando está deitado com a cara para baixo pode levantar a cabeça e as costas Barriga para cima Barriga para o lado Posição lateral com apoio de cotovelo Evolução do agarrar DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR @ViverMontessori DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR Meses Meses 7 8 9 10 11 12 Engatinha Ergue-se sobre os joelho com apoio e fica em pé com apoio 7 8 9 10 11 12 Senta sozinho Pega objetos pequenos com o polegar e o indicador (pinça) Controla os dedos Caminha na ponta dos pés Pousa todo o pé no chão Caminha sozinho Agarra objetos com os braços Aumenta a pressão no agarrar com as mãos As mãos trabalham juntas Eq ui líb rio M ão O ato de agarrar é dirigido pelo desejo Rasteja de barriga para baixo Dá passos laterais com apoio @ViverMontessori DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR Meses Meses 13 14 15 16 17 18 Caminha transportando algo pesado Procura apoio em objetos para subir 13 14 15 16 17 18 Usa o máximo esforço Força Os braços sustentam objetos pesados As mãos trabalham juntas Início da independência pessoal Atividades de vida prática Eq ui líb rio M ão Primeira atividade da mão no sentido do trabalho Muda de lugar objetos com uma finalidade Força Os braços ajudam com o agarrar e trepar COMO OBSERVAR Dedicar-se à observação da sua criança é tão importante quanto várias outras tarefas, e não é apenas "prestar alguma atenção" enquanto você faz alguma outra coisa, é se concentrar em observar as atitudes e reações dela diante de suas ações. As crianças tem muito a nos ensinar se prestarmos atenção de verdade nelas. Crie o hábito de parar por alguns minutos, sentar-se próximo à criança e anotar em um caderninho se for preciso. É um exercício que exige prática como qualquer outro, você precisa refinar o seu olhar e isso só se aprende praticando. Essas anotações irão te ajudar a descobrir os interesses da criança; encontrar padrões de comportamento. Observe quais brinquedos ela escolhe com frequência, como ela os usa, prefere brincar sozinho ou com outras crianças? Seus movimentos pela casa, são silenciosos ou desordenados? Existe algum cômodo da casa onde ele prefere estar? Como é sua relação com os outros membros da família, como reage a visitas? @ V iv er M on te ss or i COMO OBSERVAR Na hora das refeições, demonstra alguma preferência por algum alimento? Consegue comer com a colher ou prefere usar as mãos? Ele consegue beber sem derramar? Seu filho gosta de conversar nesse momento? Quanto tempo ele se mantém concentrado em uma atividade? Durante sua observação, não interfira no que seu filho está fazendo. Permaneça em silêncio e tente aprender a partir do que ele está fazendo. Tente identificar as razões pelas quais ele se interessa ou não pelo que está fazendo. São as cores, sons ou tamanho dos objetos? Se ele deixar cair um objeto, aguarde para ver qual sua reação e não pegue pra ele. Reúna esses registros acerca da observação da sua criança e tente relacionar quais são suas preferências, seus interesses, os sinais que ele dá quando está cansado por exemplo. Quando desaceleramos temos a chance de perceber que toda ação da criança tem uma finalidade. Permita-se REagir menos antes de apenas agir por impulso. @ V iv er M on te ss or i SOBRE BRINCAR " A brincadeira é o trabalho da criança e este é o que há de mais precioso no mundo." Maria Montessori @ V iv er M on te ss or i Montessori explica que, diferente do trabalho do adulto, que faz esforços para construção de algo exterior, o trabalho da criança é interior, este muito mais importante que o do adulto, constrói a própria vida, constrói a si mesma, constrói o próprio adulto, a humanidade. Por trabalho da criança Montessori define como sendo o: Segundo a Declaração Universal dos Direitos da Criança, a criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito. " Esforço concentrado com propósito que resulta em alegria." Maria Montessori SOBRE BRINCAR @ V iv er M on te ss or i O trabalho do adulto está ligado ao exterior, o importante para ele, é produzir algo e quando termina o que estava fazendo, toma medidas para garantir que o resultado seja duradouro, e que o esforço tenha valido a pena. Sendo assim, os adultos trabalham segundo a lei do menor esforço, segundo a qual o homem procura obter o máximo de produção trabalhando o mínimo possível. Ou seja, maior produção com menor consumo de energia. Por outro lado, a criança é um ser natural por excelência e também é um trabalhador e produtor. Embora não possa participar do trabalho do adulto, tem um trabalho seu a desenvolver, uma grande, importante e difícil missão: a de produzir o homem! Então o trabalho da criança é interior, inconsciente, realizado por uma energia vital que desenvolve um trabalho criativo. O adulto aperfeiçoa o ambiente, mas a criança aperfeiçoa o ser. Ao contrário do adulto, as crianças buscam se esforçar ao máximo no seu trabalho pois ela não está interessada no "fim" e sim "nos meios" que utilizará para o seu desenvolvimento, pois no seu trabalho o processo é o que realmente importa e não o resultado final.SOBRE BRINCAR @ V iv er M on te ss or i Por isso as crianças costumam repetir várias vezes as suas atividades. Outra clara e indubitável diferença entre o trabalho do adulto e o da criança consiste no fato de que este último não admite recompensas nem concessões; é necessário que a criança cumpra por si mesma a tarefa de crescer, e a cumpra até o final. Ninguém pode assumir os esforços da criança e crescer por ela. Podemos dizer, assim, que a alegria da criança está em realizar; que a satisfação real é dar o máximo esforço à tarefa em mãos; que a felicidade consiste em uma atividade do corpo e da mente bem-direcionada no sentido da excelência; que a força da mente, do corpo e do espírito é adquirida pelo exercício (repetição) e pela experiência. MENTE ABSORVENTE Outro conceito bem trabalhado por Maria Montessori é o de Mente Absorvente. Durante toda a primeira infância o cérebro da criança está suscetível a mudanças e adaptações. É o que hoje a neurociência chama de Plasticidade Cerebral, isto é, as capacidades adaptativas do Sistema Nervoso Central – sua habilidade para modificar sua organização estrutural própria e funcionamento. A criança está o tempo todo recebendo os estímulos do ambiente e está se estruturando internamente, entendendo como as coisas funcionam, criando as conexões cerebrais que a acompanharam por toda a vida. Podemos comparar a mente da criança à uma esponja, mas não a da pia, e sim a do Mar! A esponja do mar não precisa que ninguém a aperte para que possa absorver algo, assim como a criança não precisa que a gente a estimule para para absorver o mundo. É natural, biológico. @ V iv er M on te ss or i MENTE ABSORVENTE Entre 0 e 3 anos, a criança faz isso de forma inconsciente. É a chamada Mente Absorvente Inconsciente. Nesse período ela ABSORVE todas as coisas ao seu redor, e tudo isso faz PARTE dela, de sua personalidade. É como a linguagem: não a ensinamos a falar nossa língua, ela simplesmente está lá, internalizada na criança. Ela faz isso de duas formas: E isso vale para qualquer criança no mundo! A prova disso é que uma criança alemã fala alemão tão naturamente quanto nós falamos o português. A linguagem é absorvida, faz parte do que a criança É e não do que ela APRENDE. É importante ressaltar que ABSORVER é diferente de APRENDER. Quando aprendemos algo temos a presença de um esforço direcionado para a aquisição de alguma habilidade. Enquanto a criança absorve o mundo ela não faz esforço nenhum pra isso, é natural. @ V iv er M on te ss or i Temos então o segundo período, que vai de 3 a 6 anos, nele temos a presença da Mente Absorvente Consciente. Como o próprio nome diz, agora a criança tem consciência do que ela está absorvendo e ela faz disso um aprendizado. Suas ações serão motivadas para aprender uma nova habilidade. Por isso o ato de observar a criança é tão importante, pois onde nossos olhos veem algo sem sentido ou bobo, os olhos da criança veem instrumento de desenvolvimento. Se observarem uma criança de três anos, verão que ela está sempre brincando com alguma coisa. Isto significa que ela vai elaborando com as suas mãos e metendo na sua consciência aquilo que sua mente absorveu anteriormente. Através desta experiência do ambiente, sob a forma de brincadeira, ela examina as coisas e as impressões que recebeu na sua mente inconsciente. Através do trabalho torna-se consciente e constrói o Homem, o adulto. Maria Montessori MENTE ABSORVENTE @ V iv er M on te ss or i De 0 a 6 anos: Independência Física e Biológica De 6 a 12 anos: a Independência Intelectual De 12 a 18 anos: Independência Social De 18 a 24 anos ou mais: Independência Profissional Através de suas observações Montessori percebeu que o desenvolvimento da infância à maturidade não era uma linha reta em direção à perfeição, para ela existia os planos de desenvolvimento e a cada novo plano existiriam novas necessidades e comportamentos. O desenvolvimento do indivíduo ocorre a partir de sucessivas conquistas de independências e o nosso papel enquanto pais, é oferecer as condições adequadas para garantir que isso aconteça. Ela organizou o desenvolvimento humano em 4 partes, de acordo com a independência consquistada naquela faixa etária, então: "Ajuda-me a fazer por mim mesmo". "Ajuda-me a pensar por mim mesmo". "Ajuda-me a pensar junto com você". "Ajuda-me a pensar em você". PLANOS DE DESENVOLVIMENTO @ V iv er M on te ss or i PLANOS DE DESENVOLVIMENTO @ V iv er M on te ss or i Podemos representar os 4 planos de desenvolvimento conforme a figura abaixo: Cada triângulo representa 6 anos de vida. Os triângulos em vermelho representam os períodos de maior transformação, enquando os em azul são os de maior estabilidade. Isso fica claro quando comparamos crianças de diferentes idades. Por exemplo: um bebê de 1 ano é bastante diferente de uma criança de 5 anos, ainda que ambas estejam dentro do mesmo plano. Mas ao observarmos uma criança de 9 anos e outra de 11 anos, as diferenças, principalmente físicas, são mais sutis. 0 3 6 12 18 9 15 21 24+ an os PLANOS DE DESENVOLVIMENTO Além disso, cada triângulo pode ser dividido em duas partes: temos a fase da aquisição da habilidade e a parte do aperfeiçoamento da habilidade. @ V iv er M on te ss or i Aquisição Re fin am en to Então já vimos aqui que (1) existem planos de desenvolvimento do indivíduo e que cada um deles é dividido em duas partes - a aquisição e refinamento das habilidades, você já conhece um pouco sobre a (2) mente absorvente - consciente e inconsciente e agora ficará mais fácil para você entender a relação desses conceitos com os (3) períodos sensiveis. A seguir, vamos conhecer cada plano individualmente e quais as suas características mais marcantes. AJUDA-ME A FAZER POR MIM MESMO O primeiro plano a ocorrer é o da independência física e biológica e vai do nascimento aos seis anos de idade. Veja como isso faz sentido: é comum vermos criança dessa idade querendo fazer sozinhas o que nós, adultos, fazemos, como andar, falar, usar o banheiro, vestir nossas roupas e sapatos! @ V iv er M on te ss or i anos Aquisição Re fin am en to 0 3 6anos M ente Absorvente Inconsciente M en te Ab so rv en te Co ns cie nt e Olha só quanta coisa temos nessa representação gráfica! Assim fica até mais fácil compreender a magnitude e a importância da primeira infância para a vida de um indivíduo. PLANOS DE DESENVOLVIMENTO AJUDA-ME A FAZER POR MIM MESMO Primeiro vem a crise do nascimento, quando o bebê se desliga do corpo da mãe (1º passo rumo à independência). Depois a crise da alimentação, quando ele começa a poder se alimentar de outras fontes que não o leite (materno ou não/2º passo) Depois ele aprende a andar e a falar (3º e 4ª passos Desenvolvimento sensorial Desenvolvimento motor Interiorização da cultura e aquisição da linguagem Desenvolvimento da personalidade Despertar do desenvolvimento social O conceito do primeiro plano de desenvolvimento fica muito claro quando pensamos no que acontece com a criança na primeira infância, podemos identificar alguns períodos de "crise", mas entenda esse termo como períodos críticos no sentindo de importância, momentos determinantes: 1. 2. 3. de muitos outros que virão!). O primeiro plano de desenvolvimento é sem dúvidas o mais transformador da vida do indivíduo, sendo assim devemos reconhecer todas as conquistas dele nesse período, sendo elas: @ V iv er M on te ss or i PLANOS DE DESENVOLVIMENTO AJUDA-ME A PENSAR POR MIM MESMO O segundo plano de desenvolvimento a ocorrer é o da Independência Intelectual e vai dos 6 anos aos 12 anos de idade. Durante todo esse período ocorre o que Montessori chamou de Mente Racional, a criança começa a racionalizar as coisas. Essa é aquela fase que as crianças nos enchem de perguntas, não é mesmo? Querem saber o porque de todas as coisas! Elas querem entender o mundo à sua volta e saber o porque das coisas serem como são, causa e efeito. É umafase de muita imaginação e criatividade e propícia para a orientação de princípios e valores, já que ela está formando sua inteligência moral. @ V iv er M on te ss or i 9 6 12 Re fin am en toAquisição anos PLANOS DE DESENVOLVIMENTO AJUDA-ME A PENSAR POR MIM MESMO Desenvolvimento emocional: passa a compreender as emoções e seus efeitos. Inteligência moral: começa a formar seu caráter através dos exemplos que recebe. Autonomia da aplicação do conhecimento: como ler e escrever, resolver pequenos problemas, consciência do espaço-tempo. Expansão da imaginação e criatividade. A representação desse plano é um triângulo tracejado pois é um período de menor intensidade de mudanças. quando comparada aos 0 a 6 anos de idade. As mudanças físicas são visíveis, "tudo" se alonga e agora ela tem a necessidade de explorar a sociedade e o mundo. O segundo plano é caracterizado pela transição do sensorial (real) para o abstrato. Nesse momento surgem as primeiras noções de ética e moral e a necessidade de entender as relações entre todas as coisas (educação cósmica. Em resumo então, as novas conquistas da criança de 6-12 anos são: @ V iv er M on te ss or i PLANOS DE DESENVOLVIMENTO AJUDA-ME A PENSAR COM VOCÊ Aaah, a adolescência! Junto com ela chega o terceiro plano de desenvolvimento e a necessidade por independêcia social! Nessa fase o indivíduo busca desenvolver sua mente humanista e se estabelecer como membro da sociedade. @ V iv er M on te ss or i 12 15 18 Aquisição Re fin am en to anos anos A transição da infância para a vida adulta é cheia de transformações intensas, por isso o triângulo que representa esse plano volta a ser de linhas contínuas. O desenvolvimento físico é marcado pelo amadurecimento do corpo e o psíquico pela necessidade de integração social. PLANOS DE DESENVOLVIMENTO AJUDA-ME A PENSAR COM VOCÊ É um período de transformações tão intensas que pode ser comparado ao 1º plano (0 a 6 anos). Nessa fase o indivíduo deseja ir além dos limites familiares e estabelecer vínculos sociais externos e começa a entender seu papel nessa sociedade. Nessa idade o adolescente experimenta emoções muito fortes sem saber porque, são muito sensíveis e inseguros, há uma diminuição na capacidade intelectual e uma dificuldade de concentração, há algum tipo de indisciplina e rebelião. Eles têm uma forte necessidade de dormir, mas o alto nível de melatonina os mantém acordados. O apoio de adultos de confiança é crucial nessa fase pois estão aprendendo a negociar a expectativa da sociedade e questionando o que seria uma vida ideal. É hora de voltar a fazer algum trabalho manual e, se possível, receber por isso, agora eles sabem que podem contribuir e ser valiosos para a sociedade através do trabalho. @ V iv er M on te ss or i PLANOS DE DESENVOLVIMENTO AJUDA-ME A PENSAR EM VOCÊ O quarto plano é definido como o plano da maturidade, nele o indivíduo deseja alcançar sua independência profissional, mas também moral e espiritual. É o momento do desenvolvimento da mente especialista. @ V iv er M on te ss or i 18 21 24+ an os Aquisição Re fin am en to O indivíduo que chega à universidade já está "formado" (se tudo tiver corrido bem nos planos anteriores), então o último triângulo pontilhado representa essa estabilidade. Basta agora se preparar e se especializar para oferecer um serviço à sociedade. PLANOS DE DESENVOLVIMENTO AJUDA-ME A PENSAR EM VOCÊ Além dessa especialização profissional, o período também é propício para o fortalecimento moral e espiritural, para promover o encontro do indivíduo com o seu propósito e alcançar o desejo de trabalhar para o bem da humanidade. O indivíduo também começa a descobrir a sua forma de contribuição social. A abelha sai de casa em busca do néctar (objetivo direto) mas no caminho de volta para casa, ela sem intenção, sai espalhando o pólen que faz florescer a vida (objetivo indireto). O mesmo acontece com o jovem, ele pode ter uma profissão formal mas ainda sim contribuir de outra maneira para a sociedade. Essa busca por descobrir seu propósito individual, forma então um ser humano cujas aspirações vão além apenas da tentação em tirar proveito pessoal mas sim em alcançar o desejo de trabalhar para o bem da humanidade. De ajudar e servir em prol do seu papel cósmico. Importante ressaltar que o processo de descobrir seu papel cósmico pode perdurar por toda a vida. @ V iv er M on te ss or i PLANOS DE DESENVOLVIMENTO DICAS PARA AS ATIVIDADES Para finalizar nossa introdução, aqui vão algumas dicas para te ajudar a colocar em prática as atividades que vamos propor a seguir! @ V iv er M on te ss or i VIDA PRÁTICA Cuidados pessoais Cuidado com o ambiente Alimentação Atividades preparatórias (para escrita) Graça e cortesia É claro que a vida acadêmica das nossas crianças é importante, mas tão importante quanto isso é a própria VIDA. Para alcançar grandes feitos as crianças precisam estar preparadas para chegar lá e uma das formas de preparar a criança para a VIDA é permitir que ela faça parte da vida da família e da casa. As atividades de vida prática desenvolvem os sistemas cognitivos, socioafetivo e motor da criança. São aquelas atividades do dia-a-dia que, aos nossos olhos, são tão habituais mas que para criança pode significar grandes oportunidades de aprendizado. Sendo assim prepare os ambientes da sua casa de maneira que a criança possa interagir de forma segura e eficiente e permita-a realizar atividades simples do dia-a- dia da casa. Elas podem ser divididas em: @ V iv er M on te ss or i COMO APRESENTAR AS ATIVIDADES? Faça movimentos exageradamente lentos. Durante a apresentação dos movimentos, permaneça em silêncio. Fale o mínimo possível e quando falar, fale devagar, pausadamente. Capriche nas expressões faciais e evidencie ao máximo cada pequeno movimento que você fizer. Observe a atenção da criança. Deixe a criança fazer a atividade. Diga-lhe: “Agora é a sua vez". Quando a criança começa a trabalhar, você se afasta. Observe de longe. Tome notas. Não interfira em tudo. Não corrija. Se a criança precisa de ajuda para guardar os materiais, volte e lhe mostre como, ou a ajude a fazê-lo. A apresentação de uma atividade é parte muito importante do processo de ensino-aprendizagem pois é ela que vai determinar como a criança deve executar a atividade. Reserve tempo suficiente para essa apresentação, certifique-se de que a criança está disposta e convide-a para a atividade. Passo-a-passo da apresentação: @ V iv er M on te ss or i E NÃO SE ESQUEÇA! Seja criativo(a)! As atividades propostas aqui possuem as mais diversas variações! A ideia é que você possa conhecê-las e adaptar com o que você tem em casa e descobrir, junto com a sua criança, novas formas de brincar e utilizar uma mesma atividade ou elemento. Você pode, por exemplo, ir aumentando o grau de dificuldade de uma mesma atividade conforme sua criança cresce ou substituir os materiais utilizados por outros que consigam produzir o mesmo efeito. @ V iv er M on te ss or i 0 - 6 MESES Mãos na massa! Confira agora dicas de atividades para estimular o desenvolvimento do seu bebê. @ V iv er M on te ss or i VISÃO A visão do bebê se desenvolve gradativamente. As primeiras imagens exibidas no córtex visual dos bebês são em preto e branco e muito embaçadas, por isso imagens com alto contraste (preto e branco) são as mais apropriadas para bebês de até três meses. Aos 6 meses os traços ficam ainda mais nítidos e o bebê já consegue diferenciar rostos conhecidos, como o do pai e o da mãe. A partir dos 8 meses, tanto o traço quanto as cores das imagens ficam mais precisos e o bebê enxerga ainda mais longe. A distância focal dos olhos de um recém-nascido coincide exatamente com o espaço entre o seu rosto e o de sua mãe durante a amamentação. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 0 A 6 MESES COMO USAR OS ESTÍMULOS VISUAIS Colocar o bebê sobre uma superfície plana e confortável(mas não muito fofa) de bruços ou de peito para cima. Posicione um espelho ou um quadro de contrastes. Você pode usar também figuras reais, já para ensinar a criança sobre o mundo real. Móbiles de borboletas, pássaros, seres que se movem através de correntes de ar assim como fazem na vida real, no céu ou como fazem na água. @ V iv er M on te ss or i USANDO OS MÓBILES Nos primeiros meses, um móbile simples sobre um colchão no chão é o suficiente para ajudar o bebê a desenvolver as habilidades necessárias para explorar o mundo visualmente. Gradualmente, ele vai desenvolvendo o foco em um objeto em movimento, e, aos poucos, alcança a percepção de cor e de profundidade Como todo estímulo, não indicamos deixá-los no momento que o bebê vai dormir, e nem utilizar por longos períodos. Observe o interesse do seu bebê e use isso como seu guia. Nos primeiros anos de vida, os humanos são os "materiais" mais influenciáveis e importantes do ambiente. Os rostos das pessoas que convivem com o bebê são as experiências visuais mais importantes, pois ele irá associar as vozes com os rostos em sua mente. @ V iv er M on te ss or i USANDO OS MÓBILES Móbile Munari (2 a 4 semanas): no primeiro móbile temos formas simples e planas, com grande contraste. Ele incentiva o foco e tempo de visualização ininterrupta ainda desenvolve a concentração. Móbile Octaedro (5 a 7 semanas): os bebês começam a perceber as cores primárias, com destaque para o vermelho. As três cores primárias fornecem limites que permitem uma maior organização mental. Móbile Gobbi (8 a 10 semanas): Apresenta a gradação sutil de uma mesma cor, profundidade e proporção das bolas que estão dispostas em diferentes alturas, estimulando o refinamento do sentido. Móbile Dançarinos (10 a 12 semanas): é composto de quatro formas estilizadas, cada uma constituída por três elementos: a cabeça, braços e pernas. Veja alguns tipos de móbiles: @ V iv er M on te ss or i AUDIÇÃO Com três meses – O bebê acorda ao ouvir um barulho forte e atende ao som da voz de alguém conhecido. Aos seis meses – Reage movimentando os olhos, já atende e se vira na direção de vozes conhecidas. Entre seis meses a um ano – Consegue pronunciar algumas sílabas simples e tenta reproduzir o que escuta. Com um ano a dois anos – Consegue falar algumas palavras e já interage com os adultos. Eles aprendem a falar naturalmente, na medida em que ouvem os pais e os amigos. A partir do terceiro mês de gestação os bebês já conseguem desenvolver e perceber alguns sons fora do útero. A melodia que empregamos na voz permite também traduzir as nossas emoções e o bebê também está sensível a esse fato. Sendo assim, a audição é um importante sentido que deve ser exageradamente usado para acalmar o bebê e construir vínculo. Diferente do que acontece com a visão, a audição dos bebês é mais acurada desde o nascimento. O bebê vai desenvolver sua habilidade auditiva conforme sua faixa etária. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 0 A 6 MESES USANDO OS SONS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA Conversando: Fale sobre o que está fazendo, isso quer dizer, narre tudo que vai fazer, (sem alterar o tom de voz como geralmente fazemos quando falamos com um animal de estimação) antecipe seus movimentos através de um bate papo descontraído. Ao longo do tempo dê pequenas pausas entre cada frase e perceba que seu bebê irá começar a "responder" através de um balbucio ou através de uma simples expressão facial diferente Usando um brinquedo de cada vez que produza sons diferentes Use a melodia da sua voz para desenvolver a capacidade de comunicação do seu bebê e para o acalmar. O importante é que ele te ouça falar e o tom da sua voz. – mostrar os sons da casa, como do cachorro, passarinho, da panela, dos carros na rua,– sair com ele para que tenha contato com sons de novos ambientes, na feira, no supermercado, no zoológico, nos parques. @ V iv er M on te ss or i USANDO OS SONS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA Cantando: O timbre da voz humana carrega um conjunto único de melodia, ritmo e dinâmica que o som mecânico de um aparelho de som não consegue replicar. Cantar de frente para o bebê, para que este consiga ver as expressões faciais e gestos que o adulto realiza; Cantar num local sem ruídos de fundo, como de rádio ou TV. - Outra dica é fazer o mesmo som – cantar uma mesma melodia, por exemplo – em situações cotidianas, como tomar banho, mamar, dormir isso já ajudará a estabelecer um rotina. Experimente também iniciar uma conversa com um bebê de poucos meses dessa forma: Quando a criança emitir um som, imite - o tom e a duração do som: o bebê "maaa ga" e o adulto "maaa ga". Experimente e fique impressionado com a resposta do bebê. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 0 A 6 MESES TATO 2 a 3 meses: Com essa idade, o bebê ainda não consegue pegar as coisas por conta própria, mas gosta quando os objetos são colocados na mão dele. Consegue perceber a diferença entre o que é duro e o que é macio. 4 meses: Começa a esticar a mão e pegar objetos sozinho. 5 meses: Começa a conseguir levantar objetos e segurá-los com as duas mãos. 6 meses: Começa a passar objetos de uma mão para a outra, gosta de brinquedos com os quais possa interagir. O tato é o primeiro dos sentidos que se desenvolve, isso ocorre a partir da sétima semana de gestação. Ele não está ligado apenas ao desenvolvimento tátil e motor do bebê, mas também ao emocional, ou seja, está envolvido nas sensações do seu filho enquanto você o pega no colo, amamenta, faz carinho ou cafuné ou dá aquele banho gostoso. Já fora da barriga, o desenvolvimento ainda irá passar por diversas fases para amadurecer totalmente. @ V iv er M on te ss or i COMO DESENVOLVER O TATO NO SEU BEBÊ Pendure móbiles baixo o suficiente; Disponha de bolinhas de várias texturas; Materiais que possuam texturas diferentes; Coloque as mãos contra os pézinhos do bebê e estimule-o a chutar. Muitas atividades de 0 a 6 meses serão feitas no chão então a dica é: @ V iv er M on te ss or i @nikitaprojetosludicos OLFATO Ainda na barriga, o bebê usa o nariz, tanto para treinar a respiração quanto para detectar cheiros, inclusive do líquido amniótico. Pesquisas apontam que o líquido absorve parte do gosto e do cheiro dos alimentos que a mãe ingere. O mesmo também ocorre com o leite materno, então é possível estabelecer uma familiaridade entre ambos os cheiros, o que vai ser percebido pelo bebê. Assim dá para entender porque o bebê vira a cabeça quando está no colo da mãe, “guiado” pelo cheiro do leite. Observa-se que o olfato é processado no cérebro na mesma parte que controla a memória. O artigo publicado na revista científica “Current Biology”, em 2009, confirmou a hipótese de uma representação privilegiada do cérebro para as primeiras associações olfatórias. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 0 A 6 MESES EXPERIÊNCIA DE ODORES Como: Use um saleiro ou um potinho que dê para sentir o cheiro do que há dentro quando fechado. Preencha com itens que possuam cheiro forte, como casca de laranja, hortelã, canela em pau e etc. Depois, ofereça ao bebê para sentir o cheiro. Você pode começar a atividade com o bebê que já senta e ir repetindo conforme ele for crescendo. A partir daqui podem ser realizadas várias atividades, tais como vendar os olhos e adivinhar o cheiro; com dois frascos de cada um dos cheiros tentar encontrar os pares de olhos vendados, etc. Por quê: Além do estímulo do olfato, você pode conversar com seu bebê sobre os itens e seus cheiros e depois deixá-lo explorá-los sozinho. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 0 A 6 MESES PALADAR O paladar é, provavelmente, o mais complexo dos cinco sentidos! Se você refletir sobre os alimentos que você gosta e os que não gosta, certamente vai descobrir que existem muitos fatores que determinam as suas preferências. Por exemplo, a textura que o alimento tem na boca, o cheiro ou até mesmo a aparência!De fato, olfato e paladar são os dois sentidos mais interconectados. Lembra quando explicamos que o olfato se desenvolve antes de os bebês nascerem? Bem, o paladar também aparece antes mesmo do nascimento! O paladar se desenvolve no terceiro trimestre da gravidez, quando o bebê começa a sentir “sabores” por meio do líquido amniótico. Ao nascer, já é capaz de distinguir o doce, acredita? Mas é por volta dos 6 meses que esse sentido fica mais refinado, devido as papinhas doces e salgadas. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 0 A 6 MESES SABORES Fazer gelinhos de frutas Ser criativo na apresentação dos alimentos, apostar no método BLW é uma boa pedida. Essa primeira fase fecha com chave de ouro com a introdução alimentar. Pode-se dizer que é uma das experiências sensoriais mais completas. Você conversa, apresenta os alimentos, que tem cores, texturas, cheiros e sabores diferentes. Experiemente: @ V iv er M on te ss or i NA PRÁTICA Atividades do dia-a-dia são mais ricas do que você pode imaginar! Inclua seu bebê na rotina da casa e torne cada atividade um momento de conexão e desenvolvimento pessoal. @ V iv er M on te ss or i BANHO DO BEBÊ O banho do bebê é uma oportunidade riquíssima de você utilizar todos os estímulos sensoriais na vida prática. Você pode descrever o que está fazendo e conversar, temos a presença forte do toque, o contato com a água, tem a presença do cheiro suave dos produtos. O seu bebê está absorvendo tudo que está ao seu redor a todo tempo, faça bom proveito de cada oportunidade. @ V iv er M on te ss or i USO DO SLING Estreitar o vínculo entre mãe/pai e bebê. Permitir que o bebê fique na posição vertical após as mamadas. Proporcionar maior liberdade para pais e mães que podem ficar com as mãos livres, enquanto dão colo para o pequeno. Fazer com que o peso do bebê seja distribuído corretamente pelo corpo do carregador, o que evita coluna torta e braço dolorido. Com a proximidade, é possível perceber e solucionar qualquer problema que o pequeno possa ter. O calor do corpo e a posição que o bebê fica, aliviam cólicas e refluxos. Liberados desde o primeiro mês de vida dos pequenos, e até que os pais e a criança se sintam confortáveis para usar, os slings aliam acolhimento e liberdade, trazendo diversos benefícios para os bebês e para os pais também. Tais como: @ V iv er M on te ss or i VAI E VEM Segure o bebê com a barriguinha para baixo, apoiada em seus antebraços, e balance-o de um lado para o outro. Além de estimular o sistema vestibular e a sustentação da cabeça, esse movimento ajuda a alternância visual ao oferecer uma gama de coisas a observar. Pode ser usada também como uma forma de aliviar nos momentos de cólica. @ V iv er M on te ss or i AINDA TEM MAIS! Aqui vai uma pequena lista de outras coisas que seu bebê também pode fazer nesta idade! @ V iv er M on te ss or i @ V iv er M on te ss or i Você pode fazer massagem, incluindo óleos essenciais; Usar chás ou essências para perfumar o banho do bebê; Você pode usar aplicativos de ruído branco que imitam o som de dentro do útero para acalmar o bebê nos primeiros meses; Brinque de fazer caretas, eles adoram! Lembre-se te manter a distância de 25 cm para que ele possa lhe enxergar direito. 6 - 12 MESES Nessa fase ocorre o refinamento das habilidades adquiridas na fase anterior. Podemos aumentar o grau de estímulos e trabalhar o vocabulário ensinando novas palavras a cada atividade do dia-a-dia. @ V iv er M on te ss or i CAUSA E EFEITO Como: Use materiais que rolem, como um carrinho ou cilindros de madeira, que podem ou não ter um gizo e tilindarem enquanto andam. O mesmo vale para qualquer material que tenha uma relação de causa e efeito, como a caixinha com a bolinhas. Por quê: Esta atividade desenvolve a coordenação motora ampla através do movimento de empurrar. É ótima para bebês que começam a demonstrar que estão preparados para engatinhar e assim poderão perseguir o material. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 6 A 12 MESES @nikitaprojetosludicos DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 6 A 12 MESES CESTO DE TESOUROS Como: Prepare uma cesta com diferentes objetos da casa que possuam características sensoriais diferentes, como: metal, vidro, madeira, tecido. Por quê: Esta atividade desenvolve a percepção de diferentes texturas, temperaturas, cheiros e peso. Também estimula o interesse e a concentração, o estudo daquele objeto e para que ele serve, percepção de mundo. @ V iv er M on te ss or i ATIVIDADES COM TECIDO Brinque de "Cadê a mamãe" e se esconda com os tecidos; Esconda objetos com os tecidos; Passe o tecido sobre a pele do bebê; Amarre tiras em um bambolê. Como: Selecione vários retalhos de tecido de diferentes cores, texturas e gramaturas de aproximadamente um metro. Por quê: Ao brincar de “Cadê a mamãe” você trabalha a prática e o entendimento do conceito de objeto e permanência, que a mamãe sai, mas volta. Você também pode esconder objetos e incentivá-lo a procurar coisas que não estão à vista. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 6 A 12 MESES CAIXA DE PERMANÊNCIA Como: Utilize uma caixa com um furo no centro e uma abertura na lateral e uma bolinha. É recomendável que dentro da caixa haja uma pequena rampa para ajudar a bolinha a rolar para a abertura. Por quê: Para aperfeiçoar a percepção de causa e efeito, além do conceito de objeto- permanência. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 6 A 12 MESES Dica: Use estilete para fazer conseguir fazer esse corte no papelão. ENCAIXES Como: Utilize materiais de encaixe com formas geométricas ou, como na imagem, selecione objetos que tem em casa e recorte formas geométricas em uma caixa de papelão para que eles possam encaixar! Por quê: Aqui vamos trabalhar a coodenação viso- motora, isto é, mão-olho; estimular a percepção de correspondência; exercitar a reversibilidade; desenvolver atenção e concentração. Nesse momento não se deve esperar grandes coisas, mas essas atividades poderão sofer um "upgrade" na próxima fase. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 9 A 12 MESES LINGUAGEM ENRIQUECENDO O VOCABULÁRIO Como: Utilize-se das atividades anteriores, faça algumas alterações e comece a nomear essas coisas. Por exemplo, faça uma cesta de tesouros só com animais e nomeie cada um deles (elefante, macaco...). Use os materiais de encaixar e nomeie cada um deles (triângulo, círculo...). A partir dos 12 meses você poderá também relacionar as miniaturas dos bichinhos com os cartões. Por quê: Esse é um período sensível das crianças para a linguagem e assim vamos enriquecendo o vocabulário dela até que ela esteja apta a oralizar suas primeiras palavras. @ V iv er M on te ss or i NA PRÁTICA Atividades do dia-a-dia são mais ricas do que você pode imaginar! Inclua seu bebê na rotina da casa e torne cada atividade um momento de conexão e desenvolvimento pessoal. @ V iv er M on te ss or i SOLTAR PEDAÇOS DE FRUTAS Estimular a autonomia da criança na hora de se alimentar pode ser uma atividade cheia de valor. Providencie uma bandeja com um pote para a fruta inteira e outro para os pedaços. Separe frutas como uvas ou tangerina e peça para criança soltar seus pedaços e colocar dentro do potinho. Nessa atividade a criança exercita a coordenação motora e a concentração. Recomendamos o início da introdução alimentar através do método BLW. @ V iv er M on te ss or i MOVER OU LEVANTAR PESO A partir do momento que a criança já a caminha de maneira mais estável, ela tem a necessidade de exercitar os movimentos brutos e refinar a coordenação motora grossa. Você irá perceber seu interesse em mover uma cadeira ou carregar algo que lhe demande bastante esforço. Um exemplo disso pode ser te ajudar a carregar as compras do mercado para dentro de casa. @ V iv er M on te ss or i AINDA TEM MAIS! Aqui vai uma pequena lista de outras coisas que seu bebê também podefazer nesta idade! @ V iv er M on te ss or i @ V iv er M on te ss or i Se virar para lá e para cá te ajudando a colocar a fralda; Caso a criança não queira mais ficar deitado para trocar a fralda, que tal comprar uma fralda shortinho e deixar ela mesma tentar se vestir? Descascar uma banana; Comer pequenos lanches sozinha, como frutinhas; Te ajudar a se ensaboar no banho, passando a mãozinha pelo corpo; Segurar a própria mamadeira ou copo, ou a colher, mesmo que faça bagunça! 12 - 18 MESES É um período em que as crianças demonstram evolução nas suas habilidades motoras e de comunicação. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 12 A 18 MESES NATUREZA Como: Uma caminhada no parque é suficiente para estimular vários sentidos. Por quê: Estimule a percepção de mundo na sua criança. Foque em chamar a atenção da sua criança para o cheiro da grama e das flores, para o som dos pássaros, a textura das árvores e folhas, a cor das plantas. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 12 A 18 MESES DA DESPENSA PARA A EDUCAÇÃO Como: Pegue duas jarrinhas de vidro grosso e encha-a até a metade com feijão, ou grão-de-bico. Grãos maiores são boas opções por não entrarem nas narinas ou ouvidos. Mostre como despejar os grãos de uma jarra para outra. Por quê: Os feijões produzem um som agradável, assim como a sensação tátil. Enfatize a importância de colocar os feijões de volta na jarra caso alguns sejam derrubados. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 12 A 18 MESES CHEIRINHO BOM! Como: Utilize pequenos sachês para colocar elementos que tenham cheiro marcante como café e lavanda ou bolinhas de algodão com algumas gotinhas de essências. Por quê: As crianças tem o sentido do olfato muito mais sensível que a maioria dos adultos. Atividades com esta ajudam a criança a refinar esse sentido. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 12 A 18 MESES ENCAIXES CASEIROS Use uma forma de cupcakes com bolinhas; Use uma garrafinha com pompons; Fure um buraquinho na embalagem de ovos e use palitos de picolé para encaixar. Como: Por quê: Existem muitos brinquedos que você pode comprar para cumprir esse papel, mas veja a quantidade de opções que você tem na sua prória casa! Mal sabe você que ao trabalhar a coordenação motora fina do seu filho você já o está preparando para a escrita! @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 12 A 18 MESES ATIVIDADES COM ESPONJA E ÁGUA Use duas tigelas, uma com água e outra vazia e faça a criança transpor toda a água de uma tigela para outra usando a esponja; Use duas tigelas, ambas cheias de água, em uma delas recorte pedaços de esponja, ofereça um pegador de gelo e faça a criança transpor os pedaços de uma tigela para outra. Como: Por quê: Nas duas atividades você exercita a coordenação motora grossa e promove o fortalecimento das mãos pelo movimento de apertar. Além de ter assunto para conversar, sobre como e por que a esponja flutua. @ V iv er M on te ss or i ATIVIDADES COM BOTÕES Estimular o encaixe do botão dentro da fenda; Relacionar a cor dos botões com as cores dos potes; Usar um pote fosco para que a criança não veja o botão dentro. Como: Selecione vários botões e escolha uma característica para ser seu controle de erro, o tamanho ou a cor, por exemplo. Depois use potinhos de plástico com uma fenda recortada na tampa. Por quê: Todas essas atividades estimulam a coordenação motora fina através do movimento de pinça dos dedos. Ainda é possível aprender sobre as cores e mais uma vez o conceito de objeto- permanência. @ V iv er M on te ss or i DESENVOLVENDO OS SENTIDOS 15 MESES NA PRÁTICA Atividades do dia-a-dia são mais ricas do que você pode imaginar! Inclua seu bebê na rotina da casa e torne cada atividade um momento de conexão e desenvolvimento pessoal. @ V iv er M on te ss or i VESTIR UM CASADO Coloque o casaco no chão como demonstra a figura. A criança encaixa os braços nas mangas. Em seguida ergue os braços por cima da cabeça. E o casaco cai sobre seu corpo. Fazendo pequenos ajustes para finalizar. Como: @ V iv er M on te ss or i PENTEAR O CABELO Prepare um cantinho à altura da crianças com um espelho e os materiais necessários para que ela possa pentear o cabelo, como escova, colares, cremes, acessórios. É importante observar que os materiais contém elementos que servem para ambos os sexos. Nesse momento estamos estimulando a criança a desenvolver o autocuidado e a perceber-se no espelho. @ V iv er M on te ss or i LIMPAR UMA MESA Fim do jantar ou de uma atividade e a mesa ficou suja? Prepare um canto com esponja, bacia, pano, sabão, jarra plástica, balde plástico (usar todos os elementos da mesma cor para marcar a proposta) e deixe à disposição dela. A criança desenvolve a coordenação motoria fina e a percepção visual ao passo que aprendem que são parte de um todo na casa e que a ordem e a limpeza é agradável ao ambiente. @ V iv er M on te ss or i AINDA TEM MAIS! Aqui vai uma pequena lista de outras coisas que seu bebê também pode fazer nesta idade! @ V iv er M on te ss or i @ V iv er M on te ss or i Encher um copo de água ou leite usando um pequeno jarro; Encher tijela com cereais; Adicionar leite aos cereais; Beber de um copo de vidro (usar pequenas quantidades para evitar derramar grandes porções); Escovar os dentes com ajuda de alguém; Ajudar a arrumar os brinquedos; Trazer a fralda; Colocar a própria roupa no cesto de roupa suja; Escolher entre duas opções de roupa para vestir; Tirar as meias. QUER SABER MAIS? Livros da própria Maria Montessori (inclusive, esses dois são nossa principal recomendação para você que está começando!): O Segredo da Infância Mente Absorvente Entendendo o ser humano: a importância dos três primeiros anos de vida. (Understanding the Human Being: The Importance of the First Three Years of Life) de Silvana Quattro Montanaro. A Dra. Montanaro foi a pioneira em divulgar globalmente as percepções de Maria Montessori e sua colaboradora próxima Gianna Gobbi, avivando esse conhecimento com seu próprio estudo psicológico profundo da gravidez e os primeiros três anos após o nascimento. Quando se trata da educação de nossas crianças referências nunca são demais, certo?! Aqui vão mais algumas dicas de onde você pode encontrar informações e aprofundar seus estudos em Montessori! @ V iv er M on te ss or i https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Silvana+Quattro+Montanaro&text=Silvana+Quattro+Montanaro&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks QUER SABER MAIS? A Criança Alegre: Sabedoria Montessori do Nascimento aos Três Anos, de Susan Mayclin Stephenson. Após 50 anos no campo da educação Montessori, Susan publicou sete livros de interesse para pais e professores. Ela recebeu os diplomas AMI (Association Montessori Internationale) para as idades de 0-3, 3-6, 6-12, um mestrado na Loyola University em Baltimore e estudou múltiplas inteligências com o Dr. Howard Gardner na Harvard University. Susan é examinadora de curso da AMI, palestrante em conferências e consultora escolar. Método Montessori na educação dos filhos, de Tim Seldin. Tim Seldin é autor, educador e presidente da Fundação Montessori e presidente do Conselho Internacional de Montessori. Seus mais de quarenta anos de experiência na educação montessori incluem vinte e dois anos como diretor da escola Barrie em Silver Spring, Maryland, da qual ele também frequentou. @ V iv er M on te ss or i https://www.amazon.com.br/Susan-Mayclin-Stephenson/e/B00EWTB4S2/ref=dp_byline_cont_book_3 https://www.amazon.com.br/Tim-Seldin/e/B001JSF872/ref=dp_byline_cont_book_1 PRA TERMINAR Se você chegou até aqui só podemos dizer: obrigada! Foi super desafiador tentar reunir todo um conjunto de experiências e pesquisas, tanto familiares quanto pedagógicas, em um formato tão breve e simples, mas a satisfação de finalizar esse projeto fez tudo valer a pena. Esperamosque vocês possam fazer uso das dicas propostas aqui e não se preocupem se o seu filho não responder como esperado logo de cara! Cada criança é um ser único e não podemos esperar que todas se comportem da mesma maneira. Refine o seu olhar observador, essa seria nossa última dica. Assim, observando e entendendo sua criança, sua relação com ela será ainda mais prazerosa! Nos vemos no Volume II deste e-Book, Montessori para bebês de 18 a 36 meses, já disponível para venda! Um beijo, Larissa Serqueira e Thaisa Maia @ V iv er M on te ss or i Natural do Amazonas, Larissa Serqueira é mãe de duas crianças, Pedagoga de formação, trabalha há 12 anos na área de educação, gerenciando franquias e concessões em diversos seguimentos tais como: cursos profissionalizantes, ensino superior e pós graduação. Há 6 anos se dedica também ao estudo da infância, especializou-se no Método Montessori, morou na Itália, pesquisou e estudou a influência de Maria Montessori na educação mundial. Carrega no seu DNA a paixão pela infância e acredita que a educação é um processo que deve iniciar no nascimento, construindo assim uma base para uma vida mais consciente e pacífica. Atualmente desenvolve consultoria em todo Brasil a famílias e escolas que desejam adotar o Método Montessori. Larissa Serqueira AS AUTORAS Amazonense de apenas 25 anos e Economista por formação, percebeu muito cedo que compreender as crianças é uma responsabilidade não apenas dos pais, mas de todos aqueles que convivem com elas. Entusiasta do Método Montessori há muitos anos, resolveu transformar a paixão em profissão e agora trilha um novo caminho na Pedagogia e na formação Montessori. Thaisa Maia @ V iv er M on te ss or i Para comprar com lojas parceiras e consultar cupons de desconto disponíveis: contato@vivermontessori.com https://www.facebook.com/vivermontessori/ https://www.instagram.com/vivermontessori/ https://www.youtube.com/channel/UCc2Lyqk7WpA8R5dBMJNz5_A https://vivermontessori.com/