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Anais Eletrônico ISBN 978-65-5615-164-9 X Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica III Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação UNICESUMAR - Universidade Cesumar ⅼ Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação ICETI - Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação EDUCAÇÃO PRESENCIAL E A DISTÂNCIA HOSPITAL COLÔNIA: O ÚLTIMO LEPROSÁRIO DO BRASIL Morgana Maia Silva1; Ana Lúcia Sales de Lima2 1Acadêmica do Curso de Licenciatura em História, UNICESUMAR – Universidade Cesumar, EAD. 1Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC8/ICETI-UniCesumar). morgana.maia1@gmail.com 2 Orientadora, Docente da UNICESUMAR, EAD. RESUMO Este estudo pretende-se analisar a política de isolamento compulsório imposta aos portadores de Hanseníase a partir de 1940, momento ao qual foi inaugurado o último leprosário do Brasil que é o principal objeto de nossa pesquisa. A partir disto, buscaremos entender os decretos governamentais que regiam esta política, bem como entender a reclusão, o estigma social, o abandono e a vivência destes pacientes dentro dos leprosários, em especial o Hospital Colônia de Itapuã – RS. Além disso, abordaremos o decreto federal de 1976 onde o isolamento foi substituído pelo tratamento ambulatorial com a intenção de mostrar que a hanseníase era uma doença como outra qualquer, não deixando de abordar e apontar as gestões governamentais onde as políticas de combate a lepra foram mais densas e significativas. Tentaremos esclarecer a complexidade deste tema visando obter respostas devido a relevância que este assunto representa para a população que habita os arredores do Hospital que é o principal objeto desta pesquisa. Lembrando ainda que o Hospital Colônia Itapuã foi o último leprosário a ser inaugurado no Brasil completando 80 anos de existência em 2020 e é o único que ainda esta em funcionamento, não como antigamente, mas nos reservando um valioso campo de investigação e servindo de lar de muitas pessoas que perderam o contato com seus familiares e recebendo desde 2017 alguns pacientes psíquicos do Hospital São Pedro de Porto Alegre RS. Para tanto será realizada uma análise de dissertações, teses e bibliografias que discutem esta temática de maneira geral, juntamente com as entrevistas que organizaremos com ex hansenianos curados e moradores dos arredores do Colônia com intuito de se descobrir como era viver isolado e marcado pela exclusão social. Espera-se que está pesquisa possa contribuir para o campo historiográfico gerando novas discussões e análises principalmente na premissa da História Oral e Regional, bem como apresentar a realidade marcada pela política de isolamento compulsória e como esta conduta governamental deixou cicatrizes psicológicas tanto nos pacientes que lotavam os leprosários, como em seus familiares que conviviam com a saudade de seus entes queridos e ao mesmo tempo com o estigma de ter um familiar com hanseníase. PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase; Isolamento Compulsório; Leprosário; Sociedade.
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