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[e-book] Tópicos Integradores I em Pedagogia EAD

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UNIDADE I
Tópicos Integradores I 
Pedagogia
1
TÓPICOS INTEGRADORES I 
PEDAGOGIA
UNIDADE I
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Caro (a) estudante,
Seja bem-vindo (a), a Disciplina de Tópicos Integradores I. A partir de agora, você irá rever alguns conteú-
dos sobre Políticas Públicas e Educação. Como assim rever conteúdo? Isso mesmo. Essa disciplina integra 
alguns conteúdos já trabalhados em diferentes disciplinas já cursadas por você.
Acaso, você se lembra das disciplinas que já estudou? Foram muitas, sim? Mas essa disciplina se debru-
çará sobre o que você estudou nas Disciplinas: Políticas Públicas e Educação, Organização e Legislação 
da Educação, Didática e Currículos, Programas e Projetos Pedagógicos.
Nesse Guia de Estudo da Unidade I, você irá rever os conteúdos que você aprendeu na Disciplina de Po-
líticas Públicas e Educação. Você lembra dos assuntos estudados? Sim, não? Eu te ajudo. Você estudou 
sobre educação e cidadania, sistema educacional brasileiro, políticas públicas educacionais.
Esses conteúdos foram fundamentais para que você compreendesse mais sobre o que são políticas públi-
cas e educação e sua importância para entender o sistema educacional brasileiro atual.
Inicialmente, você irá refletir, mais uma vez, sobre o que são políticas públicas e a educação e como as 
políticas educacionais devem estar comprometidas com a realidade do país.
Vamos começar?
Bons estudos!
2
POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO
Vamos conversar sobre o assunto? 
Você deve ter aprendido que as políticas públicas são planejadas e implementadas pelo Governo e que 
elas afetam todos os cidadãos. Mas, afinal o que são políticas públicas? Comumente políticas públicas 
são definidas por um conjunto de ações, programas, projetos e decisões tomadas pelos governos (federal, 
estadual e municipal) onde participam direta ou indiretamente entre privados e públicas e a sociedade 
civil.
Você deve estar se perguntando nesse momento, e para que servem as políticas públicas? Elas servem 
para assegurar os direitos para vários grupos na sociedade, direitos esses assegurados pela nossa Cons-
tituição Federal. Você deve se lembrar de algumas políticas públicas apresentadas a você na disciplina de 
Políticas Públicas e Educação, a saber, por exemplo:
1. Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério 
(FUNDEF) que
“foi instituído pela Emenda Constitucional n.º 14, de setembro de 1996, e regulamentado pela Lei n.º 
9.424, de 24 de dezembro do mesmo ano, e pelo Decreto nº 2.264, de junho de 1997. O FUNDEF foi 
implantado, nacionalmente, em 1º de janeiro de 1998, quando passou a vigorar a nova sistemática de 
redistribuição dos recursos destinados ao Ensino Fundamental.” 
2. O Programa Universidade para Todos (PROUNI) que 
“é um programa do Ministério da Educação, criado pelo Governo Federal em 2004, que concede bolsas de 
estudo integrais e parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior, em cursos de graduação e 
sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros, sem diploma de nível superior.” 
3. E o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) que 
“é um conjunto de programas que visam melhorar a Educação no Brasil, em todas as suas etapas, num 
prazo de quinze anos a contar de seu lançamento, em 2007. Pode-se dizer que nele estão fundamentadas 
todas as ações do Ministério da Educação (MEC). A prioridade do plano é a Educação Básica, que com-
preende a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. ”
A definição de políticas públicas assume dois diferentes sentidos. Isso mesmo, dois sentidos. Um se 
refere ao Governo decidir ou não a fazer ou não algo por meio das políticas. O outro sentido é quando o 
Governo ao decidir fazer cria programas, projetos e atividades para executar. 
Além disso, você também aprendeu na disciplina sobre Políticas Públicas e Educação que cada governo 
tem seus projetos e a partir delas as políticas públicas são criadas. Mas resumidamente, as políticas 
públicas são uma resposta do Estado às necessidades do coletivo.
Bem, agora você vai rever os principais conteúdos trabalhados na disciplina sobre Políticas Públicas e 
Educação. 
3
Educação e cidadania
Você já sabe que o direito a educação é assegurado pela Constituição Federal (1988). Isso acarretou num 
aumento significativo da educação básica no Brasil, oferecido, principalmente, pela rede pública de ensi-
no (federal, municipal e estadual). 
Antes desse direito universal ser assegurado a educação, em 1948 a Organização das Nações Unidas 
(ONU), aprovou em uma assembleia a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esse documento é um 
marco na história dos direitos humanos mundial. Foi elaborada por representantes de diferentes países 
e já foi traduzida em mais de 500 idiomas. Ela delineia os direitos básicos defendendo a igualdade e a 
dignidade das pessoas. 
Você estudou que os direitos humanos são universais, o que significa que todas as pessoas, independente 
da sua condição social, raça ou gênero tem direito. Além disso, você aprendeu também que há diferentes 
e sucessivas gerações de direitos humanos (direitos de primeira geração, de segunda, de terceira e de 
quarta geração).
A Constituição Federal brasileira tornou lei a proteção dos direitos humanos. A partir de então, a educa-
ção também foi considerada um direito humano. Em seu Art. 205
“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada 
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. ” 
E em seu Art. 206, afirma que 
“Art. 206.  O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
  I -  igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
        II -  liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a 
arte e o saber;
        III -  pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino;
        IV -  gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
        V -  valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma 
da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de 
provas e títulos, aos das redes públicas;
        VI -  gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
        VII -  garantia de padrão de qualidade;
        VIII -  piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação 
escolar pública, nos termos de lei federal. ”
Além desses Artigos, há um terceiro igualmente importante para refletirmos sobre o direito a educação 
no Brasil: 
4
“Art.  208.  O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a 
garantia de:
        I -  educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) 
anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela 
não tiveram acesso na idade própria;
        II -  progressiva universalização do ensino médio gratuito;
        III -  atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino;
        IV -  educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) 
anos de idade;
        V -  acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação 
artística, segundo a capacidade de cada um;
        VI -  oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
        VII -  atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, 
por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, 
alimentação e assistência à saúde.
    § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
       § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua 
oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
    § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, 
fazer-lhesa chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência 
à escola. ”
DICAS
Entre os eventos mundiais e nacionais relativos à educação e aos direitos humanos nos 
séculos XX e XXI, resgatamos um muito importante para que você reflita mais uma vez, 
que é o direito educacional garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). 
Em seu Art 2º. Afirma que a educação é um dever de todos. 
“Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princí-
pios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalida-
de o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho. ”
No entanto, nem sempre há a garantia efetiva desses direitos. Como assim? Se é um direito deve ser 
assegurado. Nesse sentido, há instrumentos jurídicos que asseguram os direitos dos cidadãos. 
5
VISITE A PÁGINA
Acompanhe este caso e saiba mais sobre os deveres do Estado 
em relação às crianças e adolescentes. Clique aqui.
 
Você percebeu que existe as leis, mas isso nem sempre assegura os direitos. No entanto, a justiça cria 
outros mecanismos para que os cidadãos busquem os seus direitos. Por falar em cidadãos, está na hora 
de falarmos um pouco sobre cidadania.
CIDADANIA
Com certeza você já conhece o termo cidadania e já exerceu a sua em diferentes contextos: quando vota, 
quando paga seus impostos, etc. Cidadania nada mais é, de maneira resumida, a condição de uma pessoa 
de gozar dos seus direitos e deveres que lhe permitem participação na vida que é investida de direitos e 
deveres civis, políticos e sociais.
Esses direitos e deveres são exercidos por qualquer cidadão que vive em sociedade. E variam de uma na-
ção para outra. Diferente dos direitos humanos que são direitos universais. A cidadania tem relação direta 
com o agir e participar enquanto os direitos humanos são vistos como função de defesa, de prestação de 
serviço e também de participação social. Na verdade, o que aproxima a cidadania dos direitos humanos é 
o direito de exigir dos governos a implementação dos direitos fundamentais.
No Brasil muitos foram os avanços para a garantia dos direitos. Quem não lembra que as mulheres obtive-
ram o direito a votar muito depois dos homens? Assim como as mesmas condições de trabalho e salários? 
Com relação a essa última questão ainda hoje há diferenças. 
VISITE A PÁGINA
“Mulheres ganham menos que os homens em todos os cargos, diz 
pesquisa” para saber mais, clique aqui.
Bem, até o momento você conheceu um pouco mais sobre políticas públicas, direitos humanos e cidada-
nia. E sabendo dos direitos a educação e os direitos universais estabelecidos pela Constituição Federal, 
pela LDB e pela declaração universal dos direitos humanos, você é capaz de refletir ainda mais sobre a 
finalidade da educação, o significado de direitos humanos e cidadania e suas diferenças e a relação direta 
entre cidadania e educação.
Que tal um desafio?
1. De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF) e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB), o ensino deve ser ministrado baseado, entre outros princípios, no princípio da igualdade 
de condições para o acesso e a permanência na escola?
2. Analisando os princípios norteadores do ensino brasileiro relacionados no art. 206 da CF, são 
princípios norteadores do ensino público brasileiro a valorização dos profissionais da educação escolar 
pública e o piso salarial nacional?
3. Baseando-se no disposto na Constituição Federal de 1988 (CF) acerca da educação, o Estado 
deve garantir o atendimento educacional especializado a pessoas com deficiência, preferencialmente 
na rede regular de ensino?
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/mulheres-ganham-menos-do-que-os-homens-em-todos-os-cargos-diz-pesquisa.ghtml
6
4. Sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ela prega os ideais de liberdade, igual-
dade e fraternidade?
5. Com relação às características fundamentais dos direitos humanos, seria alienabilidade, uni-
versalidade ou soberania estatal?
6. O termo cidadania é muito usado por políticos, diretores, sociólogos e professores, mas de fato, 
qual o significado real de ser um cidadão? É ter direito apenas ao voto? É ser responsável pela escolha 
de um dirigente para o país? É ter consciência crítica sobre seu papel na sociedade? Parte inferior do 
formulário
Agora você conhecerá alguns fatos que trazem exemplos de desrespeito aos direitos humanos universais:
VOCÊ SABIA?
“Pecado nefando” era expressão correntemente utilizada pelos inquisidores para a sodo-
mia. Nefandus: o que não pode ser dito. A Assembleia de clérigos reunida em Salvador, 
em 1707, considerou a sodomia “tão péssimo e horrendo crime”, tão contrário a lei da 
natureza, que “era indigno de ser nomeado” e, por isso mesmo, nefando.
NOVAIS, F.; MELLO E SOUZA L. História da vida privada no Brasil. V. 1. São Paulo: Compa-
nhia das Letras. 1997 (adaptado).
Sistema Educacional Brasileiro
Caro (a) estudante, no módulo anterior você viu o que eram as políticas públicas e educação. Agora você 
vai conhecer um pouco mais sobre o Sistema Educacional Brasileiro. O dicionário brasileiro define sistema 
como um “conjunto de elementos, concretos ou abstratos, intelectualmente organizados” e também como 
um “conjunto das instituições econômicas, morais, políticas de uma sociedade, a que os indivíduos se 
subordinam”.
Partindo dessa definição, podemos afirmar que um sistema é uma forma de como se organiza algo. Portan-
to, o Sistema Educacional Brasileiro é a forma de como se está organizado a educação regular no Brasil.
VOCÊ SABIA?
O Sistema Educacional do Japão é considerado o melhor do mundo. Voltando ao assun-
to sobre o Sistema Educacional... Para começo de conversa, a grande maioria dos paí-
ses do mundo possuem um Sistema Educacional, muitos foram testados e redefinidos 
ao longo dos anos, procurando bons resultados para formar cidadãos.
Um pouco de história
A Constituição de 1946, já trazia a necessidade de uma atualização das leis educacionais brasileiras, 
especialmente por conta do momento econômico e político que atravessava o país nessa época. Em 1961 
foi aprovada a primeira lei que estabelecia as diretrizes e bases da educação nacional. 
Atualmente, as principais leis que regulamentam o sistema de ensino no Brasil são a Constituição Fede-
ral de 1988, incluindo a Emenda Constitucional nº 14 de 1996 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB), que foi instituída pela lei nº 9394 de 1996. 
???
???
7
O que essas leis definem e regulam o Sistema Educacional Brasileiro? Primeiramente, o Sistema Educa-
cional Brasileiro está organizado por sistemas de ensino da União, Estados e Município e do Distrito Fe-
deral. Essas leis estruturam todo o sistema, instituiu a educação básica composta por (educação infantil, 
ensino fundamental e ensino médio) e a educação superior. 
Cada composição dessas tem sua duração específica e é de competência dividida. Como assim? Compete 
aos municípios atuar sobre o ensino fundamental e na educação infantil e aos estados e o Distrito Federal 
o ensino fundamental e médio. Já ao Governo Federal organiza a educação superior.
Apesar da atuação ter competências definidas, cabe ao poder público garantir a oferta e sendo o ensino 
fundamental obrigatório e gratuito.
VISITE A PÁGINA
Consulte a LDB, clicando aqui. 
Que tal um outro desafio? 
1. O que a LDB 9394/96 instituiu?
2. De acordo com a LDB 9394/96, existem algumas finalidades do ensino médio. Você conhece 
alguma delas?
3. Conforme a LDB 9394/96, o que é de incumbência dos Estados?
Políticas Públicas Educacionais
No tópico anterior você aprendeu sobre o Sistema Educacional Brasileiro, como se organiza e o que 
compete a cada ente federado. Nesse tópico, você estudará sobre as políticas públicas educacionais 
brasileiras, mais detalhadamente. 
Você já aprendeu o que são políticas públicas e que elas são de responsabilidades do Estado e que se 
estabelecem a partirdo processo de decisão que derivam nas normas e nas leis. Agora você irá conhecer 
um pouco mais sobre as políticas educacionais. 
Inicialmente as políticas educacionais pertencem ao grupo de políticas sociais, que “determinam o padrão 
de proteção social implementado pelo Estado, voltadas em princípio, à redistribuição dos benefícios so-
ciais. ” (INEP, 2006, p. 165). A educação é considerada um desses benefícios, um direito.
Para a garantia do atendimento a esse direito é que são criadas as políticas educacionais. A políticas 
educacional brasileira deve respeitar o direito de cada indivíduo, assegurando o bem comum. 
A construção de uma política não é simples, sua elaboração depende de uma série de fatores, em especial 
a prioridade para o poder público, o reconhecimento do problema que quer solucionar, com apresentação 
de soluções e alternativas de planejamento, entre outras coisas.
No caso brasileiro, um dos documentos importantes para a base da política educacional brasileira, foi o 
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932, que trouxe as dificuldades educacional do Brasil.
http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/529732/lei_de_diretrizes_e_bases_1ed.pdf
8
VOCÊ SABIA?
Leia o documento disponível nesse link. Esse documento definiu prioridades e metas 
educacionais necessárias para a melhoria educacional, uma vez que regulava a situa-
ção educacional do Brasil. Além disso, esse documento serviu de inspiração para a ela-
boração da política educacional brasileira, como a LDB de 1961 e suas reformulação, 
até a criação da LDB de 1996, por exemplo.
Você sabia que as políticas públicas educacionais podem ser políticas de Governo ou de Estado? Sim, 
isso mesmo. Há uma clara distinção. As políticas de Governo são aquelas políticas que o Poder executivo 
decide implementar a partir das demandas das agendas políticas internas ou internacionais, elas têm um 
período mais curto e mais simples e ficam sob a responsabilidade dos próprios ministérios. Quando existe 
uma mudança de governo essas políticas podem ser descontinuadas.
Já as políticas de Estado são aquelas que envolvem mais de uma agência do Estado e que passam por 
outras instâncias governamentais. Além disso, as políticas de Estado envolvem diferentes setores da 
sociedade e mudanças de outras normas já estabelecidas, e após a sua elaboração e implementação 
compõem a política do país.
VISITE A PÁGINA
Primeiro clique aqui. Voltando ao assunto... você conhece as principais políticas pú-
blicas educacionais brasileiras? No livro da disciplina Políticas Públicas e Educação na 
unidade III, você aprendeu que as bases que compõem a política pública educacional 
brasileira, são: a Constituição Federal de 1988, as LDBs de 1961, de 1971 e de 1996, 
e nas legislações especificas (planos e programas educacionais do governo federal).
Em seguida foi detalhado para você as principais ações e os programas educacionais de diferentes go-
vernos. Independente dos governos, há ainda algumas políticas públicas vigentes que compõe a políticas 
educacional brasileira. Vamos recordá-las?
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUN-
DEF) – seria o caixa central que é responsável para redistribuições dos recursos federais, estaduais e 
municipais que são destinados ao ensino fundamental. Os recursos são repassados automaticamente aos 
estados e município, sendo a distribuição feita pelo número de alunos matriculados. 
A essa altura você deve estar relembrando ou se perguntando sobre, de onde vem esse dinheiro? O FUN-
DEF é composto por 15% do valor dos impostos estaduais e municipais arrecadados no País e por uma 
complementação do Governo Federal. Os recursos desse Fundo devem ser utilizados exclusivamente na 
manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e, especialmente, na valorização do seu magis-
tério.
Fundo de Fortalecimento da Escola (FUNDESCOLA) – criado para melhorar a qualidade do ensino fun-
damental, para ampliar o acesso e a permanência do aluno na escola, especialmente para crianças das 
escolas públicas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Esse Fundo é financiado com os recursos 
provenientes do Governo Federal e do Banco Mundial. Por ser um conjunto de ações, o Fundescola traz 
projetos e planos, dentre eles o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), que será a próxima política a 
ser destacada. 
Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) – é um plano da escola, onde a comunidade escolar coloca 
???
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp
9
o conjunto das ações a serem realizadas pela escola, incluindo o Projeto Político Pedagógico e o cálculo 
com os gastos dos recursos necessários. O PDE é elaborado pela escola para ser desenvolvido por um 
período de cinco anos e deve ser aprovado pela comunidade escolar.
VOCÊ SABIA?
Clique aqui. Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) – tem o objetivo de corrigir 
os caminhos das transferências de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento 
da Educação (FNDE). Agora clique aqui o link. O PDDE foi criado para que o dinheiro 
pudesse chegar diretamente as escolas públicas estaduais e municipais do ensino fun-
damental, afim de que as necessidades mais imediatas para manutenção da unidade 
escolar fossem atendidas, assim como para o desenvolvimento dos seus projetos.
Bolsa Escola – criado para que as crianças pudessem estar na escola, uma vez que as tirava das ruas ou 
do mercado de trabalho, devolvendo a oportunidade de estudarem. Esse programa distribui renda o que 
possibilitava a substituição da renda que poderia ser conseguida pelas crianças na rua. Há critérios para 
a escolha das famílias selecionadas e a faixa etária das crianças atendidas é de 6 a 15 anos.
Plano Nacional de Educação (PNE) – plano que tem o período de execução de 10 anos, por isso também 
é conhecido como Plano Decenal de Educação para Todos. Esse plano estabelece diretrizes, objetivos 
e metas para todos os níveis de ensino. Tem o objetivo de formar e valorizar os magistérios e para o 
financiamento e a gestão da educação. O plano traz sete objetivos para o desenvolvimento da educação 
básica brasileira. 
VISITE A PÁGINA
Clique aqui.
Aprofundando o assunto 
No tópico anterior você estudou sobre as políticas públicas educacionais e conheceu algumas das mais 
importantes e vigentes. Agora você vai estudar mais sobre a o Plano Nacional de Educação (PNE), por 
tratar-se de uma lei ordinária que possui a vigência de 10 anos, contado a partir de 26 de junho de 2014, 
prevista no artigo 214 da Constituição Federal.
O plano Nacional de Educação estabelece metas, diretrizes e estratégias que devem ser concretizadas 
no campo educacional. Para um melhor entendimento do plano, é importante que você conheça, dentre 
outras coisas, as suas diretrizes.
VOCÊ SABIA?
O que são diretrizes? Segundo o dicionário brasileiro online, Diretrizes “são orienta-
ções, guias, rumos. São linhas que definem e regulam um traçado ou um caminho a 
seguir. ” E ainda que “Diretrizes são instruções ou indicações para se estabelecer um 
plano, uma ação, um negócio, etc. No sentido figurado, diretrizes são as normas de 
procedimento. ”
Bom, agora que você já sabe o que são diretrizes, irá conhecer as diretrizes do Plano Nacional de Educa-
ção (2014-2024):
???
???
http://www.fnde.gov.br/
10
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradi-
cação de todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se 
fundamenta a sociedade;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção 
do Produto Interno Bruto - PIB,que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de 
qualidade e equidade;
IX - valorização dos (as) profissionais da educação;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade 
socioambiental.
Após a definição das diretrizes, para uma melhor execução do Plano foi necessário estabelecer algumas 
metas. Acredito que você sabe o que é meta e que já determinou algumas para a sua vida. As imagens a 
seguir te ajudam a refletir o que é uma meta:
Independentemente de qualquer definição, você deve saber que as metas devem ser atendidas. 
Para seu conhecimento, o Plano Nacional de Educação tem 20 metas. Achou muita? Lembre-se, que é 
para serem alcançadas ao logo de 10 anos. Você conhece alguma das metas do Plano? Você sabia que as 
metas do Plano Nacional de Educação estão divididas por prioridade de garantias dos direitos?
Veja a seguir:
 
11
METAS ESTRUTURANTES PARA A GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO BÁSICA 
COM QUALIDADE
Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) 
anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% 
(cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. 
Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (qua-
torze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa 
na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.
Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezes-
sete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino 
médio para 85% (oitenta e cinco por cento). 
Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental. 
Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas 
públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação 
básica. 
Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do 
fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos 
anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio. 
Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e 
três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfa-
betismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional. 
Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adul-
tos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. 
Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade 
da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.
METAS PARA À REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES E À VALORIZAÇÃO DA DIVER-
SIDADE
Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtor-
nos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao 
atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de 
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços espe-
cializados, públicos ou conveniados. 
Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a 
alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações 
do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e 
igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística – IBGE.
12
METAS PARA A VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
pios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da 
educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, 
assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica 
de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação 
básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação 
básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contex-
tualizações dos sistemas de ensino.
Meta 17: valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de forma a 
equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final 
do sexto ano de vigência deste PNE.
Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais 
da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos(as) 
profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, 
definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.
METAS REFERE-SE AO ENSINO SUPERIOR
Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa 
líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegu-
rada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, 
no segmento público.
Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo 
docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por 
cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.
Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir 
a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.
Como você pode perceber o PNE através de suas metas, visa garantir uma educação acessível e de quali-
dade da educação básica ao ensino superior. Além disso, detalhado para você algumas políticas públicas 
educacionais vigentes e importantes para o desenvolvimento da educação no Brasil. 
PRATICANDO
E agora, você está preparado para um último desafio?
1. Você seria capaz de apontar na relação abaixo o que não é uma política educacional? 
O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
O Programa Universidade para Todos (PROUNI).
13
O Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 
O Conselho Nacional de Educação (CNE). Parte inferior do formulário
2. Entre os objetivos do PNE, está a melhoria da qualidade de ensino?
3. Cite algumas Diretrizes do PNE 2014-2024.
4. A necessidade de constituição de conselhos escolares está prevista no PNE?
5. O que é Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)?
6. Você sabe quais são os eixos norteadores dos programas do Plano de Desenvolvimento da 
Educação (PDE)?
7. O que você achou das diretrizes e metas do Plano Nacional de Educação? 
8. Para você os maiores problemas da educação brasileira foram contemplados? 
9. Há metas mais urgentes que outras? 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.  
- INEP/MEC. Enciclopédia de pedagogia universitária: glossário vol. 2 / Editora-chefe: Marilia Costa Mo-
rosoni. – Brasília: InstitutoNacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2006.
- MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete sistema educacional brasilei-
ro. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em: 
<http://www.educabrasil.com.br/sistema-educacional-brasileiro/>. Acesso em: 11 de abr. 2018.
PALAVRAS FINAIS
 Olá, aluno (a)!
Chegamos ao término do conteúdo da nossa primeira unidade de Tópicos Integradores I – Pedagogia.
Espero que os conhecimentos repassados contribuam para a sua formação profissional. 
Não se esqueça de fazer as atividades avaliativas disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem 
(AVA). Elas são importantes para consolidar o aprendizado. 
Caso você tenha alguma dúvida, não deixe de entrar em contato com o seu tutor. Ele está à sua disposição 
para orientá-lo (a) no que for necessário.
Nos encontramos na próxima unidade.
Até lá!
UNIDADE II
Tópicos Integradores I 
Pedagogia
1
TÓPICOS INTEGRADORES I 
PEDAGOGIA
UNIDADE II
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Caro(a) estudante,
Seja bem-vindo(a) a segunda unidade da disciplina de Tópicos Integradores I. A partir de agora, você irá 
rever alguns conteúdos sobre Didática. Como já explicado no Guia 1, esta disciplina integra alguns conte-
údos já trabalhados em diferentes disciplinas já cursadas por você.
Agora você irá aprender mais sobre o que você estudou na disciplina de Didática. Começaremos lem-
brando a você sobre o que estudou nas Unidades constantes do livro de Didática, que foram: Educação e 
Didática, Teorias Pedagógicas, Cultura da Escola e Legislação Educacional, Objetivos de Ensino e Seleção 
dos Conteúdos Escolares e Aprendizagem dos Conteúdos.
Estes conteúdos ajudarão você a compreender melhor o processo de ensino e aprendizagem em seus 
aspectos didáticos-pedagógicos e pressupostos sociopolíticos. 
Vamos começar?
Bons estudos!
2
DIDÁTICA
Vamos conversar sobre o assunto?
Se você chegou até aqui, falando de ser estudante de um curso superior, com certeza você já teve inú-
meros professores ao longo de toda a sua trajetória como estudante. Agora que você está cursando um 
curso na área educacional você deve ter escutado muito seus colegas falarem “esse ou aquele professor 
não tem didática”.
Você deve se lembrar de aulas em que aprendia com mais facilidade e outras em que você demorava mais 
a entender e aprender. Além disso, você deve ter comparado a maneira de ensinar de um professor com 
outro e já ter comentado que um professor é melhor que o outro. Isso tudo tem relação com didática.
Como assim? Isso mesmo. A didática tem como objeto o ensino, então tudo que envolve a maneira de 
ensinar e aprender os conteúdos têm a ver com didática. 
Educação e Didática 
Mas, afinal, o que é didática? O livro de estudo da Disciplina de Didática, na unidade I trazia, inicialmente, 
dois conceitos sobre didática, um afirmava ser a técnica de ensinar e o outro que era parte da pedagogia 
que estudava as normas científicas da atividade educativa. 
Para Libâneo (1990), a didática é uma “teoria de ensino” que transforma diferentes objetivos pedagógi-
cos, sociais e políticos em objetivos de ensino. Como isso é possível? Quando o professor seleciona os 
conteúdos e métodos de ensino em função dos objetivos de ensino, objetivos esses, que ele escolhe para 
que ele ensine, mas que os estudantes aprendam, considerando a capacidade de cada um deles.
Você deve estar se perguntando: como é isso na prática? Possível, impossível, fácil, difícil? Em primeiro 
lugar, é preciso que o professor analise a realidade de ensino na qual ele está inserido. Ao fazer isso, o 
professor prepara melhor o conteúdo que ele sabe (que recebeu ou estudou) para ensinar. 
O segundo passo então seria pensar, do ponto de vista do que vai ensinar: para quem irei ensinar? O 
que ensinar? Como ensinar? Por que ensinar esse conteúdo? Sem dúvida são muitas coisas a se pensar, 
mas elas ajudam o professor a refletir sobre os processos de ensino-aprendizagem e sobre sua prática 
pedagógica.
No entanto, caro(a) estudante, trazemos um alerta a vocês: não se trata de uma técnica ou seguir os 
“passos” ditos anteriormente, você estará fazendo didática! Não, não. A didática não deve nunca ser 
interpretada como uma mera prática tecnicista. Pois, ela não é. Até porque as pessoas não aprendem do 
mesmo modo.
A didática é acima de tudo uma análise reflexiva das técnicas e estratégias adotadas pelos professores 
para ensinar e que as mesmas podem sofrer mudanças, críticas, questionamentos e reformulações a me-
dida em que o professor percebe que os estudantes não estão aprendendo. Ou seja, a didática é a teoria 
geral do ensino.
Mas, o que é ensinar? Parece uma pergunta óbvia, tendo em vista que nós ensinamos todo o tempo assim 
como aprendemos e fomos ensinados. Porém, agora devemos refletir sobre o que é ensinar do ponto de 
vista da prática pedagógica.
3
A compreensão mais comum é a que ensinar, segundo Houaiss (2001), significa “repassar (a alguém) 
ensinamentos sobre (algo) ou sobre como fazer (algo); doutrinar, lecionar”. No entanto, se analisamos a 
origem da palavra no latim veremos que ensinar é “pôr uma marca, distinguir, assinalar”.
Sendo assim, a didática é um estudo reflexivo que auxiliam os profissionais do ensino a escolherem quais 
métodos e estratégias de ensino devem ser utilizadas para ensinar algo, considerando o para quem, por-
quê, para quê e qual conteúdo.
 
VOCÊ SABIA?
Que a palavra didática, etimologicamente, se originou a partir do francês didactique e 
que, por sua vez, surgiu do grego didaktiké, que pode ser traduzido como “arte de en-
sinar”.
PRATICANDO
Agora, que tal um desafio? 
1. Você afirma que didática:
•	 Estuda a finalidade da educação;
•	 Estuda a teoria geral do ensino;
•	 Estuda os métodos de ensino de cada disciplina;
•	 Estuda a instrução e o ensino.Estuda a finalidade da educação;
•	 Estuda a teoria geral do ensino;
•	 Estuda os métodos de ensino de cada disciplina;
•	 Estuda a instrução e o ensino.
VOCÊ SABIA?
Os filósofos da antiguidade em suas obras já faziam referências à forma de como 
deveria ser ensinado alguma coisa. Mas, foi na obra de Comênio (considerado o pai 
da didática moderna) intitulada “Didática Magna: Tratado da arte universal de ensinar 
tudo a todos” que surge a didática. Quer saber mais sobre essa obra? 
VISITE A PÁGINA
Comênico é considerado o pai da didática moderna. Para saber 
mais sobre sua vida clique aqui.
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???
https://novaescola.org.br/conteudo/184/pai-didatica-moderna-filosofo-tcheco-comenio
4
Elementos Estruturantes da Didática
Caro(a) estudante, no módulo anterior você viu o que é didática. Agora você vai conhecer um pouco mais 
sobre os elementos que a estruturam. Por que é importante que você saiba isso? Ora, sendo a didática a 
ciência do ensino, é fundamental conhecer o conjunto de atividades que o compõem. 
Você viu no Livro da disciplina Didática que o ensino é o objeto de estudo da didática, isso implica afirmar 
que a didática se importa com o ensino. No livro você também estudou que o ensino é composto por uma 
série de itens, e que eles estão relacionados à relação entre professores e alunos. 
Agora você saberá quais são os elementos que estruturam a didática. Você já conhece? Sim, não, alguns? 
Bem, os elementos que estruturam a didática são basicamente: os objetivos, os conteúdos, os métodos, 
os meios (recursos, relação professor-aluno) e as avaliações. 
Esses elementos formam uma base para que o professor garanta a relação entre ensino e aprendizagem. 
Você já vivenciou ou tomou conhecimento de que aconteceu com alguém de não ter conseguido aprender 
muito em alguma aula ou curso? 
Bom, isso às vezes acontece quando o professor não consegue controlar o processo de ensino, seja pela 
falta de domínio do conteúdo ou falta de estímulo das atividades e competência dos estudantes, uma vez 
que, os mesmos também são responsáveis pela sua aprendizagem e pela vontade e intençãode aprender.
É condição obrigatória do processo de ensino, portanto, o professor precisa saber compreender como as 
pessoas aprendem e quais condições e contextos influenciam o aprendizado. 
Você deve ter percebido que alunos e professores formam elementos fundamentais para que a aprendiza-
gem aconteça. Mas não são os únicos, além desses ainda temos outros: conteúdos, métodos, disciplinas, 
etc.
DICAS
Você conhece filmes sobre estudantes e professores que são desafiados a ensinar e aprender em contex-
tos de violência, repressão ou pobreza? A seguir, alguns deles: 
1. Meu mestre, minha vida; 
2. Nenhum a Menos; 
3. Preciosa – Uma história de esperança; 
4. Mentes Perigosas;
5. Escola de Rock;
6. Sociedade dos poetas mortos;
7. Ao Mestre, com Carinho;
8. Escritores da Liberdade; 
9. Professor Godoy; 
10. Entre os Muros da Escola; 
5
11. Verônica;
12. O Sorriso de Monalisa; 
13. Gênio Indomável;
14. Pro Dia Nascer Feliz.
Viu, quantos filmes sobre como ensinar, aprender e professores brilhantes? A vida imita a arte ou seria a 
que arte imita a vida? 
Processos de ensino e atividades docente 
Você já deve conhecer a palavra processo ou já deve ter escutado e falado muitas vezes ao longo de sua 
vida. Mas, você parou para refletir sobre o seu significado? 
Os dicionários dizem que processo é um termo que indica ação. Mas é bom que você saiba que todo 
processo deve avançar, seguir em frente. E isso só é possível quando um conjunto de ações, que tem 
objetivos em comum, acontecem.
Em se tratando de processo de ensino, os professores devem adotar um conjunto de ações para desem-
penhar sua função que é ensinar. Uma das principais atividades docentes é dar aulas. Mas, uma aula 
não surge do nada, é preciso que o professor se planeje. E também o processo precisa entender o como 
funciona o processo de ensino-aprendizagem.
O professor ensina algo para além aprender. Você lembra que no livro da Disciplina Didática você estudou 
sobre os processos de ensino e as concepções de aprendizagem? Lá havia descrito as cinco principais 
abordagens para entender o processo de ensino-aprendizagem. Você consegue lembrar de alguma delas? 
Vamos lá, eu te ajudo! 
Abordagem tradicional
Ela se fundamenta nas teorias que podem ser empiricamente validadas. É a mais antiga e ainda é bas-
tante utilizada. Ela considera o sujeito um receptor passivo das informações. O mundo a realidade que o 
sujeito deve conhecer. O conhecimento é algo armazenado, acumulado e transmitido. A educação é um 
produto com modelo pré-estabelecido que transmite ideias já escolhidas e que são organizadas numa 
lógica. O professor é o detentor e transmissor do conhecimento é o agente. O estudante é um ser passivo 
que repete automaticamente as informações prestadas pelo professor, é o ouvinte. A metodologia se 
baseia em aulas expositivas onde o professor traz o conteúdo pronto e o estudante só escuta. A avaliação 
visa a reproduzir os conteúdos dados pelo professor em sala.
 
VOCÊ SABIA?
Empirismo: 1. “Doutrina segundo a qual todo conhecimento provém unicamente da experiência, limitando-
-se ao que pode ser captado do mundo externo, pelos sentidos, ou do mundo subjetivo, pela introspecção, 
sendo ger. descartadas as verdades reveladas e transcendentes do misticismo, ou apriorísticas e inatas 
do racionalismo. 2. Atitude de quem se atém a conhecimentos práticos.”
Conhecimento: 1. “Ato ou faculdade do pensamento que permite a apreensão de um objeto, por meio 
de mecanismos cognitivos diversos e combináveis, como a intuição, a contemplação, a classificação, a 
???
6
analogia, a experimentação etc.” 2. “Ato ou efeito de conhecer.” 3. “Domínio, teórico ou prático, de uma 
arte, uma ciência, uma técnica etc.”
Segunda abordagem, a comportamentalista 
Se fundamenta no objeto do empirismo: experiência e experimentação. Ela considera o sujeito uma con-
sequência de todas as influências ou forças do meio em que vive. O mundo é construído e o homem é 
produto do meio e que esse meio pode ser manipulado assim como o comportamento humano. O conheci-
mento é a experiência planejada. A educação é a transmissão cultural das coisas. O professor é o respon-
sável pelo planejamento e desenvolvimento as atividades. O estudante é um controlador do seu processo 
de ensino, é o receptor de informações e reflexões. A metodologia é inovadora, já recomendava o uso das 
tecnologias educacional. Além disso, as estratégias de ensino e o relacionamento professor-aluno eram 
priorizados. A avaliação visa constatar se o estudante aprender e atingiu aos objetivos propostos.
 
Terceira abordagem, a humanista 
O ensino é centrado no aluno. Ela considera o sujeito como um ser único e busca realização plena. O mun-
do é subjetivo uma vez que os homens reconstroem o mundo partindo de sua percepção e experiências. 
O conhecimento é construído a partir de cada experiência vivenciada pelo sujeito e deve ser socializado. 
A educação é ampliada uma vez que se preocupa com a formação do homem como um todo. O professor 
é o responsável pela proposição de problemas, para que os estudantes resolvam, sem apresentação de 
soluções prévias. O estudante é um ser ativo e se envolve em todas as atividades básicas. A metodologia 
o professor é o responsável pelo desenvolvimento de um estilo próprio para ensinar. A avaliação visa 
constatar se o estudante aprender e atingiu aos objetivos propostos.
Quarta abordagem, a cognitivista
Está centrada no homem e sua interação com o meio. Ela considera que a interação entre o sujeito e 
o mundo é responsável pela produção do conhecimento. O conhecimento é construído continuamente 
partir de formação de novas estruturas a partir de diferentes estágios que o sujeito vivencia. A educação 
é responsável pela aprendizagem do estudante provocando situações que os desequilibre para que ele 
descubra quais operações e ações deva tomar. O professor é um propositor de problemas. O estudante um 
ser ativo busca soluções a partir da interação com o meio e os demais. A metodologia não traz modelos 
prontos, o aluno deve experimentar, o trabalho em equipe é fundamental uma vez que o fator social é 
condição para o desenvolvimento. A avaliação visa a aprendizagem, o erro é considerado para reorientar, 
o controle da aprendizagem é “medida” a partir de diferentes critérios.
Quinta abordagem, a sociocultural
O ensino busca democratizar a cultura. Ela considera o sujeito e o mundo são indissociáveis e o homem é 
o sujeito da educação. O conhecimento é a consciência das coisas e sobre elas. A educação é a relação 
da reflexão do homem e a análise do meio. O professor e o estudante são parceiros, não há hierarquias. 
São sujeitos ativos e dialógicos. A metodologia se baseia num tema gerador que explicite o pensamento 
do sujeito sobre a realidade. A avaliação visa a realização de uma autoavaliação ou avaliação mútua.
Agora você já sabe que as abordagens dos processos de ensino-aprendizagem são importantes para o 
trabalho docente. A abordagem escolhida ou assumida pelo professor irá influenciar o seu trabalho.
7
PRATICANDO
Agora que você já aprendeu muito, que tal um desafio? 
1. Na abordagem cognitivista da educação?
•	 O aluno tem um papel ativo no processo de ensino-aprendizagem;
•	 Os conteúdos assumem papel secundário o aprendizado é decorrente da assimilação do conhecimen-
to pelo sujeito e também da modificação de estruturas mentais já existentes as aulas expositivas são 
privilegiadas.
2. Qual abordagem de ensino que privilegia aspectos da personalidade do sujeito que aprende, onde 
o ensino é “centrado no aluno”?
•	 Humanista
•	 Cognitivista
•	 Interacionista
Na unidade anterior você estudou sobre o que era didática e sua relação com a educação, conheceu o 
objeto da didática e as abordagens do processo de ensino-aprendizagem. Agora você irá conhecer outros 
conteúdos que te ajudarão a refletir sobre prática pedagógica.
Tendências pedagógicas e a didática
Rapidamente, pense: o que são tendências? Pensou em moda, direção,rumo? É bem por aí a ideia. No 
caso das tendências pedagógicas, segue a orientação. 
Você lembra que estudou no seu livro da disciplina didática sobre as tendências pedagógicas? Na página 
43, o livro trazia um quadro com algumas abordagens dos processos de ensino-aprendizagem, dentre elas 
a que nós estudamos na unidade anterior. O quadro não dividia as abordagens em tendências. Aqui você 
irá conhecer a qual tendência pertence cada abordagem.
Primeiramente, você precisa saber que as tendências pedagógicas se dividem em duas: as liberais e as 
progressistas. Para as tendências pedagógicas liberais a escola tem a função de preparar os sujeitos para 
desempenhar os papéis sociais de acordo com suas aptidões individuais. Aqui, as desigualdades sociais 
não são consideradas. 
As tendências pedagógicas liberais são quatro:
1. Tradicional: Que você estudou na unidade anterior.
2. Renovada: Tem o objetivo de levar o estudante a aprender e construir seu conhecimento, levando 
em conta as fases do desenvolvimento. O professor é um elaborador de desafios de aprendiza-
gem. O professor atende as necessidades individuais dos estudantes.
3. Renovada não diretiva: Se preocupa com o desenvolvimento da personalidade do estudante. Os 
conteúdos são escolhidos de acordo com o interesse e motivação dos estudantes. Há afetividade 
na relação professor-aluno.
8
4. Tecnicista:  Busca modelar o indivíduo enfatizando a profissionalização para sua integração a 
sociedade. O professor é um reprodutor de conteúdos e o estudante um receptor de informações. 
A relação professor-aluno é profissional e interpessoal.
Para as tendências pedagógicas progressistas a educação possibilita que os indivíduos compreendam a 
realidade histórico-social de forma crítica, considera o sujeito como um construtor da sua realidade. Tem 
um caráter político e pedagógico. Está dividida em três tendências.
1. Libertadora: A educação é responsável por conscientizar e libertar os indivíduos. Transformação 
da realidade, para isso os conteúdos trabalhados devem ser retirados da prática social e do coti-
diano dos estudantes. Professor e aluno estão no mesmo patamar.
2. Crítico-social dos conteúdos: a escola é responsável pela apropriação do conhecimento por parte 
dos estudantes, essa apropriação deve ser crítica e voltado para o conhecimento científico e uni-
versal. A apropriação do saber deve ser uma prioridade para a classe trabalhadora. O estudante 
traz suas experiências e o professor sua visão da realidade, estabelecendo assim um método 
dialético.
Da mesma maneira Libâneo (1990) divide a pedagogia. Sendo a pedagogia liberal a que defende os 
interesses individuais e o sistema capitalista estabelece uma sociedade de classes. E a pedagogia pro-
gressista que busca eliminar o autoritarismo na educação, o aprendizado em grupo e se preocupa com a 
difusão da cultura.
VISITE A PÁGINA
Método dialético é uma metodologia científica. Para Platão, a dia-
lética era simplesmente a investigação racional de um conceito. 
Quer saber um pouco mais? Acesse este link. Boa leitura.
Agora, que tal um desafio? 
1.	 Quais são as tendências pedagógicas progressistas?
•	 A libertária, a renovada e a crítico-social dos conteúdos.
•	 Parte superior do formulário
•	 A libertadora, a libertária e a crítico-social dos conteúdos.
•	 A tradicional, a libertária e a tecnicista.
•	 A crítico-social dos conteúdos, a tecnicista e a renovada não diretiva.
•	 A renovada, a renovada não diretiva e a tecnicista.
2. São tendências pedagógicas liberais? 
•	 A tecnicista e a libertária. 
•	 A tradicional e a libertadora. 
•	 Parte superior do formulário
•	 A tradicional e a tecnicista.
•	 A renovada e a crítico-social dos conteúdos.
9
Objetivos de ensino
Na unidade anterior você aprendeu mais sobre as tendências pedagógicas, você percebeu que elas se 
dividem em dois grupos (liberais e progressistas). A partir de agora, você vai conhecer mais a respeito 
dos objetivos de ensino já destacados nesse guia anteriormente e também no livro da disciplina Didática.
Você lembra qual são os objetivos de ensino? Aqueles que compõem os elementos constitutivos da di-
dática? São eles: objetivo, conteúdos, métodos e avaliação. Para que servem esses elementos? Eles 
pressupõem um planejamento. 
Certamente, você conhece a palavra planejamento. Planejar significa prever ou antever algo. Na educa-
ção, você sabe o que é planejamento e para que ele serve? 
O planejamento na educação se chama planejamento pedagógico e serve para organizar as ações e ativi-
dades escolares durante períodos que podem ser mensais, semestrais ou anuais. Além disso, servem para 
melhorar o ensino e a aprendizagem.
Agora voltemos aos objetivos de ensino. O objetivo orienta as prioridades e os conteúdos a serem traba-
lhados com relação ao ensino, sistematizar o ato educativo. Você deve estar se perguntado se é necessá-
rio elaborar objetivos. Sim. O professor precisa ter clareza dos objetivos ao organizar e dar aulas.
Você agora irá conhecer mais sobre quais são os tipos de objetivos e como elaborá-los. Primeiramente, 
você deve saber que os objetivos não são soltos, eles estão contidos em planos maiores ou menores (de 
curso ou de aula, por exemplo). 
Os objetivos de ensino podem ser geral (o que se espera ao final ou longo prazo) e específicos (o que se 
espera imediatamente ou a curto prazo). Você sabia que os objetivos estão divididos em níveis? Sistema 
escolar, objetivos da escola, plano de ensino e plano de aula. Para saber mais sobre como redigir os obje-
tivos de ensino, releia o livro da disciplina Didática na página 91. 
Quanto aos conteúdos de ensino eles são um conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos 
que se organizam de maneira didática e pedagógica com o objetivo de que os estudantes aprendam e 
apliquem em suas vidas. Eles devem estar articulados entre o objetivo, conteúdos e métodos e devem ser 
assimilados pelos estudantes. 
Como você deve ter visto no livro da disciplina Didática, há critérios para a escolha de conteúdos, eles 
devem ser neutros, mas devem considerar o contexto dos estudantes e da aprendizagem. 
Já os métodos de ensino são os procedimentos a serem executados e planejados pelo professor, para 
mediar e intervir na sala de aula junto aos estudantes. Você sabia que os métodos de ensino só devem 
ser escolhidos depois da definição de objetivos, conteúdos, o contexto e as condições para realizar os 
procedimentos (recursos didáticos, tempo e estrutura).
Você já deve saber que há diferentes métodos de ensino. Cada um deles ajudam o professor a executar 
a aula, que podem ser expositivas-dialogadas, expositivas, trabalhos com texto, individuais ou em grupo. 
Há métodos tradicionais, ativos, audiovisuais, programados, etc. Eles se classificam em métodos que se 
baseiam em mecanismos individuais do ponto de vista do pensamento e métodos baseados na vivência 
social dos estudantes.
Por último, trazemos alguns esclarecimentos sobre a avaliação, primeiramente ela deve sempre orientar 
a aprendizagem. 
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Quem conhece essa frase muito antiga: “errar é humano”? E essa outra: “a prática leva a perfeição”? 
Acredito que todos nós. Pois é, errar faz parte da vida e aprendemos muito quando erramos. O erro é uma 
explicação! Como assim, aprendemos quando erramos e o erro é uma explicação? Ora, o erro nos ajuda 
a refletir sobre nossas hipóteses, redirecionando nossas decisões e escolhas, promovendo assim uma 
mudança de atitude frente ao problema.
O erro faz parte da vida e da construção da nossa aprendizagem, pois permite a articulação de novos 
saberes ao trazer à tona questões que devem ser consideradas e revisadas.
VEJA O VÍDEO!
Que tal assistir o vídeo sobre o tema? Acesse o link clicando aqui. 
(Duração 7:49)
Ele vai ajudar você a refletir sobre o significado do erro nesse no processo de ensino-aprendizagem. O ví-
deo traz a reflexão de que o erro não deve ser utilizado como uma fonte de castigo, pois o mesmo serve de 
ferramentapara autocompreensão do estudante sobre o que ele já sabe e o que ainda precisa aprender.
Na educação é comum a associação do erro ao fracasso e isso tem uma relação direta na formação da 
autoimagem do estudante, como estudado no módulo anterior. Se você quiser saber um pouco mais sobre 
isso pode consultar este livro: Erro e Fracasso na Escola Alternativas Teóricas e Práticas de Julio Groppa 
Aquino.
Uma forma de superar a associação do erro ao fracasso é evitar padronizar o estudante, o conteúdo, o 
saber fazer e ser. Como isso é possível?
Ao entendermos que o processo educacional envolve toda a integralidade do sujeito (aspectos cognitivos, 
afetivos, emocionais, afetivo e espiritual), a compreensão do significado do erro no processo de ensino-
-aprendizagem capacita o estudante a resolver os problemas e redirecionar as suas escolhas.
A avaliação da aprendizagem serve de suporte para o professor repensar a prática pedagógica. Cada ati-
vidade escolhida pelo professor deverá ter objetivos e critérios de avaliação, isso facilita a compreensão, 
por parte do estudante, sobre os objetivos de aprendizagem traçados pelos professores.
Você deve se lembrar das muitas vezes que foi avaliado. A avaliação de estudantes deve considerar 
certos critérios. Lembra de alguns deles? Caso não lembre, certamente vai identificar alguns dos critérios 
elencados abaixo: 
1. Pontualidade, assiduidade e participação nos debates e atividades diversas propostas, 
tanto individual como em grupo;
2. Construção teórica dos conteúdos de maneira coerente e coesa;
3. Sistematização e argumentação de ideias acerca dos conteúdos trabalhados a partir de 
recursos diversos;
4. Reflexões críticas desenvolvidas nas atividades;
5. Domínio temático da atividade de pesquisa, apresentação das ideias de maneira clara, 
concisa e objetiva e construção crítica dos resultados da coleta em campo.
https://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI
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Estes foram alguns dos critérios utilizados pelos professores ao longo da sua vida de estudante, incluindo 
este curso atual. 
PRATICANDO
E agora, que tal um desafio? 
O que é correto afirmar, quanto aos objetivos de ensino?
•	 Os objetivos gerais apresentam o projeto de ensino;
•	 Os objetivos específicos se observam a longo prazo;
•	 Os objetivos gerais são as metas traçadas pela escola.
Quanto ao estudo da Didática é correto afirmar que:
•	 É o processo de aprendizagem;
•	 É o planejamento de ensino;
•	 É a técnica do ensino;
•	 É o plano de aula.
É verdade que os objetivos de ensino orientam a escolha dos conteúdos e dos procedimentos pedagógi-
cos?
•	 Certo
•	 Errado
Bom, você aprendeu um pouco mais sobre didática. Viu que a mesma é um campo de estudo que discute 
as questões do ensino e da aprendizagem, sendo assim, pode ser definida como um ramo da ciência. Não 
se resumindo assim a prática de ensino, mas a compreender a relação entre professores, estudantes e 
conteúdo. 
12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítica-social dos conteúdos. 8. ed. 
São Paulo: Loyola, 1989.
SAVIANI. Dermeval. Escola e democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997.
PALAVRAS FINAIS
Olá, aluno(a)!
Chegamos ao término do conteúdo da nossa segunda unidade de Tópicos Integradores I – Pedagogia.
Espero que os conhecimentos repassados contribuam para a sua formação profissional. 
Não se esqueça de fazer as atividades avaliativas disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem 
(AVA). Elas são importantes para consolidar o aprendizado. 
Caso você tenha alguma dúvida, não deixe de entrar em contato com o seu tutor, ele está à sua disposi-
ção para orientá-lo(a) no que for necessário.
Nos encontramos na próxima unidade.
Até lá!
UNIDADE III
Tópicos Integradores I 
Pedagogia
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TÓPICOS INTEGRADORES I 
 PEDAGOGIA
UNIDADE III
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Caro (a) estudante,
Seja bem-vindo (a) à terceira unidade da Disciplina de Tópicos Integradores I - Pedagogia. A partir de 
agora, você irá rever alguns conteúdos sobre Organização e Legislação da Educação. Você já sabe que 
essa disciplina integra alguns conteúdos já trabalhados em diferentes disciplinas já cursadas por você.
Muitas foram as disciplinas que você estudou. Nessa unidade, você irá rever os conteúdos que estudou 
na Disciplina de Organização e Legislação da Educação. Você lembra dos assuntos abordados no Livro? 
Sim, não?! Eu te ajudo. 
Você estudou sobre: a construção histórica da política educacional; o direito à educação e o dever de 
educar; a educação básica: rumo à cidadania; e a educação básica: direito de todos.
Esses conteúdos foram fundamentais para que você compreendesse mais sobre a organização do sistema 
educacional brasileiro e sua legislação. Agora revisitaremos os conteúdos principais sobre organização e 
legislação educacional.
Vamos começar?
Bons estudos!
2
ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
Vamos conversar sobre o assunto?
Na Disciplina Organização e Legislação da Educação você estudou que a escola é uma instituição social 
e que ela tem uma função. Você se lembra qual é a função da escola? 
A escola tem a função de promover o acesso à cultura e de formar os sujeitos em sua integralidade, tudo 
isso visando a participação crítica e ativa em sociedade. 
Para atender a função da escola, a educação se organiza em sistemas. Você lembra que no Guia de Estudo 
da Unidade I (Políticas Públicas e Educação) havia um subtópico sobre o Sistema Educacional Brasileiro? 
Nele havia a informação de que a educação brasileira se dividia em sistemas de ensino da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Esse sistema é composto pela Constituição Federal de 1988, com a Emenda Constitucional n. º 14, de 1996 
e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), instituída pela lei nº 9394, de 1996. Esse 
conjunto de Leis constituem as leis maiores que regulamentam o atual sistema educacional brasileiro.
VOCÊ SABIA?
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) é a principal legislação educa-
cional brasileira, considerada a Carta Magna da Educação.
A LDB e Organização da Educação Nacional
Atualmente o sistema educacional brasileiro compreende a educação básica (formada pela educação in-
fantil, ensino fundamental e ensino médio), e a educação superior. A LDB é responsável pela organização 
e regulamentação da estrutura e do funcionamento desse sistema, nas instituições públicas e privadas 
de todo o Brasil. 
A LDB em seu Título IV trata da Organização da Educação Nacional, determinando as responsabilidades e 
obrigações de cada esfera administrativa, a saber: União, Estado, Distrito Federal e Município. Além dis-
so, a LDB determina as responsabilidades e as obrigações das instituições de ensino e dos professores, 
assim como dos diferentes sistemas de ensino, a saber: federal, estadual (incluindo o Distrito Federal) e 
municipal. 
Você já sabe que em regime de colaboração, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios orga-
nizaram os sistemas de ensino. Mas, o que cabe a cada esfera administrativa? 
Vejamos a seguir o que nos diz exatamente a LDB: 
Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento)
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios;
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema federal 
de ensino e o dos Territórios;
III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prio-
???
3
ritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva;
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino 
médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar 
formação básica comum;
IV-A - estabelecer, em colaboraçãocom os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e atendimento, na edu-
cação básica e na educação superior, de alunos com altas habilidades ou superdota-
ção; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015)
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação;
VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino funda-
mental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a 
definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação;
VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, 
com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de 
ensino;
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cur-
sos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de 
ensino. (Vide Lei nº 10.870, de 2004)
Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de:
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas 
de ensino;
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino fundamen-
tal, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de 
acordo com a população a ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada 
uma dessas esferas do Poder Público;
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as dire-
trizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as 
dos seus Municípios;
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cur-
sos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de 
ensino;
V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a 
todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redação dada 
pela Lei nº 12.061, de 2009)
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela Lei nº 
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10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes aos Es-
tados e aos Municípios.
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas 
de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados;
II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de en-
sino;
V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o en-
sino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando 
estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com 
recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à ma-
nutenção e desenvolvimento do ensino.
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Incluído pela Lei nº 
10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema esta-
dual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica.
Em resumo, compete aos diferentes entes federativos: 
•	 A União coordena, articula e redistribui as competências e as linhas gerais dos projetos educacionais 
do país; 
•	 Os Estados e o Distrito Federal, elaboram e executam políticas e planos educacionais de acordo com 
os planos nacionais e tem como atribuição especial o ensino médio; 
•	 Os Municípios organizam, mantem e desenvolvem o seu sistema de ensino, segundo as políticas e os 
planos nacionais e dos Estados, tendo como atribuição especial a educação infantil.
No entanto, destacamos que a oferta do ensino fundamental é de responsabilidade compartilhada entre 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Você percebeu que cada esfera administrativa tem suas obrigações específicas? Além disso, o trabalho 
em regime colaborativo permite que o Sistema Educacional tenha atribuições bem definidas, mas com a 
mesma finalidade.
VOCÊ SABIA?
Que as obrigações em organizar a educação no Brasil não se restringem apenas ao Go-
verno e seus entes federativos? Os estabelecimentos de ensino e os docentes também 
são responsáveis por isso, tendo cada um deles suas atribuições. 
???
5
Para que você conheça um pouco mais sobre essas atribuições, vejamos o que nos traz a LDB:
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu 
sistema de ensino, terão a incumbência de:
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da 
sociedade com a escola;
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os res-
ponsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a exe-
cução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009)
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao 
respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem 
quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei. 
(Incluído pela Lei nº 10.287, de 2001)
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabe-
lecimento de ensino;
III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integral-
mente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento 
profissional;
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comu-
nidade.
Bem, você deve ter percebido que não é nada fácil organizar um sistema nacional de educação num país 
com dimensões continentais como o Brasil. No entanto, o regime de colaboração entre os entes federati-
vos e a participação das instituições e os docentes possibilita uma melhor organização e distribuição de 
tarefas, assim como minimizar as desigualdades educacionais. 
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PRATICANDO
E agora que tal um desafio?
1. Cabe aos Município, quando da Organização da Educação Nacional:
a) A redistribuição em relação às escolas;
b) Estabelecer normas para o sistema de ensino;
c) Credenciar os estabelecimentos de seu sistema de ensino;
d) Autorizar cursos superiores.
2. Segundo a LDB o que cabe aos docentes?
a) Elaborar a proposta pedagógica da instituição de ensino ao qual pertence;
b) Colaborar com as atividades escolares que visam a articulação entre escola, família e comuni-
dade;
c) Elaborar planos de aula e participar do planejamento escolar;
d) Assegurar o cumprimento dos dias letivos estabelecidos.
3. Como a LDB define o Sistema Nacional da Educação brasileiro?
a) Articulado pelos três sistemas de ensino;
b) Ancorado em um regime de colaboração entre estados e municípios;
c) Articulado por fóruns estaduais de educação;
Agora que você já sabe muita coisa sobre a organização da educação nacional, você vai conhecer um 
pouco mais sobre a legislação da educação. Para saber ainda mais: 
VISITE A PÁGINA
Saiba mais sobre o Sistema Nacional de Educação e a Legislação 
Nacional Brasileira. Clique aqui. 
 
LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO
VOCÊ SABIA?
“Legislação é um corpo de leis que regulariza determinada matéria ou ciência, ouainda um conjunto de 
leis que organiza a vida de um país, ou seja, o que popularmente se chama de ordem jurídica e que esta-
belece condutas e ações aceitáveis ou recusáveis de um indivíduo, instituição, empresa, entre outros. ”
Portanto, legislação educacional compõem um conjunto de leis que regulamentam a educação num país. 
???
http://www.andifes.org.br/wp-content/files_flutter/1390413357conae1.pdf
7
No caso do Brasil a legislação educacional é composta por leis, decretos, portarias e resoluções, dentre 
as leis destacamos:
•	 Constituição Federal de 1988; 
•	 Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB;
•	 Lei nº 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente; 
•	 Lei nº 10.436/02 – Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências; 
•	 Lei no 10.172, de 9 de janeiro de 2001 – Plano Nacional de Educação.
Composição legal da educação brasileira e sua importância 
Certamente você já conhece, ouviu falar, já leu ou estudou sobre algumas dessas leis. Começamos pela 
Constituição Federal de 1988, em seu Art. 208 traz que:
“O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
        I -  educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos 
de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram 
acesso na idade própria;
        II -  progressiva universalização do ensino médio gratuito;
                III  -  atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino;
        IV -  educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de 
idade;
        V -  acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, 
segundo a capacidade de cada um;
        VI -  oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
        VII -  atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio 
de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e 
assistência à saúde.
    § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
       § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta 
irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
       § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, 
fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à es-
cola. ”
A Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, organiza e regula o sistema de 
ensino e é a carta magna da educação brasileira. No tópico anterior, veja aprofundamentos sobre o que 
ela regulamenta. 
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A Lei nº 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente, dispõe sobre a proteção integral à criança e ao 
adolescente e suas disposições reforçam o direito fundamental inerente à pessoa humana e o “dever da 
família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a 
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação”, priorizando em seu Capí-
tulo IV o Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer.
VISITE A PÁGINA
Para saber mais sobre Lei nº 8.069, clique aqui. 
 
A Lei nº 10.436/02 dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências, constitui 
um avanço na legislação educacional brasileira, pois reconhece “como meio legal de comunicação e ex-
pressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.” 
Já a Lei no 10.172, de 9 de janeiro de 2001, uma lei ordinária que possui a vigência de 10 anos, Plano Na-
cional de Educação. Você já estudou na Unidade I (Políticas Públicas e Educação) que o Plano Nacional de 
Educação estabelece metas, diretrizes e estratégias que devem ser concretizadas no campo educacional. 
Para um melhor entendimento do plano, é importante que você conheça, dentre outras coisas, as suas 
diretrizes. 
No Guia da Unidade I você conheceu as diretrizes e metas estruturantes trazidas pelo Plano Nacional de 
Educação vigente. Destacaremos, mais uma vez, as metas para a garantia do direito à educação básica 
com qualidade: 
Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) 
anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% 
(cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. 
Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (qua-
torze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa 
na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.
Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezes-
sete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino 
médio para 85% (oitenta e cinco por cento). 
Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.
Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas 
públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação 
básica. 
Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do 
fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos 
anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio. 
Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e 
três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfa-
betismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
9
Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adul-
tos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. 
Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade 
da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.
Por que essas metas são importantes? Como é possível atingir essas metas? Há meios e ações para isso? 
Sim. O Plano Nacional de Educação além de diretrizes e metas traz algumas estratégias para o atendi-
mento dessas metas. Os desafios são grandes. 
Você faz ideia do porquê de cada uma dessas Leis e de como um conjunto delas compõem a legislação 
educacional brasileira? Em primeiro lugar elas são fruto de muita discussão política e se constituiu ao 
longo de muitos anos. Você já sabe que o principal grupo das leis que compõem a educação brasileira é 
a Constituição Federal e a LDB.
Você estudou na Unidade I que é dever do Estado ofertar educação de qualidade e que as ações para 
concretizar isso são as políticas públicas, tendo como participantes a sociedade e os Governos. A legis-
lação educacional acompanhou a necessidade de ampliar a formação do indivíduo para além do acesso 
à escrita e a leitura, era preciso prepará-lo para o mundo. Passando de uma luta individual para coletiva, 
sendo a educação responsável por formar o cidadão.
Sendo a educação um direito de todos, houve a necessidade de regulamentar e organizar como isso se 
tornaria realidade. Daí o surgimento de uma série de ações, projetos e programas que resultaram em leis. 
Que ao longo de muitos anos não foram respeitados. Ou ainda não são. Você conhece alguém que já teve 
seu direito a educação negado de alguma maneira?
Nesse sentido, a Constituição Federal de 1988 assume um caráter progressista e fomentou a necessidade 
de criação de uma Lei educacional para o país. Note que isso não acontece tão

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