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XI EPCC 
Anais Eletrônico 
29 e 30 de outubro de 2019 
PLANTAS MEDICINAIS E SEU POTENCIAL ANTICARCINOGÊNICO 
Flavia Helena de Moura Libório¹; Daniele Fernanda Felipe² 
Graciene de Souza Bido³ 
 
¹Mestranda do Programa de Pós Graduação Strictu Sensu em Ciência, Tecnologia e Segurança Alimentar, Centro Universitário de 
Maringá – UNICESUMAR. Bolsista PROSUP/CAPES, flaviahfmoura@gmail.com 
²Coorientadora, Professora Doutora do Programa de Pós Graduação Strictu Sensu em Ciência, Tecnologia e Segurança Alimentar, 
Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR. 
³Orientadora Professora Doutora do Programa de Pós Graduação Strictu Sensu em Ciência, Tecnologia e Segurança Alimentar, Centro 
Universitário de Maringá – UNICESUMAR. 
RESUMO 
A fitoterapia tem se tornado cada vez mais relevante para o tratamento, cura e prevenção de doenças. O 
câncer é atualmente uma das principais causas de morte no mundo e vários extratos vegetais são 
popularmente usados para prevenir a carcinogênese, reduzir o tamanho dos tumores ou aliviar sintomas. 
Estudos indicam que a maioria dos produtos vegetais com eficácia anticancerígena possuem altos níveis de 
polifenóis ou outros antioxidantes. Além de propriedades antioxidantes, alguns compostos evidenciam 
propriedades citotóxicas, que podem ajudar na prevenção e/ou eliminação do câncer , além de inibir o 
desenvolvimento de microorganismos. O Aranto (Kalanchoe daigremontiana) sintetiza bufadienolidos com 
propriedades citotóxicas, antitumorais e cardiotônicas e acredita-se que apresente elevado teor proteico. O 
látex do Avelós (Euphorbia tirucalli) pode ter propriedades que reduzem o crescimento tumoral e apresenta o 
eufol que tem demonstrado ação anticancerígena. Considerando a necessidade de novas alternativas de 
fontes naturais para o tratamento do câncer que minimizem os efeitos colaterais promovidos pelos 
tratamentos químicos convencionais, este estudo investigará a atividade antioxidante e antimicrobiana, o 
conteúdo de compostos fenólicos e flavonoides e o conteúdo proteico do Aranto e do Avelós. O delineamento 
experimental será inteiramente casualizado, com cinco repetições. Os dados serão avaliados por análise de 
variância e as médias entre tratamentos comparados pelo teste Scott Knott a 5% de significância. Espera-se 
que ambas as espécies apresentem atividade antimicrobiana e potencial para utilização no tratamento e 
prevenção do câncer, identificando atividade antioxidante e dose para administração dos extratos com 
reduzida toxicidade. 
PALAVRAS-CHAVES: Euporbia tirucall; Fitoterapia; Kalanchoe daigremontiana. 
1 INTRODUÇÃO 
 O uso de plantas com fins medicinais, é uma das práticas mais antigas da 
humanidade para tratamento, cura e prevenção de doenças (AKERELE, 1993). Pesquisas 
científicas demonstraram que algumas plantas utilizadas como medicamentos pela 
população possuem substâncias potencialmente agressivas, e por essa razão, devem ser 
utilizadas com cuidado, respeitando seus riscos toxicológicos (VEIJA JUNIOR et al., 2005). 
 O câncer é uma doença caracterizada pela divisão celular anormal e descontrolada, 
sendo uma das principais causas de morte no mundo, com aproximadamente 14 milhões 
de novos casos e 8,2 milhôes de mortes relacionadas ao câncer em 2012 (TORRE et al., 
2015). Cerca de 70% da população mundial utilizam plantas medicinais que são uma fonte 
promissora de moléculas bioativas que auxiliam na prevenção e combate de tumores 
(BENARBA et al., 2015). 
 A maioria dos produtos vegetais com eficácia anticancerígena consistentemente 
relatada contém altos níveis de polifenóis ou outros antioxidantes potentes, e seus 
mecanismos de ação se correlacionam àqueles relatados para antioxidantes isolados no 
contexto do câncer (OYENIHI e SMITH, 2015). Isso sugere que os produtos naturais 
podem, de fato, tornar-se uma estratégia de medicina terapêutica ou modelo para 
desenvolvimento de novas drogas sintéticas. 
 Aranto (Kalanchoe daigremontiana) é uma planta medicinal encontrada em 
regiões tropicais e que tem sido amplamente utilizada como alternativa terapêutica para o 
tratamento do câncer (VERGARA-CASTAÑEDA et al., 2019). É usada tradicionalmente 
também para tratar infeções, diminuir a inflamação e promover a cicatrização de feridas 
(HERMAN et al., 2018). É uma planta suculenta nativa das zonas semiáridas de 
mailto:flaviahfmoura@gmail.com
 
XI EPCC 
Anais Eletrônico 
29 e 30 de outubro de 2019 
Madagascar e de vida curta. Suas raízes excretam ácido ferúlico , conhecido por seus 
efeitos alelopáticos (NAIR et al., 1988). Extratos desta planta também mostram efeitos 
pronunciados de mortalidade contra as células J45.01 (células T de leucemia linfoblástica 
aguda humana) (BOGUCKA-KOCKA et al, 2016). 
 A Kalanchoe daigremontiana sintetiza bufadienolidos com atividades citotóxicas, 
antitumorais e cardiotônias (GAO et al., 2011), mas a administração descontrolada dessas 
substâncias pode induzir a ocorrência de efeitos colaterais (PUSCHETT et al., 2010). As 
recomendações para o uso dessas plantas incluem uma ampla gama de doenças, como 
úlceras gástricas, pedra nos rins, atrite reumatoide, infeções bacterianas e virais, doenças 
de pele, resfriado e outras desordens (RAJSEKHAR et al, 2016). 
 O Avelós (Euphorbia tirucalli) é uma planta de origem africana e difundido em países 
tropicais. Apesar de seu extrato ser utilizado no tratamento do câncer, AIDS, asma, artrite 
reumatoide e sífilis, é importante destacar seu risco toxicológico (VARRICCHIO et al., 
2000). Possui propriedades curativas em carcinomas e epiteliomas benignos e contra 
picada de escorpião e cobras (MWINE et al., 2010); atividade antibacteriana, anti-herpética 
e antimutagênica (BESSA, 2010); larvicida em Aedes aegypti (VARRACCHIO et al., 2008) 
e em Anopheles funestus e A. gambae (MWINE et al., 2010). 
 O látex do Avelós apresenta constituintes ativos como resina, matéria cerífera, 
albumina, caoutechouc (substância cáustica), eufol, euforbol, isoeuforal, euforona, 
taraxasterol, ácido cítrico, glicose, tirucalol, kamepferol, acetato de apogenina, ácido málico 
e ácido succínio (DANTAS et al., 2007), que podem ter propriedades que reduzem o 
crescimento celular (SALLA et al., 2016). A substância que desperta maior interesse 
terapêutico é o eufol (TOFANELLI et al., 2011).Entretanto, são necessárias pesquisas que 
investiguem o mecanismo de ação relacionado com a dosagem administrada, pois estudos 
realizados com a Euphorbia tirucalli mostraram que esta espécie apresenta substâncias 
tóxicas e enzimas proteolíticas (JASSBI, 2006; BALOCH e BALOCH, 2010). 
 Considerando a necessidade de novas alternativas para o tratamento do câncer, 
especialmente com fontes naturais, que minimizem os efeitos colaterais promovidos pelos 
tratamentos químicos, este estudo se propõe a investigar a atividade antioxidantes e 
antimicrobiana, o conteúdo de compostos fenólicos e flavonoides, e o conteúdo proteico do 
Aranto (Kalanchoe daigremontiana) e Avelós (Euphorbia tirucalli). 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
 As mudas das espécies Kalanchoe daigremontiana (Aranto) e Euphorbia tirucalli 
(Avelós) serão produzidas numa propriedade rural da cidade de Maringá/PR. Após a 
colheita o material vegetal será seco para as análises. 
 Para quantificação dos fenólicos totais, o material seco (0,25g) será triturado em 5,0 
ml de HCL, fervidos em tubos de ensaio durante 30 min, resfriadas, filtradas e misturadas 
a carbonato de sódio e reagente de fenol Folin-Ciocalteau. O conteúdo total de compostos 
fenólicos será calculado a partir do coeficiente de extinção molar de 13,665 mM cm¹. 
 O teor de flavonoides será verificado pelo método colorimétrico de cloreto de 
alumínio de Chang et al. (2002). 
 O teor de proteínas será determinado de acordo com Bradford (1976). 
 A atividade antioxidante será avaliada através do ensaio sequestrante de radial 
DPPH de acordo com método descrito por Brand-Willians et al. (1995). 
 A atividade antibacteriana será verificada empregando o método de microdiluiçãoem 
caldo Mueller-Hinton para Staphylococcus aureus. A concentração mínima inibitória será 
definida como a menor concentração dos compostos onde houver inibição do crescimento. 
 Os dados serão avaliados por análise de variância e as médias entre tratamentos 
comparados pelo teste de Scott-Knott (SCOTT, KNOTT, 1974) utilizando o programa 
 
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29 e 30 de outubro de 2019 
estatístico Sisvar da Universidade Federal de Lavras (FERREIRA, 2014). Serão 
consideradas significativas as diferenças de P<0,05. 
 
3 RESULTADOS ESPERADOS 
 Espera-se verificar ação antioxidante em ambas as plantas analisadas, 
proporcionada pela presença de compostos fenólicos, principalmente flavonoides, além de 
identificar a dose ideal para administração dos extratos vegetais, a qual potencialmente 
possa auxiliar no tratamento e prevenção do câncer sem promover efeitos tóxicos. 
 Também espera-se que estas plantas apresentem atividade antimicrobiana, em 
especial o Avelós, devido a alta toxicidade do seu látex. Em relação ao teor de proteína, 
busca-se verificar elevados valores no Aranto, indicando que o uso desta planta além de 
proporcionar uma nova alternativa terapêutica, também possa ser uma forma de elevar a 
ingestão de pacientes oncológicos. 
 
4 REFERENCIAS 
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Gram, v. 28, p. 13-19. 1993. 
 
BALOCH, I. B.; BALOCH, M. K. Irritant and co-carcinogenic diterpene esters from the latex 
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BESSA, G. O. Avaliação da atividade angiogênica e do potencial de cicatrização do látex 
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BOGUCKA-KOCKA, A.; ZIDORN, C.; KASPRZYCKA, M.; SZYMCZAK, G.; SZEWCZYK, K. 
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DANTAS, I. C. O Raizeiro. Campina Grande: EDUEP, p.107-109, 2007. 
 
FÜRER, K.; SIMÕES-WÜST, A. P.; VON MANDACH, U. et al. Bryophyllum pinnatum and 
related species used in anthroposophic medicine: constituents, pharmacological activities, 
and clinical efficacy. Planta Med. v. 82, n.11/12, p.930–941, 2016. 
 
GAO, H.; POPESCU, R.; KOPP, B. et al, Bufadienolides and their antitumor activity. Nat 
Prod Rep. 28, p. 953–969, 2011. 
 
 
HERMAN, M.; ANAND, S.; MATTIACIO, J.; WALWORTH, B. S.; SOMOULAY, X.; 
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https://fisherpub.sjfc.edu/biology_facpub/39
 
XI EPCC 
Anais Eletrônico 
29 e 30 de outubro de 2019 
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RAJSEKHAR, P. B.; BHARANI, A. R. S.; RAMACHANDRAN, M. et al. The “wonder plant” 
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SALLA, G. B. F.; PRATES, J.; CARDIN, L. T.; SANTOS, A. R. D.; SILVA Jr, W. A.; 
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TORRE, L. A., BRAY, F., SIEGEL, R. L., FERLAY, J., LORTET-TIEULENT, J., JEMAL, A., 
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VEIGA JUNIOR, V. F.; PINTO, A. C.; MACIEL, M. A. M. Plantas medicinais: cura segura? 
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VERGARA-CASTAÑEDA, H.; GRANADOS-SEGURA , L. O.; LUNA-BÁRCENAS, G.; 
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extracts of arantho (Kalanchoe daigremontiana) for biological purposes: physicochemical, 
antioxidant and antiproliferative evaluations. Mater. Res. Express. V. 6, 2019. 
 
 
 
 
 
 
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874118316143#!
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874118316143#!
 
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