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XI EPCC Anais Eletrônico 29 e 30 de outubro de 2019 UVAS CULTIVAR BRS NÚBIA REVESTIDAS COM FILMES COMESTIVEIS A BASE DE PROTEÍNA ISOLADA DE SOJA RAFAEL COELHO SILVA1*; LUCAS HENRIQUE MALDONADO SILVA2; GABRIEL LIMA MENDES SALES3; ANA PAULA DADA4; ANDRESA CAROLINE DE OLIVEIRA CESTÁRIO5; CASSIA INÊS LOURENZI FRANCO ROSA6 1Acadêmico do curso de agronomia, Universidade Estadual de Maringá UEM. Bolsista PIBIC/CNPq/FA/UEM. Racosi98@gmail.com 2Mestrando do programa de pós-graduação em ciência de alimentos, Universidade Estadual de Maringá UEM, bolsista CAPES. lucasmaldonado7@gmail.com 3Acadêmico do curso de agronomia, centro universitário de Maringá – UEM. gabrielmsales9@gmail.com 4 Acadêmica do Curso de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Maringá - UEM. Bolsista PIBIC/FA- UEM. anapauladada2015@gmaill.com 5 Acadêmico do curso de agronomia, centro universitário de Maringá – UEM. Bolsista PIBIC/CNPq/FA/UEM. Adresa_cestario@hotmail.com 6 Orientadora, Doutora, Departamento de Agronomia, UEM. cassialourenzi@gmail.com RESUMO O trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de um filme a base de proteína isolada de soja (PIS) adicionada ao chá verde, em uvas da cultivar BRS Núbia minimamente processadas, armazenadas por 21 dias, no qual foram feitas as análises de cor, textura e perda de massa. O filme a base de proteína de soja, tem como principal característica, barreira mecânica, e contra gases, o que pode interferir na transpiração do fruto. Já o chá verde possui antioxidantes, o que pode agregar o filme com essa capacidade. Foi possível concluir, que o tratamento com 4% de PIS, evitou a perda de massa em comparação com a testemunha, e também garantiram cor mais escura para as uvas. Palavras-chave: Processamento mínimo, Chá verde, PIS, Revestimento comestível 1. INTRODUÇÃO A introdução das primeiras variedades de uvas, aconteceu pelos portugueses, com uvas finas vindas da Europa. Porém a viticultura brasileira se consolidou com a introdução da uva americana Isabel, pelos italianos. A uva é um fruto que apresenta perdas desde a colheita, como perda de turgidez, modificação da cor de sua epiderme, aparecimento de fungos e perda de massa Ricardo-rodrigues et al. (2016), portanto demanda investimentos para combate-las. Uma forma de combater a degeneração da uva, é atuando em sua transpiração, através dos filmes comestíveis, que oferecem uma barreira semipermeável, recobrindo seus estômatos (ASSIS et al. 2009). Para tanto os revestimentos comestíveis, principalmente a base de proteínas, precisam da adição de plastificantes, que aumentam sua agregação e capacidade hidrofóbica (MANUELA et al. 2005). Os filmes ainda podem receber aditivos, que garantem as características do composto utilizado ao filme, como antioxidantes ou antimicrobianos (WANG 2016). O chá verde por sua vez, apresenta compostos fenólicos, com capacidade antioxidantes, capazes de combater os radicais livres, responsáveis pelos danos celulares ao organismo Alves, et al., (2010), o que possibilita sua utilização junto ao filme a base de proteína de soja. O objetivo geral do projeto foi avaliar o uso de revestimento comestível com adição de chá verde na conservação pós-colheita de uvas cv. BRS Nubia. 2. MATERIAIS E MÉTODOS As uvas, cultivar BRS Núbia foram adquiridas em propriedade localizada no município de Marialva e transportadas ao Laboratório de Tecnologia de Transformação e Conservação de Produtos Agropecuários da UEM, no qual inicialmente foram higienizadas. Em seguida foi realizado o processamento mínimo com a retirada das bagas do engaço. As bagas foram selecionadas, pesadas e tratadas. Os tratamentos foram: 3% de PIS; 4% XI EPCC Anais Eletrônico 29 e 30 de outubro de 2019 de PIS; 3% de PIS + chá verde; 4% de PIS + chá verde; e a testemunha, sem revestimento. Os revestimentos foram aplicados por imersão, com 6 repetições por tratamento. Cada tratamento foi colocado em embalagens plásticas de 200mL, com tampa, e armazenados em B.O.D à temperatura de 7 °C, durante 21 dias. Aos 21 dias foram realizadas as seguintes análises: Textura, Cor e Perda de massa dos frutos (PM). Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e teste Tukey (p<0,05) pelo software Sisvar 5.7. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados das análises físicas das uvas cv. BRS Núbia, realizada após 21dias de armazenamento refrigerado são apresentados na Tabela 1. Tabela 1 - Avaliação dos parâmetros físicos das uvas armazenadas à temperatura de 7 °C, aos 21 dias. Tratamentos Cor L* Cor a* Cor b* Textura (N) PM (%) Testemunha 25.576 c 1.371 a -4.408 a 21,046 a 0,647 b 3% de PIS 19.411 ab 2.450 b -6.120 a 22,903 a 0,583 ab 4% de PIS 21.166 b 1.771 a -5.720 a 21,311 a 0,509 a 3% de PIS + CHÁ 18.231 ab 2.406 b -5.798 a 22,368 a 0,562 ab 4% de PIS + CHÁ 17.026 a 2.455 b -5.860 a 22,666 a 0,525 ab CV (%) 8.48 11.16 29.79 7,03 14,14 Perda de massa (PM). Médias seguidas com letras iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si em um nível de 5% de significância pelo teste de Tukey (p≤0,05). É possível observar por meio da Tabela 1, que não houve diferença significativa, para o parâmetro (b*) da análise de cor, que indica a tonalidade azul no fruto. Para a análise de perda de massa o tratamento contendo 4% de PIS, difere da testemunha, o que pode indicar, que esse tratamento, apresentou eficiência em evitar a transpiração no fruto, quando comparado com a testemunha. O parâmetro de cor luminosidade (L*), apresenta resultados significativos para os tratamentos, testemunha, 4% de PIS, e 4% de PIS+CHÁ. Os resultados são menores para o tratamento com 4% de PIS+CHÁ, seguido pelo tratamento com 4% de PIS, que apresenta, por sua vez menor valor que a testemunha, indicando que, os maiores teores de PIS, influenciaram no escurecimento do filme, e que a adição de chá verde no tratamento com 4% de PIS reduziu ainda mais a luminosidade. Para o parâmetro intensidade de vermelho (+a*), os tratamentos 4% de PIS, e a testemunha, mostram menores valores em relação aos demais, o que indica menor coloração avermelhada para estes. Segundo Cholldhury et al. (2001), a cor é o atributo aparente mais importante para os frutos da videira. João et al. (2007), a partir de análises sensoriais em diferentes cultivares de uvas verificou, que as uvas de tonalidade mais escuras, foram preferidas pelos consumidores. É possível concluir, por tanto que as uvas do tratamento com 4% de PIS+CHÀ, podem ser as visualmente mais atrativas. A análise de textura não apresentou resultados significativos, indicando que o filme não teve efeito na firmeza do fruto para este experimento. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O revestimento a base de proteína isolada de soja, com ou sem adição de chá verde pode auxiliar no controle da perda de massa dos frutos e apresentar influência na coloração das bagas de uva. XI EPCC Anais Eletrônico 29 e 30 de outubro de 2019 REFERÊNCIAS ALVES, A. P. et al. Atividade antioxidante e compostos fenólicos em chás de Caméllia sinensis. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 33., 2010, São Paulo. Anais[...]. São Paulo, 2010. ASSIS, O. B. G.; BRITTO, D. DE; FORATO, L. A. O Uso de Biopolímeros como Revestimentos Comestíveis Protetores Para Conservação de Frutas in natura e minimamente processadas. Embrapa Instrumentação Agropecuária. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, v. 29, n. 1, p. 1–24, 2009. Disponível em: <www.cnpdia.embrapa.br/publicacoes/download.php?file=BPD29_2009.pdf>. . CAMARGO, U. A.; MAIA, J. D. G.; RITSCHEL, P. Embrapa Uva e Vinho : novas cultivares brasileiras de uva. 1a ed. Bento Gonçalves, 2010. CHOLLDHURY, M. M.; COSTA, T. S. DA; LEÃO, P. C. DE S.; RESENDE, J. M. POS- COLHEITA. Embrapa Semiárido (CPATSA), p. 55 p. il., 2001. Disponível em: <http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/150657>. . JOÃO, E. M.; PB, P.; MASCARENHAS, R.D. E. J.; et al. Avaliação Sensorial De Uvas De Mesa Produzidas No Vale Do São Francisco. revista brasileira de fruticultura, v. 32, n. 4, p. 993–1000, 2007. MANUELA, A.; VILLADIEGO, D.; DE FÁTIMA, N.; et al. Filmes E Revestimentos Comestíveis Na Conservação De Produtos Alimentícios 1. Revista Ceres, v. 52, n. 300, p. 221–244, 2005. RICARDO-RODRIGUES, S.; LARANJO, M.; MARTINS, P.; et al. 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