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Introdução a Administração (1)

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Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO A
ADMINISTRAÇÃO
E-BOOK
O que é a Administração
APRESENTAÇÃO
Olá! 
 
Nos tempos dos primórdios, quando o capitalismo começou a ganhar força em relação à 
produtividade, foram identificadas algumas práticas de gestão que se designaram a visualizar a 
administração como ciência. 
 
Nesta época em que as atividades eram voltadas para o sistema fabril, as formas de gestão eram 
baseadas no empirismo (erros/acertos) em prol do objetivo que era enfatizar os acertos. 
Posteriormente, com o avanço tecnológico e as conquistas alcançadas, a gestão foi adotando 
uma posição dentro das organizações. Contudo, até o início do século XX esse ritmo foi lento, 
considerando a predominância de pequenas organizações.
É possível afirmar que após esse período, a história da administração se fez com as ideias de 
estudiosos com a Revolução Industrial, considerando o avanço tecnológico que fez a passagem 
da produção artesanal para a industrial. 
 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver as principais Teorias da Administração que 
possibilitam entender a evolução e o cenário da administração na atualidade.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer a importância da história e do surgimento da administração.•
Identificar a evolução das teorias administrativas até a atualidade.•
Relacionar os conceitos de eficiência e efetividade dentro do universo empresarial.•
DESAFIO
A empresa XY Associadas, prestadora de serviços na área comercial, destaca-se pela forma 
única de atender seus clientes, sendo reconhecida no mercado em que atua há 20 anos. Com 
cerca de 50 funcionários, a empresa sempre foi reconhecida pelo método informal de tratar seus 
colaboradores e pelo clima amistoso no ambiente de trabalho. 
 
Nos últimos tempos, com a chegada da nova gestão, que adotou uma linha de trabalho diferente 
da antiga, a empresa passa a enfrentar dificuldades em relação ao clima de tensão no ambiente 
de trabalho e um número elevado de pessoas pedindo demissão. 
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Você, consultor na área de Gestão e Negócios, foi contratado para auxiliar a direção da empresa 
XY a identificar o que pode estar ocorrendo na empresa e fazendo com que seus colaboradores 
estejam pedindo demissão. Utilize os conhecimentos adquiridos durante a unidade para construir 
a sua resposta.
INFOGRÁFICO
No Infográfico a seguir você vai ver que a administração como é conhecida hoje, resulta de um 
longo processo que teve a contribuição de diversos estudiosos. As Teorias da Administração 
evoluíram mais intensamente a partir do século XX.
Apesar da diversidade de escolas, elas procuram se completar pois desta maneira disponibilizam 
diferentes formas de compreensão sobre o processo gerencial dentro das organizações. Assim, 
atingem o objetivo de aperfeiçoar a empresa sob a ótica do desempenho e dos resultados.
CONTEÚDO DO LIVRO
No início, as formas de gestão eram baseadas nos acertos e, assim, desconsiderando os erros, em 
prol do objetivo que era enfatizar os acertos, uma vez que as atividades eram voltadas ao 
sistema fabril. Posteriormente, com o avanço tecnológico e as conquistas alcançadas, a gestão 
foi adotando posição dentro das organizações.
No capítulo O que é Administração, da obra Teoria Geral da Administração I, você vai ver 
como a história da administração relaciona-se com as escolas de gestão e os resultados dentro 
das organizações.
Boa leitura.
TEORIA GERAL DA 
ADMINISTRAÇÃO I
Clarisse Dias
O que é a administração
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer a importância da história e do surgimento da 
Administração.
  Identifi car a evolução das teorias administrativas até a atualidade.
  Relacionar os conceitos de efi ciência e efetividade dentro do universo 
empresarial.
Introdução
Neste capítulo, você observará que, nos tempos primórdios, quando o 
capitalismo começou a ganhar força, identificou-se, na produção, algu-
mas práticas de gestão que se designavam a visualizar a Administração 
como ciência. 
No início, as formas de gestão eram baseadas nos acertos, desconsi-
derando os erros, uma vez que as atividades eram voltadas ao sistema 
fabril. Posteriormente, ao longo do tempo, dos avanços e das conquistas 
alcançadas, a gestão foi sendo adotada dentro das organizações. Contudo, 
até o início do século XX, este ritmo foi lento, considerando a predomi-
nância de pequenas organizações. Após este período, podemos afirmar 
que a história da administração se fez de estudiosos junto à revolução 
industrial, considerando, em suma, o avanço tecnológico que impulsionou 
a passagem da produção artesanal para a industrial.
Evolução das Teorias administrativas
Sempre existiu uma forma de administrar, mesmo sendo rudimentar, que 
contribuiu para o desenvolvimento da Teoria Administrativa de um modo 
geral, fomentando e alicerçando as conquistas ao longo dos tempos.
Um dos primeiros trabalhos sobre a Teoria da Administração foi feito no 
despertar do século XX, quando os engenheiros desenvolveram trabalhos 
voltados à Administração. Assim, conhecemos um personagem que podemos 
denominar de um dos grandes precursores dos estudos da Administração: 
Frederick Winslow Taylor, que criou a Escola de Administração Científica 
(1856-1915), a qual propunha a divisão da produtividade, tornando as atividades 
repetitivas e superficiais. Com isso, obtinha-se um controle do que era reali-
zado, premiando o trabalhador que produzisse mais, em menos tempo. Neste 
período, os trabalhadores eram substituídos a todo momento, pois o que se 
esperava era que ele produzisse em grande quantidade e em pouco tempo. Não 
se exigia que o trabalhador tivesse experiência, desconsiderando investimentos 
em formação e treinamentos, tornando o processo de demissão mais prático.
Observamos que, em um primeiro momento, a Administração era tratada 
como trabalho racional. Posteriormente, foi estendida aos princípios da Ad-
ministração, o que considerava a redução de custos, a ociosidade do traba-
lhador, entre outros fatores. Neste momento, então, fez-se necessário cativar 
o trabalhador a colaborar com a organização, gerando lucro e beneficiando-o
financeiramente. Neste momento, ainda, o trabalhador era associado ao pro-
cesso de trabalhar somente pelo retorno financeiro.
É neste momento que ocorre o primeiro passo da Teoria Administrativa, 
apesar das dificuldades encontradas no decorrer do processo. Assim, enquanto 
Taylor desenvolvia a sua Teoria, nos Estados Unidos, sobre a Administração 
Científica (1903), a Teoria Burocrática (1909) evidenciava a organização, 
adequando-se exclusivamente à racionalidade e à eficiência. Muitos dos as-
pectos burocráticos podem ser reconhecidos nos modelos de Taylor e Fayol. 
Jules Henri Fayol, engenheiro francês, grande precursor da Administração 
Clássica e autor da Administração Industrial, divulgava o desenvolvimento, 
abordando a Administração como Gestão Administrativa.
A Teoria Burocrática também defende que cada funcionário deve agir 
dentro da organização, sendo possível que suas emoções possam interferir 
no desempenho de suas funções. Um modelo de administração o qual admi-
nistradores resistiram a adotar.
Funcional versus hierarquia versus autoridade 
O que é a administração2
Enquanto isso, na França, crescia rapidamente a Teoria Clássica da Ad-
ministração (1916), liderada por Fayol. Nesse momento, o que se destaca é a 
realização de tarefas, por parte da Administração Científica, em contrapartida 
à construção da organização para ser eficiente, por parte da Teoria Clássica.
Identificada como um movimento contrário à Teoria Clássica, a Teoria das 
Relações Humanas (1932) foi criada pelas ideias de Elton Mayo, combatendo 
o formalismo na Administração.
Já a Teoria Estruturalista (1947) chega objetivando a integração das escolasjá mencionadas até o momento, e adota um comportamento moderno às demais 
escolas quando reconhece que ocorrem conflitos dentro das organizações, e 
que é preciso rever para o desenvolvimento de ambos.
A Teoria dos Sistemas (1951), como o próprio nome já diz, reconhece a 
organização como um sistema, assim como o meio que esta envolve. Objetiva 
produzir teorias e formulações que auxiliem na resolução dos problemas da 
organização. Esse foi o momento em que o trabalhador começou a se preo-
cupar com a eficiência de seu trabalho, identificando, assim, o surgimento 
da Teoria Neoclássica (1954), considerando vantagens e desvantagens que a 
descentralização proporciona.
Uma gestão de sucesso se concretiza quando gerida democraticamente 
com diretrizes específicas e identificando as particularidades do grupo. Grupo 
este estimulado por um líder que, além de estar engajado com os objetivos da 
gestão, também deve pertencer a este grupo.
A Teoria Comportamental (1957) foca no comportamento e em soluções 
democráticas aos problemas organizacionais. Seguindo este ritmo, o Desen-
volvimento Organizacional (1962) surge atuando no desenvolvimento das 
organizações, com pessoas diferentes trabalhando em prol de um mesmo 
objetivo.
Na Teoria da Contingência (1972), apresenta-se que nada é definitivo, tudo 
é relativo. Nesta Teoria, também se olha de dentro para fora da organização.
A Era Clássica (1900-1950) representava o início da Industrialização, 
momento de regularidades e certezas, onde não eram previstas mudanças, e 
sim o foco na industrialização. Já nas Novas Abordagens (1990), apresentam-se 
novas modalidades de Administração, cada uma com suas contribuições para 
o desenvolvimento e a evolução da própria Administração.
3O que é a administração
Nos dias atuais, a Administração é questionada entre ser uma ciência ou uma arte, uma 
vez que se caracteriza por aspectos da ciência e da arte. Com o estudo detalhado das 
teorias administrativas ao longo deste capítulo, observaremos as relações dos autores 
com o perfil do trabalhador.
Na administração e em seus processos, as proposições são primárias, mas se com-
pletam. Assim, estes processos vão se adaptando, tornando-se vigentes para auxiliar 
nos dias atuais.
Os processos crescem a todo momento, incluindo os níveis hierárquicos da organi-
zação, criando um link entre produtividade e capacidade humana.
As Teorias Administrativas até a Atualidade 
Teoria da Burocracia (1909)
Quando pensamos em burocracia, automaticamente nos vem à mente um 
monte de papéis, não é verdade? E nada mais é do que isso mesmo, papéis e 
mais papéis. Muitas vezes, questionamo-nos por que nossas vidas são movidas 
a tanto papel. Isso é mesmo necessário? Mas será que não estamos olhando 
apenas para o lado negativo da burocracia? 
Para o sociólogo Max Weber, a burocracia trata da maneira ideal para se 
organizar as empresas. Com isso, através de seus estudos, trouxe um método 
analítico para entender a Administração, com o objetivo de analisar e des-
crever suas características e auxiliar no andamento da organização. O autor 
defendia a Administração baseada na racionalidade, no trabalho designado, 
e na relação entre cargos. Weber sustentava, ainda, que existia uma relação 
entre cargos, e não uma relação entre pessoas, respeitando a hierarquia dentro 
das organizações.
Todas as organizações obedecem a determinados processos, e estes se 
definem pelas rotinas realizadas dentro da organização, reconhecendo aspectos 
que definem o caráter legal, formal e racional (divisão de trabalho). Os setores 
públicos e burocráticos se encantaram por essa maneira de conduzir este tra-
balho até os dias atuais, pois ele é feito dentro de processos pré-estabelecidos. 
O que é a administração4
Teoria Clássica (1916)
Iniciada por Fayol, a Administração Clássica determina a gerência administra-
tiva, nomeando a organização como estrutura formal de gestão, valorizando as 
tarefas da organização como processo de descobrimento de um novo propósito 
de gestão. Na Teoria Clássica, podemos citar princípios básicos, como: 
 autoridade e responsabilidade;
 divisão do trabalho;
 norteamento, comando;
 direção;
 disciplina;
 interesses gerais;
 remuneração;
 hierarquia;
 centralização;
 ordem;
 equidade;
 estabilidade dos funcionários;
 iniciativa;
 espírito de equipe.
Teoria Neoclássica (1954)
A Teoria Neoclássica surge com os princípios da Administração Clássica, 
propondo um resgate e modernizando as ideias de seus autores. Porém, com 
enfoque em atender o cenário, destacando-se pela racionalidade. A Adminis-
tração Neoclássica defende que as ações devem ser planejadas, controladas e 
direcionadas. A Teoria retoma alguns princípios do que já existia em adminis-
tração para um novo processo de abordagem. Como principais características, 
podemos citar:
 Prática administrativa: aliar a prática à teoria, fazendo sentido.
 Postulados clássicos: Teoria Clássica versus Teoria Comportamental.
 Princípios gerais da Administração: buscar soluções mais práticas.
 Busca de objetivos e resultados: para que a empresa se torne eficiente.
Objetivos Claros → Equilíbrio → Desempenho
5O que é a administração
A Teoria Neoclássica aborda o processo administrativo sob dois aspectos 
principais: enfoque funcional e enfoque processual.
  Enfoque funcional: os processos são visualizados e estudados de maneira 
individual, considerando que cada parte deve ser tratada separadamente.
  Enfoque processual: os processos são visualizados como um todo. 
Podemos citar três principais características dentro do processo 
administrativo:
  continuidade (contínuo);
  dinamicidade (pode se alterar/ flexível);
  iteratividade (segue o itinerário).
A Teoria Neoclássica mostra como a Administração pode se equilibrar, 
utilizando características das demais teorias e revelando-se, portanto, eclética.
Teoria das Relações Humanas (1932)
Ao contrário da Teoria Burocrática, a Teoria das Relações Humanas foca no 
desenvolvimento humano de seus funcionários, valorizando o trabalhador 
como indivíduo e analisando o que ele cultiva dentro do ambiente de trabalho. 
Nesta Teoria, as atitudes do trabalhador se tornam importantes para que a 
empresa seja bem-sucedida.
No início do século XX, Elton Mayo identifica que somente retorno finan-
ceiro não tornava o trabalhador mais motivado a desenvolver suas funções 
dentro da organização. O autor identifica, também, que a satisfação e a produção 
do trabalhador estavam voltadas a fatores sociais. Com experiências empíri-
cas, os psicólogos identificaram que os trabalhadores, ao serem observados, 
produziam surpreendentemente mais do que o normal.
O que é a administração6
Confira no vídeo a experiência de Hawthorne, que 
aplicou luz em diferentes intensidades a um grupo de 
trabalhadores. 
https://goo.gl/aL8NYg
Teoria Comportamental (1937)
O autor Abran Maslow, psicólogo humanista do início do século XX, acre-
dita que todo indivíduo tenha potencial e capacidade para se desenvolver. 
Segundo ele, o ser humano nasce com determinadas necessidades, e estas 
vão se colocando em destaque ao longo de seu percurso. Maslow ainda nos 
traz as motivações de um funcionário em uma organização em relação as suas 
necessidades primárias:
  estima;
  relacionamento;
  segurança;
  fisiologia.
7O que é a administração
Figura 1. Pirâmide das necessidades. Realização pessoal: 
realização consigo mesmo. Estima: estágio da confiança, 
do respeito e da autoestima; respeito mútuo. Necessidade 
de relacionamento/social: ser aceito em grupo social, fa-
mília unida, emprego, relações de amizade; inspirar pes-
soas. Necessidade de segurança: necessidade quanto a 
um grupo. Necessidades fisiológicas: necessidades para 
sobreviver.
Autorrealização
Estima
Social
Segurança
Fisiológica
O objetivo da Administração em estudar as necessidades se dá na impor-
tância de estudar gestão de pessoas. Com isso, os estudiosos se baseiam na 
Teoria de Maslow,que oferece subsídios para interpretar o que é importante 
para as pessoas.
Em uma organização, o trabalhador busca, em primeiro lugar, satisfazer 
suas necessidades fisiológicas e assim sucessivamente, como determina a 
Pirâmide. O ponto crucial para um gestor é descobrir em que estágio da 
Pirâmide o trabalhador se encontra para que ele adote técnicas a fim de que 
possam suprir essas necessidades e fazer com que o funcionário se sinta 
motivado para o trabalho desenvolvido. Maslow aborda, também, que estas 
necessidades são sequenciais, ou seja, o indivíduo somente vai suprir uma 
determinada necessidade se a anterior estiver sanada. O que acontece, muitas 
vezes, é que o trabalhador ainda está em um estágio não suprido, e pode se 
frustrar se a empresa não conseguir identificar isso. Enquanto gestora, cabe 
à empresa adotar técnicas gerenciais que possam identificar em que estágio 
o colaborador se encontra para que as necessidades da pirâmide sejam todas 
supridas.
O que é a administração8
A Pirâmide de Maslow foi criada para as pessoas de forma geral, e não para 
as organizações. Entretanto, as organizações a utilizam como uma ferramenta 
colaborativa de gestão para auxiliar no desenvolvimento de seus colaboradores.
Teoria da Contingência (1972)
Podemos denominar contingência como algo incerto. São elementos que ocor-
rem no ambiente em relação aos quais, muitas vezes, não estamos preparados. 
O ambiente interfere na estrutura das organizações, embora cada orga-
nização tenha uma estrutura particular de ação. A Teoria da Contingência 
afirma que tudo é relativo e que a organização deve estar apta e/ou ter um 
plano para agir quando estas interferências vierem à tona. Uma das premissas 
das organizações diz que não há um único jeito de organizar, pois este se dá 
pelas condições ditadas fora (ambiente externo). As contingências podem ser 
consideradas como oportunidades de mudanças ou ameaças que venham a 
influenciar o ambiente interno da organização.
A Teoria Contingencial surgiu a partir da necessidade de as organizações 
se adaptarem às situações externas, influenciando o ambiente interno. Existem 
quatro tipos de ambientes:
  Homogêneo: apresenta adesão, entre outros elementos.
  Heterogêneo: constitui-se de elementos variados.
  Estável: invariável, firme, seguro.
  Instável: não tem estabilidade; varia, muda.
Sendo as organizações de natureza sistêmica, elas estão todas ligadas ao 
ambiente externo, assim se dando a importância da Teoria Contingencial.
Foi no início do século XX que o autor Abran Maslow, a partir de seus estudos, identificou 
que os trabalhadores tinham objetivos e necessidades que os faziam agregar valor 
à organização. Contudo, nos dias atuais, acompanhamos diversas organizações com 
dificuldade de encontrar as verdadeiras necessidades e objetivos na relação profissional 
vs. pessoal. Cabe a nós, administradores, interferirmos, auxiliando e guiando na busca 
do alcance destas realizações.
9O que é a administração
Eficiência e efetividade
Efi ciência e efetividade são consideradas palavras sinônimas por muitas pes-
soas, porém existem diferenças sutis entre elas. Enquanto a efi ciência defi ne 
a obtenção de resultados através das circunstâncias do meio, a efetividade é 
perceptível através da percepção do cliente ao meio.
Antonio Cesar Amaru Maximiano é professor e pesquisador do Depar-
tamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e 
Contabilidade da USP, e autor de grandes obras sobre a Administração, tais 
como: Introdução a Administração e Teoria Geral da Administração. Ele nos 
diz que eficiência é a qualidade do trabalho executado com metas planejadas, 
uma característica positiva no comportamento humano, principalmente de 
gestores, pois estes desempenham papéis de liderança e estão suscetíveis a 
todo momento a desenvolver atividades de eficiência (MAXIMIANO, 2017). 
Ressaltamos, porém, que há outras qualidades para que um profissional seja 
eficaz, tais como: proatividade, produtividade, liderança, entre outras, mas 
todas estão atreladas à eficiência.
Para Maximiano (2017), a efetividade se caracteriza pelo que é real, estado 
efetivo, legítimo. Podemos dizer, também, que é aquilo que podemos verificar, 
que existe e não há como desconsiderarmos. A efetividade na administração 
está atrelada àquilo que a organização é capaz de atingir através de seus planos 
e de suas metas, concretizando seus objetivos.
No processo administrativo, a efetividade está acentuada no que cada uma 
das partes envolvidas entrega e na finalidade do que estas deveriam entregar, 
o valor desta entrega.
Quando falamos em uma pessoa, máquina ou qualquer elemento obtendo 
certo resultado de uma determinada ação, estamos falando de efetividade, 
um processo de aperfeiçoamento na busca dos melhores resultados a serem 
atingidos. Como estamos dentro de um meio organizacional, é a busca constante 
por qualidade no desenvolvimento das ações que esta resulta.
A eficiência se acentua normalmente nas áreas onde as ações necessitam 
dar resultados específicos e controlados, como, por exemplo, no caso áreas 
empresariais. Com isso, a efetividade da ação busca primeiramente ter acesso 
aos recursos e procedimentos apropriados que tragam os melhores resultados 
para a atividade desenvolvida. Nestas áreas, concretizar resultados é crucial, 
pois isto garante o seu sucesso no negócio.
O que é a administração10
Segundo Maximiano (2017), para que um trabalhador desenvolva, com 
motivação, seu trabalho, independentemente do grau hierárquico que este ocupe 
dentro da organização, é necessário considerarmos os três “e’s”: eficiência, 
efetividade e eficácia.
Em um primeiro momento, podemos pensar que já sabemos o significado 
destas três palavras, porém muitos misturam os conceitos e podem interpretar 
a eficiência, a eficácia e a efetividade em um mesmo bloco de significados. 
Por exemplo, ao falarmos de indicadores de eficiência, estamos nos referindo 
ao modo, à forma que utilizamos mínimos recursos para atingirmos os objeti-
vos, fazendo as coisas certas. Ao concluirmos que atingimos estes objetivos, 
dizemos que tivemos eficiência na realização desta atividade.
Ao falarmos de eficácia, não nos referimos à utilização de recursos, e 
sim ao fato de atingir o resultado que havia se proposto, independente da 
qualidade. Quanto mais eficaz, melhor o resultado, denotando a questão de 
tempo, qualidade e avaliação desta atividade. O que importa, na eficácia, é 
realizar a tarefa com o melhor esforço possível.
Na efetividade, o conceito é macro, pois nele é descrito se, de alguma 
forma, o seu objetivo interferiu positivamente, mudando o meio, e qual o seu 
impacto. Tem a ver com qualidade e satisfação. Está ligado ao que aconteceu 
depois do processo e em como podemos medir e analisar este processo no 
ambiente externo.
É possível ter eficiência sem ter eficácia? Um exemplo: a construção de um hospital 
no tempo previsto com a verba destinada, mas este nunca foi inaugurado. A atividade 
foi realizada com eficiência, mas não teve efetividade.
11O que é a administração
Eficiência: está relacionada à atividade meio. Refere-se ao caminho, à metodologia, 
o como fazer a atividade. Está voltada aos métodos da Teoria Clássica.
Eficácia: está relacionada à atividade fim. Totalmente voltada ao produto, ao re-
sultado. Executar uma atividade independente da qualidade e no menor tempo 
possível. Ao atingir o objetivo, estamos sendo eficazes. Evidencia o cumprimento da 
tarefa designada.
Efetividade: está relacionada ao valor agregado. Percorre do alcance da eficiência 
e da eficácia simultaneamente, trata-se da maneira generalizada a qual a atividade 
impactou o meio, de que forma transformou o ambiente externo.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução 
digital. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
Leituras recomendadas
BASTOS, M. Administração geral: conceito e função. [S.l.]: Portal Administração, 2014.Disponível em: <http://www.portal-administracao.com/2013/10/administracao-geral-
-especial.html>. Acesso em: 28 nov. 2017.
CARLES, G. H. A diferença entre eficiência, eficácia e efetividade. [S.l.]: Admin. Tron In-
formática, 2010. Disponível em: <http://www.tron.com.br/blog/a-diferenca-entre-
-eficiencia-eficacia-e-efetividade/>. Acesso em: 28 nov. 2017.
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 7. ed. Rio de janeiro: Cam-
pus, 2004.
Referência
O que é a administração12
DICA DO PROFESSOR
Quais são as necessidades dos trabalhadores e como motivá-los? Como a motivação influencia 
no sucesso de uma organização? Entende-se que a motivação procura unir forças direcionadas 
para que as pessoas tomem iniciativas, direcionando seus esforços para o cumprimento de 
metas.
Na Dica do Professor, você vai ver como as instituições são desafiadas a motivar as pessoas e 
como pessoas motivadas podem produzir mais.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) Qual a definição correta para a Administração? Assinale a alternativa correta.
A) Trabalhar na busca de seus objetivos.
B) Trabalhar em equipe, sem se preocupar com os objetivos da organização.
C) Trabalhar em prol da realização dos objetivos profissionais e pessoais, em conjunto com a 
organização, na busca do desenvolvimento de todos.
D) Trabalhar em busca de objetivos pessoais.
E) Trabalhar em busca da concretização dos objetivos organizacionais.
2) Qual o objetivo da Teoria Geral da Administração? Assinale a alternativa correta.
A) Propor ações e valores que visam à vida das organizações em conjunto com a sociedade.
B) Sugerir práticas que regem os níveis das organizações privadas e particulares.
C) Auxiliar no desenvolvimento das ações organizacionais.
D) Sugerir fatores simbólicos que ocorrem desde o seculo XVIII.
E) Propor um conjunto integrado, de administração da organização, baseando-se em teorias e 
métodos.
3) Na Teoria Burocrática, o indivíduo era induzido a focar na racionalidade e o 
trabalho se desenvolvia na relação entre cargos. Nessa teoria, era importante apenas 
realizar suas atividades, não considerando a satisfação dos colaboradores. Nos dias 
atuais, encontramos essa forma de trabalho em que momento?
A) Nas organizações de ordem pública, realizam-se as atividades, respeitando um 
determinado processo desenhado, já estruturado, não sofrendo alterações do ambiente 
externo.
B) Em organizações privadas que adotam o processo burocrático de forma situacional, 
considerando o ambiente externo e interno.
C) Independente da organização, pública ou privada, respeitando a individualidade e o 
desempenho das pessoas, além de promover ações de desenvolvimento profissional.
D) Nas organizações públicas, respeitando a individualidade e o desempenho de cada pessoa.
E) Em diferentes momentos da organização, pois a cada mudança de gestão é adotado um 
processo simplificado de organizar os processos.
4) Como são definidos os processos administrativos na Teoria Clássica? Assinale a 
alternativa correta.
A) A predominância da gerência administrativa, nomeando a organização como uma estrutura 
formal de gestão.
B) Por ações que devem ser planejadas, controladas e direcionadas. A teoria retoma alguns 
princípios do que já existia para um novo processo de abordagem.
C) Pelo foco no desenvolvimento humano de seus funcionários, valorizando o trabalhador 
como indivíduo, analisando o que cultiva e cativa o trabalhador dentro do ambiente de 
trabalho.
D) Pelo fato de o ser humano nascer com determinadas necessidades e estas irem se 
colocando em destaque ao longo de seu percurso.
E) Pelo trabalhador buscar, em primeiro lugar, dentro da organização, satisfazer suas 
necessidades fisiológicas e, assim, sucessivamente.
5) O campo da administração, ao longo do tempo, tem sido aperfeiçoado por meio da 
evolução das teorias administrativas. Por exemplo, em 1954, surge os princípios da 
Administração Clássica, com foco na modernização dos ideais de F. Taylor e H. 
Fayol. Desse modo, nas alternativas a seguir, identifique uma característica da Teoria 
Neoclássica: 
A) A prática administrativa.
B) A estabilidade dos funcionários
C) O caráter legal, formal e racional das organizações.
D) O desenvolvimento humano do colaborador.
E) As organizações devem se adaptar às situações externas.
NA PRÁTICA
Atualmente, acompanhamos diversos processos gerenciais, uns com sucesso ao longo de seu 
desenvolvimento, outros não. Enquanto observadores, estudantes ou gestores, precisamos 
identificar o modelo que se encaixa melhor dentro de nossa organização, de modo que atenda 
nossas expectativas e necessidades.
Na Prática você vai ver o caso da empresa Corporate Ltda., líder no setor hoteleiro, contratou 
uma empresa no ramo de consultoria com perfil jovem, Esta decisão tomada foi baseada na 
perspectiva de prospecção do público jovem para a Corporate Ltda.
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Com a experiência, a empresa observou que nem sempre uma organização está preparada para 
mudar seu processo e para fazer mudanças. É preciso primeiro avaliar todo o seu ambiente 
interno e externo, suas fraquezas, forças, necessidades e expectativas dos clientes, colaboradores 
e da empresa.
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Qual a diferença entre eficiência e eficácia?
Você sabe qual a diferença entre eficiência e eficácia? No vídeo a seguir, você verá a 
diferenciação desses conceitos no âmbito empresarial.
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Eficiencia Eficácia e Efetividade
Na dica a seguir, você poderá assistir um vídeo sobre eficiência, eficácia e efetividade que estão 
associadas à administração.
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Teoria Sistêmica ao Conceito de Redes Interorganizacionais: Um Estudo Exploratório da 
Teoria das Organizações
O objetivo deste artigo é de correlacionar a Teoria Sistêmica com as Redes Inter organizacionais 
dentro da Teoria da Administração.
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Funções Gerenciais
APRESENTAÇÃO
Você sabe qual a função de um gerente e como as funções gerenciais podem influenciar o 
alcance das metas de uma organização? Diante do cenário em que as empresas vivem hoje, com 
a alta competitividade, empresas encerrando suas atividades devido a um plano de negócio não 
estruturado, pessoas sem capacitação para liderar, entre outros fatores, as funções dos gestores 
tornam-se cada vez mais importantes para o alcance dos objetivos organizacionais.  
 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá como a administração, a partir dos processos 
gerenciais, pode auxiliar na execução nas atividades de uma instituição, estabelecendo que cada 
colaborador, independente de seu nível hierárquico, desempenhe suas atividades na busca da 
realização dos objetivos. Você identificará que o processo gerencial também influencia o 
comportamento humano, alinhando processos e metas na busca do alcance dos objetivos da 
organização. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar quais são as funções gerenciais e como elas podem ser percebidas nas 
empresas.
•
Relacionar as funções gerenciais com a possibilidade de alcance dos objetivos 
empresariais.
•
Analisar como as funções gerenciais se relacionam entre si, de forma interativa.•
DESAFIO
A empresa familiar SENSATO Ltda., líder no mercado de maquinários agrícolas, atua com 
cerca de 10.000 funcionários distribuídos por todo o país. Com clientes fidelizados, a empresa 
atua dentro dos parâmetros tradicionais, titulados pelos administradores da empresa (filhos e 
netos dos fundadores). Nos últimos cinco anos, a equipe de frente (carro chefe) que atua na 
venda e prospecção de novos clientes, liderou o ranking de vendas domercado.
Entretanto, nos últimos dois anos a equipe de gestores viu suas vendas caírem 
significativamente. Junto com essa queda, receberam muitas ouvidorias relatando falta de trato e 
falta de conhecimento do mercado por parte de seus vendedores.
Você, gestor de RH, é solicitado para auxiliar na identificação desse problema e sugerir uma 
possibilidade de mudança. 
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Considerando seus estudos sobre as funções gerenciais, estabeleça um plano de ação para 
identificar as causas desse problema e, em segundo momento, um plano para tentar reverter a 
situação. 
INFOGRÁFICO
Com as constantes mudanças do mercado, hoje, as organizações precisam ser resilientes e estar 
preparadas para as mudanças. As empresas que adotam essa experiência, acreditam que a troca 
de informações e as informações geradas pelas pessoas são extremamente valiosas. São 
experiências próprias da organização, pois a cultura da organização deve enfatizar a gestão de 
conhecimento, tornando a relação do capital humano e organização em uma constante evolução.
No Infográfico a seguir, você verá a importância da gestão do conhecimento nas empresas. 
Acompanhe!
CONTEÚDO DO LIVRO
Diante de um cenário competitivo para as organizações, as funções dos gestores tornam-se cada 
vez mais importantes, uma vez que possibilitam melhorar o planejamento, a execução e o 
controle das ações de uma organização. 
Acompanhe a leitura do capítulo Funções gerenciais, da obra Teoria Geral da Administração I, 
para saber mais sobre a importância do processo gerencial para o sucesso das empresas. Boa 
leitura!
TEORIA GERAL DA 
ADMINISTRAÇÃO I
Clarisse Dias
Funções gerenciais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar quais são as funções gerenciais e como elas podem ser 
percebidas nas empresas.
 � Relacionar as funções gerenciais com a possibilidade de alcance dos 
objetivos empresariais.
 � Analisar como as funções gerenciais se relacionam entre si, de forma 
interativa.
Introdução
Neste capítulo, você vai perceber que, diante do cenário em que as em-
presas vivem hoje – com alta competitividade ou fechando suas portas 
devido a um plano de negócio mal estruturado, com pessoas incapazes 
de liderar –, as funções dos gestores se tornam cada vez mais importantes 
para a conclusão dos objetivos organizacionais.
Com isso, a Administração, em seu conceito de processos gerenciais, 
visa a auxiliar na execução dessas atividades, estabelecendo que cada 
colaborador, independentemente de seu nível hierárquico, desempenhe 
suas atividades na busca da realização dos objetivos. Podemos afirmar que 
o processo gerencial influencia o comportamento humano, alinhando 
as metas no cumprimento dos objetivos da organização.
Funções gerenciais dentro das organizações
O conceito de Administração é amplo, pois são diversas as características que 
compõem as nuances das funções administrativas. Utilizando os conceitos 
de Fayol, as funções gerenciais são definidas como os papéis de um gerente, 
embora elas ocorram nos diversos níveis e setores da organização. Pois se 
estes processos não se realizam em conjunto, seria impossível imaginar que 
se concluam com êxito. 
As funções gerenciais determinam primeiramente:
 � planejar, organizar, dirigir e controlar;
 � gerir com eficiência e eficácia;
 � estabelecer os processos organizacionais em prol de seus objetivos;
 � compor outras funções em conjunto com as coordenações de produção, 
financeiro e segurança.
Segundo Amorim e Fischer (2013), no artigo A aprendizagem orga-
nizacional e suas bases econômicas, podemos apresentar as seguintes 
definições:
Planejamento: caracteriza-se pela forma com a qual as pessoas e as em-
presas se relacionam com o futuro. Defendido por alguns autores como uma 
tomada de decisão precavida, é utilizado para planejar o que se espera do 
futuro. Para as organizações, o planejamento é fundamental, pois estabelece 
uma relação que pode acontecer, fazendo com que a empresa faça uma simu-
lação de seu futuro.
O planejamento consiste em três etapas que se subdividem em outras:
1. Estabelecer os objetivos: é neste momento em que os objetivos devem 
mostram os pontos desejados a alcançar.
2. Tomar decisões, que podemos subdividir em quatro processos:
a) experiências anteriores: estudar o passado e construir o futuro;
b) experimentação: estudar alternativas;
c) árvore de decisões: serve para tomar decisões e definir qual vai contribuir 
com mais resultados e menos possibilidades de erro; 
d) pesquisa operacional: utiliza a matemática, auxiliando na relação das 
escolhas organizacionais.
3. Elaborar planos: o plano resulta do planejamento e possui correlação 
entre o processo e a implementação, e subdivide-se em: 
a) programas (programação);
b) procedimentos (métodos);
c) orçamento (recursos financeiros);
d) regras (mudança de comportamentos).
Aplica-se ao planejamento:
 � definição dos objetivos;
 � flexibilidade do planejamento (correlação).
Funções gerenciais2
Para Drucker (1981), é possível montar o plano teórico com a primeira 
função, assim completando o planejamento, e iniciando a próxima etapa, que 
é a organização, conforme apresentamos:
1. Organização: podemos definir como os requisitos externos. Podemos 
citar como exemplo quando uma organização compra equipamen-
tos, aumenta sua estrutura ou contrata pessoas, preparando-se e se 
planejando.
Observamos que as empresas possuem duas funções determinantes: in-
corporar recursos (trazer recursos externos) e distribui-los, como recursos 
materiais, financeiros e tecnológicos. Concluímos, assim, que a organização 
tem a responsabilidade de montar sua estrutura organizacional.
2. Controle: é a função que determina que os demais recursos e valores 
funcionem dentro de limites estabelecidos. Esta função também é ava-
liada, comparada e medida por seu desempenho, visto se tratar de ações 
de correção. Podemos definir como funções básicas do controle: 
a) a legitimidade do negócio (ética);
b) controle: centralizado (aprovação de decisões não rotineiras por gesto-
res) e descentralizado (aprovação de decisões não rotineiras por níveis 
hierárquicos médios e baixos).
3. Direção: a função da direção é ativar as pessoas através de procedi-
mentos, tais como ordem, comunicação, motivação, coordenação e 
liderança. Dinamizar o processo é ativar as pessoas ao processo de 
desenvolvimento, satisfazendo o colaborador e a organização em busca 
da realização de seus objetivos.
O Quadro 1 resume as atribuições em cada etapa.
Planejar Organizar Dirigir Controlar
Objetivos Recursos Liderança Definir
Planos Responsabilidades Fluxos Corrigir
Atividades   Direção Realizar
3Funções gerenciais
Entretanto, para o gerenciamento destes processos, é necessário ser 
criado um alinhamento organizacional, onde se prevejam que as metas 
pessoais dos colaboradores estejam em conjunto com as da organização. 
Assim, estabelecemos a relação de eficiência e eficácia nos processos. 
Entendemos que uma empresa bem organizada é aquela em que cada 
colaborador desempenha seu papel com suas atribuições em busca de 
atender os objetivos propostos. Embora saibamos que não existe uma 
receita pronta para realizarmos um plano, o objetivo é a busca constante 
pelo alinhamento destes processos.
O cuidado que deve ser adotado dentro das organizações serve ao gestor 
como uma forma de não se transformar em um “resolvedor” de problemas, 
e sim o gestor que prevê e cria processos na resolução e na busca do sucesso 
da organização.
Dentro deste alinhamento organizacional, evidenciamos fatores e forças 
que influenciam nesses processos. Iniciamos relatando duas forças principais 
citadas na obra de Amorim e Fischer (2013): fatores externos e fatores internos.
Fatores externos
Podemos denominar como “normas” que a sociedade exige, ou regras, fatores. 
Estes fatores variam de acordo com cada região.Na maioria das vezes, quando 
uma empresa se estabelece em uma cidade, faz um estudo para verificar em 
que nível se encontram estes fatores, como clima, número de habitantes, 
idade, entre outros.
Fatores internos
Denominamos como “cultura da empresa”. São suas crenças, seus propósitos 
e sua missão propriamente dita. A cultura de uma empresa define quem ela é, 
diferenciando-a das demais. Embora apresentem as mesmas condições físicas, 
a cultura é algo que se constrói individualmente dentro de cada organização, 
com a ajuda das pessoas que a compõem.
Algumas práticas tornam-se rituais, mantendo a cultura de uma empresa 
intacta por anos, a ponto de serem executadas automaticamente. Sabemos 
também que a cultura das empresas é influenciada pelo nível hierárquico de 
gestores mais antigos. Havendo sindicalização, a cultura cria mais força ainda, 
fazendo com que as tratativas de alteração se confrontem na busca de mudanças.
Funções gerenciais4
Para aprofundar seus conhecimentos, leia o artigo “Competências e funções gerenciais” 
(UCHÔA, 2012). 
Administração por objetivos
Em qualquer área de nossa vida, seja no trabalho, na família, ou em um grupo 
social, estamos vinculados a metas e planos para concretizá-los. Referindo-se 
ao mundo empresarial, existem ferramentas que auxiliam gestores e organi-
zações na luta pela concretização destes objetivos, através de ferramentas, 
indicadores de desempenho, dentre outros.
Em um primeiro momento, pode parecer redundante falar da importância 
de objetivos em uma organização. Entretanto, ressaltamos que, na grande 
maioria das organizações, a questão referente aos objetivos não é clara, gerando 
impactos gigantescos no momento da tomada de decisão.
Ao falarmos do alcance de objetivos nas funções gerenciais, não podemos 
deixar de citar Drucker (1981), autor que nos apresenta as primeiras ideias 
sobre administração por objetivos. 
Drucker (1981) afirma que o gestor pode ter o controle de suas próprias 
atividades, realizando um trabalho em conjunto com o seu superior, atrelado 
ao conhecimento que ele possui no trabalho direto com a equipe. A ideia é 
fazer com que o gestor se torne mais independente, não sendo necessário 
requisitar seu superior a cada realização de atividade. Entretanto, o objetivo 
geral nesta situação não é tirar o poder do superior, mas fazer com que seja 
um trabalho mais independente, tornando-o superior, um ponto chave dentro 
da organização, e não o resolvedor de problemas simples do dia a dia. Os 
gerentes podem ser melhor desenvolvidos ao perceberem que são avaliados 
de acordo com as atribuições de seu cargo.
O crucial é focarmos nos objetivos como algo primordial para o sucesso 
da organização. Devemos ter o cuidado para que os objetivos pessoais do 
profissional não ultrapassem a linha tênue dos objetivos da organização. Nos 
dias de hoje, cada vez mais os funcionários questionam a finalidade e o sentido 
de seu trabalho. Cabe aos administradores e gestores dizerem que é possível 
sim trabalhar em conjunto na realização deste objetivo, garantindo o sucesso 
da organização e o sucesso profissional do trabalhador.
5Funções gerenciais
Toda mudança enfrenta algum tipo de resistência, ainda mais dentro de uma organiza-
ção onde transitam várias pessoas, cada uma com sua personalidade, identificando e 
vivenciando o que poderia ser melhor diante da situação apresentada. Podemos definir 
dois tipos clássicos de pessoas: as que não aderem a mudanças por entenderem que 
é algo simples que não gera retorno imediato, e as que não as aceitam, pois gostam 
de trabalhar com o improviso e vão tomando decisões na medida em que as coisas 
vão acontecendo.
O desempenho dos gerentes apresenta características que se mostram além 
de suas vontades, tais como (CHIAVENATO, 2000):
 � economia do país;
 � legislação;
 � matérias-primas, como produtos importados, safras;
 � financiamento bancário;
 � poder aquisitivo.
Lembramos que estes fatores também resultam em regras fixas para a 
organização: quanto mais um gerente estiver preparado, conhecendo as pes-
quisas de mercado que influenciaram em sua organização, melhor será seu 
desempenho. 
Não há como sermos específicos ao falarmos das funções do gerente. 
Quanto mais baixo for seu nível de atividade dentro da organização, mais 
quantificado será o seu trabalho. Um trabalhador operacional terá seus rendi-
mentos medidos pelo nível de produção, já o funcionário com cargo elevado 
terá seu desempenho medido por diferentes fatores, como a tomada de decisão 
e a visão sistêmica.
A realidade dos acontecimentos dos objetivos se dá no momento em que 
são idealizados e no momento em que ocorrem, devendo apresentar uma 
crucial importância.
Quando se estabelecem níveis de desempenho, pode-se correr o risco de 
que estes sejam inatingíveis, ou cômodos. Cabe ao gerente definir um nível 
“intermediário” a ser adotado para se conquistar determinado objetivo, não 
desanimando a equipe, mas tampouco deixando-os acomodados. É fundamental 
que os objetivos estejam em comunhão com a proposta da organização.
Funções gerenciais6
Quando todo trabalho está alinhado para atingir determinadas condições 
quanto à qualidade e quantidade, podemos dizer que está de acordo com o 
princípio da Administração por Objetivos, alinhado ao plano de negócios. 
O esforço do gestor em dirigir, estipular e estimular ideias inovadoras deve 
ser medido por sua eficiência e eficácia nas ações. Segundo Drucker (1981), 
autor precursor da Administração de Objetivos, a ideia central é ser a união 
entre uma administração visionária com a cultura da organização. 
Uma das principais vantagens de se administrar com foco nos objetivos 
é possuir o controle de sua própria empresa. O controle é focado nos objeti-
vos a atingir e baseado no desempenho do gestor conforme os objetivos da 
organização. 
A administração por objetivos e controle pode e deve ser considerada 
um estudo da administração, pois a mesma defende o bom desempenho do 
administrador na ânsia dos objetivos e necessidades pessoais. Isto é liberdade 
aliada à legalidade da administração. Remetendo este processo aos dias atuais, 
esta visão de administração por objetivos carrega uma nova esperança aos 
gestores, resultando no processo determinante do que realmente é importante 
para alcançar os objetivos da organização. 
Nos últimos anos, as organizações vêm centralizando informações para 
agir de uma forma clara nesta relação de objetivos versus organização versus 
tarefas. Para isso, é necessária a implementação de alguns documentos. Em 
um primeiro momento, é importante que os gestores desenhem a descrição 
de funções de acordo com os objetivos, as normas e a cultura da organização 
(Quadro 2). Esta descrição pode e deve ser atualizada e renovada a qualquer 
momento, desde que haja uma comunicação da organização.
Tarefa
Objetivos 
esperados Prazo Controle
Quadro 2. Exemplo de quadro para organização das tarefas conforme objetivos, normas 
e cultura da empresa.
7Funções gerenciais
Alves, Brennand e Soares (2016), no artigo Conectando inteligências 
múltiplas através de aplicações interativas na formação de gestores nos 
apontam que podemos definir alguns requisitos básicos que devem constar 
na elaboração dos objetivos organizacionais, ressaltando que, hoje, uma das 
maiores preocupações dentro da organização é para que este objetivo não seja 
vago. Os requisitos básicos podem ser os seguintes:
 � estipular metas para as áreas que abrange (respeitando as particularida-
des de cada área e objetivos individuais em conjunto com a organização/ 
plano anual);
 � ser pertinente ao que se pretende atingir (difícil, não impossível);
 � ser específico (na questão de quanto, quando e como);
 � mensurar os resultados esperados (uma ideia clara do que se espera).
Infelizmente, evidenciamos casos em que há uma divergência de propó-
sitos dentro de uma mesma organização, como a de pessoal e legal. Cabe aos 
gestores alinharem esses processos juntoa todas as áreas para que a visão 
desses gestores possa precaver situações antes do acontecimento.
Fixação de objetivos
Para Silva et al. (2016), a política de objetivos é classificada em três níveis 
básicos, descritos a seguir.
Política geral: é determinada com o intuito de estabelecer um processo de 
alinhamento de todos os objetivos da organização. Compreende-se que cada 
área tenha objetivos especificamente particulares, entretanto, ressalta-se a 
importância de estes estarem alinhados em prol da realização e da concretização 
dos mesmos, visando a atender às expectativas da organização.
Política em nível de divisão: nesse nível, os objetivos são verificados 
após a aprovação dos gestores e dos diretores definidos para cada equipe, 
determinando o que se refere a cada divisão de área, alocando-os no calendário 
anual da organização, e avaliando o desempenho de cada divisão.
Política em nível de departamento: nesse momento, cada gerente trabalha 
junto a sua equipe. O gerente pode utilizar recursos de planejamento interno 
para sua área (relacionados com os objetivos da organização).
Considerando os objetivos individuais em quantitativo e qualitativo, estes 
devem conter uma linguagem simples, porém específica, para que atenda à 
compreensão de todas as áreas da organização. 
Funções gerenciais8
Cada modelo de objetivos, plano anual e demais definições de processos 
gerenciais de uma organização podem ser utilizados por gerentes, gestores e 
demais colaboradores. Assim que estes forem alterados, todos os envolvidos 
devem ser sinalizados. Entretanto, mesmo respeitando a possibilidade de 
alteração, deve-se considerar o envolvimento de todas as partes.
Gerenciamento versus concretização de 
objetivos
Conforme Amorim e Fischer (2013), em todas as atividades humanas é im-
prescindível citarmos o capital humano. É ele que move todas as ações sociais 
e organizacionais. Os ativos envolventes, como tecnologia da informação e 
conhecimento, são determinantes do ambiente externo. Tratam-se de ferra-
mentas que necessitam do bem mais precioso de uma organização, o capital 
humano. Uma organização que possui um alinhamento entre profissionais e 
tecnologia, terá sucesso certo em seu desenvolvimento.
Nos dias atuais, ainda vemos empresas que optam por seguir uma linha 
de mão única: conhecimento ou tecnologia. É comum identificarmos casos 
de empresas que detêm o conhecimento apenas em uma pessoa, e quando 
esta não faz mais parte da equipe, a empresa se vê no prejuízo, tanto para ela 
quanto para seus clientes. O foco, então, deve ser um trabalho em conjunto 
de pessoas que buscam atingir um determinado fim.
Na construção, na qualificação e no desenvolvimento das competências 
do profissional dentro das organizações, utilizam-se tecnologias educacio-
nais para auxiliar na interpretação do processo educativo corporativo. Tais 
tecnologias podem ser:
 � Instrução: estruturação dos processos de aprendizagem de forma 
simples. Compõem, nesta etapa, objetos e processos que definirão o 
andamento do curso/atividade, podendo até serem autoinstrucionais.
 � Treinamento: são eventos que atendem às necessidades organizacionais 
em um momento determinado, talvez específico. Um programa que 
também pode englobar, na prática, a vivência de determinada situação, 
capacitando o colaborador e tornando-o multiplicador do conhecimento 
adquirido. Para a realização de um treinamento é necessária uma pro-
gramação efetiva, evidenciando os pontos a serem trabalhados. 
 � Desenvolvimento: trata-se do grau de aprendizado colaborador/aluno 
que, através dos processos de aprendizagem, irá nivelar o grau de conhe-
9Funções gerenciais
cimento adquirido por parte das atividades realizadas do multiplicador 
e de seus colegas.
 � Educação: programas de ação continuada de longa ou curta duração que 
visam atender um objetivo estabelecido pela organização, disseminar o 
conhecimento em diversos níveis, profissionalizante, técnico, graduação, 
pós-graduação, mestrado e doutorado.
O foco dentro das organizações são as mudanças, e as pessoas entrelaçam 
elos com a organização. Isso ocorre no momento em que o indivíduo se iden-
tifica com a cultura da organização, referindo-se aqui aos valores, caráter, o 
que popularmente podemos dizer do “cara que veste a camiseta”.
Essas particularidades remetem aos colaboradores a motivação, dedi-
cação, segurança e a autorrealização, itens que compõem a pirâmide das 
necessidades, segundo Maslow. Considerando a complexidade deste processo, 
citamos que a visão estratégica que um gestor deve ter compõe o processo 
de tomadas de decisões em ação conjunta para que essas particularidades 
se concretizem.
A competitividade dos dias atuais exige das organizações uma pre-
paração além do presente. O uso da tecnologia e de ferramentas técnicas 
possuem, hoje em dia, inúmeros recursos para satisfazer essa necessidade 
na organização.
A eficiência de um equipamento já não traz tantos resultados a uma 
organização, senão em comum parceria de profissionais capacitados. Tam-
bém ressaltamos que o fácil acesso e as opções ilimitadas a alternativas 
alinham-se a vantagens e desvantagens. As empresas devem investir na 
sua capacidade de inovação para liderar o mercado onde atuam, visto que a 
concorrência é cada vez mais acirrada. Porém, isso deve ser responsabilidade 
de todos dentro da organização. Este processo pode ocorrer em um trabalho 
em conjunto com todas as áreas, através de estratégias, evidenciando as 
mudanças organizacionais. 
Em cada organização, as formas de comando variam, tornando-se bem-
-sucedidas ou não. Com isso, definimos que os estilos pessoais interferem no 
comando, na cultura e no andamento das atividades da empresa.
Tanto as organizações quanto as economias nacionais enfrentam dificul-
dades no momento da mensuração dos ativos tangíveis e intangíveis. Com 
isso, fazem uso de ferramentas ligadas às tecnologias da informação (TICs) 
(Figura 1). Com estes parâmetros de mensuração, é possível verificarmos se 
os indicadores estão ocorrendo com eficiência e eficácia junto aos objetivos 
da organização.
Funções gerenciais10
Figura 1. As TICs colaboram sobremaneira no controle dos indicadores da 
organização.
Fonte: Black Jack/Shutterstock.com
A inovação impulsiona os processos da organização para com a concor-
rência. O conhecimento, ou seja, o capital humano da organização, aliado às 
novas tecnologias, são ferramentas básicas para o desenvolvimento da empresa. 
A inovação dentro das organizações voltada à política deve estar relacio-
nada ao conhecimento das pessoas. O objetivo deve ser o foco geral em todos 
os lugares para as funções, processos e desenvolvimento da organização. O 
aprendizado e a mudança são faces de uma mesma moeda. A sobrevivência de 
uma organização está aliada ao controle de reter o conhecimento e desenvolver 
competências, em uma contínua melhoria nos processos. 
As perspectivas da aprendizagem organizacional estão atreladas aos es-
tudos e às pesquisas realizadas no assunto, caracterizando a aproximação 
destes. Os fatores aqui citados são apresentados por Silva et al. (2016) como 
determinantes do aprendizado organizacional:
 � aquisição de conhecimento;
 � distribuição de conhecimento;
 � interpretação da informação;
 � memória organizacional.
11Funções gerenciais
Entretanto, há autores que defendem a aprendizagem organizacional com 
outros fatores, tais como:
 � experiência institucional; 
 � fenômeno de adaptação;
 � processo de mudança de pressupostos compartilhados;
 � processo de relações resultantes de ações e conhecimentos desenvolvidos.
Com isso, dizemos que existe um enorme número de estudos voltados à 
pesquisa do tema aprendizagem organizacional. Apesar disto, identificamos 
carência de compreensão do mesmo nas organizações. No entanto, em meio 
a diversos paradigmas sobre o assunto, neste trabalho, a aprendizagem orga-
nizacional é tratada com base em três conceitos.
Desta forma, concluímos que aprendizagemorganizacional envolve manipu-
lação e combinação de conhecimentos, sendo que quando não há engajamento 
por parte dos membros, torna-se trabalhosa a aprendizagem. Ressaltamos 
também a importância do ambiente externo no processo das mudanças dentro 
das organizações, tendo em vista que o mercado se baseia nas adaptações que 
surgem do ambiente externo. A criatividade para a organização dos processos 
deve ser liderada, em alguns momentos, de forma paralela (em conjunto) e, 
em outros, individualmente (entre as áreas). 
ALVES, R.; BRENNAND, E.; SOARES, I. Conectando inteligências múltiplas através de 
aplicações interativas na formação de gestores. Gestão & Aprendizagem, João Pessoa, 
v. 4, n. 2, p. 11-33, 2015. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/
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AMORIM, W. A. C.; FISCHER, A. L. A aprendizagem organizacional e suas bases 
econômicas. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 23, n. 2, p. 329-366, maio/ago. 
2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi
d=S0103-63512013000200004>. Acesso em: 28 nov. 2017.
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 6. ed. Rio de Janeiro: Cam-
pus, 2000.
DRUCKER, P. F. Fator humano e desempenho. São Paulo: Pioneira, 1981.
Funções gerenciais12
SILVA, M. D. L. et al. Gestão da produção: estudo sobre a gestão da manutenção na 
geração de energia e vapor utilizando caldeiras de uma indústria. In: ENCONTRO 
PARAENSE DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 7., 2016, Belém. Anais... Belém: [s.n.], 2016.
UCHÔA, M. Competências e funções gerenciais. Administradores, 17 maio 2012. Dis-
ponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/competencias-
-e-funcoes-gerenciais/63553/>. Acesso em: 28 nov. 2017.
Leituras recomendadas
ANTHONY, R. N.; GOVINDARAJAN, V. Sistemas de controle gerencial. 12. ed. Porto Alegre: 
McGraw-Hill, 2008. 
BETIM, L. M.; RESENDE, L. M. M. Aprendizado interativo influenciando no processo 
de geração da inovação: estudo em um aglomerado produtivo de empresas. Revista 
Gestão Industrial, Ponta Grossa, v. 6, n. 3, p. 188-202, 2010. Disponível em: <https://
periodicos.utfpr.edu.br/revistagi/article/view/694/539>. Acesso em: 28 nov. 2017.
ENDEAVOR BRASIL. PDCA: a prática levando sua gestão à perfeição. [S.l.]: Endeavor 
Brasil, 2015. Disponível em: <https://endeavor.org.br/pdca/>. Acesso em: 04 nov. 2016.
JACOBS, F. R.; CHASE, R. B. Administração da produção e de operações: o essencial. Porto 
Alegre: Bookman, 2009. 
PEQUENO, C. N.; CARVALHO, M. G. F.; FONTES, V. M. Redução do consumo de produto 
químico utilizado em uma linha de produção de uma indústria de pneus. 2015. Trabalho 
de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção) – Universidade do 
Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.
REY, B. Como fazer um brainstorming eficiente. Exame Carreira, 26 jul. 2013. Disponível 
em: <http://exame.abril.com.br/carreira/como-fazer-um-brainstorming-eficiente/>. 
Acesso em: 04 nov. 2016.
RODRIGUES, S. Crise: perigo, oportunidade e… papo furado. Sobre palavras. Veja.
com, 18 set. 2013. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/
lendo-a-lenda/crise-perigo-oportunidade-e-papo-furado/>. Acesso em: 04 nov. 2016.
13Funções gerenciais
Conteúdo:
 
DICA DO PROFESSOR
Qual o papel do gerente em uma organização? As funções gerenciais surgem para desenvolver, 
tanto a organização, quanto os colaboradores.
No vídeo a seguir, você saberá mais sobre as funções gerenciais para o sucesso da organização.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) O papel do gerente dentro das organizações, pode ser visto de várias formas por meio 
de suas funções, papéis e níveis hierárquicos. Assinale a alternativa que define as 
funções gerenciais segundo Fayol.
A) O gerente deve planejar e exercer suas funções, organizar e controlar recursos, bem como 
dar o direcionamento em acordo com a estratégia. 
B) Cabe ao gerente exercer as funções de supervisor e os papéis de planejar e controlar, 
negociar as situações, valorizando as habilidades cognitivas e de relações, envolvendo 
comunicação e liderança.
C) O gerente deve exercer funções de comando e controle: monitor, portador da voz e 
administrador de conflitos e negociados.
D) Exerce funções de planejamento, comunicação e liderança.
E) Exerce funções de organização e liderança.
Dentro dos aspectos abordados pela Administração por Objetivos, os gerentes têm a 
preocupação de definir requisitos básicos quando elaboram os objetivos 
2) 
organizacionais. A maior das apreensões é que o objetivo seja vago ou impreciso.
Conhecendo esta ansiedade dos gerentes, de que forma se apresentam os requisitos 
básicos para a elaboração de objetivos?
A) Haver uma divergência de propósitos; serem específicos; capazes de mensurar os resultado 
esperados, e estarem relacionados ao que se pretende atingir;
B) Atingir metas da área de recursos humanos; capazes de mensurar os resultado esperados; 
estarem relacionados ao que se pretende atingir e serem específicos;
C) Serem específicos; capazes de mensurar os resultado esperados; estarem relacionados ao 
que se pretende atingir e atingir metas da área legal;
D) Serem específicos; capazes de mensurar os resultado esperados, e estarem relacionados ao 
que se pretende atingir;
E) Estimar metas para as áreas abrangidas; serem específicos; capazes de mensurar os 
resultado esperados, e estarem relacionados ao que se pretende atingir;
3) Quanto às funções administrativas, considere as afirmativas a seguir: 
 
I. A primeira função da administração é a de agir como uma base para as demais 
funções. Trata-se de um modelo para determinar o futuro das ações. 
II. A departamentalização pode ser definida por um agrupamento de atividades que 
visa estruturar as lógicas da organização. 
III. A função administrativa de controle é composta por tarefas, órgãos, pessoas e 
relações. 
IV. Para que os objetivos estejam de acordo com o que esperamos da organização, 
determinamos que eles estejam ligados pela função controle, a qual assegura que 
estejam o mais próximos possível.  
 
Qual é a afirmativa correta?
A) Apenas a alternativa II está correta.
B) Apenas as alternativas I e IV estão corretas.
C) Apenas as alternativas II e IV estão corretas.
D) Apenas as alternativas III e IV estão corretas.
E) Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas.
4) As responsabilidades existentes em uma empresa definem a estrutura organizacional. 
Nos padrões de estrutura se estabelecem as atividades realizadas e as estratégias 
executadas. Com o objetivo de subsidiar e inovar as decisões a serem tomadas, 
podemos identificar, com base no texto, uma ligação entre: 
A) Inovação, mercado e mudanças organizacionais. 
B) Estratégia, estrutura e sucesso. 
C) Responsabilidade, execução e variações. 
D) Pessoas, atividades e risco. 
E) Objetivos, estrutura e responsabilização. 
5) Consideramos que a administração é uma ciência relativamente nova, pois foi 
reconhecida em 1965. Ela exerce papel fundamental dentro das organizações, porém 
ainda há inúmeras dúvidas quanto ao seu papel, na busca constante da eficiência e 
eficácia. Podemos dizer que o papel do administrador, resume-se em:
A) ser orientador, auxiliando nas decisões e ações da empresa, sem se envolver na rotina da 
administração.
B) acompanhar as atividades realizadas para verificar se foram realizadas conforme o 
planejado.
C) acompanhar todos os processos da organização, verificando-os para definir quais os mais 
produtivos.
D) acompanhar os processos administrativos, revisando todos os processos internos.
E) trabalhar para atingir, com excelência, os objetivos da organização, fazendo uso dos 
recursos disponíveis e considerando o envolvimento do ambiente interno e externo.
NA PRÁTICA
Entendendo que investir em treinamento dos colaboradores pode ser a melhor forma de 
melhorar a qualidadedos serviços, uma empresa do ramo de fast food implementou sua 
universidade corporativa. O objetivo é valorizar as competências de seus colaboradores e 
atender às necessidades da organização, promovendo o capital humano dentro de sua 
organização.  
 
Além de entender que a educação continuada pode transformar as interações de seus 
colaboradores, a empresa acredita que a iniciativa será uma maneira de difundir o modelo de 
gestão da rede.  
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Competências e Funções Gerenciais
Na dica de leitura a seguir, você verá as competências necessárias ao gerente.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Gerenciamento de operações e de processos: princípios e práticas de impacto estratégico
Conheça uma abordagem crítica sobre o gerenciamento de operações e processos, com a leitura 
da obra Gerenciamento de operações e de processos: princípios e práticas de impacto 
estratégico.
Tipos de Gerente
APRESENTAÇÃO
Nos últimos anos, o ambiente organizacional sofreu inúmeras mudanças, refletindo nas 
organizações. Com isso, torna-se significativamente importante o papel do gerente dentro 
das organizações. Há muitas dúvidas e discussões quanto ao papel gerencial, pois é o perfil do 
gerente que norteará a organização em prol da concretização dos objetivos. Mas qual é o perfil 
do gerente que melhor se adapta à cultura da organização? 
Henry Mintzberg apresenta um modelo de gestão que compõe os perfis de gerentes, bem como 
as responsabilidades do trabalho do gestor. O perfil do gerente independe da hierarquia e do 
setor da organização, e está atrelado às atividades que ele desenvolve, o que irá diferenciar o 
papel e o nível de adequação na realização da tarefa. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá os tipos de gerentes, sua relação com as 
atividades gerenciais e com os níveis de autoridade e responsabilidade. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os mais variados tipos de gerentes que atuam dentro das empresas e suas 
atividades diárias.
•
Relacionar as atividades gerenciais com os respectivos níveis de autoridade e de 
responsabilidade.
•
Explicar o que significa sensemaking e por que ele é importante para os gerentes na 
atualidade.
•
DESAFIO
A empresa Século, do setor educacional, liderava o mercado nacional na venda de cursos, 
contando com cerca de dez mil alunos matriculados a cada semestre e uma equipe de vendas 
com 100 pessoas. Porém, nos últimos três anos evidenciou uma queda em 50% nas vendas de 
cursos e retenção de alunos, o que estava refletindo na equipe, que já não realizava as atividades 
com o mesmo entusiasmo e motivação.  
 
Com isso, o gestor de vendas, juntamente com a administração e recursos humanos, decidiu 
contratar a sua empresa de consultoria para identificar as dificuldades enfrentadas na situação 
que pudessem sanar o problema e fazer com que a equipe voltasse a trabalhar com o entusiasmo 
de sempre.  
 
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Você, enquanto consultor, qual postura adotaria junto à empresa para sanar tais 
evidências? Liste o passo a passo de suas ações.
INFOGRÁFICO
Diante da competitividade que as empresas enfrentam nos dias atuais é preciso desenvolver 
pessoas para a liderança. As organizações devem estar atentas ao perfil de seus líderes, que 
devem ter uma relação de empatia com o grupo, ao mesmo tempo em que trabalham na 
concretização de objetivos da organização. O líder também deve orientar e questionar o 
trajeto da realização das atividades.  
 
Veja, no Infográfico a seguir, as funções e a importância de um líder para a motivação da equipe 
e o sucesso da organização. 
CONTEÚDO DO LIVRO
Na administração de empresas, existem inúmeros tipos de líderes, e os estilos de liderança 
denominam o comportamento do líder, independente de suas características pessoais.
No capitulo Tipos de Gerente, da obra Teoria Geral da Administração I, você evidenciará a 
importância do relacionamento de seus gestores com seus funcionários e com a organização para 
o desenvolvimento de todos.
Boa leitura.
TEORIA GERAL DA 
ADMINISTRAÇÃO I 
Clarisse Dias
Tipos de gerente 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar os mais variados tipos de gerentes que atuam dentro das 
firmas e suas atividades diárias.
 � Relacionar as atividades gerenciais com os níveis de autoridade e de 
responsabilidade respectivos.
 � Explicar o que significa sensemaking e por que ele é importante para 
os gerentes na atualidade.
Introdução
Neste texto, iremos verificar que, nos últimos anos, o ambiente organiza-
cional sofreu inúmeras mudanças que refletiram nas organizações. Com 
isso, tornam-se significativamente importantes os papéis dos gerentes 
dentro das organizações. Há muitas dúvidas e discussões quanto à natu-
reza desta função, pois é o gerente que tem o papel norteador dentro da 
organização em prol da concretização dos objetivos organizacionais. A 
dúvida que nos remete é o real papel do gerente dentro da organização.
Conforme Mintzberg et al. (2007) apresentam em seus estudos, essa 
é apenas uma das muitas dúvidas a respeito do papel do gerente. O 
autor nos apresenta um modelo de gestão que compõe os papéis de 
gerente, bem como as responsabilidades do trabalho de gestor. Ser 
gerente independe da hierarquia e do setor da organização, o que vai 
diferenciar o seu papel é o nível de adequação na realização da tarefa.
Modelos de liderança e suas atividades
Por meio de seus autores, a Administração nos apresenta diferentes tipos de 
líderes. São os estilos de liderança que denominam o comportamento do líder, 
independentemente de suas características pessoais. Ramos (2014) nos diz 
que o tipo de líder está ligado à personalidade, enquanto o estilo de liderança 
está associado ao que o líder faz. O Quadro 1 mostra os três principais tipos 
de líderes.
Autocrático Democrático Liberal
 � Decide tudo sozinho 
sem a participação do 
grupo. 
 � Define rigidamente os 
processos (das tarefas 
aos resultados).
 � Visualiza os colabora-
dores como unidades 
de trabalho.
 � Decide em conjunto 
com o grupo todas as 
decisões.
 � O grupo define au-
tonomamente todas 
as tarefas a serem 
realizadas e seus 
processos. 
 � É o líder que alinha a li-
berdade nas decisões 
individuais e grupais. 
Age como um orien-
tador nas sugestões e 
ideias para o grupo.
Quadro 1. Tipos de líderes.
Considerando que a liderança é atrelada às competências de inteligência 
e ao clima de trabalho, podemos categorizar a liderança em ressonante e 
dissonante, conforme apresenta o Quadro 2.
Ressonantes Dissonantes
 � Visionário: compartilha visões e so-
nhos. É extremamente positivo em 
situações que exijam uma orientação 
clara.
 � Conselheiro: age como relacionador 
dos desejos do grupo em conjunto 
com os objetivos da empresa.
 � Democrático: valoriza que cada um 
do grupo tem algo a contribuir na 
ação conjunta de atingir os objetivos 
da empresa.
 � Dirigista: busca sempre fazer o seu 
melhor, mas é pouco comunicativo 
e apresenta baixa empatia.
 � Pressionador: é ágil no atingimento 
das metas com rapidez e qualidade. 
Porém tem um efeito muito negativo 
dentro do grupo.
Quadro 2. Liderança ressonante e dissonante.
Tipos de gerente2
Liderança diretiva: quando a tomada de decisão parte de um único líder. Normal-
mente, esse modelo de liderança não prepara seu sucessor.
Liderança participativa: é um líder provisório, um líder itinerário ou itinerante. Po-
demos dizer que é diretivo, mas não definitivo.
Liderança delegativa: é um líder que delega a função de liderança a outro 
representante.
Liderança estilo coaching: é um líder treinador, que estimula o grupo a tomar decisões 
estratégicas em busca dos objetivosda organização.
Os líderes devem ter uma posição impessoal e passiva quanto às metas da 
organização, pois apesar de estarem liderando pessoas em prol dos objetivos da 
empresa, também estão sendo avaliados pelo desempenho de suas funções. A 
partir das necessidades e dos sonhos da organização, nascem as metas ligadas 
à sua história e à sua cultura.
O trabalho é considerado, pelos líderes, um processo rotineiro que permite 
a interação de pessoas e a tomada de decisões. Neste momento é que se pode 
negociar, barganhar, usar recompensas e demais formas de interação, de acordo 
com o papel que cada pessoa desempenha no processo. Os líderes também 
devem ter cuidado na relação estabelecida com o grupo, para que o emocional 
não afete significativamente o desempenho das tarefas. Não se considera 
negativo esse tipo de liderança, mas necessário. Atualmente, acompanhamos 
inúmeros modelos de liderança no mercado, com sucesso ou não. O papel 
do líder é conservar o principal valor da empresa em menor tempo e custo. 
Para Ramos (2014), a liderança é uma grande conquista para as organiza-
ções. O administrador deve ser um líder nato para nortear os funcionários 
que o acompanham, como forma de influenciar pessoas em busca do objetivo 
esperado, auxiliando na modificação de seu comportamento e o meio no qual 
atuam na busca de atingir os objetivos de ambos. O gerente também deve ter 
em mente que as pessoas devem ser vistas como colaboradoras do processo, 
e não subordinadas, pois os funcionários atuam junto aos seus líderes na 
conquista de metas.
Na liderança visionária, a preocupação central é o futuro e o fato de poder 
correr riscos. Os líderes que partem dos princípios visionários não dependem 
3Tipos de gerente
do recebimento dos processos detalhados que devem ser realizados. A liderança 
visionária garante viabilidade a longo prazo. Contudo, as empresas geridas 
por visionários correm mais riscos de fracassar no curto prazo, pois os líderes 
estão mais dispostos a correr riscos, considerando mais seus objetivos do que 
os reais valores da empresa.
Sempre preocupados em utilizar a criatividade, a inovação e a tecnologia, 
não aceitam desculpas quanto a colocar a empresa em um novo formato, 
quando julgam ser considerável ao sucesso desta.
Ao iniciar um trabalho neste modelo de liderança, a identidade empresarial 
parte do que se está sendo construído, pois o futuro não é garantido. A insta-
bilidade é parceria certa neste modelo, pois não há como prever os percalços 
do caminho. Este modelo desagrada muitas pessoas por ser desconhecido e 
aventureiro. Porém, quando atinge os objetivos esperados, é líder no quesito 
sucesso.
Nos dias atuais, o que vemos no comportamento das empresas são estas 
fazendo um link com este modelo de liderança visionário, em contrapartida 
com o modelo democrático, atendendo seus diferentes públicos. Entre-
tanto, com um único objetivo: cativar, fidelizar e concretizar os objetivos 
organizacionais
Comparando as lideranças
Diferentemente dos gerenciais e dos visionários, os líderes estratégicos são 
sonhadores e lutam para concretizar seus objetivos. Um líder estratégico 
procura agregar mais valor no decorrer dos processos realizados. Quando 
a junção desses dois modelos de liderança acontece, é agregado valor tanto 
para o profissional quanto para a organização, ou seja, todos ganham nesse 
momento. O indivíduo que possua sinergia e qualidades visionárias e gerenciais 
potencializará um grau considerável de realização para a empresa. 
Conforme Salles e Villard (2017), o que destaca os líderes estratégicos 
dos demais é o comportamento ético, um modelo de gestão muito raro de ser 
encontrado dentro das organizações. Ainda para os autores (2017), é necessário 
que haja um bom relacionamento e envolvimento entre estes diferentes mode-
los de liderança, pois é neste envolvimento que podem ocorrer a partilha de 
conhecimento e a troca de experiências em busca da realização dos objetivos 
em comum.
O Quadro 3 nos mostra alguns tipos de liderança, conforme Ramos (2014).
Tipos de gerente4
Liderança estratégica Liderança visionária Liderança gerencial
 � Decisões baseadas 
em valores.
 � Estratégias a longo 
prazo.
 � Apresentam 
características 
otimistas.
 � Consideram a 
estratégia o ponto 
principal. 
 � Pensamento linear e 
não linear.
 � Apresentam 
proatividade.
 � Ocupam cargos de 
alto risco.
 � Têm um 
relacionamento 
empático com o 
grupo.
 � Influenciam as 
pessoas.
 � São multifuncionais e 
integradores.
 � Baseiam-se em 
valores.
 � Atentam-se ao 
conhecimento.
 � Pensamento não 
linear.
 � São conservadores.
 � São facilitadores.
 � Acreditam na 
importância 
dos processos 
conservadores.
 � Influenciam as 
pessoas.
 � Atuam em áreas 
funcionais.
 � Nem sempre tomam 
decisões baseadas 
em valores.
 � Têm pensamento 
linear.
 � Fazem escolhas 
baseadas nos 
ambientes interno e 
externo.
Quadro 3. Tipos de liderança: estratégica, visionária e gerencial.
Aprofunde seus conhecimentos lendo o texto “Competências do gestor/gerente/
administrador: seus diferentes tipos e seus papéis” (VIEIRA, 2013).
Liderança nos tempos atuais
As empresas precisam de líderes competentes para atuar e motivar o desenvol-
vimento de pessoas. Como já vimos anteriormente, a liderança é um requisito 
básico para o sucesso de uma organização em qualquer momento. Quando 
há turbulência, a liderança é o diferencial para o fracasso ou o sucesso de 
uma empresa. Podemos definir liderança como a influência de alguém sobre 
5Tipos de gerente
o comportamento de um indivíduo ou grupo com qualquer finalidade, sendo 
exercida para objetivos de terceiros ou objetivos organizacionais.
Com o atual momento organizacional, as empresas estão se desmembrando 
e reconstruindo a maneira como são dirigidas, formando novos grupos, con-
duzidos por profissionais focados em determinados processos, propondo-se a 
atingir o que a empresa busca com inovação, tecnologia e formas diferenciadas 
de gerenciamento.
A liderança deve aprimorar o trabalho de homens e de máquinas, melho-
rando a produção; deve fazer com que as pessoas sintam orgulho na realização 
de seu trabalho; deve procurar sanar as dificuldades e realizar o melhor trabalho 
em menor tempo. Neste contexto, o papel do gerente entra como norteador do 
grupo na realização dos processos. As responsabilidades do líder vão além, 
atuando através de ferramentas, conhecimentos, visualizando o desempenho 
de seu grupo e identificando se estes estão correspondendo ao sistema de 
gestão da empresa, pois o líder deve ser o que visualiza a melhoria do grupo 
na atuação das tarefas. Assim, há redução de problemas para as pessoas e a 
empresa.
Em algumas organizações, a liderança é até mesmo mais importante que o 
processo estratégico, pois é o líder quem irá conduzir as pessoas na realização 
dos demais processos. É neste momento que a empresa deve estar atenta ao 
perfil dos líderes de suas operações, pois partirá deste o sucesso ou o fracasso 
na realização das tarefas.
No cenário atual, as empresas enfrentam uma luta árdua na busca de seus 
profissionais, e estes, muitas vezes, enfrentam a mesma luta em busca de 
aperfeiçoamento para responder às exigências determinadas pelos cargos.
As pessoas e as organizações estão constantemente sujeitas a um grande 
número de situações, com o intuito de sanar suas dificuldades e manter o 
andamento natural, a necessidade de pertencer a um grupo social reflete nas 
pessoas o desejo de autorrealização. O principal motivo que faz com que as 
pessoas ajam de determinada maneira se dá pela origem de comportamentos 
sociais e físicos, pois as pessoas buscam o poder do status, julgando afetar o 
processo de sua autoestima. 
A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), apresentada por Gomes, Gomes e 
Magalhães (2016), distingue-se pelo respeito às pessoas. Assim, as organizações 
precisam de pessoas motivadas e felizes para alcançar os níveis desejados de 
qualidade e de produtividade, e a

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