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60. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE SUSHIS COMERCIALIZADOS NA ZONA CENTRO-SUL DE MANAUS/AM. Adele Luíza da Matta Cost1; Silvia Regina Nogueira Gomes2; Raimundo Felipe da Cruz Filho3; Ana Rita Gaia Machado4; Shirley Alcolumbre Gonçalves Oliveira5 1 Discente do curso de pós-graduação Gestão de Segurança de Alimentos da Faculdade Estácio do Amazonas; 2 Discente do curso de pós-graduação Gestão de Segurança de Alimentos da Faculdade Estácio do Amazonas; 3Doutor em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas; 4Doutoranda da rede de biodiversidade e biotecnologia da Amazônia Legal – Universidade Federal do Amazonas; 5 Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. INTRODUÇÃO O sushi tradicional é um alimento constituído de arroz temperado como molho de vinagre, açúcar e sal, e combinado com salmão, envolvido em uma fina camada de algas marinhas. Apesar de ser considerado um alimento saudável, pois é rico em proteína e ômega 3,além de conter produtos à base de soja, que reduzem os níveis de colesterol ruim (LDL), evitando a formação de placas de gordura nas artérias, pode ser também considerado alimento de risco, visto que nas grandes cidades, tornou-se uma preocupação pelas condições higiênico-sanitárias durante sua preparação e conservação e com isso contribuir para o risco à saúde, principalmente em crianças, idosos, grávidas e imunocompetentes. Este estudo analisou a qualidade microbiológica de sushis comercializados em estabelecimentos de culinária japonesa localizados na Zona Centro-Sul de Manaus/Am. METODOLOGIA Foram selecionados dez estabelecimentos, coletando-se duas amostras aleatórias de sushi tradicional, realizando a técnica de Número Mais Provável (NMP). As amostras foram pesadas, sendo 25 g em cada amostra e transferidas assepticamente para frascos contendo 225 mL de água peptonada estéril, homogeneizadas, obtendo-se a diluição 10-1. Foram pesquisados os microrganismos citados pela RDC12/01 da ANVISA, no item 2.2 (Pratos prontos para consumo, à base de carnes, pescados e similares crus), tais como: Coliformes a 45 ºC, Staphylococcus coagulase positiva/g e Salmonella sp/25g. Para confirmação de Coliformes a 45 ºC, uma alçada de tubos contendo caldo EC que apresentavam produção de gás no interior do tubo de Durhan, foi semeada em placas de Petri contendo Ágar Eosina Azul de Metileno (EMB). As placas foram incubadas a 45 ºC por 24 horas. Para pesquisa de Staphylococcus utilizou- se o método de contagem direta em placa inoculando 0,1 mL de cada diluição na superfície de placas de Agar Manitol. Incubou-se as placas invertidas a 37 ºC por 48h. Para a análise de Salmonella, foi retirado 1 mL de cada amostra diluída e utilizado para inocular 10 mL de caldo EC e incubados a 24h por 37 ºC. Após a incubação, alíquotas de cada tubo que apresentaram turvação foram estriadas em placas de ágar Salmonella-Shigella e incubadas a 24h por 45 ºC. RESULTADOS E DISCUSSÃO Observou-se a presença de Coliformes a 45 ºC em 50% das amostras analisadas, onde a contagem encontra- se abaixo de ≤102 NMP/g (RDC12/01). Apenas 10% das amostras apresentaram níveis acima do padrão estabelecido para esses coliformes, sendo consideradas microbiologicamente insatisfatórias e impróprias para o consumo. Em todas as amostras estavam ausentes para Salmonella sp e Staphylococcus coagulase positiva. CONCLUSÃO Os resultados deste trabalho apontam a necessidade de conscientização dos proprietários e manipuladores de alimentos desses estabelecimentos quanto à adoção de boas práticas de fabricação de alimentos além de ressaltar uma melhor fiscalização pelas autoridades sanitárias para que sejam evitados maiores riscos à saúde pública. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução :RDC Nº12, 02 de Janeiro de 2001.Aprova o Regulamento técnico sobre os padrões microbiológicos para alimentos. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br Acesso em 05/01/2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan: normas e rotina. – 2. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007. 68 p: il.– (Série A. Normas e Manuais Técnicos) http://www.anvisa.gov.br/ CHAYB, A. P. V. Segurança alimentar, globalização e modismos alimentares: o consumo de sushi e fastfoods e sua interface com o desencadeamento de doenças crônicas. Fortaleza, Universidade Federal do Ceara, 2010. Dissertação de Mestrado em Saúde Pública, Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2010. FDA (Food and Drug Administration).BAM – Bacteriological Analytical Manual.8th ed. Revision A.AOC International FERREIRA, A: São Paulo tem mais sushi do que churrasco; veja franquias de comida oriental. Uol, caderno Empreendedorismo, São Paulo, 2013 MARTINS, F.O. Avaliação da qualidade higiênico-sanitária de preparações (sushi e sashimi) a base de pescado cru servidos em bufês na cidade de São Paulo, Dissertação de Mestrado em Saúde Pública-Curso de Pós-Graduação em Saúde Pública, Faculdade de Saúde Pública, USP, 2006 PINHEIRO, H M. C.; VIEIRA, R. H. S.F.; R.H.S.F.; CARVALHO et al. Salmonella sp e Coliformes termotolerantes em Sushi e Sashimi comercializados na cidade de Fortaleza-CE. Boletim Técnico Científica CEPENE;vol.1;n.1;23- 31p;2006 RESENDE A; SOUZA J.R; OLIVEIRA Y.S. Análise microbiológica de sushis e sashimis comercializados em restaurantes de Brasília no período de 2001 a 2004. Revista Higiene Alimentar, São Paulo, v.23, n.174/175,p.164- 170,2009.
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