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Análise da Palestra Virtual FARMACOLOGIA PRÉ-CLÍNICA, PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - UEPB 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA 
COMPONENTE CURRICULAR: Fitoterapia 
DOCENTE: Thulio Antunes De Arruda 
DISCENTE: Caroline Santos Pereira 
 
Análise da Palestra Virtual: FARMACOLOGIA PRÉ-CLÍNICA, PLANTAS 
MEDICINAIS E FITOTERAPIA 
 
Diante de momentos de crise, esquecemos a importância de seguir 
protocolos, e buscamos curas mágicas, apoiados na ignorância e no desespero 
da população. Esse cenário, muito visto nos anos de 2020 e 2021, em 
decorrência da pandemia do COVID-19, abriu espaço para retrocessos 
gigantescos na saúde. Mediante o temor da doença, a automedicação aumentou 
de forma exagerada fazendo com que inúmeros medicamentos esgotassem nas 
farmácias, além disso, pesquisas indicam que o consumo de plantas medicinais 
e fitoterápicos também se expandiu, como possíveis alternativas “naturais” para 
tratamento e prevenção de doenças. 
Portanto, é extremamente importante refletir sobre as consequências do 
consumo de medicamentos, fitoterápicos e plantas medicinais de forma 
inadequada e sem indicação por profissionais de saúde. Nesse sentido, o 
profissional farmacêutico, conhecedor dos fármacos, como substância química, 
pura, de estrutura química definida e dotado de atividade biológica, deve se 
atentar que, por essas características, os fármacos são capazes de alterar a 
fisiologia e bioquímica de um indivíduo, sendo estritamente importante as fases 
pré-clínicas e clínicas, anteriores a fabricação do medicamento, tanto para 
atestar a presença de um princípio ativo, como para garantir a segurança do 
mesmo. 
Diante do paciente, o farmacêutico deve buscar conhecer os hábitos de 
consumo, tanto de fármacos, como de fitoterápicos e de plantas medicinais. 
Atentando-se a quesitos como: dose, frequência, duração de utilização, via de 
 
 
 
administração, forma farmacêutica, formas de uso (no caso das plantas 
medicinais) e principalmente, buscando conhecer o histórico pessoal do 
paciente, para que possa ter o conhecimento de como essas substâncias podem 
ser metabolizadas e excretadas no paciente, se há contraindicação, toxicidade 
e interações medicamentosas. 
Tais temáticas foram muito bem ministradas na palestra da Professora 
Bagnólia, o que colabora com os ensinamentos do Professor Thúlio em suas 
aulas, indicando sempre conversar com o paciente e se atentar aos históricos de 
saúde, especialmente quando se refere ao consumo de plantas medicinais, uma 
vez que são vistas como naturais, carregam o imaginário de “inofensivas” por 
boa parte da população. Portanto, ao saber da falta de controle de qualidade em 
produtos naturais, como nos chás e até nas plantas, da incerteza acerca da 
presença de princípios ativos, da possibilidade de presença de impurezas, e do 
mal consumo dos chás, cabe ao profissional farmacêutico, optar pela indicação 
de fitoterápicos, uma vez que eles passam por processos de controle de 
qualidade e ensaios clínicos. Caso opte por indicar o consumo de plantas 
medicinais ao paciente, deve-se ensinar a melhor forma de consumo, qual parte 
da planta deve ser consumida, a dose e a frequência, para evitar sobrecarga de 
órgãos importantes na metabolização e excreção de tais produtos. 
Conclui-se, por fim, que o conhecimento da presença de substâncias 
químicas dotadas de atividade biológica, nas plantas consideradas medicinais, 
deve-se ter o discernimento e a atenção a possíveis efeitos colaterais e 
toxicidades. O prescritor, portanto, precisa estar apto a conhecer o paciente, 
seus hábitos de consumo, buscando indicar produtos que tragam segurança, 
que tenham passado por ensaios pré-clínicos e clínicos e, por fim, que possam 
ser indicados em doses adequadas, pois, além das inúmeras etapas de 
qualidade que o fármaco passa, para ser realmente um medicamento, a 
diferença entre o remédio e o veneno é, também, a dose consumida.