Buscar

Anatomia e histologia do sistema nervoso periférico e fisiologia do sistema nervoso autônomo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROBLEMA 4: mergulhando no raso
Objetivos:
1) Compreender a anatomia da medula espinal (plexos, raizes, meninges);
2) Revisar a histologia da medula;
3) Relembrar o funcionamento do sistema nervoso autonomo; 
4) Rever as vias de percepcao da dor e sensibilidade.
Compreender a anatomia da medula espinal (plexos, raizes, meninges)
- Passa pelo canal vertebral da coluna vertebral, formado 
por forames vertebrais sucessivas e vértebras 
articuladas;
- A medula se estende do forame magno na base do osso 
occipital até o nível da primeira ou segunda vértebra 
lombar (L1/LII);
- Na extremidade inferior, a medula se afunila no 
cone medular;
- O filamento terminal se estende do cone medular e se 
conecta ao cóccix inferiormente;
- 31 pares de nervos espinais (SNP) se conectam à medula 
através de raízes nervosas dorsal e ventral;
-> Os nervos espinais estao nos forames intervertebrais, a 
partir dos quais eles enviam ramos laterais pelo corpo 
todo;
-> sao nomeados de acordo com sua localizacao vertebral: 
grupo cervical (8), toracico (12), lombar (5), sacral 
(5) e coccigeo (1);
*Existem oito nervos cervicais, apesar de haver apenas 
sete vértebras cervicais, pois o primeiro nervo espinal 
cervical sai acima da primeira vértebra cervical. Cada 
nervo espinal cervical subsequente sai na posição inferior 
a uma vértebra cervical. 
*Os nervos espinais torácicos, lombares e sacrais saem 
abaixo da vértebra da qual receberam o nome.
- Nas regioes cervical e lombar, onde surgem nervos para 
os membros superiores e infeirores, a medula possui 
alargamentos -> intumescenias cervical e lombar;
-Há também a cauda equina, uma regiao com varias raizes 
nervosas na parte inferior do canal verteral. Essas raizes 
aí se acumulam pois a medula em si nao alncanca a 
extremidade inferior da coluna e, por isso, as raizes 
nervosas lombar e sacral precisam descer pelo canal 
vertebral antes de chegar aos seus respectivos forames 
intervertebrais.
PROTECAO DA MEDULA ESPINAL 
- O tecido neural da medula é protegido por osso (vértebras), meninges e líquido cerebroespinal;
- Dura-máter: nao se conecta ao osso circundante e corresponde apenas à camada meníngea da dura-mater do encéfalo;
-> No lado de fora dessa dura-máter espinal há um grande espaço epidural preenchido com gordura de amortecimento e uma 
rede de veias;
*Os anestésicos são frequentemente injeta- dos nesse espaço para bloquear os impulsos nervosos na medula espinal e assim 
aliviar a dor nas regiões do corpo inferiores ao local de injeção.
- O espaco subdural, a aracnoide-máter, o espaco subaracnóideo e a pia-máter em volta da medula sao continuos com os 
elementos correspondentes em volta do encéfalo;
-> O espaco subdural esta entre a dura-mater e a aracnoide-mater, contendo uma pelicula de liquido;
- Aracnoide: logo abaixo da dura-mater. Abaixo dela há o espaco subaracnoideo, preenchido com liquido cerebroespinal;
- Pia-máter: camada de tecido conjuntivo altamente vascularizado;
-> Inferiormente, a dura-máter e a aracnoide estendem- -se até o nível de S2, bem depois do fim da medula espinal;
-> A pia-máter estende-se no cóccix, cobrindo o filamento terminal;
--> Extensões laterais da pia-máter, chamadas ligamentos denticula- dos (“dentados”), ancoram a medula espinal lateralmen- te 
na dura-máter por todo o comprimento da medula.
NERVOS ESPINAIS 
- 31 pares, recebem seus nomes de acordo com sua saida da 
coluna vertebral;
 8 pares de nervos cervicais (C1-C8);
 12 pares de nervos torácicos (T1-T12);
 5 pares de nervos lombares (L1-L5);
 5 pares de nervos sacrais (S1-S5);
 1 par de nervos coccígeos
- Existem 8 pares de nervos cervicais mas apenas sete vértebras. 
Isso ocorre pois o primeiro nervo (C1) é superior à primeira 
vértebra, e o ultimo nervo cervical espinal (C8) sai inferiormente 
à sétima vértebra. A partir daí, cada nervo espinal sai em uma 
posicao inferior à sua vértebra correspondente;
- Cada nervo espinal se conecta à medula por uma raiz dorsal e 
uma raiz ventral. Cada raiz se forma a partir de varias radiculas 
que se conectam ao longo da medula;
-> A raiz dorsal possui axonios de neuronios sensitivos que surgem 
nos corpos celulares no ganglio da raiz dorsal;
-> A raiz ventral possui axonios de neuronios motores, em que 
seus corpos celulares estao no corno ventral da medula espinal;
- O nervo espinal está na juncao das raizes dorsal e ventral, lateral 
ao ganglio da raiz dorsal;
- Os nervos espinais e o ganglios da raiz dorsal estao nos forames
 intervertebrais, entre os pedículos ósseos dos arcos vertebrais;
- Na posição lateral ao seu forame intervertebral, cada nervo 
espinal se abre em um ramo dorsal e um ramo ventral. Na base do 
ramo ventral estão os ramos comunicantes, que levam aos 
gânglios do tronco simpático;
- O nervo espinal é misto: possui fibras sensitivas e motoras (do 
ramo dorsal e ventral, respectivamente)
-> Os ramos dorsais inervam a região dorsal do pescoço e 
do tronco;
-> Os ramos ventrais muito mais espessos inervam uma área 
maior: as regiões anterior e lateral do pescoço e do tronco e todas 
as regioes dos membros;
Lembrar:
- As raízes se situam no lado medial dos nervos espinais e são estritamente sensitivas (raiz dorsal) ou estritamente motoras 
(raiz ventral).
 - Os ramos são ramificações laterais dos nervos espinais e cada um deles contém fibras sensitivas e fibras motoras.
INERVACAO DO DORSO - parte posterior do tronco e pescoco
Aqui os ramos dorsais seguem um padrao segmentado:
- Cada ramo dorsal inerva os musculos intrínsecos do dorso e a faixa horizontal de pele dessa regiao.
INERVACAO DAS PAREDES ANTERIORES DO TÓRAX E ABDOME
Apenas no tórax os ramos ventrai estao organizados em um padrao simples segmentado.
- Os ramos ventrais seguem no lado anterior, abaixo de cada costela, como nervos intercostais. Esses nervos inervam musculos 
intercostais, pele anterior e lateral do tórax e a maior parte da parede inferior do abdome;
- Cada nervo intercostal emite ramos cutaneos laterais e anteriores paraa pele adjacente;
- O nervo T12 esta na posicao inferior à decima segunda costela e, por isso, se chama nervo subcotal, e nao intercostal;
*O primeiro nervo intercostal é mais pequeno pois a maioria das fibras de T1 entra no plexo braquial. 
PLEXOS NERVOSOS
- Plexo é uma rede de nervos;
- Sao formados apenas por ramos ventrais (de todos os nervos, menos T2 e T12) -> ocorre nas regioes cervical, braquial, 
lombar e sacral;
- Dentro dos plexos, as fibras de diferentes ramos ventrais convergem e divergem, se redistribuindo de forma que cada ramo do 
plexo possui fibras de varios nervos espinais diferentes e as fibras de cada ramo ventral seguem para a periferia do corpo 
atraves de varias rotas/ramos diferentes;
* Cada músculo em um membro recebe seu suprimento nervoso de mais de um nervo espinal. Em consequência dessa 
organização, a destruição de um único nervo espinal não consegue paralisar completamente qualquer músculo do membro.
PLEXO CERVICAL E INERVACAO SUPERIOR DO PESCOCO C1-C4
- Está localizado de maneira profunda no pesoco, sob o musculo 
esternocleidomastóideo, e se estende para o trígono cervical posterior;
- É formado pelos ramos ventrais dos 4 primeiros nervos cervicais;
- Esse plexo forma uma serie irregular de lacos interconectados de 
onde saem os ramos;
- A maioria dos ramos do plexo cervical sao nervos cutaneos , que 
transmitem impulsos sensitivos da pele do pesoco, parte posterior da 
cabeca e da parte mais superior do ombro. Outros ramos transmitem 
inervação motora para os músculos da região anterior do pescoço;
- O nervo mais importante desse plexo é o nervo frenico, que recebe 
fibras de C3 à C5. Ele segue iferiormente e inerva o diafragma, dando 
inervacao motora somatica e sensitiva.
PLEXO BRAQUIAL E INERVACAO DO MEMBRO SUPERIOR C5-T1
- Está parcialmente no pesoco e parcialmente na axila, originando quase todos os nervos que inervam o membro superior;
- É formado por mistura dos ramos ventrais dos nervos C5-C8 e a maior parte do ramo ventral de T1. Além disso, ele podereceber 
pequenas contribuições de C4 ou T2.
Componentes do plexo braquial:
Radícula -> raiz -> nervo -> ramo ventral -> tronco (superior, médio e inferior) -> divisoes (anterior e posterior) -> 
fascículos (lateral, medial, posterior) -> ramos (nervos periféricos)
- Os ramos do plexo braquial (C5-T1), estao abaixo do musculo 
esternocleidomastóideo. Lateralmente, esses ramos se unem e 
formam os troncos superior, médio e inferior, cada uma deles 
entao, se ramifica em uma divisao anterior e posterior;
-> As divisoes anteriores originam os nervos para os musculos do 
compartimento anteriorno membro superior (membros flexores) e 
a pele na superficie anterior;
-> Os nervos da das divisoes posteriores inervam os musculos do 
compartimento posterior o membro e a pele na superficie 
posterior;
- As divisoes passam bem abaixo da clavícula e entram na axila;
-> As divisoes anteriores dos troncos superior e medio originam o 
fascículo lateral;
-> A divisao anterior do tronco inferior forma o fascículo medial;
-> O fascículo posterior é formado pelas divisoes posteriores dos 3 
troncos;
*Os fascículos recebem seus nomes de acordo com a sua posição em relação à artéria axilar.
- Alguns nervos se ramificam a partir do plexo braquial para inervar musculos superiores do tórax e do ombro (e da pele nessa 
regiao);
- O plexo braquial termina na axila, onde seus 3 fasciculos originam os nervos principais do membro superior: nervos 
musculocutâneo, mediano e ulnar das divisões anteriores do plexo, e os nervos axilar e radial das divisões posteriores.
Nervo musculocutaneo 
- Principal ramo terminal do fasciculo lateral, 
segue dentro da regiao anterior do braco. 
Perfura o musculo coracobraquial e desce 
entreo biceps braquial e o braquial, inervando 
esses 3 flexores do braco;
- Distal ao cotovelo se torna o nervo cutaneo 
lateral do antebraco, sendo responsavel pela 
sensibilidade da pele na regiao lateral do 
antebraco. 
Nervo mediano 
-Inerva a maioria dos músculos do compartimento anterior do antebraço e a parte lateral da 
palma da mão;
- Após se originar dos fasciculos lateral e medial, ele desce pelo braco sem se ramificar, 
ficando em posicao medial e posterior ao biceps braquial;
- Distal à regiao do cotovelo, se ramifica para a maioria dos mm no compartimento flexor do 
antebraco;
Nervo ulnar 
- Ramifica do fasciculo medial do plexo braquial, depois desce ao longo da regiao medial 
do braco;
- Passa pelo cotovelo, acompanha a ulna ao longo do antebraco, onde inerva o flexor 
ulnar do carpo e a parte medial ulnar do flexor profundo dos dedos;
- Continua dentro da mao, onde inerva a maioria dos musculos dessa regiao e a pele em 
sua face medial;
- Um ramo dorsal iner- va a pele da face medial da região dorsal da mão.
Nervo axilar
- Ramo do fascículo posterior;
- Inerva mm deltoide e redondo menor;
- Suas fibras sensitivas suprem a cápsula articular do ombro e a pele que cobre a metade 
inferior do músculo deltoide.
Nervo radial
- Continuacao do fascículo posterior;
- É o maior ramo do plexo braquial, inervando quase toda a face posterior do membro 
superior, inclusive os mm extensores;
- Conforme desce pelo braco, passa para a face posterior do umero no sulco radial, 
enviando ramos para o triceps braquial;
- Se divide em ramo superficial e ramo profundo:
-> O ramo superficial desce ao longo da margem lateral do radio, e supre distalmente a 
pele na face dorsolateral da mao;
-> O ramo profundo segue em direcao posterior para inervar os musculos extensores do 
braco;
- Pequenos ramos oriundos do plexo braquial iner- vam os músculos do tronco e da 
PLEXO LOMBAR E INERVACAO DO 
MEMBRO INFERIOR L1-L4
- Surge a partir dos primeiros 4 nervos 
espinais lombares;
- Está dentro do musculo psoas maior na 
parede posterior do abdome;
- Seus ramos menores inervam partes da 
parede do abdome e o próprio músculo 
psoas, mas os ramos principais descem 
para inervar a região anterior da coxa.
Nervo femoral 
- Maior ramo terminal;
- Segue abaixo do ligamento inguinal, 
entra na coxa e se dirige inferiormente;
- Se divide, entao, em varios ramos 
maiores:
-> Os ramos motores inervam mm do 
compartimento anterior da coxa;
-> Os ramos cutaneos suprem a pele da 
regiao anterior da coxa e a face medial da 
perna, do joelho até o pé.
Nervo obturatório
- Passa pelo forame obturado da pelve, 
entra no compartimento medial da coxa e 
inerva o grupo muscular adutor e a parte 
da pele na regiao superomedial da coxa;
- Os ramos menores do plexo lombar 
fornecem inervação cutânea a partes da 
coxa e da nádega (região glútea), além de 
estruturas do períneo. 
PLEXO SACRAL E INERVACAO DO MEMBRO INFERIOR L4-S4
- Está localizado de maneira caudal ao plexo lombar;
- Como algumas fi- bras do plexo lombar contribuem para o plexo sacral via tronco lombossacral, os dois plexos costumam ser 
considerados como plexo lombossacral.;
- Dos 12 ramos do plexo sacral, cerca de metade supre a nádega e o membro inferior; os demais inervam partes da pelve e do 
períneo. 
Nervo isquiático 
- É o maior e mais espesso nervo do corpo;
- Inerva todo o membro inferior, exceto regioes anterior e medial da coxa;
- Consiste, na verdade, em 2 nervos: tibial e fibular comum, que sao envolvidos por uma bainha comum;
- Pelve -> incisura isquiatica -> coxa -> inerva mm do jarrete (flexao e extensao da coxa) -> na fossa poplitea se ramifica no tibial e 
fibular comum;
Nervo tibial
- Fossa poplitea -> regiao crural (panturrilha) -> m sóleo -> no tornozelo se divide nos nervos plantares medial e lateral;
- O nervo tibial e seus ramos suprem quase todos os músculos na região posterior do membro inferior e fornecem inervação 
cutânea para a pele da planta do pé pelos nervos plantares e uma faixa vertical de pele na regiao posterior da perna pelo nervo 
Nervo fibular comum 
- Inerva a maioria das estruturas na regiao anterolateral da perna;
- Desce lateralmente da fossa poplitea e entra na parte superior da perna -> se divide em ramos profundo e superficial;
-> O superficial supre os músculos fibulares no compartimento lateral da perna e a maior parte da pele na face superior do pé;
-> O profundo supre os músculos do compartimento an- terior da perna — os extensores que fazem a dorsiflexão do pé.
Outros ramos do plexo sacral
- Com exceção do nervo isquiático, os maiores ramos do plexo sacral são os nervos glúteos superior e inferior, que inervam os 
músculos glúteos;
- Outros ramos do plexo sacral suprem os músculos rotadores laterais da coxa e os músculos do assoalho da pelve e períneo;
- O nervo pudendo inerva os músculos e a pele do períneo, ajuda a estimular a ereção e é responsável pela inibição voluntária da 
defecação e micção. 
INERVACAO DE ARTICULACOES 
- As diretrizes mais úteis para deduzir quais nervos suprem uma determinada articulação são fornecidas pela lei de Hilton: 
qualquer nervo que inerva um músculo que produz movimento em uma articulação também inerva a própria articulação (e a pele 
sobre ela).
INERVACAO DA PELE: DERMÁTOMOS
- A área de pele inervada pelos ramos cutâneos de um único nervo espinal se chama dermátomo;
- Todos os nervos espinais, exceto o C1, participam dos dermátomos;
- No membro superior, a pele é suprida pelos nervos que participam do plexo braquial: os ramos ventrais de C5 a T1 ou T2;
- No membro inferior, os nervos lombares suprem a maior parte da superfície anterior, enquanto os nervos sacrais suprem a maior 
parte da superfície posterior.
Revisar a histologia da medula
NERVOS
- Os feixes de fibras nervosas que formam os nervos sao formados por axonios, cada um envolvido por uma sequencia de células de 
Schwann revestidas por uma lamina basal. Por conta da presenca de mielina e colageno, os nervos sao, em geral, de cor 
esbranquicada. 
Organizacao dos nervos 
- Nervos mais calibrosos possuem as fibras nervosas divididas em feixes de diferentes espessuras, separados por laminas de tecido 
conjuntivo;
-> Sao revestidos por uma faixa de tecido conjuntivo -> epineuro;
- Nervos mais delgados saoformados por apenas um feixe;
-> Geralmente sao posicionados no interior de orgaos, revestidos pelo proprio tecido conjuntivo que forma o estroma do orgao, ou 
seja, nao possuem revestimento proprio;
- O conjunto de feixes de fibras de um nervo sao envolvidos pelo perineuro. Formado por camadas de celulas alongadas que se unem 
por juncoes oclusivas, formando uma barreira à passagem de macromoléculas, alem de ser um mecanismo de defesa contra agentes 
agressivos;
- Entre as fibras nervosas individuais há o endoneuro, camada de tecido conjuntivo formada por fibras reticulares sintetizadas pelas 
células de Schwann.
Tipos de nervos 
- A maioria é mista (sensoriais e motores) formados por fibras mielínicas e amielínicas;
- Geralmente possuem fibras aferentes (levam ao encéfalo as informacoes obtidas no corpo e no meio ambiente) e eferentes (levam 
as informacoes do encéfalo aos órgaos efetores);
-> Os nervos que possuem apenas fibras de sensibilidade (aferentes) sao os sensoriais, e os que sao formados apenas por fibras 
eferentes sao os motores.
GANGLIOS
- Grupos de corpos celulares de neuronios localizados fora do SNC; 
- Ganglios intramurais: estao na parede do sistema digestório;
- Dependendo do tipo de informacao que retransmitem, os ganglios podem ser sensoriais ou do sistema nervoso autonomo. 
Ganglios sensoriais 
- Recebem fibras aferentes, que levam impulsos da periferia ao SNC;
- Há os ganglios cranianos e os ganglios espinais (raiz dorsal - possuem corpos de Nissl e sao circundados por celulas da glia -> 
celulas satelites);
-> Sao pseudounipolares;
- O ganglio do nervo acústico e o unico ganglio craniano em que suas células sao bipolares; 
- Um estroma de tecido conjuntivo envolve os neuronios e forma cápsulas que envolvem o ganglio como um tudo.
Relembrar o funcionamento do sistema nervoso autonomo
O SNA é o sistema de neuronio motores que inervam a musculatura lisa, o musculo cardiaco e as glandulas do corpo. Regula 
funcoes viscerais, como FC, PA, digestao e miccao. 
O SNA é a divisão motora visceral geral da parte periférica do sistema nervoso, sendo diferente da divisão motora somática 
geral, que inerva os músculos esqueléticos. 
*O sistema sensitivo visceral geral monitora as atividades dos órgãos viscerais para que os neurônios motores autonomos 
possam fazer ajustes, conforme a necessidade, que garantam desempenho ideal das funções viscerais.
Os sistema nervoso enterico regula a atividade do trato digestorio e funciona de modo independente do SNC. Os neurônios 
autônomos para o trato digestório podem influenciar os neurônios entéricos, estimulando ou inibindo sua atividade. Essa 
influência do SNA age como um “controle de volume” em vez de uma chave “liga/desliga”. 
 No SNA há uma cadeia de dois neurônios motores. A primeira dessas cadeias chama-se neurô- nio pré-ganglionar. O corpo 
celular desse neurônio está situado no SNC. Seu axônio, o axônio pré-gan- glionar (também chamado de fibra pré-ganglionar), 
comunica-se por sinapse com o segundo neurônio mo- tor, o neurônio pós-ganglionar, em um gânglio autô- nomo periférico. O 
axônio pós-ganglionar (ou fibra pós-ganglionar) estende-se até os órgãos viscerais. Em termos funcionais, o neurônio pré-
ganglionar sinaliza o neurônio pós-ganglionar, que então estimula a contração muscular ou secreção glandular no órgão efetor. 
Os axô- nios pré-ganglionares são fibras delgadas e pouco mie- linizadas, enquanto os pós-ganglionares são ainda mais delgados 
e não mielinizados (amielínicos). Consequente- mente, os impulsos são conduzidos pelo SNA com uma velocidade menor do que 
a do sistema motor somático.
DIVISAO
- O SNA possui duas partes: simpática e paras- simpática, que possuem cadeias de dois 
neurônios motores que inervam basicamente os mesmos órgãos viscerais, mas que 
provocam efeitos opostos; 
-> A parte simpática mobiliza o corpo durante as situações extremas, como de medo, de 
exercício ou de raiva;
-> A parte parassimpática habilita o corpo a relaxar, traba- lhando para conservar a 
energia corporal; 
 -> Em outras palavras, a parte parassimpática controla as funções de manutenção de 
rotina e a parte simpática torna-se mais ativa quando é necessário um esforço 
metabólico extra. O equilíbrio entre as duas partes mantém os sistemas corporais 
funcionando sem problemas.
-> A parte simpática é responsável pela resposta de lutar ou fugir. Sua atividade é 
evidente durante o exer- cício pesado, a emoção ou em emergências. O coração 
acelerado, as pupilas dilatadas e a pele fria e suada são sinais de que a parte simpática 
foi mobilizada. Tudo isso nos ajuda a responder às situações de perigo: o aumento da 
frequência cardíaca fornece mais sangue e oxigênio para os músculos es- queléticos 
utilizados para lutar ou fugir; a dilatação das pupilas deixa entrar mais luz para obter 
uma visão mais clara; e a pele fria indica que o sangue está sendo desvia- do da pele 
para os órgãos mais vitais, como o cérebro. Além disso, os pequenos tubos de ar nos 
pulmões (bronquíolos) dilatam, aumentando a captação de oxigênio, o consumo de 
oxigênio pelas células do corpo aumenta e o fígado libera mais açúcar no sangue para 
suprir as cres- centes necessidades de energia das células. Desse modo, os “motores do 
corpo são acelerados” para a atividade vigorosa. As funções temporariamente não 
essenciais, como a digestão e a motilidade do trato urinário, são inibidas;
- A parte simpática também inerva o músculo liso nas paredes dos vasos sanguíneos. O 
estímulo simpá- tico para os vasos sanguíneos que atendem os múscu- los esqueléticos 
aumenta, fazendo que o músculo liso dos vasos relaxe. Esses vasos dilatam, levando 
mais sangue para os músculos ativos. Ao mesmo tempo, o maior estímulo simpático 
para o músculo liso em ou- tros vasos sanguíneos estimula a contração, produzin- do 
vasoconstrição. Esse estreitamento do diâmetro do vaso força o coração a trabalhar 
com mais intensidade para bombear o sangue pelo circuito vascular. Em con- sequência, 
a atividade simpática provoca aumento da pressão arterial durante a emoção e o 
estresse; 
-> Ao contrário da parte simpática, a parte parassimpá- tica é mais ativa quando 
estamos em repouso. Essa parte é voltada para a conservação da energia corporal e 
para o direcionamento das atividades vitais de “manutenção”, como a digestão e a 
eliminação de fezes e urina. As frequências car- díaca e respiratória estão em níveis 
baixos normais e o trato gastrintestinal está digerindo o alimento. As pupilas estão 
constritas, já que o olho foca na visão de perto.
Comparacoes 
- As duas divisões originam-se em regiões diferen- tes do SNC. A parte simpática também pode ser chamada divisão 
toracolombar, já que suas fibras emergem das partes torácica e lombar superior da medula espinal. A parte parassimpática 
também pode ser chamada parte craniossacral, pois suas fibras emergem do encéfalo (parte craniana) e da medula espinal 
sacral (parte sacral);
- As vias simpáticas possuem axônios pós-ganglio- nares longos, enquanto os axônios pós-ganglionares das vias parassimpáticas 
são comparativamente cur- tos;
- Todos os gânglios simpá- ticos situam-se perto da medula espinal e da coluna vertebral; os axônios pós-ganglionares estendem-
se desses gânglios e seguem para seus órgãos-alvo. Os gânglios parassimpáticos ficam longe do SNC, dentro ou perto dos órgãos 
inervados; portanto, os axônios pós-ganglionares são bem curtos;
- As fibras simpaticas se ramificam muito, ao contrario das parassimpaticas. Essa rami- ficação ampla permite que cada 
neurônio simpático influencie uma série de órgãos viscerais diferentes, habilitando muitos órgãos a se mobilizarem simul- 
taneamente durante a resposta de lutar ou fugir. Os efeitos parassimpaticos sao mais locais e discretos;
- A principal diferença bioquímica entre as duas par- tes do SNA envolve o neurotransmissor liberado pelos axônios pós-
ganglionares. Na parte simpática, a maioria dos axônios pós-gan- glionares libera norepinefrina (também chamada 
noradrenalina);essas fibras chamam-se adrenérgi- cas. O neurotransmissor pós-ganglionar na parte parassimpática é a 
acetilcolina (ACh); essas fibras chamam-se colinérgicas. Os terminais axonais pré- -ganglionares de ambas as divisões sempre 
são co- linérgicos (liberam ACh).
PARTE PARASSIMPÁTICA 
A eferência craniana da parte parassimpática origi- na-se no encéfalo e inerva os órgãos na cabeça, pesco- ço, tórax e maior parte do 
abdome, enquanto a eferência sacral origina-se na medula espinal sacral (S2, S3, S4) e abastece as porções distais do trato digestório 
e os órgãos pélvicos.
Eferencia craniana
Os axônios pré-ganglionares estão nos nervos ocu- lomotor (III), facial (VII), glossofaríngeo (IX) e vago (X). Os corpos celulares 
desses neurônios pré-ganglionares estão situados nos núcleos dos nervos cranianos motores na substância cinzenta do tronco 
encefálico.
- Nervo oculomotor: inervam musculos lisos do olho, que provocam constricao da pupila e abaulamento da lente ocular ( ações que 
permitem o foco em objetos pró- ximos no campo de visão). Nessa via de dois neurônios, os axônios pré-ganglionares no nervo 
oculomotor ori- ginam-se dos corpos celulares no núcleo oculomotor acessório no mesencéfalo; os corpos celulares pós-ganglionares 
situam-se no gânglio ciliar, na parte posterior da órbita imediatamente lateral ao nervo óptico;
- Nervo facial: estimulam a secrecao de glandulas na cabeca (lacrimal, secretoras de muco, salivares). Na via que leva às glândulas 
lacrimais e nasais, os neurônios pré-ganglionares originam-se no núcleo lacrimal na ponte e formam sinapse com os neurônios pós-
ganglionares no gânglio pterigopalatino. Na via que leva às glândulas submandibular e sublingual, os neurônios pré-ganglionares 
originam- -se no núcleo salivatório superior na ponte e formam sinapse com os neurônios pós-ganglionares no gânglio 
submandibular, abaixo do ângulo da mandíbula;
- Nervo glossofaríngeo: secrecao da glandula parotida. Os neurônios pré-ganglionares originam-se no núcleo salivatório inferior na 
medula e formam sinapse com os neurônios pós-ganglionares no gânglio ótico inferior ao forame oval do crânio.
- Nervo vago: inervam os órgãos viscerais do tórax e a maior parte do abdome. 
Corresponde a cerca de 90% das fibras parassimpáticas pré-ganglionares no 
corpo. Em termos funcionais, as fibras parassimpáticas no ner- vo vago realizam 
as atividades típicas de descansar e digerir nos músculos e glândulas viscerais — 
estimu- lação da digestão (secreção das glândulas digestórias e aumento da 
motilidade do músculo liso do trato diges- tório), redução na frequência cardíaca e 
constrição dos brônquios nos pulmões, por exemplo. Os corpos celulares pré-
ganglionares situam-se prin- cipalmente no núcleo motor dorsal do vago na 
medula e os axônios pré-gangliona- res seguem por todo o comprimento do nervo 
vago. A maioria dos neurônios pós-ganglionares está confinada nas paredes dos 
órgãos inervados e seus corpos celula- res formam gânglios intramurais 
(“intramuros”);
-> Conforme desce pelo pescoço e tronco, ele emite ramificações através de muitos 
plexos nervosos autônomos para os órgãos inervados: plexo cardiaco, pulmonar, 
esofagico, celiaco e mesenterico superior.
* As fibras de ambas as partes do SNA, parassimpáticas e simpáticas, seguem 
para os órgãos torácicos e abdominais através desses plexos.
Eferencia sacral
- Surge em S2-S4;
- Continua onde termina o nervo vago, inerva os órgãos na pelve, incluindo a 
metade distal do intestino grosso, a bexiga e os órgãos reprodutores. Os efeitos 
parassimpáticos nesses órgãos incluem a esti- mulação da defecação, a eliminação 
da urina e a ereção;
- Os corpos celulares pré-ganglionares das vias paras- simpáticas sacrais situam-
se na região motora visceral da substância cinzenta espinal. Os axônios desses 
neurônios pré-ganglionares seguem nas raízes ventrais para os ramos ventrais, a 
partir dos quais se ramificam e formam os nervos esplâncnicos pélvicos. Depois 
esses nervos seguem através do plexo autônomo no assoalho pélvico, o ple- xo 
hipogástrico inferior (ou plexo pélvico), para chegar aos órgãos pélvicos. Alguns 
axônios pré-ganglionares formam sinapse nos gânglios desse
plexo, mas a maioria forma sinapse nos gânglios intra- murais dos órgãos. Esse 
plexo também contém fibras de ambas as divisões do SNA.
PARTE SIMPÁTICA
- Sai das regiões torácica e lombar su- perior da medula espinal, dos segmentos T1 a 
L2; 
- Seus corpos celulares pré-ganglionares situam-se na região motora visceral da 
substância cinzenta espinal, onde formam o corno lateral;
- A parte simpática é mais complexa do que a pa- rassimpática, em parte, porque, 
além de inervar mais órgãos, não abastece apenas os órgãos viscerais nas cavidades 
corporais internas, mas também todas as es- truturas viscerais nas regiões 
superficiais do corpo: as glândulas sudoríferas, os músculos eretores dos pelos na 
pele e a musculatura lisa nas paredes de todas as artérias e veias;
- Ela tem mais gânglios. Os gânglios simpáticos se enquadram em duas classes: (1) 
gânglios do tronco simpático e (2) gânglios pré-vertebrais.
Ganglios do tronco simpático
- Os vários gânglios do tronco simpático, localizados em ambos os lados da coluna vertebral, do pescoço até a pelve, estão ligados 
por nervos curtos em longos troncos simpáticos (cadeias simpáticas);
- Esses gânglios unem-se aos ramos ventrais dos nervos espinais vizinhos por ramos comunicantes brancos ou cinzentos (“braços 
comunicantes”). Os ra- mos comunicantes brancos situam-se lateralmente aos ramos comunicantes cinzentos;
- Existe aproximadamente um gânglio do tronco sim- pático para cada nervo espinal. No entanto, o número de gânglios do tronco 
simpático e de nervos espinais não é idêntico, pois alguns gânglios adjacentes se fun- dem durante o desenvolvimento. Essa fusão é 
mais evidente na região do pescoço, onde existem oito nervos espinais, mas apenas três gânglios do tronco simpático: os gânglios 
cervicais superior, médio e inferior. Além disso, o gânglio cervical inferior funde-se com o primeiro gânglio torácico para formar o 
gânglio cervicotorácico (estrelado) na região superior do tórax;
- Geralmente, existem de 22 a 24 gânglios do tron- co simpático por lado, e uma pessoa normal pode ter 3 gânglios cervicais, 11 
torácicos, 4 lombares, 4 sacrais e 1 gânglio coccígeo;
- Sao motores e situam-se anteriormente aos ramos ventrais.
Ganglios pré-vertebrais
- Nao são pareados e não sao organizados em segmentos; 
- Ocorrem ape- nas no abdome e na pelve;
- Todos estão situados anteriormente à coluna vertebral (daí o nome pré-ver- tebral), principalmente na parte abdominal da 
aorta. ;
- Os principais gânglios pré-vertebrais, celíaco, mesentérico superior, mesentérico inferior e hipogástrico inferior, situam-se nos 
plexos nervosos autôno- mos de mesmo nome.
Rever as vias de percepcao da dor e sensibilidade
VIAS ASCENDENTES
Conduzem impulsos sesntivos somaticos gerais atraves de cadeias de dois ou tres neuronios para varias regioes do encefalo. 
O primeiro neuronio da via é o neuronio de primeira ordem, que se estende do receptor sensorial para a medula espinal. Ele 
mantem uma sinapse no SNC com outro neuronio na via, o neuronio de segunda ordem.
O neuronio de segunda ordem faz sinapse com um neuronio de terceira ordem.
Três vias ascendentes principais são as vias espino- cerebelar, funículo posterior e espinotalâmica.
Via espinocerebelar 
- Surge nos neuronios de segunda ordem, no corno dorsal da medula e termina no cerebelo;
- Transmite informacoes sobre propriocepcao inconsciente dos membros inferiores e do tronco para o cerebelo, que usa essas 
informacoes para coordenar os movimentos do corpo;
- Essas fibras não se cruzam ou se cruzam duas vezes, desfazendo a decussação; desse modo, elas projetam-se na direção 
ipsilateral.
Via do funículo postrior-lemnisco medial
- Transmite informacoes sobre tato preciso, pressao e propriocepcao consciente;
- Os axônios dos neurônios de primeira ordem, os neurônios sensitivos,entram na medula espinal e enviam um prolongamento 
até o fascículo grácil medial (“feixe delgado”) ou o fascículo cuneiforme lateral (“feixe em forma de cunha”). Esses axônios sobem 
pelo trato espinal até o bulbo;
- No bulbo, esses axônios fazem sinapse com neurônios de segunda ordem no núcleo grácil ou núcleo cuneiforme. Os axônios 
desses núcleos encefálicos formam um tranto denominado lemnisco medial (lemnisco = “fita”), que decussa no bulbo e depois 
sobe pela ponte e pelo mesencéfalo até o tálamo;
- Os neurônios de terceira ordem originam-se no tálamo e enviam axônios para o córtex somestésico primário no giro pós-
central, onde as informações sensitivas são processadas, resultando na percepção de sensibilidade precisamente localizada.
Via espinotalamica
- Transmite informacoes sobre dor, temperatura, pressao profunda e tato protopatico (estimulos que percebemos mas nao mas 
não conseguimos localizar com precisao na superfície do corpo);
- Os axônios dos neurônios sensitivos de primeira ordem entram na medula espinal, onde fazem sinapse com interneurônios no 
corno posterior;
- Os axônios dos neurônios de segunda ordem cru- zam-se na medula espinal, entram nos funículos lateral e anterior como trato 
espinotalâmico e sobem para o tálamo;
- Os axônios dos neurônios de terceira ordem no tálamo projetam-se para o córtex somestésico primário no giro pós-central, onde 
a informação é processada como sensibilidade consciente. O encéfalo interpreta a informação sensitiva transmitida pela via 
espinotalâmica como desagradável — dor, queimadura, frio etc. Type your text
SENSAÇÕES DE DOR E TEMPERATURA
As sensações de dor e temperatura estão relacionadas e, em geral estão agrupadas, pois são mediadas por conjuntos de 
receptores que se sobrepõem e são transportados pelo mesmo tipo de fibra, no SNP, e as mesmas vias no SNC. Como consequência, 
as sensações de dor, de modo especial, não são decorrentes, apenas, da intensa ativação das vias do tato, como se pode, 
inocentemente, imaginar. Essa diferença é demonstrada por experimentos, nos quais as fibras aferentes AL, por exemplo, são 
estimuladas com frequência crescente, a sensação de pressão tátil se torna mais forte, mas não dolorosa.
Nociceptores e Fibras Aferentes Primárias
Os axônios que transportam as sensações dolorosas e térmicas são membros da classe de fibras de condução relativamente lenta 
Aδ e C. Entretanto, nem todos os axônios das classes Aδ e C transportam informações sobre dor e temperatura; alguns respondem 
ao tato leve, de modo semelhante ao descrito para os mecanorreceptores de limiar baixo. Ao contrário dos mecanorreceptores de 
limiar baixo, os receptores morfologicamente distintos correspondem às propriedades das respostas, os axônios Aδ e C que 
transportam informações sobre dor e temperatura parecem terminar, quase invariavelmente, como “terminações nervosas 
livres”. A despeito da falta de especialização morfológica distinta, associada às terminações nervosas, os axônios Aδ e C 
constituem população heterogênea com sensibilidades diferenciadas para a variedade de estímulos de lesão tecidual ou térmica 
(ou ambas). Essa capacidade de determinar estímulos lesivos aos tecidos (mecânicos, térmicos ou químicos) é mediada pelos 
chamados nociceptores. Esses receptores têm algumas características em comum com os mecanorreceptores de baixo limiar, mas 
apresentam diversas diferenças, como a capacidade de se sensibilizar.De fato, parece haver número significativo de fibras C que 
são silenciosas ou não responsivas a qualquer estímulo antes de serem sensibilizadas.
A primeira distinção funcional que pode ser feita no sistema de dor encontra-se entre os axônios Aδ e C. Os axônios Aδ conduzem 
os sinais mais rapidamente do que as fibras C e imagina-se que sejam responsáveis pelo que é chamado de primeira dor, enquanto 
as fibras C são responsáveis pela segunda dor. Assim, depois de estímulo lesivo, sente-se primeiro sensação bastante localizada, 
intensa, aguda (primeira dor), seguida de sensação menos aguda, mais difusa e de queimação (segunda dor).
Cada classe de fibras, por sua vez, forma grupo heterogêneo em relação à sensibilidade ao estímulo. Assim, as fibras aferentes são 
classificadas de acordo com seu calibre e sua sensibilidade aos estímulos mecânicos, térmicos e químicos. As fibras podem 
apresentar limiar baixo ou alto à estimulação mecânica ou ser completamente insensíveis a ela. A sensibilidade térmica foi 
classificada como responsiva ao aumento da temperatura, calor nocivo, redução da temperatura e frio nocivo. Note que 43°C e 
15°C são os limites aproximados acima e abaixo dos quais os estímulos térmicos são sentidos como dolorosos.
As fibras aferentes podem ser sensíveis a um ou mais tipos de estímulo, sendo nomeadas de acordo com o estímulo. Por exemplo, 
as fibras C sensíveis, apenas, aos estímulos químicos de alta intensidade (lesivos) são chamadas de fibras C mecanossensíveis, 
enquanto as sensíveis ao calor e a estímulos elétricos são chamadas de fibras C mecanotermossensíveis (também chamadas de 
fibras polimodais). Outros tipos identificados de fibras incluem as fibras Aδ e C sensíveis ao frio, Aδ mecanossensíveis e fibras 
mecanotermossensíveis. Assim, existe grande variedade de fibras aferentes; entretanto, o tipo de fibra aferente mais comum é a 
fibra C polimodal, que representa quase a metade das fibras C cutâneas. Surpreendentemente, o segundo tipo mais comum é a 
fibra aferente mecanotermo-insensível (i. e., a fibra aferente que não é sensível aos estímulos nocivos até que sejam 
sensibilizadas). Como todas essas fibras começam como terminações nervosas livres, suas diferentes sensibilidades devem 
resultar de receptores de membrana distintos.Entretanto, tem sido difícil identificar essas proteínas, em parte devido à baixa 
densidade dos receptores, o que dificulta a purificação dessas proteínas (compare terminações nervosas livres, dispersas por 
pedaço de pele, com o número de bastões na retina, cada um repleto de discos cheios de moléculas de rodopsina). Mesmo assim, 
durante a última década têm sido identificados potenciais candidatos por meio de várias abordagens.
É importante reparar que muitos canais iônicos (e outras proteínas, p. ex., enzimas) são sensíveis à temperatura; entretanto, no 
caso dos canais TRP, a temperatura atua diretamente como mecanismo de controle.
Como ocorre nos mecanorreceptores de baixo limiar, para sensações de tato inócuos, a ativação de diversas proteínas de 
transdutores nociceptivos levam a um potencial gerador que causa um potencial de ação na fibra aferente, transmitindo a 
informação para o SNC. Além disso, a ativação dos nociceptores também leva à liberação local de diversas substâncias químicas, 
incluindo as taquicininas (substância P [SP]) e o peptídeo relacio- nado ao gene da calcitonina (CGRP). Essas substâncias e 
outras, liberadas pela lesão celular, causam inflamação neurogênica (edema e rubor da pele adjacente).
Além de causar a reação local, essas substâncias servem para ativar os nociceptores insensíveis, ou silenciosos, mencionados 
acima, para que possam, a partir desse momento, responder a qualquer estímulo nocivo subsequente. Sugeriu-se a sensibilização 
dos receptores silenciosos como causa da alodinia (desencadeamento de sensações dolorosas por estímulos que eram inócuos 
antes da lesão) e da hiperalgesia (aumento do nível de dor sentida resultante de estímulo doloroso).
Vias Centrais de Dor
As vias centrais de dor incluem os tratos espinotalâmico, espinocerebelar e espinomesencefálico. O trato espinotalâmico é a via 
sensorial mais importante para a dor somática e para as sensações térmicas e também contribui para a sensação tátil. O trato 
espino-talâmico se origina de neurônios de segunda ordem localizados na medula (primariamente nas lâminas I e IV a VI). Os 
axônios dessas células cruzam para o lado oposto da medula, em seu nível de origem ou próximo a ele. Ascendem, então, para o 
encéfalo na parte ventral do funículo lateral e, subsequentemente,pelo tronco cerebral e tálamo, onde terminam nos neurônios 
de terceira ordem, como descrito acima. As células espinotalâmicas que transportam dor e temperatura têm, como alvo, o 
componente VPI do complexo ventroposterior (apesar de algumas terminarem também no VPL), o núcleo posterior e os núcleos 
intralaminares do tálamo. Os sinais nociceptivos são, então, encaminhados para diversas áreas corticais, incluindo tanto o córtex 
somatossensorial quanto áreas corticais envolvidas nas respostas afetivas, como o giro cingulado e a ínsula, que têm funções 
relacionadas ao sistema límbico. 
A maioria das células do trato espinotalâmico recebe informações excitatórias de nociceptores na pele, mas elas também podem 
ser excitadas por estímulos nocivos dos músculos, das articulações e das vísceras. Alguns desses neurônios recebem informações 
das vísceras. Estímulos cutâneos eficazes incluem estímulos nocivos mecânicos, térmicos (frio ou quente) e quími- cos. Portanto, 
células diferentes do trato espinotalâmico respondem, de modo apropriado, à sinalização de eventos nocivos, térmicos ou 
mecânicos.
Algumas células nociceptivas do trato espinotalâmico recebem informações excitatórias convergentes de diversas classes de 
receptores sensoriais cutâneos. Por exemplo, determinado neurônio espinotalâmico pode ser fracamente ativado por estímulos 
táteis, mas ativado com maior intensidade, por estímulos nocivos. Tais neurônios são chamados células de amplo espectro 
dinâmico, porque são ativados por estímulos com grandes limites de intensidade. Os neurônios de amplo espectro dinâmico 
sinalizam, principalmente, eventos nocivos: respostas fracas a estímulos táteis parecem ser ignoradas pelos centros mais 
elevados. Outras células do trato espinotalâmico só são ativadas por estímulos nocivos. Tais neurônios geralmente são chamados 
células de limiar alto ou nociceptivas específicas. 
ação reticular bulbar e pontina.
As células do trato espinotalâmico, geralmente, têm campos receptivos inibitórios. A inibição pode resultar de estímulos 
mecânicos fracos, mas, em geral os estímulos nocivos são mais eficazes. Os campos receptivos nociceptivos inibitórios podem ser 
muito grandes, podendo incluir a maior parte do corpo e da face. Os neurotransmis- sores que podem inibir as células do trato 
espinotalâmico incluem os aminoácidos inibitórios GABA e glicina, assim como as monoaminas e os peptídeos opioides endógenos. 
Os neurônios do trato espinorreticular, frequentemente, têm grandes campos receptivos, geralmente bilaterais, e os estímulos 
nocivos são eficazes. Esses neurônios, do corno dorsal, visam diversas regiões da formacao reticular bulbar e pontina.
A formação reticular, com projeções para o complexo intralaminar do tálamo e, depois, para grandes áreas do córtex cerebral, 
está envolvida nos mecanismos de atenção e de vigília. 
Muitas células do trato espinomesencefálico respondem a estímulos nocivos e seus campos receptivos podem ser pequenos ou 
grandes. As terminações desse trato estão em diversos núcleos do mesencéfalo, incluindo a substância cinzenta periaquedutal, 
que é componente importante do sistema de analgesia endógena. Respostas motivacionais também podem resultar da ativação da 
substância cinzenta periaquedutal. Por exemplo, a estimulação da substância cinzenta periaquedutal pode causar vocalização e 
comportamento aversivo. A informação do mesencéfalo é encaminhada para o tálamo e para a amígdala, parte do sistema límbico. 
Isso forma uma de várias vias pelas quais os estímulos nocivos podem desencadear respostas emocionais.
As informações sobre dor e temperatura, que se originam da face e da cabeça, são transportadas ao longo de vias centrais 
ascendentes, análogas às das informacoes do resto do corpo. Os neurônios, no núcleo espinal do trigêmeo, transmitem 
informações sobre dor e temperatura para núcleos específicos (VPM, VPI), no tálamo contralateral, através do trato trigemino-
talâmico ventral, cujo trajeto está próximo ao do lemnisco medial. O núcleo espinal também se projeta para o complexo in- 
tralaminar e outros núcleos talâmicos de modo semelhante ao que ocorre no trato espinotalâmico. Por sua vez, os núcleos 
talâmicos se projetam para o córtex cerebral somatossensorial para discriminação sensorial da dor e da temperatura e outras 
regiões corticais, responsáveis pelas respostas motivacionais-afetivas.
Dor Neuropática
Às vezes, a dor ocorre na ausência de estímulos nociceptivos. É mais provável que esse tipo de dor ocorra após lesões dos nervos 
periféricos ou nas áreas do SNC envolvidas na transmissão da informação nociceptiva. A dor causada por lesão de estruturas 
neurais é chamada dor neuropática. Os estados de dor neuropática incluem a dor neuropática periférica, que pode ocorrer após 
lesão de nervo periférico, e dor neuropática central, que, às vezes, ocorre após lesões de estruturas do SNC.

Continue navegando