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Thaissa Cunha Pinto (PIBIC/Voluntário)
ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES ESCOLARES E FATORES ASSOCIADOS, PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE DO ESCOLAR 
(PENSE 2015)
Kelly Angott Pereira (PIBIC/Voluntário)
Rafaela Teixeira Fagundes (PIBIC/Voluntário)
Márcia Vieira de Mello Miranda (PIBIC/Voluntário)
Diante da alta prevalência de excesso de peso no Brasil, faz-se necessário o aprofundamento sobre os componentes relacionados 
ao estado nutricional desequilibrado. O objetivo do projeto foi avaliar o estado nutricional da população adolescente escolar
brasileira e sua associação com o comportamento alimentar, imagem corporal e componentes de risco cardiovascular. Trata-se de 
estudo transversal, a partir da análise dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE, 2015), realizada pelo IBGE em 
parceria com o Ministério da Saúde. O tamanho amostral foi dimensionado para estimar parâmetros populacionais em diversos 
domínios geográficos: 26 Capitais e o Distrito Federal, as cinco Grandes Regiões e o Brasil. A amostra da PeNSE foi composta por 
adolescentes matriculados em escolas públicas e privadas situadas nas zonas urbanas e rurais de todo o Território Nacional. Foi 
utilizado questionário estruturado autoaplicável, cujos dados para o presente projeto de pesquisa serão referentes ao 
comportamento alimentar dos indivíduos, bem como estrutura de alimentação da escola e questões relativas ao seu estado 
nutricional, imagem corporal, componentes de risco cardiovascular. A aferição de peso e altura ocorreu seguindo protocolos 
validados. A classificação do estado nutricional do adolescente seguiu recomendações da Organização Mundial da Saúde. A partir 
dos resultados do estudo, observou-se que 77,3% dos estudantes brasileiros matriculados no 9º ano do ensino fundamental 
relataram oferta de comida pela escola, apesar de somente 38,5 % relatarem o consumo. Além disso, apesar de 86,6% dos 
estudantes do 9º do ensino fundamental da rede pública frequentarem escolas que informaram oferecer merenda escolar, apenas 
38,1% informaram consumir as refeições, sendo o consumo de merenda ou almoço maior nas escolas da rede privada, 48,9%. Dos 
estudantes que informaram consumir guloseimas, 41,6% consumiram cinco dias ou mais na semana anterior à pesquisa, enquanto 
apenas 37,7% alegaram consumir legumes e/ou verduras e 32,7% frutas frescas ou salada de frutas. No Centro Oeste, um maior 
número de alunos informou possuir horta na escola, 34,2%. A respeito das medidas antropométricas, a maioria das adolescentes se 
encontravam no estado de eutrofia: 72,9% de 13 a 15 anos e 75,1% de 16 a 17 anos no Brasil. Observou-se que há um aumento 
crescente no número de adolescentes portadores de obesidade no país, relacionado ao grande tempo de tela e atividades 
sentados (mais de três horas por dia) em mais da metade dos adolescentes avaliados (9°ano – 56,1% e 13 a 17 anos – 52,9%). 
Notou-se uma frequente realização de refeições em frente à televisão ou enquanto estudam (9°ano – 57,9 e 13 a 17 anos – 59,6%) 
e em restaurantes do tipo fastfoods (9°ano – 13,6% e 13 a 17 anos – 15,1%). Há também um elevado consumo de alimentos não 
saudáveis durante um período maior ou igual a 5 dias, como guloseimas (9°ano – 41,6% e 13 a 17 anos – 40,6%), refrigerante (9°
ano – 26,7% e 13 a 17 anos – 27,2%) e ultraprocessados (cerca de 30% para ambos). Os dados antropométricos dos adolescentes 
entre 13 e 17 anos mostraram que 15,9% encontra-se com sobrepeso, e 7,8% com obesidade, chegando a 18,1% e 10,2% 
respectivamente, na região Sul. Este estudo também mostrou um elevado índice de insatisfação com a imagem corporal por parte 
das adolescentes brasileiras. Um quarto das adolescentes se sentiam “gordas” ou ”muito gordas”. Dentro das adolescentes que 
participaram do estudo, um terço relataram desejo na perda de peso. Neste estudo, pode ser observado que a estrutura de 
alimentação escolar exerce grande influência sobre os hábitos alimentares dos escolares. Ainda, pode-se considerar que os alunos 
estudados possuem condutas relacionadas ao aumento de peso, aumentando o risco de obesidade com consequente 
desenvolvimento de outras doenças crônicas. É importante salientar para o olhar do nutricionista perante o adolescente, de forma 
a viabilizar uma intervenção nutricional precoce.
Palavras-Chaves: avaliação nutricional, adolescente, comportamento alimentar
Orientador(a): Patricia Carvalho de Jesus
Curso: Nutrição
Saúde
Saúde
Nutrição

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