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Alice Dominguez Dourado (PIBIC/UNESA) O MANEJO DE FRATURAS PROXIMAIS DO FÊMUR EM IDOSOS DERIVADAS DE ACIDENTES DOMÉSTICOS Janaína Dominguez Dourado (PIBIC/UNESA) Gabrielle Izadora Ferreira de Souza (PIBIC/Voluntário) O presente trabalho aborda o manejo de fraturas proximais do fêmur em idosos, derivadas de acidentes domésticos. Diante da atual situação demográfica mundial, com o aumento da qualidade e expectativa de vida, observa-se crescimento rápido da população idosa. Esse grupo passa por um processo progressivo, gradual e variável, gerando alterações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas, que tornam os indivíduos mais vulneráveis. As fraturas proximais do fêmur em idosos possuem uma grande relevância nesse contexto, uma vez que são frequentes, graves, levam ao aumento da taxa de mortalidade em 50% dentro de um ano, e da dependência. As quedas em ambiente doméstico estão entre as causas externas mais relevantes em relação a morbidade, mortalidade e internação hospitalar. Tais acidentes geram grande impacto na vida do idoso e da família, como sobrecarga emocional e financeira. Além disso as fraturas proximais do fêmur em idosos, decorrentes de queda, custam mais de 51 milhões de reais por ano ao Sistema único de Saúde. Sendo assim é evidente a necessidade da avaliação das principais causas da fratura proximal de fêmur em idosos, as comorbidades ocasionadas por esse evento, assim como os danos psicossociais gerados nos envolvidos. De forma a destacar o manejo adequado de tal fratura para diminuir o impacto negativo na vida do paciente. Assim o objetivo geral desse trabalho é analisar o manejo de fraturas proximais de fêmur em idosos derivadas de acidentes domésticos, além disso apresenta-se quatro objetivos específicos: Identificar as principais causas de fratura proximais de fêmur em idosos; Analisar as principais comorbidades que podem favorecer esse tipo de lesão, além de sua frequência em determinados grupos, analisar medidas de prevenção para eventuais acidentes domésticos e analisar as possíveis consequências de uma fratura proximal de fêmur, durante o processo de internação e pós-operatório para o paciente e seus cuidadores. A pesquisa do material bibliográfico foi realizada nas bases de dados Lilacs-Bireme, SciELO, PubMed e Medline. Para a seleção destes, foram utilizadas as palavras-chave: fratura, fêmur e idosos. A busca foi restringida a artigos e casos clínicos publicados em português e inglês, no período de janeiro de 2015 a abril de 2020. Os artigos que atenderam aos critérios mencionados anteriormente mostraram que quanto ao manejo, a estabilização cirúrgica é a opção de escolha para a fratura trocantérica, independentemente do tipo ou padrão do desvio. A meta do tratamento cirúrgico é obter redução e fixação estáveis que propiciem ao paciente mobilização ativa e passiva precoces. Uma vez que no idoso a deambulação sem carga sobre o membro fraturado nem sempre é possível, pelas condições preexistentes, a estabilização da fratura deve ser suficiente para permitir certa carga tolerada pelo paciente. As fraturas transtrocantéricas do fêmur constituem as fraturas mais frequentemente operadas e com maior taxa de mortalidade pós- operatória. Além disso foi evidenciado que a maioria das fraturas é derivada de quedas domésticas, relacionadas à idade avançada, sexo feminino, uso de medicações psicotrópicas e consumo abusivo de álcool. A comorbidade mais comum é a osteoporose, promovendo fraturas de fêmur em traumas de baixa energia, como queda da própria altura. Em relação à prevenção é essencial capacitar os cuidadores informais e adaptar a casa do idoso para a nova rotina. Em relação as consequências psicológicas decorrentes da fratura proximal de fêmur destacaram-se o medo de novas quedas pelo idoso, gerando uma relação de dependência com o cuidador, que por outro lado demonstra desgaste emocional devido à convivência excessiva, preocupação e grande demanda de tempo que afeta na obtenção de renda familiar. Palavras-Chaves: idoso, fratura, fêmur, comorbidade, manejo Orientador(a): Jorge Luiz Alves Pereira Curso: Medicina Saúde Saúde Medicina IX JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESA
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