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UM COPO DEPOIS DE QUEBRADO NÃO HÁ NADA QUE POSSA SER FEITO 1. IDENTIFICAR OS FATORES DE RISCO E CONSEQUÊNCIAS DAS QUEDAS EM IDOSOS As causas mais comuns relacionadas às quedas de idosos • Relacionadas ao ambiente • Fraqueza ou distúrbios de equilíbrio e marcha • Tontura ou vertigem • Alteração postural ou hipotensão ortostática • Lesão no SNC • Síncope • Baixa na acuidade visual • Os fatores intrínsecos “próprio indivíduo” o Idosos com mais de 80 anos o Sexo feminino o Imobilidade o Quedas precedentes o Equilíbrio diminuído o Marcha instável, lenta e com passos curtos o Baixa aptidão física o Fraqueza muscular de MMII e MMSS o Alterações cognitivas o Doença de Parkinson o Demência (não comprometem a deambulação, mas prejudicam a avaliação de riscos) o Polifarmácia o Uso de sedativos, hipnóticos e ansiolíticos (reduzem o reflexo) • Os fatores extrínsecos “ambiente” o Comportamentos e atividades das pessoas idosas e ao meio ambiente o Ambientes inseguros: mal iluminados, escorregadios, molhados, tapetes soltos, piso irregular, mal planejados ou mal construídos. o Barreiras arquitetônicas, obstáculos no chão, móveis soltos baixos, moveis inadequados, rampas íngremes, banheiros sem adaptação especial. Riscos domésticos para quedas • Ausência de reflexos de proteção • Densidade mineral óssea reduzida – osteoporose • Desnutrição • Idade avançada • Resistência e rigidez da superfície sobre a qual se cai • Dificuldade para levantar após a queda 2. CONHECER O ESTATUTO DO IDOSO E O PAPEL DOS FILHOS NA RESPONSABILIDADE DE CUIDAR DOS PAIS file:///C:/Users/Samsung/Downloads/Estatuto%20do%20Idoso.pdf POLÍTICAS PÚBLICAS Lei Nº 8.842 • Através dela é decretada a Política Nacional do Idoso, que tem o objetivo de assegurar os direitos sociais do idoso (indivíduos > 60 anos), criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. • Princípios: o Assegurado o direito da cidadania ao idoso o Processo de envelhecimento deve ser objeto de conhecimento para todos; o Não deve haver discriminação aos idosos; o A pessoa idosa deve ser a única agente e destinatária das transformações a serem efetivadas por essa politica. file:///C:/Users/Samsung/Downloads/Estatuto%20do%20Idoso.pdf • Na área de saúde deve-se garantir a assistência ao idoso em todos os níveis do SUS; aplicar medidas e programas; fiscalização de gestores e prol do funcionamento de instituições geriátricas; incluir a Geriatria como especialidade clinica em concursos; realizar estudos para detectar caráter epidemiológico de determinadas doenças do idoso; criar serviços alterativos de saúde ao idoso. • Cria o Conselho Nacional do Idoso, sendo ele é responsável pela viabilização do convívio, integração e ocupação do idoso na sociedade, através, inclusive, da sua participação na formulação das políticas públicas, projetos e planos destinados à sua faixa etária. Suas diretrizes priorizam o atendimento domiciliar; o estímulo à capacitação dos médicos na área da Gerontologia; a descentralização político-administrativa e a divulgação de estudos e pesquisas sobre aspectos relacionados à terceira idade e ao envelhecimento. Decreto Nº 1.948 Esse decreto regulamenta a Lei nº 8.842, de modo a atribuir à Secretaria Especial dos Direitos Humanos o poder de coordenar a Politica Nacional do Idoso; articular e apoiar a estruturação da rede nacional de proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa; apoiar a capacitação de recursos humanos para atendimento ao idoso; promover eventos para discutir a velhice e o envelhecimento; financiar estudos; zelar em conjunto com o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso pelas normas de proteção da pessoa idosa. Define que asilo é o atendimento, em regime de internato, ao idoso sem vínculo familiar ou sem condições de prover à própria subsistência de modo a satisfazer as suas necessidades de moradia, alimentação, saúde e convivência social. Contudo, fica proibida a permanência em instituições asilares, de caráter social, de idosos portadores de doenças que exijam assistência médica permanente ou de assistência de enfermagem intensiva, cuja falta possa agravar ou por em risco sua vida ou a vida de terceiros. Assim, os seguintes não são asilos: ❖ Centro de Convivência: local destinado à permanência diurna do idoso, onde são desenvolvidas atividades físicas, laborativas, recreativas, culturais, associativas e de educação para a cidadania. ❖ Centro de Cuidados Diurno: Hospital-Dia e Centro-Dia - local destinado à permanência diurna do idoso dependente ou que possua deficiência temporária e necessite de assistência médica ou de assistência multiprofissional. ❖ Casa-Lar: residência, em sistema participativo, cedida por instituições públicas ou privadas, destinada a idosos detentores de renda insuficiente para sua manutenção e sem família. ❖ Oficina Abrigada de Trabalho: local destinado ao desenvolvimento, pelo idoso, de atividades produtivas, proporcionando-lhe oportunidade de elevar sua renda, sendo regida por normas específicas. ❖ Atendimento Domiciliar: é o serviço prestado ao idoso que vive só e seja dependente, a fim de suprir as suas necessidades da vida diária. Esse serviço é prestado em seu próprio lar, por profissionais da área de saúde ou por pessoas da própria comunidade. Lei Nº 10.741 Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. É dito nele que o idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral, bem como alega ser obrigação da família da família, comunidade, sociedade e do poder público assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivação do direito à vida, saúde, alimentação, educação, cultura, esporte, lazer, trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, respeito e convivência família e comunitária. No artigo 4º, é assegurado que nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. No Capítulo IV, do direito à saúde, artigo nº 15, é assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. Assim, ações em saúde serão efetivadas por: cadastramento da população idosa; atendimento geriátrico e gerontologico em ambulatórios; unidades de referência devem ter especialistas em geriatria e gerontologia; atendimento domiciliar; medicamentos, prótese, órteses e outros são gratuitos; veda-se a discriminação do idoso nos planos de saúde; idosos internados têm direito a acompanhante. Quando o idoso não estiver em plena capacidade menta, o curador, familiares ou medico devem optar o tratamento mais favorável. Em caso de maus tratos, deve-se fazer a denúncia a polícia, MP, conselho municipal/estadual/nacional do idoso. No capitulo VIII, da assistência social, artigo 34º, é dito que a partir dos 65 anos, os idoso que não possuam meios de subsistência, nem de sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 salário mínimo. 3. CONHECER A FISIOPATOLOGIA DA OSTEOPOROSE Osteoporose, um distúrbio ósseo comum em mulheres idosas, há diminuição progressiva da massa óssea total com o avanço da idade, principalmente porque a nova matriz óssea produzida é insuficiente para compensar a reabsorção óssea. A osteoporose pós‑menopáusica e senil causa acentuado enfraquecimento do colo do fêmur. As fraturas do colo do fêmur podem ocorrer após pequeno traumatismo ou até mesmo sem que haja traumatismo A osteoporose é umadoença óssea metabólica, segundo a OMS é uma doença esquelética sistêmica caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração da microarquiquetura do tecido ósseo com consequente aumento da fragilidade e susceptibilidade á fratura. Os locais mais comuns são o rádio distal, coluna vertebral, colo femoral e trocante maior. • ↓ da matriz óssea • ↓ da atividade osteoblástica • ↓ dos osteoides • ↑ dos osteoclastos O osso é formado pela parte cortical e trabecular. O osso cortical corresponde a 80% e é a parte mais densa, compacta e externa. O osso trabecular está no interior dos ossos e tem aparência esponjosa. Mantem a forca e elasticidade dos ossos, além de alojar a medula óssea. O cálcio na forma de carbonato de cálcio, é o principal constituinte inorgânico dos ossos, seguido pelo fosforo. A matriz orgânica dos ossos consiste nos osteoides, sendo o colágeno seu principal componente. • Inatividade • Deficiência de Vit. C • ↓ da secreção de estrogênio • ↓ da idade = ↓ do GH • S. de Cushing = ↓ dos osteoblastos A formação e reabsorção óssea são processos contínuos e que ocorrem normalmente de forma equilibrada. Os osteoblastos são as células responsáveis pela formação da matriz orgânica e inorgânica do osso e os osteoclastos realizam a reabsorção óssea. Esses dois processos são os regulados pelo PTH, calcitonica, estrógeno, vitamina D, citocinas e fatores locais como prostaglandinas. O pico da massa óssea ocorre aos 30 anos e se estabiliza durante 10 anos. Depois disso, ocorre perda progressiva da massa óssea que ocorre de forma acelerada nas mulheres após a menopausa. 4. COMPREENDER O PORQUE O COLO DO FÊMUR ESTÁ MAIS PROPICIO Á FRATURAS O colo do fêmur é fraturado com maior frequência porque é a parte mais estreita e mais fraca do osso e faz um ângulo acentuado com a linha de sustentação de peso (tração da gravidade). Torna-se cada vez mais vulnerável com a idade, sobretudo em mulheres, devido à osteoporose. As fraturas da parte proximal do fêmur ocorrem em vários locais; dois exemplos são a fratura transcervical e a fratura intertrocantérica. Em geral, essas fraturas são causadas por traumatismo indireto (tropeção ou descida rápida, como de um meio-fio ou degrau). Em razão do ângulo de inclinação, essas fraturas são inerentemente instáveis e há impactação (cavalgamento de fragmentos que resulta em encurtamento do membro). O espasmo muscular também contribui para o encurtamento do membro. As fraturas intracapsulares (que ocorrem dentro da cápsula articular do quadril) são complicadas por degeneração da cabeça do fêmur causadas por traumatismo vascular. Em geral, as fraturas do trocanter maior e do corpo do fêmur resultam de traumatismo direto (golpes diretos no osso causados por quedas ou pancadas) e são mais comuns durante os anos de maior atividade. Não raro ocorrem durante acidentes automobilísticos e na prática de esportes como esqui e escalada. Em alguns casos, há uma fratura espiral do corpo do fêmur, que resulta em encurtamento quando há superposição dos fragmentos, ou uma fratura cominutiva (vários fragmentos), com deslocamento dos fragmentos em várias direções em virtude da tração muscular e dependendo do nível da fratura. A consolidação desse tipo grave de fratura pode levar até um ano. As fraturas da parte distal ou inferior do fêmur podem ser complicadas por separação dos côndilos, resultando em desalinhamento das faces articulares do joelho, ou por hemorragia da grande artéria poplítea que segue diretamente na face posterior do osso. Essa fratura compromete a irrigação sanguínea da perna (uma ocorrência que sempre deve ser cogitada em fraturas ou luxações do joelho).
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