Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA QUÍMICA FÍSICO QUÍMICA EXPERIMENTAL DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE LÍQUIDOS POR PICNOMETRIA CAMPINA GRANDE – PB 2022 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1 2. OBJETIVO ................................................................................................................ 3 3. MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 4 3.1 MATERIAIS ........................................................................................................... 4 3.2 MÉTODOS ............................................................................................................. 4 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 5 5. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 10 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................... 11 1 1. INTRODUÇÃO A densidade de um objeto é uma de suas propriedades físicas mais importantes e facilmente mensuráveis. As densidades são amplamente utilizadas para identificar substâncias puras e para caracterizar e estimar a composição de muitos tipos de misturas. O objetivo de saber como as densidades são definidas, medidas e utilizadas, e garantir os conceitos intimamente relacionados de flutuabilidade e gravidade específica e os papéis que desempenham em nossas vidas e no meio ambiente. A densidade de uma substância é uma propriedade intensiva, obtida pela razão entre duas propriedades extensivas (Atkins e Jones, 2001). As propriedades das substâncias podem ser classificadas como intensivas e extensivas. As propriedades intensivas não dependem do tamanho da amostra, enquanto as propriedades extensivas dependem do tamanho da amostra. As propriedades intensivas são mais úteis, já que uma substância exibirá sempre a mesma propriedade intensiva, independentemente da quantidade que estiver examinada (Brady e Humiston, 1986). Matematicamente, a densidade (𝜌) é a razão entre a massa de uma substância (m) e o seu volume (V): 𝜌 = 𝑚 𝑣 (Eq. 1) A densidade relativa de uma substância pode ser obtida pela razão entre a sua densidade e a densidade de uma substância estabelecida como padrão. Logo, O padrão usualmente escolhido é a água, cujo valor da densidade é aproximadamente 1,0 g/cm³ a 4° C. Assim, quando se afirmar que uma substância tem densidade igual a 3,18, significa dizer que esse mineral é 3,18 vezes mais denso que a água. Outro fator importante que se deve levar em consideração a densidade é a temperatura. Tomando ponto de partida a água, quando a mesma quantidade de água é aquecida ou resfriada, sua densidade muda. Quando a água é aquecida, ela se expande, aumentando de volume. Quanto mais quente a água, mais espaço ela ocupa e menor sua densidade, conforme a Tabela 1 representa essas variações. 2 Tabela – 1 Massa específica da água em diversas temperaturas T (em °C) 𝝆 (em g/cm³) T (em °C) 𝝆 (em g/cm³) 10 0,999700 20 0,998203 11 0,999605 21 0,997992 12 0,999498 22 0,997770 13 0,999377 23 0,997538 14 0,999244 24 0,997296 15 0,999099 25 0,997044 16 0,998943 26 0,996783 17 0,998774 27 0,996512 18 0,998595 28 0,996232 19 0,998405 29 0,995944 Assim como a água sofre variações, outras substâncias também sofrem alterações em sua densidade em relação com a temperatura, como é evidenciado na Tabela 2. Tabela 2 – Massa específica das soluções de álcool etílico em função da concentração e temperatura Solução (%) Densidade (g/cm³) Temperatura °C Álcool 20 0,96997 20 Álcool 40 0,93518 Álcool 50 0,91315 Álcool 60 0,89334 Álcool 80 0,89113 Álcool 20 0,96639 25 Álcool 40 0,93148 Álcool 60 0,88931 Álcool 80 0,83911 Álcool 20 0,96395 30 Álcool 40 0,92770 Álcool 60 0,88278 Álcool 80 0,83473 3 2. OBJETIVO Calcular a densidade das soluções etanólicas nas diferentes concentrações, usando o método do picnômetro. 4 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 MATERIAIS • Álcool etílico absoluto 99,8 P.A. nas concentrações (20. 40, 60, 70 e 80% em (v/v)); • Água destilada; • Termômetro; • Balança analítica; • Picnômetros de 10 mL; • Becker de 50 mL; • Proveta; • Pipeta pasteur; • Balões volumétricos de 50 mL; 3.2 MÉTODOS Primeiramente, Checou-se a temperatura ambiente com o auxílio de um termômetro (23°C), em seguida, dividiu-se para cada aluno, diferentes concentrações para preparação das soluções (Álcool etílico absoluto à 20, 40, 60, 70 e 80%) e reservou-as em balões volumétricos de 50 mL para realização do experimento. Como não se conhecia o volume de cada picnômetro, calibrou-se os picnômetros de 10 mL com água destilada, visto a necessidade de saber o volume, para que no teste, sabermos a real quantidade adicionada. O picnômetro foi pesado vazio e cheio de água destilada (foi seco com um papel na sua parte externa, checando se tinha a formação de bolhas e finalmente pesado) e seus valores foram anotados. Conhecendo-se os dados de massa/volume de cada picnômetro para realizar a pesagem nas diferentes concentrações das soluções previamente preparadas. Encheu-se cada picnômetro com diferentes concentrações e pesou-se. O procedimento de lavagem e secagem foi repetido para cada solução etanólica. Anotou-se os dados de cada pesagem nas diferentes concentrações para realizar os cálculos e suas respectivas comparações do experimental e literário, finalizando com a checagem da temperatura final do experimento 23°C. 5 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES A Calibração do picnômetro foi realizado tomando base a temperatura do ambiente de 23°C, com a densidade da água tabelada de 𝜌 = 0,9975 g/cm³, dando início a encontrar a massa de cada picnômetro, temos: mH2O = mpH2O - mpv (Eq. 2) Onde: • mpv = Massa do picnômetro vazio; • mpH2O = Massa do picnômetro cheio com água destilada; • mH2O = Massa da água. Logo, a base de cálculos é referenciada a uma solução 20% de álcool etílico 99,8%, as demais foram compartilhadas. Então, temos: mH2O = mpH2O - mpv mH2O = 22,9008 g – 13,3464 g mH2O = 9,5544 g Portanto, temos que encontrar o volume do picnômetro: 𝑉𝑝 = 𝑚H2O 𝜌H2O (Eq. 3) Onde: • Vp = Volume do picnômetro; • mH2O = Massa da água; • 𝜌H2O = Densidade da água. Logo, temos: 𝑉𝑝 = 9,5544 g 0,9975 g/cm³ 𝑉𝑝 = 9,5783 cm³ ou 9,5783 mL 6 Sabendo dos dados após a sua calibração do picnômetro, deu início a da solução etanolica 20%, obtendo os seguintes cálculos: msol = mpsol - mpv (Eq. 4) Onde: • msol = Massa da solução; • mpsol = Massa do picnômetro cheio com solução; • mpv = Massa do picnômetro vazio. Logo, temos: msol = mpsol - mpv msol = 22,1084 g – 13,3464 g msol = 8,762 g Sendo assim, a densidade da solução a 20% foi calculada, obtendo os seguintes resultados: 𝜌 = msol v𝑝 (Eq. 5) Onde: • 𝜌 = Densidade da solução • msol = Massa da solução; • Vp = Volume do picnômetro; 𝜌 = msol v𝑝 𝜌 = 8,7620 g 9,5783 cm³ 𝜌 = 0,9147 g/cm³ ou g/ mL O mesmo experimento foi feito nas diferentes concentrações pelos demais alunos que estavam no laboratório, conforme o Quadro 1, que evidencia a variação da 𝜌 de acordo com as demais % de solução etanolica. 7 Pic. Conc. de álcool (%) Vazio (g) Cheio de água (g) Cheio de solução (g) Massa de água (g) Volume (mL) Massa da solução (g) Densidade absoluta experimental (g/cm³)1 20 13,3464 22,9008 22,1084 9,5544 9,5783 8,7620 0,9147 2 40 13,7408 23,4712 22,1788 9,7304 9,7544 8,4380 0,8650 3 60 17,7815 27,8180 26,9435 10,1003 10,1252 9,1620 0,9048 4 70 13,7051 23,1795 22,0555 9,4744 9,4977 8,3504 0,8792 5 80 13,7523 23,1723 21,6699 9,4200 9,4432 7,9176 0,8384 QUADRO 1: Resultados experimentais Percebe-se que à aumentarmos a concentração de solução de álcool etílico, a densidade tem uma redução significativa. O Gráfico 1, representa a variação da densidade, porém, no experimento fica nítido que o coeficiente da equação da reta ficou muito baixo R² = 0,419, o que justifica é que nos experimentos em geral, houve erro na execução do experimento. Gráfico 1: Dispersão dos dados experimentais. Sabendo que no experimento houve um erro considerável na sua execução, fez-se necessário calcular os erros individuais de cada operação, antes disse, calculou-se cada densidade na respectiva temperatura do dia do experimento, através da interpolação das densidades já conhecidas, conforme está representado na Tabela 2. 0,9147 0,8650 0,9048 0,8792 0,8384 y = -0,0008x + 0,925 R² = 0,419 0,83 0,84 0,85 0,86 0,87 0,88 0,89 0,9 0,91 0,92 0 20 40 60 80 100 Densidade absoluta experimental (g/cm³) 8 Usando a fórmula de interpolação linear em uma solução com 20% de teor de álcool, que pode ser deduzida usando-se proporcionalidade, através da Figura 1, temos: FIGURA 1: Relação de interpolação linear entre dois pontos. Estabelecendo a seguinte relação: 𝑦−𝑦₀ 𝑥−𝑥₀ = 𝑦₁−𝑦₀ 𝑥 ₁−𝑥₀ (Eq. 6) Temos então, usando os dados da Tabela 2, para 23°C: 0,96639 − 0,96997 25 − 20 = 𝑦₁ − 0,96997 23 − 20 𝑦₁ = 0,9678 g/cm³ A partir desse valor descoberto da densidade a 23ºC, é possível calcular o erro: 𝐸𝑟𝑟𝑜 = | 𝜌 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙− 𝜌 𝐵𝑖𝑏𝑙𝑖𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎 𝜌 𝐵𝑖𝑏𝑙𝑖𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎 | x 100 (Eq. 7) 𝐸𝑟𝑟𝑜 = | 0,9147− 0,9678 0,9678 | x 100 𝐸𝑟𝑟𝑜 = 5,49 % Já para as demais concentrações, as interpolações e erros, foram fornecidas pelos demais alunos que participaram do experimento, conforme está representado no Quadro 2, onde percebe-se que houve algo de errado pra preparação e coleta de dados. 9 Conc. de álcool (%) Densidade absoluta experimental (g/cm³) Densidade Bibliográfica (g/cm³) Erro experimental (%) 20 0,9147 0,9678 5,49 40 0,8650 0,9329 7,28 60 0,9048 0,8909 1,56 70 0,8792 0,8754 0,43 80 0,8384 0,8599 2,50 QUADRO 2: Resultados da interpolação e erro experimental 10 5. CONCLUSÃO Com este experimento, foi possível concluir que, os correlatos bibliográficos, informa que tem um método preciso, porém na execução do experimento de forma geral, nota-se uma variação na preparação de solução, como também na coleta de dados, fazendo ter um erro bastante considerável nos parâmetros do teste. De ponto positivo, podemos ressaltar que foi observado uma diminuição proporcional conforme a concentração da solução etanolica aumentava. 11 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Apostila de aulas práticas. Físico Química Experimental – Universidade Estadual da Paraíba, 2002. Acesso em 15/09/2022. Atkins, P. e Jones, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente, Porto Alegre: Bookman, 2001. Brady, J. E. e Humiston, G. E. Química Geral, vol. 1, 2ª ed., Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1986.
Compartilhar