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Universidade Federal de São João Del Rei Curso de Bacharelado e Licenciatura em Química EXPERIMENTO - 6 LÍQUIDOS PARCIALMENTE MISCÍVEIS Data: 06/10/2023 Grupo Alexia Fernanda Félix Julia Luiza Takenaka Lorena Resende Rodrigues Matheus Martins Guedes Raphael Resende Bretz ______________________________________________________________________________ 1 - Dados Experimentais Obtidos na Aula Tabela 1. Dados experimentais do sistema fenol/água. Amostra Massa Fenol (g) Massa água (g) % m/m T1 (ºC) T2 (ºC) Tm (ºC) DP 1 10.005 4 71.4 42 43 42.5 0.5 2 10.005 5 66.7 51 49 50 1 3 10.005 8 55.6 65 63 64 1 4 10.005 12 45.5 72 73 72.5 0.5 5 5.024 7.5 40.1 69.1 69.2 69.15 0.05 6 5.024 9 35.8 68.7 68.5 68.6 0.1 7 5.024 12 29.5 68 68.2 68.1 0.1 8 5.024 15 25.1 67.8 66.6 67.2 0.6 9 5.024 18 21.8 64.7 65 64.85 0.15 10 2.507 12.5 16.7 62 63 62.5 0.5 11 2.507 16.5 13.2 58 58 58 0 12 2.507 22.5 10 45 44.8 44.9 0.1 13 2.507 29.5 7.8 31 31.5 31.25 0.25 Lorena Retângulo 2 – Resultados e Discussões A miscibilidade é uma característica conferida à mistura entre dois líquidos. Os líquidos podem ser miscíveis, parcialmente miscíveis ou completamente imiscíveis, dependendo da temperatura. No sistema fenol e água, eles podem ser miscíveis um ao outro em determinadas temperaturas, mas dependendo da proporção entre eles utilizada. Por exemplo, em temperatura ambiente, essas substâncias são parcialmente miscíveis, mas quando a temperatura aumenta, formam uma substância homogênea. As proporções utilizadas de fenol e água estão na Tabela 1. Assim, pôde-se construir o diagrama de temperatura de solubilidade em função da porcentagem da massa de fenol, como mostrado na Figura 1. Figura 1. Diagrama de fases fenol/água. Sabe-se que a temperatura crítica superior é a temperatura mais elevada em que pode haver separação entre as fases. Ao analisar o diagrama, esta temperatura foi identificada como 72,0 ºC. Comparando-se a temperatura crítica com o valor literário para esse sistema, 65,85ºC, nota-se uma diferença razoavelmente pequena entre o valor experimental e teórico, causado provavelmente por erros em medidas. A quantidade de fases presentes em cada parte do sistema pode-se observar na curva de miscibilidade. Quando a temperatura está abaixo da temperatura crítica, o sistema apresenta duas fases líquidas, o que implica que os líquidos são parcialmente miscíveis. Da mesma forma, quando a temperatura se encontra acima da temperatura crítica, o sistema apresenta apenas uma fase líquida, o que indica que os líquidos se tornam completamente miscíveis. A energia potencial das moléculas é superada pela energia do movimento de agitação térmica, ou seja, os dois componentes estão apenas em uma fase quando estão acima da temperatura crítica. Assim, os pontos que estão acima da curva do diagrama de fenol e água se encontram em seu estado total de miscibilidade em qualquer proporção, e aqueles que se encontram abaixo dessa curva possuem as fases em seu estado parcialmente miscível, ou seja, em um sistema com duas fases. Pela dedução de Gibbs, pode-se obter a seguinte relação: Equação I𝐹 = 𝐶 − 𝑃 + 2 Geralmente, os sistemas são formados por três componentes: pressão, temperatura e fração molar, porém, no caso descrito, a temperatura foi fixada, transformando a equação acima na equação apresentada a seguir: Equação II𝐹 = 𝐶 − 𝑃 + 1 Dessa forma, quando abaixo da temperatura crítica, constituída por duas fases, o número de graus de liberdade é 2. Por outro lado, acima da temperatura crítica, onde há apenas uma fase, o número de graus de liberdade aumenta para 3. A construção e análise do diagrama de fases possibilita determinar a composição do sistema, bem como as quantidades relativas a cada fase. Pelo gráfico construído e observando o sistema da amostra 9, a 30ºC, pôde-se determinar a composição e as quantidades relativas das fases na amostra. Os resultados estão apresentados a seguir: Figura 2. Diagrama de fases fenol/água com linha de amarração traçada no gráfico da amostra 9. A fim de determinar a composição do sistema, foi traçado no gráfico uma linha de amarração, como pode ser visto no gráfico acima (figura 2), na temperatura de 30º. A linha pontilhada marca a fração molar de Fenol no sistema da amostra 9. Utilizando-se da Regra da Alavanca (equação III) é possível determinar a relação entre água e fenol na amostra analisada. Equação III 𝑚 𝐿1 𝑚 𝐿2 = 𝑙 𝐿2 𝑙 𝐿1 Pelos dados representados na Figura II, obtém-se que: 𝑚 𝐿1 𝑚 𝐿2 = (71,4 − 21,8)(21,8 − 7,8) 𝑚 𝐿1 𝑚 𝐿2 = 3, 5 Como análise adicional e forma de confirmação do resultado apresentado acima, o sistema da amostra 9 foi deixado em repouso até o final da prática, foi possível então analisar o volume final de cada fase da amostra como pode ser observado na figura a seguir: Figura 3. Sistema da amostra 9. (Fonte: Próprio Autor) O volume total final foi de 23 mL, sendo 4,7 mL de Fenol e 18,3 mL de água, obtendo uma razão de 3,9. Valor muito próximo ao calculado anteriormente, onde a diferença de valores pode ser atribuída a erros de observação. 3-Considerações Finais Após conduzir todo o experimento, torna-se evidente que a temperatura desempenha um papel crucial na miscibilidade de líquidos diversos. Isso se deve ao aumento da energia térmica do sistema, o que, por sua vez, intensifica as interações entre as moléculas presentes em cada composto. É através dessa energia ativa que ocorre a alteração no estado físico do fenol, um fenômeno que pode ser claramente observado. No decorrer do experimento, foi possível observar que o estado líquido dos componentes, em momentos específicos e a determinadas temperaturas, pode ser explicado pelo fato de que a entropia é minimizada quando a mesma quantidade de energia está distribuída por todo o sistema. A curva de miscibilidade nos permitiu identificar e visualizar a faixa de temperatura onde ocorrem fases distintas, tanto homogêneas quanto heterogêneas. Além disso, a aplicação da regra da alavanca possibilitou determinar a quantidade de cada componente em termos de massa presente em pontos específicos do experimento. Os cálculos indicam que a regra foi aplicada de maneira consistente. Ao comparar os valores experimentais com o diagrama de fases fenol/água disponível na literatura, observamos semelhanças em suas formas. Isso sugere que alguns erros podem ter ocorrido durante o experimento, como a perda de calor para o ambiente externo. No entanto, a concordância entre os dados indica que o experimento foi conduzido conforme os objetivos propostos.
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