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RELATÓRIO FINAL DE ESTAGIO SUPERVISIONADO II KELLY

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GRUPO SER EDUCACIONAL
“UNINASSAU”
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - PEDAGOGIA
KELLY DE ALELUIA BASTOS DOS SANTOS
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II NOS ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Salvador/BA
2022 
KELLY DE ALELUIA BASTOS DOS SANTOS
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II NOS ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Relatório parcial apresentado ao
Curso de Graduação em Pedagogia
da (Uninassau), como requisito para
aprovação na disciplina de Estágio
Supervisionado II.
.
Salvador/BA 
2022 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................4
2 ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO....................................5
3 ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO....................................................................8
4. RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE.......................9
4.1 OBSERVAÇÃO/COPARTICIPAÇÃO 1..................................................12
4.2 OBSERVAÇÃO/COPARTICIPAÇÃO 2..................................................13
4.3 OBSERVAÇÃO/COPARTICIPAÇÃO 3..................................................14
4.4 OBSERVAÇÃO/COPARTICIPAÇÃO 4..................................................14
4.5 OBSERVAÇÃO/COPARTICIPAÇÃO 5..................................................15
4.6 OBSERVAÇÃO/COPARTICIPAÇÃO 6..................................................16
5. RELATÓRIO DE REGÊNCIA......................................................................17
5.1 REGÊNCIA ......................................................................................18
5.2REGÊNCIA .......................................................................................19
 5.3 REGÊNCIA ......................................................................................19
5.4REGÊNCIA .......................................................................................20
5.5 REGÊNCIA ......................................................................................21
5.6 REGÊNCIA ......................................................................................21
6. ENTREVISTA COM O PROFESSOR SUPERVISOR DO ESTÁGIO..........22
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................23
8 REFERÊNCIAS..............................................................................................24
9 ANEXO ..........................................................................................................25
10 APÊNDICE...................................................................................................26
4
1 INTRODUÇÃO
 estágio supervisionado II - Ensino Fundamental foi desenvolvido na
Escola Privada Centro Educacional Semear em Salvador/Bahia, localizada na
2°travessa Ana Piedade, Bairro Alto do Cabrito. A escola nos dias atuais oferta os
seguintes níveis de ensino: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Para
atender toda essa demanda, a escola funciona em dois turnos: manhã e
tarde no turno da manhã e tarde a escola atende da Educação Infantil ao 5º
ano do Ensino Fundamental. 
A escola possui atualmente um quadro de funcionários atuantes nas funções
de Porteiros (01), A gente Administrativo 02), Manipulador de Alimentos (02),
Agentes de Serviços Gerais (08) Diretor (01), Supervisora (01) e Secretária (02),
totalizando 15 funcionários e 10 docentes. Em linhas gerais consideramos
que, a escola dispõe de profissionais devidamente qualificados para atuar nas
áreas em que são designados. Isso significa que a escola imprime certo grau
de qualidade ao seu público alvo. Em síntese, o presente relatório objetiva
apresentar as experiências construídas ao longo das atividades do Estágio
Supervisionado II – Ensino Fundamental: Observação que tem os seguintes
itens: 2 Análise do Projeto Político Pedagógico; 3 Livro Didático adotado pela
escola para o anos iniciais do ensino fundamental; 4 Relatório de Observação da
Prática Docente. 
5
2 ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
O Projeto Político Pedagógico proporciona a formação de um
cidadão crítico, autônomo e democrático capaz de intervir na sociedade e
a valorizar cada vez mais o ambiente em que vive. Neste contexto sua função é a
de desenvolve práticas
pedagógicas que incentivem o exercício da cidadania e a formação de
sujeitos para a transformação de sua realidade social, colaborar na compreensão
do mundo e suas
transformações, situando o ser humano como indivíduo participativo
e parte integrante do universo. Verificamos que tais considerações que
constam no PPP na prática é desenvolvido por todos os profissionais. Isso
ficou evidente durante as observações que realizamos, pois as atividades
propostas pelo professor davam autonomia para os alunos, possibilitando a
formação de uma consciência crítica. Tais considerações podem ser justificadas
por Freire (1991) quando propõe um ensino e aprendizagem escolar
pautados na pedagogia libertadora que tem como base o trabalho com o currículo
interdisciplinar via tema gerador.
A Professora Larissa informa o planejamento anual é feito de forma coletiva
e integrada no qual, a gestão administrativa e pedagógica é quem se
responsabiliza pela organização. No planejamento anual são definidas as
atividades que serão desenvolvidas ao longo do ano letivo. Também se discute
os métodos de ensino, as formas de avaliação, bem como, as dificuldades e
estratégias que serão adotadas para solucionar os problemas que foram
identificados a partir da diagnose. A partir das observações constatamos que a
professional que acompanhamos segue o planejamento anual. A professora entra
na sala e põe em prática o seu plano de aula, pega o livro didático, indica o
conteúdo e trabalha, tendo uma sequência lógica e um encadeamento dos
conteúdos. Tais considerações podem ser justificadas por Vasconcelos (1999)
que destaca que o trabalho deve ter como ponto de partida o planejamento. O
autor considera que o planejamento não pode ser algo engessado, mas deve ser
algo flexível e adaptável a realidade que os profissionais tem. A partir de pesquisas
realizadas entre alunos, professores, corpo administrativo e de apoio, pais e/ou
6
responsáveis e comunidade em geral, em que foram detectadas as principais
deficiências de aprendizagem enfrentadas atualmente nesta escola: a
leitura e a escrita. Após a análise das pesquisas realizadas sentiu-se a
necessidade de buscar soluções para que os alunos venham a desenvolver
essas habilidades de ler e escrever.
Então, por decisão de todos, o Jardim III, 1° ano e 2°an do Ensino
Fundamental serão priorizados no PPP. Uma vez que, entende-se serem essas
duas séries a base para que o indivíduo venha a obter sucesso nos estudos
desta escola, inúmeras pesquisas realizadas ultimamente na área da
educação apontam para esse mesmo problema em nosso país: a
maioria dos alunos sai do 1° ano do Ensino Fundamental sem saber
ler ou escrever, ou pior, sem dominar nenhuma dessas habilidades. Veja o que
diz os PCNs:
 “No ensino fundamental, o eixo da discussão, no que se refere ao
fracasso escolar, tem sido a questão da leitura e da escrita. Sabe-se que os
índices brasileiros de repetência nas séries iniciais – inaceitáveis mesmo em
países muito pobres – estão diretamente li gados à dificuldade que a escola
tem de ensinar a ler e a escrever. Essa dificuldade se expressa com clareza
(...) no fim da primeira série (ou mesmo das duas primeiras(...) por dificuldade de
alfabetizar.” (p.19) 
E com o passar dos anos, o problema, muitas vezes, se agrava ainda
mais, pois o aluno acaba passando para outras séries sem dominá-las.
Consequentemente, esse indivíduo não consegue acompanhar os avanços
da sociedade e se torna excluído do mercado de trabalho. Isso porque, no
momento, vivemos num mundo globalizado que se torna a cada dia mais
competitivo e exige pessoas qualificadas. E mais ainda, essa deficiência
não atinge apenas os discentes, mas os pais e/ou responsáveis destes
alunos, o que torna quase inviável o espaço solidário dos docentes, pois
se sabe que para o sucesso dos alunos necessário se faz em todos
os momentos a participação ativa de todos os envolvidos no processo ensino-
aprendizagem. Consta no PPP que a escola desenvolve inúmeros projetos
educativos com o intuito de melhorar a qualidade do ensino tendo como base o
conhecimento, a cidadania e a formação pessoal, profissional e social do
indivíduo. E dentre os trabalhos desenvolvidos na escola destaca-se:
7
Projeto M EIO AMBIENTE: Homem x Natureza, desenvolvido no ano de
2017 com o intuito de conscientizar os alunos e a comunidade sobre a
importância de se preservar o meio ambiente na sociedade atual em que
vivemos para que assim possamos contribuir para a preservação da vida em nosso
planeta. Nossos subtemas foram:
✔ As transformações da paisagem natural;
✔ O valor da sucata;
✔ O cuidado com o lixo; 
✔ A poluição do rio Tocantins;
✔ A importância das plantas; 
✔ A água fonte de vida;
Projeto ESCOLA E FAMÍLIA: Todos aprendem com essa parceria, trabalhado
e 2017 na tentativa de se promover maior aproximação entre pais e escola.
Uma vez que uma das maiores dificuldades enfrentadas pela escola se refere à
falta de participação dos pais na educação das crianças. E como subtemas
tivemos:
✔ O papel da família na educação escolar;
✔ Família: principais atores para a criança chegar ao conhecimento;
✔ De olho na lição de casa;
✔ Pais: parceiros na educação dos filhos;
✔ Família e escola: para formar cidadãos de boa conduta;
Ano de 2018, descreve-se, no quadro abaixo a eventual prática pedagógicas
próprias e inovadoras desenvolvidas no âmbito da escola.
OBJETIVOS PROJETOS METAS TEXTOS/BASES
1° ao 5° anos/ 9°
8
Propiciar ao
educando a
capacidade de
codificar e
decodificar o
sistema de escrita,
compreender,
interpretar,
analisar o texto
lido valorizando os
diversos usos e
funções da escrita
a partir de vários
gêneros textuais.
Alfabetização e
letramento;
Proposta para
uma educação de
qualidade nas
séries iniciais.
Ler, escrever
corretamente,
interpretar,
produzir textos ao
término do 4° ano
do ensino
fundamental.
Prescritivos;
Sociais;
Enumerativos;
Publicitários;
Iconográficos ou
Ilustrados;
Culturais
científicos.
3 LIVRO DIDÁTICO ADOTADO PELA ESCOLA PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Nossa primeira ação para que fosse possível a análise do livro didático utilizado pela
professora Larissa foi fazer a identificação dos mesmos, para isso, foi feito uso do
quadro à seguir.
Quadro 1- Livros didáticos adotados pela escola para a turma campo de estágio
Component
e Curricular
Autores Título da
obra
Ano
escolar
Editora Edição
Português
Matemática
História
Geografia
Ciências
Arte
Maria Clara
Medeiros
Língua
portuguesa
Matemática
História
Geografia
Ciências
Arte
4º Formando
Cidadãos
2019
9
Cidadania
Moral e Ética
Armando
Morais e
Maria
Soledade
Cidadania
Moral e
Ética
4° Formando
Cidadãos
2019
O pirulito de
Açucar
Tião Souza Prazer de
Ler
4° Prazer de
Ler
2019
Inglês Glaydes
Maltiner
Inglês Formando
Cidadãos
2019
Após a catalogação dos livros didáticos adotados pela turma, buscamos saber
como se deu processo de escolha da tal componente curricular, tenho em vista as
necessidades de aprendizagem dos alunos.
Sobre o processo de seleção dos componentes curriculares que são
trabalhados na escola, a professora do 4° ano do Ensino Fundamental informou que
o processo de escolha desse componente curricular se dá mediante uma reunião
entre todos os professores da instituição. 
4 RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE
No decorrer do período do estágio acompanhei inicialmente as atividades
desenvolvidas: ditado de palavras, cópia e numerais, atividades no livro, observando
os alunos e as atividades, compreendendo as questões relativas ao processo de
entendimento de linguagem oral e escrita. Observando para compreender o
processo de construção de conhecimento e aprendizagem dos alunos. 
Na integração com a sala onde participei no acompanhamento de participação das
atividades, observei que os alunos não acompanham as aulas por igual, que cada
um tem o seu momento, cada um tem sua dificuldade, uns acompanham mais
rápido, outros tem mais dificuldade. É importante estar atento aos sons da fala, se a
criança está falando o mesmo que está lendo, ou seja se tem coerência entre a fala
e a escrita. 
10
No curso de pedagogia na matéria de linguagem oral e escrita, é preciso segmentar
as palavras em sílabas, e as sílabas em fonemas. Esse processo foi verificado na
escola, a repetição de sons, repetindo sílabas. Uso de materiais de diferentes
gêneros, fazendo reflexões sobre a linguagem que nós usamos. 
Hoffmann (2005,p53) se valorizarmos os “erros” dos alunos, considerando-os
essenciais para o “vir a ser” do processo educativo, temos que assumir também as
possibilidades das incertezas, das dúvidas, dos questionamentos que possam
ocorrer conosco a partir da análise das respostas deles, favorecendo, então, a
discussão sobre essas ideias novas ou diferentes. 
Segundo o que foi ministrado no curso de pedagogia na aula de Fundamentos
Teóricos e Metodológicos de História e Geografia, sempre que estiver ensinando
aos alunos podemos dar aulas expositivas e dialogadas, questionar 
O porque disso ou daquilo, deixar os alunos se manifestarem sobre algo que
aconteceu no seu cotidiano. 
Nesse período de estar na sala de aula é muito importante para compreender como
agir em um primeiro momento, observando as vivências dos alunos e a vida
cotidiana da sala de aula, com todos os problemas que surgem. 
Conforme Comenius, citado por Kulesza, Wojciech A. (1992) ao abordar os
problemas educacionais do ponto de vista de uma filosofia de vida total, Comenius
mexeu com problemas que estão longe de estar solucionados, e o modo como ele
fez isso é relevante não somente para o mundo do século dezessete, mas para o
mundo de hoje. 
Podemos observar que cada dia pode ser imprevisível. Ocorrem problemas,
desafios, dificuldades, mas também é repleto de alegrias e realizações, com
crianças e jovens ansiosos pela vida e pela descoberta do saber. Os alunos cantam
na sala de aula e nas apresentações festivas da escola. Tive a oportunidade de
assistir a algumas apresentações da turma e confesso que é algo comovente de se
ver. 
Segundo Hoffmann (2005), A postura do professor frente às alternativas de solução
construídas pelo aluno deveria estar necessariamente comprometida com tal
concepção de erro construtivo. 
Podemos considerar que o conhecimento produzido pelo educando, em um certo
momento de sua experiência de vida é um conhecimento em processo de
superação. A turma é bastante agitada, precisando estar ocupada o tempo todo com
11
atividades. A professora é muito insistente e exigente, durante a aula. Fala o tempo
todo que é necessário dar uma acelerada nos mais atrasadinhos. A escola não tem
problemas como violência, raramente acontecebrigas, os profissionais estão
sempre atentos a qualquer desentendimentos e já intervém em qualquer situação,
não dando chance para que o problema cresça. Os pais são sempre informados
sobre os acontecimentos. 
Segundo FREIRE (2000) p.43, uma das primordiais tarefas da pedagogia crítica
radical libertadora é trabalhar a legitimidade do sonho ético- político da superação da
realidade injusta. É trabalhar a genuinidade dessa força da ideologia fatalista
dominante, que estimula a imobilidade dos oprimidos e sua acomodação à realidade
injusta, necessária ao movimento dos dominadores. 
O Ensino Fundamental passou por mudanças esses últimos anos, com a
implantação do 9º ano e da entrada na 1ª série com seis anos. Cada vez mais cedo
as crianças adquirem mais responsabilidade. A escola também enfrenta grandes
desafios com os avanços tecnológicos, descobertas científicas, mudança de valores,
atitudes, costumes. 
Hoje temos também a responsabilidade social de ensinar na escola a consciência
sobre o meio ambiente, sensibilizar sobre a problemática do lixo, como foi observado
nos conceitos da aula de Temas Transversais, que tem o objetivo de que as
crianças desenvolvam as competências necessárias para o exercício de uma
cidadania responsável.
Na escola de Ensino Fundamental pude observar e acompanhar a prática diária dos
alunos, que alguns alunos da 2 ª série tinham dificuldades de leitura, já estava no
meio do ano e muitos não sabiam ler. 
Fiquei observando cada dia uma classe, desde o 1º ao 5º ano, e observei que tinha 
uma classe do 2º ano que precisava de mais ajuda, por ter alunos bagunceiros que 
não paravam muito tempo sentados, alguns tinham dificuldade de aprendizagem. 
Muitos ainda não sabiam ler. Optei por acompanhar essa classe, até mesmo para 
ajudar a professora. 
A professora fazia um trabalho de leitura com eles funcionava assim: cada um
escolhia o livro que queria ler, a professora mantinha no fundo da classe um
cantinho com livros de historinhas infantis. Quando algum estava lendo, o outro já
estava esperando a sua vez com um livro na mão. Podia observar a evolução das
crianças no dia a dia. 
12
Durante o curso de pedagogia na matéria de Literatura Infanto Juvenil: a cultura do
livro é uma herança de contexto familiar, porém com a modernidade, onde as mães
trabalham e não tem tempo para incentivar a leitura aos filhos. As crianças não
gostam de ficar presa a um livro, quando tem um computador a sua frente. 
A professora tomava a leitura e escrevia em que estágio de desenvolvimento
estavam, para fazer o registro dessas informações. Tomava a leitura, observando
repetições de sons, segmentos silábicos. Observando o oral e o escrito,
semelhanças e diferenças. Qual a dificuldade de cada criança, para ser trabalhada
de acordo com o que eles erravam, já que a leitura era feita de um em um. 
Esses conceitos foram relacionados com a aula de Linguagem Oral e Escrita, no
curso de pedagogia, quando a criança aprende, é quando faz relações e comenta o
que leu e compartilha o que leu.
Quando comecei a fase da participação na aula fui muito apoiada pela professora, e
aceita pelos alunos que vinham tirar as dúvidas comigo, eu sentava com quem tinha
mais dificuldade, e assim auxiliava nas dúvidas, descobria sua necessidade, onde
ele precisava melhorar, comunicava para a professora que sempre procurava apoiar
esse aluno nesses pontos que eram identificados. 
Segundo FREIRE (2000) p.43, uma das primordiais tarefas da pedagogia crítica
radical libertadora é trabalhar a legitimidade do sonho ético- político da superação da
realidade injusta. É trabalhar a genuinidade dessa força da ideologia fatalista
dominante, que estimula a imobilidade dos oprimidos e sua acomodação à realidade
injusta, necessária ao movimento dos dominadores. Devemos sempre um olhar
especial para cada situação. Aquele aluno citado anteriormente que corria pela
classe atrapalhando a aula, foi encaminhado para avaliação, teve apoio de
profissionais como psicopedagogo e apoio médico. Com o apoio da família,
começou um tratamento e ficou bem mais calmo. Conseguia copiar a lição e logo
começou a ler sozinho. 
Certo dia cheguei na escola e com imensa alegria a professora veio me falar que
aquele aluno que fora encaminhado para ajuda havia começado a ler. Fiquei muito
feliz em saber o quanto podemos ajudar uma criança a evoluir. 
Na matéria de Fundamentos Teóricos e Metodológicos de História e Geografia, o
professor não precisa se preocupar, a criança demonstra o que aprende por meio de
atitude.
13
4.1 OBSERVAÇÃO/COPARTICIPAÇÃO 1 
A primeira observação de estágio é sempre muito difícil para o estagiário, um
período de adaptação e descobertas. Na verdade o estágio é pensar e colocar a
teoria em prática e assim descobrindo que seja mais fácil do que se imagina, de
início pode até parecer que sim, mas não principalmente quando se trata de estar
em um lugar que não se tem costume, quando chegamos aquele ambiente que
muitas vezes não conhecemos ninguém, então há primeira semana é sempre um
momento muito difícil aquele de adaptação de tentar conhecer e afeiçoar ao
ambiente e as pessoas.
Primeira semana não sabia ainda o que a escola poderia me oferecer de suporte
para as aulas planejei aulas com roda de conversas com exposições sempre de
alfabeto móvel, o uso do livro principalmente nas aulas de História, Geografia e
Ciências complementando com atividades xerografadas com turmas do 1° ao 4°
ano, apesar de sempre estar tentando buscar atenção dos alunos consegui por
maioria passar aquilo que era proposto com dificuldade, mas conseguia no último
dia da semana em sala mesmo montei um pequeno circuito para trabalhar Educação
Física, apesar de sempre bater na mesma tecla da atenção consegui com êxito um
bom desenvolvimento. A música também fez parte como o horário de recreação fora
ainda não estava organizado eles levavam brinquedos, mas era muita bagunça, a
ideia seria ocupá-los em outra coisa então ocupe com a música. 
4.2 OBSERVAÇÃO/COPARTICIPAÇÃO 2 
Na segunda observação, atenta à organização da turma e o funcionamento da sala
de aula, pensei uma forma de reter a atenção da turma. Pensando que teria que
rever seus métodos. Comecei pelo uso de um painel que denominei “ Como me
comportei”, funcionava da seguinte forma carinhas, tristes e alegres, essas carinhas
representam, por exemplo, triste para quem não obedecesse e alegre para quem
seguisse as regrinhas de fazer atividade de casa e da sala de aula , conversar
somente o necessário, não bater/xingar o colega, e agregado a isso a quem não
gritasse eles tinham uma mania de sempre que tocasse eles gritavam e isso
incomodava alguns alunos com sensibilidade auditiva, e ao final da semana quem
tivesse o maior número de carinhas alegres que ganhasse durante a semana seria
recompensado. Todos os dias antes do toque, da saída dos alunos, tinha a
avaliação do comportamento. No primeiro dia quase todo mundo ficou com carinha
triste. Foi um momento difícil, fiquei triste assim como a figurinha, mas como as
coisas acontecem gradativamente decidi continuar chegando ao final da semana,
ainda tínhamos algumas carinhas tristes, mas menos do que o primeiro dia, pensei
14
comigo - é estar melhorando e confiante que vai dar certo. Sempre conversava com
eles sobre comportamento. 
Como vi que a atividade do Alfabeto Estourado tinha dado certo resolvi explorar a
sala e o que eu pudesse para chamar a atenção deles e envolvê-los cada vez mais
nas aulas e nas atividades sempre buscando e tentando melhorar. 
Até mesmo mudar o posicionamento das cadeiras. Isso contribuiu ainda mais para
que o aprendizado fluísse. Para as disciplinas de História, Geografia e Ciências
usava muito o livro e atividades extra xerografadas pedi conversávamossobre os
conteúdos e em um sobre os direitos das crianças pedi que fizessem um cartaz em
casa e trouxessem no dia seguinte e assim alguns deles fizeram fizemos a
socialização e foi muito bom ver como eles interagiam e discutiam sobre seus
direitos e também seus deveres. Em um outro dia falamos sobre as brincadeiras de
roda que também me vi surpresa com a interação e como alguns não conheciam.
Sempre busquei trabalhar com cola, tesoura, papel crepom, palitos de fósforos tudo
que eles tivessem acesso e pudessem tocar para desenvolverem as habilidades
motoras e intelectuais a música também foi muito presente em nossas aulas nessa
semana usamos batalha dos movimentos.
 
4.3 OBSERVAÇÃO/COPARTICIPAÇÃO 3
Na terceira observação realizado, teve como componente curricular Português e o
conteúdo foi dígrafo em seguida Matemática e o conteúdo foi leitura e escrita de
números da ordem numéricas. Nessa aula, a professora trabalhou inicialmente
com material impresso que ela trouxe de casa ela colou no caderno
dos alunos e começou a resolução. Em seguida, a professora criou
problemas matemáticos envolvendo situações cotidianas envolvendo a
realidade dos alunos a16medida em que os alunos iam apresentando
suas respostas a professora ia fazendo a correção e pedindo que os próprios
alunos fizessem a correção em seus cadernos. Do meu ponto de vista, essa
ação da professora foi muito positiva, pois os alunos se envolveram na
correção, ao final do processo ela corrigiu o caderno de todos, deu o
visto e os parabéns para todos os alunos pelo desenvolvimento da
atividade. Após fazer todas as correções a professora se despediu dos
alunos e encerrou a aula.
15
 
4.4 OBSERVAÇÃO/COPARTICIPAÇÃO 4
A quarta observação a aula trabalhada pela professora foi de Educação Física
e teve como conteúdo “A importância da prática de atividades física e
alimentação equilibrada para a saúde do corpo e da mente”. Ao fazer a acolhida dos
alunos, a professora solicitou que os mesmos deveriam deixar seus cadernos de
cópia em sua mesa que ela faria a correção. Os alunos concordaram, e, em
seguida, a professora iniciou a contextualização/ambientação do conteúdo ser
trabalhado. A professora perguntou sabiam o que era atividade física, se eles
praticavam alguma, se gostavam de verduras e legumes. Os alunos res ponderam
os questionamentos da professora, no qual pude perceber que grande
parte não tinham uma alimentação equilibrada, já que suas condições
financeiras segundo os alunos não permitiam. A professora aproveitou
essa fala para problematizar as situações destacadas, salientando que
uma alimentação equilibrada e saudável não necessita de muitos gastos,
mas de compreender o que é necessário comer para a manutenção dos
organismos funcionando de forma correta. 
A professora então copiou o conteúdo no quadro, aí foi possível
perceber que muitos alunos possuem certas dificuldades para copiar do
quadro, especialmente porquê muitas vezes param para conversar com o
colega do lado. Sempre que essa situação acontece, a professora lembra os
alunos das regrinhas que eles estabeleceram entre eles sobre
comportamento, uma das regras que podemos citar é o fato de uso
do celular que é proibido tanto para os alunos quanto para a
professora. Assim, os alunos copiaram o conteúdo do quadro, a
professora explicou sobre a importância das atividades físicas para manter
uma certa qualidade em termos de saúde. Em seguida a professora colocou
3cartazes na parede no qual orientava os alunos de como fazer uma
alimentação de qualidade e necessária a saúde do corpo. Em um dos
cartazes a professora trouxe a pirâmide da alimentação saudável, fato
esse que muitos alunos “não gostaram”, pois as 17 guloseimas não
constavam como atividade saudável. A professora então explicou a eles que
“comer muito” não é sinal de saúde, o ideal é comer com qualidade,
16
portanto, eles poderiam comer suas guloseimas, mas deveria ser bastante
restrito quanto a isso. A o final da aula a professora entregou aos
alunos uma atividade para resolver em casa e trazer na próxima aula.
4.5 OBSERVAÇÃO/COPARTICIPAÇÃO 5 
Na quinta observação fizemos nossa quinta observação nesse dia a
professora trabalhou com o componente curricular Língua Portuguesa. A
professora recebeu os alunos e em seguida informou que no dia de
hoje, seriam trabalhadas duas disciplinas. Antes de iniciar a aula, a
professora solicitou as atividades que entregou aos mesmos na aula
anterior que deveria ser feita junto com seus familiares. Todos os alunos
realizaram a atividade e a professora fez a correção das atividades.
Logo em seguida, ela inicializou a contextualização da aula de língua
portuguesa sobre os graus dos substantivos. Nessa aula a professora
inovou, pois optou por trabalhar com a interpretação textual a partir da
literatura infantil, esclareceu aos alunos o objetivo da aula que era aprender a
identificar o grau dos substantivos, mas também estimular a leitura e a
escrita. A professora perguntou aos alunos se eles conheciam a fábula
“O Leão e o Rato”, os alunos responderam que não, ela explicou o que era
uma fábula, e em seguida perguntou se os alunos já tinham ouvido alguma
fábula, os alunos citaram a cigarra e a formiga. Passado esse momento
a professora pediu que os alunos sentassem e formassem um círculo,
pois ela iria narra a fábula daquele dia. A professora primeiramente
distribuiu aos alunos uma folha em papel no qual tinha a fábula ilustrada para
que os alunos pudessem acompanhar e iniciou a contação da fabula.
Foi possível perceber o envolvimento dos alunos a medida em que a
professora ia narrando, entonando uma voz diferente a cada momento que um
dos personagens falava. Para que atingisse seus objetivos, a professora fez
adaptações na fábula de modo que os graus dos substantivos estivessem presentes.
Foi um momento muito rico e emocionante para todos. Ao final da fábula,
com um cartaz a professora explicou para os alunos como os
substantivos são classificados quanto ao grau. Ao final da aula a professora pediu
que os alunos falassem alguns substantivos e como podiam ser classificados
quanto ao grau. Como atividade nessa aula a professora solicitou dos alunos
que destacassem palavras do texto que pudessem representar o grau do
substantivo, em seguida passou mais questões. Os alunos resolveram as
atividades e a professora fez a correção encerando assim a sua aula.
4.6 OBSERVAÇÃO/COPARTICIPAÇÃO 6 
Na última observação realizei a última observação/coparticipação da prática
docente que teve como componente curricular Matemática, e o conteúdo
trabalhado pela professora foi “Problemas envolvendo adição e subtração”.
17
A professora perguntou se eles lembravam do conteúdo s obre operações
com números naturais, em especial adição e subtração. Alguns alunos
disseram que sim outros que não, ela então, fez uma rápidaretrospectiva
explicando o que era adição e subtração, lembrando os da importância
dessas operações em nossa vida cotidiana enfatizando que o objetivo da
aula era para que eles aprendessem interpretar e fazer uso das operações
matemáticas na sua vida dentro e fora da escola. Após relembrar os conhecimentos
prévios a professora perguntou aos alunos se eles já foram ao comércio
fazer algum tipo de compra ou se já venderam alguma coisa. Os alunos
responderam que sim, então a professora, criou algumas situações
problemas com o próprio nome dos alunos e colocou no quadro. As
duas questões iniciais a professora resolveu no quadro junto com os
alunos, esclarecendo o passo a passo até que se chega ao resultado.
Em seguida, a professora colocou algumas questões no quadro e deixou
para que os alunos resolvessem. Percebendo que os alunos tiveram
dificuldades para solucionar, a professora retornou ao quadro e explicou o
conteúdo novamente aos alunos, bem como, resolveu as questões propostas. A
partir desse momento, a professora disponibilizou aos alunos uma lista
de exercício com problemas envolvendo adição e subtração que os
alunos deveriam solucionar até o final da aula em seguida corrigiu a atividade e
encerrou a aula.
5 RELATÓRIO DE REGÊNCIA
As atividades de regência foram desenvolvidas na turma do 4º e 5°ano, e ocorriam
às segundas-feiras e quintas-feiras, das 07:00 as 11:00 em ambos os dias, cada
qual com uma hora-aula. Durante as aulas de regência foram trabalhados conteúdos
focados no campo da Artes e Matemática: Noções primitivas:
ponto, reta e plano; e sólidos geométricos: corpos redondos e poliedros. Esses
conteúdos obedeceram à sequência de ensino, planejada previamente pelos
estagiários e aprovada pela professora de matemática responsável pela turma dos
sextos anos. Tais conteúdos estão contemplados nos Parâmetros Curriculares
18
Nacionais – PCN– no bloco Espaço e Forma (BRASIL, 1997), e foram trabalhados
em conformidade com esses documentos referenciais, com o objetivo de ao final da
sequência de aulas os alunos distinguirem figuras.
bidimensionais e tridimensionais; classificarem figuras tridimensionais: corpos
redondos e poliedros, prismas e pirâmides; e identificarem planificações de
diferentes poliedros.
5.1 REGÊNCIA 1
Primeira etapa da aula de regência Antes de iniciar a aula, entramos na sala, às
06:50, para organizar o ambiente – visto que seria apresentado um vídeo aos alunos
– e com a ajuda dos próprios alunos arrumamos as filas e montamos os
equipamentos necessários para tal atividade. Como foi o nosso primeiro dia de
regência, e pela postura dos alunos observada durante o estágio de observação,
entendemos que era importante, antes de iniciarmos o conteúdo didático
programado, falar um pouco sobre educação e respeito, dentro e fora de sala,
maneiras de se comportar, e sobre o papel social que cada um tem, dando ênfase
na necessidade e importância dos estudos. Isto foi acompanhado com atenção pela
maioria absoluta dos presentes.
Dando seguimento, apresentamos um vídeo intitulado “Geometria no cotidiano”,
conforme Lima (2008), mostrando a importância do conhecimento matemático no
nosso dia a dia, explicando por que estudamos matemática e para que serve a
matemática para a nossa vida, e, a partir de exemplos, levando a ideia de que a
matemática está presente em todo lugar. Nesse vídeo os alunos puderam ver a
matemática nas artes, na natureza, em esportes e jogos, nas tecnologias, e nas
comercializações. Após a apresentação do vídeo, prosseguimos com um pouco da
História da Geometria. A partir das demarcações de terras para agricultura, nas
margens do Rio Nilo, mostramos o valor da Geometria para aquela cultura, ocasião
em que foi introduzido o significado da palavra: Geo = terra e metria = medida. Para
isso foi utilizado o livro didático, fazendo a leitura do texto “Um pouco de história”
(BIANCHINI, 2011 p. 76) seguida de explicações verbais. Entendido um pouco da
história da geometria e do que esse ramo da matemática estuda, passamos à
19
introdução das noções primitivas. Neste primeiro momento falamos apenas de ponto
e reta, chegando a essas noções de forma bem intuitiva. Ressaltamos que essas
noções dadas intuitivamente foram representadas a partir de objetos encontrados na
própria sala de aula e de objetos pertencentes aos próprios alunos.
5.2 REGÊNCIA 2
Relembrando a etapa anterior, continuamos com as noções primitivas.
 Usamos as paredes da sala, as tampas das mesas e os cadernos dos alunos para
representar intuitivamente a terceira noção primitiva: o plano. Entendido as ideias de
ponto, reta e plano, mostramos também intuitivamente que em uma reta temos
infinitos pontos e em um plano existem infinitas retas. Para mostrar pontos e retas
que estão em planos diferentes usamos o exercício 14, da página 89, retirado do
livro didático (BIANCHINI, 2011), que trazia a figura de poliedros, conforme figura 1.
Os alunos sentiram um pouco de dificuldade de entender a figura apresentada,
descrita na figura1. Desenhamos no quadro e fomos apagando alguns planos para
que enxergassem quais pontos estavam em planos diferentes, tendo o apoio do
próprio sólido geométrico para que os alunos pudessem visualizar em duas e três
dimensões, o que facilitou a compreensão dos discentes. 
Logo após o trabalho com as noções primitivas passamos a discutir as noções de
Colinearidade e Coplanaridade, seguida da resolução de problemas, procurando
sempre tirar as dúvidas dos alunos. Sentimos uma boa participação da turma, sendo
uma aula bastante proveitosa. 
5.3 REGÊNCIA 3 
Começamos relembrando as aulas anteriores, desde a História da Geometria até a
última aula, de Colinearidade e Coplanariedade. Foi feita também a discussão das
atividades trabalhadas na aula anterior. Passamos para os estudos de figuras planas
e não planas utilizando alguns objetos que os próprios alunos trouxeram de casa, e
20
com eles separamos aqueles objetos com altura, classificando em figura não plana,
dos sem altura, classificando
como figura plana. Ressaltamos que neste momento os alunos têm a ideia de plano.
Para fazer
a classificação dessas figuras geométricas foi feita a distinção de figuras com duas
dimensões
e as que têm três dimensões – tal como orienta os Parâmetros Curriculares
Nacionais– para 
que os alunos percebessem que as não planas têm uma dimensão a mais: a altura.
A essas figuras não planas começamos a chamar de Sólidos Geométricos, e entre
as
figuras fizemos os alunos apontarem algumas características que os permitiram
classificar em
dois novos grupos, o dos corpos redondos e o dos poliedros. No quadro foi copiada
as
diferenças apontadas por eles dos dois tipos de sólidos geométricos, e alguns
exemplos. Para
os exemplos utilizamos os objetos em sala e alguns outros que os alunos indicaram.
Separamos a turma em grupos de 4 alunos para que pudessem manusear os
sólidos
geométricos do Laboratório de Ensino de Matemática do Instituto de Matemática -
LEMA, da Universidade Federal de Alagoas, conforme figuras 2, e com os
conhecimentos prévios dos alunos nomeamos os corpos redondos que haviam
(cone, esfera e cilindro. Ao entregar os Sólidos do LEMA percebemos maior
participação por parte dos alunos, a partir deste ponto até mesmo os mais inquietos
se empenharam para responder as perguntas sobre o assunto. Não finalizamos o
conteúdo planejado para essa aula, devido ao tempo gasto para organizar a sala em
grupos, a empolgação dos alunos aomanusearem os sólidos e ao tempo que a
professora supervisora nos pediu para dar alguns avisos sobre a OBMEP, que
aconteceria no dia seguinte. Assim, deixamos os exercícios planejados como
revisão para aula seguinte. 
 
5.4 REGÊNCIA 4 
21
Para que pudessem manusear novamente os sólidos, dividimos a turma em 7
grupos,
como parte da revisão os alunos distinguiram mais uma vez os poliedros dos corpos
redondos. Começamos então o estudo sobre os elementos dos poliedros.
Registramos no quadro os elementos dos poliedros que os alunos conseguiram
apontar ao manuseá-los e chegamos aos nomes padrão de: face, aresta e vértice.
Associamos cada elemento às noções primitivas já estudadas. Utilizamos os sólidos
de madeira, que estavam com os alunos, e os de acrílico que estavam com os
professores estagiários para esta associação. Começamos a distinguir os poliedros
pelo número de faces, nomeando pelos prefixos. Para essa nomeação foi dado os
exemplos do número de vezes que um time foi campeão, houve total empolgação
por parte dos estudantes em palpitar o nome correto para cada sólido.
Após nomeá-los contamos quantas arestas e quantos vértices haviam, registrando
no quadro
5.5 REGÊNCIA 5
Iniciamos com a revisão, registrada no quadro. Logo após separamos novamente os
grupos e entregamos o material do LEMA, composto apenas por pirâmides e
prismas. Foram registradas no quadro as principais características desses poliedros,
apontadas pelos alunos. A partir de algumas dessas características pedimos para
que os alunos separassem os poliedros em dois grupos, prismas e pirâmides.
Os alunos perceberam que nos prismas sempre as faces laterais são compostas por
retângulos enquanto das pirâmides são triângulos, mas que em ambos as bases
determinam a quantidade de faces laterais. Para finalizar os alunos resolveram
algumas atividades em que a correção foi realizada por eles no quadro. 
5.6 REGÊNCIA 6
A oficina para o ensino da Matemática tem sido bastante utilizada, por ser uma
metodologia que permite melhor compreensão dos conteúdos matemáticos, em
especial aqueles que apresentam maior dificuldade de aprendizagem, pois seu
dinamismo proporciona a atenção efetiva dos estudantes. Uma das principais
habilidades da área de Geometria que o aluno deve alcançar é a visualização da
figura geométrica mesmo em sua ausência, podendo distinguir suas características.
Dessa forma, as oficinas são importantes instrumentos para o desenvolvimento
22
dessa habilidade, pois facilita a observação, a exploração, a descoberta e a
construção do conhecimento (FERREIRA; LAUDARES, 2010).
Aliado a essa ideia, procuramos estimular essa habilidade por meio de uma oficina
temática através da construção de alguns sólidos geométricos, previamente
estudados em sala. Separamos a turma em grupos, com no máximo três alunos
cada e distribuímos diferentes figuras geométricas planificadas para a montagem,
sendo elas: cilindro, cone, cubo, pirâmides de bases triangulares, quadrangulares,
pentagonais e hexagonais, e prismas de bases triangulares, quadrangulares,
pentagonais e hexagonais. Cada um dos grupos recortou e colou as planificações
dadas, montando poliedros ou corpos redondos. esta atividade, reservamos o
horário correspondente à primeira aula (07:00 às 9hs).
No segundo horário da nossa aula, damos seguimento, passamos para a fase do
registro escrito, as quais os alunos preencheram um quadro que requeria que o
sólido
geométrico construído fosse nomeado, classificado (poliedro ou corpo redondo),
dado o número de faces, vértices e bases e identificada a sua base. Logo após,
recolhemos o quadro contendo as respostas dos alunos, e em seguida cada grupo
apresentou aos demais colegas, o sólido geométrico, resultado de seu trabalho,
passando a descrever as principais características do seu sólido. De forma lúdica,
tivemos, com esta oficina, a oportunidade de constatar mudanças referentes à
atenção dos alunos para com os conteúdos matemáticos estudados, corroborando
com a Teoria de Van Hiele segundo Ferreira e Laudares (2010, p.9), na qual afirma
que “o uso de recursos didáticos diversificados e a interação social foram
facilitadores na aprendizagem do reconhecimento e propriedades dos sólidos
geométricos”.
6. ENTREVISTA COM O PROFESSOR SUPERVISOR DO ESTÁGIO
✔ Formação; Licenciatura em Pedagogia
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✔ Formação continuada; Coordenação Pedagógica e Educação especial 
✔ Tempo de Experiência em educação; 8 anos
✔ Em entrevista realizada com Larissa Santos , professora da instituição obtive
algumas informações pertinentes para o desenvolvido do papel dela dentro da
instituição. Ela que é a única coordenadora pedagógica na instituição, afirma
que para desenvolver seu trabalho de forma assertiva, primeiramente, é
preciso colocar em prática tudo aquilo que ela aprendeu na época da
faculdade, pois a instituição é um universo bem diferente do que imaginamos,
por ter um público especial, ela salienta que acima de tudo é preciso trabalhar
com amor, paciência, dedicação e atenção.
 Quando questionado sobre desafios enfrentados pelo Pedagogo dentro
da instituição, ela diz que em alguns momentos a falta de autonomia para
desenvolver alguma atividade tem sido uma dificuldade, porém dificuldade
essa que não atrapalha o desenvolvimento do seu trabalho. 
 Para finalizar a entrevista ela enfatiza que os saberes necessários para atuação
do pedagogo dentro da instituição é manter-se sempre atualizado, se especializar
em educação especial, ser um bom ouvinte, acolher as demandas dos respectivos
setores sendo sempre empático.
Fica evidenciado então que o campo de atuação do pedagogo é bastante
diversificado, mas, que ainda há falta de informações e certo preconceito no tocante
a função desse profissional fora do ambiente escolar. É imprescindível que o
pedagogo aja de forma responsável na transmissão de conhecimentos curriculares,
em espaços formais e não formais, conforme afirma Ortega e Santiago (2009).
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A experiência vivenciada foi importante para perceber que quando o profissional se
encontra e se entende na condição de docente, mesmo que exercendo sua futura
profissão em condição de estagiário, perde um pouco o medo do novo ele busca,
24
mesmo que em curto tempo relacionar os conhecimentos adquiridos teóricos com a
prática pedagógica que realizará durante o estágio, trocando também nesse período
se qualificar buscando novas formas de ensino, a partir da realidade dos alunos. 
Sempre fiquei me perguntando se saberia e se conseguiria ensinar uma criança no
processo de alfabetização, em que muitas das crianças ingressam sem saber ler, ou
identificar as letras do alfabeto, por exemplo. melhorar a, aperfeiçoando o saber nem
sempre adquiridos na graduação, mas ao longo da profissão aonde, se possa
assegurar uma educação de qualidade e menos desigual para todos.
Fica evidente que em um curso de formação de professores a prática deve estar
atrelada a teórica estudada nas disciplinas teóricas, como também que a formação
inicial não vai suprir todas as necessidades do professor no dia-a-dia na escola.
Então, essas vivências, reforçam que é fundamental investir em formação
continuada, em estudos que ajudem a
8. REFERÊNCIAS
ALVAREZ, Adrian; RIGO, Mariana. Pedagogia em ação: o papel do pedagogo e
suas diversas atuações. Boletim Técnico Do Senac, v. 44, n. 2, 2018. Disponível em:
https://www.bts.senac.br/bts/article/view/694 Acesso em nov. 2022. 
SILVA, Daynara de Lima. O pedagogo em espaços não escolares: relato de uma
experiência de estágio não obrigatório no Tribunal Regional Federal da Primeira
Região. 2017. Disponível em https://bdm.unb.br/handle/10483/18641
Acesso em dez.2022.BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20 de 
dezembro de 1996. 
BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. MEC, Brasília, DF. 
2013 
25
BRASIL, Base Nacional Comum Curricular. MEC, Brasília, DF. 2014.
BIANCHINI, E. Matemática. 4°. ano, 7a edição, São Paulo, Moderna, 2011.
FERREIRA, L. H.C. LAUDARES, J. B. Desenvolvimento do pensamento 
geométrico na
visualização de figuras espaciais, por meio da metodologia de oficinas. 
Disponível em:
<http://www.lematec.net/CDS/ENEM10/artigos/CC/T12_CC295.pdf> Acesso em 03 
de
dezembro de 2022.
_______, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação 
Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais (5ª a 8ª series): Matemática. Brasília, 
MEC/SEF,
1998(a).
9. ANEXO 
26
27
10. APÊNDICE

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