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ENSINO E APRENDIZAGEM MATEMÁTICA

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ENSINO E APRENDIZAGEM MATEMÁTICA
Autor(s): Abner V. Fonseca e Nadiane M. Fonseca
Tutor Externo (Orientador): Tiago de Souza Almeida
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Curso (MAD0372/4)
 Estágio I
30/11/2018 
Resumo
 O presente relatório de estágio tem como tema norteador o assunto Ensino e Aprendizagem Matemática, sendo este apresentado pelos próprios autores, na instituição de ensino Colégio Estadual Polivalente, da cidade de Miguel Calmon, Bahia, com as turmas do 9º ano, Ensino Fundamental. Este relatório de estágio apresenta uma reflexão e um plano de ação, pautado o assunto citado acima e tem por finalidade o desenvolvimento e a prática docente, visando estratégias que auxiliem no processo de ensino- aprendizagem da disciplina Matemática. No documento constam informações relacionadas ao ensino da Matemática na atualidade, metodologia usada em sala de aula, à utilização de métodos mais inovadores como recursos para melhorar a aprendizagem e às formas de avaliação.
Palavras- Chaves: Matemática; Ensino e Aprendizagem Matemática; Ensino Fundamental
		SUMÁRIO
1. intrudução 	5
2. fundamentação teórica	6
3. vivência do estágio	8
 3.1 Aproximação com a escola e levantamento de dados...........................................8
 3.2 Aspectos Pedagógicos....................................................................................10
 3.3 Refletindo sobre o Trabalho do Professor de Matemática: Uma experiência de acompanhamento de professores..................................................................................10
4. IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (Considerações Finais)................................................11
REFERÊNCIAS........................................................................................................12
5.ANEXOS...............................................................................................................13
1. Introdução
 O presente trabalho tem por objetivo relatar as atividades desenvolvidas durante o Estágio Supervisionado do curso de Licenciatura em Matemática, na modalidade à distância, do Centro Universitário Leonardo da Vinci para cumprimento das disciplinas Estágio Supervisionado no ensino fundamental.
 O Estágio foi realizado na Escola Estadual Polivalente, situada na Avenida Helenito Pinto, Miguel Calmon, Bahia, no período de 18 de setembro a 10 de outubro de 2018 com observância nos anos finais do Ensino Fundamental, 9º ano. Este trabalho descreve como o ensino da Matemática com o passar do tempo foi evoluindo se tornando cada vez mais necessário para uma melhor compreensão das causas e dificuldades na aprendizagem desta disciplina. A história da Matemática tem nos mostrado que aquilo que nos parece pura abstração, pura fantasia matemática, mais tarde se revela como um verdadeiro celeiro de aplicações práticas. 
 Na verdade aprender matemática não é tarefa fácil, mas é necessário criar maneiras de inovar o ensino mostrando a real importância dessa área do conhecimento no dia-a-dia. Portanto, a mediação do professor é fundamental para que não ocorra apenas uma aprendizagem mecânica e sim uma reflexão sobre o que se está aprendendo. Mediar não é dar a resposta, é conduzir ao raciocínio de maneira segura e dinâmica, motivando o aluno, construindo com ele a evolução de seu aprendizado em todos os momentos das dificuldades. 
 Diante do que foi observado, chegamos a uma conclusão – e, consequentemente um plano de ação - sobre o fato de que a Matemática precisa ser ensinada usando estímulos da capacidade de investigação lógica do aluno, fazendo-o raciocinar. Consequentemente a tarefa básica do professor será o desenvolvimento do raciocínio lógico, do pensamento crítico e da criatividade apoiados não só na reflexão sobre os conhecimentos adquiridos pela Ciência em questão, mas também sobre suas aplicações à tecnologia e ao progresso social.
 Este projeto consiste também na reflexão da práxis do professor de Matemática e visa salientar a importância de contextualizar e interdisciplinar os conteúdos estudados, já que se faz necessário que a maioria dos professores faça relação dos conteúdos com a realidade do aluno e que utilizem métodos didáticos mais atualizados permitindo que o aluno seja estimulado a pensar e a refletir. Diante disso, observamos a postura do professor em sala de aula - e fora dela – e assim, conseguimos sugerir como plano de ação ao professor que provoque no aluno um entendimento entre teoria e prática, fazendo com que o mesmo sinta motivação e tenha uma visão crítica e reflexiva do conteúdo estudado.
Através do tema delimitado aderimos objetivos específicos com o propósito de explorar o tema estabelecido.
· Elucidar e aprimorar nossas informações, conhecimentos e experiências, buscar e explorar meios para a facilidade de comunicação, baseadas em experiências anteriores e esclarecer o espírito de responsabilidade na ampliação do Estágio Supervisionado.
· Identificar as causas que levam os alunos a apresentarem dificuldades no aprendizado de Matemática, fato que atrapalha o processo de ensino e aprendizagem e muitas vezes os próprios objetivos dos alunos.
· Inteirar-se melhor das razões que levam os alunos a apresentarem dificuldades na aprendizagem de Matemática e as possíveis explicações para este fato, buscando alternativas para tornar o estudo desta disciplina mais natural.
 Os dados relativos ao estágio serão apresentados seguindo a seguinte estrutura: fundamentação teórica, vivência do estágio, impressões do estágio (considerações finais).
2. Fundamentação Teórica
 Durante um longo período na história, o conhecimento era oferecido de modo informal, pela família, tribo ou comunidade, voltado ao aprendizado das observações de tarefas diárias, onde as crianças aprendiam conforme os costumes de suas origens. À medida que o tempo passou, veio à necessidade de adaptar-se a um mundo em transição, a evolução dos povos tornou-se inevitável e a vida se tornava mais complicada. Entretanto, nessa época as pessoas comercializavam entre si e havia entre ambas a necessidade de anotar a parte de cada família, surgindo assim à ideia de contar.
 Segundo Boyer (1996, p. 14), os conhecimentos revelados nos papiros eram quase todos práticos e o elemento principal nas questões eram cálculos. Hoje dando-se prioridade aos elementos teóricos para resolução de problemas não ligados à realidade dos alunos, que não os compreendem, surgiram as dificuldades em matemática, levando muitos ao desinteresse pela disciplina. Na prática pedagógica depara-se com alunos que apresentam dúvidas e resistência em desenvolver alguns conceitos matemáticos e uma grande oposição em aprendê-la.
 A evolução das inovações tecnológicas está provocando alterações nas relações sociais indicando mudanças no paradigma social. Este fato relaciona-se diretamente com o ensino escolar que hoje é oferecido provocando incertezas no aluno porque exige transformações das relações sociais, que apontam para o conhecimento como o impulsionador do novo.
 A educação como ferramenta de socialização e de progresso humano, sempre em constante processo de atualização devido as grandes exigências do mundo globalizado, é objeto de estudo para a psicologia comportamental e análise dos mecanismos de aprendizagem, direcionando instituições de ensino e encaminhando professores e profissionais em educação dando rumo para as ações pedagógicas.
 Atualmente, cada vez mais as competências e habilidades são requeridas pelo mercado de trabalho, onde a criatividade, a autonomia e a capacidade de solucionar problemas têm destaque muito importante. Em função disso, o ensino escolar é voltado para o desenvolvimento das capacidades de pesquisar, buscar, analisar, selecionar e apreender informações, de criar e formular estratégias de resolução de problemas, em vez de utilizar técnicas de memorização.
 Na verdade aprender matemática não é tarefafácil, mas é preciso inovar o ensino mostrando cada vez mais a importância dessa área do conhecimento no dia a dia. Com isso, o aluno tende a ser um sujeito crítico e participativo para que o processo de ensino e aprendizagem possa fluir naturalmente.
 Um dos maiores pedagogos do Brasil, Paulo Freire afirma: “Ensinar, numa perspectiva progressista, não é a simples transmissão do conhecimento em torno do conteúdo, transmissão que se faz muito mais através da descrição do conceito do objeto a ser mecanicamente memorizada pelos alunos”. Ensinar, do ponto de vista progressista, não pode reduzir-se a um puro ensinar os alunos a aprender através de uma operação em que o objeto do conhecimento fosse o ato mesmo de aprender. Ensinar só é válido quando os educandos aprendem a aprender.
 Matemática é uma Ciência em constante evolução, pode ser considerada como um corpo de conhecimento constituído por teorias bem determinadas, sendo aplicável a todas as disciplinas e desempenha um papel dominante na ciência moderna. 
 Neste contexto, a educação tem um papel fundamental e seus atores (professores e educadores) podem contribuir de forma significativa, pois têm a competência de organizarem novas metodologias que priorizem a criação de estratégias, a argumentação e favoreçam criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e o estímulo à apropriação do conhecimento, através do desenvolvimento da segurança na própria capacidade.
 O movimento reflexão iniciado nos EUA por John Dewey e trazido ao Brasil por Anísio Teixeira, influenciou vários professores e autores, como exemplo o autor Luiz Carlos Pais, autor do livro Didática da Matemática (2002, ed. 2), no qual vê no aluno um potencial a ser desenvolvido e centraliza nele todo o processo educativo em prol da aprendizagem, valorizando as experiências realizadas por ele.
 O ensino da Matemática deve garantir o desenvolvimento de capacidades como: observação, estabelecimento de relações, comunicação, argumentação, e validação de processos e o estímulo às formas de raciocínio como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa.
 A escola como instituição educadora de cidadãos instruídos e conscientes, deve priorizar a construção de conhecimento pelo fazer e pensar do aluno, o papel do professor é mais o de facilitador, orientador, estimulador e incentivador da aprendizagem. Cabe ao professor desenvolver a autonomia do aluno, instigando-o a refletir, investigar e descobrir, criando na sala de aula uma atmosfera de busca camaradagem, sendo o diálogo e a troca de ideias, uma constante, que entre o professor e aluno, quer entre os alunos.
 Em lugar de ensinar, no sentido tradicionalmente entendido, o professor passa a estar do lado de um aluno, de uma dupla ou de uma equipe, ajudando-os a pensar, a descobrir e a resolver problemas, usando caminhos e estratégias diversificados. Com isso, o professor transforma-se também em um investigador, buscando e criando novas atividades, novos desafios e novas situações-problemas, registrando tudo para posterior reflexão, transformação e aprimoramento.
 Tratar os conteúdos de ensino de forma contextualizada significa aproveitar ao máximo as relações existentes entre esses conteúdos e o contexto pessoal ou social do aluno, de modo a dar significado ao que está sendo aprendido, levando-se em conta que todo o conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objetivo do conhecimento. Assim a contextualização ajuda a desenvolver no aluno a capacidade de relacionar o apreendido com o observado e a teoria com suas consequências e a aplicação prática.
 Cabe ao professor de Matemática, ter um compromisso perante a sociedade, preparar as novas gerações para o mundo em que terão que viver. Isto quer dizer, proporcionar-lhes a aprendizagem para que os alunos adquiram as habilidades que serão indispensáveis para o seu desempenho de acordo com o avanço da tecnologia. PARRA (1996, p. 16) afirma: 
“É preciso decidir a respeito dos conteúdos e também sobre a metodologia mais conveniente, para suprir em compensação muitos temas costumeiros que tem continuado a fazer parte dos programas, mas que hoje são inúteis.” 
 Portanto, acreditamos que é preciso educar levando em conta o raciocínio lógico e dedutivo do aluno para que os conhecimentos sejam assimilados como parte natural da linguagem e do pensar cotidiano como algo importante para o desenvolvimento intelectual. Com isso, o educador deve estimular a criatividade, mostrando que a Matemática é um campo que está em constante movimento, como um edifício em construção e necessita de modificações e adaptações. Desde então, ao desenvolver a criatividade convém ao professor propor atividades desafiadoras, não somente levar em conta a resolução de problemas, mas, o que é mais significativo, propor problemas para que os alunos resolvam matematicamente situações reais que têm por objetivo transformar o próprio aluno confiante diante dos conhecimentos que manipula no decorrer dos estudos.
3.Vivência do Estágio
3.1 Aproximação com a escola e levantamento de dados 
 Meus primeiros contatos com a escola aconteceram no mês de setembro. O objetivo dessa primeira aproximação foi conhecer o ambiente escolar em que o estágio seria realizado. 
 O Colégio Estadual Polivalente de Miguel Calmon, localizado na avenida Helenito Pinto, S/Nº foi construída em outubro de 1972, uma parceria entre as Secretarias de Educação Estadual e Municipal. A escola que é mantida pelo governo estadual atende à comunidade há 46 anos.
 A escola nasceu com o objetivo de atender a região ofertando uma quantidade enorme de vagas tanto para o Ensino Fundamental quanto o Ensino Médio, além de alguns cursos extracurriculares – corte e costura e culinária - ,o que atraia estudantes de toda a região. Atualmente esses cursos já não estão mais ativos. 
 Desde quando foi aberta a escola que, vem formando cidadãos de destaque na cidade. A maioria dos prefeitos e grandes comerciantes de Miguel Calmon que concluiu o Ensino Médio no CEP ainda moram aqui e contribuem para o crescimento da cidade. Muitos professores que estudaram nesta escola, hoje leciona na mesma. E todos eles falam sobre a escola, relembrando os tempos de estudante, com muito orgulho e, pode-se perceber certa saudade.
 Atualmente a escola funciona nos períodos matutinos, vespertino e noturno oferece à comunidade o Ensino Fundamental (apenas os anos finais), o Ensino Médio e o EJA (Educação para Jovens e Adultos), atendendo, em média, quinhentos e trinta alunos. A escola está situada em um bairro bem localizado, dispõe de ótima estrutura, dispondo de um hospital em frente, comércios, ruas pavimentadas, saneamento básico e acesso rápido ao centro da cidade, os alunos caracterizam-se por serem de famílias predominantemente pertencentes à classe média baixa, porém atendendo a diversos bairros da cidade. 
 Verificamos as condições de trabalho tais como a disponibilidade de recursos físicos, materiais, financeiros e humanos. Também, observamos a integração da escola com a comunidade e analisamos o Plano Político Pedagógico (PPP). Esta etapa torna-se importante no momento em que o estagiário ainda não conhece o estabelecimento de ensino e o pleno funcionamento escolar.
 A CEP de Miguel Calmon possui um espaço físico amplo, tanto de área construída, quanto de área livre. Vemos isto como um ponto positivo, pois os alunos podem desfrutar de um espaço enorme para a prática de atividades físicas. 
 As instalações prediais apresentam-se um pouco antigas, porém sendo conservadas na medida do possível, o que acreditamos não prejudicar o desempenho e rendimento dos alunos e também dos professores. A divisão do espaço físico está distribuída em: 11 (onzes) salas de aula com capacidade máxima de 40 (quarenta) alunos; Sala de Professores; 1 Sala de Informática; Sala de Leitura (sala de acompanhamento pedagógico); Biblioteca;Sala de Artes; Sala de vídeo ou recursos audiovisuais; Quadra esportiva; Sala de Direção; Secretaria informatizada; Sala do vice-diretor; Museu próprio da escola; Banheiros; Uma horta com produtos orgânicos.
 As salas possuem ventiladores de teto, são bem arejadas e bem iluminadas. Possuem janelas nas duas paredes laterais. A sala dos professores é coletiva com armários individuais para cada professor (efetivo e temporário). É de aspecto agradável. Comporta aproximadamente vinte (20) professores. Possuindo seis poltronas, duas mesas grandes com cadeiras estofadas, número suficiente de murais para recados, uma televisão, banheiros separados, bebedouro, um computador disponível para uso somente dos professores, aquele conhecido lanchinho de pão e bolachinhas com café. Muito bem arejada, com ventiladores. Sala de leitura é adaptada, muito aconchegante, com sofá, tapetes, e o que não poderia faltar, livros! A biblioteca é ampla, com mesas suficientes para acomodação, livros à vontade, muito bem organizados em prateleiras que dividem os mesmos por assuntos. É permitido aos alunos retirarem livros, o que pode reduzir os prejuízos causados pela não adoção do mesmo em sala de aula. A sala de arte é linda. Recebe o nome de “Criar e Recriar”. Ali os alunos podem desenvolver sua criatividade de maneira livre, criando novos desenhos, esculturas, artesanatos.
 Como já citado, a escola possui alguns recursos audiovisuais, que muitas vezes são disputados pelos professores. Assim, criou-se uma lista de reserva para a TV e vídeo. São duas salas separadas especificamente para esse fim.
 As salas de direção, orientação e demais salas são muito bem servidas, com um número necessário de mesas, recursos e pessoal capacitadas para trabalhar nas mesmas, sempre tendo pelo menos um em cada período para o atendimento. Estas salas são muito bem divididas, cada área em que se procura é possível encontrar a informação necessária a que se estava procurando, sem precisar ser “mandado” para diversas salas. A secretaria demonstra muita organização! Poucas pessoas trabalham nela, porém demonstram muita responsabilidade. 
 Por não possuir um auditório, as palestra e reuniões com pais dos alunos são realizadas na sala de vídeo.
 A horta da escola foi, inicialmente, um projeto realizado com os alunos e que, depois a escola continuou cuidando e ampliando. Foi instalado um sistema de irrigação e todo o tempero e verdura oferecido na merenda escolar é colhida dessa horta.
 Com relação aos pais de alunos e a comunidade, a escola tenta envolvê-los o máximo possível, mas o retorno por parte dos mesmos é praticamente nenhuma.
 Com relação aos recursos humanos do local, temos um número de aproximadamente dezoito (20) professores efetivos e quatro (4) professores de caráter temporário. Os demais funcionário (porteiro, faxineira, cozinheira, secretárias...) são aproximadamente vinte (20) funcionários. O colégio é um dos maiores da cidade. Vimos que o número de professores de matemática em relação ao total de professores do estabelecimento é pequeno, sendo quatro (4) professores efetivos e um (1) temporário. 
 Todos os professores e funcionários convivem muito bem.
3.2 Aspectos Pedagógicos
 Entramos em contato com o Diretor Djalma Valois, responsável pela direção de toda a escola, e realizamos uma pequena entrevista em relação aos aspectos pedagógicos da escola. Obtemos as seguintes respostas, acompanhadas de nossa conclusão. 
 Sobre as concepções pedagógicas que norteiam o trabalho pedagógico desenvolvido na escola conforme expressas no PPP da mesma, informou que segue o objetivo da escola o qual está traçado fazendo o possível para não sair do foco principal. 
 Tratando-se da relação da escola com as políticas públicas oficiais, obtemos a 
resposta curta e objetiva: “criteriosamente seguido”. Querendo dizer que adotam as propostas curriculares, utilizam os livros didáticos indicados quando melhor satisfaz a necessidade dos alunos, enfim, tentam o máximo seguir e apoiar as políticas públicas. 
 Ficamos um tanto surpresos em relação aos encontros pedagógicos e formação 
continuada dos professores, pelo número deles, acreditamos que seria algo muito difícil de fazer com todos os professores da escola. Mas foi esclarecido que 
possuem um encontro a cada seis meses, ou seja, por semestre, e inclusive foi explicado também sobre os “dias de estudo” (AC) que trata-se de um a reunião de capacitação e planejamento entre os professores, realizada mais frequente que os encontros, duas vezes por semana. 
 Quanto às metodologias de ensino mais utilizadas na escola, em geral, temos que o construtivismo é a raiz de todas, trabalhado em diversos métodos. Por fim, o sistema de avaliação adotado na escola em geral é o sistema básico de todas as demais, ou seja, avaliações descritivas e práticas, o que geralmente os alunos estão acostumados a fazer e aos professores acredito que seja o método mais prático a se avaliar os conhecimentos adquiridos pelos alunos. 
 Encerrando, Sr. Djalma destacou o principal objetivo da escola que é: “Orientar, 
esclarecer e conduzir para a vida.”
 Das discussões apresentadas, não podemos classifica r nenhuma como mais 
importante. Todas são de grande relevância ao estagiário porque são práticas diárias de um professor.
3.3 Refletindo sobre o Trabalho do Professor de Matemática: Uma experiência de acompanhamento de professores
 Um período onde tudo o que acontece é novidade, principalmente para estagiários que ainda não tem ou possuem pouca experiência em sala de aula. É um momento muito enriquecedor para todas as partes envolvidas, pois é onde professores, estagiários e alunos estão se encontrando pela primeira vez, então é natural que haja um clima novo, de descoberta ou mesmo, de incertezas e dúvidas que ao longo do estágio vai se quebrando e quando o trabalho está no ápice do desenvolvimento, é hora de encerrar. 
 O Colégio Estadual Polivalente de Miguel Calmon na disciplina de matemática tem sob a regência do professor Magnum duas turmas de nono ano, sendo estas no 
período matutino. Assistimos as aulas de observação nas duas turmas para a realização do estágio. Mesmo diante do fato de que estão no mesmo conteúdo, continuamos observando as duas turmas – 9º ano A e B. As observações foram realizadas no período entre os dias nove e dez de outubro, totalizando quatro aulas em cada turma.
 Durante essa etapa, percebi que o professor-regente não utiliza de recursos e 
métodos diferenciados, trabalha de forma habitual, ou seja, escreve os conteúdos no quadro enquanto os alunos copiam em seus cadernos. Não usou vídeos ou qualquer outro tipo de dispositivo. Percebeu-se que houve interação, interesse e aprendizado. O professor utiliza o livro didático para a explicação do conteúdo, que por sinal é muito bem detalhado, com exercícios suficientes para a plena compreensão. Percebi que nesse método utilizado é obtido êxito no processo de ensino-aprendizagem. 
 O livro didático utilizado pelos alunos é da coleção Praticando Matemática – Andrini e Vasconcellos. Por ser colégio de ensino estadual, os livros são fornecidos pelo colégio, estando alguns em estado de má conservação, porém outros muito bem conservados. Incentivados pelo professor a obter conservação, não riscam no livro, copiando no caderno os exercícios a serem realizados. 
 Analisando friamente, há certo desperdício de tempo nesse processo, porém para a compreensão há um grande aproveitamento, os alunos passam a compreender de maneira muito mais prática através do método utilizado. É seguido a sequência de conteúdos do livro didático, mas explanados pela professora e complementados com o livro didático. Mesmo assim, sempre que possível o professor procura trazer elementos que forneçam aos alunos um exemplo do seu cotidiano, algo que ele vivencia quase que diariamente. Como estímulo,muitas vezes, foram feitas perguntas aos alunos, que nem sempre eram respondidas. Também foram dadas “questões problemas” para o aluno, que muitas vezes, não haviam parado para pensar. 
 Ao longo do período, observamos que os alunos alteram muito seu comportamento. Nas primeiras aulas do dia estão muito tranquilos, sendo o contrário nas últimas aulas. Jogam papéis uns nos outros, conversam assuntos irrelevantes às atividades escolares, sequer dão atenção ao professor. Há falta de respeito entre os próprios alunos combinados com a falta de interesse, resultando em distração geral da turma. Também percebemos que os alunos não colaboram muito com o professor e nem consigo mesmos. Sabendo de suas dificuldades, eles mesmos não mudam de atitude para reverte-las. Há muitas conversas ao fundo da sala durante a explicação do professor e enquanto está escrevendo no quadro, o tumulto aumenta, mas em algumas aulas, eles mesmos diferenciam quais são importantes, e nessas prestam
bastante atenção. 
 Outro grande problema observado é a falta de conhecimentos matemáticos e a 
dificuldade de resolver operações básicas, porém constatamos que o problema inicia-se nas séries iniciais e aumenta como uma “bola de neve” nas séries seguintes. Com isso, o professor sempre fica condicionado a rever a matemática do problema, algumas vezes em casos muito simples. 
4. Impressões do Estágio (Considerações Finais)
 O estágio foi um período em que buscamos vincular aspectos teóricos com aspectos práticos do professor-regente. Foi um momento em que o conhecimento da teoria e a observação da prática se mesclaram para que fosse possível apresentar um bom resultado. E, sobretudo assumir um a postura não só crítica, mas também reflexiva da nossa prática educativa diante da real idade e a partir dela, para que possamos buscar uma educação de qualidade, que é garantido e m lei (LDB - Lei nº 9394/96). 
 Realmente não foi fácil esse estágio, encontramos diversas dificuldades, pois foi um período de diferentes atividades extracurriculares na escola, os alunos encontravam-se sempre bastante agitados.
 Na sala dos professores percebia-se que muitos reclamavam das turmas. No início do estágio sentimos o que a maioria dos professores sentiam, mas o desejo em fazer algo por eles foi maior. 
 Muitas expectativas foram superadas, porém outras não. Realmente, foi na 
etapa do estágio que pudemos ver o que realmente é estar em uma sala de aula. Precisamos ter uma postura efetiva de um profissional que se preocupa verdadeiramente com o aprendizado, que deve exercer o papel de um mediador entre a sociedade e a particularidade do educando. Devemos despertar no educando a consciência de que ele não está pronto, aguçando nele o desejo de se complementar. Fazer isso é o grande desafio que o educador encontra.
 Mas sem dúvida alguma o aprendizado foi imenso. Pelos pontos positivos e 
também pelos negativos foi uma experiência indispensável. 
REFERÊNCIAS
BOYER. C.B. História da Matemática. São Paulo, Ed. Edgard Blücher, 1974, Reimp. 
1996. 496p. 
PAIS, Luiz Carlos. Didática de Matemática – 2. Ed. Belo Horizonte: Autêntica,2002
PARRA, C. SAIZ, I. Didática da Matemática: Reflexões Psicopedagógica. Porto Alegre, Artmed (Artes Médicas). 1996. 258p. 
ANEXOS
		
Centro Universitário Leonardo Da Vinci
Educacional Leonardo Da Vinci
ABNER VICENTE FONSECA
NADIANE DE MATOS FONSECA
(MAD0372/4)
PROJETO DE ESTÁGIO
Jacobina
2018
	Sumário
1 PARTE I: PESQUISA	2
1.1 Ensino e Aprendizagem Matemática	2
1.2 OBJETIVO	2
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	3
2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DE ESTÁGIO	5
2.1 METODOLOGIA	5
REFERÊNCIAS	14
1 PARTE I: PESQUISA
1.1 Ensino e Aprendizagem Matemática
 Este projeto de estágio supervisionado – que será realizado na Escola Estadual Polivalente, situada na Avenida Helenito Pinto, Miguel Calmon, BA, com observância nos anos finais do Ensino Fundamental, 9º ano - pretende descrever como o ensino da Matemática com o passar do tempo foi evoluindo se tornando cada vez mais necessário para uma melhor compreensão das causas e dificuldades na aprendizagem desta disciplina. A história da Matemática tem nos mostrado que aquilo que nos parece pura abstração, pura fantasia matemática, mais tarde se revela como um verdadeiro celeiro de aplicações práticas. 
 Na verdade aprender matemática não é tarefa fácil, mas é necessário criar maneiras de inovar o ensino mostrando a real importância dessa área do conhecimento no dia-a-dia. 
 Portanto, a mediação do professor é fundamental para que não ocorra apenas uma aprendizagem mecânica e sim uma reflexão sobre o que se está aprendendo. Mediar não é dar a resposta, é conduzir ao raciocínio de maneira segura e dinâmica, motivando o aluno, construindo com ele a evolução de seu aprendizado em todos os momentos das dificuldades. 
 Diante do que será observado, pretende-se chegar a uma conclusão – e,consequentemente,um plano de ação - sobre o fato de que a Matemática precisa ser ensinada usando estímulos da capacidade de investigação lógica do aluno, fazendo-o raciocinar. Consequentemente a tarefa básica do professor será o desenvolvimento do raciocínio lógico, do pensamento crítico e da criatividade apoiados não só na reflexão sobre os conhecimentos adquiridos pela Ciência em questão, mas também sobre suas aplicações à tecnologia e ao progresso social.
 Este projeto consiste também na reflexão da práxis do professor de Matemática e visa salientar a importância de contextualizar e interdisciplinar os conteúdos estudados, já que se faz necessário que a maioria dos professores faça relação dos conteúdos com a realidade do aluno e que utilizem métodos didáticos mais atualizados permitindo que o aluno seja estimulado a pensar e a refletir. Diante disso, observaremos a postura do professor em sala de aula - e fora dela – para, que assim, possamos sugerir como plano de ação ao professor que provoque no aluno um entendimento entre teoria e prática, fazendo com que o mesmo sinta motivação e tenha uma visão crítica e reflexiva do conteúdo estudado.
 
1.2 OBJETIVO
Através do tema delimitado pretende-se aderir objetivos específicos com o propósito de explorar o tema estabelecido.
· Elucidar e aprimorar nossas informações, conhecimentos e experiências, buscar e explorar meios para a facilidade de comunicação, baseadas em experiências anteriores e esclarecer o espírito de responsabilidade na ampliação do Estágio Supervisionado.
· Identificar as causas que levam os alunos a apresentarem dificuldades no aprendizado de Matemáticas, fato que atrapalha o processo de ensino e aprendizagem e muitas vezes os próprios objetivos dos alunos.
· Inteirar-se melhor das razões que levam os alunos a apresentarem dificuldades na aprendizagem de Matemática e as possíveis explicações para este fato, buscando alternativas para tornar o estudo desta disciplina mais natural.
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Durante um longo período na história, o conhecimento era oferecido de modo informal, pela família, tribo ou comunidade, voltado ao aprendizado das observações de tarefas diárias, onde as crianças aprendiam conforme os costumes de suas origens.
 À medida que o tempo passou, veio à necessidade de adaptar-se a um mundo em transição, a evolução dos povos tornou-se inevitável e a vida se tornava mais complicada. Entretanto, nessa época as pessoas comercializavam entre si e havia entre ambas a necessidade de anotar a parte de cada família, surgindo assim à ideia de contar.
 Segundo Boyer (1996, p. 14), os conhecimentos revelados nos papiros eram quase todos práticos e o elemento principal nas questões eram cálculos. Hoje dando-se prioridade aos elementos teóricos para resolução de problemas não ligados à realidade dos alunos, que não os compreendem, surgiram as dificuldades em matemática, levando muitos ao desinteresse pela disciplina.Na prática pedagógica depara-se com alunos que apresentam dúvidas e resistência em desenvolver alguns conceitos matemáticos e uma grande oposição em aprendê-la.
 A evolução das inovações tecnológicas está provocando alterações nas relações sociais indicando mudanças no paradigma social. Este fato relaciona-se diretamente com o ensino escolar que hoje é oferecido provocando incertezas no aluno porque exige transformações das relações sociais, que apontam para o conhecimento como o impulsionador do novo.
 A educação como ferramenta de socialização e de progresso humano, sempre em constante processo de atualização devido as grandes exigências do mundo globalizado, é objeto de estudo para a psicologia comportamental e análise dos mecanismos de aprendizagem, direcionando instituições de ensino e encaminhando professores e profissionais em educação dando rumo para as ações pedagógicas.
 Atualmente, cada vez mais as competências e habilidades são requeridas pelo mercado de trabalho, onde a criatividade, a autonomia e a capacidade de solucionar problemas têm destaque muito importante. Em função disso, o ensino escolar é voltado para o desenvolvimento das capacidades de pesquisar, buscar, analisar, selecionar e apreender informações, de criar e formular estratégias de resolução de problemas, em vez de utilizar técnicas de memorização.
 Na verdade aprender matemática não é tarefa fácil, mas é preciso inovar o ensino mostrando cada vez mais a importância dessa área do conhecimento no dia a dia. Com isso, o aluno tende a ser um sujeito crítico e participativo para que o processo de ensino e aprendizagem possa fluir naturalmente.
 Um dos maiores pedagogos do nosso século; Paulo Freire afirma: “Ensinar, numa perspectiva progressista, não é a simples transmissão do conhecimento em torno do conteúdo, transmissão que se faz muito mais através da descrição do conceito do objeto a ser mecanicamente memorizada pelos alunos”.
 Ensinar, do ponto de vista progressista, não pode reduzir-se a um puro ensinar os alunos a aprender através de uma operação em que o objeto do conhecimento fosse o ato mesmo de aprender. Ensinar só é válido quando os educandos aprendem a aprender.
 Matemática é uma Ciência em constante evolução, pode ser considerada como um corpo de conhecimento constituído por teorias bem determinadas, sendo aplicável a todas as disciplinas e desempenha um papel dominante na ciência moderna. 
 Neste contexto, a educação tem um papel fundamental e seus atores (professores e educadores) podem contribuir de forma significativa, pois têm a competência de organizarem novas metodologias que priorizem a criação de estratégias, a argumentação e favoreçam criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e o estímulo à apropriação do conhecimento, através do desenvolvimento da segurança na própria capacidade.
 O movimento reflexão iniciado nos EUA por John Dewey e trazido ao Brasil por Anísio Teixeira, influenciou vários professores e autores, como exemplo o autor Luiz Carlos Pais, autor do livro Didática da Matemática (2002, ed. 2), no qual vê no aluno um potencial a ser desenvolvido e centraliza nele todo o processo educativo em prol da aprendizagem, valorizando as experiências realizadas por ele.
 O ensino da Matemática deve garantir o desenvolvimento de capacidades como: observação, estabelecimento de relações, comunicação, argumentação, e validação de processos e o estímulo às formas de raciocínio como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa.
 A escola como instituição educadora de cidadãos instruídos e conscientes, deve priorizar a construção de conhecimento pelo fazer e pensar do aluno, o papel do professor é mais o de facilitador, orientador, estimulador e incentivador da aprendizagem. Cabe ao professor desenvolver a autonomia do aluno, instigando-o a refletir, investigar e descobrir, criando na sala de aula uma atmosfera de busca camaradagem, sendo o diálogo e a troca de ideias, uma constante, que entre o professor e aluno, quer entre os alunos.
 Em lugar de ensinar, no sentido tradicionalmente entendido, o professor passa a estar do lado de um aluno, de uma dupla ou de uma equipe, ajudando-os a pensar, a descobrir e a resolver problemas, usando caminhos e estratégias diversificados. Com isso, o professor transforma-se também em um investigador, buscando e criando novas atividades, novos desafios e novas situações-problemas, registrando tudo para posterior reflexão, transformação e aprimoramento.
 Tratar os conteúdos de ensino de forma contextualizada significa aproveitar ao máximo as relações existentes entre esses conteúdos e o contexto pessoal ou social do aluno, de modo a dar significado ao que está sendo aprendido, levando-se em conta que todo o conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objetivo do conhecimento.
 Assim a contextualização ajuda a desenvolver no aluno a capacidade de relacionar o apreendido com o observado e a teoria com suas consequências e a aplicação prática.
 Cabe ao professor de Matemática, ter um compromisso perante a sociedade, preparar as novas gerações para o mundo em que terão que viver. Isto quer dizer, proporcionar-lhes a aprendizagem para que os alunos adquiram as habilidades que serão indispensáveis para o seu desempenho de acordo com o avanço da tecnologia. PARRA (1996, p. 16) afirma: 
“É preciso decidir a respeito dos conteúdos e também sobre a metodologia mais conveniente, para suprir em compensação muitos temas costumeiros que tem continuado a fazer parte dos programas, mas que hoje são inúteis.” 
 Portanto, acreditamos que é preciso educar levando em conta o raciocínio lógico e dedutivo do aluno para que os conhecimentos sejam assimilados como parte natural da linguagem e do pensar cotidiano como algo importante para o desenvolvimento intelectual. Com isso, o educador deve estimular a criatividade, mostrando que a Matemática é um campo que está em constante movimento, como um edifício em construção e necessita de modificações e adaptações. Desde então, ao desenvolver a criatividade convém ao professor propor atividades desafiadoras, não somente levar em conta a resolução de problemas, mas, o que é mais significativo, propor problemas para que os alunos resolvam matematicamente situações reais que têm por objetivo transformar o próprio aluno confiante diante dos conhecimentos que manipula no decorrer dos estudos.
2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DE ESTÁGIO
2.1 METODOLOGIA
 O estudo envolverá pesquisa bibliográfica para a construção de um referencial teórico visando o exame do tema “Ensino e Aprendizagem Matemática” para melhor sedimentar as conclusões deste projeto. 
 Também contaremos com experiências vivenciadas, isto é, partindo de princípios particulares e observando o professor em sala de aula para chegar à generalização deste trabalho, visando, desta maneira entender e explicar o tema de forma clara e ampla.
2.2 CRONOGRAMA
	Data
	Turno e horário
	Atividade
	18/09/2018
	Matutino, 1 hora
	Entregar Carta de Apresentação; conhecer a instituição e conversar com o professor supervisor
	01/10/2018
	Matutino, 4 horas
	Observar as aulas de matemática nas salas do 9º ano – turmas A e B; Realizar perguntas do Roteiro de Observação sobre a organização da Instituição
	03/10/2018
	Vespertino, 3 horas
	Acompanhar o professor no planejamento de aula – AC. Entrevistar professor supervisor
	08/10/2018
	Matutino, 3 horas
	Observar os aspectos gerais da turma do 9º ano.
	10/10/2018
	Matutino, 4 horas
	Observar as aulas de matemática nas salas do 9º ano – turmas A e B. 
	REFERÊNCIAS
BOYER. C.B. História da Matemática. São Paulo, Ed. Edgard Blücher, 1974, Reimp. 
1996. 496p. 
PAIS, Luiz Carlos. Didática de Matemática – 2. Ed. Belo Horizonte: Autêntica,2002
PARRA, C. SAIZ, I. Didática da Matemática: Reflexões Psicopedagógica. Porto Alegre, Artmed (Artes Médicas). 1996. 258p.ATIVIDADES APLICADAS EM SALA DE AULA PELO PROFESSOR REGENTE
TEOREMA DE PITÁGORAS
CORRIDA PITAGÓRICA
Projeto:
Matemática 
Objetivo da Atividade:
· Apresentar o jogo como forma de fixação de conhecimentos já adquiridos em uma aula expositiva sobre o mesmo tema.
· Facilitar a compreensão do conteúdo do teorema de Pitágoras.
· Mostrar ao alunado através da utilização de jogos e problemas que o conhecimento matemático pode ser adquirido de forma divertida. 
Descrição da Atividade:
 Cada jogador, na sua vez de jogar, lança os dois dados que darão, respectivamente, dois catetos de um triângulo retângulo, o jogador calcula a hipotenusa desse triângulo e então, anda no tabuleiro o número de casas correspondente a parte inteira da hipotenusa. Caindo em uma casa branca o jogador tira uma carta da mesa e responde à questão correspondente a carta, se errar volta para a casa onde estava. Caindo em uma casa azul o jogador volta duas casas; caindo numa casa verde o jogador avança duas casas e caindo numa casa vermelha o jogador fica uma rodada sem jogar.
Resultado Alcançado:
 A potência para os alunos (jogadores) era um cálculo difícil e a equação formada era uma lembrança vaga de algo que já tinham estudado mais que não haviam achado importante e esqueceram. Era fácil perceber que, embora estimulados pelo jogo, tinham um pequeno descontentamento quando precisavam responder alguma questão. Não entendiam em que situações podiam usar o teorema de Pitágoras no dia a dia. Com o passar do tempo, este mal estar sentido pelos alunos foi dando lugar a um entusiasmo muito grande. Cada jogada errada do adversário ou cada acerto do jogador era o suficiente para um conjunto de gritos alegres por uma vitória cada vez mais perto. Quando se perdiam nos cálculos, puxavam a ajuda de celulares ou calculadoras e respondiam todas as questões. Achavam os problemas estimulantes e divertidos, e a cada novo desafio proposto, sempre reagiam como se aquilo fosse um novo estímulo para sua vida.
Período:
10/10/2018
Responsável:
Magnum Araujo
Fonte: Internet
ENTREVISTA COM O PROFESSOR
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Autor(s): Abner V. Fonseca e Nadiane M. Fonseca
Professor Regente: Magnum Araújo
Formação: Mestrado Profissional em Matemática
Pesquisa voltada para o Campo Educacional
Entrevista com o professor de Matemática, anos finais do Ensino Fundamental – 9º ano - da rede pública, Colégio Estadual Polivalente, a respeito de Ensino Aprendizagem Matemática.
Autores: Professor poderia falar um pouco sobre sua formação acadêmica? O que realmente almejava quando decidiu dedicar-se ao ramo da educação, especificamente ao ensino de Matemática?
Magnum: Vou falar um pouco da minha formação e depois do que eu almejava, do que eu sonhava, quando me decidir por essa área. Minha formação, como educador matemática, começou com o curso de Licenciatura em matemática na UNEB (Bonfim), logo depois fiz uma especialização em Metodologia do Ensino da Matemática, também na UNEB e, PROFMAT – UNIVASF. Junto com a minha decisão de formação em Matemática acompanhava um desejo enorme de contribuir para a comunidade em geral, cooperando no ensino e aprendizagem desta disciplina.
Autores: Considerando que toda prática pedagógica contém pressupostos teóricos implícitos, professor, gastaríamos de saber como é a sua maneira de aplicação dos conteúdos em sala de aula.
Magnum: Varia conforme a turma. Em turmas que os alunos são comportados e já dominam a matemática, as aulas são didáticas, explanatórias, com resolução de exercícios e aplicabilidade do cotidiano do referido assunto. Por outro lado, em turmas que os alunos têm dificuldade em entender a matemática, tento sempre retomar o conteúdo anterior que seria base para a aprendizagem do conteúdo atual.
Autores: Segundo o que ressalta a PCN’s de 1997, que diz: "É importante destacar que a Matemática deverá ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua sensibilidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação", lhe pergunto: que método, teoricamente, o senhor utiliza para desenvolver a capacidade crítica dos alunos? E na prática?
Magnum: Eu procuro diversificar minhas aulas, vai da colaboração dos alunos. Nas aulas teóricas – explanatórias, trabalho com resolução de exercícios e exemplificação do conteúdo com atividades do dia a dia, que utilizam a matemática e os alunos não percebem. Nas aulas práticas, sempre que possível, retiro os alunos da sala de aula e levo-os para uma aula de campo, para facilitar a aprendizagem.
Autores: Professor, o senhor está por dentro dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais)? Qual a sua opinião sobre a eficácia dos mesmos?
Magnum: Mais ou menos. No tempo em que eu cursava a graduação, lia muito. Mas, agora, não sei como estão as atualizações. Mas é certo que são norteadores e dão sentido para uma aprendizagem eficaz.
Autores: Ainda ressaltando o trecho da PCN de 1997 descrito na questão anterior, em relação aos conteúdos de aprendizagem, como é analisado o nível por turma ou por aluno, em relação ao que foi passado pelo professor?
Magnum: Através de avaliações, que podem ser escritas, argumentativas ou mesmo com participação em sala de aula.
Autores: A Matemática sempre teve sua importância na sociedade e a mesma usufrui de status privilegiado em relação a outras disciplinas, e isso trás como consequência o cultivo de crenças e preconceitos. A própria sociedade acredita que a Matemática é direcionada às pessoas mais talentosas e também que essa forma de conhecimento é produzido exclusivamente por grupos sociais ou uma sociedade mais desenvolvida e restrita. Levando isso em consideração, o que o senhor pode dizer sobre a diferença no ensino – aprendizagem da matemática em escolas da rede privada e da escola pública? Uma sobressai a outra ou é uma questão de dedicação por parte de quem ensina e de quem aprende?
Magnum: A diferença no ensino não é tão discrepante, ambas baseiam-se em conteúdos programados. A partir daí, a forma de ensino, depende do professor que estará à gente daquela turma. Fato é que, a diferença maior entre as escolas da rede pública e da rede privada é que, nesta há uma participação muito grande dos pais ou responsáveis, o que proporciona uma dedicação maior por parte dos alunos. Naquela, eu sinto que os professores estão praticamente sozinhos na missão de educar, pois os pais ou responsáveis, na maior parte, não se interagem com a escola, nem se preocupam em acompanhar o desenvolvimento do aluno. Por isso que nós observamos um desempenho maior nos alunos da rede privada, não apenas pelo ensino, mas pelo retorno deste. Eu costumo dizer com bastante frequência que os melhores professores estão na rede pública. Nós são não temos os mesmos recursos nem uma maior dedicação por parte dos alunos/família.
Autores: Segundo Lima (1984), na concepção construtivista o homem não nasce com o conhecimento, nem o mesmo é adquirido pelo meio e sim é um processo de construção permanente, ou seja, é constituído a partir do desenvolvimento do ser humano, que é maturacional e dá-se por fases pré-estabelecidas. Ainda segundo Lima, o professor é responsável, em parte, por esse crescimento, por isso que estes devem possuir características construtivistas. Por isso, lhe pergunto: o senhor se considera um construtivista do ensino da matemática? Em sua opinião, quais características um professor de matemática deve ter para que se caracterize como um construtivista?
Magnum: Bom, se eu me caracterizo como construtivista? Eu diria que sim porque construtivismo é a maneira como eu entendo como as pessoas vão aprender a matemática, quais os processos cognitivos que elas vão viver para aprender matemática. A ideia do construtivismo é que as pessoas vão confrontar uma situação problema que elas não saibam o que fazer, não saibam nem como começar. O professor construtivista estuda os alunos, tudo que o aluno faz ou que, estudando, observando,tentando entender para poder colocar situações que sabem que os estudantes tem o que eles precisam para resolver, quer dizer, eu não vou pôr uma coisa frustrante, eu tenho que ter segurança que o estudante tem o que ele necessita para resolver. Muitas vezes o que ele precisa para resolver é, talvez, reorganizar as ideias um pouco, para poder resolver aquele problema mas eu, como professora construtivista, tenho que ter segurança que ele tem o que é necessário, os conceitos necessários, talvez não tenha o procedimento ainda, não imaginou um procedimento, mas as partes essenciais estão já concretizadas, e aí a construção vem dele se deparar com uma situação problema, uma situação investigativa desconhecida, que eu não falei como fazer que ele não tem ideia como fazer e que ele vai buscar ideias, ele tem que ser criativo ele tem que ser um aluno que valoriza a criatividade, e com isso ele vai conseguir.
Autores: No texto O Ensino Construtivista temos que o Professor Construtivista é aquele que estuda a construção matemática de seus alunos e que interage com os alunos num espaço de aprendizagem cujo desenho está baseado, pelo menos em parte, num modelo de Matemática do aluno e no texto O Professor Pesquisador diante da produção escrita dos seus alunos vemos que é necessário que esse perfil pesquisador se faça numa análise hermenêutica onde o professor “ouve acreditando” e assim encoraja seus alunos a compartilharem suas estratégias e pensamentos onde todos podem aprender uma nova construção do pensamento matemático, inclusive o professor. Esse conjunto de atividades e postura Construtivista e Reflexiva do Professor demandam novas estruturas escolares de planejamento, avaliação, currículo, espaço físico e número de alunos por turma ou é possível de ser realizada dentro dos moldes de uma Escola Tradicional brasileira? Que caminhos o docente da Educação Básica pode percorrer a fim de vencer as barreiras impostas não só pela estrutura escolar, mas pela pressão cultural do Ensino que se baseia e se concentra em resultados de Exames como o ENEM?
Magnum: Então aí entramos em contradição né? A gente tem um sistema de ensino que valoriza o conhecimento pré-fabricado, que é o conhecimento único para todos, como se isso fosse possível. Temos um sistema de ensino baseado numa falta de pensar em como as pessoas aprendem uma coisa única para todos vai de encontro à construção do conhecimento, a entender o ensino como aprendizagem de forma construtivista. Independente da maneira que a gente trabalha, se a gente está ciente que os alunos estão construindo conhecimento e o professor busca criar esses modelos, ou seja, quando o professor faz uma pergunta, ele não faz a pergunta para determinar se o aluno sabe ou não sabe se está certo ou errado, ele faz a pergunta por que ele está curioso se o aluno já fez essa ligação, já fez essa construção, já fez essa conexão. Quando contamos alguma coisa para o aluno ou mostramos como faz, a gente faz isso muitas vezes, mas tem que estar consciente que ele não está aprendendo. Se alguma coisa acontecer é mímica, é reprodução, mas será que houve mesmo uma construção, uma nova ideia para o aluno, uma coisa que vai ficar com ele, um descobrimento mesmo dele? Então, acho que mesmo dentro do sistema mais tradicional é possível trabalhar construção. Você faz a opção. Eu tenho a opção de contar para o aluno o que ele tem que saber, mas estou consciente que isso não leva à aprendizagem, ou eu tenho a opção de investigar com os alunos novas ideias, sabendo que aquelas coisas que a gente trabalhar, quando houver de fato a construção- quando tem a oportunidade do aluno construir uma ideia-, aquilo fica. Aí eu posso dizer: ele se apropriou da ideia. A ideia surgiu dele, a solução surgiu do aluno e a satisfação de que surgiu, que foi ele que conseguiu resolver o problema, e não simplesmente imitar o outro. Essa satisfação é muito importante para que aquela ideia fique com o estudante. Então, nesse ensino não cabe treinar muita coisa, mil exercícios iguais. É uma perda de tempo. Mil exercícios iguais só cabem quando a metodologia de ensino é uma de reprodução. Quando você tem uma postura de construção do conhecimento, cada problema é novo. Então você fica uma aula, duas, em um problema. Mas um problema rico, cheio de matemática a ser trabalhada, explorada, investigada, questionada, muitas dúvidas...
Autores: O professor construtivista materializa a própria prática ao proporcionar que o seu aluno reflita o fazer matemático e acabe por se desestabilizar; pois esse será o momento de novas resoluções, novas maneiras de encontrar as respostas. Na atualidade, temos muitos professores construtivistas com essa prática de levar o seu aluno a elaborar novo saberes matemáticos, invalidando a máxima de que a matemática é de difícil compreensão?
Magnum: Eu acho que a gente tem hoje mais do que tinha. Eu acho que a gente vai continuar sempre avançando. Os cursos de formação de professores têm essa visão do novo professor que abala mais essa perspectiva.
Autores: Com a herança da Educação Bancária, que Freire denúncia, as situações onde as ações verbais e não verbais dos professores e dos alunos não são ouvidas e muito menos interpretadas se tornaram, infelizmente, comuns no cenário do cotidiano escolar brasileiro. Com isso, pouco do que ocorre em sala pode ser considerada ação comum, como bem definiu D’Ambrósio, ou seja, comunicação. Dialogando com as linhas de Psicologia de Piaget e Vygotsky, a pouca interação social e ausência de desequilíbrios produzem ambientes pobres e apáticos para a aprendizagem. Que estratégias iniciais um docente pode tomar para romper com a resistência e os costumes de alunos que já estão habituados a essa rotina escolar muda e depositária de conhecimento?
Magnum: Ih! Essa que é difícil, né? É um trabalho árduo e constante, leva tempo. Criar um ambiente de sala de aula muito diferente do que ele está acostumado. Estabelecer normas de trabalho, deixar claras as expectativas, que quem trabalha na sala de aula é o aluno, que a sala de aula é um ambiente de trabalho, de pesquisa, de investigação, de levantar dúvidas, de discussão... e para o aluno isso é chocante. Muitas vezes ele não está acostumado. Então a sala de aula que vai promover esse tipo de aprendizagem, é uma sala muito cheia de energia. As crianças falando o tempo todo, trabalhando, perguntando uma para a outra, o professor não é a fonte de resposta das perguntas. Elas são. Então eles trabalham juntos nessa perspectiva. É uma comunidade, tem de criar uma comunidade com regras diferentes, mas é interessante que eles gostam. É muito mais cômodo depois que supera o estranhamento inicial, eles adoram. É uma sala que as perguntas deles dão direção à próxima conversa. O poder na sala de aula não está na mão do professor. 
IMAGENS COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE MIGUEL CALMON
Emblema Polivalente
Fachada da Escola
Placa de Inauguração
Muro lateral da Escola é todo coberto com pinturas artísticas
Sala dos Professores
Secretaria
Sala do 9º ano
Horta da Escola
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