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Folder de história, governos militares.

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Governo de Castello Branco
Golpe de 1964 e posse de Castello Branco
Humberto Castello Branco tornou-se presidente do Brasil poucos dias depois do Golpe de 1964, movimento que articulou grupos golpistas nos meios militares e civis e que resultou na deposição do presidente João Goulart. Essa articulação golpista contou também com grande participação dos Estados Unidos, conforme comprovação documentação existente nos dias de hoje.
Após o golpe, o Brasil foi governado de maneira provisória por Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara dos Deputados, até a realização de uma eleição indireta em 11 de abril. Nessa eleição, Castello Branco concorreu à presidência contra Juarez Távora e Eurico Gaspar Dutra e foi eleito com a maioria absoluta dos votos. A posse de Castello Branco aconteceu, oficialmente, no dia 15 de abril de 1964.
Castello Branco foi eleito presidente de maneira indireta, e seu governo foi conduzido de forma a implantar a base da repressão no Brasil. Para isso, foram decretados alguns atos institucionais durante seu governo. Além disso, foi implantada uma política de austeridade a fim de conter os gastos do governo, o salário do trabalhador e reduzir alguns de seus direitos.
O resultado prático disso foi o início da repressão e do autoritarismo que marcaram os anos da ditadura militar no país. Milhares de pessoas foram expurgadas de suas funções, seja na burocracia civil, seja nas Forças Armadas. Dezenas de políticos também perderam seus direitos e tiveram seus mandatos cassados. Os movimentos sociais, sobretudo camponeses e estudantis, foram fortemente perseguidos.
Nos anos do governo de Castello Branco, ocorreram os primeiros casos de tortura e de assassinatos cometidos por agentes do governo, dando o tom de uma das marcas da ditadura no Brasil: o terrorismo de Estado.
"AI-1 e o início da repressão
Castello Branco já assumiu o governo com o Brasil regido pelo decreto conhecido como Ato Institucional nº 1. O AI-1, como também se chama esse ato, cumpria exatamente o objetivo de justificar a deposição de João Goulart e de criar o aparato jurídico para permitir que a ditadura impusesse a repressão e a perseguição aos seus opositores políticos.
O AI-1 não anulou a Constituição de 1946, mas realizou modificações pontuais na Carta Constitucional do país. Ele deu poderes para que o governo de Castello Branco realizasse inúmeros expurgos tanto nos meios militares quanto nos meios civis. O historiador Boris Fausto fala que, em números conservadores, a repressão iniciada a partir do AI-1 resultou no expurgo de cerca de 1400 pessoas da burocracia civil e cerca de 1200 nas Forças Armadas|2|.
No campo político, 41 parlamentares tiveram seus direitos políticos cassados – a maioria era composta por políticos do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Também foram cassados os mandatos de governadores notoriamente nacionalistas que não haviam compactuado com o golpe, como foi o caso dos governadores de Pernambuco, Sergipe e Goiás (Miguel Arraes, Seixas Dória e Mauro Borges, respectivamente)."

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