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antropologia 2

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O povo grego possivelmente tenha sido o primeiro povo a cultuar a forma corporal como sinônimo de beleza, estética e saúde; seus deuses eram figuras compostas por formas que eram consideradas perfeitas. Protágoras, um filósofo grego do Século V a.C. afirmava que "...o homem é a medida padrão de todas as coisas" (Pereira Neto, 1992, p. 36). Neste sentido, muitos povos chegaram a usar partes do corpo como padrão e unidade de medida, e ainda hoje algumas dessas unidades são muito utilizadas, como: pé, braça e a polegada. Policleto, com a escultura que chamou de Daryphoros ou "Speer Thrower" (Lançador de dardo, desenvolvida no Século V a.C, representou a perfeição absoluta da forma masculina, a partir da seleção e superposição de partes anatômicas de vinte indivíduos (BALDWIN, 1914; apud BOVARD & COZENS, 1938). Esta escultura, que tinha a ideia de procurar obter um protótipo da proporcionalidade humana, foi considerada por Ross e Wilson como o primeiro modelo metafórico (Phantom) cineantropométrico (VELHO et ai, 1993).O italiano Marco Polo, entre 1273 e 1295, após diversas viagens pelo mundo, constatou a existência de diversas raças, povos e culturas, observando que esses povos diferiam muito em estrutura corporal e tamanho. Considera-se que a Antropologia Física teve sua origem nas suas constatações. Por volta do ano 15 d.C, Vitruvius, um arquiteto e teorista romano, escreveu um tratado sobre a proporção humana. No livro III, defendeu o corpo humano como modelo da medida, do número e da simetria. Leonardo dá Vinci (1452-1519), na Renascença, baseado nos escritos de Vitruvius, elaborou um desenho do corpo humano que ficou conhecido pela sua beleza, proporção e forma, sendo utilizado posteriormente por estudiosos da proporcionalidade. Ainda neste período, Albrecht Durer (1471-1528), ao publicar a obra “Four Books of Human Proportions”, marcou o início da Antropometria Científica. PEREIRA NETO (1992) refere-se a Linné (1707-1778), Buffon (1707-1788) e White (1729-1813) que, no Século XVIII, demonstraram a existência de diferenças em várias raças humanas em termos de proporções corporais, formalizando, também, a classificação do homem no sistema zoológico. É atribuído a eles a criação da chamada “Antropologia Racial Comparativa”.

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